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GABARITO:

Metáfora Exercícios QUESTÃO 1 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E


Nome: ________________________________ QUESTÃO 2 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
______________________________________ QUESTÃO 3 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
QUESTÃO 4 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
Data___/____/2022 QUESTÃO 5 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E
QUESTÃO 6 ( )A ( )B ( )C ( )D ( )E

Questão 1 - (Enem)
O autor do texto seguinte critica, ainda que em linguagem metafórica, a sociedade contemporânea em relação aos seus hábitos
alimentares.
“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em garrafa, na leiteria da esquina? [...]
Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um
pacote de leite — leite em pacote, imagina, Tereza! — na porta dos fundos e estava escrito que é pasterizado, ou pasteurizado, sei lá, tem
vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: ‘Líquido branco, contendo água, proteína, açúcar e sais minerais’.
Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais de 5000 anos. É o único alimento só alimento. A carne serve pro animal
andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha [...]. O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar
que nem vaca tem por trás desse negócio.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite. Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram!
Múúúúúúú!”
FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999.
A crítica do autor é dirigida:
a) ao desconhecimento, pelas novas gerações, da importância do gado leiteiro para a economia nacional.
b) à diminuição da produção de leite após o desenvolvimento de tecnologias que têm substituído os produtos naturais por produtos artificiais.
c) à artificialização abusiva de alimentos tradicionais, com perda de critério para julgar sua qualidade e sabor.
d) à permanência de hábitos alimentares a partir da revolução agrícola e da domesticação de animais iniciada há 5000 anos.
e) à importância dada ao pacote de leite para a conservação de um produto perecível e que necessita de aperfeiçoamento tecnológico.

Questão 2 - (Enem)
As doze cores do vermelho
Você volta para casa depois de ter ido jantar com sua amiga dos olhos verdes. Verdes. Às vezes quando você sai do escritório você quer
se distrair um pouco. Você não suporta mais seu trabalho de desenhista. Cópias plantas réguas milímetros nanquim compasso 360º de cercado
cerco. Antes de dormir você quer estudar para a prova de história da arte mas sua menina menor tem febre e chama você. A mão dela na sua mão
é um peixe sem sol em irradiações noturnas. Quentes ondas. Seu marido se aproxima os pés calçados de meias nos chinelos folgados. Ele olha as
horas nos dois relógios de pulso. Ele acusa você de ter ficado fora de casa o dia todo até tarde da noite enquanto a menina ardia em febre. Ponto e
ponta. Dor perfume crescente...
CUNHA, H. P. As doze cores do vermelho. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2009.
A literatura brasileira contemporânea tem abordado, sob diferentes perspectivas, questões relacionadas ao universo feminino. No
fragmento, entre os recursos expressivos utilizados na construção da narrativa, destaca-se a:
a) repetição de “você”, que se refere ao interlocutor da personagem.
b) ausência de vírgulas, que marca o discurso irritado da personagem.
c) descrição minuciosa do espaço do trabalho, que se opõe ao da casa.
d) autoironia, que ameniza o sentimento de opressão da personagem.
e) ausência de metáforas, que é responsável pela objetividade do texto.

Questão 3 - (Enem)

Texto I Texto II
Chão de esmeralda Quando a escola de samba entra na Marquês
Me sinto pisando de Sapucaí, a plateia delira, o coração dos componentes
Um chão de esmeraldas bate mais forte e o que vale é a emoção. Mas, para que
Quando levo meu coração esse verdadeiro espetáculo entre em cena, por trás da
À Mangueira cortina de fumaça dos fogos de artifício, existe um
Sob uma chuva de rosas verdadeiro batalhão de alegria: são costureiras,
Meu sangue jorra das veias aderecistas, diretores de ala e de harmonia,
E tinge um tapete pesquisador de enredo e uma infinidade de profissionais
Pra ela sambar que garantem que tudo esteja perfeito na hora do
É a realeza dos bambas desfile.
Que quer se mostrar AMORIM, M.; MACEDO, G. O espetáculo dos
Soberba, garbosa bastidores. Revista de Carnaval 2010: Mangueira. Rio de
Minha escola é um cata-vento a girar Janeiro: Estação Primeira de Mangueira, 2010.
É verde, é rosa
Oh, abre alas pra Mangueira passar
BUARQUE, C.; CARVALHO, H. B. Chico Buarque de Mangueira. Marola
Edições Musicais Ltda. BMG. 1997. Disponível em:
www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 30 abr. 2010.
Ambos os textos exaltam o brilho, a beleza, a tradição e o compromisso dos dirigentes e de todos os componentes com a escola de
samba Estação Primeira de Mangueira. Uma das diferenças que se estabelece entre os textos é que
a) o artigo jornalístico cumpre a função de transmitir emoções e sensações, mais do que a letra de música.
b) a letra de música privilegia a função social de comunicar a seu público a crítica em relação ao samba e aos sambistas.
c) a linguagem poética, no Texto I, valoriza imagens metafóricas e a própria escola, enquanto a linguagem, no Texto II, cumpre a função de
informar e envolver o leitor.
d) ao associar esmeraldas e rosas às cores da escola, o Texto I acende a rivalidade entre escolas de samba, enquanto o Texto II é neutro.
e) o Texto I sugere a riqueza material da Mangueira, enquanto o Texto II destaca o trabalho na escola de samba.

Questão 4 - (Adaptado)
Em um texto, as palavras expressam Sentidos – literais ou metafóricos –, a fim de que sejam identificadas as intenções comunicativas
pretendidas, como se pode concluir pelas observações feitas a seguir.
A) “o insolente coração”, quer dizer o coração arrogante, ousado, atrevido.
B) “O miserável coração nasceu cativo”, quer dizer nasceu destinado ao jugo, à sujeição.
C) “Tem que espreitar os desejos do amado”, quer dizer tem que perscrutar, que olhar atentamente.
D) “[tem que] carpir junto com os demais as desgraças acontecidas”, quer dizer tem que exaurir, que esgotar.
E) “[O único desabafo] é botar na boca toda a amargura do cativeiro, antes de o apostrofar”, quer dizer antes de o analisar, de entender seu
mistério.
Considerando cada afirmação como V (verdadeira) ou F (falsa), a proposição tida como CORRETA é:
a) V-V-V-F-F c) F-F-V-V-V e) V-V-F-V-F
b) V-F-V-F-V d) F-V-F-F-V

Questão 5 - ENEM
O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa
à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o
contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar:
a) o surgimento de um homem dependente de um novo modelo
tecnológico.
b) a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua
realidade.
c) a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.
d) a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.
e) o retrocesso do desenvolvimento do homem em face da criação de ferramentas como lança, máquina e computador.

Questão 6 - ENEM
Texto para responder à questão.
Escrever
A estudante perguntou como era essa coisa de escrever. Eu fiz o gênero fofo. Moleza, disse.
Primeiro, evite estes coloquialismos de “fofo” e “moleza”, passe longe das gírias ainda não dicionarizadas e de tudo mais que soe mais
falado do que escrito. Isto aqui não é rádio FM. De vez em quando, [...] aplique uma gíria como se fosse um piparote de leve no cangote do texto,
mas, em geral, evite. Fuja dessas rimas bobinhas, desses motes sonoros. O leitor pode se achar diante de um rapper frustrado e dar cambalhotas.
Mas, atenção, se soar muito escrito, reescreva.
Quando quiser aplicar um “mas”, tome fôlego, ligue para o 0800 do Instituto Fernando Pessoa, peça autorização ao bispo de plantão e,
por favor, volte atrás. É um cacoete facilitador.
Dele deve ter vindo a expressão “cheio de mas-mas”, ou seja, uma pessoa cheia de “não é bem assim”, uma chata que usa o truque de
afirmar e depois, como se fosse estilo, obtemperar.[...]
É mais ou menos por aí, eu disse para a menina que me perguntou como é essa coisa de escrever.
Para sinalizar o trânsito das ideias, use apenas o ponto e a vírgula, nunca juntos. Faça com que o primeiro chegue logo, e a outra apareça
o mínimo possível. Vista Hemingway, só frases curtas. Ouça João Cabral, nada de perfumar a rosa com adjetivos.[...]
O texto deve correr sem obstáculos, interjeições, dois pontos, reticências e sinais que só confundem o passageiro que quer chegar logo
ao ponto final. Cuidado com o “que quer” da frase anterior, pois da plateia um gaiato pode ecoar um “quequerequé” e estará coberto de razão. A
propósito, eu disse para a menina, perca a razão quando lhe aparecer um clichê desses pela frente.
Você já se livrou do “mas”, agora vai cuidar do “que” e em breve ficará livre da tentação de sofisticar o texto com uma expressão
estrangeira. É out. Escreva em português. Aproveite e diga ao diagramador para colocar o título da matéria na horizontal e não de cabeça para
baixo, como está na moda, como se estivesse num jornal japonês.[...]
De vez em quando, abra um parágrafo para o leitor respirar. Alguns deles têm a mania de pegar o bonde no meio do caminho e, com
mais parágrafos abertos, mais possibilidades de ele embarcar na viagem que o texto oferece. Escrever é dar carona. Eu disse isso e outro tanto do
mesmo para a menina. Jamais afirmei, jamais expliquei, jamais contei ou usei qualquer outro verbo de carregação da frase que não fosse o dizer.
Evitei também qualquer advérbio em seguida, como “enfaticamente”, “seriamente” ou “bem-humoradamente”. Antes do ponto final, eu disse
para a menina que tantas regras, e outras a serem ditas num próximo encontro, serviam apenas de lençol. Elas forram o texto, deixam tudo limpo
e dão conforto.
Escrever é desarrumar a cama.
SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Escrever. Veja. jan 2011. (Fragmento). Disponível em https://veja.abril.com.br
Existem formas simbólicas ou elaboradas de exprimir-se ideias, rompendo significados, pensamentos, de maneira a conferir-lhes maior
expressividade, emoção, simbolismo, no âmbito da afetividade ou da estética da linguagem. Nessa perspectiva, há um fragmento que se constitui
como um recurso expressivo, denominado metáfora, exemplificado no segmento a seguir:
a) “Escrever é desarrumar a cama.”
b) “Você já se livrou do ‘mas’, agora vai cuidar do ‘que’”
c) “Jamais afirmei, jamais expliquei, jamais contei”
d) “use apenas o ponto e a vírgula, nunca juntos.”
e) “Aproveite e diga ao diagramador para colocar o título da matéria na horizontal”

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