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1 – Comunicação de dados
Entre tudo que é essencial para a existência humana, a necessidade de interagir com
as outras pessoas está logo abaixo de nossa necessidade de manter a vida. A comuni-
cação é quase tão importante para nós quanto nossa dependência de ar, água, comida
e abrigo.
A comunidade global
É incrível o quão rápido a Internet se tornou parte integral de nossa vida diária. A com-
plexa interconexão de dispositivos eletrônicos e de meios físicos que compõem a rede
é invisível para os milhões de usuários que fazem dela uma parte valiosa e pessoal de
suas vidas.
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- Encontrar o caminho menos congestionado até o seu destino, mostrando vídeos sobre
o clima e o trânsito.
- Receber e enviar e-mail, ou fazer uma ligação pela Internet em um cyber café na hora
do almoço.
Vários usos da Internet seriam difíceis de se imaginar há alguns anos atrás. Vejamos,
por exemplo, a experiência de uma pessoa publicando um vídeo de música:
“Meu objetivo é fazer meus próprios filmes. Certo dia, minha amiga Adi e eu fizemos um
vídeo surpresa para o aniversário do namorado dela. Nos filmamos dublando e dan-
çando uma música. Então pensamos: porque não o divulgar? A reação foi enorme. Mais
de 9 milhões de pessoas já o viram até agora e o diretor de cinema Kevin Smith até fez
uma curta sátira dele. Não sei o que atrai as pessoas no vídeo. Talvez seja sua simpli-
cidade ou a música. Talvez seja porque é espontâneo e engraçado, e faz as pessoas
se sentirem bem. Não sei. Mas sei que posso fazer o que gosto e compartilhar isso on-
line com milhões de pessoas ao redor do mundo. Só preciso do meu computador, de
uma câmera digital e algum software. E isso é surpreendente. ”
O que é comunicação?
A comunicação em nossa vida diária apresenta muitas formas e ocorre em vários ambi-
entes. Temos diferentes expectativas se estamos conversando por meio da Internet ou
participando de uma entrevista de emprego. Cada situação tem seus comportamentos
e estilos correspondentes esperados.
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Figura 1: 4 elementos da comunicação
Estabelecendo as regras
2.2.1 O Meio
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1 - Meio Metálico: Significa que a informação trafegará em um material feito de metal.
Um exemplo de meio metálico, muito usado, é o fio de cobre. O telefone fixo da sua
casa utiliza um meio metálico (conhecido como par metálico);
3 - Meio ótico: A transmissão é feita através de um feixe de luz. A luz é confinada dentro
de um tubo oco, ou concentrada em feixes, e posteriormente transmitida até chegar na
sua extremidade.
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O sinal digital é amplamente utilizado nos dias de hoje, pois neste temos detecção ape-
nas de dois valores: o de nível alto e o de nível baixo ao invés de infinitos valores do
sinal analógico. Na recepção de qualquer tipo de sinal a onda que chega é bastante
ruidosa. Em um receptor digital, a grande preocupação é diferenciar o que é 0 e o que
é 1. Uma tarefa muito menos trabalhosa do que diferenciar infinitos valores de um re-
ceptor analógico. No sinal digital, existe uma certa facilidade de regeneração: sabemos
que o sinal digital é composto por pulsos e de valores conhecidos (0 ou 1).
O sinal digital ainda conta com as seguintes vantagens sobre o sinal analógico:
Quanto aos sentidos em que a informação pode ser transmitida através de um meio
entre TX e RX, as transmissões podem ser de 3 tipos:
Simplex: Neste caso, as transmissões podem ser feitas apenas num só sentido,
de um dispositivo transmissor para um ou mais dispositivos receptores; é o que
se passa, por exemplo, numa transmissão de rádio ou televisão. A Figura 4
exemplifica esta transmissão;
Figura 4: Transmissão Simplex
Half-Duplex: Nesta modalidade, uma transmissão pode ser feita nos dois senti-
dos, mas alternadamente, isto é, ora num sentido ora no outro, e não nos dois
sentidos ao mesmo tempo; este tipo de transmissão é bem exemplificado pelas
comunicações entre walk-talks e radio amador. A Figura 5 exemplifica esta trans-
missão;
5
Figura 5: Transmissão Half-Duplex
Full-Duplex: Neste caso, as transmissões podem ser feitas nos dois sentidos
em simultâneo, ou seja, um dispositivo pode transmitir informação ao mesmo
tempo que pode também recebe-la; um exemplo típico destas transmissões são
as comunicações telefónicas; também são possíveis entre computadores, desde
que o meio de transmissão utilizado contenha pelo menos dois canais, um para
cada sentido do fluxo dos dados. A Figura 6 exemplifica esta transmissão.
Figura 5: Transmissão Full-Duplex
Em meios digitais, a informação é tratada como bits, que compõem os bytes. Quanto a
forma que estes bits/bytes serão colocados no meio de transmissão existem apenas
duas formas: comunicação serial e comunicação paralela.
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Figura 6: Comunicação Serial
Já na comunicação paralela, os bits que compõe o byte são transmitidos de uma única
vez. O fluxo de dados é controlado através da troca de sinais entre as partes comuni-
cantes. Este tipo de comunicação é usado em distâncias curtas, como nos barramentos
internos dos computadores, comunicação com impressoras padrão CENTRONIX, etc.
A Figura 7 mostra um exemplo de comunicação serial.
Figura 7: Comunicação paralela.
A quantidade de bits por segundo (bps), ou bytes por segundo (Bps), que é possível
colocar no meio, de uma vez só, é conhecida como velocidade do meio, que é popular-
mente chamada de largura de banda (bandwidth em inglês).
Entre tudo que é essencial para a existência humana, a necessidade de interagir com
as outras pessoas está logo abaixo de nossa necessidade de manter a vida. A comuni-
cação é quase tão importante para nós quanto nossa dependência de ar, água, comida
e abrigo.
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comunicações. Da imprensa à televisão, cada novidade tem melhorado e aperfeiçoado
a nossa comunicação.
É incrível o quão rápido a Internet se tornou parte integral de nossa vida diária. A com-
plexa interconexão de dispositivos eletrônicos e de meios físicos que compõem a rede
é invisível para os milhões de usuários que fazem dela uma parte valiosa e pessoal de
suas vidas.
Vários usos da Internet seriam difíceis de se imaginar há alguns anos atrás. Vejamos,
por exemplo, a experiência de uma pessoa publicando um vídeo de música:
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“Meu objetivo é fazer meus próprios filmes. Certo dia, minha amiga Adi e eu fizemos um
vídeo surpresa para o aniversário do namorado dela. Nos filmamos dublando e dan-
çando uma música. Então pensamos: porque não o divulgar. A reação foi enorme. Mais
de 9 milhões de pessoas já o viram até agora e o diretor de cinema Kevin Smith até fez
uma curta sátira dele. Não sei o que atrai as pessoas no vídeo. Talvez seja sua simpli-
cidade ou a música. Talvez seja porque é espontâneo e engraçado, e faz as pessoas
se sentirem bem. Não sei. Mas sei que posso fazer o que gosto e compartilhar isso on-
line com milhões de pessoas ao redor do mundo. Só preciso do meu computador, de
uma câmera digital e algum software. E isso é surpreendente. ”
Blogs
Blogs são páginas fáceis de atualizar e editar. Diferentemente das páginas comerciais,
criadas por profissionais especializados em comunicação, os blogs oferecem a qualquer
pessoa uma maneira de comunicar suas ideias a um público global sem conhecimento
técnico de web design. Existem blogs sobre praticamente qualquer assunto que se
possa pensar e, frequentemente, comunidades de pessoas se formam em torno de au-
tores de blogs populares.
Wikis
Wikis são páginas que grupos de pessoas podem editar e ver em conjunto. Enquanto
um blog é mais um diário individual e pessoal, uma wiki é uma criação em grupo. Como
tal, pode estar sujeito a maior revisão e edição. Assim como os blogs, as wikis podem
ser criados em estágios e por qualquer pessoa, sem o patrocínio de uma grande em-
presa comercial. Há uma wiki pública, chamado Wikipedia, que está se tornando um
recurso amplo – uma enciclopédia on-line – sobre tópicos de contribuição do público.
Organizações privadas e indivíduos também podem criar suas próprias wikis para reunir
conhecimento sobre um assunto específico. Várias empresas usam wikis como ferra-
menta de colaboração interna. Com a Internet global, todas as pessoas podem participar
de wikis e acrescentar suas opiniões e conhecimento a um recurso comum.
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Podcasting
Ferramentas de colaboração
Cursos que usam recursos de rede ou a Internet normalmente são chamados de ensino
on-line ou e-learning.
O acesso à instrução de qualidade já não é restrito aos alunos que vivem próximos ao
local onde o ensino é oferecido. O ensino on-line à distância pôs fim às barreiras geo-
gráficas e melhorou as oportunidades dos alunos.
No mundo dos negócios, a aceitação do uso de redes para fornecer treinamento efici-
ente e barato aos funcionários tem crescido. As oportunidades de ensino on-line podem
diminuir viagens demoradas e dispendiosas e ainda garantir que todos os funcionários
sejam adequadamente treinados para desempenhar suas funções de maneira segura e
produtiva.
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Cursos on-line oferecem vários benefícios às empresas. Dentre esses benefícios estão:
Muitas empresas também oferecem treinamento on-line para clientes. Esses cursos
possibilitam que os clientes usem os produtos e serviços fornecidos pelas empresas da
melhor forma possível, reduzindo ligações para os centros de atendimento ao consumi-
dor.
Inicialmente, as redes de dados eram usadas por empresas para registrar e gerenciar
internamente informações financeiras, informações de clientes e sistemas de paga-
mento de funcionários. Essas redes evoluíram para possibilitar a transmissão de vários
tipos de serviços de informação, incluindo e-mails, vídeos, mensagens e telefonia.
Intranets, redes privadas usadas por uma única empresa, permitem às empresas se
comunicarem e realizarem transações entre funcionários globais e filiais. As empresas
desenvolvem extranets, ou redes estendidas, para oferecer aos fornecedores, vende-
dores e clientes acesso limitado a dados corporativos para checar a situação de um
pedido, do estoque e das listas parciais.
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No momento da colheita, o agricultor pode coordenar a colheita com a disponi-
bilidade de transportadores de grãos e instalações de armazenamento. Usando
a tecnologia sem fio, o transportador de grãos pode monitorar o veículo em mo-
vimento para manter a melhor eficiência de combustível e operação segura. Mu-
danças na situação podem ser transmitidas ao motorista do veículo instantane-
amente.
Há várias histórias de sucesso que mostram formas inovadoras em que as redes têm
sido usadas para nos tornar mais bem-sucedidos no ambiente de trabalho.
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Lojas e páginas de leilões on-line oferecem a oportunidade de comprar, vender e co-
mercializar todos os tipos de mercadoria.
Independente do tipo de diversão que nos agrada nas relações humanas, as redes estão
melhorando a nossa experiência.
Estabelecendo as regras
Para redes de dados, usamos os mesmos critérios básicos para julgar o seu sucesso.
Entretanto, conforme uma mensagem se move por meio da rede, muitos fatores podem
evitar que a mensagem chegue ao receptor ou distorcer seu significado planejado. Es-
ses fatores podem ser externos ou internos.
Fatores externos
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Os fatores externos que afetam a comunicação estão relacionados à complexidade da
rede e ao número de dispositivos pelos quais uma mensagem deve passar rumo ao seu
destino final.
Fatores internos
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Mensagens grandes podem ser interrompidas ou atrasadas em diferentes pontos da
rede. Uma mensagem de pouca importância ou de baixa prioridade poderia ser descar-
tada se a rede for sobrecarregada. A Figura 2 mostra estes fatores afetando a entrega
de informação.
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A padronização dos vários elementos da rede possibilita que equipamentos e dispositi-
vos criados por diferentes empresas trabalhem em conjunto. Especialistas em várias
tecnologias podem contribuir com suas melhores ideias sobre como desenvolver uma
rede eficiente sem se preocupar com a marca ou o fabricante do equipamento.
O lado direito da Figura 4 mostra alguns dos dispositivos intermediários mais comuns,
usados para direcionar e gerenciar mensagens através da rede, assim como outros sím-
bolos comuns de rede. Símbolos genéricos são mostrados para:
Switch – o dispositivo mais comum para interligar redes locais
Firewall – fornece segurança às redes
Roteador – ajuda a direcionar mensagens conforme elas navegam pela rede
Roteador sem fio – um tipo específico de roteador normalmente encontrado em
redes residenciais
Nuvem – usado para resumir um grupo de dispositivos de rede. Detalhes sobre
isso não são relevantes para esta discussão
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Link serial – uma forma de interligação WAN, representada por uma seta pis-
cando.
Figura 4: Símbolos de redes de dados
Para que uma rede funcione, os dispositivos devem estar interligados. As conexões de
rede podem ser com ou sem fio. Nas conexões com fio, pode-se usar cobre, que trans-
mite sinais elétricos, ou fibra ótica, que transmite sinais de luz. Nas conexões sem fio, o
meio físico é a atmosfera terrestre ou o espaço e os sinais são micro-ondas. Cobre inclui
cabos, como fios de telefone com par trançado, cabos coaxiais ou mais comumente, o
que é conhecido como cabo UTP de categoria 5 (Par trançado sem blindagem). Fibras
óticas, finos fios de vidro ou plástico que transmitem sinais de luz, são outra forma de
meio físico de rede. As conexões sem fio podem incluir uma conexão residencial entre
um roteador sem fio e um computador com uma placa de rede compatível, a conexão
sem fio entre duas estações remotas, ou a comunicação entre dispositivos na terra e
satélites. Numa típica viagem através da Internet, uma mensagem pode viajar por meio
de uma variedade de meios físicos. A Figura 5 mostra alguns exemplos de conexões de
redes.
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Figura 5: Alguns tipos de conexões de redes
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que especificam os mecanismos de formatação, endereçamento e roteamento que as-
seguram que nossas mensagens serão enviadas ao receptor correto.
As mensagens
Os dispositivos
Além do computador, há inúmeros outros componentes que tornam possível que nossa
mensagem instantânea seja direcionada por quilômetros de fios, cabos subterrâneos,
ondas e estações de satélite que podem existir entre os dispositivos de origem e de
destino. Um componente importantíssimo de uma rede de qualquer tamanho é o rotea-
dor. Ele une duas ou mais redes, como uma rede residencial e a Internet, e transmite
informações de uma rede à outra. Os roteadores em uma rede têm o objetivo de garantir
que a mensagem chegue ao seu destino da maneira mais eficiente e rápida.
O meio
Para enviar nossa mensagem instantânea ao seu destino, o computador deve estar co-
nectado a uma rede local com ou sem fio. Redes locais podem ser instaladas em resi-
dências ou empresas, onde possibilitam que computadores e outros dispositivos tro-
quem informações entre si e usem uma conexão comum com a Internet.
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Redes sem fio permitem o uso de dispositivos de rede em escritórios ou residências,
mesmo em áreas externas. Fora de escritórios ou residências, redes sem fio estão dis-
poníveis em locais públicos, como cafés, empresas, quartos de hotel e aeroportos.
Várias redes instaladas usam fios para fornecer conectividade. Ethernet é a tecnologia
com fio mais comum atualmente. Os fios, chamados cabos, conectam computadores e
outros dispositivos que constituem as redes. Redes com fio são melhores para transmitir
grandes quantidades de dados em alta velocidade, o que é necessário para suportar
multimídia de qualidade profissional.
Os serviços
As regras
Aspectos importantes das redes que não são nem dispositivos nem meio físico são as
regras ou protocolos. Essas regras são os padrões e protocolos que especificam como
as mensagens são enviadas, direcionadas através da rede e interpretadas nos disposi-
tivos de destino. Por exemplo, no caso do envio de mensagens instantâneas Jabber, os
protocolos XMPP, TCP e IP são importantes conjuntos de regras que possibilitam que
nossa comunicação ocorra.
Os tradicionais telefone, rádio, televisão e redes de dados de computador têm suas pró-
prias versões dos quatro elementos básicos de rede. Antigamente, cada um desses
serviços necessitava de uma tecnologia diferente para transmitir o seu sinal particular
de comunicação. Além disso, cada serviço possuía seu próprio conjunto de regras e
padrões para assegurar a comunicação bem-sucedida de seu sinal por um meio espe-
cífico. A Figura 6 mostra um exemplo desta divisão.
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Figura 6: Múltiplos serviços e redes
Redes convergidas
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3.4. Arquitetura da Internet
3.4.1. A arquitetura de rede
As redes devem suportar uma grande variedade de aplicações e serviços, assim como
operar em vários tipos diferentes de infraestrutura física. O termo arquitetura de rede,
neste contexto, se refere às tecnologias que apoiam a infraestrutura e serviços progra-
mados e aos protocolos que movimentam as mensagens através dessa infraestrutura.
Conforme a Internet e as redes em geral evoluem, estamos descobrindo que há quatro
características básicas que as arquiteturas subjacentes precisam abordar para estar à
altura das expectativas do usuário: tolerância a falhas, escalabilidade, Qualidade de
Serviço e segurança.
Tolerância a falhas
A expectativa de que a Internet esteja sempre disponível aos milhões de usuários que
dependem dela requer uma arquitetura de rede projetada e construída para ser tolerante
a falhas. Uma rede tolerante a falhas é aquela que limita o impacto de uma falha no
hardware ou software e consegue se recuperar rapidamente quando tal falha ocorre.
Essas redes dependem de links ou caminhos redundantes entre a origem e o destino
de uma mensagem. Se um link ou caminho falha, processos asseguram que as mensa-
gens possam ser instantaneamente encaminhadas por um link diferente invisível aos
usuários de cada extremidade. Ambos as infraestruturas físicas e os processos lógicos
que direcionam as mensagens através da rede são projetados para acomodar essa re-
dundância. Essa é uma premissa básica da arquitetura das redes atuais.
Escalabilidade
Uma rede escalável pode se expandir rapidamente para suportar novos usuários e apli-
cações, sem causar impacto no desempenho do serviço fornecido aos usuários existen-
tes. Milhares de novos usuários e prestadores de serviços se conectam a Internet a
cada semana. A habilidade da rede de suportar essas novas conexões depende de um
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projeto hierárquico em camadas para a infraestrutura física subjacente e a arquitetura
lógica. A operação em cada camada possibilita que usuários e provedores de serviços
sejam inseridos sem causar distúrbios na rede inteira. A evolução tecnológica tem au-
mentado constantemente a capacidade de transmissão de mensagens e o desempenho
dos componentes da infraestrutura física em cada camada. Essa evolução, juntamente
com os novos métodos para identificar e localizar usuários individuais em redes interco-
nectadas, tem possibilitado que a Internet acompanhe o ritmo da demanda dos usuários.
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Segurança
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3.4.2. Arquitetura de rede tolerante a falhas
A Internet, em sua concepção inicial, resultou da pesquisa financiada pelo Departa-
mento de Defesa dos Estados Unidos (DoD). Seu principal objetivo era ter um meio de
comunicação que pudesse resistir à destruição de inúmeros locais e instalações de
transmissão sem perturbar o serviço. Assim, a tolerância a falhas era o foco dos esfor-
ços do projeto inicial da conexão entre redes. Os primeiros pesquisadores de redes ob-
servavam as redes de comunicação existentes, que eram usadas inicialmente para a
transmissão de voz, para determinar o que poderia ser feito para melhorar o nível de
tolerância a falhas.
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Figura 8: Rede com comutação de circuito.
Na busca por uma rede que pudesse resistir à perda de uma quantidade significativa de
suas instalações de comutação e transmissão, os primeiros criadores da Internet rea-
valiaram as pesquisas iniciais sobre redes de comutação de pacotes. A premissa para
esse tipo de rede é que uma única mensagem pode ser separada em múltiplos blocos
de mensagem. Blocos individuais contendo informações de endereçamento indicam
tanto o ponto de origem como seu destino final. Usando essa informação inerente, esses
blocos de mensagem, chamados pacotes, podem ser enviados através da rede por vá-
rios caminhos e podem ser reunidos na mensagem original ao chegar ao seu destino.
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Uso de pacotes
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Redes orientadas à conexão
Embora não exista uma única organização que regule a Internet, as operadoras de vá-
rias redes individuais que oferecem conectividade à Internet cooperam para seguir pa-
drões e protocolos aceitos.
A atual arquitetura da Internet, embora altamente escalável, pode nem sempre ser ca-
paz de acompanhar o ritmo da demanda dos usuários. Novas estruturas de endereça-
mento e protocolos estão sendo desenvolvidas para atender à rapidez com que aplica-
ções e serviços da Internet têm sido criados.
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As redes também precisam de mecanismos para gerenciar o tráfego congestionado da
rede. O congestionamento ocorre quando a demanda dos recursos da rede excede a
capacidade disponível.
Se todas as redes tivessem recursos infinitos, não haveria necessidade de usar um me-
canismo QoS para assegurar a Qualidade de Serviço. Infelizmente, não é bem assim.
Há algumas limitações nos recursos de rede que não podem ser evitadas. As limitações
incluem limitações de tecnologia, custos e a disponibilidade local de serviço de banda
larga. A largura de banda é a medida da capacidade de transmissão de dados da rede.
Quando se tenta realizar comunicações simultâneas através da rede, a demanda pela
largura de banda pode exceder sua disponibilidade. A solução óbvia para essa situação
é aumentar a disponibilidade da largura de banda. Mas, devido às limitações menciona-
das anteriormente, nem sempre isso é possível.
Na maioria dos casos, quando o volume de pacotes é maior do que pode ser transpor-
tado através da rede, os dispositivos criam filas de pacotes na memória até que haja
recursos disponíveis para transmiti-los. O enfileiramento de pacotes gera atraso. Se o
número de pacotes a serem enfileirados continuar aumentando, a memória fica cheia e
pacotes são descartados.
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Classificação
Designação de prioridades
A Qualidade de Serviço que uma rede pode oferecer é uma questão vital e, em algumas
situações, crucial. Imagine as consequências da interrupção de uma ligação para um
número de emergência ou da perda de um sinal de controle para uma peça automática
de maquinário pesado. Uma responsabilidade chave de gerenciadores de rede em uma
organização é estabelecer uma política de Qualidade de Serviço e assegurar que haja
mecanismos para alcançar esse objetivo.
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3.4.5. Segurança de rede
A infraestrutura de rede, os serviços e dados contidos nos computadores ligados a ela
são bens pessoais e comerciais cruciais. O comprometimento da integridade desses
bens poderia ter sérias repercussões comerciais e financeiras.
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pacotes individuais não é imediatamente conhecido pelos dispositivos e instalações pe-
los quais os pacotes passam. Ferramentas para fornecer segurança ao conteúdo de
mensagens individuais devem ser implementadas no topo dos protocolos subjacentes
que determinam como os pacotes são formatados, endereçados e enviados. Como a
reunião e interpretação do conteúdo são delegados a programas executados nos siste-
mas de origem e destino individuais, muitas das ferramentas de segurança e protocolos
também devem ser implementados nesses sistemas.
Assegurar a confidencialidade
Possuir um sistema forte para autenticação do usuário, promover senhas que sejam
difíceis de adivinhar e solicitar aos usuários que mudem a senha frequentemente ajuda
a restringir o acesso a comunicações e dados armazenados nos dispositivos ligados à
rede. Quando apropriado, a criptografia de conteúdo assegura a confidencialidade e
minimiza a divulgação não autorizada ou o roubo de informações.
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Manter a integridade da comunicação
Integridade dos dados significa ter a certeza de que a informação não foi alterada du-
rante a transmissão da origem ao destino. A integridade dos dados pode ser compro-
metida quando informações são corrompidas – voluntariamente ou por acidente – antes
que o receptor desejado as receba.
Assegurar a disponibilidade
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de dados. Essa demanda criou um mercado para serviços sem fio que possuem maior
flexibilidade, cobertura e segurança.
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As carreiras de Tecnologia da Informação (TI) e redes têm crescido e evoluído na
mesma proporção das tecnologias e serviços subjacentes. À medida que aumenta a
sofisticação das redes, a demanda por pessoas com conhecimentos em redes continu-
ará crescendo.
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