Você está na página 1de 24

1 - Terraplenagem

Pode-se definir terraplenagem, ou movimento de terras, como o conjunto de


operações (escavação, carga, transporte, depósito ou descarga, compactação e
acabamento) necessárias à realização de uma obra.
Assim, a construção de uma estrada de rodagem, ferrovia ou aeroporto, a
edificação de uma fábrica ou usina hidrelétrica, ou mesmo de um conjunto residencial
exigem a execução de serviços de terraplenagem prévios, regularizando o terreno
natural, em obediência ao projeto que se deseja implantar.
1.2. - Terminologia De modo geral, os materiais de superfície classificam-se em:
a) Material de rocha - material constituinte da crosta terrestre
proveniente da solidificação do magma ou de lavas vulcânicas ou da consolidação
de depósitos sedimentares, tendo ou não sofrido transformações metamórficas. Esse
material apresenta elevada resistência somente modificável por contatos com o ar ou
a água em casos muito especiais;
b) Material de terra (solo) - material constituinte especial da crosta
terrestre proveniente da decomposição in situ das rochas pelos diversos agentes
geológicos, ou pela sedimentação não consolidada dos grãos elementares
constituintes das rochas, com adição eventual de partículas fibrosas de material
carbonoso e matéria orgânica coloidal.
c) Material misto (terra + rocha)
1.3. - Empolamento dos solos
Um fenômeno característico dos solos, e importante na terraplenagem, é o
empolamento ou expansão volumétrica. Quando se escava o terreno natural, a terra que se
encontrava num certo estado de compactação, proveniente do seu próprio processo de
formação, experimenta uma expansão volumétrica que pode ser considerável em certos
Após a escavação, a terra assume um volume solto (V
casos. s) maior do que aquele em que se
encontrava em seu estado natural (V ) e, conseqüentemente, com a massa específica solta (γ
n s)
correspondente ao material solto, obviamente menor do que a massa específica natural (γ
n) Assim temos:
γ < γ , pois, V > V
s n s n.
Chama-se fator de conversão FC ou empolamento, à relação:
Como a terraplenagem, em geral, é paga pelo volume medido no corte,
portanto, com a massa específica natural, convém, sempre, referir-se o volume a seu
no corte (V
estado natural, ou seja, c).

Chama-se porcentagem de empolamento (f) à relação:

1.4. - Redução volumétrica dos solos ou compactação


Os solos soltos, se trabalhados com equipamentos especiais (rolos
compactadores),
sofrem elevada diminuição de volume, ou compactação, causada pela
aproximação dos grãos,
devida à redução do volume de vazios. Chamamos esse fenômeno de
contração.

2. -
Estimativa de produção dos equipamentos
2.1. - Produtividade dos equipamentos de terraplenagem
A estimativa de produção dos equipamentos de terraplenagem não é um
processo preciso, pois além de depender de diversos parâmetros de determinação
difícil, ainda existem outros fatores aleatórios que influem de forma decisiva no
desempenho das máquinas.
Assim, para os cálculos de estimativa de produção, somos obrigados a
recorrer, muitas vezes, a julgamentos ou opiniões pessoais baseados em experiência
anterior para a obtenção de resultados corretos, se comparados posteriormente com a
realidade.
As máquinas de terraplenagem executam em seu trabalho quatro operações
básicas, que podem ocorrer em seqüência ou, às vezes, com simultaneidade parcial, a
saber: a) - escavação ou corte;
b) - carga do material;
c) - transporte;
d) - descarga e espalhamento.
Outras operações podem ser necessárias, como a escarificação e a
compactação.
Observando-se os tempos elementares num grande número de ciclos
verifica-se que alguns deles se mantêm mais ou menos constantes para um
determinado tipo de equipamento, enquanto que outros são muito variáveis, pois
. Os primeiros são denominados tempos fixos (t ) e
dependem diretamente das distâncias percorridas f
os outros tempos variáveis (t
v).

Tempo de ciclo mínimo é a somatória de todos os tempos elementares, de


que resulte o menor tempo de ciclo, em que a tarefa pode ser executada.

t = Σt + Σt
cmin f v

Tempo de ciclo efetivo é aquele gasto realmente pelo equipamento para


ciclo de operação, computados os tempos de parada (t
executar o p) que ocorrem necessariamente
no decurso de muitos ciclos.

t = Σt + Σt + Σt
cef f v p ou

t =t + Σt
cef cmin p

Produção de um equipamento
Produção do equipamento (Q) é o volume escavado, transportado e
descarregado na unidade de tempo, representado pelo produto do volume solto da
caçamba (C) pelo número de ciclos (f) efetuados na unidade de tempo (freqüência).
Q=C.f
Portanto, o rendimento da operação é afetado diretamente pelos tempos de
parada, concluindo-se que o aumento de produção será conseguido pela
diminuição destes. Daqui em diante, sempre nos referiremos à produção
efetiva, que é aquela que realmente nos interessa na prática. Ela é, em geral,
expressa em volume medido no corte, com sua massa específica natural (n)
porque a terraplenagem normalmente é paga pelo volume geométrico do
corte.

Observamos aqui que outros fatores podem afetar a produção de um


equipamento de terraplenagem, tais como: o operador, o material que está
sendo trabalhado, algumas condições especiais da obra etc.
2.1.6.2 - Tempo de ciclo mínimo
Outro fator que, como vimos, influi na produção dos equipamentos é o
tempo de ciclo
mínimo, consistindo na soma dos tempos fixos e dos variáveis. Estes
dependerão das
distâncias percorridas. Entretanto, para que seja realmente mínimo, é
necessário que não haja
paradas e que os movimentos elementares que o constituem sejam
executados com a menor
duração possível, correspondendo às velocidades máximas desses
movimentos.
2.1.6.3. - Coeficiente de rendimento ou fator de eficiência (E)
O coeficiente de rendimento ou fator de eficiência exprime, em última
análise, a
relação entre o número de horas efetivamente trabalhadas e o número de
horas que o
equipamento fica à disposição da obra para a execução de uma tarefa, ou
seja, o turno de
Trabalho admitido.

n ° de hrs de trabalho efetivo do equipamento


E=
n ° de hrs disponíveis do equipamento

Sabe-se que uma máquina poderá executar um certo número de ciclos,


durante
algumas horas, sem que existam paradas. Entretanto, com o decorrer do
tempo, haverá
forçosamente o aparecimento de paradas provenientes de causas as mais
diversas, de maneira
que, na realidade e desde que o número de horas de observação seja grande,
teremos sempre E < 1.

Entre as inúmeras causas de parada, a grande maioria é facilmente


identificável:
a) defeitos mecânicos do equipamento;
b) más condições meteorológicas;
c) más condições do solo;
d) falta de habilidade ou imperícia do operador;
e) organização deficiente dos serviços;
f) esperas devidas a outros equipamentos;
g) tipo do equipamento.

2.2. - Estimativa de produção dos diversos equipamentos

Para a estimativa de produção de um trator provido de


lâmina, usamos a fórmula básica já citada anteriormente.
Haverá necessidade de se calcular a capacidade da
lâmina, ou seja, a quantidade de terra solta acumulada a sua frente,
após o corte. Será, também, estimado o tempo de ciclo mínimo
gasto pelo trator para escavar, transportar e descarregar o material.
2.2.1.2. - Determinação do tempo de ciclo mínimo

Para simplificar o problema, admite-se para o cálculo do tempo de ciclo uma


distância média de percurso, representada pela distância entre o centro de gravidade do corte e o
do aterro, ou seja, D, com a rampa média im.
Os tempos variáveis de ida e retorno serão calculados em função dessa distância
média D.
Os tempos de ciclo devem ser calculados para o trajeto em nível, ou seja, terreno
horizontal. Quando o equipamento trabalha em declives aparece no trajeto em rampa a
assistência de rampa, que impulsiona a máquina fornecendo-lhe um esforço trator adicional que,
evidentemente, tende a incrementar a produção pelo aumento do volume transportado pela
lâmina. Por outro lado, a velocidade de retorno diminuirá, já que a máquina nessa situação
deverá vencer a resistência da rampa, o que significa maior tempo de ciclo e, em conseqüência,
menor produção.
Qef (m ³/h)=Qmax x Fatores de Correção

As curvas da figura fornecem a produção máxima Qmax para as lâminas


semi-
universal (lâmina SU) e são baseadas nas seguintes hipóteses:

● fator de eficiência E = 100% (Qmax);


● tempos fixos para máquinas com servotransmissão: 0,05 min;
● a máquina corta e preenche a lâmina em 15 m, em seguida empurra a carga
para despejá-la com tempo de descarga igual a zero.
● densidade do solo s = 1,37 t/m3 (solto) e 1,78 t/m3 (natural), na condição de
trabalho
● coeficiente de tração (esteiras): 0,5 ou mais;
● lâmina de comando hidráulico;
● marchas: de escavação = 1a avante, empurramento = 2a avante e retorno =
2a a ré
Produção em declives

2.2.2. -
Unidades
escavo-carregadoras
Para o cálculo da estimativa de produção de carregadeiras é necessário que
se conheça a capacidade da caçamba da máquina. Este valor deve ser tirado das
especificações técnicas das máquinas fornecidas pelos fabricantes e se referem à
capacidade rasa ou coroada.
Convém notar, entretanto, que na mesma carregadeira podem ser adotadas
caçambas de capacidades diferentes, dependendo da massa específica solta (γs) do
material que vai ser carregado. O que limita a capacidade da caçamba é a carga
máxima de operação, admitida pelo fabricante, para o seu peso próprio somado ao da
carga. Tratando-se de carga excêntrica, temos um momento de tombamento que será
equilibrado pelo peso próprio da carregadeira, especialmente pelo motor que se coloca
atrás do eixo traseiro, servindo de contrapeso.
A carga máxima na caçamba é limitada a 50% da condição limite de equilíbrio
estático, ou seja, admite-se o coeficiente de segurança igual a 2, para o tombamento.
Dividindo-se a carga máxima admissível pelo γs do material que vai ser trabalhado,
determina-se a capacidade ideal da caçamba para as condições vigentes.
Fator de carga da caçamba
O volume solto do material contido na caçamba será obtido multiplicando se a
sua capacidade pelo fator de carga. Para se obter o equivalente volume
removido do corte devemos multiplicar o volume solto pelo fator de conversão.
Volume (MCS) = Capacidade caçamba (MCS) x Fator de carga
OBS: Verificar a Carga Máxima de Operação (Tombamento)
2.2.2.2. Tempo de ciclo
O ciclo de uma carregadeira, quer seja de esteiras ou de pneus, pode
ser decomposto nos seguintes movimentos elementares, quando trabalhando na
carga de um veículo transportador.
2.2.2.2.1 - Carregadeira de esteiras
O tempo de ciclo da carregadeira de esteiras inclui: carga, manobra,
descarga, bem como o tempo de transporte mínimo definido pelas distâncias d 1e d2,
percorridas em direção ao talude e ao veículo de transporte, respectivamente.
Os três primeiros são considerados tempos fixos.
Tempo de
carga
O tempo de
carga da
caçamba
depende do
material a ser
escavado:

Tempo de
descarga
O tempo de descarga da caçamba em caminhões oscila entre 0,04 e 0,07 min.
Pode ocorrer, ainda, um tempo de espera da carregadeira, enquanto aguarda
a manobra de posicionamento da unidade de transporte. Esse tempo de
posicionamento é bastante variável já que depende em grande parte das
condições vigentes no local de carga; havendo boa coordenação entre as
unidades poderá ser estimado em 0,1 min.
Tempo de manobras
Inclui o tempo básico de transporte (ida e retorno) determinado pelas
distâncias d1 e
d2, correspondentes ao espaço mínimo percorrido para o operador colocar o
equipamento na
posição de corte ou descarga, além de quatro mudanças de direção e o tempo
de giro. Para um
operador eficiente a soma desses tempos atinge 0,22 minutos.
O tempo de ciclo total para a carregadeira de esteiras, na carga de caminhões
com terra, seria:
Carga de argila úmida: 0,06
Tempo de manobras: 0,22
Descarga: 0,05
Tempo de ciclo básico: 0,33 min
A esse tempo poderá ser adicionado, se houverem, o de posicionamento de
0,1 min, obtendo-se o valor total de 0,43 min e o de percurso até a unidade
de transporte.
2.2.2.2.2. - Carregadeira de pneus
O tempo de ciclo básico das carregadeiras de pneus articuladas é
de 0,40 a 0,60 minutos, devendo ser corrigido a partir de variações
provenientes das condições reais de trabalho, de acordo com os seguintes
valores sugeridos:

A estimativa de produção será feita através da fórmula geral


de produção
Q = c . fc . FC .1/tc .E
onde:
fc = fator de carga da caçamba
c = capacidade da caçamba
FC = fator de conversão de volumes
t
c = tempo de ciclo básico
E = fator de eficiência
2.2.2.3. - Escavadeiras
O ciclo de uma escavadeira compreende vários movimentos elementares

O ciclo de uma escavadeira compreende vários movimentos elementares:

● carga da caçamba (tf)


● giro carregado (tv)
● descarga (tf)
● giro vazio (tv)
Assim, há tempos fixos como a carga e descarga da caçamba e tempos
variáveis de giro, que dependem diretamente do ângulo de giro utilizado. Este, por
sua vez, dependerá do posicionamento da unidade transportadora em relação à
escavadeira.
Entretanto, há outro elemento que afeta o desempenho dessas unidades,
denominada altura ótima do corte. Compreende-se que deverá haver uma relação
entre o volume da caçamba e a altura do talude de terra que vai ser escavado.
Se esta altura for pequena e a caçamba de grande capacidade, completado
o movimento correspondente à carga haverá apenas o enchimento parcial da
caçamba. Para o enchimento total é necessário repetir a operação, introduzindo um
tempo parasita evitável. Para tanto basta utilizar uma caçamba de volume menor.
Por outro lado, se usarmos uma caçamba de dimensões muito reduzidas
em relação à altura do barranco haverá perda do material escavado, que não é
recolhido pela caçamba, surgindo a necessidade de nova operação de carga do
material restante. A utilização da altura ótima de corte, condicionada pela capacidade
da caçamba, resulta no aumento da produção do equipamento; ao contrário, o uso de
qualquer altura, maior ou menor, irá diminuí-la
O tipo de material também exerce influência no desempenho das
escavadeiras, desde que não se atinja o enchimento normal da caçamba em razão de
vazios que permanecem devido ao tamanho e forma das partículas ou fragmentos
resultantes da sua desagregação.
À semelhança do que foi dito em relação às carregadeiras, aplica-se o
fator de carga, que leva em conta os vazios do material dentro da caçamba.

Feitas essas considerações pode-se calcular a produção de uma


escavadeira, aplicando-
se a fórmula geral
Obstáculos subterrâneos como galerias de esgotos, dutos de eletricidade e
telefone, adutoras de água representam redução significativa da produção das
retroescavadeiras, especialmente nas zonas urbanas. Assim, os valores indicados
para o cálculo da produção das escavadeiras pressupõem a ausência ou não desses
obstáculos
2.2.3. - Unidades transportadoras
As unidades transportadoras são utilizadas em operação conjunta com as
escavo carregadoras, realizando as operações básicas de transporte e de descarga.
Normalmente, a condição de balanceamento entre as unidades é estabelecida pelo
sincronismo de operação, isto é, haveria permanentemente um veículo sendo carregado
pela unidade escavo-carregadora. Esta condição é obtida desde que o fluxo de material
carregado seja absorvido pela frota de transporte, sem que haja espera de qualquer das
máquinas. Em outras palavras, nessa condição, a produção da unidade escavo-
carregadora será igual à capacidade de produção da frota de transporte.
Q unidade escavo-carregadora = Q frota de transporte.

A experiência mostra que deve haver adequação entre a capacidade da


caçamba da unidade carregadora e a da transportadora, e o número "n" deve estar
compreendido entre 3 e 6.
Com duas caçambadas, provavelmente devido à rapidez da carga, poderá
haver espera no posicionamento da unidade transportadora seguinte e, com mais de
seis caçambadas, o tempo de carga cresce inutilmente, fazendo com que a unidade
transportadora aumente desnecessariamente o seu tempo de ciclo.
O número N poderá não ser inteiro. Nessa hipótese optaremos pelo uso do
número inteiro imediatamente inferior ou superior. No caso de adotarmos o número
inteiro imediatamente inferior, haverá pequena falta de unidades transportadoras e a
carregadeira terá espera. A produção global será governada pela frota de transporte.
Na outra hipótese haverá, obviamente, espera da unidade transportadora e a
produção será governada pela produção máxima da carregadeira.
Assim sendo:
Q = produção da carregadeira;
q = produção da unidade de transporte individual;
N = número de unidades de transporte.
Na condição de sincronismo:
Se N não for inteiro, teremos:
Q
adotando N1 > q e a carregadeira
governa a produção;
Q
N2 < q e as unidades de transporte
governam a produção.
2.2.3.2. - Tempo de ciclo de transporte
O tempo de ciclo da unidade transportadora será formado pelos seguintes
tempos elementares:

● tempo de carga da unidade (tf)


● tempo de transporte carregado (tv)
● tempo de manobra e descarga (tf)
● tempo de retorno vazio (tv)
● tempo de posicionamento para a carga (tf)
São considerados fixos os tempos de carga, manobras, descarga e
posicionamento, enquanto os de transporte são variáveis, pois dependem das
distâncias percorridas.

Os tempos variáveis serão calculados para as unidades transportadoras


com a determinação do tempo gasto no percurso de cada segmento, através do seu
comprimento e da velocidade da máquina.

2.2.4. - Unidades aplanadoras

As unidades aplanadoras são máquinas para acabamento da


terraplenagem, sendo seu emprego muito diversificado, como o espalhamento e
regularização de camadas de terra para a compactação, através de passadas de ida e
retorno da lâmina do equipamento.
1° Processo
A técnica empregada é a passagem da lâmina em trajeto de ida,
várias vezes sobre a camada, até conseguir a sua regularização. Sendo:
T = tempo empregado na operação de espalhamento (min);
vi = velocidade do trajeto de ida (espalhamento) (km/h) (fase
produtiva);
vr = velocidade do trajeto de retorno (km/h) (fase não-produtiva);
Li = distância percorrida avante (m);
Lr = distância percorrida a ré (m);
N = número de passadas para regularizar cada camada;
E = fator de eficiência;
I = largura da lâmina.

Sendo L a largura (m) e C o comprimento (m) da área a ser regularizada,


com a
camada de espessura e (m) a produção da motoniveladora na tarefa de
espalhamento e
regularização será:

2o Processo
Outra técnica que pode ser empregada é a passagem contínua da
lâmina entre o início e o término da área a ser regularizada, fazendo-se o giro
na extremidade e retornando em sentido contrário.

Sendo:
Q = produção da motoniveladora na regularização (m3/h);
I = largura da lâmina (m);
vm = velocidade média da motoniveladora (km/h);
e = espessura solta da camada
(m);
N = número de passadas por
camada;
E = fator de eficiência.

2.2.5. -
Unidades
compactadoras
A
produção das
unidades
compactadoras
pode ser estimada conhecendo-se os seguintes elementos:
l = largura útil do rolo compactador (m);
e = espessura da camada (cm);
v = velocidade média do equipamento (km/h);
N = número de passadas para atingir o grau de compactação, por
camada.
E = fator de eficiência.
l x v x e x 10
Produção= xE
N
l= em metros
v= em km/h (vel média)
e= em cm

A expressão anterior, embora forneça resultados aceitáveis para a produção das


unidades compactadoras, é aproximada porque alguns dos seus parâmetros são
interdependentes. Assim, a espessura e e o número de passadas N são interdependentes, isto
é, aumentando-se ou diminuindo-se a espessura da camada haverá necessidade de maior ou
menor número de passadas para conseguir-se a homogeneidade da massa específica adotada
em toda a camada.
Por outro lado v e N são também interligados, conforme se constata na operação
de rolos vibratórios já que, aumentando a velocidade de rolamento é necessário maior
número de passadas para alcançar-se a compactação desejada.
3. - Dimensionamento das equipes
Após a seleção dos equipamentos mais indicados para realizar economicamente
a tarefa de acordo com os critérios já expostos, será necessário determinar o número de
unidades capazes de cumprir o prazo fixado ou, supondo-se que esse número já esteja
estabelecido verificar se o prazo fixado será ou não cumprido.
No primeiro caso, teremos um cálculo de dimensionamento de equipamento e,
no segundo, um de verificação.
Em geral, no planejamento de um serviço de terraplenagem temos, através de
dado provenientes do projeto (Diagrama de Massas), o volume V de terra (em m3) que
deverá ser escavado e movido, bem como a distância de transporte entre corte e aterro.
Sendo P o prazo (em dias corridos) estabelecido para a conclusão do trabalho e t o turno
diário de atividade (em h/dia), podemos determinar a produção média diária Qm (m3/dia)
que deverá obrigatoriamente ser atingida pela expressão:

Você também pode gostar