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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Verbo���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Estrutura das Formas Verbais������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Classificação dos Verbos���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Verbo
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz.
Pode indicar, entre outros processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); ocorrência
(nascer); desejo (querer).
cricrilar (grilo)
Os principais verbos unipessoais são:
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar)
Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos.
verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar
– o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa – formas
de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse
fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em – ado
ou – ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
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e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação.
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo prin-
cipal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo,
gerúndio ou particípio.
João tem estudado muito.
João está estudando muito.
g) Pronominais
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos,
se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc.
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai
sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz
uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos
e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz
reflexiva.
Levantar-se
Sentir-se
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Exercícios
01. Os verbos de estado indicam: estado permanente, estado transitório, mudança de estado, apa-
rência de estado e continuidade de estado. A frase do texto 1 que mostra um verbo de estado
com valor de mudança de estado é:
a) “áreas que antes eram baratas e de fácil acesso”;
b) “tornam-se mais caras”;
c) “habitantes que sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários”;
d) “Além disso, à medida que as cidades crescem”;
e) “a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes”.
A língua maltratada
É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar punhaladas
na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que as pessoas acham feio falar cor-
retamente. Se alguém usa uma palavra diferente, numa roda de amigos, acaba ouvindo:
– Hoje você está gastando, hein?
Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos programas humo-
rísticos.
Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é enorme, ninguém
parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí profissionais de nível universitá-
rio.
Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca o H. Mesmo
em jornais, costumo ler: “Não se sabe a quanto tempo…”.
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Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge a legenda:
“Vou previni-lo”. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também não falta uma preciosidade.
Diz-se que um personagem é “mal”. O certo é “mau”.
Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsável pelas
frases tortas é bem capaz de dizer:
– Deu para entender, não deu?
Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.
Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma lingua-
gem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas há limites,
pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.
Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem gourmets
capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos são capazes de
analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atropelar o português.
Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentalidade vai
mudar?
(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22.04.1998. Adaptado)
*coloquial: informal
02. No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo
autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo
sentido dessa frase.
a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.
b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.
c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.
d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.
e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.
03. A frase em que todas as formas verbais estão empregadas de acordo com a norma-padrão da
língua portuguesa é:
a) O policial, como se receiasse pôr em risco a vida de seus informantes, optou por omitir seus
nomes do relato que integrou o processo que deflagrou a prisão de dez criminosos envolvi-
dos em um esquema internacional de tráfico de entorpecentes.
b) O cônsul requereu os documentos de identidade de cada um dos africanos, para dar início
ao processo de inclusão do grupo de refugiados na nova sociedade, facultando-lhes usufruir
de todos os benefícios aos quais viessem a ter direito por lei.
c) Eu, na condição de seu advogado, adverto que, caso se recuse a pagar a pensão alimentícia
determinada pelo juiz, poderá receber ordem de prisão, contra a qual há poucos recursos a
serem interpostos, com pouca chance de obterem sucesso.
d) Para que tivesse a reintegração de posse e reavisse os direitos sobre sua propriedade, o fazen-
deiro teve de esperar mais de um ano para que os invasores se retirassem de suas terras, por
meio de ordem judicial e com a escolta da polícia militar.
e) Os integrantes do júri se disporam a participar de mais de uma sessão para avaliar minucio-
samente o caso, uma vez que se comprometeram a estabelecer critérios morais precisos para
julgar o réu com a maior isenção possível.
Gabarito
01 - B
02 - B
03 - B
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