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Resumo
Abstract
The objective of the present paper is to trace the elements, the questions and
problematizations that rendered possible to Foucault the elaboration of the concepts of
biopower, biopolitics, governmentality and security. In this work we intend to investigate the
genealogy of biopower and biopolitics, seeking to retrace in Foucault’s reflections around the
medicalization of society and the extension of medical power — in the period 1974-1976,
especially in the lectures at UERJ — the questioning that prepared the emergence of the
notions of biopower and biopolitics, as proposed by him in 1976. We can suppose that the
articulation made by Foucault between the medicalization of society and the government of
life was one of the conditions that rendered possible the emergence of the hypothesis of
biopower.
Keywords: biopower, biopolitics, governmentality, security, population.
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Manuel Batista
É neste contexto que a nossa personagem aparece. Manuel Baptista deverá ter nascido
por volta de 1650-1660, e terá casado por volta de 1680 com Maria Jorge, esta natural do
lugar da Guímera. Como existe um hiato nos assentos de casamentos de Cadima entre os anos
de 1600 e 1670, não é possível ter os casamentos desse período e consequentemente o nome
dos pais de quem casou durante esse período o que dificulta o trabalho de quem procura
ascendentes dos residentes do couto de Cadima.
Nos assentos de casamento, Manuel Baptista aparece pela primeira vez sendo
testemunha de casamento junto com o padre João Monteiro2, em 17/12/1681. Trata-se do
casamento de Manuel João e de Joana Francisca, ambos da Taboeira. Depois testemunha
também o casamento de Manuel Rodrigues, viúvo, de Cantanhede e de Maria de São José, de
Cadima, em 28/01/1682, junto com o reverendo licenciado Manuel Fernandes de Aguiar e o
reverendo licenciado Francisco Pessoa, da freguesia de Cantanhede. Em seguida, Manuel
Baptista testemunha o casamento de Dinis de Melo, de Ourentã com Maria de Oliveira, de
Cadima, realizado em 08/04/1682, junto com Pedro de Melo, o padre Manuel Jorge e outros,
todos da freguesia de Cadima. Em 07/01/1686, Manuel Baptista volta a testemunhar um
casamento, desta feita é o casamento de Manuel Lourenço, da Graciosa (Tocha) com Isabel
Francisca, da Guímera, filha de Francisco Rodrigues Pássaro e de Ana Francisca, da Guímera,
as outras testemunhas são o capitão Manuel Mendes e João Francisco, do Casal. No dia
13/01/1686, Manuel Batista testemunha o casamento de Manuel Soares Sapateiro, da
Guímera com Ana Francisca, também da Guímera, sendo acompanhado por António de
Oliveira e Francisco Jorge, todos da freguesia de Cadima. Manuel Baptista volta a
testemunhar um casamento em 10/01/1689, junto com Manuel Francisco Faim, trata-se do
casamento de António Jorge Branco, da Lagoa do Grou, com Antónia Francisca, também da
Lagoa do Grou. Seguidamente, testemunha junto com Domingos Francisco Manco, em
31/01/1691, o casamento de Francisco Nicolau, da Gesteira, com Madalena Esteves, da
Guímera. Depois, em 02/12/1693, Manuel Baptista testemunha o casamento de João Gomes,
da Guímera, com Maria Antónia da Bargeira dos Coelheiros, as outras testemunhas são
Manuel Teixeira e Manuel Mendes, da Guímera. Posteriormente, Manuel Baptista volta a
testemunhar um casamento em 15/02/1706 (13 anos depois do anterior!), os noivos são José
Gomes, da Guímera e Isabel Antónia do Corgo do Encheiro, a outra testemunha foi o
reverendo padre João Jorge, todos da freguesia de Cadima. As mesmas testemunhas (Manuel
Baptista e o padre João Jorge, da Guímera) são testemunhas de um casamento em 03/05/1706,
onde os noivos são João Fernandes de Melo, de Cadima e Brites das Neves, do Casal.
Posteriormente, um Manuel Baptista é testemunha de casamento em 08/02/1717, os noivos
https://www.academia.edu/9171742/Vicissitudes_da_administra%C3%A7%C3%A3o_de_um
a_Capela_em_Cadima
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são João Baptista, filho de Manuel Jorge e de Mariana Baptista, da freguesia da Quintã
(Tocha) e Maria de Melo, de Cadima. De seguida, testemunhou mais um casamento em
05/11/1721, sendo os noivos José Gomes, viúvo, do Corgo do Encheiro e Ana Teixeira,
também viúva, do Lombo Folar, as outras testemunhas foram o licenciado Manuel Zuzarte de
Andrade, José de Oliveira Barbeiro e António Soares, todos da freguesia de Cadima. De
seguida, Manuel Baptista é testemunha do casamento de Manuel Francisco Recacho, de Entre
As Águas com Antónia Maria, da Bargeira dos Coelheiros, foram também testemunhas o seu
filho António Baptista e António Jorge Neto, todos da freguesia de Cadima.
A primeira filha de Manuel Baptista a casar foi Brigida Baptista Josefa, que casou em
30/04/1719, com Manuel Duarte Lima, viúvo, da Azambuja, bispado de Lisboa, Manuel
Baptista é dito morador na Quinta dos Pinhais. Este Manuel Duarte Lima era assistente (vivia)
em Tentúgal.
A segunda filha a casar foi Estefânia Caetana Baptista, dita natural da Barjeira dos
Coelheiros (dita natural de Cadima no assento), que casou com Amaro Ribeiro de Melo,
natural da freguesia de Vera Cruz da vila de Aveiro, em 16/04/1725. Foram testemunhas deste
casamento António Baptista (irmão da noiva), filho de Manuel Baptista, Pedro Fernandes,
Maria de Aguiar e Teresa das Neves, esta última moradora em Lavandos?. O padre Cipriano
Baptista da Guímera foi quem oficiou o casamento. Posteriormente, em 02/02/1727, em
04/09/1729, em 07/05/1731, em 03/10/1731 e em 27/02/1732 é dito que este casal (Estefânia
e Amaro) é da Quinta dos Pinhais.
A terceira filha de Manuel Batista a casar foi Maria Baptista Josefa, que casou com
Manuel da Costa Cardoso, de Tentúgal, em 06/02/1726. Foram testemunhas Miguel Tavares
de ?, morador em Tentúgal, Domingos Gonçalves Miau, António Ferrador, também de
Tentúgal, Brigida Baptista ?, moradora em Tentúgal. Neste assento é dito que a noiva e o pai
são da Quinta da Barjeira, e a mãe da noiva é natural da Guímera.
No lugar da Quintã, o reverendo padre João Baptista das Neves aparece como
testemunha de casamentos em 13/09/1706, em 06/08/1708 (junto com o padre João Jorge),
em 29/11/1708, em 07/01/1709, em 14/01/1709, em 08/04/1709, em 26/08/1709, em
17/11/1709, em 03/03/1710, em 25/05/1711, em 09/07/1711, em 03/02/1712, em 20/11/1716,
em 10/11/1726. Em 03/03/1710, a noiva e seus pais são ditos moradores no lugar denominado
“Moinhos de João Batista das Neves”.
Num casamento em 04/11/1716 uma das testemunhas é o padre Cipriano das Neves
Baptista. Este mesmo padre Cipriano Baptista (dito de Guímera) é testemunha de casamento
em 28/11/1716, em 14/12/1716, em 05/04/1717, em 22/07/1717, em 30/01/1718, em
24/02/1718, em 28/02/1718 (em dois casamentos), em 22/05/1718, em 09/10/1718, em
13/11/1718, em 30/04/1719, em 23/05/1720, em 10/05/1722 (em que o padre Cipriano já era
morador na Sanguinheira), em 05/09/1722, em 05/04/1723, em 13/09/1723, em 18/09/1723,
em 13/01/1724 (dito morador na Guímera), em 19/01/1723. O padre Cipriano Batista viria a
falecer em 15/11/1727, na Guímera, tendo deixado legados no seu testamento a seu irmão
Manuel Jorge, da mesma Guímera.
Batista, do Corgo do Encheiro (casado com Brigida Maria ou Ana Maria (há os dois nos
óbitos), pode portanto ser o mesmo que o anterior), testemunha de casamento em 06/02/1747.
Paula Baptista testemunha em 10/09/1727 (filha de Manuel Baptista da Quinta dos
Pinhais). Faleceu em 29/01/1751, na Bargeira dos Coelheiros, ainda solteira, tendo feito
testamento.
João Baptista (??), solteiro, de Cadima, em 05/02/1740 , 11/02/1743.
Miguel, falecido em 29/09/1704 (sem local indicado), era moço de maior idade.
Ainda era solteiro em 20/3/1639 quando foi padrinho em Cadima. O pai, Pedro
Fernandes, era dito do Córrego das Fradegas. Em 17/8/1642, quando foi padrinho em Cadima
já vivia na Quintã.
Em 26/2/1645, já era casado com Isabel Antónia e viviam na Quintã, quando esta foi
madrinha em Cadima.
Em 17/1/1655 já tinha uma filha Maria (das Neves) que foi madrinha em Cadima.
Em 1/3/1666 outra filha sua, Teodora, foi madrinha em Cadima.
Em 23/2/1668 outra filha sua, Batista, foi madrinha em Cadima.
Em 25/1/1672 outra filha sua, Mariana, foi madrinha em Cadima.
Em 6/10/1673 foi o seu filho Manuel das Neves, o estudante, que foi padrinho,
juntamente com a irmã Mariana Batista.
Em 26/7/1691, foram padrinhos Francisco Jorge e a sua sogra, viúva de Batista das
Neves. A crianção nasceu nos Moinhos de Francisco Jorge, da Quintã. Estes Francisco Jorge
era casado com
Uma outra filha Isabel Batista das Neves casou com Manuel Francisco Galhofa,
viveram em Cadima, antes de 1709.
Outro filho, João Batista das Neves já era reverendo em 2/6/1709 (Quintã). Tinha uns
moinhos em Entreáguas (2/3/1710).
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142. Manuel Batista was born in Cantanhede, Cadima. He married Maria Jorge.
Faleceu em 17/12/1726, na Barjeira dos Coelheiros (Cadima). Este Manuel Batista pode ter
vivido sempre no mesmo local mas esse local pode ter sido apelidado de diferentes formas,
conforme os registos, encontrei os seguintes topónimos: sua Quinta da Pamioca/Pamiosa,
Coelheiros, Quinta da Barjeira, Barjeira dos Coelheiros, Quinta da Azenha, Quinta junto À
Azenha, Quinta de P. Fernandes, Quinta do Grou, Quinta do Paúl, Quinta das Miguelas,
Quinta dos Pinhais, Quinta de Manuel Batista. A apostar eu diria que é hoje o lugar
denominado de Coelheiros, na freguesia de Cadima. Não tenho nomes de pais (ainda). Num
registo é dito natural da quinta da Barjeira, mas este topónimo só aparece mais tarde... Este
casal vai ser com certeza alvo de estudo meu por causa destes nomes todos ;)
143. Maria Jorge . Faleceu na Barjeira em 20/4/1725. Não tenho nome de pais
(ainda). Tenho informação que era natural da Guimera, Cadima. Aparece em dois registos
como Isabel Jorge (pode ser Maria Isabel Jorge?).
Anexos
b 5 5Bern Gui Antóni Natália P: João Jorge estudante, filho de Pedro Jorge já defunto +
-1573- 7 -jul- arda mar o Jorge das Maria, solteira, filha de Manuel Francisco do dito lugar
1719 1685 a Neves
b 6 1Man Gui Antóni Natária P: o Capitão Jerónimo de Azevedo + Teodora3, solteira,
-1573- 4 8-nov- uel mar o Jorge Batista filha de Manuel Francisco todos da Guimara
1719 1687 a
b 7 2João Gui Antóni Natália P: Manuel Jorge da Quintã + Isabel, solteira, filha de Pedro
-1573- 3 -fev- mar o Jorge das Jorge, já defunto do dito lugar
1719 1690 a Neves
b 8 2Man Gui Antóni Natária P: Miguel, solteiro, filho de Pedro Jorge já defunto da
-1573- 8 3-nov- uel mar o Jorge das Guimara + Isabel, solteira, filha de Pedro Monteiro da
1719 1692 a Neves Quintã
b 1 1Cipri Gui Antóni Natária P: o padre João Jorge + Maria, solteira, filha de Manuel
-1573- 0 6-set- ano mar o Jorge das Francisco do mesmo lugar da Guimara
1719 5 1695 a Neves
b 1 3Conc Gui Antóni Natária P: Manuel Jorge do Casal + Benvinda, solteira, filha de
-1573- 2 1-jul- eição mar o Jorge das Manuel Batista
1719 1f 1698 a Neves
b # 3Migu Gui Antóni Natária P: o Licenciado Manuel Zuzarte de Andrade do Paúl +
-1573- # 0-set- el mar o Jorge das Joana Cardosa da Guimara
1719 # 1700 a ? Neves
b 4 2Mari Gui Antóni Natália P: António Gomes do Casal + Mariana Batista da Quintã
-1573- 8 5-mar- a mar o Jorge das
1719 1704 a Neves
http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=169270&ht=Batista|das|Neves
António Batista das Neves (Quintã), Leis, matrícula 12.12.1717
PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/N/000544
http://pesquisa.auc.uc.pt/details?id=150181&ht=Batista|das|Neves
João Batista, filho de Manuel das Neves, cânones, matrícula: 1688/10/20, 1683/10/01,
1686/10/01
PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/B/000464
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Referências
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Paris: Les Prairies Ordinaires.
Bégout, B. (2005). La découverte du quotidien. Paris: Allia.
Canguilhem, G. (1975). La Connaissance de la Vie. Paris: Librairie J. Vrin.
Dreyfus, H.; Rabinow, P. (1984). Michel Foucault: Un parcours philosophique, Paris:
Gallimard.
Ericson, R.; Doyle, A. (2003). Risk and morality. Toronto: University of Toronto Press.
Feher, M (2005). Les interrègnes de Michel Foucault. In: Penser avec Michel Foucault. Paris:
Karthala.