INTRODUÇÃO

De acordo com Thereza Vanturoli, A palavra geometria vem do grego: geo.

Terra, e metron, medida. Ainda na Antiguidade, egípcios e mesopotâmios
calculavam o espaço ao seu redor e a disposição de objetos nele. Na
realidade, a Geometria sempre esteve presente desde os primórdios da
Terra. Desde tempos imemoriais, o planeta autenticou medidas precisas e
delineou formas perfeitas. Desprovida de réguas, compassos ou
transferidores, a natureza demandou milhões de anos de evolução para
desvendar o caminho da eficiência. No entanto, os resultados foram
extraordinários. Ela alcançou a configuração ideal para distribuir seiva
pelas folhas, o invólucro mais funcional para armazenar o mel ou, ainda, o
método mais eficiente para a polinização das flores.
A revista National Geographic, destaca que desde as nuvens que pairam
no céu às ramificações de um feto na floresta ou as afluências naturais de
um rio. O ser humano, por meio da atenta observação do mundo natural ao
seu redor, percebeu a existência de uma vasta gama de configurações.
Algumas dessas configurações obedecem a regras e princípios de
organização que as tornam mais padronizadas – Formas Geométricas. Ao
analisar, emular e reproduzir essas configurações, o ser humano criou e
avançou em uma nova área do conhecimento - a Geometria. Essa é uma
disciplina que explora as propriedades e as relações entre pontos, retas,
curvas, superfícies e volumes no plano e no espaço.
 EXEMPLOS

Outra das formas geométricas mais facilmente identificáveis na

natureza é o hexágono regular (uma figura com seis lados de
comprimento igual e cujos ângulos possuem a mesma amplitude).
Essa configuração é uma das que maximizam a eficiência no
aproveitamento do espaço - outras incluem os triângulos equiláteros,
ou seja, figuras com três lados e três ângulos iguais, e os quadrados.
Podemos encontrá-la, por exemplo, nos favos de mel das colmeias ou
nas "escamas" que cobrem a casca do abacaxi, as quais, além de
apresentarem formato hexagonal, também formam espirais seguindo
os números de Fibonacci, que será mencionado mais adiante.
O reino mineral também oferece
uma variedade de exemplos
matemáticos, especialmente no
que diz respeito aos sólidos
geométricos. Um dos mais
renomados em todo o mundo é a
famosa Calçada dos Gigantes, um
vasto conjunto de colunas de
rocha basáltica vulcânica. Estas
colunas assumem a forma de
prismas de alturas diferentes, a
maioria delas sendo hexagonais,
embora também existam
pentagonais e polígonos
irregulares com 4, 7, 8, 9 e 10
lados. Essas estruturas erguem-se
ao longo da costa setentrional do
Planalto de Antrim, na Irlanda do
Norte.
O Universo Online (UOL), explica que os fractais são formas geométricas
que possuem um padrão interessante em sua construção, formando
figuras muitas vezes bonitas e intrigantes. Em um fractal, cada parte é
similar ao todo. A área da Matemática que estuda os fractais é conhecida
como Geometria dos fractais, que analisa as propriedades e o
comportamento das figuras de alta complexidade.

Existem vários tipos de fractais, os mais comuns são os geométricos e os

aleatórios. Os fractais estão presentes na natureza, como ramificações
das árvores, flocos de neve, entre outros. Também existem vários
exemplos de fractais em nosso corpo, como os vasos sanguíneos e os
alvéolos pulmonares.
A sequência de Fibonacci é uma série de números onde
cada termo subsequente é a soma dos dois anteriores.
Começando geralmente com 0 e 1, os primeiros números
na sequência são: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, e assim por
diante.
Matematicamente, pode ser representada da seguinte
maneira:
0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34...
Por exemplo, para encontrar o próximo número na
sequência, você soma os dois números anteriores.
Portanto, 1 + 1 = 2, 1 + 2 = 3, 2 + 3 = 5, e assim por diante.
A sequência de Fibonacci aparece em várias áreas da
matemática e em fenômenos naturais, como na disposição
de pétalas de algumas flores, em espirais de conchas, na
estrutura de galáxias espirais, entre outros. Essa
sequência tem diversas propriedades matemáticas
interessantes e é um tema de estudo em muitos campos,
incluindo a ciência da computação e a teoria dos números.
Thereza também aponta que, nas cerca de 700 espécies
existentes de ouriço-do-mar, o esqueleto esférico garante grande
proteção. Dentro da caixa calcárea, estão distribuídos de forma
radial todos os órgãos do animal. E a área exposta aos
predadores é menor. Além disso, os espinhos e pernas, que
nascem de cada nódulo ao seu redor, oferecem proteção contra-
ataques vindos de todos os lados e a possibilidade de fuga para
qualquer direção.
 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- Secretaria da Educação do PR
(http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/ca
dernospde/pdebusca/producoes_pde/
2013/2013_fecilcam_mat_pdp_luciany_salvetti_l
oureiro.pdf)
- National Geographic de Portugal
(https://www.nationalgeographic.pt/ciencia/fracta
is-geometria-escondida-na-natureza_4355)
- Portal MultiRio
(https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportag
ens/132-para-usar-em-sala-de-aula-as-formas-
da-natureza)
- HypeScience (https://hypescience.com/25-
fotos-de-plantas-geometricas-para-amantes-da-
simetria/)
- Superinteressante
(https://super.abril.com.br/historia/as-linhas-
perfeitas-da-natureza)
- Rosangelacpr
(https://pt.slideshare.net/rosangelacpr/as-
formas-geomtricas-na-natureza)
- UOL
(https://escolakids.uol.com.br/matematica/fractai
s.htm)
CONCLUSÃO
Em suma, ao explorar a intrincada
relação entre geometria e natureza,
torna-se evidente que os princípios
matemáticos estão profundamente
entrelaçados com os padrões e formas
que permeiam nosso mundo natural. A
presença de formas geométricas como
espirais, hexágonos, círculos e outras
configurações nas plantas, animais e
fenômenos naturais ilustra a presença
universal e sistemática da matemática
em nosso ambiente. A geometria na
natureza revela uma ordem intrínseca,
uma harmonia matemática que
transcende as fronteiras das disciplinas
acadêmicas. Ao reconhecer essas
formas geométricas na natureza, somos
convidados a apreciar a elegância
matemática subjacente à vida cotidiana.
A compreensão desses padrões não
apenas enriquece nosso conhecimento,
mas também nos inspira a explorar mais
profundamente a interconexão entre a
matemática e a diversidade infinita da
natureza que nos cerca.