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sucedem ordenada e gradualmente sem aquele receber com nitidez, paz e alegria as impressões com
que o mundo das cores, das formas e dos sons enriqueceria, alegraria e tranquilizaria. Poucos nos
damos conta de tudo isso porque temos a mente ocupada com ambiciosos projetos, com tristezas
e preocupações.
Trocamos a “Sofrosine|” grega ou a equanimidade clássica por tumultos de imagens e
ideias que se amontoam em nós, sem se poder gravar nem assentar na mente. Falta paz para
concentrar a atenção numa só coisa, donde: confusão, cansaço cerebral, nervosismo, inquietude,
insônia, etc.
Na vida afetiva de sentimentos e emoções, aquela moderação de nossos avós, aquelas sãs e
santas expansões da vida de família vão cedendo lugar à multidão de impressões anormais ou sem
coesão, a excitações precoces e brutais, a temores ou desejos exaltados, que se gravam ou se
exageram ou se transferem a objetos indevidos, dando origem a variadíssimas fobias, obsessões,
angústias, preocupações e tristezas.
Na vida volitiva de desejos e decisões, já são poucas as personalidades com normas fixas a
seguir. Poucos são os caracteres que sabem encarar a vida e superar suas dificuldades. Pelo
contrário, a cada passo encontramos homens sem princípios, sem força de vontade, homens e até
jovens derrotados até o suicídio. Ou antes, é uma multiplicidade de impulsos incoerentes ou de
desejos imoderados, procedentes das excitações externas ou dos instintos desenfreados, que
eliminam a decisão deliberada governada pela razão. Tudo isto produz indecisão, abulia,
inconstância e desânimo, a tal ponto que o “eu consciente superior” deixa de exercer o controle
sobre o “eu inferior e inconsciente”, e a vontade perde as rédeas para dirigir nosso mundo
psíquico.”
Narciso Irala, em Controle Cerebral e Emocional.
Honey Lopes