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Aposentadoria 27 de setembro de 2013

Edição 1 .: Três formas de construir sua riqueza

Seja bem-vindo à nossa jornada previdenciária visando construir um patrimônio confortável


para nós mesmos e, provavelmente, para as próximas gerações. Na edição introdutória
quinze dias atrás, definimos o conceito fundamental de “valor líquido”, mas não apenas de
maneira teórica. Ninguém aqui está muito interessado em teoria dos anjos, queremos um
projeto de aposentadoria com consequências práticas. Teoria é sempre elegante em festas
regadas a champagne e escargot, mas quem mata mesmo a fome é o arroz com feijão de
cada dia.

No começo de setembro, demos o primeiro passo na série de construção de riqueza,


certamente o mais importante de todos que estão por vir. Referenciados num parâmetro
médio bastante prático, concluímos que um valor líquido próximo a R$ 700 mil é tido como
o mínimo suficiente para se aposentar tranquilamente, sem se privar dos prazeres desejados
à frente, mas também sem assumir sacrifícios asfixiantes por ora.

Se você já tem esses R$ 700 mil no bolso, parabéns: sua missão será mais no sentido de
aprender como alocá-los da melhor maneira possível, tirando o máximo dos recursos
economizados ao longo de uma vida bem trabalhada, e sem correr riscos estúpidos.

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Por outro lado, se você compõe a maioria que ainda não reuniu esses R$ 700 mil, sem
problema algum. Vamos lhe mostrar como chegar lá com disciplina financeira, e sem queimar
a grana inteira numa poupança mesquinha, que mal consegue bater a inflação.

De uma ou outra forma, estaremos juntos nesta jornada, e qualquer um dos perfis
financeiros poderá aprender muito com o outro. Essa relação de aprendizado mútuo é
essencial para nossa rota, não podemos encará-la como dois mundos distintos.

Aos que desejam construir riqueza genuína, os maiores erros são (i) achar que tudo já está
resolvido de antemão só porque já juntei minhas 700 pratas ou (ii) ter inveja mortal
daqueles que conseguiram (por quaisquer motivos que não nos interessam aqui) juntar o
dinheiro tido como garantia de uma aposentadoria privilegiada.

Esquivando-se de ambos os vícios, carregue consigo um princípio essencial: fuja da arrogância


e fuja da inveja. Se por acaso esquecer tudo o mais que falaremos nesta série, sem
problemas; guarde apenas isso: fuja da arrogância e fuja da inveja. Arrogância e inveja nos
tornam pessoas pobres até a morte, incapacitadas de compreender como agregar
patrimônio merecidamente.

Sabe qual o problema dos sujeitos arrogantes ou invejosos? Eles têm certeza absoluta que
ninguém consegue se tornar rico por mérito próprio. Uai, isso é exatamente o contrário do
que pensamos aqui na Empiricus. Estamos convictos de que, com as ferramentas certas,
qualquer pessoa disciplinada e esforçada tem plena capacidade de construir um patrimônio
sólido, com folga para um futuro que merece mais do que imaginamos hoje.

Isso tudo nos leva à segunda questão elementar de nossa série de Aposentadoria, ainda mais
estrutural que a pergunta anterior sobre o valor líquido. Pois bem, vamos a ela. Afinal, é
factível a um indivíduo normal (nem arrogante, nem invejoso - nem pobre, nem rico) se
tornar milionário neste Brasil de 2013? É algo verossímil para alguém que está
envelhecendo, ou não passa de um sonho infantil?

Tenho endereçado essa questão há pelo menos dez anos - em reflexões particulares, ou
junto a pessoas que conseguiram respondê-la com argumentos concretos, independente de
qualquer sorte ou azar. Não me restam dúvidas de que indivíduos normais, assalariados -
regularmente compensados pela labuta diária - são plenos candidatos a se tornarem pessoas
abastadas, e que reconhecem o valor do dinheiro, presente e futuro.

O número de milionários no Brasil vem crescendo ano a ano, especialmente desde que a
classe média passou a ser incluída na economia local. Intuitivamente, você mesmo sabe
disso, por meio de um vizinho que passou a viajar todo ano para Miami, ou de um cunhado

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que pega um carro grande no inverno, para então trocá-lo por um sport cabriolet no verão
(sempre fazendo péssimo negócio na concessionária, mas sem se importar com isso).

Poxa, sem as tais arrogância ou inveja, parece-me justo perguntar: se esses caras estão
vazando dinheiro pelo ladrão, porque eu não posso também? Não é um dilema entre justos
e injustos, pois a justiça premia os interessados. Mas é, portanto, um prêmio oferecido ao
interesse autêntico - este mesmo interesse que queremos desenvolver em nossa série de
construção de riqueza.

Talvez haja mil modos de formalizar esse interesse, eu prefiro me ater a apenas três desses
modos; uma tríade que vi funcionando sob o julgamento de meus próprios sentidos.

1.Você pode ficar rico economizando cada centavo ao longo de uma vida.

2.Você pode ficar rico rezando e torcendo pela sorte.

3.Você pode ficar rico ganhando o pão de cada dia e investindo uma parte desse pão.

Vamos analisar cada um dos três casos.

1 - O Investidor Paciente (Inglês)

Em nome da frugalidade britânica, devemos reconhecer: parte dos milionários acaba


chegando lá por meio de algum sacrifício potencializado pelo tempo. Cada alegria abdicada
vale pelo menos um bom centavo, mãos fechadas que o digam.

Obviamente, qualquer pessoa pode ficar milionária assim. Não precisa ter ascendência turca,
não precisa ser PhD em Finanças. De verdade, qualquer indivíduo mega-disciplinado pode
ficar ricaço guardando cada moeda que lhe cruzar pela frente. É uma conclusão matemática,
estatística, com quase 100% de probabilidade.

A título ilustrativo, comece com um patrimônio “embaixo do colchão” de R$ 10 mil e


direcione aproximadamente 30% de sua renda mensal disponível para a boa e velha
poupança. Não é nenhuma mágica, certo? Se você for jovem o bastante, de certo reunirá
pelo menos R$ 1 milhão na conta bancária quando chegar a hora de se aposentar. Jovem o
bastante pode ser com 20 anos, frente à hora de se aposentar em torno de 65 anos. Ou
seja, não estou falando de nenhum contexto absurdo.

É fácil de perceber, ficar rico assim não exige coragem de Chuck Norris nem QI de Albert
Einstein. Basta estar comprometido com o trabalho, ter um emprego estável, e - sobretudo -

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a disciplina de guardar uma grana todo mês, a despeito de todas as tentações que a vida
consumista possa lhe oferecer.

Sem titubear, eu recomendo esse método simples e eficiente para qualquer de nossos
assinantes que seja jovem o bastante para tomar proveito das décadas que se avizinham.
Tempo é dinheiro para quem tem tempo. Você acabou de entrar na faculdade, tem R$ 10 mil
na conta e consegue guardar uns R$ 1 mil por mês, sem exceções? Siga a receita do bolo.

2 - Apelando para os Anjos & Demônios

Aposentar-se com a religiosidade descrita acima é garantia segura de construção de riqueza,


não há muito o que se questionar quanto a isso. O problema é que leva um baita tempo.
Ora, mesmo se todos dispuséssemos desse tempo necessário, a verdade é que a maioria
simplesmente não tem paciência para percorrer o caminho inteiro. Queremos nossa
aposentadoria servida de bandeja no café da manhã deste sábado, e sem pagar a conta.

Tornar-se milionário de um dia para o outro, sem mover um músculo: é possível?

Lógico que é possível, não faltam casos para provar isso. Bastar ser muito sortudo, ter
nascido com o bolso virado para a lua.

Vez ou outra, ouvimos histórias de um brasileiro que virou milionário ganhando a loteria, ou
de um britânico expert em corrida de cavalos.

Demais casos relativamente comuns derivam de heranças familiares, surf em bolha


imobiliária ou mesmo de apostas “certeiras” no mercado de opções.

Em nome do rigor, não devemos ignorar esses casos, mas sim tratá-los com a seriedade que
merecem, uma seriedade remota.

Na última Mega-Sena da Virada, réveillon de 2012, alguém que apostasse com vistas ao
prêmio tentador de R$ 230 milhões veria-se agraciado com uma única chance em 50
milhões de ganhar.

Não tenho nenhuma objeção moral contra jogos de apostas, reconheço inclusive que são
todos muito divertidos, e alguns perigosamente divertidos.

Enfim, não conte com uma chance em 50 milhões para se aposentar. Sua previdência merece
bem mais do que isso.

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3 - O pão de cada dia

A terceira via para se aposentar numa boa funciona assim: você acorda cedo para trabalhar
de segunda a sexta, recebe a remuneração proporcional ao trabalho empenhado e guarda
uma parte dessa grana suada para investir.

Essa é a forma preferida dos grandes empresários, e era também a forma preferida dos
banqueiros uns cem anos atrás, antes deles migrarem para o atalho dos Anjos & Demônios.

Aos que apreciam o valor de uma boa tradição, é a forma tradicional de se fazer a coisa.

Acredito no método do Investidor Paciente para os mais jovens, e sou absolutamente contra
perder tempo e dinheiro com caprichos do azar. Mas minha fé está mesmo depositada aqui:
ficar rico trabalhando e investindo uma parte dos frutos do trabalho. Essa estratégia dá
certo em múltiplos cenários possíveis, sobrevive a Plano Verão, Plano Collor, Plano Dilma e
qualquer outro plano que vier à sua cabeça.

Dois princípios regem a riqueza através do trabalho/investimento:

(i) Não dá pra fazer do dia para a noite, você vai precisar de alguns anos para construir um
alicerce financeiro robusto (embora não de 40 ou 50 anos).

(ii) Não tem 100% de probabilidade de dar certo, como no caso do Investidor Paciente, mas
ainda assim as chances são muito favoráveis (certamente, bem mais favoráveis do que uma
em 50 milhões).

Afinal, de quanto tempo e esforço você vai precisar?

Quanto ao tempo, calculamos que em dez anos, seguindo uma rotina eficiente.

Quanto ao esforço, ao que me consta, as pessoas que construíram riqueza em dez anos o
fizeram por meio de pelo menos duas destas três condições, a saber:

1. Aprenderam conceitos financeiros valiosos, muito mais associados ao senso crítico do que
à técnica.

2. Gastaram consideravelmente menos do que consumiram, aplicando o saldo consequente.

3. Abriram um negócio próprio.

Como assinante desta série de Aposentadoria, você percebeu que, em termos práticos, não
dá para guardar grana na poupança por 50 anos. A hora (exata e única) de começar já ficou

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para trás. E mesmo se desse tempo, é sempre melhor fazer em 10 anos do que fazer em
meio século.

Você deve ter notado também que não vai conquistar sua independência financeira com
apostas em jogos de azar (chance remota) ou esquemas de pirâmide (prática ilegal).

A ideia que gostaríamos que você aceitasse é bastante simples e eficaz, alicerçada no
binômio trabalho & investimento. É sobre isso que falaremos nas próximas edições.

Grande abraço,
Rodolfo Amstalden

PS. Temos grande interesse em ouvir seus anseios e preocupações enquanto persegue o
projeto de aposentadoria. Estamos aqui pra isso, para tentar facilitar sua trajetória de
enriquecimento. No caso de dúvidas ou sugestões, não pense duas vezes antes de mandar
um email para investidor@empiricus.com.br

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Analistas Responsáveis
Assistentes de Análise
Beatriz Nantes, CNPI
Gabriel Casonato, CNPI-T
Felipe Miranda, CNPI
João Françolin
Rodolfo Amstalden, CNPI*

Roberto Altenhofen, CNPI

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Elaborado por analistas independentes da Empiricus, este relatório é de uso exclusivo de seu destinatário, não
pode ser reproduzido ou distribuído, no todo ou em parte, a qualquer terceiro sem autorização expressa. O
estudo é baseado em informações disponíveis ao público, consideradas confiáveis na data de publicação. Posto
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Este relatório não representa oferta de negociação de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros.
As análises, informações e estratégias de investimento têm como único propósito fomentar o debate entre os
analistas da Empiricus e os destinatários. Os destinatários devem, portanto, desenvolver suas próprias análises e
estratégias.

Informações adicionais sobre quaisquer sociedades, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros aqui
abordados podem ser obtidas mediante solicitação.

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório declaram, nos termos do artigo 17º da Instrução
CVM nº 483/10, que:

+ As recomendações do relatório de análise refletem única e exclusivamente as suas opiniões pessoais e foram
elaboradas de forma independente.

+ Os analistas são sócios e participam dos lucros da Iguatemi Gestão, que mantém em fundos e carteiras de
valores mobiliários que administra ativos objeto de análise por parte da Empiricus Research, podendo daí
resultar conflito de interesses.
*O analista Rodolfo Amstalden é o responsável principal pelo conteúdo do relatório e pelo cumprimento do
disposto no Art. 16, parágrafo único da Instrução ICVM 483/10.

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