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Clipping_Aprofundamento_2023-Política Internacional

Aula M306 – Integração Regional Latino-Americana

-ALALC (1960)

-Resultado da OPA.

-Apesar de ter caráter demandante (principalmente dos EUA), ela parte da premissa de
substituição de importações em bases regionais. É uma tentativa inovadora de pegar as
ideias da CEPAL e aplicá-las não nacionalmente, mas regionalmente.

-Obs: A ideia de substituição de importações é algo antiguíssimo, do séc. XIX, na


Europa.

-A CEPAL dizia que os países latino-americanos não tinham complementaridade,


pois todos produziam produtos básicos e eram na verdade concorrentes. Com a
industrialização, poderia se criar um ecossistema de complementaridade (ex:
Brasil é bom em produzir carro, mas é a Argentina quem produz o motor e é o
Uruguai quem produz o pneu).

-O problema é que os países da região tinham expectativas diferentes de


industrialização, logo tinham políticas diferentes de protecionismo e liberalismo.
Os três maiores países da América Latina (BRA, ARG e MEX) tendem a ser mais
protecionistas e o resto tende a ser mais liberal. Nesse cenário, a ALALC
demanda dos estados-membros um padrão mais compatível com os países
maiores do que com os países menores.
-A década da ALALC (60) é também a década das ditaduras, que tendem a se relacionar
com desconfianças.

-Obs: Isso tá longe de ser coisa só da América Latina, também há na África e na Ásia
(ASEAN) exemplos de regionalismo protecionista.

-Declaração de Bogotá (1966): Declaração dos países andinos contra a ALALC

-Os mesmos países, em 1969, no Acordo de Cartagena, criam a própria


integração: O Pacto Andino, ou Comunidade Andina.

-Chile saiu por conta do Pinochet e Venezuela entrou e saiu.

-A criação da Comunidade Andina na prática esfriou a ideia de ampla integração.


A ALALC é extinta em 1980 para a criação da ALADI

-ALADI (1980)

-Ao contrário da ALALC, a ALADI tem essência de flexibilidade. Esse é o motivo do


sucesso da ALADI.

-Ideia de que o objetivo era a integração completa da América Latina, mas que até lá o
caminho a ser percorrido é o de pequenos acordos (Acordos de Complementação
Econômica).
-Anos 90

-Iniciativa Amazônica (1992)

-Tentativa brasileira no seio do Grupo do Rio de se integrar as duas melhores


integrações da América do Sul, o Mercosul e o Pacto Andino.

-ALCSA (1993)

-Também iniciativa brasileira no Grupo do Rio.

-Fracassa, nem sequer é criada. Mas a importância aqui é retórica. Ideia inédita
sul-americana e Mercosul como pivô.

-Plano Colômbia (1999)

-Colômbia pede ajuda aos EUA para combater violência doméstica.

-Gera desconfianças para os outros países.

-Integração física

- Gasbol: Gasoduto Brasil-Bolívia.

-Sem integração física, a integração real não acontece. É exatamente por isso
que quando a Colômbia precisa de ajuda ela pede para os EUA.

-Situação colombiana gera a I Cúpula da América do Sul (2000) em Brasília, que


presa pela integração física e cria a IIRSA.

-Dificuldade é financiamento

-Anos 2000

-II Cúpula da América do Sul (2004)

-CASA

-Nunca se chega num consenso sobre o modelo a ser aplicado na CASA -


Vai ser só um espaço de diálogo? Vai ter projetos?

-Mesmo a CASA nunca tendo sido aprovada, em 2005 ocorre a I Cúpula da CASA e em
2006 a segunda (bizarro). Esses encontros foram feitos para se aprovar um estatuto, mas
nunca conseguiram.

-Cúpula Energética da América do Sul (2007)

-Discussões Etanol (BRA) vs Gasolina (VEM)

-Criado o conselho energético.

-Fórum independente que discute questões energéticas

-Ele é a base de vários conselhos criados na UNASUL.

-É nessa cúpula que Chávez propõe esquecer a CASA e criar a UNASUL.

-Na I Cúpula da UNASUL (2008) é aprovado seu estatuto.


-Nas tentativas de se criar a CASA, sempre se esbarrava na problemática de qual
seria o nível de profundidade da integração. Já na UNASUL, fica definido que o
seu estatuto será superficial e que vai se aprofundar por meio dos conselhos
temáticos.

-Quando foi criada a UNASUL, tinha-se a expectativa de que seu secretário/diretor geral
sempre fosse um ex-presidente da região. Em 2018 houve uma treta entre Argentina x
Bolívia sobre a escolha do secretário geral. Argentina indicam um embaixador e vários
países vetam. Há paralisia

-Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Peru e Paraguai suspendem participação.

-Brasil anuncia saída da UNASUL (2019)

-No mesmo ano o Brasil entra na ProSul.

-Em 2023 o Brasil volta à UNASUL, mas não deixa a ProSul, até porque ninguém mais
lembra que ela existe.

Q1. ALALC

I. A criação da ALALC em 1960, pautada na construção de uma integração que


englobava toda a América Latina, sinaliza para um esforço integrador ambicioso,
alinhado com o pensamento desenvolvimentista do período. ]
ALALC e ALADI não englobavam todos os países da América Latina.
ALALC não tinha Cuba
ALADI não tinha as guianas e outros do caribe
II. A fragilidade normativa e institucional da ALALC refletia-se, por exemplo, na falta
de um mecanismo de solução de controvérsias e na ausência de um mecanismo
de supervisão e controle do comportamento dos Estados.
III. O protecionismo econômico característico do modelo de industrialização pela
substituição de importações dos anos 60 e 70 dificultou substancialmente o
avanço da abertura comercial prevista pela ALALC.
Os países mantiveram a ideia de substituição de importação por protecionismo
nacional e não regional como queria a ALALC.

Q2. Anos 80

I. A criação da ALADI em 1980 consagra o propósito de constituição gradual e


progressiva de um mercado-comum latino-americano, sem previsão de prazos e
sem a rigidez que caracterizavam a ALALC.
Mercado comum não no sentido original, mas no sentido de mercado integrado.
II. A mitigação da cláusula de nação mais favorecida também é característica
inovadora da ALADI, permitindo-se Acordos de Alcance Parcial que alcançam
apenas alguns membros.
III. A negociação de Acordos de Complementação Econômica (ACEs), que alcançam
necessariamente todo o universo tarifário, é característica da ALADI, podendo
ser negociados em bases bilaterais, entre Brasil e Argentina, ou multilaterais,
como no caso do Mercosul.
Pode, mas não necessariamente. ALADI aceita qualquer coisa que facilite o
comércio.
IV. A maior flexibilidade da ALADI em face da ALALC contribuiu para o aumento
expressivo dos fluxos de comércio na região, superando inclusive o nível de
crescimento do comércio mundial nos últimos 30 anos.
Correto.
Na América Latina faz-se pouco comércio, realmente. Mas antes da ALADI, fazia-
se praticamente nada. Poucos lugares foram tão impactados pelo consenso de
Washinton como a América Latina, justamente porque aqui vivia-se antes a total
antítese do consenso.

Q3. Anos 90

I. A inexistência de qualquer projeto de integração energética no subcontinente


levou os Estados da América do Sul a buscarem um projeto amplo de cooperação
regional para a integração física: a IIRSA.
Itaipu, Gasobol...
II. A CASA, que teve seu estatuto aprovado em 2004, na Cúpula de Cuzco, projetava
uma integração apoiada em elementos de concertação política, de livre
comércio e de integração física.
III. As diferentes percepções acerca dos rumos e objetivos ideais da CASA levaram
ao ocaso do projeto, substituído pela UNASUL entre 2007 e 2008.
Ocaso = Declínio.

Q4. UNASUL

I. A integração da América do Sul consta como um objetivo da política externa


brasileira desde os anos 1950, quando do lançamento da Operação Pan-
americana.
Latina
II. A criação da UNASUL, em 2008, tinha como objetivo primordial a construção de
laços comerciais mais estreitos entre os países sul-americanos, dado que estes
estados têm como prioridades econômicas parceiros de outras regiões, o que
abre oportunidades de crescimento do volume de trocas intrarregionais.
Até tinha objetivos comerciais, mas não eram primordiais.
III. Os Conselhos Temáticos da UNASUL agem de forma independente entre si,
acerca de temas como saúde, energia e defesa – tema no qual há o objetivo de
estabelecer troca de informações e práticas compartilhadas.
O Conselho de Defesa Sul-Americano, por exemplo, pede troca de informações
militares e incentiva iniciativas conjuntas de treinamento militar.
IV. Desde sua criação, a UNASUL se posiciona sobre temas políticos internacionais,
como a soberania sobre as Malvinas e a guerra civil síria.
UNASUL é uma integração bem fofoqueira, fala dos outros sempre, sempre se
posiciona sobre temas globais.
Todos os países da américa do sul são a favor da Argentina.
Q5. América do Sul Na atualidade

I. O Grupo do Rio é fruto da junção dos grupos de Contadora e Apoio a Contadora


e, mesmo três décadas depois ainda é uma referência para a articulação entre
os países latino-americanos em casos de crises políticas e democráticas.
Grupo do Rio foi extinto em 2014, passando suas funções para a CELAC, que é
de 2011.
II. A criação da CELAC atende aos anseios dos países da América Latina e do Caribe
por maior coordenação política e integração econômica, de modo a buscar o
enfrentamento dos desafios globais em conjunto.
III. O Brasil anunciou seu desligamento definitivo da CELAC, por considerar que o
bloco não contribui para a concretização dos objetivos contemporâneos
brasileiros e, posteriormente, retornou ao bloco.
Oficialmente foi só uma suspensão, mas na prática foi uma saída.
IV. A condução política da UNASUL esteve bloqueada pela indefinição acerca da
indicação do secretário-geral do bloco, o que levou diversos países a
suspenderem sua participação, para depois anunciarem sua saída da instituição.
Nesse momento, a UNASUL, que tinha 12 membros, só tem 5.
V. O estatuto da UNASUL prevê que, em caso de saída de quatro de seus membros
fundadores, a instituição cessa suas funções.
Isso não existe.
VI. A criação da PROSUL veio acompanhada da criação de conselhos temáticos
independentes, em uma estrutura similar à aplicada na UNASUL.
Nunca ficou claro como ia fazer, não foi criado nada.

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