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Índice

1 Introdução ................................................................................................................................ 1

2 Terraplenagem ......................................................................................................................... 2

3 Produção de um Equipamento ................................................................................................. 2

3.1 Empolamento e Compactação .......................................................................................... 3

3.2 Resistência ao Rolamento ................................................................................................ 4

3.3 Resistência de Rampa....................................................................................................... 4

4 Equipamentos a serem usados no caso em estudo ................................................................... 5

4.1 Tractor com Lâmina Angulada ........................................................................................ 5

4.1.1 Operações em declives (ou aclives) .......................................................................... 6

4.2 Moto-escreiper ................................................................................................................. 7

4.3 Pá Carregadeira ................................................................................................................ 9

4.3.1 Pá Carregadeira articulada com tracção nas quatro rodas ........................................ 9

5 Referencias Bibliográficas ..................................................................................................... 11

6 Estudo do Caso ...................................................................................................................... 12

7 ANEXO ................................................................................................................................. 14
1 Introdução
A terraplanagem é uma técnica fundamental na engenharia civil, desempenhando um papel
crucial na preparação do terreno para a construção de diversas estruturas, desde edifícios a
estradas. Este processo envolve a manipulação e nivelamento do solo de forma a atender às
especificações de projeto, garantindo a estabilidade e segurança das futuras obras. Ao longo das
décadas, a terraplanagem evoluiu significativamente, com o uso de tecnologias avançadas para
aumentar a eficiência e precisão do trabalho. Neste trabalho, o grupo fez um estudo de caso de
serviço de terraplanagem em um terreno destinado a um conjunto habitacional.

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2 Terraplenagem
Até o aparecimento dos equipamentos mecanizados e mesmo depois, a movimentação das terras
era feita pelo homem, utilizando ferramentas tradicionais: pá e picareta para o corte, carroças ou
vagonetas com tracção animal para o transporte.

Entretanto, o aparecimento dos equipamentos mecanizados, surgidos em consequência do


desenvolvimento tecnológico (do que resultava mão-de-obra cada vez mais cara), em razão de
sua alta produtividade, tornava competitivo o preço do movimento de terras, apesar do elevado
custo de aquisição dessas máquinas.

3 Produção de um Equipamento
A produção horária de um equipamento de escavação, na maioria dos casos é a simples relação
entre o volume de material (em metros cúbicos) que ele movimenta em uma hora de trabalho.
Teoricamente pode ser determinado em função da capacidade volumétrica do dispositivo de
escavação (C), pelo produto do número de ciclos de trabalho efetuados em uma hora (nc).

A produção horária pode ser assim expressa:

𝐏𝐡 = 𝐂 . nc

No cálculo da produção horária de cada equipamento de escavação, a fórmula da produção


horária teórica recebe novos factores correctivos que propiciam resultados mais exactos,
proporcionando assim a obtenção de fórmulas próprias para cada equipamento.

Fatores que podem ser considerados:

 Empolamento e compactação dos materiais do solo;

 Resistência ao rolamento;

 Resistência de rampa;

 Altitude (geográfica) do local de trabalho;

 Factor de eficiência do equipamento;

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 Componentes do tempo de ciclo.

3.1 Empolamento e Compactação


Variações de volume dos materiais ocorrem durante a execução de uma escavação ou de uma
terraplenagem. Essas variações volumétricas devem ser conhecidas para fins de controlo e
determinação de volumes trabalhados.

A experiência em obras de terraplenagem mostra que um determinado volume de material no


corte (ou jazida) ao ser desagregado sofrerá um aumento de volume e ao ser compactado terá
uma redução de volume. Devido a essas mudanças há necessidade de ser procedido o estudo do
empolamento e da compactação dos materiais do solo.

Um volume V de material extraído da jazida após a sua desagregação (ou no estado solto) terá
um incremento de volume v ou o volume total V + v, porém, continua tendo a mesma massa m.
A densidade desse material no estado natural representada por dn é superior à densidade do
material no estado solto ds.

 Empolamento: É o aumento de volume do material de escavação que passa do estado de


compactação natural ao estado solto ou desagregado. O resultado do ensaio de
empolamento é dado em percentagem. A Tabela 1 fornece as densidades, o factor de
conversão e o empolamento de alguns materiais do solo. Serve como referência nos
cálculos prévios.

 Compactação: é caracterizada pela diminuição de volume que sofre o material de


escavação quando adensado através de um processo qualquer. Com uma compactação

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mecânica pode ser obtida uma grande redução de volume, se comparado o volume
compactado com o volume do material solto.

3.2 Resistência ao Rolamento


Resistência ao rolamento é a força paralela ao terreno que se opõe ao rolamento das rodas de um
equipamento, sobre a superfície de um terreno ou pavimento. Essa resistência é consequência
dos atritos internos, associada à flexão dos pneus e a penetração dos pneus no solo.

A resistência ao rolamento é obtida em função do peso do equipamento, em toneladas-força,


multiplicado pelo factor de resistência ao rolamento extraído da Tabela III. O resultado é dado
em quilogramas-força.

Observação: A resistência ao rolamento não é aplicada aos tractores de esteiras. A esteira


funciona como uma superfície contínua sem deformações, sobre a qual se desloca o equipamento.
Considera-se ainda que nos tratores de esteiras, trabalha-se com a potência na barra de tração, o
que significa que as resistências internas, opostas ao movimento já foram deduzidas. A
resistência ao rolamento pode ser designada pela sigla RRo.

3.3 Resistência de Rampa


Resistência de rampa é a força paralela ao terreno que se opõe a locomoção dos veículos e
equipamentos nos aclives. Essa resistência deve ser considerada para os equipamentos de rodas e

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de esteiras. Nos declives essa força se soma a força de tração e é denominada de assistência de
rampa. A resistência de rampa pode ser designada pela sigla RRa.

4 Equipamentos a serem usados no caso em estudo

4.1 Tractor com Lâmina Angulada


Outras designações atribuídas a esse equipamento: tractor de lâmina oblíqua, “angledozer”. A
sua lâmina é de construção semelhante à do “bulldozer”. A diferença está no sistema de suporte
da lâmina o qual permite, além dos movimentos de elevação e abaixamento, o posicionamento da
lâmina de forma perpendicular (recta) ou formando ângulos com o eixo longitudinal do tractor
(O usual é de até 25°, à esquerda ou à direita). Uma lâmina do tipo angulável, comparada com a
do “bulldozer”, apresenta menor altura, porém tem maior comprimento.

Figura 1: Tractor de Lâmina Angulada

Para calcular a capacidade de corte da lâmina, usamos a seguinte formula:

C= (c.h2)/2.tg 𝛂

 C = capacidade de corte, em m3 ;

 α = ângulo de talude do material;

 h = altura da lâmina, em metros;

 c = comprimento da lâmina, em metros;

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Porém, a seção não é constante para alguns tipos de materiais, razão pela qual é aplicado um
coeficiente correctivo η na fórmula que fornece a produção horária.

4.1.1 Operações em declives (ou aclives)


A capacidade de transporte da lâmina em declives é maior do que a capacidade da lâmina ao
trabalhar no plano (caso oposto ocorrerá quando o equipamento operar em aclive).

A Tabela a seguir, fornece directamente os valores de tg α para declives ou aclives em função da


percentagem desses declives (ou aclives). Nessa tabela considerou-se o ângulo α = 45°. Aplicam-
se esses factores na fórmula da capacidade de corte da lâmina. Valores intermediários podem ser
obtidos através de interpolação.

Fórmula de produção horária dos tratores com lâmina:

𝐏𝐡 = (𝟔𝟎 . 𝐂. 𝐄 . 𝐟. 𝛈)/T

Onde:

 Ph = produção horária, em metros cúbicos/hora;

 T = tempo de ciclo, em minutos;

 C = capacidade de corte da lâmina, em m3 ;

 E = eficiência do trabalho;

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 f = factor de empolamento (Tabela I);

 η = factor de correcção obtido na Tabela V.

Observações:

No cálculo da produção horária de tractores com lâmina frontal, podem ser usados alguns valores
médios que auxiliam na determinação da produção horária:

 Factor de eficiência do tractor: E = 0,8 (esteiras); E = 0,7 (rodas);

 Tempo fixo (Tf) - Mudança de cada marcha (frente à ré ou ré à frente), na mesma


velocidade, adoptar: Tf = 0,10 minutos; Mudança de cada marcha (frente à ré ou ré à
frente), usando velocidades diferentes, adotar: Tf = 0,20 minutos.

4.2 Moto-escreiper
O moto-escreiper é um tipo de equipamento de construção usado para escavar, mover e nivelar
grandes quantidades de solo, cascalhos ou outros materiais em ptojectos de terraplanagem,
construção de estradas, na mineração e trabalhos similares.

Figura 2: Moto-escreiper

Composição: 1) Caçamba; 2) Lâmina; 3) Avental; 4) Ejector; 5) Rodas; 6) Lâmina para tracção;


7) Apoio para tracção.

Capacidades dos escreipers:

 Nominal ou rasa: indica o volume interno da caçamba;

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 Coroada, máxima ou empolada: é a designação do volume máximo que se pode colocar
em um escreiper e transportar não havendo perdas no trajecto de transporte.

Tipos de tracção para escreipers:

 Tractor de esteiras: é um sistema ainda usado, devendo a distância de transporte ser


compatível ao seu emprego. O tractor de esteiras desenvolve velocidades de
deslocamento muito inferiores ao de pneus (de 6 a 12 km/h), embora tenha uma maior
força de tracção. A distância máxima preconizada para tractores de esteiras corresponde a
300 metros.

 Tractor de rodas pneumáticas: Pode ser de duas e de quatro rodas. O tractor de duas
rodas é acoplado, directamente, ao escreiper. Os tractores de rodas chegam a desenvolver
velocidades de transporte de até 50 km/h. Os equipamentos escavadores carregadores
traccionados pelos tractores de rodas operam, economicamente, até um limite de 3000
metros.

A produção horária do equipamento escavador transportador pode ser calculada pela expressão:

𝐏𝐡 =( 𝟔𝟎 . 𝐂 . 𝐄. 𝛗)/ 𝐓

Sendo:

 Ph = Produção horária em m3, de material escavado;

 C = Capacidade nominal ou rasa do escreiper, em m3;

 E = Eficiência do trabalho. Usar: E = 0,8 (tractor de esteiras); E = 0,7 (tractor de rodas).

 φ = Factor correctivo para a obtenção do volume escavado obtido na Tabela.

 T = Tempo de ciclo: T = tf + tv O tempo fixo (tf) pode ser obtido como segue: tf = 2,5
minutos, para C≤ 11,7 m3 ; tf = 3,0 minutos, para C≥ 11,7 m3 ; tv = ∑ 0,06 (dn/vn)

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4.3 Pá Carregadeira
São constituídas pelos tractores de rodas ou esteiras equipados com caçamba frontal a qual é
accionada através de um sistema de braços articulados. A caçamba permite a elevação do
material nele depositado para um posterior despejo em unidades de transporte. Apresentam essas
unidades, a característica de preencher a sua caçamba, com o deslocamento do tractor.

Serviços executados pelas pás carregadeiras:

 Escavação: limitado a pás de esteira. Se de rodas, todas devem possuir tracção;

 Carga: corresponde ao preenchimento da caçamba;

 Transporte: máximo de 30 metros, para pá de esteira e 50 metros, para pá de rodas;

 Descarga: pela acção da gravidade, em unidades de transporte ou sobre o terreno.

4.3.1 Pá Carregadeira articulada com tracção nas quatro rodas


Esse tipo de pá carregadeira representa uma evolução da pá rígida de tracção nas quatro rodas. A
diferença maior está na articulação de sua estrutura que se processa na parte central e entre os
eixos das rodas.

A pá rígida tem o seu sistema de direcção construído de uma forma semelhante a dos
automóveis e dos caminhões. A pá articulada é manobrada através da sua articulação.

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Figura 3: Pá Carregadeira articulada com tracção nas quatro rodas

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5 Referencias Bibliográficas
 RICARDO, H. & CATALANI, G.- Manual Pratico De Escavacao, Terraplenagem E
Escavacao De Rocha; 3º edição.

 WILEY, J.- Construction Equipment Guide, New York, 1973

 GUIMARÃES, N. – Equipamentos de construção e conservação; Livro texto; 1992;

 HEIPLE, D. K. – Terraplenagem uma arte e uma ciência; Le Torneau – Westinghouse


Company;

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6 Estudo do Caso
Um empreteiro foi contatado para executar um serviço de terraplenagem em um terreno de
formato 400,0 x 600,0 metros. O terreno é relativamente plano e destinado a um conjunto
habitacional. O material do solo é constituído por argila natural e dentro da área há necessidade
de aterrar uma depressão e compactar o material do aterro. O volume da depressão é de 8640 m3 .
Essa depressão, em relação ao material de aterro, está a uma distância de transporte de 60,0
metros, percurso esse, a ser feito em declive de 13 %. O volume de material a ser escavado de
todo o terreno foi calculado como sendo de 115.200 m3 . Estão previstas duas opções para o
depósito do material de escavação a ser retirado e transportado do terreno:

A Pilha de material estará situado numa depressão a 750,0 m das frentes de escavação com
aclive de 4 % percorrido em material constituído por argila natural. O empreteiro tem no seu
estaleiro os seguintes equipamentos disponíveis:

 2 tratores de esteiras com peso de 24 000,0 kg, lâmina angulável com 4,14 m de
comprimento e 1,12 metros de altura.

 12 camiões basculantes 15,8 m3 coroado de caçambas.

 3 pás carregadeiras de pneus com tração em 4 rodas, 11 550,0 kg de peso total de e 4,22
m3 de capacidade coroada da caçamba.

 3 moto-escreipers de 21,6 m3 de capacidade rasa e 28,9 m3 de capacidade coroada, 28


5000,0 kg de peso vazio e dotados de transmissão direta de 8 marchas, com o seguinte
desempenho:......

Os tratores com lâmina frontal podem operar no terreno em questão, na segunda marcha à frente,
a 5,0 km/h no transporte do material e na terceira marcha à ré, a 7 km/h, no retorno sem carga. A
eficiência de trabalho das unidades de transporte foi testada no local e pode ser elevada para 80%
e a jornada de trabalho está prevista para 12 horas diárias e os trabalhos serão de 25 dia úteis ao
mês.

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Dos equipamentos a disposição do empreteiro, escolham os equipamentos adequados para
a atividade. digam qual é o tempo total de execução das actividades.

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7 ANEXO

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