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Manuel Baptista, o homem e a sua quinta: origens e relacionamento social


Nuno Pedro de Jesus Silva
npsilva74@gmail.com

Resumo

O objetivo do presente artigo, é rastrear os elementos, as questões e problematizações


que possibilitaram à Michel Foucault, a elaboração dos conceitos de biopoder, biopolítica,
governamentalidade e segurança. Pretendemos neste trabalho, investigar a genealogia do
biopoder e da biopolítica, buscando retraçar nas reflexões de Foucault, em torno da
medicalização da sociedade e da extensão do poder médico, no período 1974-1976,
especialmente nas conferências da UERJ, todo um questionamento que preparava a
emergência das noções de biopoder e biopolítica, tal como foram propostas por ele em 1976.
Podemos supor que a articulação feita por Foucault, entre a medicalização da sociedade e o
governo da vida foi uma das condições que tornaram possível a emergência da hipótese do
biopoder.
Palavras-chave: biopoder, biopolítica, governamentalidade, segurança, população.

Abstract

The objective of the present paper is to trace the elements, the questions and
problematizations that rendered possible to Foucault the elaboration of the concepts of
biopower, biopolitics, governmentality and security. In this work we intend to investigate the
genealogy of biopower and biopolitics, seeking to retrace in Foucault’s reflections around the
medicalization of society and the extension of medical power — in the period 1974-1976,
especially in the lectures at UERJ — the questioning that prepared the emergence of the
notions of biopower and biopolitics, as proposed by him in 1976. We can suppose that the
articulation made by Foucault between the medicalization of society and the government of
life was one of the conditions that rendered possible the emergence of the hypothesis of
biopower.
Keywords: biopower, biopolitics, governmentality, security, population.
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Manuel Baptista, o homem e a sua quinta: origens e relacionamento social

O objectivo do presente artigo é o de rastrear a vida de Manuel Baptista, entre a


segunda metade do século XVII e a primeira metade do século XVIII, na freguesia/couto de
Cadima, do concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra, em Portugal. Num primeiro estudo
dos assentos paroquiais de Cadima não se percebe bem de onde terá vindo e quem seria
Manuel Baptista, mas salta à vista que o mesmo teria alguma influência e laços sociais
significativos no couto, sendo nessa altura o único que vive “na sua quinta” ou numa quinta
que adquire diversos nomes ao longo do tempo e ao longo dos diversos assentos do referido
couto. Este facto da diversidade da toponímia da quinta de Manuel Baptista foi o grande
motivador desta investigação, levando à descoberta das suas origens e dos anteriores
proprietários da dita quinta.
Metodologia
A metodologia utilizada para este estudo é baseada no estudo e análise dos assentos
paroquiais do couto de Cadima e da freguesia de São João da Quintã. Inicia-se o estudo em
Cadima, através da identificação de todos os registos com referência a Manuel Batista, sua
esposa e seus filhos. Depois de criado o mapa de actuação desta família, é possível passar
para os paroquiais de São João da Quintã, através da descoberta do nome dos seus pais, e do
seu local de residência (a localidade da Quintã). Fazendo-se então o mesmo trabalho para os
pais de Manuel Batista na freguesia de São João da Quintã. Numa fase posterior, regressa-se
aos assentos de Cadima para fazer o levantamento exaustivo dos assentos que referem o nome
dos avós paternos de Manuel Batista, e que eram os proprietários da região onde se insere a
quinta de Manuel Batista. Finalmente, constrói-se temporalmente, a história contada pelos
assentos para as três famílias aqui referidas. A leitura difícil e estado de degradação de alguns
assentos dificultou o trabalho e pode ter levando a alguma falha pontual, seja na identificação
feita, seja na falta de alguma identificação, mas considero que estes erros e falhas sejam
mínimos e sem impacto no resultado geral do estudo. Também existem períodos, por vezes
alargados, para os quais não existem assentos, e nesse caso não há mesmo solução.
Cadima
O couto de Cadima, como toda a região Gandaresa, por volta do ano 1700, era ainda
uma região de extrema pobreza e com taxas de mortalidade infantil muito elevadas. O Quadro
1 mostra a evolução do número de crianças baptizadas no couto de Cadima desde 1574 até
1775, e também o número de óbitos registados no mesmo couto.
Quadro 1.
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No período em análise não foram ainda estudados os valores de mortalidade juvenil ou


infantil para Cadima, mas usando os valores avaliados para duas freguesias de Aveiro1, onde
se conclui que essas taxas de mortilidade são até suaves para a época, podemos assumir umas
taxas de mortalidade semelhante, senão superior para a região Gandareza de Cadima: taxa de
mortalidade de menores de 15 anos – 40%; taxa e mortalidade infanto-juvenil (1 a 5 anos) –
33%; taxa de mortalidade infantil (menos de 1 anos de idade) – 16.5%. A região seria também
limitada em termos de produção agrícola, não só por ser a Gândara (terreno maioritariamente
arenoso e quase inerte) e as produções da batata e do milho grosso só foram introduzidas por
finais do século XVII (como se pode ver pelo crescimento demográfico observado a partir de
1670, conforme comprovado no Quadro 1).

Manuel Batista
É neste contexto que a nossa personagem aparece. Manuel Baptista deverá ter nascido
por volta de 1650-1660, e terá casado por volta de 1680 com Maria Jorge, esta natural do

1Mortalidade Infantil em duas freguesias da cidade de Aveiro no século XVIII,


Frnacisco Messias Trindade Ferreira, CITCEM-GHP
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lugar da Guímera. Como existe um hiato nos assentos de casamentos de Cadima entre os anos
de 1600 e 1670, não é possível ter os casamentos desse período e consequentemente o nome
dos pais de quem casou durante esse período o que dificulta o trabalho de quem procura
ascendentes dos residentes do couto de Cadima.

Procuremos então a Maria Jorge.


Durante o período que vai de 1640 a 1665, foram baptizadas 12 Marias nascidas no
lugar da Guímera (Quadro 2), sendo que apenas a Maria baptizada em 10/10/1652 tem um dos
pais com o nome ou apelido “Jorge”, mais propriamente filha de Francisco Jorge e de Maria
Francisca. Poderá ser esta a Maria Jorge que nos interessa? A confirmar de seguida.
Verificando os assentos de casamento existentes a partir de 1671, os assentos de óbito
e os de baptismo posteriores conseguimos eliminar algumas Marias desta lista. A primeira
Maria que não deve ter sobrevivido é a baptizada em 1648 (4), pois os pais baptizaram outra
em 1652 (5). A Maria baptizada em 1658 (10) casou em 14/01/1709 com Pedro Fernandes,
sendo denominada Maria da Costa. De resto, estas Maria teriam casado entre 1664 e 1690,
período para o qual não existem os assentos de casamento para Cadima. Nos batismos, para o
período de 1664 e 1700 existem 614 registos de batismos de crianças que são filhas de Marias
(65 na Guímera), que se reduzem a 512 quando se retiram os casos onde há nomes de pais que
não estão na nossa lista, e as Marias que não nasceram na Guímera. No que diz respeito aos
óbitos, o período é mais alargado e cobre 1646 a 1760, registando-se 520 falecimentos de
Marias (63 na Guímera).
Data de batismo Pai Mãe Data de óbito
1 8-abr-1646 Manuel Marques Maria Francisca
2 23-ago-1647 Manuel Simões Isabel Francisca
3 13-out-1647 Francisco Rodrigues Maria Simões
4 22-abr-1648 Manuel Francisco Maria Francisca Teixeira Antes de 1652
5 21-mai-1652 Manuel Francisco Maria Francisca Teixeira
6 10-out-1652 Francisco Jorge Maria Francisca
7 1-mai-1654 Tomé Esteves Maria Gonçalves
8 21-fev-1656 João Ribeiro Brites Francisca
9 12-nov-1656 Francisco António Isabel Francisca
10 19-jul-1658 Manuel da Costa Isabel Antónia
11 20-set-1659 Manuel Francisco Maria das Neves
12 7-dez-1659 Manuel Fernandes Angela Gonçalves
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Nos assentos de casamento, Manuel Baptista aparece pela primeira vez sendo
testemunha de casamento junto com o padre João Monteiro2, em 17/12/1681. Trata-se do
casamento de Manuel João e de Joana Francisca, ambos da Taboeira. Depois testemunha
também o casamento de Manuel Rodrigues, viúvo, de Cantanhede e de Maria de São José, de
Cadima, em 28/01/1682, junto com o reverendo licenciado Manuel Fernandes de Aguiar e o
reverendo licenciado Francisco Pessoa, da freguesia de Cantanhede. Em seguida, Manuel
Baptista testemunha o casamento de Dinis de Melo, de Ourentã com Maria de Oliveira, de
Cadima, realizado em 08/04/1682, junto com Pedro de Melo, o padre Manuel Jorge e outros,
todos da freguesia de Cadima. Em 07/01/1686, Manuel Baptista volta a testemunhar um
casamento, desta feita é o casamento de Manuel Lourenço, da Graciosa (Tocha) com Isabel
Francisca, da Guímera, filha de Francisco Rodrigues Pássaro e de Ana Francisca, da Guímera,
as outras testemunhas são o capitão Manuel Mendes e João Francisco, do Casal. No dia
13/01/1686, Manuel Batista testemunha o casamento de Manuel Soares Sapateiro, da
Guímera com Ana Francisca, também da Guímera, sendo acompanhado por António de
Oliveira e Francisco Jorge, todos da freguesia de Cadima. Manuel Baptista volta a
testemunhar um casamento em 10/01/1689, junto com Manuel Francisco Faim, trata-se do
casamento de António Jorge Branco, da Lagoa do Grou, com Antónia Francisca, também da
Lagoa do Grou. Seguidamente, testemunha junto com Domingos Francisco Manco, em
31/01/1691, o casamento de Francisco Nicolau, da Gesteira, com Madalena Esteves, da
Guímera. Depois, em 02/12/1693, Manuel Baptista testemunha o casamento de João Gomes,
da Guímera, com Maria Antónia da Bargeira dos Coelheiros, as outras testemunhas são
Manuel Teixeira e Manuel Mendes, da Guímera. Posteriormente, Manuel Baptista volta a
testemunhar um casamento em 15/02/1706 (13 anos depois do anterior!), os noivos são José
Gomes, da Guímera e Isabel Antónia do Corgo do Encheiro, a outra testemunha foi o
reverendo padre João Jorge, todos da freguesia de Cadima. As mesmas testemunhas (Manuel
Baptista e o padre João Jorge, da Guímera) são testemunhas de um casamento em 03/05/1706,
onde os noivos são João Fernandes de Melo, de Cadima e Brites das Neves, do Casal.
Posteriormente, um Manuel Baptista é testemunha de casamento em 08/02/1717, os noivos

https://www.academia.edu/9171742/Vicissitudes_da_administra%C3%A7%C3%A3o_de_um
a_Capela_em_Cadima
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são João Baptista, filho de Manuel Jorge e de Mariana Baptista, da freguesia da Quintã
(Tocha) e Maria de Melo, de Cadima. De seguida, testemunhou mais um casamento em
05/11/1721, sendo os noivos José Gomes, viúvo, do Corgo do Encheiro e Ana Teixeira,
também viúva, do Lombo Folar, as outras testemunhas foram o licenciado Manuel Zuzarte de
Andrade, José de Oliveira Barbeiro e António Soares, todos da freguesia de Cadima. De
seguida, Manuel Baptista é testemunha do casamento de Manuel Francisco Recacho, de Entre
As Águas com Antónia Maria, da Bargeira dos Coelheiros, foram também testemunhas o seu
filho António Baptista e António Jorge Neto, todos da freguesia de Cadima.
A primeira filha de Manuel Baptista a casar foi Brigida Baptista Josefa, que casou em
30/04/1719, com Manuel Duarte Lima, viúvo, da Azambuja, bispado de Lisboa, Manuel
Baptista é dito morador na Quinta dos Pinhais. Este Manuel Duarte Lima era assistente (vivia)
em Tentúgal.
A segunda filha a casar foi Estefânia Caetana Baptista, dita natural da Barjeira dos
Coelheiros (dita natural de Cadima no assento), que casou com Amaro Ribeiro de Melo,
natural da freguesia de Vera Cruz da vila de Aveiro, em 16/04/1725. Foram testemunhas deste
casamento António Baptista (irmão da noiva), filho de Manuel Baptista, Pedro Fernandes,
Maria de Aguiar e Teresa das Neves, esta última moradora em Lavandos?. O padre Cipriano
Baptista da Guímera foi quem oficiou o casamento. Posteriormente, em 02/02/1727, em
04/09/1729, em 07/05/1731, em 03/10/1731 e em 27/02/1732 é dito que este casal (Estefânia
e Amaro) é da Quinta dos Pinhais.
A terceira filha de Manuel Batista a casar foi Maria Baptista Josefa, que casou com
Manuel da Costa Cardoso, de Tentúgal, em 06/02/1726. Foram testemunhas Miguel Tavares
de ?, morador em Tentúgal, Domingos Gonçalves Miau, António Ferrador, também de
Tentúgal, Brigida Baptista ?, moradora em Tentúgal. Neste assento é dito que a noiva e o pai
são da Quinta da Barjeira, e a mãe da noiva é natural da Guímera.

Em 22/10/1685, casaram Bernardo Francisco, da Guímera e Ana Jorge, também da


Guímera, sendo que Bernardo Francisco era filho de Manuel Francisco e de Maria Batista.
Outro filho deste mesmo casal, Lourenço Francisco, casou em 27/03/1704, com Josefa
Monteira, também da Guímera. Uma filha dos mesmos Manuel Francisco e Maria Batista, de
nome Teodósia da Nazaré, casou em 14/08/1705 com António dos Reis Galvão, natural da
freguesia da Carapinheira.
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No lugar da Quintã, o reverendo padre João Baptista das Neves aparece como
testemunha de casamentos em 13/09/1706, em 06/08/1708 (junto com o padre João Jorge),
em 29/11/1708, em 07/01/1709, em 14/01/1709, em 08/04/1709, em 26/08/1709, em
17/11/1709, em 03/03/1710, em 25/05/1711, em 09/07/1711, em 03/02/1712, em 20/11/1716,
em 10/11/1726. Em 03/03/1710, a noiva e seus pais são ditos moradores no lugar denominado
“Moinhos de João Batista das Neves”.
Num casamento em 04/11/1716 uma das testemunhas é o padre Cipriano das Neves
Baptista. Este mesmo padre Cipriano Baptista (dito de Guímera) é testemunha de casamento
em 28/11/1716, em 14/12/1716, em 05/04/1717, em 22/07/1717, em 30/01/1718, em
24/02/1718, em 28/02/1718 (em dois casamentos), em 22/05/1718, em 09/10/1718, em
13/11/1718, em 30/04/1719, em 23/05/1720, em 10/05/1722 (em que o padre Cipriano já era
morador na Sanguinheira), em 05/09/1722, em 05/04/1723, em 13/09/1723, em 18/09/1723,
em 13/01/1724 (dito morador na Guímera), em 19/01/1723. O padre Cipriano Batista viria a
falecer em 15/11/1727, na Guímera, tendo deixado legados no seu testamento a seu irmão
Manuel Jorge, da mesma Guímera.

A partir da análise dos assentos de Óbitos, conseguem-se as informações


complementares seguintes. Em 27/12/1699 faleceu na Guímera Isabel Ferroa, mulher de
Manuel Batista Estanqueiro. Morre em 29/09/1709 Miguel, de maior idade, filho de Manuel
Batista (teria portanto mais de 21 anos). A esposa de Manuel Batista, da Bargeira, falece em
20/04/1725. Manuel Batista falece depois em 17/12/1726 na mesma Bargeira. A 29/01/1751
faleceu na Bargeira dos Coelheiros, Paula, solteira, filha de Manuel Batista e de Maria Jorge,
do mesmo lugar, fez testamento.

Filhos de Manuel Batista:

António Baptista – testemunha nalguns casamentos 10/05/1722, 17/05/1722,


16/04/1725, 11/02/1743 (dito da Quintã), 04/09/1748. Nota: Havia outro António Batista,
filho de António Jorge Neto e de Geralda das Neves, moradores nas Pontes. O Batista vem do
lado da mãe (Geralda Batista das Neves). Um terceiro Manuel Batista, filho de Manuel
Francisco Galhofa e de Brigida Maria de Cadima (casou em 10/02/1745). O quarto Manuel
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Batista, do Corgo do Encheiro (casado com Brigida Maria ou Ana Maria (há os dois nos
óbitos), pode portanto ser o mesmo que o anterior), testemunha de casamento em 06/02/1747.
Paula Baptista testemunha em 10/09/1727 (filha de Manuel Baptista da Quinta dos
Pinhais). Faleceu em 29/01/1751, na Bargeira dos Coelheiros, ainda solteira, tendo feito
testamento.
João Baptista (??), solteiro, de Cadima, em 05/02/1740 , 11/02/1743.

Miguel, falecido em 29/09/1704 (sem local indicado), era moço de maior idade.

Neto José António Batista testemunha em 09/02/1744, 13/09/1744.

Batista das Neves

Ainda era solteiro em 20/3/1639 quando foi padrinho em Cadima. O pai, Pedro
Fernandes, era dito do Córrego das Fradegas. Em 17/8/1642, quando foi padrinho em Cadima
já vivia na Quintã.
Em 26/2/1645, já era casado com Isabel Antónia e viviam na Quintã, quando esta foi
madrinha em Cadima.
Em 17/1/1655 já tinha uma filha Maria (das Neves) que foi madrinha em Cadima.
Em 1/3/1666 outra filha sua, Teodora, foi madrinha em Cadima.
Em 23/2/1668 outra filha sua, Batista, foi madrinha em Cadima.
Em 25/1/1672 outra filha sua, Mariana, foi madrinha em Cadima.
Em 6/10/1673 foi o seu filho Manuel das Neves, o estudante, que foi padrinho,
juntamente com a irmã Mariana Batista.
Em 26/7/1691, foram padrinhos Francisco Jorge e a sua sogra, viúva de Batista das
Neves. A crianção nasceu nos Moinhos de Francisco Jorge, da Quintã. Estes Francisco Jorge
era casado com
Uma outra filha Isabel Batista das Neves casou com Manuel Francisco Galhofa,
viveram em Cadima, antes de 1709.
Outro filho, João Batista das Neves já era reverendo em 2/6/1709 (Quintã). Tinha uns
moinhos em Entreáguas (2/3/1710).
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Há um padre Cipriano Batista das Neves referido a partir de 23/2/1724 (viveu na


Guimara).
Pedro Fernandes
Pedro Fernandes, pai de Batista das Neves, casou com Isabel Gonçalves a Aguda,
tendo vivido na “Ribeira”, do couto de Cadima.
Nos assentos de batismo de Cadima, Pedro Fernandes aparece pela primeira vez como
sendo padrinho de uma criança batizada em 07/11/1603, também Isabel Gonçalves (sua
esposa ou sua futura esposa) é madrinha da mesma criança. De seguida, Pedro Fernandes foi
de novo padrinho em 27/01/1605, e em 17/03/1605, a sua esposa, Isabel Gonçalves, da
Ribeira, foi madrinha de uma criança.
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142. Manuel Batista was born in Cantanhede, Cadima. He married Maria Jorge.
Faleceu em 17/12/1726, na Barjeira dos Coelheiros (Cadima). Este Manuel Batista pode ter
vivido sempre no mesmo local mas esse local pode ter sido apelidado de diferentes formas,
conforme os registos, encontrei os seguintes topónimos: sua Quinta da Pamioca/Pamiosa,
Coelheiros, Quinta da Barjeira, Barjeira dos Coelheiros, Quinta da Azenha, Quinta junto À
Azenha, Quinta de P. Fernandes, Quinta do Grou, Quinta do Paúl, Quinta das Miguelas,
Quinta dos Pinhais, Quinta de Manuel Batista. A apostar eu diria que é hoje o lugar
denominado de Coelheiros, na freguesia de Cadima. Não tenho nomes de pais (ainda). Num
registo é dito natural da quinta da Barjeira, mas este topónimo só aparece mais tarde... Este
casal vai ser com certeza alvo de estudo meu por causa destes nomes todos ;)
143. Maria Jorge . Faleceu na Barjeira em 20/4/1725. Não tenho nome de pais
(ainda). Tenho informação que era natural da Guimera, Cadima. Aparece em dois registos
como Isabel Jorge (pode ser Maria Isabel Jorge?).

70. Manuel da Costa Cardoso Miau was born on 27/09/1700 in Montemor-o-


Velho, Tentúgal. He was christened on 27/09/1700 in Montemor-o-Velho, Tentúgal. He
married Maria Batista.
71. Maria Batista was born on 05/04/1690 in Cantanhede, Cadima. Teve os
seguintes irmãos: Brigida (batizada em 10/3/1682); Miguel (batizado em 13/10/1687), e
talvez Estefânia (batizada em 3/9/1691), todos nascidos na Quinta do Pai Manuel Batista
(Quinta da Pamiosa?); António (batizado em 10/6/1696, nascido na Quinta dos Coelheiros).
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Anexos

Família do padre Cipriano Batista das Neves

b 5 5Bern Gui Antóni Natália P: João Jorge estudante, filho de Pedro Jorge já defunto +
-1573- 7 -jul- arda mar o Jorge das Maria, solteira, filha de Manuel Francisco do dito lugar
1719 1685 a Neves
b 6 1Man Gui Antóni Natária P: o Capitão Jerónimo de Azevedo + Teodora3, solteira,
-1573- 4 8-nov- uel mar o Jorge Batista filha de Manuel Francisco todos da Guimara
1719 1687 a
b 7 2João Gui Antóni Natália P: Manuel Jorge da Quintã + Isabel, solteira, filha de Pedro
-1573- 3 -fev- mar o Jorge das Jorge, já defunto do dito lugar
1719 1690 a Neves
b 8 2Man Gui Antóni Natária P: Miguel, solteiro, filho de Pedro Jorge já defunto da
-1573- 8 3-nov- uel mar o Jorge das Guimara + Isabel, solteira, filha de Pedro Monteiro da
1719 1692 a Neves Quintã
b 1 1Cipri Gui Antóni Natária P: o padre João Jorge + Maria, solteira, filha de Manuel
-1573- 0 6-set- ano mar o Jorge das Francisco do mesmo lugar da Guimara
1719 5 1695 a Neves
b 1 3Conc Gui Antóni Natária P: Manuel Jorge do Casal + Benvinda, solteira, filha de
-1573- 2 1-jul- eição mar o Jorge das Manuel Batista
1719 1f 1698 a Neves
b # 3Migu Gui Antóni Natária P: o Licenciado Manuel Zuzarte de Andrade do Paúl +
-1573- # 0-set- el mar o Jorge das Joana Cardosa da Guimara
1719 # 1700 a ? Neves
b 4 2Mari Gui Antóni Natália P: António Gomes do Casal + Mariana Batista da Quintã
-1573- 8 5-mar- a mar o Jorge das
1719 1704 a Neves

Pesquisa por Batista das Neves (pesquisa.auc.uc.pt)


http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=287797&ht=Batista|das|Neves
António Batista das Neves (Cadima) cânones, filho de Manuel Batista
PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/N/000167

3Teodora, filha de Manuel Francisco e de Maria (Baptista) das Neves, nasceu na


Guímera e foi baptizada em Cadima a 01/03/1666. Sua tia Teodora Baptista, filha de
Batista das Neves, da Quintã foi a madrinha.
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http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=169270&ht=Batista|das|Neves
António Batista das Neves (Quintã), Leis, matrícula 12.12.1717
PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/N/000544

http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=150181&ht=Batista|das|Neves
João Batista, filho de Manuel das Neves, cânones, matrícula: 1688/10/20, 1683/10/01,
1686/10/01
PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/B/000464
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Referências
Artières, P.; Potte-Bonneville, M. (2007). D’après Foucault: Gestes, luttes, programmes.
Paris: Les Prairies Ordinaires.
Bégout, B. (2005). La découverte du quotidien. Paris: Allia.
Canguilhem, G. (1975). La Connaissance de la Vie. Paris: Librairie J. Vrin.
Dreyfus, H.; Rabinow, P. (1984). Michel Foucault: Un parcours philosophique, Paris:
Gallimard.
Ericson, R.; Doyle, A. (2003). Risk and morality. Toronto: University of Toronto Press.
Feher, M (2005). Les interrègnes de Michel Foucault. In: Penser avec Michel Foucault. Paris:
Karthala.

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