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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Sintaxe da Oração (Introdução)��2
Sintaxe da Oração I��2
Sujeito��2
Classificações Básicas��2
Oração sem Sujeito��3
Verbos Impessoais��3
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
Sintaxe da Oração (Introdução)

Análise Sintática Análise Morfológica
1. Sujeito 1. Substantivo
2. Predicado 2. Adjetivo
3. Predicativo do Sujeito 3. Advérbio
4. Predicativo do Objeto 4. Verbo
5. Objeto Direto 5. Numeral
6. Objeto Indireto 6. Pronome
7. Adjunto Adnominal 7. Preposição
8. Adjunto Adverbial 8. Conjunção
9. Agente da Passiva 9. Artigo
10. Complemento Nominal 10. Interjeição
11. Aposto
12. Vocativo
Sintaxe da Oração I
Sujeito
Classificações Básicas
Tradicionalmente, sujeito é classificado em:
Sujeito Simples
É constituído por apenas um núcleo. Exemplo:
Os primeiros dias de paz começam cedo.
SUJEITO: OS PRIMEIROS DIAS DE PAZ
NÚCLEO DO SUJEITO: DIAS
Sujeito Composto
É aquele que apresenta dois ou mais núcleos. Exemplo:
O velho e o garoto voltaram à igreja.
SUJEITO: O VELHO E O GAROTO
NÚCLEOS DO SUJEITO: “VELHO” e “GAROTO”
Sujeito Oculto ou Elíptico
É o que só se pode conhecer examinando a desinência (terminação) do verbo da oração. Exemplos:
Chegaremos à cidade amanhã.
SUJEITO OCULTO: NÓS
Voltarás à casa de teus pais.
SUJEITO OCULTO: TU
2
Sujeito Indeterminado
Ocorre quando não queremos ou não podemos indicar o sujeito da oração, embora ele exista. Há
duas maneiras de se indeterminar o sujeito. São elas:
1) Usando o verbo na terceira pessoa do plural. Exemplos:
Atropelaram um cão na rua.
↓
3ª pessoa do plural
Atualmente falam muito mal de você.
↓
3ª pessoa do plural
OBSERVAÇÃO:
Eles falam mal de você.
Em frases como essa, embora a forma verbal esteja na 3ª pessoa do plural, o sujeito não é indeter-
minado, pois sabemos quem fala, isto é, podemos determinar o sujeito: Eles.
2) Usando os verbos VTI, VI e VL na terceira pessoa do singular, acompanhados do pronome SE
(esse assunto será detalhado em “Sintaxe da Oração VI”). Exemplos:
Come-se bem naquele restaurante.
Acreditava-se em assombrações.
OBSERVAÇÃO: Nesses casos, o pronome SE é chamado de índice de indeterminação do sujeito.
Oração sem Sujeito

Verbos Impessoais
1) HAVER (no sentido de existir, acontecer, tempo decorrido).
Houve muita confusão. (haver = acontecer)
Não havia guardas lá. (haver = existir)
Há dois anos, chegamos aqui. (haver = tempo passado)
ATENÇÃO:
O verbo haver nos sentidos de existir e acontecer não tem sujeito, mas os verbos existir e acontecer
têm sujeito sim!
Não havia pessoas na rua. (oração sem sujeito)
↓
OBJETO DIRETO
Não existiam pessoas na rua.
↓
SUJEITO
Lembre-se de que os verbos impessoais (com exceção do verbo ser) ficam sempre no SINGULAR.
Observe, nos exemplos acima, que o verbo haver fica no singular e o verbo existir vai para o plural,
concordando com o sujeito pessoas.
3
2) FAZER (indicando tempo ou fenômeno da natureza)

Faz seis anos que ele sumiu.
Faz muito frio.
3) SER (indicando hora, data, distância)
É meio-dia e meia. (HORA)
Hoje são 03 de março. (DATA)
Daqui ao colégio são dois quilômetros. (DISTÂNCIA)
4) VERBOS INDICATIVOS DE FENÔMENOS DA NATUREZA
Depois do almoço, choveu muito.
No inverno, amanhece mais tarde.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Os verbos formadores de orações sem sujeito são chamados
de verbos impessoais e, excluindo o verbo ser, ficam sempre na 3ª pessoa do singular.
4
ÍNDICE
Sintaxe da Oração II��2
Verbos Impessoais em Locuções Verbais��2
Complementos Verbais – Objeto Direto e Objeto Indireto��2
1
Sintaxe da Oração II
Verbos Impessoais em Locuções Verbais
Deve haver outras chances. (Oração sem Sujeito)
↓
singular
Lembre-se da aula: Se o verbo principal é verbo impessoal, a locução verbal fica no singular por
não ter sujeito.
Sujeito
↑
Devem existir [outras chances].
↓
concordância com o sujeito
Complementos Verbais – Objeto Direto e Objeto Indireto

Objeto Direto (sem preposição)
Objeto Indireto (com preposição)
Lista de Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
2
ÍNDICE
Sintaxe da Oração III��2
Classificação dos Verbos: VTD – VTI – VTDI – VI – VL��2
1
Sintaxe da Oração III

Classificação dos Verbos: VTD – VTI – VTDI – VI – VL
Leitura Complementar
Classificação dos Verbos
VERBO TRANSITIVO DIRETO - VTD
É todo verbo que, por não ter sentido completo, exige um complemento sem preposição. Tal com-
plemento é chamado de OBJETO DIRETO. Exemplos:
Nós alugamos um velho caminhão.
ALUGAMOS: VERBO TRANSITIVO DIRETO - VTD
UM VELHO CAMINHÃO: OBJETO DIRETO
Todos receberão o aviso.
RECEBERÃO: VERBO TRANSITIVO DIRETO - VTD
O AVISO: OBJETO DIRETO
VERBO TRANSITIVO INDIRETO - VTI
É o verbo que exige um complemento obrigatoriamente iniciado pela preposição. Esse comple-
mento é chamado de OBJETO INDIRETO. Exemplos:
A criança necessitava de cuidados.
NECESSITAVA: VERBO TRANSITIVO INDIRETO - VTI
DE CUIDADOS: OBJETO INDIRETO
Ninguém confia mais em você.
CONFIA: VERBO TRANSITIVO INDIRETO - VTI
EM VOCÊ: OBJETO INDIRETO
VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO - VTDI
É o verbo que exige, ao mesmo tempo, dois objetos: um deles sem preposição (objeto direto) e
outro com preposição (objeto indireto). Exemplo:
Não diremos a verdade a você.
DIREMOS: VERBO TRANSITIVIVO DIRETO E INDIRETO - VTDI
A VERDADE: OBJETO DIRETO
A VOCÊ: OBJETO INDIRETO
VERBO INTRANSITIVO - VI
É aquele que, por si mesmo, tem sentido completo, isto é, não exige nenhum complemento.
Exemplos:
A criança nasceu.
Pouco a pouco, chegaram os vizinhos.
ATENÇÃO!
Esse tipo de verbo pode vir seguido de determinadas expressões que traduzem algumas
2
circunstâncias (adjuntos adverbiais), mas elas não são obrigatoriamente exigidas pelo verbo.
Exemplo:
Aquele gato morreu de fome.
↓
Verbo Intransitivo
VERBO DE LIGAÇÃO - VL
Como o próprio nome diz, verbo de ligação é todo verbo que liga qualidade, estado ou mudança
de estado ao sujeito. Essa característica atribuída ao ser através do verbo de ligação chama-se predi-
cativo do sujeito.
Observe:
Predicativo do Sujeito
↑
O vento virou [uma tempestade].
↓
Verbo de Ligação
Cuidado!
Objeto Direto
↑
O vento virou [a mesa].
↓
Verbo Transitivo Direto
3
ÍNDICE
Sintaxe da Oração IV��2
Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto��2
Predicado��2
Tipos de Predicado: Verbal / Nominal / Verbo-Nominal��2
1
Sintaxe da Oração IV
Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto
Predicativo do sujeito
Termo que está “fora” do sujeito e atribui a ele qualidade, estado ou mudança de estado (esse
assunto será analisado mais detalhadamente em “Sintaxe da Oração III”).
Predicativo do objeto
Termo que está “fora” do objeto e atribui a ele qualidade, estado ou mudança de estado. Exemplo:
Objeto Direto
↑
O juiz julgou o réu confesso.
↓↓
VTD Predicativo do Objeto
Predicado
Tipos de Predicado: Verbal / Nominal / Verbo-Nominal
Núcleos do Predicado
1. Núcleos Verbais: VTD – VTI – VTDI – VI
1. Núcleos Nominais: Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto
Exemplos de Predicado Verbal (apenas núcleo verbal):
VTD (Núcleo Verbal)
↑
As crianças invadiram a praça.
↓
Predicado Verbal
VI (Núcleo Verbal)
↑
Os pessegueiros floriam rapidamente.
↓
Predicado Verbal
Exemplos de Predicado Nominal (apenas núcleo nominal):
Predicativo do Sujeito (Núcleo Nominal)
↑
Os pessegueiros estão floridos.
↓
Predicado Nominal
2
↑
Todos nós ficamos muito felizes.
↓
Predicado Nominal
Exemplos de Predicado Verbo-Nominal (núcleo verbal e núcleo nominal):
VI (Núcleo Verbal)
↑
O trem chegou atrasado.
↓
Predicado Verbo-Nominal
VTD (Núcleo Verbal)
Predicativo do Objeto (Núcleo Nominal)
↑
O sucesso tornou o atleta orgulhoso.
↓
Predicado Verbo-Nominal
3
ÍNDICE
Sintaxe da Oração V��2
Vozes Verbais��2
Transposição da Voz Ativa para a Voz Passiva e Vice-Versa��2
Tipos de Voz Passiva��2
Voz Passiva Analítica: Verbo SER��2
Voz Passiva Sintética: Partícula SE��2
1
Sintaxe da Oração V
Vozes Verbais
Transposição da Voz Ativa para a Voz Passiva e Vice-Versa
Tipos de Voz Passiva

Voz Passiva Analítica: Verbo SER
Voz Passiva Sintética: Partícula SE
A Voz Passiva Sintética será estudada em detalhes em “Sintaxe da Oração VI”.
Nessa aula, vimos que a partícula SE, no VTD ou no VTDI, forma a voz passiva sintética, pois o
objeto direto vira sujeito paciente. Nesse caso, recebe o nome de PARTÍCULA APASSIVADORA. E a
partícula SE, no VTI, no VI ou no VL, torna o sujeito indeterminado. Sendo assim, recebe o nome de
ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO.
Em “Sintaxe da Oração VI”, estudaremos em detalhes a partícula SE e suas classificações.
2
ÍNDICE
Sintaxe da Oração VI��2
Partícula SE��2
Leitura Complementar��2
1
Sintaxe da Oração VI
Partícula SE
→→ Vimos, nesta aula, as principais classificações da partícula SE:
1. Partícula Apassivadora.
2. Índice de Indeterminação do sujeito.
3. Parte Integrante do Verbo.
4. Pronome Reflexivo.
5. Pronome Recíproco.
6. Palavra Expletiva ou de Realce.
→→ É imprescindível lembrar que um verbo apenas admite VOZ PASSIVA se possuir OBJETO
DIRETO (VTD ou VTDI). Desse modo, a partícula SE, no VTD ou no VTDI, transpõe o verbo
para a voz passiva. Já no VTI, no VI e no VL, a partícula SE torna o sujeito indeterminado (regra
geral). Exemplos:
˃˃ *Analisaram-se os pontos controvertidos.
»» *VTD+SE → VOZ PASSIVA
˃˃ *Pagou-se a conta ao garçom.
»» VTDI+SE → VOZ PASSIVA
˃˃ *Trata-se de pontos controvertidos.
»» VTI+SE → SUJEITO INDETERMINADO
˃˃ *Vive-se bem em Pomerode.
»» VI+SE → SUJEITO INDETERMINADO
˃˃ *Era-se feliz naquele tempo.
»» VL+SE → SUJEITO INDETERMINADO.
CUIDADO! Essa é apenas a regra geral! Vejamos:
»» *A situação tornou-se insuportável.
Nesse caso, a palavra “SE” pode ser PARTÍCULA APASSIVADORA? Não, porque “tornar”
exerce a função de verbo de ligação e não admite voz passiva. Então, é ÍNDICE DE INDETERMINA-
ÇÃO DO SUJEITO. Certo? Não, porque o sujeito está determinado: “A situação”. Por exclusão, se a
palavra “SE” não é PARTÍCULA APASSIVADORA e não é ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO
SUJEITO, será PARTE INTEGRANTE DO VERBO.
No entanto, esse raciocínio só será aplicado se realmente a questão o exigir. Há um jeito mais
prático para identificar o SE como PARTE INTEGRANTE DO VERBO. Basta colocar o verbo na
“fórmula do QUEM”, mencionada em aula. Se a partícula SE for junto para a “fórmula do QUEM”,
será classificada como PARTE INTEGRANTE DO VERBO. É o que ocorre com REFERIR-SE,
QUEIXAR-SE, SUICIDAR-SE...
Observação Importante: sempre que a PARTÍCULA SE for ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO
DO SUJEITO, o verbo ficará no SINGULAR. Quando for PARTÍCULA APASSIVADORA, o verbo
deve concordar em número com o SUJEITO PACIENTE.
2
A Palavra Expletiva ou de Realce pode ser retirada, sem prejuízo sintático-semântico.

Uma vez que o assunto tratado refere-se à PARTÍCULA “SE”, é importante também revisar os
dois tipos de VOZ PASSIVA: a SINTÉTICA e a ANALÍTICA.
→→ A voz passiva sintética ou pronominal forma-se por meio da partícula “SE” (acabamos de revisar
a matéria). Já a voz passiva analítica forma-se por LOCUÇÃO VERBAL PASSIVA (VERBO SER
+ PARTICÍPIO). Vejamos:
˃˃ *Analisaram-se os pontos controvertidos (VOZ PASSIVA SINTÉTICA OU PRONOMINAL).
˃˃ *Os pontos controvertidos foram analisados (VOZ PASSIVA ANALÍTICA).
3
4
ÍNDICE
Sintaxe da Oração VII��2
Adjunto Adnominal��2
Introdução ao Estudo do Complemento Nominal��2
1
Sintaxe da Oração VII

Adjunto Adnominal
→→ Adjunto adnominal é o termo da oração que caracteriza, especifica ou delimita o significado de
um substantivo. Exemplos:
˃˃ Os alunos estudiosos passaram no concurso.
»» Observamos que o sujeito da oração é “Os alunos estudiosos”. Tal sujeito é constituído pelo
núcleo “alunos” (substantivo) e por dois adjuntos adnominais: “Os” e “estudiosos”.
Ele só lê antigos livros de aventuras.
Os termos “antigos” e “de aventuras” são adjuntos adnominais, visto que caracterizam o subs-
tantivo “livros”.
→→ Os adjuntos adnominais podem ser representados morfologicamente por:
˃˃ *ADJETIVO: terras férteis; ares poluídos.
˃˃ *ARTIGO: o concurso; uma mulher.
˃˃ *PRONOME: minha apostila; este país.
˃˃ *NUMERAL: duas orelhas; primeiro ano.
˃˃ *LOCUÇÃO ADJETIVA: casa de madeira, livro do professor.
Introdução ao Estudo do Complemento Nominal
Vimos em aula que complemento de adjetivo é sempre complemento nominal e complemento

de advérbio é sempre complemento nominal. Com relação a isso, não há qualquer dificuldade. O
problema concentra-se no complemento nominal de substantivo, que pode ser facilmente confun-
dido com adjunto nominal. Mas essa questão será resolvida na próxima aula: “Sintaxe da Oração
VIII”.
2
ÍNDICE
Sintaxe da Oração VIII��2
Complemento Nominal��2
Como Diferenciar Adjunto Adnominal de Complemento Nominal��3
1
Sintaxe da Oração VIII
Complemento Nominal
Vimos em “Sintaxe da Oração VII” que complemento de adjetivo é sempre complemento
nominal, e que complemento de advérbio é sempre complemento nominal. Com relação a isso, não
há qualquer dificuldade. Vejamos:
O problema concentra-se no complemento nominal de substantivo, que pode ser facilmente con-
fundido com adjunto nominal. Essa questão será resolvida agora! Vamos em frente!
2
Como Diferenciar Adjunto Adnominal de Complemento Nominal
3
ÍNDICE
Sintaxe da Oração IX��2
Adjunto Adverbial��2
1
Sintaxe da Oração IX
Adjunto Adverbial
Adjunto adverbial é o termo da oração que se relaciona com verbos, intensifica adjetivos e in-
tensifica advérbios. O adjunto adverbial pode ser expresso por um advérbio ou por uma locução
adverbial.
Quando o adjunto adverbial se relaciona com verbos, não pode ser confundido com objeto. Essa
questão foi trabalhada em aula.
→→ Exemplos de Adjuntos Adverbiais:
˃˃ Adjunto Adverbial De Lugar
»» “Corre o rio e entra no mar.” (Fernando Pessoa)
˃˃ Adjunto Adverbial De Tempo
»» Às duas horas começa outra aula.
˃˃ Adjunto Adverbial De Modo
»» O aluno fez o trabalho apressadamente.
˃˃ Adjunto Adverbial De Intensidade
»» O candidato estuda à beça. (Adjunto adverbial que intensifica verbo)
»» Que linda era aquela paisagem. (Adjunto adverbial que intensifica adjetivo)
»» O aluno corre muito rápido. (Adjunto adverbial que intensifica advérbio)
˃˃ Adjunto Adverbial De Afirmação
»» Com certeza ele virá.
˃˃ Adjunto Adverbial De Negação
»» Jamais isto será feito.
˃˃ Adjunto Adverbial De Dúvida
»» Possivelmente ele virá.
˃˃ Adjunto Adverbial De Concessão
»» Apesar da chuva, iremos à aula de Português.
˃˃ Adjunto Adverbial De Condição
»» Com sorte, chegarei à solução.
˃˃ Adjunto Adverbial De Finalidade
»» Visitou o estabelecimento para fiscalização.
˃˃ Adjunto Adverbial De Assunto
»» Não discuto sobre religião.
˃˃ Adjunto Adverbial De Meio
»» Mandei notícias por um bilhete.
˃˃ Adjunto Adverbial De Instrumento
»» Ele assassinou o inimigo com uma faca.
2
˃˃ Adjunto Adverbial De Causa

»» Empobreceu com as secas.
˃˃ Adjunto Adverbial De Companhia
Irei ao cinema com minha mulher.
˃˃ Adjunto Adverbial De Valor
»» Comprei uma camisa por duzentos reais.
˃˃ Adjunto Adverbial De Conformidade
»» De acordo com o texto, marque a correta.
→→ É importante lembrar que os adjuntos adverbiais podem ser reconhecidos não só pelo sentido
(exemplos citados), mas também pela estrutura:
˃˃ Termo preposicionado de caráter acessório
↑
˃˃ O homem, por sua vez, não quis manifestar-se.
˃˃ Termo preposicionado de caráter acessório
↑
˃˃ Com base em fatores de risco, fizeram o relatório.
3
ÍNDICE
Sintaxe da Oração X��2
Aposto��2
1. Explicativo��2
2. Enumerativo��2
3. Resumitivo Ou Recapitulativo��2
4. Especificador��2
Vocativo��2
1
Sintaxe da Oração X
Aposto
1. Explicativo
Jorge, o cozinheiro, lembrou que peixe cru é muito nutritivo.
Logo acontecerá a grande novidade: a nomeação de Jorge para delegado.
Os três – meus melhores amigos – saíram de Vitória no dia 07 de janeiro.
2. Enumerativo
Os três – o pai, a mãe e o filho – saíram de Vitória no dia 07 de janeiro.
3. Resumitivo Ou Recapitulativo
Dinheiro, amor, férias, nada seduzia o pobre homem.
↓
Termo que “resume” os elementos de uma enumeração
4. Especificador
O Presidente Vargas cometeu suicídio.
↓
Substantivo que nomeia outro substantivo
Vocativo
Dê-me, meu pai, um abraço forte!
↓
Vocativo (chamamento dirigido ao receptor da mensagem)
2
ÍNDICE
Funções Sintáticas de Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo��2
1
Funções Sintáticas de Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo

˃˃ ME – TE – SE – NOS – VOS [OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO]
˃˃ O – A – OS – AS [OBJETO DIRETO]
˃˃ LHE – LHES [OBJETO INDIRETO]
Esse esquema trata apenas de complementos verbais (objeto direto e objeto indireto). Os
pronomes oblíquos, porém, podem exercer outras funções sintáticas, as quais serão analisadas nos
“Exercícios de Fixação e Aprofundamento”.
EXERCÍCIOS
01. Identifique e classifique o sujeito dos verbos destacados nas orações a seguir:
a) Simples
b) Composto
c) Elíptico (Oculto)
d) Indeterminado
e) Inexistente (Oração sem Sujeito)
01. ( ) Boa saúde é fundamental.
02. ( ) Voltaram Ricardo e Alexandre.
03. ( ) Consideram-me egoísta por não concordar com você.
04. ( ) Cantou-se demais em casa.
GABARITO
EXERCÍCIO 01
01 - A
02 - B
03 - D
04 - D
2
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
01. Identifique e classifique o sujeito dos verbos destacados nas orações a seguir:
a) Simples
b) Composto
c) Elíptico (Oculto)
d) Indeterminado
e) Inexistente (Oração sem Sujeito)
1. ( ) Ventou bastante naquela noite.
2. ( ) Terminei a confusão ontem mesmo.
3. ( ) Ontem, no clube, falaram muito de você.
4. ( ) Magoa-me que não tenhas vindo mais cedo.
5. ( ) Alguém saiu com a menina ontem.
6. ( ) Tímidas pareciam suas atitudes na festa.
7. ( ) Faz um calor em Brasília.
8. ( ) Grandes e bonitas eram as montanhas no Chile.
9. ( ) Deseja-se o livro ainda hoje.
10. ( ) Perdeu-se o jogo e a cabeça na Argentina.
11. ( ) Necessitava-se de ajuda na Argentina.
12. ( ) Encontraram-se diamantes na Chapada dos Veadeiros.
13. ( ) Encontrei-te na rua.
14. ( ) Um mascarado assaltou o banco.
15. ( ) Brasil e Argentina são os favoritos.
02. Identifique o “se” como partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito.
a) Partícula apassivadora
b) Índice de indeterminação do sujeito
1. ( ) Quebrou-se a porta.
2. ( ) Comprou-se a porta.
3. ( ) Necessita-se da porta.
4. ( ) Comeu-se a torta.
5. ( ) Comeu-se da torta.
GABARITO
Exercício 01
1. E
2. C
3. D
4.A
5.A
2
6.A
7.E
8.A
9.A
10. B
11. D
12.A
13. C
14.A
15. B
Exercício 02
1.A
2.A
3. B
4.A
5. B
3
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
01. Identifique o “se” como partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito.
a) Partícula apassivadora
b) Índice de indeterminação do sujeito
1. ( ) Está-se feliz aqui.
2. ( ) Está-se aqui.
3. ( ) Vive-se bem em Florianópolis.
4. ( ) Perdeu-se o título.
5. ( ) Ama-se muito o rapaz.
6. ( )Bebeu-se o vinho.
7. ( ) Bebeu-se do vinho.
02. Classifique os verbos, conforme o código abaixo.
a) Verbo de ligação (VL)
b) Verbo Intransitivo (VI)
c) Verbo Transitivo Direto (VTD)
d) Verbo Transitivo Indireto (VTI)
e) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI)
1. ( ) O Brasil é o melhor.
2. ( ) Compraram a mercadoria.
3. ( ) Ela tem presentes de couro.
4. ( ) O rei virou mendigo.
5. ( ) As meninas permanecem bonitas.
6. ( ) O advogado enviou o processo ao juiz.
7. ( ) Bruna saiu ontem de São Paulo.
8. ( ) Ciro ficou chateado.
9. ( ) Ciro ficou no parque.
10. ( ) Rodrigo está com os filhos.
11. ( ) Rodrigo está feliz com os filhos.
12. ( ) Otávio veio de Salvador.
13. ( ) Edilson chorou lágrimas de alegria.
14. ( ) Edilson chorou muito ontem.
GABARITO
Exercício 01
1. B
2. B
3. B
4. A
2
5. A
6. A
7. B
EXERCÍCIO 2
1.A
2. C
3. C
4.A
5.A
6.E
7. B
8.A
9. B
10. B
11.A
12. B
13. C
14. B
3
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
01. Classifique os verbos, conforme o código abaixo.
a) Verbo de ligação (VL)
b) Verbo Intransitivo (VI)
c) Verbo Transitivo Direto (VTD)
d) Verbo Transitivo Indireto (VTI)
e) Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI)
1. ( ) Acariciei-lhe o cabelo com amor.
2. ( ) Dei-lhe o livro com amor.
3. ( ) Rafael contou-me tudo.
4. ( ) Rafael quebrou-me o dedo ontem.
5. ( ) O livro foi-me útil na prova.
6. ( ) O professor resolveu-lhe o problema.
02. Classifique os termos destacados, conforme o código abaixo.
a) Objeto Direto
b) Objeto Direto Preposicionado
c) Objeto Direto Pleonástico
d) Objeto Direto Interno
e) Objeto Indireto
f) Objeto Indireto Pleonástico
g) Predicativo do Sujeito
h) Predicativo do Objeto
1. ( ) Os alunos descobriram tudo.
2. ( ) Os filhos precisam de permissão para algumas coisas.
3. ( ) Os professores dormiram o sono dos justos e humildes.
4. ( ) O livro, eu ainda o comprarei.
5. ( ) A nós, resta-nos ainda uma saída.
GABARITO
Exercício 01
1. C
2. E
3. E
4. C
5. A
6. C
Exercício 2
1.A
2.E
3. D
4. C
5.F
2
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
a) Objeto Direto
e) Objeto Indireto
1. ( ) As mulheres, espertas, sempre descobrem os melhores partidos.
2. ( ) O pai deu por encerrada a confusão.
3. ( ) Vaidosa, já não o era mais aos trinta anos.
4. ( ) Aos vencedores deram medalhas de ouro.
5. ( ) Os torcedores chamaram aos atletas de mercenários.
6. ( ) Nesse triste caso, a ambos cabe a culpa.
7. ( ) Os candidatos apareceram sorridentes depois da prova.
8. ( ) As meninas anseiam pelos melhores rapazes.
9. ( ) Venceram os paulistas aos cariocas naquela batalha.
GABARITO
Exercício 01
1. G
2. H
3. G
4. E
5. E
6. E
7. G
8. E
9. B
2
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
a) Objeto Direto
e) Objeto Indireto
1. ( ) Gosto de você feliz.
2. ( ) Ofereceram-lhe melhor salário.
3. ( ) Basta-nos paz e promessa de melhores dias.
4. ( ) Você sempre nos enganou com seu jeito ingênuo.
5. ( ) Os romanos adoravam a Júpiter.
a) Adjunto Adnominal
b) Complemento Nominal
1. ( ) A construção da ponte foi demorada.
2. ( ) O gosto de Joana por doces é imenso.
3. ( ) A oferta dos amigos foi generosa.
4. ( ) A oferta aos amigos foi generosa.
5. ( ) Ela estava ávida por amor.
6. ( ) Atenciosamente ao acaso, ele fez tudo.
7. ( ) O direito do brasileiro é real.
8. ( ) O direito ao voto é real.
GABARITO
Exercício 01
1. H
2.E
3.E
4.A
5. B
Exercício 2
1. B
2.A
3.A
4. B
5. B
6. B
7.A
8. B
2
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
b) Complemento Nominal
1. ( ) A compra do imóvel se tornou realidade ontem.
2. ( ) A compra de meu presente estourou o orçamento.
3. ( ) A compra de natal por meus pais estourou o orçamento.
4. ( ) Estou feliz com a situação.
5. ( ) Quebro-te a cara se não voltares.
6. ( ) Ser-me-á muito útil todo o material.
7. ( ) A certeza da vitória estimulava-me.
8. ( ) A certeza dos jogadores era evidente.
9. ( ) A oferta do dinheiro veio em boa hora.
10. ( ) A oferta do amigo veio em boa hora.
11. ( ) Quero lhe beijar a boca.
12. ( ) Isto lhe foi terrível.
a) Objeto Direto
b) Objeto Indireto
c) Adjunto Adnominal
d) Complemento Nominal
e) Adjunto Adverbial
f) Agente da Passiva
1. ( ) Quem faz tudo correto não teme a Deus.
2. ( ) Os jovens não discordaram dele.
3. ( ) Depois da operação, correu ao espelho para ver como ficou a plástica.
4. ( ) Era conhecido de todos o seu temperamento.
5. ( ) A aluna sempre foi boa em Matemática.
GABARITO
Exercício 01
1. B
2. B
3.A
4. B
5.A
6. B
7. B
2
8.A
9. B
10.A
11.A
12. B
Exercício 2
1.A
2. B
3.E
4. F
5. D
3
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
a) Objeto Direto
b) Objeto Indireto
c) Adjunto Adnominal
d) Complemento Nominal
e) Adjunto Adverbial
f) Agente da Passiva
1. ( ) O juiz decidiu contrariamente ao esperado.
2. ( ) Algumas pessoas dizem palavras sem sentido.
3. ( ) Não devemos perder a esperança em dias melhores.
4. ( ) A descoberta do Brasil foi um grande acontecimento político na Europa.
5. ( ) Consta que foi uma descoberta dos portugueses.
6. ( ) As colunas da ponte são de ferro.
7. ( ) Raios de brilho fazem-me lembrar de você.
8. ( ) Os alunos têm aversão à analise sintática.
9. ( ) Ninguém resiste aos encantos da natureza.
10. ( ) O pedido foi feito por alunos.
b) Predicativo
c) Adjunto Adverbial
d) Aposto
e) Vocativo
1. ( ) Os meus livros estão em dois quartos separados.
2. ( ) Ela é bonita demais.
3. ( ) A rainha do campo fez sucesso.
4. ( ) A rainha no campo fez sucesso.
5. ( ) O São Paulo, o melhor time do Brasil, será campeão novamente.
6. ( ) Isabela, volte para mim!
7. ( ) Os alunos inteligentes já entenderam tudo.
8. ( ) Os alunos, inteligentes, já entenderam tudo.
9. ( ) Meu primo José voltou.
10. ( ) A caneta, o lápis, a borracha, tudo era novo.
11. ( ) Comprei algumas coisas: um carro e uma casa.
12. ( ) O coração, sede dos mistérios, é tão mesquinho.
13. ( ) Serenai, verdes mares.
14. ( ) Ouviremos a palestra do dia.
2
GABARITO
Exercício 01
1. D
2. C
3. D
4. D
5. C
6. C
7. B
8. D
9. B
10. F
Exercício 02
1.A
2. B
3.A
4. C
5. D
6.E
7.A
8. B
9. D
10. D
11. D
12. D
13.E
14.A
3
ÍNDICE
Exercícios��2
1
Exercícios
01. Classifique o “se” nos períodos abaixo.
1. Falam que ela se feria de propósito.
2. Estudou-se o assunto.
3. Ela se suicidou ontem.
4. Aos inimigos não se perdoa.
5. Perdoa-se o erro.
6. Fizeram-se as reformas da casa.
7. Trabalha-se dia e noite.
8. Maria se faz de boba.
9. A menina sorria e olhava-se no espelho.
10. Os atletas cumprimentaram-se com entusiasmo.
11. Vão-se os anéis, ficam os dedos.
12. Se não estudar, não garanto o resultado.
13. Em sonho, Paula viu-se entrar no céu.
14. Se gosta dela, porque não a procura.
15. Guerra se faz com armas.
16. Não se é ministro, se está ministro.
GABARITO
Exercício 01
1. Pronome reflexivo
2. Partícula apassivadora
3. Parte integrante do verbo
4. Índice de indeterminação do sujeito
7. Índice de indeterminação do sujeito
10. Pronome recíproco
11. Palavra expletiva ou de realce
12. Conjunção condicional
14. Conjunção causal
16.Índice de indeterminação do sujeito
2
ÍNDICE
Sintaxe do Período I��2
Introdução��2
Orações Coordenadas (Parte I)��2
Aditivas��2
Adversativas��2
Alternativas��3
Explicativas��3
Conclusivas��3
1
Sintaxe do Período I
Introdução
˃˃ Orações Coordenadas
˃˃ Orações Subordinadas:
Orações Coordenadas (Parte I)

Sugestão: realizar a leitura deste resumo teórico após assistir às aulas “Sintaxe do Período I” e
“Sintaxe do Período II”.
As orações coordenadas dividem-se em dois grupos:
01. Sindéticas: são aquelas que apresentam conjunção coordenativa.
02. Assindéticas: são aquelas que não apresentam conjunção coordenativa.
Vejamos:
A campainha batia, MAS o velhinho não ouvia.
1ª ORAÇÃO: “A CAMPAINHA BATIA”: oração coordenada assindética.
2ª ORAÇÃO: “MAS O VELHINHO NÃO OUVIA”: oração coordenada sindética.
As orações coordenadas sindéticas recebem o nome da conjunção coordenativa que as inicia.
Classificam-se, portanto, em:
Aditivas
Expressam adição, sequência de pensamentos. Exemplos de conjunções aditivas: e; nem; não só...
mas também.
Vejamos:
Oração Coordenada Assindética
↑
Nosso amigo não veio nem telefonou.
↓
Oração Coordenada Sindética Aditiva
Adversativas
Exprimem oposição, contraste. Exemplos de conjunções adversativas: mas; porém; contudo;
todavia; entretanto; no entanto.
Vejamos:
↑
2
Nosso time jogou bem, mas não conseguiu vencer.

↓
Oração Coordenada Sindética Adversativa
Alternativas
Exprimem exclusão, alternância. Exemplos de conjunções alternativas: ou; ou...ou; ora...ora.
Vejamos:
↑
Fique em casa ou vá para a escola logo.
↓
Oração Coordenada Sindética Alternativa
Explicativas
Indicam uma explicação ao que foi enunciado na outra oração. Exemplos de conjunções explica-
tivas: porque; que; pois (no início da oração a que pertence).
Vejamos:
↑
Não façam barulho, que estou estudando.
↓
Oração Coordenada Sindética Explicativa
Conclusivas
Estabelecem uma ideia de conclusão em relação à outra oração. Exemplos de conjunções conclu-
sivas: portanto; por isso; logo; pois (deslocado).
Vejamos:
↑
O carro é teu; logo deves cuidar bem dele.
↓
Oração Coordenada Sindética Conclusiva
3
ÍNDICE
Sintaxe do Período II��2
Orações Coordenadas (Parte II)��2
Orações Subordinadas Adjetivas��2
Explicativas��2
Restritivas��2
Orações Subordinadas Adjetivas��2
1
Sintaxe do Período II
Orações Coordenadas (Parte II)
Ler o resumo teórico do bloco anterior: “Sintaxe da Oração I”.
Orações Subordinadas Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por PRONOME RELATIVO: que (o qual, a
qual, os quais, as quais), quem, onde, cujo etc. Podem ser de dois tipos: explicativas (com vírgulas) e
restritivas (sem vírgulas).
Explicativas
Encerram uma afirmação adicional sobre um ser que já está suficientemente definido. As orações
subordinadas adjetivas explicativas são isoladas por vírgulas. Exemplo:
Pronome Relativo
↑
Os balões, que subiam lentamente, eram muito admirados.
↓
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Restritivas
As orações subordinadas adjetivas restritivas restringem, limitam a significação de um termo
antecedente (substantivo ou pronome). Não são isoladas por vírgulas. Exemplo:
Pronome Relativo
↑
Eu já li o livro que você me trouxe.
↓
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
É importante lembrar que as orações subordinadas adjetivas EXPLICATIVAS e RESTRITIVAS
têm sempre sentidos diferentes.
Para compreender essa questão, basta analisar o esquema apresentado em aula:
Orações Subordinadas Adjetivas
2
ÍNDICE
Sintaxe do Período III��2
Orações Subordinadas Adverbiais (Parte I)��2
Finais��2
Causais��2
Comparativas��2
Conformativas��2
Temporais��3
Proporcionais��3
Consecutivas��3
Condicionais��3
Concessivas��3
1
Sintaxe do Período III

Orações Subordinadas Adverbiais (Parte I)
As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial da oração principal.
Existem nove tipos1 de orações subordinadas adverbiais:
Finais
Oração subordinada adverbial final é aquela que indica a finalidade do fato expresso na oração
principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Para que tudo corra bem, precisamos estar atentos.
↓
Oração Subordinada Adverbial Final
Causais
Oração subordinada adverbial causal é aquela que exprime o motivo, a causa do fato expresso na
oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Como tinha melhores jogadores, nosso time venceu.
↓
Oração Subordinada Adverbial Causal
Comparativas
Oração subordinada adverbial comparativa é aquela que representa o segundo termo de uma
comparação. Exemplo:
Oração Principal
↑
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.
↓
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
Conformativas
Oração subordinada adverbial conformativa é aquela que indica conformidade com a declara-
ção contida na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
O torneio será realizado como exige a Federação.
↓
Oração Subordinada Adverbial Conformativa
1 Embora o material apresente os nove tipos de orações subordinadas adverbiais, abordaremos neste bloco apenas cinco:
finais, causais, comparativas, conformativas e temporais.
2
Temporais
Oração subordinada adverbial temporal é aquela que indica o tempo da realização do fato de-
clarado na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Mal você saiu, começou a briga.
↓
Oração Subordinada Adverbial Temporal
Proporcionais
Oração subordinada adverbial proporcional é aquela que indica uma relação de proporcionali-
dade com o fato expresso na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
À medida que envelhecia, aumentava seu remorso.
↓
Oração Subordinada Adverbial Proporcional
Consecutivas
Oração subordinada adverbial consecutiva é aquela que indica a consequência do fato expresso
na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
A prova foi tão difícil que ninguém foi aprovado.
↓
Oração Subordinada Adverbial Consecutiva
Condicionais
Oração subordinada adverbial condicional é aquela que exprime condição à ocorrência do fato
expresso na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
O crime caracterizar-se-ia caso houvesse verbas.
↓
Oração Subordinada Adverbial Condicional
Concessivas
Oração subordinada adverbial concessiva é aquela que, apesar de indicar uma circunstância
adversa à declaração da oração principal, não tem a capacidade de impedi-la, invalidá-la. Exemplo:
Oração Principal
↑
Ainda que sejamos torturados, não confessaremos.
↓
Oração Subordinada Adverbial Concessiva
3
ÍNDICE
Sintaxe do Período IV��2
Orações Subordinadas Adverbiais (Parte II)��2
Finais��2
Causais��2
Comparativas��2
Conformativas��2
Temporais��3
Proporcionais��3
Consecutivas��3
Condicionais��3
Concessivas��3
1
Sintaxe do Período IV
Orações Subordinadas Adverbiais (Parte II)
As orações subordinadas adverbiais exercem a função de adjunto adverbial da oração principal.
Existem nove tipos1 de orações subordinadas adverbiais:
Finais
Oração subordinada adverbial final é aquela que indica a finalidade do fato expresso na oração
principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Para que tudo ocorra bem, precisamos estar atentos.
↓
Oração Subordinada Adverbial Final
Causais
Oração subordinada adverbial causal é aquela que exprime o motivo, a causa do fato expresso na
oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Como tinha melhores jogadores nosso time venceu.
↓
Oração Subordinada Adverbial Causal
Comparativas
Oração subordinada adverbial comparativa é aquela que representa o segundo termo de uma
comparação. Exemplo:
Oração Principal
↑
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.
↓
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
Conformativas
Oração subordinada adverbial conformativa é aquela que indica conformidade com a declaração
contida na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
O torneio será realizado como exige a Federação.
↓
Oração Subordinada Adverbial Conformativa
1 Embora o material apresente os nove tipos de orações subordinadas adverbiais, trabalharemos

neste bloco apenas quatro: proporcionais, consecutivas, condicionais, concessivas.
2
Temporais
Oração subordinada adverbial temporal é aquela que indica o tempo da realização do fato decla-
rado na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
Mal você saiu, começou a briga.
↓
Oração Subordinada Adverbial Temporal
Proporcionais
Oração subordinada adverbial proporcional é aquela que indica uma relação de proporcionalida-
de com o fato expresso na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
À medida que envelhecia, aumentava seu remorso.
↓
Oração Subordinada Adverbial Proporcional
Consecutivas
Oração subordinada adverbial consecutiva é aquela que indica a consequência do fato expresso
na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
A prova foi tão difícil que ninguém foi aprovado.
↓
Oração Subordinada Adverbial Consecutiva
Condicionais
Oração subordinada adverbial condicional é aquela que exprime condição à ocorrência do fato
expresso na oração principal. Exemplo:
Oração Principal
↑
O crime caracterizar-se-ia caso houvesse verbas.
↓
Oração Subordinada Adverbial Condicional
Concessivas
Oração subordinada adverbial concessiva é aquela que, apesar de indicar uma circunstância
adversa à declaração da oração principal, não tem a capacidade de impedi-la, invalidá-la. Exemplo:
Oração Principal
↑
Ainda que sejamos torturados, não confessaremos.
↓
Oração Subordinada Adverbial Concessiva
3
ÍNDICE
Sintaxe do Período Composto V��2
Conjunções Adversativas e Conjunções Concessivas��2
Orações Subordinadas Substantivas (Parte I)��2
1
Sintaxe do Período Composto V

Conjunções Adversativas e Conjunções Concessivas
→→ Conjunções de Oposição:
˃˃ Conjunções Adversativas [Ideia principal / + forte]
MAS – PORÉM – CONTUDO – TODAVIA – ENTRETANTO – NO ENTANTO
˃˃ Conjunções Concessivas [Ideia secundária / + fraca]
EMBORA – MESMO QUE – AINDA QUE – APESAR DE [QUE] – POR MAIS QUE – CONQUANTO ETC.
Orações Subordinadas Substantivas (Parte I)

Orações Subordinadas Substantivas1 Subjetivas
Conjunção Subordinativa Integrante (CSI) Objetivas Diretas
Objetivas Indiretas
Completivas Nominais
Predicativas
Apositivas
Exemplo 1:
É importante que todos estudem.

↓
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Exemplo 2:
Exemplo 3:
1 Neste bloco, veremos três tipos de orações subordinadas substantivas (exemplos de 1 a 3): subjetiva, objetiva direta e predi-
cativa.
2
ÍNDICE
Sintaxe do Período Composto VI��2
Orações Subordinadas Substantivas (Parte II)��2
Orações Reduzidas��2
1
Sintaxe do Período Composto VI

Orações Subordinadas Substantivas (Parte II)
Orações Subordinadas Substantivas1 Subjetivas
Conjunção Subordinativa Integrante (CSI) Objetivas Diretas
Objetivas Indiretas
Completivas Nominais
Predicativas
Apositivas
Exemplo 4:
Exemplo 5:
Exemplo 6:
Orações Reduzidas
As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo (conjunção ou pronome relativo) e
apresentam o verbo em uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
1 Neste bloco, veremos outros três tipos de orações subordinadas substantivas (exemplos de 4 a 6): objetiva indireta, comple-
tiva nominal e apositiva.
2
→→ Veja como funciona:
Para reduzir esta oração subordinada, basta retirar o conectivo:
3
ÍNDICE
Funções Sintáticas dos Pronomes Relativos��2
1
Funções Sintáticas dos Pronomes Relativos
1. O homem / que é honesto / dorme com tranquilidade.

↓
Sujeito
2. Cresceram as roseiras / que mamãe plantou no jardim.

↓
Objeto Direto
3. Estas são as informações / de que você necessita.

↓
Objeto Indireto
4. Surpreendem-nos as loucuras / de que ele é capaz.

↓
Complemento Nominal
5. Não confio no hipócrita / que você é.

↓
Predicativo do Sujeito
6. Aquele é o cão / por que fui mordido.

↓
Agente da Passiva
7. Aquele é o hospital / em que nasci.

↓
Adjunto Adverbial
8. Chegaram os convidados / a quem esperávamos.

↓
Objeto Direto Preposicionado
9. Aquelas são as senhoras / a quem devemos obedecer.

↓
2
Objeto Indireto
10. O incêndio / cujas origens estão investigando / causou bastante prejuízo.

↓
Adjunto Adnominal
3
ÍNDICE
Regência Verbal (Parte I)��2
Introdução��2
Verbos Analisados em Aula��2
1
Regência Verbal (Parte I)
Introdução
Problemas de Regência Verbal:
1. Entrei e saí da sala.
2. O Brasil só vai sair da crise em que está quando cuidar, investir e priorizar a educação.
Verbos Analisados em Aula
2
ÍNDICE
Regência Verbal (Parte II)��2
Verbos analisados em aula��2
Leitura Complementar��3
1
Regência Verbal (Parte II)

Verbos analisados em aula
VERBOS COMENTÁRIOS EXEMPLOS
*Prefiro cerveja a vinho (sem
*Não se deve usar “do que” com o verbo artigo).
preferir / Prefiro Português do que Mate- *Prefiro a cerveja ao vinho
mática (errado). (com artigo).
Preferir
*Não se deve intensificar o verbo preferir. *Prefiro vinho a cerveja (sem
*Quem prefere prefere ALGUMA COISA artigo).
A OUTRA COISA. *Prefiro o vinho à cerveja (com
artigo).
1. Esqueceu / Lembrou tudo
(OD).
2. Esqueceu-se / Lembrou-se
de tudo (OI).
1. Esqueci / Lembrei tudo
1. Esquecer / Lembrar
1. VTD (OD).
2. Esquecer-se / Lembrar-se [me, te,
2. VTI - de 2. Esqueci-me / Lembrei-me de
se, nos, vos ]
tudo (OI).
1. Esquecemos / Lembramos
tudo (OD).
2. Esquecemo-nos / Lembra-
mo-nos de tudo (OI).
1. VTD (OD + Predicativo do Objeto)
1. Chamei o rapaz de incom-
*O Predicativo do Objeto pode ser com ou petente. / Chamei o rapaz
sem a preposição “de”. incompetente.
Chamar (denominar / apelidar)
2. VTI (OI + Predicativo do Objeto) 2. Chamei ao rapaz de incom-
petente. / Chamei ao rapaz
*O Predicativo do Objeto pode ser com ou incompetente.
sem a preposição “de”.
1. Assistimos ao acidente de
trânsito.
1. Ver (VTI – a) 1. Assistimos à peça de teatro.
2. Dar assistência (VTD ou VTI – a) 2. O médico assistiu os / aos
Assistir
3. Morar (VI - em) feridos.
4. Caber / Pertencer (VTI – a) 3. Ele assiste em Curitiba.

4. Esse direito não cabe a você.
/ Esse direito não lhe cabe.
2
3
ÍNDICE
Crase (Parte I)��2
Introdução��2
Casos em Que Não Ocorre Crase (início)��2
1
Crase (Parte I)
Introdução
*Caso 1: PREPOSIÇÃO + ARTIGO
Exemplo:
Eu me referi à prova de Português.
*Caso 2: PREPOSIÇÃO + PRONOME DEMONSTRATIVO [AQUELE / AQUELA / AQUILO]
Exemplo:
Eu me referi àquele senhor.
*Caso 3: PREPOSIÇÃO + A [PRONOME DEMONSTRATIVO]
Exemplo:
Eu me referi à que está sobre a mesa.
*Caso 4: PREPOSIÇÃO + PRONOME RELATIVO [A QUAL]
Exemplo:
Esta é a apostila à qual me referi.
Casos em Que Não Ocorre Crase (início)1

˃˃ 1. antes de palavras masculinas;
˃˃ 2. antes de verbos;
˃˃ 3. antes de pronomes pessoais (retos e oblíquos);
˃˃ 4. antes de pronomes de tratamento / com exceção de senhora e senhorita;
˃˃ 5. antes dos pronomes demonstrativos esta e essa;
˃˃ 6. antes de artigos indefinidos e pronomes indefinidos;
˃˃ 7. entre palavras repetidas;
8. quando “a” (singular) vem antes de “plural”.
1 Este material apresenta 8 casos em que não ocorre crase. Neste bloco, veremos os casos de 1 a
4. Os demais casos serão estudados em “Crase - Parte II”.
2
ÍNDICE
Crase (Parte II)��2
Casos em que não ocorre crase (continuação)��2
Aprofundamento – Resumo da Aula��2
1
Crase (Parte II)

Casos em que não ocorre crase (continuação)1
1. antes de palavras masculinas;
2. antes de verbos;
3. antes de pronomes pessoais (retos e oblíquos);
4. antes de pronomes de tratamento / com exceção de senhora e senhorita;
5. antes dos pronomes demonstrativos esta e essa;
6. antes de artigos indefinidos e pronomes indefinidos;
7. entre palavras repetidas;
8. quando “a” (singular) vem antes de “plural”.
Aprofundamento – Resumo da Aula

Nesta aula, vimos que substantivos femininos, em alguns contextos, podem ser utilizados com
ou sem o artigo definido “a”, dependendo do sentido que se pretende obter. Pode-se utilizar o artigo
“a” para dar ao substantivo um sentido definido, determinado, preciso. No entanto, pode-se optar
por não utilizar o artigo “a”, de modo a dar ao substantivo um sentido vago, impreciso. Basta lembrar
o exemplo da “igreja”, analisado em aula:
Não vou à igreja.
↓
Preposição + Artigo (Trata-se de uma igreja definida, determinada.)
Não vou a igreja.
↓
Preposição (Trata-se de qualquer igreja.)
Há casos, porém, em que o artigo definido “a” deve ser afastado pelo contexto. Lembremo-nos do
exemplo utilizado em aula:
Negócios jurídicos sujeitos a condição devem ser registrados em cartório.
↓
Preposição (Não há dúvida, pelo contexto, que se trata de uma condição
qualquer. Nesse caso, o artigo definido “a” deve ser afastado.)
2
ÍNDICE
Crase (Parte III)��2
Casos Específicos��2
1
Crase (Parte III)
Casos Específicos
1. Ocorre crase em locuções prepositivas com palavras femininas: à moda de – à espera de – à

margem de – à altura de – à frente de etc. Cuidado: a respeito de não recebe acento grave, pois respeito
é palavra masculina; a partir de não recebe acento grave, pois partir é verbo.
2. Ocorre crase em locuções adverbiais (lugar, tempo, modo, intensidade, instrumento etc.) com
palavras femininas: à esquerda – à direita – à tarde – à noite – às vezes – às pressas – à toa – à beça – à
vista – à caneta. Cuidado: a prazo não recebe acento grave, pois prazo é palavra masculina.
3. TOPÔNIMOS: só admitem acento grave indicativo de crase os topônimos que admitirem

artigo. Exemplos:
a) Vou à Bahia (volto da);

b) Vou a Brasília (volto de). Nesse caso, se o topônimo estiver qualificado, ocorre crase: “Vou a
Brasília de Juscelino.”
4. As palavras “CASA” e “DISTÂNCIA” só admitem acento grave indicativo de crase se estiverem

determinadas.
5. Usa-se acento grave na marcação de horas: às 14h; às 13h35; das 14h às 17h30. (Ver “Crase –
Parte IV”)
6. A palavra “TERRA” não admite acento grave indicativo de crase ,se estiver no mero sentido de
terra firme. (Ver “Crase – Parte IV”)
Principais casos facultativos

(Ver “Crase – Parte IV”)
1. Antes de nome próprio feminino: a) Eu me referi à Maria; b) Eu me referi a Maria.
2. Antes de pronome possessivo feminino singular: minha / tua / sua / nossa / vossa. Exemplos: a)
Eu me referi à sua vaga; b) Eu me referi a sua vaga.
3. Depois da preposição ATÉ: a) Vou até à janela; b) Vou até a janela. (Ver “Crase – Parte IV”)
2
ÍNDICE
Verbos (Parte I)��2
Modo Indicativo��2
Presente��2
Pretérito Perfeito��2
Pretérito Imperfeito��2
Pretérito Mais-que-perfeito��2
Futuro do Presente��2
Futuro do Pretérito��2
Modo Subjuntivo��2
Presente��2
Futuro��2
Modo Imperativo��3
Imperativo Afirmativo��3
Imperativo Negativo��3
1
Verbos (Parte I)
Embora apresente esquema teórico completo exposto em aula, este bloco trata do tempo
PRESENTE do modo INDICATIVO.
Modo Indicativo
Presente
[Neste momento eu...]
[fato que acontece no momento da fala / ação habitual / fato passado / fato futuro / verdade cien-
tífica...]
Pretérito Perfeito
[Eu já...]
[tu ste / vós stes]
[fato passado concluído]
Pretérito Imperfeito
[Antigamente eu...]
[ava / ia]
[vós cantáveis / vós corríeis]
[fato passado contínuo / com duração no tempo / em decurso permanente]
Pretérito Mais-que-perfeito
[eu fizera / eu pusera / eu fora...]
[fato passado anterior a outro fato também passado]
Futuro do Presente
[Amanhã eu...]
Futuro do Pretérito
[ria]
[vem depois de um fato pretérito]
[hipótese]
Modo Subjuntivo
Presente
[que eu...]
[que eu corra / que tu corras / que ele corra / que nós corramos / que vós corrais / que ele corram]
[se eu...]
[ss]
Futuro
[quando / se]
2
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
[traze tu / traga você / tragamos nós / trazei vós / tragam vocês]
Imperativo Negativo
Presente do Subjuntivo
Eu traga
Tu tragas
Você traga
Nós tragamos
Vós tragais
Vocês tragam
[não tragas tu / não traga você / não tragamos nós / não tragais vós / não tragam vocês]
3
ÍNDICE
Verbos (Parte II)��2
Presente��2
Presente��2
Futuro��3
1
Verbos (Parte II)

→→ Embora apresente esquema teórico completo exposto em aula, este bloco trata dos tempos PRE-
TÉRITO PERFEITO, PRETÉRITO IMPERFEITO, PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO,
FUTURO DO PRESENTE e FUTURO DO PRETÉRITO do modo INDICATIVO.
Modo Indicativo
Presente
tífica...]
Pretérito Perfeito
[Eu já...]
[Antigamente eu...]
[ava / ia]
Futuro do Presente
[Amanhã eu...]
[ria]
[hipótese]
Modo Subjuntivo
Presente
[que eu...]
2
[se eu...]
[ss]
Futuro
[quando / se]
Modo Imperativo
Imperativo Negativo
Eu traga
Tu tragas
Você traga
Nós tragamos
Vós tragais
Vocês tragam
3
ÍNDICE
Verbos (Parte III)��2
Presente��2
Presente��3
Futuro��3
1
Verbos (Parte III)

→→ Embora apresente esquema teórico completo exposto em aula, este bloco trata apenas dos seguin-
tes tópicos: a) PRESENTE, PRETÉRITO IMPERFEITO e FUTURO do modo SUBJUNTIVO; b)
MODO IMPERATIVO (parte inicial).
Modo Indicativo
Presente
tífica...]
Pretérito Perfeito
[Eu já...]
[Antigamente eu...]
[ava / ia]
Futuro do Presente
[Amanhã eu...]
[ria]
[hipótese]
2
Modo Subjuntivo
Presente
[que eu...]
[se eu...]
[ss]
Futuro
[quando / se]
Modo Imperativo
Imperativo Negativo
Eu traga
Tu tragas
Você traga
Nós tragamos
Vós tragais
Vocês tragam
3
ÍNDICE
Verbos (Parte IV)��2
1
Verbos (Parte IV)

Neste bloco, finalizaremos o estudo do MODO IMPERATIVO e iniciaremos a resolução de
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
Modo Imperativo
Imperativo Negativo
Eu traga
Tu tragas
Você traga
Nós tragamos
Vós tragais
Vocês tragam
EXERCÍCIOS
Já em 1995 havia sinais evidentes de que a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera tinha
aumentado acentuadamente desde o início da era industrial, de que a atividade humana contribuíra
significativamente para esse aumento e de que ele teria efeitos profundos sobre o clima e o nível dos
mares.
01. O verbo grifado acima, considerando-se o tempo e o modo em que se encontra, indica, no
contexto,
[...]
e) fato passado em relação a outro, também passado.
Na Renascença, a descoberta da perspectiva pelos geômetras encantou os pintores, que logo
abandonaram as cenas sem profundidade do período clássico e passaram a explorar sensações tri-
dimensionais em seus quadros. Os arquitetos também procuravam dar às igrejas um desenho geo-
metricamente perfeito; acreditavam, com isso, que criavam um portal para o mundo metafísico das
ideias religiosas.
02. Os verbos grifados acima, considerando-se o tempo e o modo em que se encontram, indicam,
no contexto,
2
a) ação realizada em um tempo determinado, no passado.

b) probabilidade de realização de um fato qualquer.
c) situação transcorrida no passado, anterior a outra, também passada.
d) condição essencial para a realização de um fato.
e) processo em decurso permanente no passado.
“Isso não quer dizer que seus funcionários sejam preguiçosos,” [...]
03. Assinale a opção em que o verbo está flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado na
passagem acima.
a) Estejam atentos na hora da reunião.
b) Os ventos sopram em direção ao mar.
c) Gostaria de que ele fosse mais educado.
d) Se reouver os documentos perdidos, ficarei aliviado.
e) Espero que você cumpra o horário do trabalho.
Considere a frase abaixo:
Apenas um pescador afirmou que identificara o animal pelas marcas na barbatana.
04. O tempo composto que corresponde a identificara é:
a) tenha identificado.
b) tinha identificado.
c) terá identificado.
d) teria identificado.
e) tem identificado.
05. Tinham seus prediletos [...]. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
acima está em:
a) Dumas consentiu.
b) [...] levaram com eles a instituição do “lector”.
c) [...] enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos [...].
d) Despontava a nova capital mundial do Havana.
e) [...] que cedesse o nome de seu herói [...].
A mãe de Vitalino era louceira.
06. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o sublinhado acima está em:
a) [...] onde nasceu, a rosa na roseira etc.
b) [...] que me põe doente [...].
c) [...] Vitalino não está sozinho, não.
d) [...] como os via no terreiro da casa [...].
e) [...] que se dê com mais prazer.
GABARITO
01 – E
02 – E
03 – E
04 – B
05 – D
06 – D
3
ÍNDICE
Verbos (Parte V)��2
1
Verbos (Parte V)
→→ Neste bloco, finalizaremos a resolução de EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO.
EXERCÍCIOS
01. Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais em:
a) Caso um de nós a tome em sentido absoluto, a questão de gosto acabará por impedir que
debatamos com alguma seriedade.
b) Caso sejam levadas a sério, suas ponderações teriam soterrado as tais razões de gosto que
alegássemos seus interlocutores.
c) Somente nos restaria engolir em seco, se admitirmos que a tal da questão de gosto tivesse
alguma relevância.
d) Se alguém apelasse para a tal “questão de gosto”, dificilmente nós, reputados polemistas,
haveremos de concordar.
e) Seria necessário que todos gostassem das fórmulas ditatoriais do gosto para que se impeça
um debate calcado em princípios argumentativos.
02. Está inteiramente adequada a correlação entre os tempos e os modos verbais da frase:
a) Os prefácios correriam o risco de serem inúteis caso tenham sido escritos segundo as instru-
ções convencionais.
b) Houvesse enorme interesse pela leitura de prefácios e as editorias certamente cuidariam que
fossem mais criativos.
c) Quando se fizesse uma glosa de frase de um grande autor deve-se citar a fonte original: esse
é um dever ético.
d) Caso o autor viesse a infirmar tanto o nome do grande poeta como o da frágil poetisa,
muitos o acusarão de indiscreto.
e) Menos que seja objeto de preconceito, um bom prefácio sempre resistiria aos critérios de um
crítico rigoroso.
03. A forma correta do verbo submeter-se, na primeira pessoa do plural do imperativo afirmati-
vo, é:
a) Submeta-se.
b) Submete-se.
c) Submetei-vos.
d) Submetamo-nos.
04. _______________ mesmo que és capaz de vencer; _______________ e não
_______________.
a) Mostra a ti / decide-te / desanime
b) Mostre a ti / decida-te / desanimes
c) Mostra a ti / decida-te / desanimes
d) Mostra a ti / decide-te / desanimes
GABARITO
01 – A
02 – B
03 – D
04 – D
2
ÍNDICE
Acentuação Gráfica (Parte I)��2
Oxítonas��2
Paroxítonas��2
Proparoxítonas��2
Monossílabos��2
Regra Envolvendo as Vogais “I” E “U”��3
Ditongos Abertos na Sílaba Tônica��3
OO / EE��3
Acentos Diferenciais��3
1
Acentuação Gráfica (Parte I)

Neste bloco, estudaremos a acentuação das OXÍTONAS, das PAROXÍTONAS e das PROPARO-
XÍTONAS. No próximo bloco, serão abordadas as demais regras de acentuação gráfica.
Oxítonas
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em:
A (s): guaraná, alvará, atrás, amá-la.
E (s): você, fazê-la, chalés, freguês.
O (s): compô-la, jiló, avós, avô.
EM/ENS: armazém, parabéns, ninguém, (tu) deténs, (ele) detém.
Paroxítonas
São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em:
R: fêmur, revólver
US: ônus, vírus
UM: álbuns
UNS: álbuns
X: látex, tórax
I(s): táxi, tênis
N: hífen, abdômen
L: túnel, ágil
Ã(s): órfã, ímãs
ÃO(s): órgão, bênçãos
PS: bíceps, fórceps
ON(s): próton, íons
DITONGO seguido ou não de s: área, série, história, mágoa.
É importante lembrar que NÃO se acentuam paroxítonas terminadas por:
A (s): vela
E (s): controle
O (s): selo
EM/ENS: item, itens, hifens
Proparoxítonas
TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: exército, sílaba, lâmina.
Monossílabos
São acentuados os monossílabos tônicos terminados em:
A(s): chá, pá, dá-lo
E(s): mês, pé, vê-lo
2
O(s): nó, vós, pô-la

Acentuam-se também os monossílabos com ditongos abertos éu, éi, ói. Exemplos: céu, réis, dói.
Regra Envolvendo as Vogais “I” E “U”

Recebem acento agudo o I e o U tônicos, quando forem a segunda vogal do hiato, nas seguintes
condições:
→ sozinhos na sílaba ou seguidos de S;
→ não seguidos de NH.
Exemplos: juízo, baía, balaústre, juiz, rainha.
Ditongos Abertos na Sílaba Tônica

São acentuados os ditongos abertos ÉU, ÉI, ÓI na sílaba tônica. Exemplos: herói, chapéu, anéis.
*REFORMA ORTOGRÁFICA: NÃO HÁ MAIS ACENTO NOS DITONGOS ABERTOS DAS
PALAVRAS PAROXÍTONAS.
ANTES DEPOIS
idéia ideia
platéia plateia
estréia estreia
(eu) apóio (eu) apoio
assembléia assembleia
européia europeia
jóia joia
OO / EE
*REFORMA ORTOGRÁFICA: não há mais acento circunflexo nos hiatos oo e ee.
ANTES DEPOIS
lêem leem
dêem deem
vêem veem
crêem creem
prevêem preveem
enjôo enjoo
vôo voo
Acentos Diferenciais
*REFORMA ORTOGRÁFICA: foram abolidos, entre outros, os seguintes acentos diferenciais:
para (verbo);
polo (extremidade);
pelo (substantivo);
pera (substantivo).
Alguns acentos diferenciais, no entanto, não foram abolidos pela REFORMA ORTOGRÁFICA:
3
eles têm (plural) / ele tem (singular);

eles vêm (plural) / ele vem (singular);
Pôr (verbo) / Por (preposição);
ele pôde (passado) / ele pode (presente).
4
ÍNDICE
Acentuação Gráfica (Parte I)��2
Oxítonas��2
Paroxítonas��2
Proparoxítonas��2
Monossílabos��2
Regra Envolvendo as Vogais “I” E “U”��3
Ditongos Abertos na Sílaba Tônica��3
OO / EE��3
Acentos Diferenciais��3
1
Acentuação Gráfica (Parte I)

No bloco anterior, estudamos a acentuação das OXÍTONAS, das PAROXÍTONAS e das PROPA-
ROXÍTONAS. Neste bloco, veremos as demais regras de acentuação gráfica.
Oxítonas
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em:
A (s): guaraná, alvará, atrás, amá-la.
E (s): você, fazê-la, chalés, freguês.
O (s): compô-la, jiló, avós, avô.
EM/ENS: armazém, parabéns, ninguém, (tu) deténs, (ele) detém.
Paroxítonas
São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em:
R: fêmur, revólver
US: ônus, vírus
UM: álbuns
UNS: álbuns
X: látex, tórax
I(s): táxi, tênis
N: hífen, abdômen
L: túnel, ágil
Ã(s): órfã, ímãs
ÃO(s): órgão, bênçãos
PS: bíceps, fórceps
ON(s): próton, íons
DITONGO seguido ou não de s: área, série, história, mágoa.
É importante lembrar que NÃO se acentuam paroxítonas terminadas por:
A (s): vela
E (s): controle
O (s): selo
EM/ENS: item, itens, hifens
Proparoxítonas
TODAS as palavras proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: exército, sílaba, lâmina.
Monossílabos
São acentuados os monossílabos tônicos terminados em:
A(s): chá, pá, dá-lo
E(s): mês, pé, vê-lo
2
O(s): nó, vós, pô-la

Acentuam-se também os monossílabos com ditongos abertos éu, éi, ói. Exemplos: céu, réis, dói.
Regra Envolvendo as Vogais “I” E “U”

Recebem acento agudo o I e o U tônicos, quando forem a segunda vogal do hiato, nas seguintes
condições:
→ sozinhos na sílaba ou seguidos de S;
→ não seguidos de NH.
Exemplos: juízo, baía, balaústre, juiz, rainha.
Ditongos Abertos na Sílaba Tônica

São acentuados os ditongos abertos ÉU, ÉI, ÓI na sílaba tônica. Exemplos: herói, chapéu, anéis.
*REFORMA ORTOGRÁFICA: NÃO HÁ MAIS ACENTO NOS DITONGOS ABERTOS DAS
PALAVRAS PAROXÍTONAS.
ANTES DEPOIS
idéia ideia
platéia plateia
estréia estreia
(eu) apóio (eu) apoio
assembléia assembleia
européia europeia
jóia joia
OO / EE
*REFORMA ORTOGRÁFICA: não há mais acento circunflexo nos hiatos oo e ee.
ANTES DEPOIS
lêem leem
dêem deem
vêem veem
crêem creem
prevêem preveem
enjôo enjoo
vôo voo
Acentos Diferenciais
*REFORMA ORTOGRÁFICA: foram abolidos, entre outros, os seguintes acentos diferenciais:
para (verbo);
polo (extremidade);
pelo (substantivo);
pera (substantivo).
Alguns acentos diferenciais, no entanto, não foram abolidos pela REFORMA ORTOGRÁFICA:
3
eles têm (plural) / ele tem (singular);

eles vêm (plural) / ele vem (singular);
Pôr (verbo) / Por (preposição);
ele pôde (passado) / ele pode (presente).
4
ÍNDICE
Colocação Pronominal (Parte I)��2
Proibições Absolutas��2
Casos de PRÓCLISE Obrigatória��2
Observação Importante��3
Outros Casos de Próclise��3
Mesóclise��3
Casos Facultativos��3
Regra Especial��3
Colocação Pronominal em Locuções Verbais��3
1
Colocação Pronominal (Parte I)

Neste bloco, estudaremos as PROIBIÇÕES ABSOLUTAS e os casos de PRÓCLISE OBRIGATÓRIA.
A aula de Colocação Pronominal diz respeito à posição de pronomes pessoais oblíquos átonos
em relação aos verbos.
Pronomes Pessoais
Pron. Pessoais Oblíquos

Pron. Pessoais Retos
Átonos
Eu Me
Tu Te
Ele Se / o / a / lhe
Nós Nos
Vós Vos
Eles Se / os / as / lhes
Há três colocações pronominais possíveis: próclise (antes do verbo), mesócliase (no meio do
verbo) e ênclise (depois do verbo). Vejamos:
Pedro se revoltou. Próclise
Pedro revoltou-se. Ênclise
Pedro revoltar-se-á. Mesóclise
Proibições Absolutas
1. Não se coloca pronome átono no início de frases e depois de pausas demarcadas por vírgula.
*Me conta tudo, por favor. [Construção inadequada]
*Professor, me ajuda, por favor. [Construção inadequada]
2. FUTURO não admite ÊNCLISE.
*O juiz daria-nos tudo se agíssemos no prazo. [Construção inadequada]
3. PARTICÍPIO não admite ÊNCLISE.
*Tenho dedicado-me muito aos estudos. [Construção inadequada]
Casos de PRÓCLISE Obrigatória

A próclise se torna obrigatória quando há os chamados FATORES DE ATRAÇÃO. Vamos
lembrar quais são eles:
1. Palavras negativas
*Os ministros não se manifestaram. [Próclise obrigatória]
2. Advérbios (lugar, tempo, modo etc.)
*Aqui se faz, aqui se paga. [Próclise obrigatória]
3. Pronomes indefinidos
*Alguém me telefonou na noite passada. [Próclise obrigatória]
4. Pronomes relativos (que / quem / onde / cujo / o qual)
*As informações que te deram eram falsas. [Próclise obrigatória]
2
5. Conjunções subordinativas (CSI e C⁶FTP )

*À medida que se estuda, aprende-se mais. [Próclise obrigatória no verbo estudar]
6. Em + gerúndio (ndo)
*Em se tratando de Direito Penal, ele é um especialista.
Observação Importante
Em geral, o INFINITIVO (verbo terminado por ar, er, ir) sempre admite ÊNCLISE, mesmo que
haja fator de atração. Nesse caso, a colocação será facultativa. Veja:
*Para não me decepcionar, omitiu parte da história.
*Para não decepcionar-me, omitiu parte da história.
Outros Casos de Próclise

A próclise também é obrigatória em casos de orações interrogativas, exclamativas e optativas:
*Quem lhe contou a verdade dos fatos?
*Que terrível revelação nos fizeste!
*Que Deus te proteja.
Mesóclise
No que diz respeito à MESÓCLISE, convém lembrar que se trata de colocação exclusiva de verbo
no futuro.
O FUTURO, portanto, admite duas colocações: PRÓCLISE e MESÓCLISE. Apenas não admite
ênclise, pois se trata de uma proibição absoluta. Vejamos:
*O crime se caracterizaria, caso houvesse dolo. [Próclise no FUTURO]
*O crime caracterizar-se-ia, caso houvesse dolo. [Mesóclise no FUTURO]
Casos Facultativos
Quando não houver os chamados FATORES DE ATRAÇÃO, a colocação pronominal será facul-
tativa. Sempre devem ser levadas em conta, porém, as proibições absolutas. Vejamos:
*Os ministros manifestaram-se a respeito do assunto.
OU
*Os ministros se manifestaram a respeito do assunto.
*Os ministros se manifestarão a respeito do assunto.

OU
*Os ministros manifestar-se-ão a respeito do assunto.
Regra Especial
Entre a preposição a e um verbo no infinitivo, não se usam os pronomes átonos o, a, os, as. Nesse
caso, a ÊNCLISE se torna obrigatória. Veja:
*Jamais me recusaria a os receber. [Construção inadequada]
*Jamais me recusaria a recebê-los. [Construção adequada]
Colocação Pronominal em Locuções Verbais

‘Em geral, há quatro colocações possíveis em locuções verbais. Todas elas são válidas, desde que
não ocorra uma proibição absoluta. Vejamos:
3
*Eu lhe estou enviando o material. [Próclise no verbo auxiliar]

*Eu estou-lhe enviando o material. [Ênclise no verbo auxiliar]
*Eu estou lhe enviando o material. [Próclise no verbo principal]
*Eu estou enviando-lhe o material. [Ênclise no verbo principal]
Todas as colocações acima estão adequadas.

Convém ter cuidado com a LOCUÇÃO VERBAL DE PARTICÍPIO, pois verbo no PARTICÍPIO
NÃO ADMITE ÊNCLISE (proibição absoluta). Nesse caso, apenas três colocações são possíveis. Veja:
*Eu lhe tinha enviado o material. [Próclise no verbo auxiliar]

*Eu tinha-lhe enviado o material. [Ênclise no verbo auxiliar]
*Eu tinha lhe enviado o material. [Próclise no verbo principal]
*Eu tinha enviado-lhe o material. [ERRADO]
IMPORTANTE: quando houver FATOR DE ATRAÇÃO + LOCUÇÃO VERBAL, apenas uma

colocação passa a ser proibida: ênclise no verbo auxiliar. Vejamos:
*Eu não lhe estou enviando o material. [CORRETO]
*Eu não estou-lhe enviando o material. [INCORRETO]
*Eu não estou lhe enviando o material. [CORRETO]
*Eu não estou enviando-lhe o material. [CORRETO]
4
ÍNDICE
Colocação Pronominal (Parte II)��2
Proibições Absolutas��2
Casos de PRÓCLISE Obrigatória��2
Observação Importante��3
Outros Casos de Próclise��3
Mesóclise��3
Casos Facultativos��3
Regra Especial��3
Colocação Pronominal em Locuções Verbais��4
1
Colocação Pronominal (Parte II)

No bloco anterior, estudamos as PROIBIÇÕES ABSOLUTAS e os casos de PRÓCLISE OBRIGA-
TÓRIA. Neste bloco, veremos os demais casos de Colocação Pronominal.
A aula de Colocação Pronominal diz respeito à posição de pronomes pessoais oblíquos átonos
em relação aos verbos.
Pronomes Pessoais
Pron. Pessoais Oblíquos

Pron. Pessoais Retos
Átonos
Eu Me
Tu Te
Ele Se / o / a / lhe
Nós Nos
Vós Vos
Eles Se / os / as / lhes
Há três colocações pronominais possíveis: próclise (antes do verbo), mesócliase (no meio do
verbo) e ênclise (depois do verbo). Vejamos:
Pedro se revoltou. Próclise
Pedro revoltou-se. Ênclise
Pedro revoltar-se-á. Mesóclise
Proibições Absolutas
1. Não se coloca pronome átono no início de frases e depois de pausas demarcadas por vírgula.
*Me conta tudo, por favor. [Construção inadequada]
*Professor, me ajuda, por favor. [Construção inadequada]
2. FUTURO não admite ÊNCLISE.
*O juiz daria-nos tudo se agíssemos no prazo. [Construção inadequada]
3. PARTICÍPIO não admite ÊNCLISE.
*Tenho dedicado-me muito aos estudos. [Construção inadequada]
Casos de PRÓCLISE Obrigatória

A próclise se torna obrigatória quando há os chamados FATORES DE ATRAÇÃO. Vamos
lembrar quais são eles:
1. Palavras negativas
*Os ministros não se manifestaram. [Próclise obrigatória]
2. Advérbios (lugar, tempo, modo etc.)
*Aqui se faz, aqui se paga. [Próclise obrigatória]
3. Pronomes indefinidos
*Alguém me telefonou na noite passada. [Próclise obrigatória]
4. Pronomes relativos (que / quem / onde / cujo / o qual)
2
*As informações que te deram eram falsas. [Próclise obrigatória]

5. Conjunções subordinativas (CSI e C⁶FTP )
*À medida que se estuda, aprende-se mais. [Próclise obrigatória no verbo estudar]
6. Em + gerúndio (ndo)
*Em se tratando de Direito Penal, ele é um especialista.
Observação Importante
Em geral, o INFINITIVO (verbo terminado por ar, er, ir) sempre admite ÊNCLISE, mesmo que
haja fator de atração. Nesse caso, a colocação será facultativa. Veja:
*Para não me decepcionar, omitiu parte da história.
*Para não decepcionar-me, omitiu parte da história.
Outros Casos de Próclise

A próclise também é obrigatória em casos de orações interrogativas, exclamativas e optativas:
*Quem lhe contou a verdade dos fatos?
*Que terrível revelação nos fizeste!
*Que Deus te proteja.
Mesóclise
No que diz respeito à MESÓCLISE, convém lembrar que se trata de colocação exclusiva de verbo
no futuro.
O FUTURO, portanto, admite duas colocações: PRÓCLISE e MESÓCLISE. Apenas não admite
ênclise, pois se trata de uma proibição absoluta. Vejamos:
*O crime se caracterizaria, caso houvesse dolo. [Próclise no FUTURO]
*O crime caracterizar-se-ia, caso houvesse dolo. [Mesóclise no FUTURO]
Casos Facultativos
Quando não houver os chamados FATORES DE ATRAÇÃO, a colocação pronominal será facul-
tativa. Sempre devem ser levadas em conta, porém, as proibições absolutas. Vejamos:
*Os ministros manifestaram-se a respeito do assunto.
OU
*Os ministros se manifestaram a respeito do assunto.
*Os ministros se manifestarão a respeito do assunto.

OU
*Os ministros manifestar-se-ão a respeito do assunto.
Regra Especial
Entre a preposição a e um verbo no infinitivo, não se usam os pronomes átonos o, a, os, as. Nesse
caso, a ÊNCLISE se torna obrigatória. Veja:
*Jamais me recusaria a os receber. [Construção inadequada]
*Jamais me recusaria a recebê-los. [Construção adequada]
3
Colocação Pronominal em Locuções Verbais

‘Em geral, há quatro colocações possíveis em locuções verbais. Todas elas são válidas, desde que
não ocorra uma proibição absoluta. Vejamos:
*Eu lhe estou enviando o material. [Próclise no verbo auxiliar]
*Eu estou-lhe enviando o material. [Ênclise no verbo auxiliar]
*Eu estou lhe enviando o material. [Próclise no verbo principal]
*Eu estou enviando-lhe o material. [Ênclise no verbo principal]
Todas as colocações acima estão adequadas.

Convém ter cuidado com a LOCUÇÃO VERBAL DE PARTICÍPIO, pois verbo no PARTICÍPIO
NÃO ADMITE ÊNCLISE (proibição absoluta). Nesse caso, apenas três colocações são possíveis. Veja:
*Eu lhe tinha enviado o material. [Próclise no verbo auxiliar]

*Eu tinha-lhe enviado o material. [Ênclise no verbo auxiliar]
*Eu tinha lhe enviado o material. [Próclise no verbo principal]
*Eu tinha enviado-lhe o material. [ERRADO]
IMPORTANTE: quando houver FATOR DE ATRAÇÃO + LOCUÇÃO VERBAL, apenas uma

colocação passa a ser proibida: ênclise no verbo auxiliar. Vejamos:
*Eu não lhe estou enviando o material. [CORRETO]
*Eu não estou-lhe enviando o material. [INCORRETO]
*Eu não estou lhe enviando o material. [CORRETO]
*Eu não estou enviando-lhe o material. [CORRETO]
4
ÍNDICE
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo��2
1
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo

→→ Texto para responder à questão 1:
Exercício
01. No que se refere à realização e à interpretação do sujeito das orações que compõem o texto,
assinale a alternativa correta.
a) Seria mantida a correção gramatical do período caso o pronome “eu”, em ambas as ocorrên-
cias, às linhas 24 e 27, fosse suprimido.
b) O sujeito da oração iniciada por “é declarado” (linha 37), que está elíptico, refere-se a “um
indivíduo” (linha 36).
c) O sujeito da oração que inicia o segundo período do primeiro parágrafo está elíptico e se
refere à ideia expressa no período anterior.
d) O referente do sujeito da oração iniciada por “alcançou” (linha 10) é “A acumulação da
riqueza e do poder e a constituição do poder judiciário nas mãos de alguns” (linhas 8 e 9).
e) A oração iniciada por “Se é verdade” (linha 23) não tem sujeito.
Gabarito
01 - B
2
ÍNDICE
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte II)��2
1
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte II)

Texto para responder às questões 1 e 2:
(L. 1) A existência do poder executivo, legislativo e judiciário é uma ideia aparentemente bastante
velha no direito constitucional. Na verdade, trata-se de uma ideia (L. 4) recente que data mais ou
menos de Montesquieu. Na alta Idade Média não havia poder judiciário. Não havia poder judiciá-
rio autônomo, nem mesmo poder judiciário nas mãos (L. 7) de quem detinha o poder das armas, o
poder político.
A acumulação da riqueza e do poder e a constituição do poder judiciário nas mãos de alguns é
um mesmo (L. 10) processo que vigorou na alta Idade Média e alcançou seu amadurecimento no
momento da formação da primeira grande monarquia medieval. Nesse momento, apareceram (L.
13) coisas totalmente novas. Aparece uma justiça que não é mais contestação entre indivíduos e livre
aceitação por esses indivíduos de um certo número de regras de liquidação, mas (L. 16) que, ao con-
trário, vai-se impor do alto aos indivíduos, aos oponentes, aos partidos.
Aparece, ainda, um personagem totalmente novo: o (L. 19) procurador, que se vai apresentar
como o representante do soberano, do rei ou do senhor, como representante de um poder lesado pelo
único fato de ter havido um delito ou um (L. 22) crime. O procurador vai dublar a vítima, vai estar
por trás daquele que deveria dar a queixa, dizendo: “Se é verdade que este homem lesou um outro,
eu, representante do (L. 25) soberano, posso afirmar que o soberano, seu poder, a ordem que ele faz
reinar, a lei que ele estabeleceu foram igualmente lesados por esse indivíduo. Assim, eu também (L.
28) me coloco contra ele”.
Uma noção absolutamente nova aparece: a de infração. A infração não é um dano causado por
um (L. 31) indivíduo contra outro; é uma ofensa ou lesão de um indivíduo à ordem, ao Estado, à lei, à
sociedade, à soberania, ao soberano. Há ainda uma última invenção tão (L. 34) diabólica quanto a do
procurador e a da infração: o Estado — ou melhor, o soberano — é não somente a parte lesada, mas
também a que exige reparação. Quando um indivíduo (L. 37) perde o processo, é declarado culpado
e deve ainda reparação a sua vítima. Entretanto, vai-se exigir do culpado não só a reparação do dano
feito, mas também a reparação (L. 40) da ofensa que cometeu contra o soberano, o Estado, a lei.
Michel Foucault. A verdade e as formas jurídicas. 3.ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2002 (com adaptações).
EXERCÍCIOS
01. No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto, assinale a alternativa correta.
a) É facultativo o emprego do acento indicativo de crase em “a sua vítima” (linhas 37 e 38).
b) O deslocamento da partícula “se”, em “vai-se exigir” (linha 38), para imediatamente após
“exigir” – escrevendo-se vai exigir-se – prejudicaria a correção gramatical do período.
c) Em “A acumulação da riqueza e do poder e a constituição do poder judiciário nas mãos de
alguns” (linhas 8 e 9), a conjunção “e” liga, em ambas as ocorrências, termos que exercem a
função sintática de complemento nominal.
d) Na linha 13, o vocábulo “justiça” constitui o núcleo do complemento da forma verbal
“Apareceu”.
e) O vocábulo “culpado”, pertence em ambas as ocorrências, à linha 37 e à linha 38, à mesma
classe de palavras.
02. Considerando o emprego das preposições no texto, assinale a alternativa correta.
a) Em “tão diabólica quanto a do procurador e a da infração” (linhas 33 e 34), a preposição de,
em ambas as ocorrências, veicula uma ideia de posse.
b) [...]
c) A preposição “de”, em “do alto” (linha 16), veicula uma ideia de origem e introduz um termo
com função de adjunto.
2
d) A preposição “por”, tanto em “pelo único fato [...]” (linha 21) quanto em “por esse indivíduo”
(linha 27), introduz termos que exercem a mesma função sintática.
e) O termo “de um indivíduo” (linhas 31 e 32) denota, graças à presença da preposição “de”, o
paciente da ação denotada pelo substantivo “lesão” (linha 31).
GABARITO
01 - A
02 - C
3
ÍNDICE
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte III)��2
1
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte III)

Considerando-se a construção histórica do Direito Penal, a figura do criminoso personifica-
se na figura do homem delinquente da Escola Positiva no século 19. Essa corrente de pensamento
trazia para o centro do debate a figura do criminoso, deixando a problemática da criminalidade em
segundo plano e invertendo a análise realizada, até então, pela Escola Clássica, que não individuali-
zava as causas do crime. Na análise do delito realizada pela Escola Clássica, o crime surgiria da livre
vontade do indivíduo, não de causas patológicas; por isso, do ponto de vista da liberdade e da respon-
sabilidade moral pelas próprias ações, o delinquente não era diferente do indivíduo normal. O que
justificava essa inversão era o fato de o delinquente revelar uma personalidade perigosa, de modo
que era necessário o uso de uma defesa social apropriada, com uma dupla função: proteger a socie-
dade do mal produzido por ele e coibir a prática de delitos latentes. Buscava-se, então, entre outras
coisas, estabelecer uma divisão entre o “bom” e o “mau” cidadão, em uma concepção patológica
sobre a criminalidade, que visava justificar a pena como meio de defesa social e com fins socialmente
úteis. Estabeleceu-se dessa forma uma linha divisória entre o mundo da criminalidade — composto
por uma minoria de sujeitos potencialmente perigosos e anormais — e o mundo da normalidade —
representado pela “maioria” na sociedade.
Ao longo do século 20, sobretudo a partir dos anos 60, observa-se a desconstrução desse paradig-
ma etiológico com a introdução das teorias do labelling approach. O paradigma positivo (etiológico)
já vinha sofrendo uma revisão desde o início daquele século pela criminologia norte-americana,
com influências da sociologia cultural e de correntes de origem fenomenológicas, bem como por
reflexões históricas e sociológicas sobre o fenômeno criminal. Como tese central, modelada pelo
interacionismo simbólico e o construtivismo social, o labelling approach afirma que o desvio — e
a criminalidade — não é uma qualidade intrínseca da conduta ou uma entidade ontológica pré-
constituída, mas uma qualidade (etiqueta) atribuída a determinados sujeitos através de complexos
processos de interação social.
Arnaldo Xavier. A construção do conceito de criminoso na sociedade capitalista: um debate para o Serviço Social. In: Revista
Katálysis, vol. 11, n.º 2, Florianópolis, jul.-dez./2008 (com adaptações).
01. No que se refere à tipologia textual, o texto acima se classifica como:

a) descritivo, pois nele se apresentam a Escola Positiva e o labbeling approach.
b) narrativo, sendo o criminoso seu personagem principal.
c) dissertativo, uma vez que expõe teorias a respeito do criminoso e da criminalidade.
d) argumentativo, pois defende a ideia apresentada pelo labbeling approach.
e) instrucional, cuja finalidade é instruir o leitor.
02. A respeito do emprego da partícula “se” no texto, assinale a alternativa correta.
a) Em “Considerando-se” (linha 1 ), a partícula “se” classifica-se como índice de indetermina-
ção do sujeito.
b) Em “personifica-se” (linha 2), a partícula “se” classifica-se como pronome apassivador.
c) Em “Buscava-se” (linha 11), a partícula “se” classifica-se como pronome apassivador.
d) Em “Estabeleceu-se” (linha 13), a partícula “se” classifica-se como pronome reflexivo.
e) Em “observa-se” (linha 17), a partícula “se” classifica-se como pronome reflexivo.
GABARITO
01 - C
02 - C
2
ÍNDICE
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte IV)��2
1
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte IV)

Texto para responder às questões 1, 2 e 3:
Lar do desperdício
De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30
a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira
têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de
quintais, calçadas e carros com mangueiras.
O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até
30 litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Uma das mais econômicas consiste numa caixa
d’água com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que
a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350
mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que
seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas em-
butidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las por outros
modelos.
O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor
- doméstico, industrial ou agrícola - não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de
Águas, cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras,
devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em
inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abaste-
cer a cidade de Roma tranquilamente. (Ambientebrasil, outubro de 2014.)
01. “De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de
30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população
brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos
ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.” No início do segundo período do
texto, ocorre a presença da conjunção “mas”; trata-se de uma conjunção adversativa, e o ponto
que serve de elemento de oposição é:
a) a situação de desperdício detectada pela ONU e a situação de desperdício no Brasil.
b) o consumo de água nos países desenvolvidos e o consumo de água das classes mais ricas do
Brasil.
c) o descuido com a água nos países ricos e o cuidado com a água nos países pobres.
d) o consumo de água nos países mais ricos e o consumo de água em alguns países pobres,
como o Brasil.
e) o cuidado com a água nos países desenvolvidos e o descuido com o consumo nos países sub-
desenvolvidos.
02. “De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de
30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população
brasileira têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos
ou lavagem de quintais, calçadas e carros com mangueiras.” Nesse segmento do texto, entre os
conectores destacados, aquele que apresenta seu valor semântico de forma correta é:
a) de acordo com / proporcionalidade.
b) que / explicação.
c) como / conclusão.
2
d) ou / adição.
e) com / companhia.
03. Para que os argumentos utilizados no texto contra o desperdício de água no ambiente domés-
tico sejam eficientes, o autor do texto apela principalmente para:
a) testemunhos de autoridade, como, por exemplo, a citação da ONU no primeiro parágrafo.
b) estratégias de intimidação, aludindo à falta de água num futuro próximo.
c) diferentes opiniões do enunciador, misturadas a vozes alarmistas.
d) exemplo de experiência bem-sucedida no combate ao desperdício.
e) afetividade, mostrando a Terra como um ser vivo, a quem se maltrata diariamente.
GABARITO
01 - D
02 - D
03 - D
3
ÍNDICE
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte V)��2
1
Revisão e Aprofundamento de Conteúdo (Parte V)

Lar do desperdício
De acordo com as Nações Unidas, crianças nascidas no mundo desenvolvido consomem de 30
a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas da população brasileira
têm índices de desperdício semelhantes, associados a hábitos como longos banhos ou lavagem de
quintais, calçadas e carros com mangueiras.
O banheiro é onde há mais desperdício. A simples descarga de um vaso sanitário pode gastar até 30
litros de água, dependendo da tecnologia adotada. Uma das mais econômicas consiste numa caixa d’água
com capacidade para apenas seis litros, acoplada ao vaso sanitário. Sua vantagem é tanta que a prefeitu-
ra da Cidade do México lançou um programa de conservação hídrica que substituiu 350 mil vasos por
modelos mais econômicos. As substituições reduziram de tal forma o consumo que seria possível abas-
tecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas no Brasil têm descargas embutidas na parede, que
costuma ter um altíssimo nível de consumo. O ideal é substituí-las por outros modelos.
O banho é outro problema. Quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um
chuveiro convencional. São gastos, em média, 30 litros a cada cinco minutos de banho. O consumidor
- doméstico, industrial ou agrícola - não é o único esbanjador. De acordo com a Agência Nacional de
Águas, cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras,
devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo.
Esse desperdício não é uma exclusividade nacional. Perdas acima de 30% são registradas em
inúmeros países. Há estimativas de que as perdas registradas na Cidade do México poderiam abaste-
cer a cidade de Roma tranquilamente.
(Ambientebrasil, outubro de 2014)
01. Considerando os dois termos sublinhados, é correto afirmar que temos diferentes classes de
palavras na seguinte opção:
a) “consomem de 30 a 50 vezes mais água que as dos países pobres. Mas as camadas mais ricas
da população (...)”.
b) “o ideal é substituí-las por outros modelos. O banho é outro problema”.
c) “quem opta por uma ducha gasta até 3 vezes mais do que quem usa um chuveiro convencional”.
d) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as tornei-
ras, devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada (...)”.
e) “cerca de 40% da água captada e tratada para distribuição se perde no caminho até as torneiras,
devido à falta de manutenção das redes, à falta de gestão adequada do recurso e ao roubo”.
“Sua vantagem é tanta que a prefeitura da Cidade do México lançou um programa de conserva-
ção hídrica que substituiu 350 mil vasos por modelos mais econômicos. As substituições reduziram
de tal forma o consumo que seria possível abastecer 250 mil pessoas a mais. No entanto, muitas casas
no Brasil têm descargas embutidas na parede, que costuma ter um altíssimo nível de consumo”.
02. Sobre as ocorrências do vocábulo que presentes nesse segmento do texto, a afirmação correta
é a de que:
a) a primeira e a terceira ocorrência pertencem à mesma classe gramatical.
b) a segunda ocorrência pertence à mesma classe da primeira.
c) as três últimas ocorrências pertencem à mesma classe.
d) a última ocorrência pertence à classe diferente de todas as demais.
e) a segunda e a quarta ocorrências pertencem a classes diferentes.
GABARITO
01 - A
02 - A
2
ÍNDICE
Compreensão de Textos��2
1
Compreensão de Textos
Atenção: as questões de números 1 e 2 referem-se ao texto que segue.
Humes observou certa vez que a civilização humana como um todo subsiste porque “uma geração
não abandona de vez o palco e outra triunfa, como acontece com as larvas e as borboletas”. Em algumas
guinadas da história, porém, em alguns picos críticos, pode caber a uma geração um destino parecido
com o das larvas e borboletas. Pois o declínio do velho e o nascimento do novo não são necessariamente
ininterruptos; entre as gerações, entre os que, por uma razão ou outra, ainda pertencem ao velho e os
que pressentem a catástrofe nos próprios ossos ou já cresceram com ela [...] está rompida a continuidade
e surge um “espaço vazio”, espécie de terra de ninguém histórica, que só pode ser descrita em termos
de “não mais e ainda não”. Na Europa, essa absoluta quebra de continuidade ocorreu durante e após a
Primeira Guerra Mundial. É essa ruptura que dá um fundo de verdade a todo o falatório dos intelectuais,
geralmente na boca dos “reacionários”, sobre o declínio necessário da civilização ocidental ou a famosa
geração perdida, tornando-se, portanto, muito mais atraente do que a banalidade do pensamento “liberal”,
que nos apresenta a alternativa de avançar ou recuar, a qual parece tão desprovida de sentido justamente
porque ainda pressupõe uma linha de continuidade sem interrupções.
(ARENDT, Hannah. “Não mais e ainda não”. In Compreender: formação, exílio e totalitarismo. Ensaios (1930- 1954). São Paulo:
Companhia das Letras; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008, p. 187)
01. Na organização do texto, a autora

a) toma como tema certo pensamento de Humes, que detalha para convencer o leitor sobre
esta compreensão que ela tem do que seja a civilização: “A natureza não dá saltos”.
b) vale-se de Humes como argumento de autoridade, considerando irretorquível o pensamen-
to citado.
c) tira proveito da constatação de Humes, de caráter universal, para ratificá-la no plano mais
particular que ela aborda no seu discurso.
d) cita Humes porque a comparação que ele faz entre os homens e os animais se aplica, ipsis
litteris, à concepção que ela tem acerca do que ocorre com gerações em momentos críticos.
e) refere comentário do filósofo Humes e o desconstrói, pois o desfaz para reconstruí-lo em
outras bases.
02. Quando a autora refere-se ao “espaço vazio”,
a) toma-o como ponto fraco do ideário “liberal”, que, equivocadamente, entende essa “espécie
de terra de ninguém histórica” como o momento crucial para a decisão de avançar ou recuar.
b) busca exprimir a ideia de que, mesmo diante de acontecimentos nefastos, há espaço para o
acolhimento do novo, para inovadora ordem social, proposta por geração recém-surgida.
c) caracteriza-o com expressões que deixam entrever a dificuldade que sente para conceituá-
-lo, dada sua natureza indefinida ou ambígua, área sobre a qual as gerações em confronto
não têm controle.
d) caracteriza-o lançando mão da história, meio de exprimir sua visão de que a ação humana,
suspensa nesse oco, provocou os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial.
e) entende-o como ponto que legitima de modo pleno a verve dos grupos ditos “reacionários”
quando defendem a necessidade do declínio da civilização ocidental.
GABARITO
01 - E
02 - C
2
ÍNDICE
1
Atenção: as questões de números 1 e 2 referem-se ao texto que segue:
O ataque cético à cientificidade das narrações históricas insistiu em seu
caráter subjetivo, que as assimilaria às narrações ficcionais. As narrações históri-
cas não falariam da realidade, mas sim de quem as construiu. Inútil objetar que
um elemento construtivo está presente em certa medida até nas chamadas ciências
“duras”: mesmo estas foram objeto de uma crítica análoga [...]. Falemos, então, de historio-
grafia. Que ela [tem] um componente subjetivo [...] é sabido; mas as conclusões radicais que os
céticos tiraram desse dado concreto não levaram em conta uma mudança fundamental men-
cionada por Bloch nas suas reflexões metodológicas póstumas. “Hoje [1942-3]..., até mesmo
nos testemunhos mais resolutamente voluntários”, escrevia Bloch, “aquilo que o texto nos diz
já não constitui o objeto preferido de nossa atenção.” As Mémoires de Saint-Simon ou as vidas
dos santos da alta Idade Média nos interessam (continuava Bloch) não tanto por suas referên-
cias aos dados concretos, volta e meia inventados, mas pela luz que lançam sobre a mentali-
dade de quem escreveu esses textos. “Na nossa inevitável subordinação ao passado, nós nos
emancipamos, ao menos no sentido de que, embora permanecendo condenados a conhecê-lo
exclusivamente com base em seus rastros, conseguimos, todavia, saber bem mais a seu respeito
do que ele resolvera nos dar a conhecer”. E concluía: “Olhando bem, trata-se de uma grande
revanche da inteligência sobre o mero dado concreto”.
(GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício (Introdução). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9)
01. É correta paráfrase do primeiro período do texto − O ataque cético à cientificidade das narra-
ções históricas insistiu em seu caráter subjetivo, que as assimilaria às narrações ficcionais. − o
que se lê em:
a) A credulidade abalada gerou ataques ao cientificismo característico da história, e, quando se
insistiu em que deveria assumir o viés subjetivo, suas semelhanças com as narrativas ficcio-
nais avultaram.
b) O ceticismo que nutre a ciência dá às narrativas, inclusive às de cunho histórico, um matiz
subjetivo, o que foi apontado pelos críticos como um fator inerente a qualquer tipo de relato.
c) O que caracteriza o relato de fatos históricos é sua natureza científica; se esse traço fosse mi-
nimizado e abrisse espaço para a subjetividade − dizem certos críticos −, esse tipo de relato
estaria próximo das narrativas ficcionais.
d) A acusação dos que não acreditavam no caráter científico das narrações históricas enfatiza-
va o seu caráter subjetivo, traço que as tornaria semelhantes às narrações ficcionais.
e) O que sempre se enfatizou como determinante de um texto é o seu cunho particular, fator
de subjetividade que sempre irmanou os relatos, os científicos (como os históricos) e os fic-
cionais (inventados pelo autor), como reconhecem até os mais severos ataques.
02. Considerada a totalidade do excerto, é correto afirmar:
a) (linha 5) A referência a uma crítica análoga impõe que se entenda o emprego das aspas, em
“duras”, como indicador de tom pejorativo.
b) (linha 2) O emprego do verbo “falar” no tempo e modo adotados sinaliza que o entendi-
mento sobre a natureza da história expresso na frase deve ser atribuído aos que desferiram o
citado ataque (linha 1).
c) (linha 3) Escrevendo de outro modo a frase mas sim de quem as construiu, o sentido e a
correção originais estarão preservados se a nova formulação for “mas sim daqueles que a
construíram”.
d) (linhas 2 e 3) Na frase As narrações históricas não falariam da realidade está implícita a
ideia de que a história deveria rever o viés metodológico tradicionalmente adotado.
2
e) (linha 3) A expressão um elemento construtivo remete à ideia de cientificidade referida an-

teriormente (linha 1).
GABARITO
01 - D
02 - B
3
ÍNDICE
1
Atenção: as questões de números 1 a 3 referem-se ao texto que segue:
O ataque cético à cientificidade das narrações históricas insistiu em seu caráter subjetivo, que as assimilaria às nar-
rações ficcionais. As narrações históricas não falariam da realidade, mas sim de quem as construiu. Inútil objetar que
um elemento construtivo está presente em certa medida até nas chamadas ciências “duras”: mesmo estas foram objeto de
uma crítica análoga [...]. Falemos, então, de historiografia. Que ela [tem] um componente subjetivo [...] é sabido; mas as
conclusões radicais que os céticos tiraram desse dado concreto não levaram em conta uma mudança fundamental men-
cionada por Bloch nas suas reflexões metodológicas póstumas. “Hoje [1942-3]..., até mesmo nos testemunhos mais reso-
lutamente voluntários”, escrevia Bloch, “aquilo que o texto nos diz já não constitui o objeto preferido de nossa atenção.”
As Mémoires de Saint-Simon ou as vidas dos santos da alta Idade Média nos interessam (continuava Bloch) não tanto
por suas referências aos dados concretos, volta e meia inventados, mas pela luz que lançam sobre a mentalidade de quem
escreveu esses textos. “Na nossa inevitável subordinação ao passado, nós nos emancipamos, ao menos no sentido de que,
embora permanecendo condenados a conhecê-lo exclusivamente com base em seus rastros, conseguimos, todavia, saber
bem mais a seu respeito do que ele resolvera nos dar a conhecer”. E concluía: “Olhando bem, trata-se de uma grande
revanche da inteligência sobre o mero dado concreto”.
(GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício (Introdução). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9)
01. É correto afirmar que, no excerto,

a) o enunciado “aquilo que o texto nos diz já não constitui o objeto preferido de nossa atenção”
(linha 7) contém pressuposto introduzido pelo advérbio já.
b) o autor deixa que o leitor tenha acesso à voz de Saint-Simon, ao lado da sua própria e da de
Bloch.
c) as ideias de Bloch vêm exclusivamente incorporadas à voz de Carlo Ginzburg, que não
permite ao leitor entrar em contato direto com as formulações do estudioso que ele cita.
d) o enunciado “Falemos, então, de historiografia” (linha 4) revela que o autor, por carência de
um único argumento que seja, não ousa debater em outro campo que não o da história.
e) o enunciado “Que ela tem um componente subjetivo é sabido “(linha 4) é exemplo de frase
truncada, em que faltam elementos sintáticos essenciais à expressão de um sentido completo,
só apreensível com o apoio do contexto.
02. Considere as afirmações abaixo:
I. A mudança fundamental citada refere-se ao fato de que a historiografia acabou adotando
uma perspectiva oblíqua no seu modo de conhecimento: passou a considerar como mais
significativo para a apreensão de uma época não o que uma possível testemunha conscien-
temente informe sobre “dados concretos”, mas aquilo que seu modo de contar possa deixar
entrever, até mesmo à sua revelia, sobre o espírito que concebeu tal relato.
II. Na exposição do seu raciocínio, o autor da frase final do excerto faz uso da expressão
Olhando bem (linha 12) para chamar a atenção sobre ideia que corrige outra anteriormente
enunciada por ele.
III. O autor julgou necessário interferir no discurso alheio por meio dos colchetes, na linha 6,
para direcionar a leitura, oferecendo ponto de referência pedido pelo advérbio Hoje, que
remete ao momento em que um dado locutor está elaborando seu discurso.
Está correto o que se afirma em:
a) I e III, somente.
b) I, somente.
c) I e II, somente.
d) II, somente.
e) I, II e III.
2
03. “Na nossa inevitável subordinação ao passado, nós nos emancipamos, ao menos no sentido
de que, embora permanecendo condenados a conhecê-lo exclusivamente com base em seus
rastros, conseguimos, todavia, saber bem mais a seu respeito do que ele resolvera nos dar a
conhecer”.
Ao desenvolver suas ideias no período acima, o autor
a) Adotou o tempo e modo presentes na forma verbal resolvera porque considerou eventual o
fato expresso.
b) Utilizou a expressão no sentido de com o mesmo valor observável na frase “No sentido de
ajudá-lo, propus ampliar o prazo do contrato”.
c) Cometeu um deslize quanto ao padrão culto escrito, que exige o emprego de uma vírgula
depois da palavra respeito.
d) Se valeu de uma proposição paradoxal (“Na nossa inevitável subordinação ao passado, nós
nos emancipamos...”) e, na argumentação, minimizou a contradição entre as ideias que a
constituem.
e) Empregou o pronome “o” (em conhecê-lo) porque se referia a passado; se estivesse se referin-
do a uma pessoa, o padrão culto escrito exigiria o “lhe” (“conhecer-lhe”).
GABARITO
01 - A
02 - A
03 - D
3
ÍNDICE
1
Atenção: o texto abaixo, destinado à resolução das questões de números 1 e 2, foi extraído de
correspondência do renomado escritor norte-americano Norman Mailer, endereçada ao crítico lit-
erário Peter Balbert.
1° de fevereiro de 1998
Caro Peter,
Entre as coisas que temos em comum está a depressão cultural. Reflito sobre a minha vida, espe-
cialmente depois de ter completado cinquenta anos de literatura, e sinto que todas as coisas pelas quais
trabalhei e lutei estão em decadência. O que antes eu via como o inimigo e, com grande otimismo,
como o inimigo que haveria de ser derrotado, acabou na verdade por nos vencer. [...]
A questão diante de nós dois é: onde está a culpa? Estava em nós? Por nunca termos feito o suficiente,
por mais que achássemos que sim? Ou estará na abstração que chamamos de “natureza humana”?
Teremos ajustado as nossas crenças a um conceito de homens e mulheres que não se adequava aos fatos
rasteiros?
Às vezes me pergunto se isso não será puro elitismo de minha parte, e se a verdadeira premissa da
democracia, a de que os sem-banho tenham acesso a sabonete barato, desodorante e roupas de plástico,
como um dos degraus da escalada a um nível mais alto, não seria o que está acontecendo. Ou se, como
temo, estaremos caindo numa sociedade do homem e da mulher medíocres onipresentes, governados
por altas mediocridades. [...]
Tudo de bom,
Norman Mailer.
(Adaptado de Cartas Políticas, O mundo nas cordas, revista Piauí, 27, p.32)
01. A alternativa que acolhe comentário condizente com as características da carta é:

a) Registra inconveniente intimidade nas saudações inicial e final, as quais, uma vez substituí-
das por “Prezado” e “Sem mais”, respectivamente, restituiriam ao texto a formalidade que
seu tema requer.
b) Focaliza a atuação profissional dos interlocutores, especialmente no que diz respeito aos
modos como conceberam e trataram homens e mulheres ao produzirem textos literários.
c) Por explorar temática sociocultural, ultrapassa os limites da subjetividade e transforma
as queixas do remetente em afirmações categóricas acerca da necessidade de engajamento
político da elite.
d) Preservando tom subjetivo, expõe reflexões acerca do impacto de atitudes individuais sobre
cenários mais amplos, revelando dupla apreensão: com específico sentimento de culpa e
com o futuro da sociedade.
e) Em discretos matizes, como a indicação do destinatário pelo prenome e do remetente por
nome e sobrenome, insinua a existência de relação hierárquica entre o escritor e o crítico.
02. O excerto demonstra que o autor
a) Considera-se culpado das mazelas sociais, seja por não ter agido nos momentos graves, seja
por operar com crenças contraditórias e demasiadamente abstratas.
b) Compartilha com o interlocutor a sensação de estar declinando culturalmente, apesar dos
diversos anos dedicados a atividade intelectual nobre.
c) Acredita ter contribuído, em outras épocas, para o real aprimoramento de homens e
mulheres, posteriormente submetidos à universal mediocridade.
d) Hesita em relação à possibilidade de preceitos democráticos estarem sendo postos em prática
na época em que escreve a carta.
2
e) Concorda com a premissa de que os desfavorecidos devam receber o necessário para a ma-
nutenção da dignidade: sabonete barato, desodorante e roupas de plástico.
Atenção: o texto a seguir destina-se à resolução das questões de números 3 a 7.
Soy loco por ti, América
“A interpretação da nossa realidade com esquemas alheios só contribui para tornar-nos cada
vez mais desconhecidos, cada vez menos livres, cada vez mais solitários.” Fomos “descobertos” ou re-
inventados pelos colonizadores, que impuseram o sentido que mais lhes convinha à nossa história.
“Insistem em medir-nos com o metro que se medem a si mesmos” e assim se consideram “civilizados” e
a nós, “bárbaros”. Não se dão conta de que “os estragos da vida são iguais para todos” e que a busca da
identidade própria é tão árdua e sangrenta para nós como foi para eles. Talvez os ex-colonizadores —
hoje imperialistas — fossem mais compreensivos conosco — os “bárbaros” —, se olhassem melhor para
o seu próprio passado, sem a mistificação com que o envolveram antes de exportá-lo para nós.
A América Latina e o Caribe reivindicam o direito de ter uma história própria, assim como temos
uma cultura e um esporte próprios — tão admirados por eles. “A solidariedade com nossos sonhos não
nos fará sentir menos solitários, enquanto não se concretize com atos de apoio legítimo aos povos que
assumam a ilusão de ter uma vida própria na divisão do mundo.”
“Por que a originalidade que nos é admitida, sem reservas na literatura, nos é negada com todo tipo
de suspeitas em nossas tão difíceis tentativas de transformação social, que os colonizadores tiveram
tanta dificuldade — eles também — para encontrar e, ainda assim, com defeitos, que cada vez mais
ficam evidentes? Por que nos condenar a viver “como se não fosse possível outro destino senão o de
viver à mercê dos grandes donos do mundo? Este é, amigos, o tamanho da nossa solidão.”
A Vila Isabel desfilou este ano, na passarela do Sambódromo, com o tema Soy loco por ti, América,
originalmente na música de Capinam e de Gil, reatualizando as citações do discurso com que García
Márquez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 8 de dezembro de 1982 –— já lá vai um quarto de
século.
Emir Sader. Jornal do Brasil, 26/2/2006 (com adaptações)
Com referência ao texto “Soy loco por ti, América”, julgue os itens seguintes:
03. Evidencia-se, no trecho selecionado, a intertextualidade, marcada explicitamente pelo
emprego das aspas, estabelecendo-se, no discurso, a relação entre a voz do autor do texto e a do
escritor Gabriel García Márquez bem como a remissão ao texto de Capinam e Gilberto Gil e ao
desfile da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.
Certo ( ) Errado ( )
04. Há elementos no texto que permitem a inferência de que o processo de emancipação do povo
latino-americano não sofreu significativas alterações no período de dezembro de 1982 a feve-
reiro de 2006.
05. No discurso de García Márquez, o emprego dos pronomes de primeira e terceira pessoa
expressa a tensão entre os interesses dos povos latino-americanos, “bárbaros” (l.5 e 8) — nós
—, e os dos povos “civilizados” (l.5), os “grandes donos do mundo” (l.19) — eles.
06. O trecho “que impuseram o sentido que mais lhes convinha à nossa história” (l.3-4) consti-
tui uma restrição ao sentido do antecedente nominal “colonizadores” (l.3), o que justifica o
emprego da vírgula após este vocábulo.
3
07. Seria correta a substituição da forma verbal ‘Insistem’ (l.4) por Insiste-se, dado que tanto a par-
tícula se quanto a flexão do verbo na terceira pessoa do plural são procedimentos legítimos de
indeterminação do sujeito.
GABARITO
01 - D
02 - D
03 - CERTO
04 - CERTO
05 - CERTO
06 - ERRADO
07 - ERRADO
4
ÍNDICE
Concordância Verbal��2
Teoria Básica��2
1
Concordância Verbal
Teoria Básica
2
3
4
5
ÍNDICE
Teoria Complementar / Prática / Aprofundamento (Parte 1)��2
1
Teoria Complementar / Prática / Aprofundamento (Parte 1)
EXERCÍCIOS
01. Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto de chegada assume relevância tão
capital [...] O verbo está flexionado no singular porque
a) houve um deslize em relação ao que dispõe a norma culta.
b) pode ocorrer concordância com o predicativo do sujeito, que está no singular.
c) se excluíram os dois termos anteriores, que apresentam sentido de oposição entre si.
d) os termos que constituem o sujeito formam uma série de expressões de sentido equivalente.
e) um só termo pode sintetizar toda a frase, embora não esteja explícito no contexto.
02. Assinale a norma gramatical que justifica, com correção e propriedade, a flexão plural do
verbo ser no período abaixo:
“Já é mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributário nacional são
justamente as contribuições, e não os impostos propriamente ditos.”
(Revista CNT, “Lixo Tributário”)
a) “Com o verbo ser, a concordância se faz de preferência com o predicativo, se este é plural.”
(Luís Antônio Sacconi)
b) “Nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concorda com o substantivo ou
o pronome que a precede, pois são eles efetivamente o seu sujeito.” (Celso Cunha & Lindley
Cintra)
c) “Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois for pronome
pessoal, a concordância será facultativa (pode-se concordar com o sujeito ou o predicativo)
(Dileta S. Martins & Lúbia S. Zilberknopp)
d) “Expressões de sentido quantitativo [...] acompanhadas de complemento no plural admitem
concordância verbal no singular ou no plural.” (Manual de Redação da Presidência da Re-
pública)
e) “Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por série aditiva enfática [...], o verbo
concorda com o mais próximo ou vai ao plural (o que é mais comum quando o verbo vem
antes do sujeito)”. (Evanildo Bechara)
03. A concordância verbal vai de encontro à norma culta da língua em:
a) Ignoram-se que falar e ouvir são faces de uma mesma moeda.
b) A maioria das pessoas não percebem que a audição é sempre negligenciada.
c) Mais de um orador se cumprimentaram respeitosamente ao final da reunião.
d) Cinco ou seis palavras era mais do que se esperava que ele proferisse sobre o incidente.
e) Muitos de nós conhecem pouco as nuanças da comunicação humana.
04. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal:
a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.
d) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.
e) Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
2
GABARITO
01 - D
02 - A
03 - A
04 - E
3
ÍNDICE
Teoria Complementar / Prática / Aprofundamento (Parte 2)��2
1
Teoria Complementar / Prática / Aprofundamento (Parte 2)
Exercícios
01. A alternativa em que a concordância do verbo sublinhado está incorreta é:
a) Nem um nem outro candidato a presidente do clube merece crédito.
b) Deveria haver muitas dúvidas em relação àquela pergunta.
c) Mulheres, crianças, soldados, ninguém escapou com vida.
d) Os Estados Unidos são um país bastante desenvolvido.
e) Fazem três anos que aquele corretor faleceu.
02. Assinale a alternativa em cuja frase a concordância verbal está incorreta.
a) O pessoal, ansioso por melhoria, começou as promoções.
b) Após o desempate, Antônio ou João conseguirão o primeiro lugar.
c) Do centro da cidade até minha casa são seis quilômetros.
d) Realizam-se no mesmo dia todas as provas escritas.
e) Dois meses foi muito tempo de espera e de estudo.
03. Das frases abaixo, a que contém erro de concordância é:
a) Grande número de jornais divulgaram os resultados.
b) A maioria das empresas optaram por esse método.
c) Hão de existir métodos tão bons quanto esse ou melhores.
d) [...]
e) Devem fazer quatro meses que não fechamos negócios com empresas dessa região.
04. “O comum das pessoas não distingue, [...]” A modificação abaixo, aplicada a esta passagem do
texto, que apresenta erro de concordância verbal é:
a) Mais de uma pessoa não distinguem[...].
b) Uma e outra pessoa não distinguem[...].
c) Nem uma nem outra pessoa distingue[...].
d) A totalidade das pessoas não distingue [...].
e) Grande parte das pessoas não distinguem [...].
05. “O Governo de nosso Estado combate e denuncia todas as formas de violência.” Qual seria
a forma adequada dessa mesma frase se a começássemos de outra forma: “O Governo de nosso
Estado pretende que [...]” e se o restante do período fosse colocado na voz passiva pronominal?
a) Que se combata e se denuncie todas as formas de violência.
b) Que todas as formas de violência sejam denunciadas e combatidas.
c) Que todas as formas de violência se combatam e se denuncie.
d) Que se combatam e se denunciem todas as formas de violência.
e) Que se combate e se denuncia todas as formas de violência.
Gabarito
01 - E
02 - B
03 - E
04 - A
05 - D
2

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É importante que todos estudem.

Sintaxe do Período Composto VI

→→ Veja como funciona:

Para reduzir esta oração subordinada, basta retirar o conectivo:

Funções Sintáticas dos Pronomes Relativos

1. O homem / que é honesto / dorme com tranquilidade.

2. Cresceram as roseiras / que mamãe plantou no jardim.

3. Estas são as informações / de que você necessita.

4. Surpreendem-nos as loucuras / de que ele é capaz.

5. Não confio no hipócrita / que você é.

6. Aquele é o cão / por que fui mordido.

7. Aquele é o hospital / em que nasci.

8. Chegaram os convidados / a quem esperávamos.

9. Aquelas são as senhoras / a quem devemos obedecer.

10. O incêndio / cujas origens estão investigando / causou bastante prejuízo.

Regência Verbal (Parte I)

Problemas de Regência Verbal:

1. Entrei e saí da sala.

Verbos Analisados em Aula

Regência Verbal (Parte II)

4. Caber / Pertencer (VTI – a) 3. Ele assiste em Curitiba.

Casos em Que Não Ocorre Crase (início)1

Crase (Parte II)

Aprofundamento – Resumo da Aula

Crase (Parte III)

1. Ocorre crase em locuções prepositivas com palavras femininas: à moda de – à espera de – à

3. TOPÔNIMOS: só admitem acento grave indicativo de crase os topônimos que admitirem

a) Vou à Bahia (volto da);

4. As palavras “CASA” e “DISTÂNCIA” só admitem acento grave indicativo de crase se estiverem

Principais casos facultativos

1. Antes de nome próprio feminino: a) Eu me referi à Maria; b) Eu me referi a Maria.

[traze tu / traga você / tragamos nós / trazei vós / tragam vocês]

Verbos (Parte II)

[traze tu / traga você / tragamos nós / trazei vós / tragam vocês]

Verbos (Parte III)

[tu ste / vós stes]

[fato passado concluído]

[vós cantáveis / vós corríeis]

[fato passado contínuo / com duração no tempo / em decurso permanente]