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Este texto-base integra os recursos didáticos elaborados para o Curso de Qualificação em Plantas Medicinais e Fitote-

rápicos na Atenção Básica, concebido, desenvolvido e ofertado pela parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação
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cas Integrativas e Complementares em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Pro-
moção da Saúde. Universidade Federal do Pará. Assessoria de Educação a Distância.
Curso de Qualificação em Plantas Medicinais e Fitoterápicos na Atenção Básica – Etapa 4: Fitoterapia aplica-
da/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Fundação Oswaldo Cruz.
Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde. Universidade Federal do Pará. Assessoria de Educação a
Distância – 1. ed. – Belém: [EditAEDi], 2016.
83 p. : il.

ISBN 978-85-65054-41-6

1. Fitoterapia. 2. Plantas Medicinais. 3. Atenção à Saúde. I. Título.


CDU 633.88
__________________________________________________________________________________________
SUMÁRIO
ETAPA 4 - FITOTERAPIA APLICADA | 06

08 1 INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS

1.1 Conceitos básicos | 08


1.2 Planta medicinal e fitoterápico | 09
1.3 Vantagens e desafios no uso de plantas medicinais e fitoterápicos | 10
1.4 Aspectos técnicos importantes para a farmacologia de fitoterápicos | 11
1.5 Classificação das plantas medicinais | 11
1.6 Aspectos farmacológicos importantes no desenvolvimento de fitoterápicos | 12
1.7 Emprego e classes das plantas medicinais e dos fitoterápicos conforme mecanismo de ação | 12
1.8 Ação biológica das plantas medicinais e dos fitoterápicos | 14
1.9 Princípios ativos de plantas medicinais e fitoterápicos e suas afinidades orgânicas | 15
1.10 Aplicação terapêutica das plantas medicinais e fitoterápicos | 15

17 2 APLICAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS

2.1 Exemplos de aplicação de plantas medicinais e fitoterápicos nos tratamentos dos sistemas orgânicos | 19

59 REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA


ETAPA 4
PARÂMETROS PARA A ATENÇÃO
À SAÚDE EM FITOTERAPIA
Caro(a) cursista,
O estudo das plantas medicinais e dos fitoterápicos requer a interação de diversas ciências
que caracterizam a medicina moderna. Assim como as práticas de saúde contemporâneas são
definidas pelas práticas baseadas em evidências cientificas, o mesmo não poderia ser diferen-
te com as plantas medicinais e fitoterápicos.

Uma só planta medicinal é capaz de atuar em diferentes sistemas biológicos e isso só é possí-
vel devido à riqueza em princípios ativos na sua composição. Em relação a esse aspecto, é de
suma importância que você procure compreender os efeitos específicos dos princípios ativos
que são determinados pela característica química das plantas com que estiver trabalhando.

Nesse sentido, este texto visa oferecer a você, profissional de saúde, subsídios para a indica-
ção e prescrição de plantas medicinais e fitoterápicos, por meio do conhecimento das princi-
pais classes de bioativos com atividade terapêutica e toxidez, além de informações tradicio-
nais e científicas atualizadas sobre Fitoterapia aplicada na terapêutica dos diversos sistemas
orgânicos humanos.

Assim, nesta Etapa, serão abordados dois grandes tópicos. Primeiro você será introduzido à
farmacologia de plantas medicinais e fitoterápicos, além da farmacocinética e farmacodinâ-
mica dos diversos grupos de drogas vegetais. Em um segundo momento, poderá ver estudos
de caso em que se faz uso das plantas medicinais e dos fitoterápicos como terapêutica. Além
deste texto, são também disponibilizados outros materiais em diversos formatos com esses
conteúdos, tais como: infográfico, apresentação em slides, vídeo sobre os parâmetros para
indicação e prescrição de fitoterápicos pelos profissionais de saúde e histórias em quadrinhos
com estudos de casos que têm por objetivo auxiliar no desenvolvimento do seu raciocínio
clínico na indicação das plantas medicinais e dos fitoterápicos para o tratamento de enfermi-
dades nos diversos sistemas do corpo humano.

O uso das plantas medicinais está inserido na história da medicina e da farmácia. Se hoje é
possível encontrarmos fitoterápicos que podem servir como medicamento de primeira esco-
lha no tratamento de algumas patologias, esse fato deve-se à recomendação da Organização
Mundial da Saúde de incluir a Fitoterapia como prática na saúde pública. Por isso, observam-
se, em diversos países, investimentos consideráveis, colocando essa terapêutica em um pata-
mar não como prática alternativa, e sim como complementar. Já no Brasil, o marco da efeti-
vação das práticas integrativas e complementares deu-se no ano de 2006, com a implantação
da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e, em 2008, com

06
a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, sendo observada a expansão da
Fitoterapia no serviço de saúde pública e maior engajamento para oferta no Sistema Único de
Saúde.

A partir das informações aqui apresentadas e das atividades desta Etapa 4, você poderá apro-
ximar um pouco mais o conhecimento das plantas medicinais e da Fitoterapia ao seu cotidia-
no profissional.

Bons estudos!

07
1 INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA DE
PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS
1.1 Conceitos básicos
Para iniciar seus estudos neste tópico, é importante que você tenha clareza de alguns concei-
tos relacionados à farmacologia de plantas medicinais e de fitoterápicos.

A farmacologia é a ciência que estuda a ação terapêutica dos fármacos no organismo vivo. É
altamente especializada, dividindo-se nas seguintes ramificações: farmacologia geral, farma-
cocinética, farmacodinâmica e toxicologia. O estudo das plantas medicinais e de fitoterápicos
deve se apoiar na farmacologia para o entendimento da ação dos fitofármacos e seus efeitos
terapêuticos.

Ao se deparar com as plantas medicinais e os fitoterápicos, é necessário usar das ferramentas


da farmacologia para que se esclareça a ação desses produtos. São particularmente necessá-
rios os conhecimentos da Fitofarmacologia, que é a ciência que estuda os efeitos farmaco-
lógicos e toxicológicos das plantas medicinais e fitoterápicos no organismo vivo e tem como
base os conhecimentos de fisiologia, patologia e farmacologias básica e aplicada e, acima de
tudo, o conhecimento das características físico-químicas dos princípios ativos naturais que
compõem as estruturas das plantas medicinais.

Nos estudos farmacológicos, devem-se considerar dois fatores preponderantes, que são a to-
xicidade e a atividade farmacológica. Além disso, é relevante atentar para a existência de dois
sistemas terapêuticos: a Alopatia e a Homeopatia. A Fitoterapia faz parte do sistema alopáti-
co (Quadro 01), logo, todos os aspectos que devem ser aplicados para outros medicamentos
desse sistema terapêutico valem, também, para os fitoterápicos.
Quadro 01 Os sistemas de tratamento e medicamentos correspondentes
Sistema Terapia Medicamento Matéria-prima
Vegetal, animal
Homeopatia Homeoterapia Homeoterápico
e mineral
Inorgânica natural
Alopatia Inorgânica Quimioterapia Quimioterápico
e sintética
Alopatia Quimioterapia Orgânica sintética
Quimioterapia Quimioterápico
Orgânica e natural

Alopatia Opoterapia Opoterapia Opoterápico Animais e derivados


deles obtidos
Esses sistemas
também podem Alopatia Fitoterapia Fitoterapia Fitoterápico Vegetais, drogas e
ser estudados preparados deles obtidos
no texto-base da
Etapa 1.

08
1.2 Planta medicinal e fitoterápico
No estudo da fitofarmacologia é de grande importância saber diferenciar e definir planta me-
dicinal e fitoterápico. Planta medicinal é qualquer planta, ou parte desta, capaz de provocar
um efeito biológico. Pode ser aplicada diretamente na terapêutica ou processada para ob-
tenção de um fitoterápico. Já o fitoterápico é o produto final, apresentado como uma forma
farmacêutica e uma fórmula farmacêutica.

O fitoterápico é o medicamento que contém exclusivamente matérias-primas vegetais. Não


se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias
ativas isoladas, de qualquer origem, nem as associações dessas com extratos vegetais.

Os princípios ativos que determinam a possível ação farmacológica da planta medicinal e dos
fitoterápicos são os fitofármacos, que podem ser considerados os marcadores farmacológi-
cos desses produtos e/ou marcadores fitoquímicos. Esses elementos são importantes para a
definição do controle de qualidade desses produtos.

Observe, nos exemplos na Figura 01, os marcadores fitoquímicos/farmacológicos para o óleo


de copaíba (Copaifera sp.): β-cariofileno, β-bisaboleno, ácido caurenoico e ácido polialtico.
Figura 01 Marcadores fitoquímicos/farmacológicos para o óleo de copaíba

Fonte: Ilustrações cedidas por JC Tavares.

09
Quanto à formulação, os fitoterápicos podem ser classificados em:

Simples: se apenas um derivado vegetal ativo compõe a formulação. Como exemplo, tem-
se a tintura de Passiflora edulis, indicado para ansiedade.
Compostos: se mais de um derivado vegetal como princípio ativo compõe a formulação.
Como exemplo, tem-se a tintura composta de Passiflora edulis e Melissa officinalis, indicada
para ansiedade.

1.3 Vantagens e desafios no uso de plantas medicinais e


fitoterápicos
Diversas são as vantagens do uso de plantas medicinais e fitoterápicos que levam à valori-
zação dessa terapêutica farmacológica, ao se considerar seus aspectos inerentes. A seguir
destacamos algumas dessas vantagens:

Baixo risco de intoxicação: o uso da planta medicinal consolidado ao longo tempo opor-
tuniza que sejam realizadas observações em relação às ocorrências de possíveis intoxicações.
Como exemplo, tem-se a Lantana camara, conhecida como cambará. Enquanto essa planta
provoca intoxicações no gado ao ingeri-la nos pastos, devido à presença de cumarinas, na te-
rapêutica fitoterápica é usada como expectorante. Nesse caso específico, as observações e o
uso ao longo do tempo tornaram possível chegar à concentração ideal da planta para que não
provoque intoxicações ao homem.
Fácil administração: as formas farmacêuticas mais empregadas para as plantas medici-
nais e para os fitoterápicos são de administração oral e tópica, tais como: comprimidos, cáp-
sulas, xaropes, soluções, cremes, géis, pomadas, loções, entre outras.
Fácil disponibilidade: plantas medicinais e fitoterápicos já com uso consagrado pela popu-
lação de determinadas regiões são de fácil acesso.
Efeitos colaterais mínimos: os efeitos são menores principalmente para plantas medici-
nais e fitoterápicos obtidos a partir de espécies que possuem uma longa história de uso tradi-
cional.

Atenção!
O baixo custo das plantas medicinais e fitoterápicos que poderia ser uma vantagem, atual-
mente, tem sido objeto de discussão, uma vez que é possível encontrar no mercado farma-
cêutico produtos fitoterápicos de alto custo comercial, cuja justificativa para a elevação des-
ses preços está baseada nos complexos processos para obtenção de extratos padronizados.

Além das vantagens, há também desafios ao uso de plantas medicinais e de fitoterápicos.


Uma delas refere-se aos princípios ativos, que geralmente atuam em grupo no organismo
vivo, dificilmente de forma isolada, o que torna complexos os estudos farmacológicos e as
formas de controle de qualidade desses produtos.

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No que se refere à plantação e colheita, um dos desafios é a manutenção da qualidade desses
produtos relativos à presença dos princípios ativos que definem os possíveis efeitos terapêu-
ticos. Para tanto, é necessária a aplicação de técnicas rigorosas relacionadas à plantação e à
colheita para a obtenção de fitoterápicos de qualidade.
Você poderá
complementar esse
assunto acessando
a apresentação
de slides sobre o
1.4 Aspectos técnicos importantes para a farmacologia de
cultivo de plantas
medicinais e boas
fitoterápicos
práticas agrícolas
na Etapa 2. Para os estudos dos fitoterápicos, você pode considerar como importantes os seguintes
aspectos:

Forma farmacêutica: as formas fitoterápicas podem ser líquidas (extratos, tinturas, xa-
ropes, soluções, emulsões, etc.) e semi-sólidas (pomadas, cremes e géis) e sólidas (cápsulas,
comprimidos e drágeas). Devem ser definidas conforme as características dos marcadores da
espécie medicinal. Sua não observância poderá comprometer a atividade terapêutica.
Fórmula farmacêutica: representa a associação do princípio ativo e os adjuvantes/exci-
pientes, bem como a composição de um medicamento, em que se define a somação, poten-
ciação, sinergismo ou antagonismo dos princípios ativos das espécies vegetais, além da ade-
quada apresentação e boa estabilidade do produto.

Atenção!
É de suma importância o conhecimento das características químicas dos marcadores da es-
pécie medicinal a ser utilizada para evitar a ocorrência de interações farmacotécnicas inviá-
veis, que poderão comprometer o efeito farmacológico/terapêutico do produto.

Aplicação terapêutica: baseia-se nas indicações terapêutica e nas características dos


princípios ativos das plantas medicinais a serem empregadas na obtenção do fitoterápico. A
observância desse aspecto é importante para a definição da forma e da formulação do
fitoterápico.

1.5 Classificação das plantas medicinais


As plantas medicinais são classificadas conforme a ordem de prioridade. Verifique a seguir os
grupos de plantas medicinais:

Plantas empregadas diretamente na terapia: são empregadas sob a forma de droga ve-
getal, in natura ou em associação formando as espécies para infusos ou decocção.
Plantas que constituem matéria-prima para manipulação galênica: oferecem subprodu-
tos a serem utilizados em determinadas formas e formulações farmacêuticas. Como exemplo,
têm-se as mucilagens, importantes para a definição da viscosidade de determinados produtos

11
e que podem ser obtidas diretamente de algumas espécies vegetais, no caso, os aloés.
Plantas que constituem matéria-prima para indústria: apresentam fitofármacos que po-
dem servir de precursores em semi-síntese, por exemplo, os esteroides, para obtenção de
corticoides.

1.6 Aspectos farmacológicos importantes no desenvolvimento


de fitoterápicos
As características que um medicamento deve apresentar são: eficácia, segurança e qualidade,
o que não é diferente para as plantas medicinais e fitoterápicos. Além desses elementos, de-
vem ser observadas as questões relacionadas às interações que as envolvem, uma vez que se
tratam de produtos complexos, que apresentam dezenas e/ou centenas de princípios ativos
nas suas composições.
Consulte esse
assunto também As interações para esses produtos fitoterápicos podem envolver:
na apresentação
em slides dispo-
nibilizada nesta
Etapa 4. Interação farmacotécnica: baseia-se nas características fitoquímicas dos princípios ativos
naturais da espécie vegetal e suas incompatibilidades com certos princípios ativos que podem
afetar a ação farmacológica. Por exemplo, taninos com derivados proteicos e alcaloides. Os
taninos precipitam os derivados proteicos e alcaloides impedindo inclusive a sua absorção.
Interação farmacológica: baseia-se na ação farmacológica de cada princípio ativo e suas
associações. Essas interações podem ser de dois tipos:

Viáveis: quando levar à ocorrência de sinergismos e potencializações, o que favorece melhor


resposta farmacológica e/ou terapêutica.
Inviáveis: quando levar à ocorrência de antagonismos e gerações de efeitos indesejáveis, o
que impede a resposta farmacológica e/ou terapêutica.

1.7 Emprego e classes das plantas medicinais e dos fitoterápicos


conforme mecanismo de ação
As plantas medicinais têm sido uma rica fonte para obtenção de moléculas para serem explo-
radas terapeuticamente. Elas e os fitoterápicos podem ser empregados na terapêutica para:

Fornecimento de elementos carentes ao organismo: é o caso das plantas medicinais que


apresentam em sua composição pró-vitaminas, minerais e cofatores enzimáticos. Por exem-
plo, tem-se Taraxacum officinalis Weber (dente-de-leão) rico em K+ e carotenoides.
Prevenção de uma doença ou infecção: é o caso de plantas medicinais que podem favo-

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recer a resposta imune ou que possuem princípios ativos que atuam especificamente sobre
determinados quadros infecciosos. Por exemplo, tem-se Rosmarinus officinalis L. (alecrim),
Allium sativum L. (alho) e Echinacea purpurea L. (equinácia).
Combate a uma infecção: apesar de existirem antibióticos e quimioterápicos altamente
eficientes, encontram-se plantas medicinais que se destacam como adjuvantes no comba-
te de determinados quadros infecciosos. Esse fato é justificado pela presença de princípios
ativos, como as substâncias terpênicas, em sua composição fitoquímica. Pode-se citar como
exemplo as Copaifera sp., com seu óleo-resina, destacado na história de uso tradicional, como
também pela sua comprovação científica em casos de infecções ginecológicas baixas.
Bloqueio temporário de função normal: baseia-se em observações do uso tradicional por
diversas populações. Como exemplo, cita-se o uso das folhas de Inga edulis Mart., por popula-
ções indígenas da Amazônia brasileira, como anticoncepcional. Nesse caso, foi demonstrada
a existência de princípios ativos esteroidais com características hormonais, que podem estar
envolvidos na resposta contraceptiva.
Correção de uma função orgânica desregulada: ocorre com plantas medicinais e deriva-
dos que podem modular determinadas respostas biológicas que se encontram comprometi-
das. É o caso da depressão, que apresenta deficiência nas sinapses serotoninérgicas. Nessa
situação especifica, cita-se a ação de Hypericum perforatum L. sobre as mono-aminoxidases
em casos de depressão.

Atenção!
As plantas medicinais e os fitoterápicos podem ser utilizados de forma complementar na
terapêutica, mas podem também ser utilizados como terapia de primeira opção em deter-
minados casos patológicos, como verá mais adiante neste texto.

As plantas medicinais e os fitoterápicos também podem desencadear mecanismos farmaco-


lógicos produzindo efeitos terapêuticos, tais como:

Inibidores de enzimas: modulam ou inibem determinadas enzimas específicas. Como


exemplo, cita-se a Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) que atua em processos inflamatórios
agudos, possivelmente por inibição de cicloxigenase. Outro exemplo de grande importância
farmacológica é o Pterodon emarginatus Vog. (sucupira-branca), que atua inibindo cicloxige-
nases e diversos outros sistemas enzimáticos (CARVALHO et al., 1996, 1999).
Antimetabólitos: interferem em determinadas rotas metabólicas, provocando modula-
ção da fisiopatologia. É o caso de plantas medicinais ricas em monoterpenos, nos óleos es-
senciais, os quais interferem nas vias metabólicas bacterianas e virais desencadeando efeitos
antibacterianos ou antivirais. É o caso da Colchicum autumnale L., cujo princípio ativo (colchi-
cina) interfere no metabolismo das xantinas, o que impede a formação de ácido úrico.
Agentes alquilantes: promovem processos de alquilação. Para tanto, os princípios ativos
presentes nas plantas medicinais necessitam apresentar grupos alquílicos dispostos a reagir
com grupos específicos do sistema biológico. Nessa classe de plantas medicinais, citam-se os
flavonoides metilados capazes de reagir com ácidos nucleicos impedindo a replicação celular.

13
Antídotos: neutralizam determinados mecanismos de ações específicos. Nessa classe, ci-
tam-se plantas medicinais ricas em taninos, que possuem como característica a capacidade
de precipitar proteínas. Há vários relatos de uso tradicional e pesquisas que demonstram a
ação de espécies vegetais sobre acidentes ofídicos e sobre outros tipos de veneno. É o caso
do óleo essencial de Casearia sylvestris Swartz sobre a ação do veneno de Bothrops alternatus
(ESTEVES et al., 2011).

1.8 Ação biológica das plantas medicinais e dos fitoterápicos

Independente da origem do medicamento, atente para o fato de que todos, ao serem admi-
nistrados, obrigatoriamente seguirão determinadas vias, caracterizando as seguintes fases:

Fase farmacêutica: compreende desde o momento em que a planta medicinal ou o fito-


terápico é administrado até a exposição dos princípios ativos para sofrerem absorção. Uma
forma farmacêutica que contenha um extrato bruto, um extrato padronizado ou uma tintura
de determinada espécie vegetal, ao ser administrada, significa que já sofreu um processo de
extração em que foram aplicadas técnicas específicas para a extração desses princípios ativos.
Ao utilizar formas fitoterápicas contendo droga vegetal moída ou rasurada tem que ser obser-
vado quais princípios ativos poderão ser extraídos pelo suco gástrico. Para tal, deve-se con-
siderar que o suco gástrico possui pH em torno de 2 e é altamente polar, extraindo de forma
ineficiente princípios ativos apolares. Portanto, é prudente optar por formas farmacêuticas
contendo os princípios ativos já extraídos, mesmo que complexados.

Atenção!
Para que haja a biodisponibilidade dos princípios ativos de maneira eficiente, é imprescin-
dível que a forma farmacêutica seja adequada, para que esses princípios sofram absorção.

Fase farmacocinética: compreende os processos de absorção, metabolização, distri-


buição e excreção. Se os princípios ativos das plantas medicinais e dos fitoterápicos forem
perfeitamente expostos no organismo, sofrerão o processo de absorção e, ao passarem pela
circulação hepática, sofrerão metabolização, gerando compostos mais ativos, ou sofrerão
inativação. No caso dos heterosídeos de isoflavonas, é mais do que necessário que esses prin-
cípios ativos passem inalterados e cheguem até o intestino grosso nessa forma. Lá ocorrerá
o processo de hidrólise pelas bactérias que compõem a microbiota intestinal. Justifica-se a
inatividade de isoflavonas ao fato de não ser protegido da hidrólise ácida que poderá ocorrer
na cavidade estomacal. O mesmo pode ocorrer para os heterosídeos antraquinônicos.
Fase farmacodinâmica: é representada pela ocorrência da ligação dos princípios ativos
aos seus sítios ativos, que poderão ser receptores presentes nas células do órgão alvo. Como
exemplo, citam-se os receptores estrogênicos, aos quais as isoflavonas ligam-se e desenca-
deiam seus efeitos.

14
1.9 Princípios ativos de plantas medicinais e fitoterápicos e suas
afinidades orgânicas

A depender das características dos princípios ativos que se encontram nas plantas medicinais,
é possível prever uma afinidade orgânica. Esse aspecto é definido por sua característica de po-
laridade e pela presença de grupos farmacológicos presentes nessas moléculas que as tornam
capazes de ter afinidade por determinados órgãos e células alvos.

Veja a seguir as afinidades que podem ser encontradas para os principais grupos de
fitofármacos:

Taninos e óleos essenciais ricos em monoterpenos: sistema digestório, pele (tanino –


adstringente, óleo essencial – estimulante), cicatrizante, antimicrobiano.
Alcaloides: sistema nervoso central, musculaturas lisa e estriada. Apresentam atividades
analgésica, ansiolítica, antidepressiva, estimulante e/ou depressor.
Flavonoides: diversos sistemas, antioxidante, anti-inflamatório e antálgico.
Antraquinonas: sistema digestório (estimulante), laxante, purgante, estimulante da mus-
culatura lisa uterina.
Mucilagem: pele (proteção e emoliente), cicatrizante.
Cumarinas: estimulante da circulação sanguínea do aparelho cutâneo, fotossensibilizante
e estimulante da pigmentação.
Ácidos fenólicos: ação protetora hepática e estimulante biliar.

1.10 Aplicação terapêutica das plantas medicinais e fitoterápicos


A aplicação terapêutica tem que ter como base a dose capaz de desencadear o efeito farma-
cológico previsto pela formulação do fitoterápico. O fitoterápico pode apresentar-se comple-
xo em termos de forma e formulação, mas pode ser administrado também como droga vege-
tal para uso na forma de infuso ou decocção. O que tem que ser preservada é a capacidade de
veiculação dos princípios ativos para produzirem o efeito desejado.

Observe no esquema a seguir a espécie medicinal Vitex agnus castus L., conhecida popular-
mente como pimenta-de-macaco.

15
Figura 02 Ação farmacológica do Vitex agnus castus L.

Foto: JC Tavares.

Essa planta medicinal é de grande importância na Fitoterapia, em casos de distúrbios hormo-


nais femininos, inclusive na hiperprolactinemia. Pode ser utilizada tanto na forma complexa
em termos farmacotécnicos, quanto na forma de chá, já que seus marcadores para a ação são
os iridoides, passíveis de extração em água quente.

Observe outros exemplos:

Zingiber officinale Roscoe (gengibre): utilizado na forma de infuso, comprimidos ou cáp-


sulas contendo extrato seco padronizado (com presença de gingerois e zingiberenos). Indica-
do como antiemético, antidispéptico, expectorante e nos casos de cinetose.
Aloe vera L. (babosa): utilizado em formulações tópicas, preservando a presença de car-
boidratos, polissacarideos e ester0ides. Indicado como cicatrizante.
Maytenus ilicifolia Mart. ex. Reissek. (espinheira-santa): indicado na forma de infuso,
preservando os taninos, flavonoides e terpenos, como antidispéptico, antiácido e protetor da
mucosa gástrica.

Atenção!
Um aspecto a ser evitado é o uso de droga vegetal pulverizada em formulações fitoterápi-
cas, exceto quando há estudos mostrando a eficácia. Como já citado, há necessidade de pro-
cessos extrativos eficazes. No caso da droga vegetal pulverizada, o processo extrativo pelo
suco gástrico é ineficiente, o que compromete a absorção dos princípios ativos, resultando
em baixa biodisponibilidade. Para que seja usada a droga vegetal pulverizada, é fundamen-
tal a realização da padronização em termos da liberação dos princípios ativos marcadores
da atividade da planta medicinal.

Você que atua na Atenção Básica à Saúde pode observar o frequente uso de plantas e ervas
medicinais pela população. É provável que muitas vezes você se pergunte até que ponto é
Leia também possível validar esse uso. Mas a partir dos estudos neste curso, você deverá perceber como as
sobre a valida-
ção científica de plantas possuem atividade farmacológica e não são “pura crendice”.
plantas medicinais
e fitoterápicos em
apresentação em
No próximo item, um conjunto de exemplos foram selecionados para subsidiar você na aplica-
slides da Etapa 3. ção de plantas medicinais e fitoterápicos nos diversos sistemas orgânicos.

16
2 APLICAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS E
FITOTERÁPICOS NOS SISTEMAS ORGÂNICOS
No Brasil, 82% da população utilizam produtos à base de plantas medicinais nos seus cuida-
dos com a saúde, seja pelo conhecimento da medicina tradicional indígena, quilombola, entre
outros povos e comunidades tradicionais, seja por meio da medicina popular, de transmissão
oral entre gerações, ou ainda pelos sistemas oficiais de saúde, como prática de cunho cientí-
fico, orientada pelos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) (RODRIGUES;
DE SIMONI, 2010). Como você pode observar, é um conhecimento que encontra respaldo no
sistema oficial de saúde.

Segundo o professor Francisco de Abreu Matos, responsável pela criação do projeto Farmá-
cias Vivas, a Fitoterapia é uma prática que incentiva o desenvolvimento comunitário, a solida-
riedade e a participação social.
Você encontrará
outras informações
sobre Farmácias Reflita!
Vivas nos materias Por que será que isto ocorre? Há resistências ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos
das Etapa 5 e 7. como recurso terapêutico? Se sim, por parte de quem? No seu processo de formação, o seu
curso universitário abordou esse tema? Ao longo da sua prática profissional, você já tinha
buscado conhecer mais sobre esse assunto?

Na aplicação das plantas medicinais e fitoterápicos como recursos terapêuticos, cabe enfatizar
a importância dos saberes populares, visto que eles são frequentemente a primeira aborda-
gem diante das patologias e servem de fonte às pesquisas etnobotânicas. O avanço da ciência
na produção de novos medicamentos tem, muitas vezes, como base informações coletadas a
partir do sucesso terapêutico empírico obtido pelo uso de plantas por essas populações. Dessa
maneira, a respeitosa troca de informações entre os usuários do serviço e a equipe de saúde
Você encontrará se mostra fundamental.
mais informações
sobre a importân-
cia da Etnobotâ-
Cada região, com seu bioma característico, possui um repertório de plantas que são mais utili-
nica em um vídeo zadas como primeiro tratamento de patologias específicas. No caso do Brasil, país de dimen-
de animação e
no texto-base da
sões continentais, há ampla oferta de plantas medicinais. É importante que cada prescritor ou
Etapa 1. serviço de saúde se familiarize com as plantas de fácil acesso em sua região. Ao escolher seu
repertório, você deve levar em conta não apenas a ação farmacológica esperada, mas também
a facilidade de acesso a uma determinada planta medicinal ou ao seu respectivo fitoterápico.

Conheça algumas Assim, você deve observar alguns aspectos importantes ao fazer uso de plantas medicinais e
espécies medici-
nais de cada bioma
fitoterápicos:
brasileiro em um
vídeo de animação Nome popular e nome botânico: uma mesma planta pode ter diferentes nomes populares
e no texto-base da
Etapa 2. a depender da localidade em que é encontrada, bem como um mesmo nome pode indicar es-

17
pécies diversas. O seu reconhecimento se dá pela identificação botânica do vegetal.
Qualidade da matéria prima vegetal: depende de boas práticas agrícolas que englobam
desde o cultivo até o beneficiamento primário.
Leia sobre a iden- Parte da planta a ser utilizada: os teores de princípios ativos produzidos por uma planta
tificação botânica
do vegetal em uma não se distribuem de maneira homogênea por suas partes. Podem se concentrar em várias
história em quadri- partes do vegetal, preferencialmente nas flores, nas folhas e nas raízes e, às vezes, nas semen-
nhos da Etapa 2.
tes, nos frutos e nas cascas.
Você encontrará
mais informações Posologia: refere-se à dosagem, ao modo de usar e à duração da administração do fitote-
sobre controle de rápico e da planta medicinal e deve ser bem avaliada.
qualidade em um
vídeo da Etapa 3.
Dessa maneira, os exemplos selecionados mais adiante ajudarão você a refletir sobre os crité-
Você encontrará
mais informações
rios e os cuidados que se deve ter ao prescrever plantas medicinais, entre os quais:
sobre os aspectos
botânicos das Escolha da planta: a planta que pretende usar está disponível na unidade de saúde? Caso
plantas medicinais
em uma apresen- não esteja, é de fácil aquisição?
tação em slides da
Etapa 2. Forma de uso: para essa escolha, você tem que pensar na melhor maneira de extrair os
princípios ativos da planta e também na facilidade de administração nas diversas situações
clínicas. Pode usar a planta em infusão, decocção, tintura, pó, cápsulas, xarope, creme, entre
outras formas.
Posologia: qual a dosagem, qual o intervalo entre as doses e por quanto tempo deve ser
ingerida?
Efeito colateral e interação medicamentosa: a planta pode ter algum efeito adverso? Ela
pode ser administrada junto com medicamentos sintéticos?
Revisão: a prescrição foi eficaz? A forma de usar foi seguida com facilidade pelo usuário? É
necessário prosseguir com o tratamento? Caso seja necessário, manterá a mesma planta ou
escolherá outra que tenha a mesma ação farmacológica? Será que, se for feita uma associa-
ção de plantas, os resultados serão superiores?

Atenção!
Perceba que, em todos os exemplos citados a seguir, é fundamental verificar a possibilidade
de interações medicamentosas com medicamentos alopáticos e devem se conhecer bem as
indicações e contraindicações para cada planta medicinal em questão.

A seguir, você conhecerá como algumas plantas podem ser usadas para o tratamento de en-
fermidades nos diferentes sistemas do corpo humano. Vale frisar que a divisão das plantas por
sistemas orgânicos é apresentada aqui apenas por uma razão didática. Na prática, é bastante
frequente que uma planta, em função de seu fitocomplexo, tenha ação relevante em mais de
um sistema orgânico.

18
2.1 Exemplos de aplicação de plantas medicinais e fitoterápicos
nos tratamentos dos sistemas orgânicos

Neste item, serão apresentadas indicações/prescrições de plantas medicinais e fitoterápicos,


com eficácia e segurança no tratamento de afecções leves e moderadas dos sistemas orgâ-
nicos humanos, no tratamento de feridas e na área de odontologia. Esses exemplos foram
elaborados por profissionais de saúde com enfoque na Atenção Básica à Saúde (médico, en-
fermeiro, farmacêutico, biólogo e odontólogo).

As prescrições indicadas são sugestões com base nas experiências clínicas desses profissionais
de saúde, com especialização em Fitoterapia. Assim, em cada situação, optou-se por espécies
medicinais sobre as quais existem estudos que dão segurança para essa prescrição.

Os exemplos selecionados para os estudos de casos apresentados mostram de que forma uti-
lizar plantas medicinais e fitoterápicos com eficácia e segurança de várias maneiras e em di-
versas situações, sempre levando em conta o ambiente de assistência na Atenção Básica em
saúde.

Para sensibilizar você, profissional de saúde, para o uso de plantas medicinais e fitoterápi-
cos como forma de ampliação do processo de cuidar, foram também elaborados, para cada
um dos exemplos selecionados, um estudo de caso, com ilustração em forma de história em
quadrinho, que retrata um atendimento em uma Unidade Básica de Saúde. De maneira com-
plementar, após as histórias, são fornecidas informações sobre as plantas medicinais mencio-
nadas, assim como referências e bibliografia para consulta.

Com isso, não se tem a intenção de esgotar os conteúdos abordados, portanto, é de funda-
mental importância que você observe os links e as referências apontadas para que possa apro-
fundar o assunto, tendo em vista que a proposta deste Curso é introduzi-lo sobre a temática e
estimulá-lo a buscar novos conhecimentos e aprofundamentos.

2.1.1 Sistema Imunológico


Para este sistema, apresenta-se um estudo de caso sobre herpes simples, seguido da prescri-
ção da planta medicinal ou fitoterápico.
Leia a história em
quadrinhos sobre Herpes simples é uma infecção, causada por vírus, que também pode ser denominada de her-
a Herpes Zoster
nesta Etapa 4. pes genital, bolhas de febre e herpes labial. O vírus do herpes simplex (HSV) geralmente pro-
voca infecções da pele e membranas mucosas. Por vezes, pode causar infecções mais graves
em outras partes do corpo. Existem mais de 80 tipos de vírus do herpes. Eles diferem em
muitos aspectos, mas os vírus partilham determinadas características, notavelmente, o termo
"herpes", que é derivado de uma palavra grega que significa "rastejar". Isso se refere ao padrão
de característica única de todos os vírus de herpes de "seguirem" ao longo das vias nervosas

19
locais e de se alojarem, onde permanecem inativos por períodos variáveis de tempo. Existem
duas formas de vírus do herpes simplex: vírus do herpes simplex 1 (HSV-1) e vírus herpes sim-
plex 2 (HSV-2).

Para que a infecção ocorra, as seguintes condições devem ser aplicadas:

a) O vírus do herpes simplex tem que passar através de fluidos corporais (tais como a saliva,
sêmen ou fluido no trato genital feminino) ou em fluido de uma ferida do herpes.
b) O vírus deve ter acesso direto à pessoa não infectada através de sua pele ou membranas
mucosas (como na boca ou na área genital).
c) Quando o vírus do herpes simplex entra no corpo, o processo de infecção ocorre tipicamen-
te como se segue: o vírus entra nas células vulneráveis nas camadas inferiores da pele e tecido
e tenta se reproduzir nos núcleos celulares. Mesmo após a sua entrada nas células, o vírus ge-
ralmente não causa sintomas. No entanto, se o vírus destrói as células hospedeiras quando se
multiplica, aparecem inflamação e bolhas cheias de líquido ou úlceras. Uma vez que o fluido é
absorvido, formam-se as crostas e as bolhas desaparecem sem deixar cicatrizes.

O vírus do herpes simplex 1 (HSV-1) é a causa principal das infecções do herpes que ocorrem
na boca e lábios. O vírus herpes simplex 2 (HSV-2) é a principal causa do herpes genital.

A maioria dos casos de herpes simplex se repete. O local do corpo e o tipo de vírus influencia
na quantidade de vezes de recidiva. O vírus geralmente leva o seguinte curso: o surto de in-
fecção é muitas vezes precedido por um pró-dromo, um grupo precoce de sintomas que po-
dem incluir prurido na pele, dor ou sensação de formigamento anormal no local da infecção.
A pessoa também pode apresentar dor de cabeça, gânglios linfáticos aumentados e sintomas
gripais. O pró-dromo, que pode durar de duas horas a dois dias, cessa quando as bolhas se
desenvolvem. Em cerca de 25% dos casos, a recorrência não vai além da fase de pró-dromo.

Surtos recorrentes apresentam sintomas iguais nos mesmos locais que o ataque principal,
mas tendem a ser mais leves e mais breves. Depois que as bolhas se rompem, podem curar
em seis a dez dias. Ocasionalmente, os sintomas podem não se assemelhar às do episódio
primário, mas aparecer como fissuras e arranhões na pele ou como inflamação em torno da
área afetada.

Em relação ao tratamento, nenhuma droga pode curar o vírus do herpes simplex. A infecção
pode recorrer após o tratamento e, mesmo durante o tratamento, um paciente ainda pode
transmitir o vírus para outra pessoa. Os medicamentos podem, no entanto, reduzir os sinto-
mas e melhorar o tempo de cura.

Há plantas medicinais e fitoterápicos que podem ser disponibilizados para o tratamento do


herpes simples, tais como:

Casearia sylvestris Sw. (guaçatonga)

20
Echinacea purpurea L. Moench (equinácia)
Aloe vera L. (babosa)
Estudos demonstraram que os polissacarídeos encontrados no gel de babosa possuem ativi-
dade imunoestimulante e anti-inflamatória, antiviral, antibacteriana e antifúngica. Porém, o
uso interno do aloe deve ser evitado na gravidez e durante o aleitamento materno, podendo
causar efeito laxativo na criança.

Quando se apresenta o herpes simples, verifique as observações que devem ser consideradas
quanto ao uso dessas espécies medicinais ou fitoterápicos e suas interações medicamento-
sas: a Echinacea purpurea L. pode reduzir os níveis de glóbulos brancos quando administrado
por longos períodos de tempo. Esta espécie medicinal pode interferir com fármacos que são
usados para tratar distúrbios do sistema imunitário.

Amplie seus estudos


Para você aprofundar seu conhecimento sobre a fisiopatologia e tratamento do herpes, são
sugeridas as seguintes leituras e consultas:
Antiviral activity of characterized extracts from Echinacea spp against Herpes simplex
vírus (HSV-I)
Autores: S. E. Binns, J. Hudson, S. Merali e J. T. Arnason
Publicado em: Planta Médica
Ano: 2002
Composition and applications of Aloe vera leaf gel
Autores: Josias H. Hamman
Publicado em: Molecules
Ano: 2008
Acesse em: http://www.mdpi.net/molecules/papers/13081599.pdf
Herpes simples: atualização clínica, epidemiológica e terapêutica
Autores: Mauro Geller, Mendel Suchmacher Neto, Marcia G. Ribeiro, Lisa Oliveira, Erika C.
O. Naliato, Camila Abreu, Regina C. Schechtman
Publicado em: Jornal Brasileiro Doenças Sexualmente Transmissíveis
Ano: 2012
Acesso em: http://www.dst.uff.br/revista24-4-2012/8-Herpes%20Simples%20Atualizacao%20Clinica.pdf
Pharmacological assay of Casearia sylvestris, I: preventve anti-ulcer activity and toxicity
of the leaf crude etratct
Autores: A. C. Basile, J. A. A. Sertié, S. Panizza, T. T. Oshiro e C. A. Azzolini
Publicado em: Journal of Ethnopharmacology
Ano: 1990
Acesse em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/037887419090007G
Uso tópico de extrato fluído de guaçatonga (Casearia sylvestris Swartz) topicamente em
lesões de stomatite herpética
Autores: F. G. Camargo, E. Gomes, E. Pannunzio e V. S. Bueno
Publicado em: Lecta - Revista de Farmacia e Biologia da Universidade São Francisco
Ano: 1993
Site da Associação Americana de Saúde Social
Acesse em: http://www.ashastd.org

21
Site do Centro para Doenças Controladas e Prevenção
Acesse em: http://www.cdc.gov/std/herpes
Site do Instituto Nacional Americano de Alergia e Doenças Infecciosas
Acesse em: http://www.niaid.nih.gov

2.1.2 Sistema Nervoso Central

Existem uma série de plantas medicinais e fitoterápicos indicados para os distúrbios mais fre-
quentes relacionados ao Sistema Nervoso, quais sejam a insônia, a ansiedade e a depressão
leve ou moderada.
Leia a história em
quadrinhos sobre
o tratamento de Os estudos com plantas medicinais e fitoterápicos que atuam no sistema nervoso central de-
insônia com a mostram que o mecanismo de ação dessas plantas é semelhante aos medicamentos sintéti-
Fitoterapia nesta
Etapa 4.
cos, com resultados positivos para casos como os citados, além de apresentarem vantagens
em relação ao menor efeito de sintomas colaterais.

Valeriana officinalis L.

A insônia é um distúrbio que se caracteriza pela dificuldade para adormecer, um despertar


precoce ou a qualidade de sono que pode ser interrompido durante a noite. Para se distinguir
a insônia, devem ser considerados os padrões individuais de sono e o envelhecimento, que
podem apontar para uma menor quantidade de horas de sono.

Estudos clínicos demonstram que o uso de Valeriana officinalis L. tem resultados positivos
no tratamento de insônia, sendo amplamente recomendada para pessoas com distúrbios do
sono, por apresentar ação hipnótica suave com melhora dos parâmetros ligados ao sono, tais
como tempo de latência, horário de despertar, qualidade do sono e ausência de “ressaca”
matinal.

Curiosidade
A Valeriana officinalis L. é uma planta originária da Europa e do oeste da Ásia, conhecida
desde a antiguidade, sendo recomendada por médicos árabes. No ocidente, seus efeitos te-
rapêuticos são conhecidos desde o Renascimento. Na Segunda Grande Guerra, foi utilizada
para tratar neuroses provocadas após o acontecimento.

A parte da planta utilizada é a raiz, cujos principais componentes químicos são os alcaloides
(valerina, valerianina), sesquiterpenoides (valeranona) e óleos essenciais, com ação depres-
sora do Sistema Nervoso Central. Suas principais indicações e usos são para a irritabilidade
nervosa, insônia e ansiedade (SAAD et al., 2009). Estudos recentes demonstraram que a as-
sociação de valeriana e hipérico (Hypericum perforatum L.) apresentaram resultado superior
ao diazepam no tratamento de ansiedade e em casos de depressão com ansiedade (MÜLLER
et al., 2003).

22
O uso prolongado da Valeriana officinalis L. e em altas doses pode causar cefaleia, agitação,
reações alérgicas cutâneas e dispepsias, além de sedação pronunciada. Cuidados em relação
ao álcool devem ser tomados, uma vez que potencializa os efeitos da Valeriana. Devem ser
evitadas as interações medicamentosas, em especial com os anestésicos. É contraindicada
durante a gravidez e a lactação.

Amplie seus estudos


Para que você possa aprofundar os seus conhecimentos sobre a Valeriana officinalis L., são
recomendados os seguintes materiais:
Efficacy and tolerability of valerian extract LI 156 compared with oxazepam in the tre-
atment of non organic insomnia-a radomozed, double-blind, comparative clinical study
Autores: G. Ziegle, M. Ploch, A. Miettinen-Baumann e W. Collet
Publicado em: European Journal of Medical Research
Ano: 2002
Valerianaceae: etnofarmacologia, farmacologia e química
Autores: M. I. R. Sampaio, R. O. Castilho e M. A. C. Kaplan
Publicado em: Revista Brasileira de Farmácia
Ano: 1993
WHO monographs on selected medicinal plants (Volume 1)
Autor: Organização Mundial da Saúde
Editora: Organização Mundial da Saúde
Ano: 1999
Acesse em: http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/s2200e/s2200e.pdf

Passiflora incarnata L.

As espécies do gênero Passiflora (P. alata Curtis., P. edulis Sims. e P. incarnata L.) são origi-
nárias da América do Sul e foram levadas para a Europa pelos espanhóis, no século XVII. Eles
aprenderam a utilizar o maracujá com os astecas, que já o empregavam no tratamento de
insônia e nervosismo.

Segundo Lorenzi e Matos (2008), a Passiflora incarnata L. é a mais estudada das espécies e
apresenta em seus componentes químicos: flavonoides, alcaloides indólicos (harmano ou
passiflorina, harmina e harmanol), esteróis, cumarinas, lignanas, taninos e heterosídeos cia-
nogênicos. Os flavonoides estão em concentração de maior expressão nas folhas. Estudos re-
centes demonstram que a propriedade neuroléptica observada com o uso de chás das folhas
de maracujá é devida à ação sinérgica de seus componentes químicos (complexo fitoterápico)
e não somente a um desses componentes individualmente.

A Passiflora incarnata L. possui ação sedativa, tranquilizante, antiespasmódica e é indicada


para os casos de depressão, ansiedade, transtornos do climatério, insônia, nevralgias, palpi-
tações, hipertensão arterial. Pela presença de cumarinas em seu componente químico, apre-
senta também efeito antitussígeno. A sua utilização contra insônia e nervosismo foi referen-
dada pela comissão alemã de validação de plantas medicinais e continua sendo feita com base
na tradição popular em vários países do mundo ocidental (LORENZI, MATOS, 2008).

23
Segundo Saad e colaboradores (2009, p. 281-282) em relação às contraindicações: “[...] em
geral é bem tolerado. Em doses elevadas pode provocar náuseas, vômitos, cefaleias, taqui-
cardia e parada respiratória. Evitar durante a gravidez e lactação.” Em relação às precauções,
a planta “pode potencializar os efeitos de medicamentos inibidores da MAO. Evitar o uso con-
comitante de sedativos, anti-histamínicos e bebidas alcoólicas”.

Atenção!
Veja as orientações para a preparação do chá de folhas de Passiflora Incarnata L. (maracujá):
A preparação do chá das folhas de maracujá deve ser feita fervendo-se bem as folhas, em re-
cipiente descoberto, para eliminar o excesso de ácido cianídrico, liberado pelos glicosídeos
cianogênicos. Para isso, põe-se para ferver 6-10 g de folhas frescas ou 3-5 g de folhas secas
em água suficiente para uma xícara de chá, que deve ser bebida, de preferência, à noite,
para induzir o sono. Pode-se beber o chá preparado da mesma maneira na dose de duas a
três xícaras ao dia, como tranquilizante.
A preparação do chá é do tipo decocto. Na decocção, geralmente, coloca-se a erva em água
fria que, em seguida, é aquecida até a ebulição, deixando-se ferver por alguns minutos. No
caso das folhas de maracujá (frescas ou secas), o recipiente deve ser mantido descoberto.

Erythrina mulungu Mart. & Benth.

A planta medicinal Erythrina mulungu Mart. & Benth. é indicada para os distúrbios do Sistema
Nervoso Central, nos casos de transtorno de ansiedade. Os sintomas da ansiedade são defi-
nidos por uma sensação subjetiva de expectativa e apreensão, medo ou pressentimento que
podem ser acompanhados por preocupações persistentes e excessivas, reais ou não, dimi-
nuindo a concentração, sensação de impaciência e inquietude, provocando insônia, podendo
apresentar quadros de dispneia, palpitação e taquicardia. As causas podem estar relacionadas
a alterações da regulação dos receptores benzodiazepínicos no complexo do receptor A do
ácido gama-aminobutírico (Gaba) (SAAD et al., 2009).

Amplie seus estudos


Para revisão da fisiopatologia, você pode acessar informações específicas sobre depressão,
ansiedade e insônia a partir das seguintes consultas sugeridas:
Diretrizes para um modelo de atenção integral em saúde mental no Brasil
Autores: Associação Brasileira de Psiquiatria, Associação Médica Brasileira, Conselho Fede-
ral de Medicina, Federação Nacional de Médicos, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia.
Editora: ABP
Ano: 2014
Acesse em: http://www.abp.org.br/diretrizes_final.pdf
Revisão das diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão
Autores: Marcelo P. Fleck, Marcelo T. Berlim, Beny Lafer, Everton Botelho Sougey, José Al-
berto Del Porto, Marco Antônio Brasil, Mário Francisco Juruena, Luis Alberto Hetem
Publicado em: Revista Brasileira de Psiquiatria
Ano: 2009
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462009000500003

24
As atividades farmacológicas das espécies do gênero Erythrina são determinadas pela produ-
ção de princípios ativos alcaloides, (eritrina) flavonoides e terpenos que promovem uma ação
sedativa do Sistema Nervoso Central e relaxamento da musculatura lisa, sendo indicadas para
estados de agitação, insônia, ansiedade e nevralgias.

Estudo realizado com cobaias submetidas a modelos de diferentes tipos de ansiedade e trata-
das com o extrato hidroalcoólico das inflorescências da E. mulungu demonstrou um resultado
semelhante ao observado com algumas drogas antidepressivas como imipramina e fluoxeti-
na, utilizadas no tratamento de síndrome de pânico. Este estudo sugere que o extrato hidro-
alcoólico de Erythrina mulungu Mart & Benth. pode possuir atividade ansiolítica. Em outro
estudo, em que foram analisados extratos de 25 plantas da medicina tradicional brasileira,
foi demonstrado que o extrato etanólico da casca do caule de Erythrina mulungu apresentou
atividade contra Staphylococcus aureus.

Amplie seus estudos


Veja os resultados das pesquisas citadas, nos artigos indicados a seguir:
Anti-bacterial activity of some Brazilian medicinal plants
Autores: Maria Raquel Ferreira de Limaa, Josiane de Souza Lunaa, Aldenir Feitosa dos San-
tosa, Maria Cristina Caño de Andradea, Antônio Euzébio Goulart Sant’Anaa, Jean-Pierre Ge-
netb, Béatrice Marquezb, Luc Neuvilleb, Nicole Moreaub
Publicado em: Journal of Ethnopharmacology
Ano: 2006
Acesse em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874105007452
Efeito da Erythrina velutina e Erythrina mulungu em ratos submetidos a modelos ani-
mais de ansiedade e depressão
Autores: M. D. Ribeiro, G. M. Onusic, S. C. Poltronieri e M. B. Viana
Publicado em: Revista Brasiliera de Medicina e Pesquisa Biológica
Ano: 2006
Acesso em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-879X2006000200013
Plantas medicinais e seus constituintes bioativos: uma revisão da bioatividade e poten-
ciais benefícios nos distúrbios da ansiedade em modelos animais
Autores: Francisca C. F. Sousa, Carla T. V. Melo, Maria C. O. Citó, Francisca Helvira Cavalcante
Félix, Silvânia M. M. Vasconcelos, Marta M. F. Fonteles, José Maria Barbosa Filho e Glauce
S. B. Viana
Publicado em: Revista Brasileira de Farmacognosia
Ano: 2008
Acesse em: http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v18n4/v18n4a23

Hypericum perforatum L.

A planta medicinal Hypericum perforatum L. é indicada para o tratamento de depressão leve


ou moderada. A depressão é uma patologia caracterizada por alterações do humor, distúrbios
do sono e perda da libido. Seus sintomas mais comuns são a diminuição da concentração,
o sentimento de culpa, a sensação de fadiga, a perda de peso, a falta de apetite e a perda
de interesse e prazer. Vale ressaltar que algumas patologias tais como câncer, hipotireoidis-
mo, cardiopatias e uso de medicamentos anti-hipertensivos podem causar depressão (SAAD
et al., 2009).

25
A indicação para depressão leve e moderada foi comprovada por vários estudos em huma-
nos e, segundo Linde e colaboradores (2005), foi observado menos efeitos colaterais quando
comparados aos antidepressivos tricíclicos. Entretanto, ainda segundo os autores, o mecanis-
mo de ação do Hypericum perforatum ainda não está totalmente elucidado.

A atividade antidepressiva do Hypericum é decorrente da interação com vários receptores que


resultam em inibição da recaptação de neurotransmissores no Sistema Nervoso Central. Men-
nini e Gobbi (2004) observaram afinidade significativa pelos receptores Gaba A e Gaba B, glu-
tamato e denosina. Seus componentes químicos principais são: hiperforina, hipericina (inibe
monoaminoxidase), flavonoides, óleo essencial, taninos e resinas.

Essa planta, cujas partes utilizadas são as flores, é conhecida com o nome popular de erva-
de-são-joão, hipericão, alecrim-bravo, sendo originária da América do Norte, Europa, Ásia e
regiões temperadas da África.

Atenção!
“O nome popular erva-de-são-joão, tradução literal da designação em língua inglesa St.
John’s wort, pode causar confusão com outras plantas também conhecidas no Brasil como
erva-de-são-joão, que, no entanto, são outras espécies utilizadas para outros fins, como
o Ageratum conyzoides L. (Asteraceae) e Pyrostegia venusta (Bignoniaceae)” (SAAD et al.,
2009, p. 263).

Em relação às contraindicações, segundo Saad e colaboradores (2009), deve se administrar


cuidadosamente usuários de inibidores da MAO e inibidores seletivos da receptação de sero-
tonina, pois poderá causar síndrome serotoninérgica: confusão, febre, sudorese, diarreia e es-
pasmos musculares. É contraindicada também na gravidez e na lactação. O hipérico estimula
as enzimas hepáticas, responsáveis pela metabolização de vários medicamentos, diminuindo
a concentração sérica de drogas como varfarina, digoxina, teofilina, ciclosporina e indinavir
(SAAD et al., 2009).

Amplie seus estudos


Você pode aprofundar seus conhecimentos consultando os materiais a seguir:
Hypericum perforatum versus fluoxetine in the treatment of mild to moderate depres-
sion: a randomized double-blind trial in a Brazilian sample
Autores: Ricardo Alberto Moreno, Chei Tung Teng, Karla Mathias de Almeida e Hildeberto
Tavares Junior
Publicado em: Revista Brasileira de Psiquiatria
Ano: 2006
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462006000100007
Physicians Desk Reference for herbal medicines
Autores: J. Gruenwald, T. Brendler e C. Jaenickke
Editora: Med. Econ. Co.
Ano: 2000

26
St John’s wort for depression: meta-analysis of andomized controlled trials
Autores: K. Linde, M. Berner, M. Egger e C. Mulrow
Publicado em: British Journal of Psychiatry
Ano: 2005
Acesse em: http://bjp.rcpsych.org/content/186/2/99.long
The antidepressant mechanism of Hypericum perfotatum L.
Autores: Tiziana Mennini e Marco Gobbi
Publicado em: Life Sciences
Ano: 2004
Para maiores informações sobre as interações medicamentosas da planta Hypericum
perforatum L., você pode consultar também:
Interações medicamentosas de fitoterápicos e fármacos: Hypericum perforatum e Piper
methysticum
Autores: C.H.G. Cordeiro; Chung M.C., L.V.S. do Sacramento
Publicado em: Revista Brasileira de Farmacognosia
Ano: 2005
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2005000300019

2.1.3 Sistema Musculoesquelético


O Sistema Musculoesquelético pode apresentar uma série de disfunções, caracterizadas
principalmente por inflamações, quadros álgicos (dores) e limitações de movimentos. São
exemplos: artrites e artroses (inflamações agudas e crônicas das articulações), osteoporose
e síndromes miofasciais. Nas afeções crônicas também ocorre um desgaste de tecidos como
cartilagem. Outros problemas debilitantes podem decorrer desses quadros, tais como insô-
nia, depressão, entre outros.
Leia a história em
quadrinhos sobre
o tratamento de
A dor - caracterizada como interação complexa entre fatores biológicos, psíquicos e sociais -
lombalgia e dores representa uma percepção sensorial subjetiva. Pode estar associada a emoções, como a raiva,
musculares com a depressão, o medo e a ansiedade e não é determinada exclusivamente por sinais neuronais
Fitoterapia nesta
Etapa 4. oriundos das fibras nervosas de nocicepção.

Supõe-se, atualmente, uma modulação da percepção da dor no Sistema Nervoso Central por
mecanismos complexos, como filtragem dos sinais neuronais aferentes no sistema. Emoções
fortes ativam as mesmas áreas cerebrais semelhantes às da percepção da dor. Existem publi-
cações em que a dor, em decorrência de experiências de perda ou de rejeição, mostra mais
congruências do que diferenças em relação ao seu processamento afetivo, ou seja, nesse con-
texto, pode ser referida como dor social.

Devido à complexidade da maioria dos quadros associados à dor, deve-se adotar uma abor-
dagem integrada no tratamento, empregando várias práticas integrativas e complementa-

27
res, como Fitoterapia, Acupuntura, Massoterapia, Fisioterapia, Meditação, entre outras. Com
isso, visa-se recuperar o máximo de funcionalidade e independência. Portanto, a Fitoterapia
oferece uma variedade de plantas medicinais que podem complementar um tratamento alo-
pático ou, ainda, ajudar no tratamento preventivo e na promoção da saúde osteomioarticular.

Além dos quadros álgicos, os quadros inflamatórios também se destacam e, com isso, a aten-
ção se volta para a inibição de enzimas chaves do processo inflamatório, como a lipoxigenase
e a ciclooxigenase. Essas considerações levam às qualidades farmacológicas que as plantas
medicinais devem apresentar, principalmente ações anti-inflamatórias, analgésicas e imuno-
moduladoras.

Algumas plantas nacionais já sugerem uma ação sobre esse Sistema Osteomioarticular como
é caso do:

Plectranthus barbatus Andr. (boldo sete dores/boldo brasileiro)


Justicia pectoralis Leonard.
Salvia officinalis L.

Outras espécies deram origem a medicamentos alopáticos:

Salgueiro (Salix alba L.), que deu origem ao ácido acetilsalicílico.


Papoula dormideira (Papaver somniferum L.), cujo alcaloide mais famoso é a morfina, que
é, ao mesmo tempo, o medicamento alopático analgésico mais potente.

As afecções mais tratadas com Fitoterapia são quadros reumáticos, gotas, contusões, dores
musculares (mialgias), entre outras. Com isso a lista de plantas usadas nesse contexto é longa.
Algumas plantas se destacam devido à sua ação segura sobre alguns quadros.

Entre as mais citadas plantas medicinais, encontra-se a garra do diabo (Harpagophytum


procumbens D.C.), uma planta da África que vem sendo usada no mundo inteiro, cujos glicosí-
deos iridoides apresentam atividades antiinflamatórias e analgésicas em casos de artralgias.

A principal planta analgésica é a pimenta calabresa (Capsicum frutescens L.), cujo fruto con-
tém elevados teores de capsaicinas promovendo uma analgesia local, usada topicamente.

Entre as plantas anti-inflamatórias nacionais, é possível citar a sucupira (Pterodon emarginatus


Benth.), cujo óleo-resina contém diterpenos que também apresentam ações analgésicas mo-
deradas. Todas as espécies dos gengibres mostram ações anti-inflamatórias e são usadas para
reumatismo na medicina popular, incluindo o gengibre (Zingiber officinalis Roscoe), zedoária
(Curcuma zedoaria Roxb) e açafrão (Curcuma longa L.).

28
Algumas resinas também se destacam quanto à sua ação anti-inflamatória, principalmente
pela inibição da ciclooxigenase I e II, uma enzima envolvida na produção de moléculas pró-in-
flamatórias no local da dor. A mirra (Commiphora mukul Hook & Stocks) e o olíbano (Boswellia
serrata Roxb.) são dois ilustres representantes de plantas com resinas anti-inflamatórias, am-
bas com uma série de estudos clínicos para afeções reumáticas como osteoartrite.

Em caso de hiperuricemia (popularmente chamado de gota), são usadas também plan-


tas diuréticas com ação antirreumática como dente de leão (Taraxacum officinale Weber.),
chapéu de couro (Echinodorus macrophylla Kunth), urtiga (Urtica dioica L.) ou cana do bre-
jo (Costus spicatus Sw.).

Amplie seus estudos


Para que você aprofunde o assunto, indicam-se os materiais a seguir para leitura. Ressal-
ta-se que o segundo artigo se refere a estudos realizados em unidades de Atenção Básica
apontando a necessidade de visão multidisciplinar e complementar para o tratamento de
dor musculoesquelética.
Cordia verbenácea D.C. Boraginaceae
Autores: Benjamin Gilbert e Rita Favoreto
Publicado em: Revista Fitos
Ano: 2012
Acesse em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15841/2/36.pdf
Recomendações para a abordagem de dor musculoesquelética crônica em unidades
básicas de saúde
Autores: Aristeu de Almeida Camargo Neto, Cléber de Moraes Motta, Maria Helena Senger
e José Eduardo Martinez
Publicado em: Revista Brasileira de Clínica Médica
Ano: 2010
Acesse em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n5/011.pdf
Uso medicinal da pimenta malagueta (Capsicum frutescens L.) em uma comunidade de
várzea à margem do rio Amazonas, Santarém, Pará, Brasil
Autores: André Luís Cote Roman; Lin Chau Ming; Izabel de Carvalho; Maria das Graças Pires
Sablayrolles
Publicado em: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Ano: 2011
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222011000300005

2.1.4 Sistema Cardivascular


Na Cardiologia, houve imensos avanços no entendimento das doenças cardiovasculares e do
seu tratamento. Mesmo assim, na maioria dos países, afeções cardiovasculares representam
a principal causa de morte e um enorme problema para a economia. Portanto, a Fitoterapia
oferece uma variedade de plantas medicinais que podem complementar um tratamento alo-
pático, ou ainda, ajudar no tratamento preventivo e na promoção da saúde cardiovascular.

29
O Sistema Cardiovascular pode apresentar uma série de disfunções. Em relação ao coração,
por exemplo, citam-se: insuficiência cardíaca, endocardite, infarto agudo do miocárdio, coro-
noariopatias, arritmias ou valvulopatias. No sistema vascular, existem, entre outras afecções,
hipertensão arterial sistêmica, doença venosa crônica ou doença arterial periférica.

A Fitoterapia apresenta uma série de plantas medicinais que podem ser empregadas para
o tratamento complementar de problemas cardiovasculares, como é o caso do espinheiro
branco (Crataegus spplaevigata L. ou Crataegus oxyacantha L.), usado mundialmente, ou da
embaúba (Cecropia hololeuca Miq. ou Cecropia glaziovi Snethl.).

O nome popular de algumas plantas já sugere uma ação sobre esse sistema, como no caso da
sete-sangrias (Cuphea balsamona Cham. & Schltdl. ou Cuphea carthagenensis Jacq .F.Macbr.)
ou da cardíaca (Leonurus cardíaca L.), que em algumas regiões também é denominada de
rubi, agripalma ou erva macaé. Outras espécies se tornaram medicamentos alopáticos, como
no caso dos heterosídeos cardiotônicos que apresentam ação cardiotônica, bem como no
caso da digoxina, um princípio ativo detectado na dedaleira (Digitalis lanata L. ou Digitalis
purpurea L.). Esse princípio ativo tem ação inotrópica positiva, ou seja, aumenta a força con-
trátil do músculo cardíaco por inibir a bomba de sódio-potássio (Na+-K+-ATPase), resultando
em um aumento do cálcio intracelular nos cardiomiócitos (células musculares do coração).

Nesse contexto, vale lembrar, também, a estrofantina (Strophanthus gratus Oliver) que, an-
tigamente, constituiu o principal tratamento da insuficiência cardíaca e era considerado um
medicamento emergencial em caso de infarto agudo do miocárdio, principalmente na Alema-
nha, até os anos 1980.

As afeções mais tratadas com Fitoterapia são coronariopatias, insuficiência cardíaca, doença
arterial periférica, hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), hipotensão arterial (pressão
baixa) e doença venosa crônica (popularmente chamada de “varizes”).

A Fitoterapia pode ser usada em forma de monodroga, atuando sobre um alvo terapêuti-
co específico, ou pode ser aplicada em forma de um complexo fitoterápico contendo várias
plantas medicinais. A vantagem de um complexo consiste na possibilidade de um tratamento
multi-alvo (multitarget) que geralmente apresenta sinergismo na formulação magistral, per-
mitindo redução da dose de cada componente individual, reduzindo seus efeitos colaterais
individuais possíveis.

A hipertensão arterial sistêmica, por exemplo, constitui um evento poligênico e que envolve
uma série de alvos terapêuticos a serem tratados. Isso pode ser traduzido em várias ações
desejadas buscadas nas plantas como hipotensora, cardiotônica, antiarteriosclerótica, antio-
xidante e hipolipemiante. As plantas medicinais que podem ser empregadas são várias e a
Fitoterapia tem muitos representantes para cada ação farmacológica desejada, ampliando,
significativamente, o seu uso como aliada no tratamento de afeções cardiovasculares.

30
Esse é o caso da hipertensão venosa crônica, que se manifesta em forma de varizes. Segundo
a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, as varizes são caracterizadas como
veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracte-
rizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo, com maior incidência no
sexo feminino. As principais queixas clínicas dos pacientes são: dor tipo "queimação" ou "can-
saço", sensação das pernas pesadas ou ardendo, edema (inchaço) das pernas, principalmente
ao redor do tornozelo (SBACV, s. a.).
Leia a história em
quadrinhos sobre
o uso de plantas
Na Fitoterapia, são usadas plantas venotônicas ou flebotônicas, ou seja, plantas que tonificam
medicinais para a parede das veias afetadas. É possível tanto fazer uso interno de algumas das plantas medi-
varizes e dores cinais, quanto fazer apenas uso tópico. Essa terapêutica pode ser usada de forma preventiva,
nas pernas nesta
Etapa 4. quer para o caso de microvarizes ou para o caso de veias varicosas. O tratamento pode ser
concomitante ao uso de meias elásticas (de compressão) e de medidas cirúrgicas. Isso torna a
Fitoterapia uma opção terapêutica interessante. Trata-se de um uso bem pesquisado e para o
qual existe uma série de fitoterápicos industrializados.

Entre os princípios ativos mais usados nesse caso, citam-se os adstringentes (como catequi-
nas e hamamelitaninos) e as saponinas (como asiaticosídeos e escinas) com ação flebotônica
ou atividade “vitamínica P”, de permeabilidade (como no caso do flavonoide conhecido como
rutina).

Amplie seus estudos


Para aprofundar seus conhecimentos, consulte:
Plantas Medicinais do cultivo à terapêutica
Autores: Anderson Domingues Corrêa, Rodrigo Siqueira-Batista e Luis Eduardo M. Quintas
Editora: Vozes
Ano: 1998
The genus Crataegus: chemical and pharmacological perspectives
Autores: Dinesh Kumar, Vikrant Arya,Zulfiqar Ali Bhat, Nisar Ahmad Khan e Deo Nandan
Prasad
Publicado em: Revista Brasileira de Farmacognosia
Ano: 2012
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2012000500032
Varizes
Autora: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)
Acesse em: http://www.sbacv.org.br/artigos/medicos/varizes

2.1.5 Sistema Respiratório


As doenças respiratórias representam um dos maiores problemas de saúde em nosso país,
afetando pessoas de todas as idades, com prevalência entre as crianças e os idosos. Dentre

31
as afecções muito prevalentes estão a gripe (doença viral), rinite alérgica, laringite, sinusites,
asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (BRASIL, 2010).

A Organização Mundial da Saúde criou a “Global Alliance against Chronic Respiratory Disea-
Leia a história em
quadrinhos sobre ses (GARD)” como estratégia para enfrentar esse problema de saúde no plano mundial, pois
o uso de plantas afeta, de modo significativo, a qualidade de vida e traz muito sofrimento às pessoas (WHO,
medicinais para
varizes e dores
2002).
nas pernas nesta
Etapa 4. Segundo o Ministério da Saúde, “a rinite pode ser considerada a doença de maior prevalência
entre as doenças respiratórias crônicas e problema global de saúde pública, acometendo cer-
ca de 20 a 25% da população em geral. Embora com sintomas de menor gravidade, está entre
as dez razões mais frequentes de atendimento em Atenção Primária em Saúde. Ela afeta a
qualidade de vida das pessoas, interferindo no período produtivo de suas vidas, podendo cau-
sar prejuízos pelo absenteísmo ao trabalho e à escola” (BRASIL, 2010, p. 8).

De acordo com estudos recentes, a asma é outra doença respiratória muito comum. O Brasil
ocupa a oitava posição mundial em prevalência da doença, segundo estimativas para crianças
e adolescentes escolares, variando de menos que 10% a mais do que 20% em diversas cidades
brasileiras estudadas, dependendo da região e da faixa etária considerada.

As patologias do Sistema Respiratório habitualmente são tratadas com plantas medicinas,


principalmente nas situações agudas (gripes, faringites, traqueobronquites, sinusites), quer
por sistemas médicos tradicionais (Medicina Tradicional Chinesa, Ayurveda e Antroposófica),
quer por seu uso etnomedicinal.

As plantas medicinais indicadas para o tratamento de afecções no Sistema Respiratório, já


possuem estudos atestando a sua eficácia e segurança. Apresentam atividades com ação an-
tisséptica, expectorante, antitussígenas, mucolíticas, antinflamatórias e imunomoduladoras,
com grande valor na profilaxia e no tratamento (SAAD et al., 2009).

Mikania glomerata Spreng

A planta Mikania glomerata Spreng., conhecida como guaco, guaco trepador, cipó-cabeludo,
cipó-catinga, erva-das-serpentes, é originária do Sul e Sudeste do Brasil, onde existem 152
espécies dessa trepadeira sublenhosa de grande porte. Ela é indicada pelo uso tradicional há
séculos em nosso país, com aplicação de suas folhas em forma de chá para inflamação de boca
e garganta, tosse, estados gripais, bronquite e asma. A aplicação local da tintura, em forma de
compressas, é feita para traumatismos, nevralgias e dores reumáticas. Após estudos científi-
cos de comprovação de sua ação sobre vias respiratórias, foi incluída como uma das plantas
indicadas para uso no Sistema Único de Saúde (LORENZI; MATOS, 2008).
Veja um infográfico
sobre o cultivo e o É uma planta que apresenta, dentre seus componentes químicos, cumarinas, taninos, óleo
beneficiamento do
guaco na Etapa 2. essencial (diterpenos e sesquiterpenos), glicosídeos, princípio amargo (guacina), saponinas
e resinas. A atividade broncodilatadora, expectorante e emoliente se deve às cumarinas pre-

32
sentes no extrato hidroalcoólico, efeito que facilita a fluidificação dos exsudatos traqueo-
brônquicos ou estimula sua secreção de maneira que possam ser expulsos pelo reflexo da tos-
se. Atua relaxando a musculatura lisa das vias aéreas, principalmente os brônquios (SOARES
DE MOURA et al., 2002).

Recentemente foi comprovada a sua ação anti-inflamatória, capaz de neutralizar os efeitos


tóxicos, farmacológicos e enzimáticos de venenos de cobras (Bothrops jararaca e Crotalus sp)
(MAIORANO, 2005). A toxidade da Mikania glomerata Spreng. é ausente em doses terapêuti-
cas, porém o seu emprego por longo período pode causar aumento do tempo de protrombina.
É contraindicada em casos de hepatopatias crônicas e em hipertensos graves. Em relação às
precauções, há que se tomar cuidado, pois pode: interagir com uso de coagulantes, ocorrer
aumento do fluxo menstrual, além de, em altas doses, provocar vômitos e diarreias (SAAD et
al., 2009).

Amplie seus estudos


Para aprofundar seus conhecimentos, você pode consultar os materiais a seguir:
Anthiophidian properties of the aquenous extract of Mikania glomerata
Autores: V. A. Maiorano, S. Marcussi, M. A. Daher, C. Z. Oliveira, L. B. Couto, O. A. Gomes, S.
C. França, A. M. Soares e P. S. Pereira
Publicado em: Journal of Ethnopharmacology
Ano: 2005
Acesse em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874105004150
Mikania glomerata Spreng: desenvolvimento de um produto fitoterápico
Autores: Leandro Rocha, Elisabeth M. A. Lucio, Hildegardo S. França e Nikolai Sharapin (in
memoriam)
Publicado em: Revista Brasileira de Farmacognosia
Ano: 2008
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2008000500019

Justicia pectoralis Jacq.

A Justicia pectoralis Jacq. é uma planta brasileira, da região amazônica, conhecida como cham-
bá, chachambá, anador, trevo-do-pará e trevo-cumaru, cujas propriedades têm sido reporta-
das pela literatura etnofarmacológica com ação contra reumatismo, cefaleia, febre, cólicas
abdominais, inflamações pulmonares, tosse e expectorante. As partes utilizadas são as folhas.

Curiosidade
A Justicia pectoralis Jacq. recebe o nome de “anador”, que foi dado pela população em re-
Leia a história em ferência a um produto farmacêutico analgésico e antipirético, a base de dipirona. O nome
quadrinhos sobre popular provavelmente faz analogia com a planta pela sua potente ação anti-inflamatória
o uso de plantas
medicinais para
que, diminuindo a inflamação, faz passar a dor (LORENZI; MATOS, 2008). Isso muitas vezes
varizes e dores pode confundir a população. Por isso a importância do reconhecimento da planta pelo seu
nas pernas nesta nome científico.
Etapa 4.

33
Segundo Matos, “embora sua propriedades farmacológicas tenham sido comprovadas, in-
clusive em experiências clínicas, [essa planta] ainda é mal conhecida quimicamente. Contém
cumarina, provavelmente em formaglicosídica, pois seu odor aparece nas folhas somente du-
rante a secagem ou a fervura. É broncodilatadora e anti-inflamatória, útil no tratamento das
crises de asma, da tosse, da bronquite, do chiado no peito e da respiração difícil sem causa
aparente” (MATOS, 1998, p.98).

Estudos foram realizados usando-se, paralelamente, cumarina e umbeliferona constituinte da


Justicia pectoralis Jacq. e extratos de duas outras plantas cumarínicas – Amburana cearenses
Allemão A.C. Sm. e Mikania glomerata Spreng. –, sugerindo que essas substâncias são respon-
sáveis pelas atividades analgésica e anti-inflamatória, embora outros constituintes químicos
participem dessa ação, demonstrado pelo uso de seu extrato bruto (LEITE et al., 1993).

Amplie seus estudos


Aprofunde seus conhecimentos com a leitura deste artigo:
Antinociceptive, anti-inflammatory and bronchodilator activities of Brazilian medicinal
plants containing coumarin: a comparative study
Autores: L. K. A. M. Leal, A. A. G. Ferreira, G. A. Bezerra, F. J. A. Matos e G. S. B. Viana
Publicado em: Journal of Ethnopharmacology
Ano: 2000
Acesse em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874199001658

Malva sylvestris L.

A planta medicinal Malva sylvestris L. é nativa da Europa e conhecida desde a Idade Média. É
citada na literatura etnofarmacológica para suavizar a irritação dos tecidos e reduzir inflama-
ções. As partes utilizadas são: folha, flor e raiz (LORENZI; MATOS, 2008).

É muito aplicada não só em uso tópico contra afecções de pele, contusões, abcessos, furún-
culos e mordidas de insetos, como também na forma de bochechos e gargarejos, contra infla-
mações e lesões da boca e garganta. Essa ação farmacológica se dá pela presença de 10 a 20%
de mucilagem, princípio ativo responsável pela proteção de tecidos inflamados e irritados,
que favorece a cicatrização e recuperação das lesões e mucosas. É uma planta muito utilizada
na odontologia (CORRÊA et al., 1998).

Seus constituintes farmacológicos, além das mucilagens, apresentam também vitaminas do


complexo B e C, ácidos fenólicos, antocianinas (malvina e malvidina) e taninos. Em relação às
propriedades farmacológicas relacionadas ao aparelho respiratório, um ensaio clínico reali-
zado com 120 pacientes com bronquite crônica demonstrou os efeitos de malva em 77% dos
casos que foram classificados como excelentes e bons. Esse estudo valida o uso seguro e efi-
caz da malva, com atividade lenitiva sobre as mucosas brônquicas com ação anti-inflamatória
(LORENZI; MATOS, 2008).

34
Amplie seus estudos
Para aprofundar seus conhecimentos, sugere-se a leitura do artigo a seguir:
Mikania glomerata Spreng. e M. laevigata Sch. Bip. ex Baker, Asteraceae: estudos agro-
nômicos, genéticos, morfoanatômicos, químicos, farmacológicos, toxicológicos e uso
nos programas de fitoterapia do Brasil
Autores: João C. Gasparetto, Francinete R. Campos, Jane M. Budel e Roberto Pontarolo
Publicado em: Revista Brasileira de Farmacognosia
Ano: 2010
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000400025

2.1.6 Sistema Digestório


Para o Sistema Digestório, serão destacadas as patologias mais comuns encontradas na práti-
ca médica na Atenção Básica e a aplicação de plantas medicinais, com comprovação científica,
que podem ser utilizadas em seus tratamentos. No caso da dispepsia funcional, por exemplo,
os sinais e sintomas predominantes podem ser classificados em três grupos: (i) dor em quei-
mação epigástrica que surge após período de jejum e é aliviada com alimentação; (ii) presen-
ça de desconforto e distensão abdominal, náuseas e vômitos; e (iii) sintomas associados aos
descritos anteriormente. Alguns autores também associam sintomas a fatores psicossociais.

Amplie seus estudos


Para revisão da fisiopatologia do sistema digestório, você pode acessar informações especí-
ficas na seguinte publicação:
Fisiologia Humana: uma abordagem integrada (2ª edição)
Autor: D. U. Silverthorn
Editora: Manole
Ano: 2003

Veja a seguir alguns exemplos de plantas medicinais utilizadas na terapêutica para o Sistema
Digestório:

Peumus boldus Molina

Uma planta medicinal bastante utilizada em casos de dispepsia é Peumus boldus Molina,
conhecida pelo nome popular de boldo-do-chile. Suas atividades farmacológicas estimu-
lam as secreções gástricas e têm efeito antiespasmódico. Capasso e colaboradores (2003)
demonstraram que a boldina é o principal constituinte do grupo fitoquímico de alcaloides,
responsáveis pela atividade colerética do boldo. O boldo utilizado isoladamente em pessoas
com disfunções moderadas do aparelho gastrointestinal melhorou os sintomas da constipa-
ção intestinal, definida pelos sintomas de frequência menor do que três evacuações por sema-
na, fezes endurecidas, esforço para evacuar e eliminação incompleta (CAPASSO et al., 2003).

35
Para o tratamento das dispepsias funcionais, o uso de plantas medicinais com ações
colerética, colagogas, eupépticas e reguladoras do sistema emocional tem apresentado
bons resultados (SAAD et al., 2009).

Colerético: substância que estimula a produção e a secreção biliar.

Colagogo: substância que estimula a contração da bile.

Eupéptica: substância que auxilia na digestão.

Curiosidade
Peumus boldus Molina (boldo-do-chile): planta natural dos Andes Chilenos utilizada pelos
incas na Medicina Tradicional. Arqueólogos acharam evidências do uso de boldo datado de
12.500 anos. Em 1987, o boldo do-chile passou a ser utilizado pelos farmacêuticos britânicos
e americanos para o tratamento de disfunções do trato digestivo.
Plectranthus barbatus Andr. [sin. Coleus barbatus (Andr.) Bentham.] (falso boldo, boldo
brasileiro, malva-santa, boldo-de-jardim): nativo da Índia, África, Nepal e Tailândia. Foi in-
troduzido no Brasil no período colonial. Suas atividades farmacológicas confirmaram que
o extrato aquoso das folhas aumenta o trânsito intestinal, protege contra lesões gástricas,
induzidas por álcool e estresse e reduz a secreção gástrica (BATTOCHIO, 2008). Foi uma das
plantas selecionadas para estudo durante o Programa de Pesquisa em Plantas Medicinais
(PPPM) da Central de Medicamentos do Ministério da Saúde.

Psidium guajava L.

O uso de plantas medicinais também é indicado para tratar os casos benignos de diarreias,
como as causadas por alguns tipos de vírus e por excessos alimentares. Um exemplo é a plan-
ta Psidium guajava L. empregada como antidiarreica, por apresentar alto teor do princípio
ativo tanino.

Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek.

Dentre as plantas medicinais citadas para as afecções do sistema gastrointestinal, uma das
mais estudadas é a Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek., devido a seus efeitos anti-inflamató-
rios e gastroprotetores eficazes que podem representar uma importante opção terapêutica.
Essa planta faz parte da lista de fitoterápicos do Sistema Único de Saúde.
Leia a história em
quadrinhos sobre
o uso de plantas
Carlini e colaboradores (1988) demonstraram a ação antiúlcera gástrica apresentada pela es-
medicinais para pinheira santa e evidenciaram que tanto os taninos quanto os terpenoides, especialmente o
a melhoria da friedenelol, são responsáveis por parte dos efeitos protetores da mucosa gástrica (CARLINI et
atividade digestiva
nesta Etapa 2. al., 1988; PEREIRA et al., 1992).

36
Plantago psyllium L.

Outra planta indicada para o Sistema Digestório é a Plantago psyllium L., amplamente reco-
mendada como laxante suave, encontrada na região do Mediterrâneo, Ásia Ocidental e Índia.
Pesquisas realizadas demonstram que um de seus principais componentes químicos, a muci-
lagem presente de 10 a 30% em suas sementes, em contato com a água, aumenta o seu tama-
nho original de oito a 14 vezes. Com isso, essa propriedade farmacológica da planta diminui o
tempo de passagem do bolo fecal e estimula a peristalse intestinal (SINGH, 2007).

No Quadro 02 a seguir você encontra outros exemplos de plantas medicinais que podem ser
utilizadas em diversas enfermidades do Sistema Digestório:
Quadro 02 Exemplos de plantas medicinais empregadas para enfermidades do Sistema
Digestório
Enfermidade Planta medicinal
Mentha piperita L., Zingiber officinale Roscoe, Foeniculum vulgare
Dispepsia
Mill, Peumus boldus Molina.

Dor epigástrica Maytenus ilicifolia Mart.ex Reissek., Curcuma longa L.

Diarreia Psidium guajava L., Camelia sinensis L.

Constipação Plantago psyllium L., Cassia Senna L.

Náuseas e vômitos Zingiber officinale Roscoe

Verminose Mentha spicata L., Cucurbita pepo L.

Amplie seus estudos


Para aprofundar seus conhecimentos sugere-se a leitura dos materiais a seguir:
Antiulcer effect of the pepper trees Schinus terebinthifolius Raddi (aroeira-da-praia) and
Myracrodruon urundeuva Allemão, Anacardiaceae (aroeira-do-sertão)
Autores: Elisaldo A. Carlini, Joaquim M. Duarte-Almeida, Eliana Rodrigues e Ricardo Tabach
Publicado em: Revista Brasieleira de Farmacognosia
Ano: 2010
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000200001

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Comparação da eficácia da aroeira oral (Schinus terebinthifolius Raddi) com omeprazol
em pacientes com gastrite e sintomas dispépticos: estudo randomizado e duplo-cego
Autores: Severino Barbosa dos Santos, André Caires Alvino de Lima, Amanda Renata da Sil-
va Melo, Carolina da Silva Frazão e Guilherme Liausu Cherpak
Publicado em: Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva
Ano: 2010
Acesse em: http://files.bvs.br/upload/S/0101-7772/2010/v29n4/a2135.pdf
Plantas medicinais usadas nos distúrbios do trato gastrintestinal no povoado Colônia
Treze, Lagarto, SE, Brasil
Autores: Maria Silene da Silva, Angelo Roberto Antoniolli, Josemar Sena Batista e Clarice
Novaes da Mota
Publicado em: Acta Botanica Brasilica
Ano: 2006
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-33062006000400007&script=sci_abstract&tlng=pt

2.1.7 Sistema Geniturinário


Para o Sistema Geniturinário, serão apresentadas plantas medicinais para a hiperplasia benig-
na de próstata, uma das afecções mais comuns do Sistema Urinário. Será abordada, também,
a cervicite, uma afecção do aparelho reprodutor feminino e um dos principais problemas da
saúde da mulher.

Amplie seus estudos


No site Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), você encontra revistas especializadas e refe-
rências sobre fisiopatologia do Sistema Urinário. Acesse em: www.sbu.org.br.

Urtica dioica L.

A hiperplasia benigna de próstata é uma das patologias mais comuns do trato urinário, atin-
gindo 50% da população masculina na faixa dos 50 a 60 anos de idade. As principais queixas
são esforço para urinar, gotejamento, nictúria, urgência e aumento da frequência miccional e
diminuição da força e do calibre do jato ao urinar. (SAAD et al., 2009).
Leia a história em
quadrinhos sobre
o tratamento dessa
Atualmente, uma das plantas medicinais indicadas para hiperplasia benigna de próstata é a
enfermidade com Urtica dioica L. Essa planta possui estudos científicos que comprovam a sua eficácia para esse
planta medicinal tipo de tratamento e sua monografia foi revisada pela Organização Mundial da Saúde (OMS,
nesta Etapa 2.
2002).

Em seu uso etnomedicinal, é conhecida popularmente como urtiga, urtiga-vermelha ou urti-


gão. É indicada no uso tradicional há séculos, em quase todo o mundo, como antirreumática,
antisséptica, diurético-depurativa, estimulante circulatório, adstringente (usada em hemor-
ragias). Sua origem é a Europa Central e Oriental e as partes utilizadas para fins medicinais são
a parte aérea (ramos e folhas) e a raiz.

38
Seus principais constituintes ativos são flavonoides (quercetina, caempferol e ramnetina), ca-
rotenoides, vitaminas (C, B e K), triterpenoides, esterois, ácidos orgânicos, polissacarídeos,
sais minerais e amina. As atividades farmacológicas estão relacionadas às ações anti-inflama-
tórias, diurético-depurativo, quando empregadas as folhas e ramos. Estudo recente compro-
vou o seu uso seguro no tratamento de rinite alérgica crônica. O extrato de urtica participa da
síntese de prostaglandina, fator que contribui para o efeito anti-inflamatório no organismo
(THORNHILL; KELLY, 2000).

A eficácia do uso de extratos da raiz de Urtica dioica L. foi documentada em vários trabalhos
científicos, em relação à hiperplasia benigna da próstata, a saber:

A administração oral de extrato hidroalcoólico da raiz de urtiga em cães, (30mg/Kg de peso


corporal) diminuiu em 30% o volume da próstata com 100 dias de tratamento (OMS, 2002).
Yarnell (2002) demonstrou que os polissacarídeos e lectinas (monossacarídeos) reduzem
os efeitos inflamatórios e os fatores de crescimento envolvidos na fisiopatologia da hiper-
plasia benigna da próstata, com efeito imunomodulador sobre os linfócitos T. Os estudos
mostraram também os efeitos das lignanas que atuam por dois mecanismos na patologia de
hiperplasia benigna da próstata: (i) regulam a concentração livre do SHBG (sex hormone-bin-
ding globulin) no plasma; e (ii) reduzem o estímulo de crescimento da próstata, induzido pela
testosterona, por meio do bloqueio da ligação da mesma à SHBG na membrana das células
prostáticas.

Amplie seus estudos


Para ampliar seus conhecimentos você pode acessar os seguintes artigos:
Natural treatment of perennial allergic rhinitis
Autores: Stacy M. Thornhill e Ann-Marie Kelly
Publicado em: Alternative Medicine Review
Ano: 2000
Acesse em: http://www.biomedsearch.com/article/Natural-Treatment-Perennial-Allergic-Rhinitis/67150699.html
Botanical medicines for the urinary tract
Autor: Eric Yarnell
Publicado em: World Journal of Urology
Ano: 2002
Acesse em: https://www.academia.edu/1445140/Botanical_medicines_for_the_urinary_tract

Miracrodruon urundeuva Allemão

Em relação ao aparelho reprodutor feminino, a cervicite é um processo inflamatório do epi-


télio cervical que pode ocorrer tanto como uma lesão isolada quanto parte de um processo
no trato genital feminino. O corrimento vaginal excessivo, clinicamente denominado de leu-
correia, constitui uma das queixas mais comuns na prática ginecológica. Os fatores predispo-
nentes para as infecções da cérvix e/ou paredes vaginais são possíveis traumas no curso de
tratamentos ginecológiccos, a alcalinização do muco cervical, coito, traumatismos de parto,
hiper ou hipoestrogenismo.

39
Amplie seus estudos
Para revisar conceitos sobre ginecologia e obstetrícia, sugere-se a consulta à página virtual
da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Acesse em: www.febrasgo.org.br.

A planta medicinal Myacrodruon urundeuva Allemão, conhecida com o nome popular de aren-
diúva, aroeira, aroeira da serra, aroeira do sertão, entre outros, é uma árvore que pode chegar
a dez metros de altura, nativa do Nordeste até São Paulo e Mato Grosso do Sul. É uma das
plantas de uso ginecológico mais frequente e antiga do conhecimento popular do nordeste
do Brasil, sendo dispensada na forma de creme vaginal, desde 1997, nas Unidades Básicas
de Saúde da Prefeitura Municipal de Fortaleza, produzido pelo Programa Farmácia Viva. Seu
amplo emprego na medicina popular nordestina se dá na forma de semicúpito (banho de as-
sento) após o parto.

O tratamento caseiro de afecções cutâneas, problemas do aparelho urinário e respiratório,


em que se empregava o cozimento da entrecasca da planta, despertou interesse por estudos
farmacológicos e clínicos visando sua validação como fitoterápico eficaz e seguro (LORENZI;
MATOS, 2008).

Atenção!
Conforme Lorenzi e Matos (2008), a denominação aroeira, seguida ou não de adjetivo, é
aplicada a pelo menos oito espécies da família Anacardiacea. A Schinus terebinthifolius Raddi
(aroeira da praia), por exemplo, possui as mesmas propriedades medicinais da Myracrodruon
urundeuva Allemão (aroeira do sertão), que pode ser utilizada para as mesmas indicações,
na região onde a planta ocorre.
A aroeira da praia, Schinus terebinthifolius Raddi, possui relação quimiotaxonômica com a
Myracrodruon urundeuva Allemão, aroeira-do-sertão, principalmente pela presença de tani-
nos e certo grau de correspondência química entre os bioflavonoides presentes na aroeira
da praia e chalconas diméricas da aroeira do sertão.
O Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos (PPPM/
CEME) refere a Schinus terebinthifolius Raddi, em seus estudos, como mais tóxica que a
Myracrodruon urundeuva Allemão e que seu extrato aquoso in vitro apresentou danos oxida-
tivos responsáveis, provavelmente, pela sua genotoxicidade. Nenhuma toxicidade foi de-
tectada em referência à Myracrodruon urundeuva Allemão (CAMPOS, 2008).

Campos (2008) realizou uma pesquisa, em uma Unidade Básica de Saúde, com 18 mulhe-
res com diagnóstico de cervicite e dados colposcópicos inicial e retorno. Essas mulheres fo-
ram submetidas ao tratamento com o creme vaginal de aroeira (Myracrodruon urundeuva
Allemão). Ao término do tratamento, 16 mulheres obtiveram diminuição ou cura da contami-
nação bacteriana ou anormalidade no muco cervical apresentados nos exames. Das 18 mu-
lheres estudadas, nenhuma apresentou reação adversa. Conclui-se que o creme vaginal de
aoreira foi efetivo para o tratamento das patologias diagnosticadas.

40
Estudo farmacológico pré-clínico dos extratos aquoso e hidroalcoólico, a partir da entrecas-
ca de Myracrodruon urundeuva Allemão, apresentou significativa atividade anti-inflamatória,
antiulcerogênica e cicatrizante. O extrato aquoso, no estudo com ratos, por via oral, mostrou
baixa toxicidade, exceto em ratas prenhas, quando administrado por longo tempo (BANDEI-
RA, 2002).

A parte utilizada dessa planta é a entrecasca (parte interna da casca) e, nos estudos de seus
componentes químicos, foram encontrados princípios biologicamente ativos, como compos-
tos fenólicos, dentre eles taninos (chalconas diméricas e urundeuvinas A e B, responsáveis
pela ação anti-inflamatória). Apresenta também óleos essenciais, em suas folhas, em maior
quantidade para alfa-pineno, gama-terpineno e o beta cariofileno (SOUZA, 1991).

Segundo Matos (1998), os resultados dessas pesquisas e de observações clínicas permitem


recomendar a Miracrodruon urundeuva Allemão, com atividade adstringente, antinflamatória,
antibacteriana, cicatrizante, especialmente em uso tópico. O uso oral pode ser indicado nos
casos de gastrites, úlceras estomacais e duodenais. Para os casos de inflamações de pele e
mucosas (gengivas, garganta, vagina, colo de útero e ânus), o tratamento deve ser feito por
meio de compressas, lavagens, cremes ou clíster de retenção, conforme o caso.

Outro ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado, foi desenvolvido por Amorim
(2003) com gel de aroeira, Schinus terebinthifolius Raddi, para o tratamento de vaginose bac-
teriana, com 48 pacientes selecionadas em dois grupos (25 casos e 23 placebos). Foi obtida a
taxa de cura de 84% no grupo que usou gel vaginal de aroeira e 47,8% no grupo de placebo.
Achados citopatológicos evidenciaram uma maior frequência (43,5%) de bacilos de Dordelein
no grupo que utilizou o gel de aroeira, contra 4,3% no grupo placebo.

Curiosidade
O cultivo da aroeira do sertão numa proposta ecológica
A entrecasca da aroeira do sertão, com a planta já formada, possui como fração ativa chal-
conas diméricas, como citado acima. Um projeto, desenvolvido na Universidade Federal do
Ceará, comprovou que seus brotos e renovos possuem também essa fração ativa. Dessa for-
ma, das próprias mudas extraem-se os mesmos princípios ativos e não é necessário cortar
as árvores formadas.

Curiosidade
Projeto de pesquisa: “Produção de brotos e renovos de aroeira do sertão – Myracrodruon
urundeuva All.: diminuição da pressão antrópica pela coleta predatória de suas cascas, con-
tribuição à conservação da espécie e inclusão social de adolescentes e familiares”
Coordenadora: Prof. Dra Mary Anne Medeiros Bandeira, da Universidade Federal do Ceará.

No Quadro 03, você encontra outros exemplos de plantas medicinais que podem ser utiliza-
das em diversas enfermidades do Sistema Geniturinário:

41
Quadro 03 Exemplos de plantas medicinais empregadas para enfermidades do Sistema
Geniturinário
Enfermidade Planta medicinal
Angelica sinensis (Oliv.) Diels, Cinnamomum zeylanicum Nees.,
Dismenorreia
Matricaria chamomilla L.

Cálculos renais Phyllanthus niruri L., Zea mays L.

Candidíase vaginal Calendula officinalis L., Psidium guajava L., Melaleuca


alternifólia Ch., Schinus terebinthifolius Radd.

Infecções urinárias
de repetição Costus spicatus (Jacq.) Sw., Vaccinium oxycoccos L.

Hiperplasia
prostática Cucurbita pepo L.

Amplie seus estudos


Você pode encontrar mais informações sobre Vaccinium oxycoccos L. e Zea mays L. com a
leitura dos artigos a seguir:
Árvores medicinais nativas com potencial para extrativismo autossustentável - ativida-
de antimicrobiana
Autores: Airton Luiz Gonçalves, Antônio Alves Filho e Hércules Menezes
Publicado em: Global Science and Technology
Ano: 2013
Acesse em: http://rv.ifgoiano.edu.br/periodicos/index.php/gst/article/view/312/351
Efeito do extrato aquoso de cabelo de milho (Zea mays L.) sobre a excreção renal de
água e eletrólitos e pressão arterial em ratos Wistar anestesiados
Autores: A. C. S. Pinheiro, A. A. Pais, A. C. B. Tardivo e M. J. Q. F. Alves
Publicado em: Revista Brasileira de Plantas Medicinais
Ano: 2011
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722011000400001
Fitoquímica del género Vaccinium (Ericaceae)
Autores: Orlando A. Abreu Guirado, Armando Cuéllar Cuéllar e Sylvia Prieto
Publicado em: Revista Cubana de Plantas Medicinales
Ano: 2008
Acesse em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1028-47962008000300003

42
2.1.8 Sistema Endócrino
Em relação ao Sistema Endócrino, serão apresentadas duas espécies vegetais com ação com-
provada sobre dislipidemias: Allium sativum L. e Cynara scolymus L.. Os exemplos de utiliza-
ção dessas plantas estão sistematizados de forma diferente para facilitar a pesquisa, poden-
do ser adotados em protocolos de plantas medicinais a serem desenvolvidos nos serviços de
saúde públicos.
Leia a história em
quadrinhos sobre
dislepidemias Amplie seus estudos
nesta Etapa 4. Para revisão da fisiopatologia, você pode acessar, nos sítios a seguir, informações específi-
cas que tratam das diretrizes brasileiras de dislipidemias:
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – Departamento de
Aterosclerose da Sociedade Brasiliera de Cardiologia
Autores: H. T. Xavier, M. C. Izar, J. R. Faria Neto, M. H. Assad, V. Z. Rocha, A. C. Sposito, F. A.
Fonseca, J. E. dos Santos, R. D. Santos, M. C. Bertolami, A. A. Faludi, T. L. R. Martinez, J. Dia-
ment, A. Guimarães, N. A. Forti, E. Moriguchi, A. C. P. Chagas, O. R. Coelho, J. A. F. Ramires
Publicado em: Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Ano: 2013
Acesse em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/V_Diretriz_Brasileira_de_Dislipidemias.pdf
Dislipidemia
Autores: Gustavo Cunha Garcia e Telma Rodrigues Caldeira
Publicado em: Saúde e Economia
Ano: 2011
Acesse em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412285/Boletim+Sa%C3%BAde+e+Economia+n%C2%BA+6/a26c1302-a177-4801-8220-1234a4b91260

Allium sativum L.

a) Identificação

Família
Amaryllidaceae

Nomenclatura popular
Alho

Parte utilizada/órgão vegetal


Bulbos frescos ou secos (BRASIL, 2011; WHO, 1999)

b) Indicações terapêutica
Indicado como coadjuvante no tratamento de bronquite crônica, asma, como expectoran-
te (D’IPPOLITO et al., 2005) e preventivo de alterações vasculares (D’IPPOLITO et al., 2005;
RAHMAN; LOWE, 2006). Coadjuvante no tratamento de hiperlipidemia, hipertensão arterial

43
leve a moderada, dos sintomas de gripes e resfriados, além de auxiliar na prevenção da ate-
rosclerose (BRASIL, 2011; WHO, 1999; D’IPPOLITO et al., 2005; RIED et al., 2010, 2008).

c) Contraindicações
Contraindicado para grávidas, pacientes com gastrite, úlcera gastroduodenal, hipertireoidis-
mo, distúrbios da coagulação ou em tratamento com anticoagulantes (GARCÍA et al., 1998;
ALONSO, 1998), histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um dos componentes do
fitoterápico (WHO, 1999). Não deve ser usado em pré ou pós-operatórios, devendo ser sus-
penso pelo menos dez dias antes de procedimentos cirúrgicos (GARCÍA et al., 1998; ALONSO,
1998).

d) Precauções de uso
Não usar em casos de hemorragia e tratamento com anticoagulantes e anti-hipertensivos
(WHO, 1999). Suspender o uso do fitoterápico duas semanas antes de intervenções cirúrgicas.
Não usar em pessoas com gastrite, úlceras gastroduodenais, hipotensão arterial e hipoglice-
mia. Pode potencializar os efeitos antitrombóticos de fármacos anti-inflamatórios (D’IPPOLI-
TO et al., 2005).

e) Efeitos adversos
Esse medicamento pode causar ardência na cavidade oral e no trato gastrointestinal (D’IPPO-
LITO et al., 2005), mialgia, fadiga, vertigem (HARENBERG et al., 1988), sudorese, bem como
reações alérgicas e asma (ASERO et al., 1998). O uso desse fitoterápico pode causar decrés-
cimo do hematócrito e da viscosidade sanguínea, aumentando o risco de sangramentos
pós-operatórios (JUNG et al., 1991), bem como hematoma epidural espontâneo (ROSE et
al., 1990). Efeitos gastrointestinais, tais como desconforto abdominal, náuseas, vômitos e
diarreia também são possíveis. Odores corporais característicos de alho podem ocorrer com o
uso desse fitoterápico (BERTHOLD et al., 1998).

f) Interações medicamentosas
Foi descrita interação potencial entre Allium sativum L. e varfarina (WHO, 1999; D’IPPOLI-
TO et al., 2005). Esse fitoterápico não pode ser utilizado em associação com anticoagulantes
orais, heparina, agentes trombolíticos, antiagregantes plaquetários e anti-inflamatórios não
-esteroidais, por aumentarem o risco de hemorragias (UCSF LIBRARY). A associação desse
fitoterápico com inibidores da protease pode reduzir as concentrações séricas dessa classe,
aumentando o risco de resistência ao antiretroviral e falhas no tratamento (GALLICANO et
al., 2003; PISCITELLI et al., 2002). Além disso, pode diminuir a efetividade da clorzoxazona
por induzir o seu metabolismo (GURLEY et al., 2002; HOLZGARTNER et al., 1992).

g) Formas farmacêuticas
Tintura, cápsulas com o óleo (BRASIL, 2011; WHO, 1999).

h) Vias de administração e posologia (dose e intervalo)


Via oral.
Tintura (1:5 em álcool 45%): acima de 12 anos, tomar 50 a 100 gotas (2,5 a 5mL) da tintura
diluídas em 75mL de água, duas a três vezes ao dia (BRASIL, 2011)

44
Óleo: 2 a 5mg (dose diária) (WHO, 1999).
Pó seco: 0,4 a 1,2g (dose diária) (WHO, 1999).

i) Tempo de utilização
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre o tempo máximo
de utilização. O tempo de uso depende das indicações terapêutica e da evolução do quadro
acompanhada pelo profissional prescritor.

j) Superdosagem
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre problemas decorren-
tes de superdosagem. Em caso de administração de quantidades acima das recomendadas,
suspender o uso e manter o paciente sob observação.

k) Prescrição
Fitoterápico isento de prescrição médica.

l) Principais compostos químicos


Terpenos, ácidos graxos, organosulfurados, saponinas e fenilpropanoide (D’IPPOLITO et al.,
2005).

m) Informações sobre segurança e eficácia

Ensaios não-clínicos

Farmacológicos
O mecanismo da hipocolesterolemia e da hipolipidemia envolve a inibição da enzima hepá-
tica hidroximetilglutaril-CoA redutase (HMG-CoA redutase) e o remodelamento das lipopro-
teínas plasmáticas e das membranas celulares (AL-NUMAIR, 2009; BROSCHE; PLATT, 1991).
Em concentrações menores que 0,5mg/mL, o extrato obtido de A. sativum L. inibe a atividade
da HMG-CoA redutase. Entretanto, em maiores concentrações, ocorre a inibição de outras
enzimas em estágios mais tardios da biossíntese do colesterol. Esse mecanismo foi constata-
do in vitro devido, principalmente, aos organosulfurados alicina e alhoeno, presentes no alho.
A atividade anti-hipertensiva foi demonstrada in vivo para A. sativum L. O mecanismo sugere
a diminuição da resistência vascular por relaxamento direto da musculatura lisa (OZTURK et
al., 1994), devido à hiperpolarização causada pela abertura dos canais de K+, o que resulta em
vasodilatação também decorrente do fechamento dos canais de cálcio (SIEGEL et al., 1992).

Toxicológicos
Atóxico de acordo com os dados descritos na literatura consultada (D’IPPOLITO et al., 2005).

Ensaios clínicos

Farmacológicos
Sobre o efeito do A. sativum L. sobre a pressão arterial, uma metanálise revisou um total de

45
11 estudos randomizados e controlados, utilizando entre 600-900mg/dia de comprimidos do
pó seco, com duração média de 12 semanas. Oito desses estudos utilizaram 415 sujeitos de
pesquisa e três utilizaram sujeitos de pesquisa portadores de hipertensão. De sete estudos
que compararam A. sativum L. com placebo, três demonstraram um decréscimo na pressão
sistólica; quatro pesquisas demonstraram redução na pressão diastólica. Os resultados apre-
sentaram evidências para o uso de A. sativum L. na hipertensão (NEIL; SILAGY, 1994c).

Quanto aos efeitos de A. sativum L. sobre os lipídios séricos e lipoproteínas, foram identifica-
das duas metanálises e sete revisões sistemáticas, que apontam para um efeito significativo
do alho na redução do colesterol total e LDL em indivíduos com hipercolesterolemia (RIED
et al., 2013). Tal revisão incluiu 39 ensaios clínicos, que utilizaram o alho como monoterapia
por pelo menos duas semanas. Uma metanálise de 25 estudos randomizados e controlados
foi realizada com a dose diária variando entre 600 a 900mg em comprimidos com pó seco. A
duração média dos estudos foi de 12 semanas. No geral, os sujeitos de pesquisa que recebe-
ram A. sativum L. tiveram, em média, redução de 12% na taxa de colesterol total e diminuição
de 13% na taxa de triglicerídeos séricos, confirmando a ação hipolipemiante de A. sativum L.
(NEIL; SILAGY, 1994a).

Outra metanálise de estudos controlados chegou a conclusões semelhantes quanto aos efei-
tos de A. sativum L. sobre o colesterol (NEIL; SILAGY, 1994b), assim como em outra revisão
sistemática de oito estudos (WARSHAFSKY et al., 1993). Dentre essas pesquisas, sete tiveram
como dose diária entre 600 a 900mg, reduzindo o colesterol sérico e os níveis de triglicerídeos
em 5-20% (WARSHAFSKY et al., 1993). Tratamentos com o pó de A. sativum L., 300mg, três
vezes ao dia, e benzofibrato 200mg, três vezes ao dia, por 12 semanas, foram igualmente
efetivos no tratamento de 98 pacientes com hiperlipidemia primária em um estudo multicên-
trico e randomizado. Ambas as medicações causaram redução estatisticamente significativa
do colesterol total, na lipoproteína de baixa densidade (LDL) e dos triglicerídeos, além de
aumento na lipoproteína de alta densidade (HDL) (HARENBERG et al., 1988). Foi observado
aumento da atividade fibrinolítica em pacientes portadores de aterosclerose depois da admi-
nistração de extrato aquoso, pó e óleos essenciais de A. sativum L. (HARENBERG et al., 1988).

Estudos clínicos demonstraram que o A. sativum L. ativa a fibrinólise endógena e que esse
efeito é detectável nas primeiras administrações e se intensifica quando administrado regu-
larmente (KOCH; LAWSON, 1996). Doses de 600 a 1200mg de pó de A. sativum L. diminuíram
a viscosidade plasmática e os níveis de hematócrito (WARSHAFSKY et al., 1993).

Toxicológicos
Não há relatos de toxicidade nas doses recomendadas (D’IPPOLITO et al., 2005).

Cynara scolymus L.

a) Identificação

Família
Asteraceae

46
Nomenclatura popular
Alcachofra

Parte utilizada/órgão vegetal


Folhas

b) Indicações terapêutica
Como colagogo e colerético em dispepsias associadas a disfunções hepatobiliares e no trata-
mento da hipercolesterolemia leve a moderada (WHO, 2009; BRASIL, 20--).

c) Contraindicações
Contraindicado para pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a qualquer um
dos componentes do fitoterápico ou a outras plantas da família Asteraceae (BRASIL, 20--).
Também é contraindicado em casos de obstrução do ducto biliar, gravidez e lactação (BRA-
SIL, 20--; EMA, 2011; BLUMENTHAL et al., 2000).

d) Precauções de uso
O uso concomitante com diuréticos em casos de hipertensão ou cardiopatia deve ser realiza-
do sob estrita supervisão médica, dada à possibilidade de haver descompensação da pressão
arterial, ou, se a eliminação de potássio é considerável, pode ocorrer potencialização de fár-
macos cardiotônicos (BRASIL, 20--). A ocorrência de hipersensibilidade para C. scolymus L.
foi relatada, devido à presença de lactonas sesquiterpênicas, como a cinaropicrina (BRASIL,
20--). Não existem estudos disponíveis para recomendar o uso em menores de 12 anos ou du-
rante a gravidez (BRASIL, 20--). Não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica (BRASIL, 20--).

e) Efeitos adversos
Efeito laxante em pessoas sensíveis aos componentes do fitoterápico (EMA, 2011).

f) Interações medicamentosas
Redução da eficácia de medicamentos que interferem na coagulação sanguínea, como ácido
acetilsalicílico e anticoagulantes cumarínicos (Ex.: varfarina) (BRASIL, 20--). Potenciais inte-
rações: pode diminuir as concentrações de fármacos no sangue de medicamentos metabo-
lizados pelas CYP3A4, CYP2B6 e CYP2D6, uma vez que a C. scolymus L. é indutora dessas
enzimas.

g) Formas farmacêuticas
Droga vegetal encapsulada, comprimido (droga vegetal), infusão e extrato seco padronizado
(WHO, 2009; EMA, 2011).

h) Vias de administração e posologia (dose e intervalo)


Via oral.
Dose diária: hipercolesterolemia e dispepsia, utilizar 1 a 2g de extrato seco aquoso (WHO,
2009; GEBHARDT, 1997; FINTELMANN, 1996).

47
Adultos: 5 a 10 g de planta medicinal fresca ou preparações equivalentes, durante até seis
semanas (WHO, 2009; LIETTI, 1977).

i) Tempo de utilização
Se os sintomas persistirem por mais de duas semanas durante o uso do fitoterápico, um mé-
dico ou um profissional de saúde qualificado deve ser consultado.

j) Superdosagem
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada sobre problemas decorren-
tes de superdosagem. Em caso de administração de quantidades acima das recomendadas,
suspender o uso e manter o paciente sob observação.

k) Prescrição
Fitoterápico isento de prescrição médica.

l) Principais classes químicas


Ácidos fenólicos, fenilpropanoides, saponinas, flavonoides, sesquiterpernos e esteroides
(D’IPPOLITO et al., 2005; WHO, 2009).

m) Informações sobre segurança e eficácia

Ensaios não-clínicos

Farmacológicos
O extrato aquoso seco de folhas inibiu a biossíntese de colesterol em cultura de células de
hepatócitos de ratos. Foi observada inibição moderada da produção dessa substância (aproxi-
madamente 20%) com o extrato na faixa de concentração entre 0,007 e 0,1mg/mL, enquanto
a concentração de 1mg/mL foi capaz de exercer maior inibição (80%). O cinarosídeo e sua
aglicona, luteolina, são os principais responsáveis por essa atividade (GEBHARDT, 1997). Dois
extratos hidroetanólicos de folhas frescas (extrato com 19% de ácidos cafeoilquínicos, admi-
nistrado na dose de 200mg/kg e extrato com 46% de ácidos cafeoilquínicos, administrado
na dose de 25mg/kg) foram administrados por via intraperitoneal em ratos. Foi observado
estímulo da colerese, aumento significativo do resíduo seco da bile e da sua secreção total
(FINTELMANN, 1996).

Toxicológicos
No estudo sobre a toxicidade crônica da Cynara scolymus L. com a utilização da infusão de
folhas secas da planta (15g/200mL), na dose de 250mg/kg, 4 a 6 vezes ao dia, durante seis
semanas em ratos machos, observou-se ausência de sinais toxicológicos para C. scolymus L.
(LIETTI, 1977).

A dose letal média do extrato hidroetanólico das folhas em ratos por via oral e intraperitoneal
é, respectivamente, 2,0g/kg e 1,0g/kg (FINTELMANN, 1996; SANTOS et al., 2007). A dose le-

48
tal média de cinarina em camundongos é 1,9g/kg. Não foram observadas alterações macros-
cópicas, hematológicas ou histológicas após administração intraperitoneal de cinarina (doses
de 50 e 400mg/kg/dia) durante 15 dias em ratos. No entanto, a administração intraperitoneal
de cinarina em ratos durante 40 dias, utilizando-se dose diária entre 100 e 400mg/kg gerou
aumento no peso corporal e dos rins, além de gerar mudanças degenerativas no fígado (PRE-
ZIOSI; LOSCALZO, 1958). Aplicação tópica do extrato de folhas na pele de ratos (1,0 a 3,0g/
kg) por 21 dias não produziu efeitos tóxicos ou cumulativos nos parâmetros hematológicos e
bioquímicos dos animais. Não foi observada irritação dérmica ou ocular em ensaios realizados
em cobaio (HALKOVA, 1996).

Ensaios clínicos

Farmacológicos
Estudos clínicos de Fase IV conduzidos em pacientes com dispepsia ou desordens hepáticas
ou biliares, incluindo estudos com mais de 400 pacientes em tratamentos de 4 a 6 semanas,
demonstraram redução significativa dos sintomas de dor, desconforto abdominal, gases e
náuseas. O medicamento foi bem tolerado, com baixa taxa de efeitos adversos (KRAFT, 1997).
Em estudo clínico randomizado, 20 homens com disfunções metabólicas foram separados em
dois grupos. O grupo teste recebeu 320mg do extrato padronizado de C. scolymus L. (mínimo
2,5% de derivados de ácido cafeoilquínico expressos em ácido clorogênico). A secreção intra-
duodenal biliar aumentou 127,3% após 30 minutos, 151,5% após 60 minutos e 945,3% após
90 minutos. O grupo placebo mostrou variações em proporções muito menores. Não foram
observados efeitos adversos (HAGERS, 2003).

Toxicológicos
Não foram encontrados dados descritos na literatura consultada.

2.1.9 Tratamento de feridas


O Sistema Cutâneo é o maior órgão que reveste e delimita nosso corpo apresentando uma
superfície de 2m² e representando 15% do peso corporal. É composto por três camadas, a
saber: epiderme, derme e hipoderme ou tecido subcutâneo, que têm as funções importan-
tes de termorregulação, função sensorial, percepção e proteção contra absorção de agentes
potencialmente tóxicos e metabólicos, assim como contra agentes microbianos. Esse órgão
pode apresentar uma série de disfunções e os aspectos psicossomáticos de diversas doenças
também podem influenciá-lo.

Dentre as disfunções da pele encontram-se as úlceras de pernas, feridas crônicas que não
cicatrizam espontaneamente em um prazo de três meses e costumam apresentar processos
infecciosos. Tornam-se feridas complexas e, normalmente, estão associadas a patologias sis-
têmicas que prejudicam o processo de cicatrização.

49
A ferida é definida como qualquer lesão no tecido epitelial, mucosas ou órgãos com prejuízo
de suas funções básicas. Podem ser causados por fatores extrínsecos, como incisão cirúrgica
e as lesões acidentais por corte ou trauma, ou por fatores intrínsecos, como as feridas produ-
zidas por infecção, as úlceras crônicas, as causadas por alterações vasculares, defeitos meta-
bólicos ou neoplasias.

Estima-se, de acordo com Hess (2002), que 80% dessas úlceras crônicas são provocadas por
insuficiência venosa crônica causando as úlceras venosas que se caracterizam por perda cir-
cunscrita ou irregular da epiderme e derme. Podem atingir também o tecido subcutâneo, aco-
metendo as extremidades dos membros inferiores, geralmente, no terço distal da face medial
da perna, próximas ao maléolo medial, podendo ou não ser acompanhadas por afecções clíni-
cas como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial sistêmica.

Essas lesões acometem indivíduos em diferentes faixas etárias, entre a terceira e oitava dé-
cada de vida. Considerando a cronicidade, a dificuldade de cicatrização e também a possibi-
lidade de recidiva, em maior ou menor período de tempo, provocam mudanças no estilo de
vida, perda parcial da capacidade funcional do membro afetado, dor, alterações com a autoi-
magem, além de ser limitante para o exercício de atividades diárias, prejudicando a qualidade
de vida do indivíduo.

Atualmente muitos estudos têm sido desenvolvidos, o que propiciou um aumento do núme-
ro de produtos a serem utilizados para o tratamento de feridas, dentre eles os fitoterápicos.
A aplicabilidade das plantas medicinais e fitoterápicos no tratamento de feridas se dá pela
ação de seus princípios ativos cujos mecanismos de ação se apresentam principalmente como
cicatrizantes, anti-inflamatórios, antissépticos e adstringentes, bactericidas e antifúngicos.
Além das feridas crônicas, a Fitoterapia, por ser utilizada em afecções de pele em geral como
psoríase, eczemas, prurido, infecções dérmicas e processos alérgicos, pode ser aplicada de
forma complementar ao tratamento alopático ou ajudar no tratamento preventivo das lesões
de pele.

No tratamento de feridas, o fitoterápico é utilizado em creme (extratos glicólicos) ou géis,


seguindo forma de apresentação farmacêutica. Pode-se utilizar também a droga vegetal em
forma de chás para proceder a limpeza da ferida, como é o caso da Matricaria recutita L. (ca-
momila) e o Symphytum officinalis L. (confrei). A Aloe vera L. (babosa) também é indicada no
tratamento de úlceras e queimaduras.

Amplie seus estudos


Você pode aprofundar seu conhecimento sobre o assunto a partir da leitura de alguns mate-
riais indicados a seguir:
A Rosa Mosqueta no tratamento de feridas abertas: uma revisão
Autores: Joyce Silva dos Santos, Ana Beatriz Duarte Vieira e Ivone Kamada
Publicado em: Revista Brasileira de Enfermagem
Ano: 2009
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672009000300020

50
Avaliação do extrato hidroalcoólico de Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) no
processo de cicatrização de feridas em pele de ratos
Autores: Manoel Lages Castelo Branco Neto, Jurandir Marcondes Ribas Filho, Osvaldo Ma-
lafaia, Marco Antonio de Oliveira Filho, Nicolau Gregori Czeczko, Sonia Aoki, Regina Cunha,
Vinicius Ribas Fonseca, Humberto Marten Teixeira e Luiz Roberto Farion de Aguiar
Publicado em: Acta Cirurgica Brasileira
Ano: 2006
Acesse em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502006000800004
Uso da Calendula officinalis na prevenção e tratamento de radiodermatite: ensaio clíni-
co randomizado duplo cego
Autores: Franciane Schneider, Mitzy Tannia Reichembach Danski e Stela Adami Vayego
Publicado em: Revista Escola Enfermagem USP
Ano: 2015
Acesse em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/pt_0080-6234-reeusp-49-02-0221.pdf
Uso de cobertura com colágeno e aloe vera no tratamento de ferida isquêmica: estudo
de caso
Autores: Simone Helena dos Santos Oliveira, Maria Julia Guimarães Oliveira Soares e Pas-
calle de Sousa Rocha
Publicado em: Revista Escola Enfermagem USP
Ano: 2010
Acesse em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/15

Nesta Etapa 4 do curso, você poderá ler uma história em quadrinhos em que é utilizado o ex-
trato glicólico de Calendula officinais L., cujas partes usadas são as flores secas. Sua ação far-
macológica possui atividade cicatrizante e reepitelizante pelos princípios ativos triterpenos,
mucilagem, carotenos e flavonoide. Esses bioativos acionam o metabolismo das glicopro-
teínas, nucleoproteínas e tecido colágeno, levando à melhor regeneração do tecido tissular.

Veja a história
em quadrinhos
sobre o tratamento O extrato aquoso das flores, quando aplicado sobre as feridas cutâneas, tem um papel indu-
de feridas com tor da microvascularização, contribuindo, assim, para uma cicatrização mais rápida. Também
fitoterápicos nesta
Etapa 4. apresenta também: (1) atividade anti-inflamatória por meio da presença de bioativos, como
flavonoides e óleos essenciais; e (2) atividade antidematosa, por possuir bioativos como os
ésteres de taraxasterol e faradiol. O óleo essencial presente na calêndula tem, ainda, ativi-
dade antisséptica frente a diversos micro-organismos, apresentando atividade bactericida e
fungicida. A partir desse exemplo, você pode verificar algumas possibilidades de tratamento
de feridas com o uso de plantas medicinais e fitoterápicos, que possuem bioativos para cada
ação desejada no tratamento dessas lesões.

A adoção da Fitoterapia no rol de produtos à disposição dos tratamentos de feridas pode


sugerir uma contradição entre tecnologias de ponta e de alto valor agregado e outras tecno-
logias mais simples e menos intensivas. Porém, o uso de plantas medicinais já é uma ciência e
foi comprovada a sua eficácia, além de ser um recurso acessível financeiramente para toda a
população, resgatando a cultura popular.

51
É importante ressaltar que a Fitoterapia é um método terapêutico que deve ser aplicado por
profissional de saúde qualificado que conheça bem as indicações e contraindicações de cada
planta medicinal a ser utilizada, bem como a possibilidade de interações medicamentosas
com outros medicamentos utilizados pelo usuário do sistema de saúde.

Na rede de assistência da Atenção Básica do SUS, o profissional de enfermagem, entre outros


membros da equipe Estratégia Saúde da Família, desempenha um papel preponderante no
tratamento de feridas, por orientar, executar e supervisionar a equipe de enfermagem na re-
alização de curativos, atuando na prevenção, avaliação e indicação do tratamento adequado
para a lesão. Esse cuidado o coloca em maior contato com o usuário e, por essa razão, em
muitos aspectos, sua ação se sobrepõe a outros componentes da equipe.

Amplie seus estudos


Assistência aos portadores de feridas: caracterização dos protocolos existentes no Brasil
Autores: D. V. DANTAS, G. V. TORMS e R. A. N. DANTAS
Publicado em: Ciência, Cuidade e Saúde
Ano: 2011
Acesse em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/8572 /pdf
Resolução no 0501/2015 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
Regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado às feridas.
Acesse em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05012015_36999.html

Cabe lembrar que os fitoterápicos são medicamentos que contém exclusivamente maté-
ria prima vegetal e que, atualmente, já são distribuídos na Rede de Atenção Básica - Uni-
dades Básicas de Saúde de alguns municípios brasileiros que desenvolveram programa em
Fitoterapia.

2.1.10 Tratamento odontológico


A Fitoterapia também pode ser empregada na Odontologia, contribuindo para o tratamento
e prevenção das mais diversas patologias bucais, por meio do emprego de medicamentos
de plantas medicinais (fitomedicamentos). Os cirurgiões-dentistas, com formação em Fito-
terapia, realizam um tratamento local, enquanto favorecem o equilíbrio geral e promovem a
reintegração do ser humano com vistas à estabilidade de sua saúde bucal.
Veja a história em
quadrinhos sobre
o encontro dos
Na Odontologia, apesar de o uso da Fitoterapia ser milenar, a utilização de plantas medicinais
saberes tradicio- para tratar as doenças bucais ainda é pouco explorada. O Brasil possui potencial para o desen-
nais e científicos volvimento dessa área, já que apresenta a maior diversidade vegetal do mundo, com o uso
para o tratamento
odontológico com de plantas medicinais vinculado ao conhecimento tradicional e com tecnologia para validar
plantas medicinais cientificamente esse conhecimento.
nesta Etapa 4.

52
Como acontece em outras áreas da saúde, a Fitoterapia ganha espaço como alternativa te-
rapêutica no tratamento dos agravos bucais, sendo uma tendência da Odontologia atual. As
pesquisas com produtos fitoterápicos têm aumentado devido à busca por novos produtos
com maior atividade farmacológica, com menor toxicidade e mais biocompatíveis, além de
apresentarem valores econômicos mais acessíveis à população. A inclusão da Fitoterapia nos
procedimentos odontológicos na rotina da prática clínica constitui-se em um imenso desafio
a ser superado. Com base no uso e conhecimento popular, o importante crescimento mun-
dial da Fitoterapia dentro de programas preventivos e curativos tem estimulado a avaliação
da atividade de diferentes extratos de plantas para o tratamento das afecções bucais mais
comuns na área.

Reflita!
É possível conciliar o cientificismo alopático no uso de medicamentos - já cristalizado na
classe odontológica - com o uso de plantas medicinais pela população, ávida por atendimen-
to e cura de suas queixas bucais?
A Fitoterapia pode ser incorporada aos atendimentos dos serviços públicos de saúde bucal
nos diversos níveis de Atenção?
Como apresentar uma nova opção terapêutica, aliando conceitos e aplicações em conso-
nância com as outras ciências da saúde que compõem as equipes da Estratégia de Saúde da
Família?
De que forma estimular e capacitar os odontológos no uso e prescrição correta das er-
vas, plantas medicinais e fitoterápicos, no tratamento dos agravos bucais, garantindo
segurança, eficácia e eficiência?

A Fitoterapia, apesar do seu uso milenar, ainda é discriminada por grande parte dos profissio-
nais de saúde. Tal fato pode ser atribuído ao pequeno incentivo dado à pesquisa nessa área,
tanto pelo setor público, quanto pelo privado, além do preconceito e falta de conhecimento,
dentre outros fatores. Para o melhor entendimento das questões propostas, deve-se lançar
mão de todos os recursos necessários para o conhecimento, questionamentos e aprofunda-
mento dos saberes voltados para o tema. Por isso, é recomendável a consulta a livros, ma-
nuais, cartilhas e sites de pesquisa, dentre eles o Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), além de revistas, artigos científicos, revisões bibliográficas, teses e dissertações.
Também podem ser usadas as monografias de referência das farmacopeias oficiais e protoco-
los de serviços de saúde em Fitoterapia.

Aplicação de plantas medicinais nas lesões bucais

É preciso cuidar e manter a saúde bucal, pois dela depende a nutrição do organismo. Estudos
científicos comprovam que a saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca
interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem causar
doenças bucais, que, por sua vez, podem levar a enfermidades ou agravá-las, principalmente
no que se refere às doenças cardiovasculares e diabetes.

A etiologia das doenças do complexo bucomaxilofacial pode ter origens variadas:

53
Infecciosa odontogênica (periapical e periodontal), como abscessos, celulite, osteomie-
lite e outras.
Virótica, como herpes simples, mononucleose, manifestações bucais da AIDS e outras.
Bacteriana, podendo ser citadas as manifestações bucais da sífilis, tuberculose, hansenía-
se, sinusite e outras.
Fúngica e também associada a protozoários, como a candidose, toxoplasmose e outras.
Neoplásica, como tumores benignos e malignos (complicações bucais).
Injúrias químicas e físicas, sendo a mais comum a úlcera traumática.
Imunológicas ou autoimune.
Alérgicas, como a estomatite aftosa recorrente e as reações à administração sistêmica de
drogas, dentre outras.

As plantas medicinais na Odontologia estão distribuídas por classes terapêuticas: anestési-


co tópico, ansiolítico, antifúngico, anti-inflamatório, antibacteriano, antiviral, hemostático,
hidratante labial, cicatrizantes, imunomoduladora e inibidor do biofilme dental. Essas ações
farmacológicas têm por base os princípios ativos das plantas medicinais de uso bucal e aplica-
das nas diversas situações clínicas.

O preparo das plantas com fins medicinais pode variar de acordo com o uso, com a cultura e
a tradição de um indivíduo ou comunidade. São apresentações farmacêuticas mais comuns
na saúde bucal: soluções aquosas ou hidroalcoólicas, como tinturas, chás e óleos essenciais.
Algumas formas farmacêuticas de uso odontológico são obtidas a partir das tinturas, como o
spray, a pomada orabase e cremes (extrabucal). Também podem se apresentar na forma de
enxaguatório bucal e creme dental. Observa-se ainda o crescente uso dos óleos essenciais
como antissépticos bucais, por exemplo, o mentol da Mentha piperita Briq. (hortelã) e o ti-
mol do Thymus vulgaris L. (tomilho). A Mikania glomerata Spreng. (guaco) em tintura também
exerce a ação antisséptica devido à presença de cumarina.

Dos agravos bucais, os mais prevalentes relacionados ao dente e ao periodonto são, respecti-
vamente, a cárie e a doença periodontal. A cárie é uma patologia multifatorial que necessita
de um fator desencadeante, o biofilme dental. A doença periodontal é iniciada pela gengivite,
caracterizada pela inflamação gengival sem perda de inserção, e é detectada clinicamente
pela presença de sangramento gengival marginal. A doença sem tratamento pode evoluir
para a periodontite, resultando na perda de inserção conjuntiva e de osso alveolar, podendo
acarretar a perda precoce do elemento dental. O biofilme dental é o fator de maior importân-
cia na etiologia da cárie e das doenças periodontais.

Uma das plantas medicinais mais usadas no controle do biofilme dental, segundo estudos
mais recentes, é a Punica granatum L. (romã), que apresenta ação bactericida e bacterios-
tática sobre as bactérias gram-positivas e gram-negativas, devido à presença de taninos.
Outros estudos também indicam o uso de: Malva sylvestris L. (malva); Plantago major L.

54
(tanchagem); Psidium guajava L. (araçá); Schinus terebinthifolius Raddi. (aroeira); e Copai-
fera laugsdorffi Desf. (óleo de copaíba). Essa ação também é atribuída a flavonoides. Como
mencionado anteriormente, o mentol da Menta piperita Briq. (hortelã) e timol do Thymus
vulgaris L. (tomilho) podem ser utilizados como antissépticos bucais. Por sua vez, a Mikania
glomerata Spreng. (guaco), em tintura, também exerce a ação antisséptica e produz um evi-
denciador de biofilme dental com eficiência superior a 90% quando comparados aos produtos
comercializados, como o verde de malaquita, a fucsina e a eritrosina.

O uso dos extratos de Rosmarinus officinalis L. (alecrim), Punica granatum L. (romã) e


Matricaria recutita L. (camomila) se mostra viável para o controle do biofilme dental da cárie,
se comparado ao uso da clorexidina a 0,12%, quando usados em cremes dentais e enxaguató-
rios bucais. Esses extratos não possuem os efeitos adversos da clorexidina, como a ardência
bucal e manchamento dentário, além de ter um custo menor.

Nas periodontopatias, vale destacar que o tratamento mecânico convencional não costuma
erradicar completamente as bactérias periodonto patogênicas, visto que bolsas periodontais,
sulcos, furcas e concavidade são áreas de difícil acesso para os instrumentos periodontais.
Além disso, as bactérias periodontais também podem ser encontradas na mucosa oral, na lín-
gua e nas amígdalas, de forma que, nesses casos, agentes antimicrobianos poderiam suprir as
falhas do tratamento periodontal convencional. Sendo assim, diversas modalidades terapêu-
ticas têm sido estudadas e propostas com o intuito de combater e controlar essa microbiota.

As pesquisas mais atuais têm sido direcionadas para plantas medicinais como a Matricaria
recutita L. (camomila), em bochechos para o controle do biofilme dental e no tratamento da
periodontite. Os resultados estatisticamente demonstram a eficácia na redução dos índices
de sangramento gengival quando comparados àqueles exibidos pela clorexidina a 0,12%. A li-
teratura aponta também a Punica granatum L. (romã) como uma planta com grande potencial
de uso no controle das principais bactérias que colonizam o biofilme dental em pacientes com
gengivite e periodontite (ALBUQUERQUE et al., 2010; SANTOS et al., 2014).

A planta símbolo da Odontologia, o Syzygium aromaticum L. (cravo-da-índia), vem sendo


utilizada há mais de 2000 anos. O eugenol, óleo essencial, é muito usado na composição de
cimentos odontológicos e de produtos de higiene bucal, com ação aromática, analgésica, an-
ti-inflamatória, desinfetante, antisséptica, cicatrizante, anestésica suave, antifúngica e anti-
viral. Combate a odontalgia, a halitose, gengivites e aftas.

O crescente uso dos óleos essenciais tem demonstrado ação efetiva em estudos far-
macológicos. A variação da atividade biológica dos óleos essenciais é dependente da
composição de seus constituintes químicos como, por exemplo, o citral encontrado no Cym-
bopogon citratus DC. (capim-limão), que apresenta acentuada atividade antifúngica frente
à cepa de Candida albicans, superando os valores de inibição do fármaco padrão, nistatina.
Outros exemplos são com o pineno do Rosmarinus officinalis L. (alecrim), o cineol da Salvia
officinalis L. (sálvia) e o cariofileno da Copaifera sp (copaíba), entre outros. Certamente, esses

55
constituintes químicos são responsáveis pela aplicação biológica como agentes antimicro-
bianos, antifúngicos e antiparasitários de uso potencial na odontologia (ABÍLIO et al., 2014).

Os óleos essenciais de algumas plantas têm atividade contra bactérias causadoras da hali-
tose. O mentol da Mentha piperita Briq. (hortelã) e o timol do Thymus vulgaris L. (tomilho)
são usados na forma de enxaguatórios bucais e chá para bochechos. Na halitose secundá-
ria, vinda de problemas digestivos, pode-se usar o Zingiber officinale Roscoe. (gengibre),
que melhora a eficiência da pepsina e acelera o esvaziamento do estômago, ajudando a
reduzir a halitose.

A crescente resistência das leveduras pertencentes ao gênero de micro-organismo


Candida frente aos antifúngicos sintéticos, atualmente disponíveis no comércio, impulsio-
na a busca por novos compostos antifúngicos de origem vegetal. Na candidose, lesão bu-
cal causada por micro-organismo Candida spp, destacam-se como alternativa potencial
os extratos da casca do Ziziblus joazeiro Mart. (juá) e as folhas da Caesalpinia pyramidales
(catingueira). A Punica granatum L. (romã) apresenta atividade antifúngica comprovada
por estudos in vitro e in vivo sobre diversas espécies do gênero Candida, devido à ação
de seus fitoconstituintes, principalmente os taninos. A Uncaria tomentosa DC. (unha de
gato) apresenta vantagem sobre o miconazol por não provocar reações adversas. O óleo
essencial da Cinnamomum zeylanicum Blume. (canela), apesar de apresentar algum perfil
alergênico, trata-se de um excelente antifúngico na candidose resistente ao fluconazol
(ALVES et al., 2009).

A Equinacea purpúrea L. (equinácea), com ação imunoestimulante, incita a produção de


leucócitos, sendo usada no tratamento do herpes labial. O Coccus nucifera L. (coco-da
-bahia), extraído da entrecasca do coco verde, também na forma de tintura, tem mos-
trado efeito antiviral para herpes labial e apresentou-se como alternativa à resistência ao
aciclovir. A Uncaria tomentosa DC. (unha de gato), em estudos in vivo, revelou atividade
antiviral demonstrando elevar substancialmente a ação fagocitária contra o vírus do her-
pes simples (HSV-1). A Tabebuia impetiginosa Mart.& DC. (ipê-roxo) tem ação antiviral e
cicatrizante, na forma de gel, extraído das flores e cascas do tronco (MAJI et al., 2014).

As plantas medicinais com atividade antiviral, anti-inflamatória e cicatrizante são preco-


nizadas para o tratamento da estomatite aftosa recorrente, como, por exemplo: Melissa
officinalis L. (melissa), Plantago major L. (tanchagem), Equinacea purpurea L. (equinácea),
Matricaria recutita L. (camomila), Casearia silvestris Sw. (guaçatonga) e Salvia officinalis L.
(sálvia), tanto na forma de tintura como pomada de orabase (MONTEIRO, 2014).

O Stryphnodendron adstringents (Mart) (barbatimão) e o Ricins communis L. (mamona)


são promissores como soluções detergentes na irrigação dos canais na endodontia, por
apresentar ação antimicrobiana semelhante à clorexidina em estudos in vitro. A Aloe
vera L. (babosa) estimula os odontoblastos a formar barreira mineral semelhante à esti-
mulada pelo hidróxido do cálcio (FERES et al., 2005).

56
Na prática clínica, o Stryphnodendron adstringents (Mart) (barbatimão) e a Copaifera lan-
gsdorffii Desf. (copaíba) são usados como curativo intra-alveolar no tratamento da alveo-
lite e atuando na cicatrização pós-exodontia, além de ser um excelente hemostático. Em
infecções odontogênicas, principalmente em abscessos, preconiza-se o uso das tinturas
para bochechos de Plantago major L. (tanchagem), Malva silvestris L. (malva), Arctium
lappa L. (bardana), plantas ricas em mucilagem com ação drenadora, facilitando a drena-
gem natural ou cirúrgica.

No tratamento das pericoronarites de grau leve a moderado, podem-se utilizar, com ação
anti-inflamatória, as tinturas em bochechos de Plantago major L. (tanchagem), Calendula
officinalis L. (calêndula), Punica granatum L. (romã) e Stryphnodendron adstringents Mart
(barbatimão).

A Melissa officinalis L. (melissa), a Valeriana officinalis L. (valeriana), a Passiflora edulis


Sims. (maracujá) apresentam propriedades sedativas e ansiolíticas, sendo, portanto, re-
comendadas àqueles pacientes com medo excessivo de procedimentos odontológicos.

A Equisentum arvense L. (cavalinha), na forma de tintura para bochechos, diminui a sen-


sibilidade dentinária, tem ação hemostática em cirurgias, coadjuvante no tratamento da
reabsorção óssea e perda do ligamento periodontal. Atua também aumentando a forma-
ção óssea nos implantes osteointegrados, devido à sílica em sua composição.

Os efeitos colaterais das plantas medicinais são pouco frequentes, pelos seguintes
motivos:

Harmonia físico-química entre o conjunto de princípios bioativos - fitocomplexo - na


constituição das plantas medicinais.
Baixa dose, em geral, dos constituintes químicos antagonizando-se e potencializando-
se entre si, de forma dinâmica e continua.
Sintonia biológica energética entre o fitocomplexo e o ser biocomplexo que somos.
Atuação ampla do fitocomplexo em todo o organismo, coerente com os impulsos e
mecanismos de cura, favorecendo a reação natural em direção ao equilíbrio.

No que se refere à posologia, em Fitoterapia, é complexa e com muita variabilidade, de-


vendo ser respeitados certos critérios envolvidos no tratamento. Primeiramente, é pre-
ciso se certificar de estarem excluídas as plantas tóxicas ou desconhecidas. Em segundo
lugar, deve-se considerar que as dosagens em Fitoterapia estão condicionadas a aspectos
importantes relativos tanto às plantas utilizadas quanto ao paciente.

Tratando-se de fitocomplexos, e não de princípios isolados, são muitas as variáveis en-


volvidas nas dosagens dos fitoterápicos. No caso de muitas plantas, ainda são necessá-

57
rios mais estudos. Para outras, entretanto, costuma-se usar como padrão de dosagem
os marcadores bioquímicos (princípios ativos principais para uma determinada ação
terapêutica), como, por exemplo: heperecina, para Hepericum perforatum L. (hipérico);
alicina, para Allium sativum L. (alho); cumarina, para Mikania glomerata Spreng. (guaco);
mentol, para Mentha ssp (hortelã); entre outros.

O grande segredo relativo à toxicidade das plantas está na dose e é nesse contexto que
está a sabedoria e a arte em Fitoterapia. Todas as plantas, a priori, poderiam ser utilizadas
se for considerada a dose certa para cada caso.

O conhecimento da interação das plantas medicinais com outras plantas ou com medica-
mentos alopáticos é de vital importância para o manuseio clínico de pacientes crônicos,
minimizando os riscos de potencialização prejudicial ou antagonização dos recursos me-
dicamentosos envolvidos, assim como melhora a eficácia terapêutica do tratamento em
questão.

Portanto, na saúde bucal, a possibilidade de uso das plantas medicinais é enorme, devi-
do à diversidade de ações farmacológicas. Variados também são os benefícios agregados
pela Fitoterapia ao arsenal das terapêuticas odontológicas no tratamento dos agravos
bucais. Além de outras vantagens, como seu baixo custo e grande efetividade.

Conclui-se que, apesar de poucos estudos científicos de uso da Fitoterapia na Odonto-


logia e do pouco conhecimento das plantas medicinais pelos profissionais da área, o uso
dessa terapêutica está em expansão. Com a implantação da Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS, surge a esperança de um maior investimento em
pesquisas envolvendo a biodiversidade de plantas brasileiras, valorizando o conhecimen-
to popular e motivando a industrialização de produtos naturais. Esses fatores ressaltam
ainda mais a importância do estudo da Fitoterapia nos cursos de graduação na área de
formação em saúde.

Este material e os demais recursos disponibilizados nesta Etapa 4 do Curso visam forne-
cer caminhos e exemplos de aplicação da Fitoterapia nos agravos mais recorrentes nos
atendimentos da Atenção Básica, nas mais diferentes especialidades. A partir do conhe-
cimento empírico e teórico de profissionais de saúde e pesquisadores experientes, foram
apresentadas recomendações e prescrições clínicas que podem auxiliá-lo na prática do
cuidado, tendo a Fitoterapia como terapêutica principal ou complementar. Espera-se que
você seja instigado a aprofundar esses conhecimentos, buscando estudos e relatos de
experiências, além de dialogar com seus pacientes considerando seus saberes populares
e tradicionais.

58
REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. Introdução à Farmacologia de plantas medicinais e fitoterápicos

CARVALHO, J. C. T. Fitoterapicos anti-inflamatórios (aspectos químicos e farmacológi-


cos). Ribeirão Preto: TecMed, 2004.

CARVALHO, J. C. T. Formulário Médico-farmacêutico de Fitoterapia. 3. ed. São Paulo:


Pharmabooks, 2012.

CARVALHO, J. C. T., SERTIÉ, J. A., BARBOSA, M. V., PATRÍCIO, K. C., CAPUTO, L. R., SARTI,
S. J., FERREIRA, L. P., BASTOS, J. K. Antiinflammatory activity of the crude extract from the
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