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Micro-ondas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Microondas)
As micro-ondas (pré-AO 1990: microondas) são ondas
eletromagnéticas com comprimentos de onda maiores que os dos micro-ondas
(AO 1945 / FO 1943: microondas)
raios infravermelhos, mas menores que o comprimento de ondas
de rádio variando o comprimento de onda, consoante os autores, Ciclos por segundo: 0,3 GHz a 300 GHz
de 1 m (0,3 GHz de frequência) até 1,0 mm (300 GHz de Comprimento de onda: 1 m a 1 mm
frequência) - intervalo equivalente às faixas UHF, SHF e
EHF.[1][2][3]
Acima dos 300 GHz, a absorção da radiação eletromagnética pela atmosfera da Terra é tão grande que a
atmosfera é praticamente opaca para as frequências mais altas, até que se torna novamente
transparente na, assim chamada, "janela" do infravermelho até a luz visível.
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UE,
UIT
OTAM,
Tamanho
Frequência IEEE Aplicações
de onda
ECM EUA Número Nomenclatura
300 MHz 30 cm a B
UHF Telemetria militar, GPS,
500 MHz 100 cm C Ultra High celulares (GSM), rádio
15 cm a 9 Frequency amador
1 GHz L D (UHF)
30 cm
Telecomunicações de
rádio a longa distância,
6 GHz H
LAN sem fio, rádio
amador
Super High
8 GHz I 10 Frequency Comunicação por
(SHF) satélites, banda larga
25 mm a terrestre, comunicações
X
10 GHz 37.5 mm espaciais, rádio amador,
espectroscopia rotacional
molecular
Comunicação por
J
satélites, radar, banda
larga terrestre,
16.7 mm Ku
12 GHz comunicação espacial,
a 25 mm
rádio amador,
espectroscopia rotacional
molecular
K Comunicação por
5.0 mm a
27 GHz Ka satélites, espectroscopia
11.3 mm
rotacional molecular
6.0 mm a 11 Extremely High Comunicação por
Q
9.0 mm Frequency satélites, comunicação
30 GHz (EHF) terrestrial por
5.0 mm a microondas, rádio
U
7.5 mm astronomia, radar
automotivo,
4.0 mm a espectroscopia rotacional
40 GHz V L
6.0 mm molecular
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[4]
Propagação
Artigo Principal: Propagação de radiofrequência
Micro-ondas se propagam somente como linhas de visada; diferentemente das ondas de rádio de baixa
frequência, elas não se propagam como por meio linhas de superfície que seguem o contorno da terra ou
refletem da ionosfera[5]. Apesar de, na extremidade inferior da banda, poderem passar por paredes de
construções o suficiente para garantir uma recepção útil, geralmente são necessários espaços livres para
a primeira zona de Fresnel. Portanto, na superfície da Terra, as conexões de comunicação por micro-
ondas são limitadas pelo horizonte visual a cerca de 30 a 40 milhas (48 a 64 km). Micro-ondas são
absorvidas pela umidade atmosférica, e a atenuação aumenta com a frequência, tornando-se um fator
significativo (rain fade) na extremidade superior da banda. A partir de cerca de 40 GHz, gases
atmosféricos também passam a absorver micro-ondas, e portanto, acima desta frequência, a
transmissão por meio de micro-ondas passa a ser limitada a apenas alguns quilômetros. Uma estrutura
de banda espectral causa picos de absorção em frequências específicas (ver gráfico acima). Acima de 100
GHz, a absorção de radiação eletromagnética pela atmosfera terrestre é tão eficaz que se torna opaca,
até que a atmosfera se torne transparente de novo nas faixas de frequência do infravermelho e de janela
óptica.
Tropodifusão
Em um feixe de micro-ondas direcionado angularmente ao céu, uma pequena parte da energia será
dispersada de maneira aleatória à medida que o feixe passa pela troposfera[6]. Um receptor sensível
além do horizonte com uma antena de alto ganho focalizada na dada área da troposfera pode captar o
sinal. Esta técnica vem sido utilizada em frequências que variam entre 0,45 e 5 GHz em sistemas de
comunicação de tropodifusão para a comunicação além do horizonte, em distâncias de até 300 km.
Geração
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Para a geração de micro-ondas podem ser utilizados transistores de efeito de campo (FET: Field Effect
Transistor), transístores bipolares, diodo Gunn e diodo IMPATT, entre outros. Dispositivos a válvula,
ou válvulas termiônicas, por exemplo: magnetron, o klystron, o TWT e o gyrotron .
Aplicações
Um forno de micro-ondas usa um gerador de micro-ondas do tipo
magnetron para produzir micro-ondas em uma frequência de
aproximadamente 2,45 GHz para cozinhar os alimentos. As micro-ondas
cozinham os alimentos, fazendo com que as moléculas de água e outras
substâncias presentes nos alimentos vibrem. Esta vibração cria um calor
que aquece o alimento. Já que a maior parte dos alimentos orgânicos é
composta de água, este processo os cozinha facilmente.
Forno de micro-ondas.
Micro-ondas são usadas nas transmissões de comunicações, porque as
micro-ondas atravessam facilmente a atmosfera terrestre, com menos
interferência do que ondas mais longas. Além disso, as micro-ondas
permitem uma maior largura de banda do que o restante do espectro eletromagnético.
O Radar também usa radiação em micro-ondas para detectar a distância, velocidade e outras
características de objetos distantes.
Redes Locais sem-fio, tais como Bluetooth, WIFI, WiMAX e outros usam micro-ondas na faixa de
2,4 a 5,8 GHz. Alguns serviços de acesso à Internet por rádio também usam faixas de 2,4 a
5,8 GHz.
TV a cabo e Internet de banda larga por cabo coaxial, bem como certas redes de telefonia celular
móvel, também usam as frequências mais baixas das micro-ondas.
Micro-ondas podem ser usadas para transmitir energia a longas distâncias e, após a 2ª Guerra
Mundial, têm sido realizadas diversas pesquisas para verificar essas possibilidades. A NASA
realizou pesquisas, durante os anos 1970/80, sobre o uso de Satélites de Energia solar que
captariam as emissões solares e as retransmitiriam para a superfície da Terra por meio de micro-
ondas.
Um maser é um dispositivo semelhante ao laser, exceto pelo fato de que trabalha na faixa das
micro-ondas, em lugar da luz visível.
Em um ambiente laboratorial, Linhas de Lecher podem ser utilizadas para medir diretamente o
comprimento de onda em uma linha de transmissão formada por fios paralelos, tornando assim possível
calcular a frequência. Uma técnica similar consiste em usar um guia de ondas com fendas, ou uma linha
de transmissão coaxial com fendas para medir diretamente o comprimento de onda. Estes dispositivos
consistem em uma sonda introduzida na linha por meio de uma fenda longitudinal, de maneira que a
sonda fique livre para se movimentar para cima e para baixo pela linha. Linhas contendo fendas são
primariamente destinadas à medição da relação de ondas estacionárias na linha. Entretanto, desde que
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uma onda estacionária esteja presente, elas também podem ser utilizadas para medir a distância entre
os nós, que é igual à metade do comprimento de onda. A precisão deste método é limitada pela precisão
na determinação dos locais onde as regiões nodais se encontram.
Efeitos na saúde
Micro-ondas são um tipo de radiação não-ionizante, o que significa que seus fótons não contêm energia
suficiente para ionizar moléculas, quebrar ligações químicas ou causar dano ao DNA, como a radiação
ionizante consegue, por exemplo raios X ou ultravioleta.[7] A palavra “radiação” refere-se a energia
irradiando de uma fonte e não à radioatividade. O principal efeito da absorção de micro-ondas é o
aquecimento de materiais; os campos eletromagnéticos causam a vibração de moléculas polares. Ainda
não foi mostrado conclusivamente que micro-ondas (ou outra radiação eletromagnética não-ionizante)
têm efeitos biológicos adversos significativos em níveis baixos. Alguns estudos sugerem que exposição a
longo prazo pode ter um efeito carcinogênico.[8]
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi observado que indivíduos no caminho da radiação de
instalações de radar experimentaram cliques e sons de apito em resposta à radiação de micro-ondas.
Uma pesquisa da NASA na década de 70 mostrou que isso foi causado por expansão termal em partes
do ouvido interno. Em 1955, o Dr. James Lovelock conseguiu reanimar ratos resfriados a 0 e 1°C (32 e
34 °F) usando diatermia das micro-ondas.[9]
Exposição a doses grandes de radiação de micro-ondas (como as de um forno que foi adulterado para
funcionar mesmo com a porta aberta) pode gerar dano por calor em outros tecidos também, além de
queimaduras sérias que podem não ser imediatamente evidentes devido à tendência das micro-ondas de
aquecerem tecidos mais internos com maior teor de umidade.
Referências
1. Hitchcock, R. Timothy (2004). Radio-frequency and Microwave Radiation (https://books.google.com/
books?id=0TUIQ9-Ap5cC&q=microwave&pg=PA1) (em inglês). [S.l.]: American Industrial Hygiene
Assn. p. 1. ISBN 978-1931504553. Consultado em 11 de junho de 2021
2. Kumar, Sanjay; Shukla, Saurabh (2014). Concepts and Applications of Microwave Engineering (http
s://books.google.com/books?id=GY9eBAAAQBAJ&q=microwave&pg=PA3) (em inglês). [S.l.]: PHI
Learning Pvt. Ltd. p. 3. ISBN 978-8120349353. Consultado em 11 de junho de 2021
3. Jones, Graham A.; Layer, David H.; Osenkowsky, Thomas G. (2013). National Association of
Broadcasters Engineering Handbook, 10th Ed. (https://books.google.com/books?id=K9N1TVhf82YC
&q=microwave&pg=PA6) (em inglês). [S.l.]: Taylor & Francis. p. 6. ISBN 978-1136034107.
Consultado em 11 de junho de 2021
4. «eEngineer - Radio Frequency Band Designations» (https://www.radioing.com/eengineer/bands.htm
l). www.radioing.com. Consultado em 15 de novembro de 2023
5. Seybold, John S. (3 de outubro de 2005). Introduction to RF Propagation (https://books.google.com/
books?id=4LtmjGNwOPIC&q=cross+polarization+discrimination&pg=PA57) (em inglês). [S.l.]: John
Wiley & Sons
6. Seybold, John S. (3 de outubro de 2005). Introduction to RF Propagation (https://books.google.com/
books?id=4LtmjGNwOPIC&q=cross+polarization+discrimination&pg=PA57) (em inglês). [S.l.]: John
Wiley & Sons
7. «Interaction of Radiation with Matter» (http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/mod3.html).
hyperphysics.phy-astr.gsu.edu. Consultado em 15 de novembro de 2023
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-ondas 5/6
21/04/2024, 11:52 Micro-ondas – Wikipédia, a enciclopédia livre
8. Goldsmith, John R. (1997). «Epidemiologic Evidence Relevant to Radar (Microwave) Effects» (http
s://www.jstor.org/stable/3433674). Environmental Health Perspectives: 1579–1587. ISSN 0091-6765
(https://www.worldcat.org/issn/0091-6765). doi:10.2307/3433674 (https://dx.doi.org/10.2307%2F343
3674). Consultado em 15 de novembro de 2023
9. Andjus, R. K.; Lovelock, J. E. (28 de junho de 1955). «Reanimation of rats from body temperatures
between 0 and 1° C by microwave diathermy» (https://physoc.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1113/jph
ysiol.1955.sp005323). The Journal of Physiology (em inglês) (3): 541–546. ISSN 0022-3751 (https://
www.worldcat.org/issn/0022-3751). PMC PMC1365902 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/P
MCPMC1365902) Verifique |pmc= (ajuda). PMID 13243347 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/
13243347). doi:10.1113/jphysiol.1955.sp005323 (https://dx.doi.org/10.1113%2Fjphysiol.1955.sp0053
23). Consultado em 15 de novembro de 2023
10. Lipman, Richard M.; Tripathi, Brenda J.; Tripathi, Ramesh C. (1 de novembro de 1988). «Cataracts
induced by microwave and ionizing radiation» (https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/003
9625788900884). Survey of Ophthalmology (3): 200–210. ISSN 0039-6257 (https://www.worldcat.or
g/issn/0039-6257). doi:10.1016/0039-6257(88)90088-4 (https://dx.doi.org/10.1016%2F0039-6257%2
888%2990088-4). Consultado em 15 de novembro de 2023
Ligações externas
«MicrowaveComponents.eu» (http://www.microwavecomponents.eu)
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