Você está na página 1de 11

BURITI: RELAÇÃO ENTRE SEQUÊNCIA DE FIBONACCI, RAZÃO

ÁUREA E ESPIRAL LOGARÍTMICA

AUTORES
Everaldo Roberto Monteiro dos Santos, UEPA/PUC-SP/SEDUC-PA,
profmaterms@yahoo.com.br

Lucélia Valda de Matos Cardoso, UEPA, lucelialuk@yahoo.com.br

Jeane do Socorro Costa da Silva, UEPA/PUC-SP/SEDUC-PA,


jeanescsr@yahoo.com.br

RESUMO
O presente artigo1 faz uma abordagem a um tema que é pouco explorado no ensino da
Matemática em todos os seus níveis: A relação entre a matemática e a natureza. Para isso,
usaremos argumentos matemáticos enfatizando conceitos e padrões pertencentes à
sequência de Fibonacci, à Razão Áurea e à Espiral Logarítmica para mostrar que há essa
relação em um fruto típico de nossa região amazônica: o buriti. Assim sendo, a nossa
pesquisa fez um levantamento sobre esses objetos matemáticos presentes na natureza, nas
artes e na arquitetura, tendo como ponto de apoio principalmente as obras de Livio, Huntley
e Milodinow para construirmos nosso quadro teórico e apresentando a relação existente
entre a matemática e a natureza. Tal relação pode ser observada nos galhos das árvores e
em algumas flores, como por exemplo, o girassol que se organiza de forma natural em
espiral, ou na arquitetura clássica dos gregos. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo
mostrar que tais padrões matemáticos, presentes nas artes, na arquitetura e em vários
seres da natureza, estão presentes também no fruto pesquisado. Concluímos, a partir de
tais argumentos, que o buriti obedece a esses padrões presente na natureza. Contudo,
sabemos da limitação de nosso trabalho e da necessidade de futuras pesquisas envolvendo
o assunto. Por isso, deixamos um caminho aberto para futuras investigações envolvendo
esse fruto e a criação de metodologia de ensino que envolvam os objetos matemáticos e o
buriti.

Palavras chave: Sequência de Fibonacci, Razão Áurea, Espiral Logarítmica, Buriti.


Educação matemática.

ABSTRACT

This paper presents an approach to a topic that is little explored in the teaching of
mathematics at all levels: The relationship between mathematics and nature. For this, we
use mathematical arguments emphasizing concepts and patterns belonging to the Fibonacci
sequence, Golden Ratio and the logarithmic spiral to show that there’s such relationship in a
typical fruit of our Amazon: buriti. Therefore, our research did a survey on these
mathematical objects in nature, the arts and architecture, with the point of support mainly the
works of Livio, Huntley and Mlodinow for building our theoretical framework and presenting

1
O artigo é um recorte do Trabalho de Conclusão de Curso de licenciatura Plena em matemática da
Universidade do Estado do Pará- UEPA sob a orientação do primeiro autor com o Titulo: Buriti:
relação entre sequência de Fibonacci, razão áurea e a Geometria Fractal.
the relationship existent the mathematics and the nature. This relationship can be observed
us branches of trees and in some flowers, as by example, the sunflower that if organizes of
form natural spiral, or in classic architecture of the Greeks. Thus, the search has the
objective show that such mathematical patterns, in the arts, in architecture and in various
beings of nature, are present also the fruit search. Conclude, from such arguments, the buriti
obeys these patterns in nature. However, know the limitations of our work and need for future
research involving the subject. Therefore, we a path open for future investigations involving
this fruit and creating teaching methodology involving mathematical objects and buriti.

Keywords: Fibonacci Sequence, Golden Ratio, Logarithmic Spiral, Buriti. Mathematics


Education.

Introdução - A sequência de Fibonacci


Filho da boa natureza, assim era conhecido um dos matemáticos mais
talentosos da Idade Média, Leonardo de Pisa (Fibonacci), nascido na Itália por volta
da década de 1170. Fibonacci tornou-se famoso quando tinha aproximadamente 27
anos com a publicação do seu primeiro e mais conhecido livro: Liber Abaci (Livro
ábaco), contendo inúmeros temas como Aritmética, Álgebra elementar e uma
abundante coleção de problemas. Um desses problemas é o famoso envolvendo
população de coelhos o qual deu a base para a Sequência de Fibonacci. Sobre a
sua vida e obra há inúmeras pesquisas, como a de Mario Lívio ao retratar a sua
história:

Na época em que o livro apareceu, apenas alguns intelectuais europeus


privilegiados, que se preocupavam em estudar as traduções das obras de
al-Khwārizmī e Abu Kamil, conheciam os numerais indo-arábicos que
usamos hoje. Fibonacci, que por algum tempo viveu com seu pai, um
funcionário de comércio e alfândega, em Bugia (atualmente na Argélia) e
mais tarde viajou para outros países mediterrâneos (entre eles Grécia, Egito
e Síria), teve oportunidade de estudar e comparar diferentes sistemas
numéricos e métodos de operações aritméticas (LIVIO, 2007, p.111).

O problema que se encontra em seu livro: Um homem pôs um casal de


coelhos em um lugar cercado por todos os lados por uma cerca. Quantos casais de
coelhos podem ser gerados a partir deste casal em um ano se, supostamente, todo
mês cada casal dá à luz um novo casal, que é fértil a partir do segundo mês?
Ao resolver este problema encontrasse a seguinte sequência numérica: 1, 1,
2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181, 6765,
10946, 17711, 28657, 46368, 75025,...
Observa-se que o número de casais de coelhos em determinado mês é a
soma dos casais de coelhos existentes nos dois meses anteriores a estes. É fácil
constatar que o número de casais de coelhos a cada mês obedece a um padrão, a
uma sequência numérica não aleatória. Essa sequência foi denominada Sequência
de Fibonacci pelo matemático Edouard Lucas (1842-1891) no século XIX.
Apesar do exemplo acima, a sequência de Fibonacci está bem longe de
limitar-se à reprodução de coelhos. Ela é encontrada em uma variedade
inacreditável de padrões e fenômenos que aparentemente não têm relação entre si.
Suponha a seguinte pergunta: O que o arranjo de pétalas em uma rosa, as folhas
das árvores, as sementes de um girassol, abacaxis, a procriação de coelhos têm em
comum? Pode-se, seguramente, responder que é a sequência de Fibonacci. Razão
que parece surgir subitamente em vários fenômenos da Natureza, acentuando,
assim, a curiosidade de esclarecer todo o Universo com base na Matemática. Nesse
sentido, citamos Livio:

As propriedades do nosso universo, do tamanho dos átomos ao tamanho


das galáxias, são determinadas pelos valores de alguns números
conhecidos como constantes da natureza. Essas constantes incluem uma
medida da intensidade de todas as forças básicas – a gravitacional, a
eletromagnética e as duas forças nucleares (LIVIO, 2007, p.126).

Contudo, apesar de esses padrões aparecerem constantemente na natureza


somente, há pouco tempo o homem começou a dar maior importância a eles.
Descobriu-se, também, que tais padrões não aparecem por acaso. Eles são um
processo natural de crescimento de alguns seres vivos. Como por exemplo, as
sementes do girassol, ou na concha do nautilus e que esta sequência é uma
determinada razão, que já era conhecida desde a antiguidade têm muito mais em
comum, como iremos ver a seguir.
A Razão Aurea
A sequência de Fibonacci contém uma razão absolutamente notável. Esta
razão específica, às vezes, é denominada “Razão Áurea” ou “Proporção Divina” que
nos leva ao um número que é chamado “Número Áureo” ou “Número de ouro” (Fi)
que é um valor numérico aproximadamente igual a 1, 618033989... Razão Áurea
pode se iniciar por um segmento de reta em média e extrema razão, que pode ser
dividido de tal forma que resulte em um segmento maior e outro menor.

Existem alguns números especiais que são tão onipresentes que nunca
deixam de nos surpreender. O mais famoso deles é o número Pi ( ), que é
a razão entre a circunferência de qualquer círculo e seu diâmetro. Menos
conhecido que o Pi é um outro número, o Fi ( ), que, em muitos aspectos, é
ainda mais fascinante (...) A primeira definição clara do que mais tarde se
tornou conhecido como Razão Áurea foi dada por volta de 30 a.C. pelo
fundador da geometria como sistema dedutivo formalizado, Euclides de
Alexandria (LIVIO,2007, p.12-13).

Buscando a história da Razão Áurea, observam-se determinadas


discordâncias entre os pesquisadores do assunto, especificamente se os povos
egípcios, babilônios e outras civilizações remotas tinham conhecimento sobre essa
razão. A Razão Áurea ocorre quando o segmento menor dividido pelo maior é igual
ao maior dividido pelo segmento todo. De uma forma mais simplificada, podemos
observá-la utilizando o seguinte processo: Considere o segmento de reta ,
colocando um ponto , entre e (sendo que estará mais perto de ), de modo
que a razão do segmento menor para o maior seja igual à razão do maior
segmento para o segmento todo .

Então, tem-se que:


=

Utilizando alguns argumentos da matemática básica encontramos o número


áureo Fi ( ) = 1, 618033989...
Ao analisar este número, é verificada uma fascinante relação entre a
sequência de Fibonacci, a Razão Áurea e o Número Áureo. À medida que
avançamos na sequência de Fibonacci, a razão entre dois números sucessivos de
Fibonacci oscila em torno do Número Áureo, sendo que alguns valores oscilam
alternadamente maiores e menores que Fi.
Vejamos apenas dois exemplos a seguir desta relação:

21/13 = 1, 615384615 e 34/21 = 1, 619047619

Observe que o número encontrado pelas razões formadas por números


sucessivos da sequência de Fibonacci se aproximam do valor de Fi, com diferença
apenas em casas decimais, ora maior, ora menor.
É impressionante como a sequência de Fibonacci está intimamente
relacionada com a Razão Áurea. Razão que pode aparecer em várias formas da
geometria euclidiana, como é o caso do retângulo áureo que foi, e ainda é, muito
apreciado nas artes e na arquitetura.
Este retângulo possui a seguinte característica: a razão entre o lado maior e o
lado menor é o número de ouro, ou seja, o Fi, devido a esta característica, é
denominado “Retângulo Áureo”, e era considerado perfeito pelos gregos, por ser o
retângulo mais aprazível à visão. Devido a esse fato, muitas construções Gregas
utilizavam retângulos áureos.

Figura 1: Partenon3

O Partenon, templo representativo do Século de Péricles, por exemplo,


construído há centenas de anos pelos Gregos, contém o Fi no retângulo que forma
a fachada, proporcionando beleza e harmonia à obra.
Para se construir um retângulo áureo é preciso retirar um quadrado do
retângulo. Assim, teríamos outro retângulo menor do qual, também, retiraríamos
outro quadrado e, por conseguinte, teríamos outro retângulo, desenho 1e 2. Esse
processo pode ser repetido de modo infinito. Mesmo assim, teríamos um Retângulo
Áureo como mostra os desenhos abaixo:

Desenhos 1 e 2: construção do Retângulo Áureo


_____________________
3
Fonte: : http://timidforever.blogspot.com/2010/04/partenon.html
Podemos apontar outro aspecto importante dessa construção geométrica, que
é o seguinte: ao traçarmos uma curva que passe por dois vértices de cada quadrado
encontramos uma espiral que possui características próprias denominada espiral
logarítmica.

A Espiral Logarítmica
Chamada também de Espiral de Fibonacci. Sobre essa espiral é interessante
notarmos que foi Jacques Bernoulli (1654-1705) que associou o nome que vem do
princípio de que o raio da espiral aumenta entre os rolamentos conforme nos
afastamos do centro sem alterar sua forma, característica da auto-similaridade.
Pode-se facilmente construir a espiral logarítmica utilizando retângulos
áureos, basta usar dois vértices opostos em cada retângulo e traçar uma curva
plana que gire em torno de um ponto central, como observamos nos desenhos
abaixo:

Desenho 3: Retângulo Áureo Desenho 4: Espiral logarítmica

Na natureza é muito comum encontrarmos essas espirais, como é o caso da


via láctea nos furacões etc... Tais formas possibilitam um padrão ideal de
crescimento compacto que não desperdiça espaço, e cria distintos padrões em
espiral e semelhança. Para ilustrarmos essa referência, citaremos o exemplo do
Girassol, pois segundo Livio (2007):

A quantidade dessas espirais em geral depende do tamanho do girassol. O


mais comum é que existam 34 espirais em um sentido e 55 no outro, mais
girassóis com quocientes de números de espirais de 89/55, 144/89 e até de
233/144 (pelo menos; relato por um casal de Vermont à Scientific American
em 1951) foram visto. Todos esses valores são, obviamente, razões de
números de Fibonacci adjacentes (p. 133).

Pelo exposto, fica evidente que o formado da flor do girassol e a sua


organização obedecem a padrões matemáticos e que o número de espirais seguem
a sequência de Fibonacci, e à medida que aumenta o diâmetro das espirais,
encontramos a razão áurea.
Para ilustrar melhor, colocamos duas figuras: a primeira, a flor do girassol; a
outra, apenas as espirais logarítmicas presentes nesta flor.

Figura 2: flor do girassol4 Figura 3: espirais logarítmicas do girassol5

Observa-se que na figura 2 fica evidente a formação de espirais em ambos os


sentidos, já na figura 3, tais espirais formam uma figura recursiva.
Ainda de acordo com Livio (2007, p.138), parece que a natureza ama espirais
logarítmicas e que escolheu como seu “ornamento favorito”, revelando em todas as
escalas de tamanho uma beleza sem igual.
O curioso é sabermos como as coisas da natureza se formam dessa maneira,
matemática. Até aqui, vimos um breve histórico da sequência de Fibonacci e a razão
áurea que nos levaram ao número áureo, retângulo áureo e a espiral logarítmica na
natureza. Isso nos leva a perguntas, como a de Livio (2007), que diz:

Será que a matemática existe mesmo independentemente dos indivíduos


que foram os descobridores/inventores dela e de seus princípios? Será que
o universo é matemático por sua própria natureza? Esta última pergunta
pode ser reformulada, usando-se um famoso aforismo do físico britânico sir
James Jean (1847-1946), como: Será que Deus é um matemático? (p. 21).

O intuito desse estudo não é o de tentar responder questões de ordem


filosófica e religiosa. Entretanto, não nos passa despercebido que a natureza lança
_____________________
4
Fonte : http://netinhoprofessor.blogspot.com/2011/04/numero-de-ouro.html
5
Fonte : http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.com/2010/09/sucessao-de-fibonacci-os-
numeros-de.html
mão de objetos matemáticos nas suas construções, como é o caso das comeias das
abelhas, o crescimento das árvores, entre inúmeros exemplos. O que nos levou à
reflexão e, por consequência, a investigar se no buriti, também, encontraríamos tais
padrões, ou seja, a razão áurea, a sequência de Fibonacci, a espiral logarítmica e,
até mesmos elementos da geometria fractal. Contudo, no momento, pelos objetivos
determinados nesse estudo, interessa-nos, apenas, mostrar que o buriti apresenta a
espiral logarítmica.

O elo entre o buriti e a espiral logarítmica


Essa pesquisa propõe encontrar esses padrões matemáticos em um fruto
muito conhecido de nossa região, que frutifica de outubro a março. A palmeira, cujo
nome científico é Mauritia flexuosa, tem em média 20 a 30 m. de altura, troncos com
até 50 cm de diâmetro. Cachos de 2 a 3 m de comprimento com frutos castanho-
avermelhados, coberto por escamas e polpa amarelada - o buriti-, também
conhecido como miriti.
Buriti na língua indígena significa "a árvore que emite líquidos" ou "a árvore da
vida". É Considerada sagrada pelos índios porque dela – palmeira de buriti --é
possível fazer tudo o que é necessário para a sobrevivência de alguém: a casa, os
objetos e a alimentação.
São bem aparentes as espirais no buriti, como se observa na figura 4.

Figura 4: buriti6
_______________________________________
6
Fonte:http://planetasustentavel.abril.com.br/album/50-anos-brasilia-exposicao-fabio-colombini-
biodiversidade-588235.shtml?foto=4
Quando olhamos para o fruto, notamos padrões espirais tanto no sentido
horário como no anti-horário, do mesmo modo como nas sementes do girassol. De
acordo com Livio (2007, p.140) “A espiral logarítmica e a Razão Áurea caminham de
mãos dadas”. Portanto, observamos que também podemos encontrar a Razão
Áurea no buriti. O padrão espiral é evidente e isso faz com que as escamas cresçam
de modo a assegurar a mais eficiente estrutura do fruto.
Afim de melhor visualizar as espirais nesse fruto, a figura 4,também, é
apresentada em branco e preto, além de traçar as espirais para se encontrar a
quantidade de 13 espirais no sentido horário, como podemos observar na figura 5.
Vale ressaltar que este número, também, é encontrado na sequência de Fibonacci.
Já, na figura 6, temos 15 espirais no sentido anti-horário.

Figura 5: espiral sentido horário7 Figura 6: espiral sentido anti-horário8

Observamos que à medida que o fruto amadurece a espiral é acompanhada


de um crescimento proporcional, de modo que a forma permanece inalterada, assim,
mantendo sua semelhança. Agora para melhor entendimento, na figura 7, vamos
comparar a junção das espirais encontradas no buriti, nas figuras 5 e 6 , com um
desenho da estrutura das sementes do girassol, na figura 3. Logo observa-se que a
característica de espirais e a auto semelhança são as mesmas.

_____________________
7
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/album/50-anos-brasilia-exposicao-fabio-colombini-
biodiversidade-588235.shtml?foto=4. As espirais construção do autor.
8
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/album/50-anos-brasilia-exposicao-fabio-colombini-
biodiversidade-588235.shtml?foto=4. As espirais construção do autor.
Figura 7: espirais horárias e anti-horárias Figura 3: Espirais logarítmicas do girassol
observadas no buriti9

Pela comparação das duas imagens, evidencia-se que o fruto do buriti


apresenta padrões matemáticos semelhantes ao do girassol, ou seja, a espiral
logarítmica e, por consequência, a razão áurea. Contudo, é certo que precisamos
analisar e investigar com muita propriedade tais profundidade padrões e tomar o
cuidado para que não encontrarmos relações onde não existam.

Considerações finais
Nesse sentido, a presente pesquisa investigativa abre caminhos para futuras
investigações interessadas nesta intrigante relação entre matemática e a natureza,
mais especificamente entre o buriti e a sequência de Fibonacci, razão áurea e
espiral logarítmica.
E, embora tenhamos uma pesquisa limitada, o resultado desse breve estudo
proporcionou um pensamento inovador no sentido da consciência de que mais
estudos são indispensáveis, nesta área, para que o referido tema seja melhor
explorado e, assim, mais adiante, lançar propostas pedagógicas que possam
favorecer o ensino/aprendizagem da matemática.
E a partir dessa futura proposta, pretendemos incentivar os professores a
explorarem a sequência de Fibonacci, razão áurea e a espiral logarítmica para que
os alunos passem a observar e relacionar as diferentes formas existentes na
_____________________
9
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/album/50-anos-brasilia-exposicao-fabio-colombini-
biodiversidade-588235.shtml?foto=4. As espirais construção do autor.
natureza, como no buriti, e perceber a beleza que existe na matemática e que o belo
presente nas várias formas da natureza e na arte, podem ser percebidos, também,
utilizando argumentos matemáticos.

Referências
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

CARVALHO, Maria Cecília Costa e Silva. Padrões numéricos e seqüências. São


Paulo: Moderna, 1997.

HUNTLEY. H. E. A Divina Proporção: um ensaio sobre a beleza na Matemática.


Editora da Universidade de Brasília, 1985.

LIVIO, Mario. Razão áurea: a história de Fi, um número surpreendente. 2ª ed.,


Rio de Janeiro: Record, 2007.

MLODINOW, Leonard. A Janela de Euclides: a história das geometrias: das


linhas paralelas ao hiperespaço. São Paulo: Geração Editorial, 2008.

Portal São Francisco. Buriti, Fruto, Cerrado, Palmeira, O que é, Mauritia


flexuosa, Características, Propriedades, Uso, Utilidade, Composição, Origem
Buriti. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/buriti/buriti-7.php>
Acesso em: 09 de dezembro de 2011.
TATAGIBA, Fernando. Plantas do Cerrado. Disponível em:
<http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/buriti.html> Acesso em: 09 de dezembro
de 2011.

Você também pode gostar