As Fases Da Primeira Guerra Mundial

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As fases da Primeira Guerra Mundial

Em 28 de julho, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia. No dia seguinte, a Rússia pôs suas tropas em
estado de prontidão, e a Alemanha fez o mesmo em 30 de julho. Na madrugada de 1º de agosto, a Alemanha
declarou guerra à Rússia, sendo imitada pelo governo austro-húngaro. A Alemanha declarou guerra à França em 3
de agosto. Na madrugada de 4, as tropas alemãs invadiram a Bélgica – que era neutra – para surpreender os
franceses com um ataque vindo de direção inesperada. A Bélgica, militarmente fraca, não conseguiria conter os
invasores. Alarmado com essa perspectiva, o governo britânico declarou guerra à Alemanha na noite de 4 de
agosto.

As fases da Primeira Guerra Mundial foram divididas em três: a guerra de movimento, a guerra de
posições ou trincheiras e as ofensivas de 1918.
→ Guerra de Movimento: A primeira fase ocorreu de agosto a novembro de 1914 e ficou conhecida como a
guerra de movimento, quando a Alemanha realizou ataques agressivos contra a França. Os alemães invadiram a
Bélgica, derrotaram os franceses e caminharam rumo a Paris. Os franceses conseguiram conter os ataques dos
alemães, que recuaram a ofensiva em setembro de 1914.
→ Guerra de Posições: A segunda fase aconteceu de novembro de 1914 a março de 1918. Essa fase ficou
conhecida como a Guerra de posições, época em que ocorreram as maiores estratégias militares e mortes. Nesse
momento, teve início a chamada guerra de trincheiras, quando os exércitos ficavam em valas com a finalidade de
proteção.
→ Ofensivas de 1918: As ofensivas de 1918 constituíram-se como a terceira fase da Primeira Guerra Mundial.
Novas armas bélicas foram utilizadas no conflito, além do uso de tanques e aviões de caça para bombardeios e
também a chegada de um grande contingente de soldados norte-americanos (aproximadamente 1,2 milhão de
soldados).
O ano de 1917 marcou uma reviravolta na guerra, com a saída da Rússia após passar por uma revolução
e a entrada dos Estados Unidos, o que também levou o Brasil para o conflito. A entrada da maior potência
industrial na guerra derrubou o equilíbrio das forças em combate, e, a partir de março de 1918, as tropas da
Entente iniciaram o avanço sobre as trincheiras e territórios que estavam nas mãos das Potências da Tríplice
Aliança. O avanço durou até 11 de novembro de 1918, quando a Alemanha assinou sua rendição. A Primeira
Guerra Mundial terminou dessa forma.

Como era a vida dos soldados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial?
As trincheiras são espécies de buracos ou valas com aproximadamente 2,5m de profundidade e 2m de
largura, que os soldados criaram para se proteger dos tiros de metralhadora (arma nova naquela época) em
campo aberto. Nas trincheiras, os soldados planejavam as próximas ações, mas também era comum que ficassem
dias sem disparar um único tiro. Em algumas etapas do conflito, foi comum passar meses dentro delas. Haviam
valas de suporte que serviam descanso, sono e alimentação. As trincheiras protegiam os soldados das batalhas
em campo aberto, porém essa proteção não foi tão eficaz, pois várias trincheiras foram atingidas quase sempre
por bombas e granadas que explodiam e vitimavam milhares de soldados.
O cotidiano nas trincheiras não era fácil, muitos combatentes morriam com as doenças espalhadas por
ratos que dividiam os espaços, os alimentos e a água com os soldados. Quando soldados morriam dentro das
trincheiras, muitas vezes não era possível retirá-los, desta forma, vários corpos se decompunham nas valas e o
odor se tornava insuportável para os soldados.
O problema é que as trincheiras ofereciam um espaço reduzido e quase nenhuma estrutura. Por mais
que os soldados colocassem sacos de areia e placas de madeira para impedir a água de entrar, como em dias de
chuva, elas logo se transformavam em grandes lamaçais.
Isso sem falar que todas as refeições e necessidades fisiológicas precisavam ser feitas dentro das
trincheiras. As condições eram, portanto, insalubres. Muitos soldados morreram não pelos tiros, mas sim por
disenteria, febre tifoide, inflamações e outras doenças.
Um problema comum, na época, foi o pé-de-trincheira: o pé, molhado por períodos gigantes, começava
a necrosar. Era necessário decidir entre uma amputação ou uma morte por infecção. Vale lembrar que, à época,
os antibióticos ainda não tinham sido descobertos.

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