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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTËRIO DA AGRICULTURA - MA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA
Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados - CPAC
li S E ti
Wenceslau J. Goedert
Thomaz A. Rein
ME MÓ RA Djalma M.G. de Sousa
EDE
Planaltina, DF
1986
EMBRAPA-CPAC. Documentos, 24
Coedert, Wenceslau J.
- Eficincia agroiiBmica de fertilizantes fosfatados
nao tradicionais, por Wenceslau J. Goedert, Thomaz
A. Rein e Djalma M.G. de Sousa. Planaltina, EMBRAPA-
CPAC, 1986.
21p. (EMBRAPA-CPAC. Documentos, 24).
1. Solos - Fertilizantes - Uso. I. Rein, Thomaz
A., colab. II. Sousa, Djalma LG., colab. III Empre-
sa Brasileira de Pesquisa Agropecuria. Centro de
Pesquisa Agropecuria dos Cerrados, Planaltina, DF.
IV. Titulo. V. Srie.
CDD 631.8
© EMBRAPA, 1986
SUMÁRIO
RESUMO • 5
INTRODUÇÃO . s
CONCLUSÕES....................................................... 17
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS ....................................... 19
EFICIÊNCIA AGRONÓMICA DE FERTILIZANTES
FOSFATADOS NÃO TMDICIONAIS 1
Wenceslau J. Goedert
Thomaz A. Rein 3
Djalma N.G. de Sousa 4
5
pectos nas áreas da indústria, da agricultura, enfim, da política de
desenvolvimento nacional.
De modo resumido, um fertilizante fosfatado ideal para o Bra
sil deve ter as seguintes características:
a) ter tecnologia de produção simples e baixo custo;
b) utilizar ao máximo matérias-primas nacionais;
c) ser de fácil armazenamento e com possibilidade de uso em
fórmulas;
d) ter alta eficiência agronômica (alta produção por unidade
de P 2 0 5 total aplicado ao solo);
e) ter bom efeito residual e efeitos secundários benéficos
ao solo e à cultura;
ser de fácil manuseio, transporte e aplicação no solo;
g) propiciar alta relação benefício/custo para o produtor ru
ral, ou seja, maior lucro por Cruzado investido em fósfo
ro.
O objetivo deste trabalho é revisar o conhecimento atual so
bre ã eficiência agronômica de fontes de fósforo produzidas ou estuda
das no Brasil, à luz das características citadas acima. Foram incluí-
dos também alguns dados dos autores, ainda não publicados.
Tendo em vista o grande número de fontes potenciais, o traba
lho será organizado em quatro linhas ou tópicos:
1) Fosfatos solúveis e tradicionais.
2 Fosfatos parcialmente acidulados com ácido sulfúrico.
3) Fosfatos solubilizados por outros processos químicos.
4) Fosfatos térmicos.
p2°S
Fonte N CaO MO 5
'lbtal na Cim4 1120
P.
A. Tradicionais solúveis
Superfosfato shples 20 18 18 17 0 28 0 12
Superfosfato triplo 45 40 44 38 O 20 O 1
52 50 52 50 10 O O O
n;P 45 42 44 40 17 O O O
C. Outros fosfatos
Paxc.acid.fosf6ri (R = 0,5) 43 19 - - O - -
Parc.acid.nitricxo (120 kg/t de riocha) 26 9 - - 3 - - 1
15 12 12 8 2 - - 10
prc-ii 17 10 - 6 2 - - 7
Ebsfonitrossulfoc5lcio 21 - 20 10 7 - - 11
Fosfato de Ur&ia 41 - - - 17 - - O
Nitrato de UrSa + Catalao (B = 0,88) 23 8 - 514.-- O
Fosfato de Ur€ia + Catalão (R = 0,56) 40 - 17 - 6 - - O
D. 'Iëmofosfatos
IëntD inagnesiano
1 19 16 13 O O 28 16 O
fl1D IPT 29 14 - - - - - -
¶Lbnrn Patos C]EC (flindido) 15 12 - O - - - -
ènto Patos (sinterizado) 19 14 - O - - - -
Fosfato cio Maranhão calcinado 30 1 15 - - - - -
7
cundários. (major conteúdo de. Ca. e 5), fato já, comprovado, em solos com
deficiência desses nutrientes e em solos em que as plantas apresentam
crescimento radicuiar limitado devido ao baixo teor de Ca no perfil
(Rithey et ai. 1980).
Os fosfatos de amônio são igualmente fontes eficientes de
fósforo, mas também necessitam de enxofre para sua fabricação. Adicio
nalmente, não possuem Ca e 5 em sua composição e podem apresentar rela
ção N/P 205 desfavorável para utilização direta em aigumas culturas. Es
tas fontes são mais utilizadas em formulaç3es de adubos.
Em conclusão, os 'superfosfatos e fosfatos de amônio são exce
lentes fontes do ponto de vista 'agronômico, tendo algumas limitaç3es
no ãxnbito industrial: tecnologia relativamente complexa, necessidade
de enxofre e de concentrados fosfáticos com poucas impurezas (R2 0 3 )
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do, os dados da Tabela 2 mostram que a eficiência agronômica dos parci
almente acidulados é inferior à dos fosfatos solúveis. Em termos mé-
tios, essa eficiência varia em torno de 60%, em relação ao superfosfato
triplo.
Alguns índices elevados registrados na Tabela 2 podem ser ex
plicados pelas condi96es experimentais, onde os parcialmente acidula-
dos foram avaliados em solos com baixa resposta relativa à adubação
fosfatada ou com doses muito elevadas do fertilizante, não refletindo
a sua real eficiência agronômica.
Um trabalho mais amplo para avaliação agronômica de fosfatos
parcialmente acidulados foi iniciado em 1983, como conseqfiência do pro
grama do Convênio EMBRAPA/PETROFÊRTIL. Várias instituiçôes têm partici
pado desse trabalho, mas os resultados obtidos ainda não foram formal
mente publicados. Por essa razão, apenas os resultados obtidos pelos
autores, no Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados (CPAC) , serão
discutidos a seguir.
Foram produzidos pela PETR0FËRTIL materiais com cinco níveis
de acidulação, a partir de rochas originárias dos seguintes locais: A
nitáolis (SC), Araxá (Mc), Catalão (Go), Olinda (PE), Patos de Mi-
ns (Mc) e Tapira (Mc). Inicialmente, esses trinta materiais foram tes
tados em casa de vegetação, usando o milho como planta teste. A princi
pal conclusão obtida foi a de que a eficiência agronômica das fontes
se relaciona estreitamente com a percentagem de P solúvel em água, áci
docítrico ou citrato de amônio. A Pig. 1 mostra a relação obtida en-
tre o IEA e proporção de P extraído por solução de ácido cítrico. No-.
ta-se,pela equação de regressão, que a relação é linear e ogradiente
é próximo à unidade, ou seja, o índice de eficiência agronômica temmaa
nitude similar à proporção de P extraído por ácido cítrico.
Parte desses materiais foram avaliados em experimentos de
campo, com a cultura da soja, durante dois anos. Os resultados, em fa
sede publicação, confirmam os obtidos em casa de vegetação, isto é,
â eficiência agronômica encontrada foi proporcidnal ao nível de acidu
lação do fosfato natural e diretamente relacionada à percentagem do P
total solúvel em solução de ácido cítrico.
A Fig. 2 resume os resultados desses experimentos de campo,
com soja, comparando a eficiência agronômica do Fosfato de Araxá Parc!
almente Solubilizado (FAPS) com o superfosfato triplo, durante dois
anos. Observa-se que o IEA médio para o FAPS, dentro das doses utiliza
das, foi de 59% para o 19 cultivo e de 42% para o 29 cultivo, O menor
índice obtido para o 29 cultivo sugere que a fração da apatita não ata
10
100
80
- 60
c
'li
aw
o
1i 60 :1.
P extraído (% do P total
cada pelo ácido sulfúrico tem eficiência agronômica muito baixa, simi
lar à do fosfato natural de origem.
O conhecimento de curvas de resposta, como as apresentadas
na Fig.. 2, obtidas em vários solos e culturas, permitirá calcular a re
lação benefício/custo para cada fonte e, portanto, definir as condi-
ç6es de viabilidade econômica dos fosfatos parcialmente acidulados. -
Se a situação apresentada na Fig. 2 for válida para todos os
solos e culturas anuais, pode-se inferir que, para se obter uma mesma
produção, é necessário aplicar ao solo aproximadamente o dobro de P 205
total na forma de parcialmente acidulado do que de süperfosfato triplo.
Desse modo, para ser viável economicamente, o preço de um quilograma de
total na forma de parcialmente acidulado deve ser aproximadamente
igual à metade do preço do quilograma de P 2 05 total na forma de super
fosfato triplo. Outra forma de expressar os resultados de pesquisa se
ria a de que o preço dos parcialmente acidulados deve ser estabelecido
11
• S. Triplo
o FAPS
1600- 1983/84(ltano)
o 1200
10
o 800- [,1
o-
400
O 30 60 90 120 O 30 60 90 120
P205( kg/ha/ano)
12
AS parece ter eficiência similar à do fosfato natural de
origem;
c) do ponto de vista econômico, a viabilidade dessas fontes
depende do preço praticado no mercado. Em síntese, para
culturas anuais, o preço deve ser dado em função de P so
lúvel e não do teor de P total.
13
uso desses adutos de ur6ia (sais obtidas através da reação equimolar
entre ácido e uréia) foi testada tecnologicamente por Ballio (1981) e
Nartins & Cekinski (1981), os quais relataran algumas vantagens no que
se refere ao transporte do acidulante na forma sólida. Do ponto de vis
ta agronómico, contudo, essas misturas não se mostraram eficientes. Já
o fosfato de uréia puro tem-se revelado como excelente fonte de fósfo
ro, com eficiéncia comparável à do superfosfato triplo (Fig. 3).
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0 40 80 120
P25 ( kg / ha / cultivo
14
sultados desses experimentos ainda não estão publicados; contudo, mdi
cam que essa rota tem potencial para solubilização de rochas que conte
nham alto grau de impurezas (óxidos de Fe e de Al), como a de Patos de
Minas. Dois desses produtos vêm sendo testados em experimentos de cam
po, identificados como RNC-I e RNC-II, cujas composiç6es químicas es-
tão registradas na Tabela 1.
O primeiro foi obtido a partir das relações molares SA/AS =
0,3 e H+/P205 = 4,6, esta última muito próxima de 4,8, que corresponde
à taxa de acidulação necessária para fabricação de superfosfato sim-
ples, a partir de outros concentrados fosfáticos. Os testes agronômi-
cos de dois anos, com a cultura da soja, mostraram que a eficiência a
gronômica do RNC-I é semelhante à dos superfosfatos (IEA por volta de
100%)
Já o RNC-II, avaliado com a cultura do milho, apresentou efi
ciência agronômica inferior ao superfosfato triplo, situando-se em tor
no de 65% (Fig. 3). Esse produto foi obtido a partir das relações SZVS
= 0,5 e H/P 2O 5 = 2,3. A sua menor taxa de acidulação, em relação ao
RNC-I, justifica a sua menor eficiência agronômica. Além do fósforo,es
se produto contém outros nutrientes que podem ser interessantes no pre
paro de fórmulas de adubação. Enfim, essa rota parece ser uma alterna
tiva interessante em termos agronômicos.
O fosfonitrossulfocálcio (conhecido também pela denominação
"Dapinho") é um produto alternativo na rota de produção de fosfatos de
amônio, com a mesma relação N/P 2 O 5 do DAP. Sua solubilidade em água é
inferior à dos fosfatos de amônio (Tabela 1). Como fonte de P tem-se
revelado um produto de alta eficiência, comparável à do supertriplo
(Fig. 3) . Apesar do relativo baixo teor de P total, as pesquisas ini-
ciais indicam ser um composto que merece mais atenção no futuro.
As pesquisas agronômicas com esses produtos alternativos es
tão em fase inicial, não permitindo conclusões. Até o momento têm- se
destacado, contudo, os seguintes materiais: fosfonitrossulfocálcio,fos
fato de uréia puro, parcialmente acidulado com ácido fosfórico e alguns
produtos da rota BNC.
15
misturado com outros materiais, tais como: carbonato de sódio, sulfato
e silicato de magnósio, escórias industriais, etc. Diferentes misturas
caracterizam os diversos processos e produtos. Assim, de modo geral,
os termofosfatos apresentam reaçao alcalina e contam quantidades apre
civeis de magnósio e silício (Tabela 1).
As pesquisas agronômicas com termofosfatos no Brasil tiveram
início há cerca de 20 anos, principalmente com a cultura da cana-de -
açúcar (Alvarez et al. 1965). Apesar de serem insoliveis em água, sua
16
efici&ncia tem sido igual ou mesmo superior à dos superfosfatos, con
forme resumo apresentado na Tabela 3.
Outro aspecto importante de alguns termofosfatos diz respei
to ao seu efeito na elevação do pu de solos ácidos, face ao seu alto
teor de silicato de Ca e Mg (Goedert & Lobato 1984). Dependendo da
quantidade do material aplicado, esse efeito pode ser importante para
a agricultura, considerando-se adicionalmente o efeito nutritivo do Mg
e outros nutrientes que comp6em essas fontes. Estes efeitos secundá-
rios podem ser responsáveis por valores de IEA superiores a 100%, obti
dos em algumas pesquisas (Tabela 3)
Além dos termofosíatos magnesianos, outros tém sido testados
podendo-se destacar o termo IPT e o fosfato calcinado do Maranhão. O
primeiro, produzido a partir de mistura com carvão vegetal e fundente
não mostrou eficiência agronômica muito alta (Tabela 3). O segundo foi
obtido através da calcinação de bauxita fosforosa, extraída na Ilha de
Trauira e Morro do Pirocaua, no Maranhão. Este fertilizante foi avalia
do em casa de vegetação (Feitosa et al. 1978 e Kornddrfer 1978) e em
campo (Braga et al. 1980 e Goedert & Lobato 1980, 1984), mostrando una
eficiéncia agronômica relativamente elevada (IEA em torno de 70%) . Ten
do em vista que a temperatura de calcinação é inferior à dos termofos
fatos magnesianos e que o teor de fósforo é de 30% P 20 5 total,pode ser
considerado como um produto promissor, dentro da rota térmica.
Do ponto de vista de efici&ncia agronômica, os termofosfatos
são excelentes fontes de fósforo para solos tropicais. As principais
limitações atuais dessas fontes são: elevado preço no mercado, baixo
teor de 1' total e apresentação na forma de pó, dificultando sua aplica
ção ao solo.
cONcLUSÕES
17
ermofosfato
09 n e sio no
uperfosfotos e
osfatos de am6nio
osfato de uria
osfonitrossuIfocálcio
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>arc. solubilizado
a,
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(sulfi1rico)
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arc. solubilizado
(adutos de uréia)
osfatos
laturais
0 25 50 75 100
lu-
e menor uso de 5) , os fosfatos parcialmente acidulados somen
te serão viáveis se o custo para o produtor for estabelecido
em função do conteúdo de P 20 5 solúvel em ácido citrico e/ou
citrato neutro de amônio.
MENSAGEM 4 - Pesquisas com outros agentes solubilizadores são
muito importantes e já têm mostrado resultados gratificantes.
Entre os produtos mencionados, merecem estudos mais detalhados:
parcialmente acidulados com ácido fosfórico, rota RNC e fos
fonitrossulfocálcio.
MENSAGEM 5 - Os fermofosfatos representam uma excelente op-
ção para solos tropicais ácidos.
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21