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2. -
Estimativa de produção dos equipamentos
2.1. - Produtividade dos equipamentos de terraplenagem
A estimativa de produção dos equipamentos de terraplenagem não é um
processo preciso, pois além de depender de diversos parâmetros de determinação
difícil, ainda existem outros fatores aleatórios que influem de forma decisiva no
desempenho das máquinas.
Assim, para os cálculos de estimativa de produção, somos obrigados a
recorrer, muitas vezes, a julgamentos ou opiniões pessoais baseados em experiência
anterior para a obtenção de resultados corretos, se comparados posteriormente com a
realidade.
As máquinas de terraplenagem executam em seu trabalho quatro operações
básicas, que podem ocorrer em seqüência ou, às vezes, com simultaneidade parcial, a
saber: a) - escavação ou corte;
b) - carga do material;
c) - transporte;
d) - descarga e espalhamento.
Outras operações podem ser necessárias, como a escarificação e a
compactação.
Observando-se os tempos elementares num grande número de ciclos
verifica-se que alguns deles se mantêm mais ou menos constantes para um
determinado tipo de equipamento, enquanto que outros são muito variáveis, pois
. Os primeiros são denominados tempos fixos (t ) e
dependem diretamente das distâncias percorridas f
os outros tempos variáveis (t
v).
t = Σt + Σt
cmin f v
t = Σt + Σt + Σt
cef f v p ou
t =t + Σt
cef cmin p
Produção de um equipamento
Produção do equipamento (Q) é o volume escavado, transportado e
descarregado na unidade de tempo, representado pelo produto do volume solto da
caçamba (C) pelo número de ciclos (f) efetuados na unidade de tempo (freqüência).
Q=C.f
Portanto, o rendimento da operação é afetado diretamente pelos tempos de
parada, concluindo-se que o aumento de produção será conseguido pela
diminuição destes. Daqui em diante, sempre nos referiremos à produção
efetiva, que é aquela que realmente nos interessa na prática. Ela é, em geral,
expressa em volume medido no corte, com sua massa específica natural (n)
porque a terraplenagem normalmente é paga pelo volume geométrico do
corte.
2.2.2. -
Unidades
escavo-carregadoras
Para o cálculo da estimativa de produção de carregadeiras é necessário que
se conheça a capacidade da caçamba da máquina. Este valor deve ser tirado das
especificações técnicas das máquinas fornecidas pelos fabricantes e se referem à
capacidade rasa ou coroada.
Convém notar, entretanto, que na mesma carregadeira podem ser adotadas
caçambas de capacidades diferentes, dependendo da massa específica solta (γs) do
material que vai ser carregado. O que limita a capacidade da caçamba é a carga
máxima de operação, admitida pelo fabricante, para o seu peso próprio somado ao da
carga. Tratando-se de carga excêntrica, temos um momento de tombamento que será
equilibrado pelo peso próprio da carregadeira, especialmente pelo motor que se coloca
atrás do eixo traseiro, servindo de contrapeso.
A carga máxima na caçamba é limitada a 50% da condição limite de equilíbrio
estático, ou seja, admite-se o coeficiente de segurança igual a 2, para o tombamento.
Dividindo-se a carga máxima admissível pelo γs do material que vai ser trabalhado,
determina-se a capacidade ideal da caçamba para as condições vigentes.
Fator de carga da caçamba
O volume solto do material contido na caçamba será obtido multiplicando se a
sua capacidade pelo fator de carga. Para se obter o equivalente volume
removido do corte devemos multiplicar o volume solto pelo fator de conversão.
Volume (MCS) = Capacidade caçamba (MCS) x Fator de carga
OBS: Verificar a Carga Máxima de Operação (Tombamento)
2.2.2.2. Tempo de ciclo
O ciclo de uma carregadeira, quer seja de esteiras ou de pneus, pode
ser decomposto nos seguintes movimentos elementares, quando trabalhando na
carga de um veículo transportador.
2.2.2.2.1 - Carregadeira de esteiras
O tempo de ciclo da carregadeira de esteiras inclui: carga, manobra,
descarga, bem como o tempo de transporte mínimo definido pelas distâncias d 1e d2,
percorridas em direção ao talude e ao veículo de transporte, respectivamente.
Os três primeiros são considerados tempos fixos.
Tempo de
carga
O tempo de
carga da
caçamba
depende do
material a ser
escavado:
Tempo de
descarga
O tempo de descarga da caçamba em caminhões oscila entre 0,04 e 0,07 min.
Pode ocorrer, ainda, um tempo de espera da carregadeira, enquanto aguarda
a manobra de posicionamento da unidade de transporte. Esse tempo de
posicionamento é bastante variável já que depende em grande parte das
condições vigentes no local de carga; havendo boa coordenação entre as
unidades poderá ser estimado em 0,1 min.
Tempo de manobras
Inclui o tempo básico de transporte (ida e retorno) determinado pelas
distâncias d1 e
d2, correspondentes ao espaço mínimo percorrido para o operador colocar o
equipamento na
posição de corte ou descarga, além de quatro mudanças de direção e o tempo
de giro. Para um
operador eficiente a soma desses tempos atinge 0,22 minutos.
O tempo de ciclo total para a carregadeira de esteiras, na carga de caminhões
com terra, seria:
Carga de argila úmida: 0,06
Tempo de manobras: 0,22
Descarga: 0,05
Tempo de ciclo básico: 0,33 min
A esse tempo poderá ser adicionado, se houverem, o de posicionamento de
0,1 min, obtendo-se o valor total de 0,43 min e o de percurso até a unidade
de transporte.
2.2.2.2.2. - Carregadeira de pneus
O tempo de ciclo básico das carregadeiras de pneus articuladas é
de 0,40 a 0,60 minutos, devendo ser corrigido a partir de variações
provenientes das condições reais de trabalho, de acordo com os seguintes
valores sugeridos:
2o Processo
Outra técnica que pode ser empregada é a passagem contínua da
lâmina entre o início e o término da área a ser regularizada, fazendo-se o giro
na extremidade e retornando em sentido contrário.
Sendo:
Q = produção da motoniveladora na regularização (m3/h);
I = largura da lâmina (m);
vm = velocidade média da motoniveladora (km/h);
e = espessura solta da camada
(m);
N = número de passadas por
camada;
E = fator de eficiência.
2.2.5. -
Unidades
compactadoras
A
produção das
unidades
compactadoras
pode ser estimada conhecendo-se os seguintes elementos:
l = largura útil do rolo compactador (m);
e = espessura da camada (cm);
v = velocidade média do equipamento (km/h);
N = número de passadas para atingir o grau de compactação, por
camada.
E = fator de eficiência.
l x v x e x 10
Produção= xE
N
l= em metros
v= em km/h (vel média)
e= em cm