Você está na página 1de 23

Tradução na Área Literária

Isa Mara Lando


isamaralando@gmail.com

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Olá, prezados alunos!

Neste módulo, nosso principal objetivo é que todos passem a apreciar melhor uma boa
tradução literária – mesmo quem não tem intenção de se dedicar a essa área, que exige
escrever muito bem em português e gostar de ler literatura.
Escolhi bons textos com boas traduções para podermos compará-las com os
originais e apreciar as dificuldades e soluções encontradas. Vamos também treinar
traduzir alguns parágrafos de cada texto, sem exigência de perfeição.
A intenção também é que vocês se interessem em ler na íntegra os livros
escolhidos. Melhor ainda, quem comparar os originais com as traduções pode tirar
grande proveito estudando de maneira autônoma.
Peço que vocês estudem previamente os trechos solicitados e venham às aulas
bem preparados, para podermos aproveitar o tempo com uma troca de ideias produtiva.
Obs. importante: Segundo as regras do Brasillis, com as quais concordo
plenamente, a nota final, com um máximo de 10 pontos, se compõe de 7 pelo teste e 3
pela participação nas aulas, assiduidade, pontualidade e realização das tarefas
solicitadas. Ou seja, vamos insistir no profissionalismo – algo fundamental no nosso
trabalho no mercado.
Assim, peço que estudem previamente os materiais da Aula 1 e façam as
duas tarefas solicitadas, A e B, para conversarmos a respeito produtivamente no dia 4
de julho. Todas as perguntas, dúvidas e comentários serão bem-vindos!

Looking forward to meeting you all,


Isa Mara Lando isamaralando@gmail.com

Perfil: LinkedIn, ProZ


Traduções publicadas: http://www.dicionariodetradutores.ufsc.br/pt/index.htm
Autora:
 VocabuLando – Vocabulário Prático Inglês-Português
 VocabuLando Workbook – Exercícios de Tradução e Versão
 Loucas Noites – 55 poemas/poems de Emily Dickinson
YouTube: https://youtu.be/PdhYQyB20I8
 Palestra ministrada no Brasillis – Live gravada:
20 termos importantes em inglês que todo tradutor deve conhecer
1ª PARTE: https://www.facebook.com/Brasillis1992/videos/427426541147425?
s=809060897&v=e&sfns=mo

2ª PARTE:
https://www.facebook.com/Brasillis1992/videos/323407428342465?
s=809060897&v=e&sfns=mo

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Dicionários recomendados:
Ao pesquisar, lembre-se de checar a pronúncia da palavra, os exemplos e a etimologia
(origem), pois tudo isso nos ajuda a memorizar e assimilar o significado.

Inglês-Inglês:

 https://en.oxforddictionaries.com -Excelente, com muitos sinônimos e frases-


exemplo
 http://www.thefreedictionary.com/
 www.onelook.com

Inglês-Português:
 Reverso Context https://context.reverso.net/traducao/ingles-portugues
 Linguee (também tem muita bobagem!) https://www.linguee.com.br/portugues-
ingles
 VocabuLando – Vocabulário Prático Inglês-Português

RECOMENDAÇOES DE LEITURA

Literatura: Para refinar o ouvido e escrever melhor, vamos ler bons autores modernos
como Rubem Braga, Fernando Sabino, Nelson Rodrigues, Clarice Lispector.

Para escrever com bom estilo, estes manuais são muito úteis. The Elements of Style é
essencial para alunos americanos, existe em versão integral e resumida.

04/7/2019 AULA 1 – Tarefa A: Leituras teóricas

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
São leituras essenciais, utilíssimas para um tradutor os dois preciosos livros do prof.
Paulo Rónai, Escola de tradutores e A tradução vivida.

Você não gastará muito e terá ensinamentos preciosos por parte de um erudito que
conhecia mais de 10 idiomas e colaborou com Aurélio Buarque de Holanda na tradução
da coleção de contos Mar de Histórias, altamente recomendada. Seu texto é
comunicativo e agradável, nada acadêmico.

Há várias edições desses dois livros, as mais recentes pela José Olympio, todas com o
mesmo conteúdo. Você pode adquirir exemplares novos ou usados na Estante Virtual
www.estantevirtual.com.br

Altamente recomendado: todo o 1º capítulo de A tradução vivida. Aqui vão as duas


páginas finais para seus comentários:

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro
Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro
Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
AULA 1 – Tarefa B:
Comparação de duas traduções com o original.

A Christmas Carol, by Charles Dickens


Uma história bem conhecida sobre o pão-duro Scrooge sua transformação pelos os
espíritos que o visitam no Natal. Sempre passa uma versão na TV na época de Natal, em
geral com Patrick Stewart, de 1999.

Podemos dar uma lida na biografia de Dickens na Wikipedia, assim como dos outros
autores que constam desta apostila.

Vamos comparar um trecho com duas traduções excelentes:


- Uma história de Natal, trad. Ana Maria Machado, ed. Ática. Com uma apresentação
da tradutora sobre o autor e a obra.
- Canção de Natal, trad. Heloisa Jahn, ed. Companhia das Letras, ilustrado

Compare as duas traduções com o original. Assinale e comente os bons achados de cada
tradutora ou qualquer aspecto que chamar sua atenção.
Vale muito a pena adquirir essas obras, principalmente a da Companhia das Letras, com
lindas ilustrações de Quentin Blake. Procure ler esse clássico, seja no original ou em
tradução, pois é sempre mencionado ("Bah! Humbug!") e faz parte da cultura geral de
qualquer estudioso do inglês.

Há várias outras versões em português e vale a pena comparar todas.


Como esse material é muito rico para nosso estudo de tradução literária, dedicaremos a
ele as Aulas 1 e 2.

Texto integral para download (grátis, domínio público)


http://www.authorama.com/a-christmas-carol-2.html

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Versão áudio disponível em vários sites, como:
https://librivox.org/a-christmas-carol-by-charles-dickens/

Trailers de diversas versões para cinema:


https://www.dickenslondontours.co.uk/a-christmas-carol-films.htm

A Christmas Carol (1843)


by Charles Dickens (1812-1870)

Stave 1: Marley’s Ghost (227 words)

Trecho 1:

….Oh! But he was a tight-fisted hand at the grind- stone, Scrooge! a squeezing,
wrenching, grasping, scraping, clutching, covetous, old sinner! Hard and sharp as flint,
from which no steel had ever struck out generous fire; secret, and self-contained, and
solitary as an oyster. The cold within him froze his old features, nipped his pointed
nose, shrivelled his cheek, stiffened his gait; made his eyes red, his thin lips blue; and
spoke out shrewdly in his grating voice. A frosty rime was on his head, and on his
eyebrows, and his wiry chin. He carried his own low temperature always about with
him; he iced his office in the dogdays; and didn’t thaw it one degree at Christmas.

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Tradução de Ana Maria Machado:

Ah! Mas esse Scrooge era um mão fechada, se era! Um velho avarento, mesquinho,
sovina, somítico, unha-de-fome, pão-duro. Um coração de pedra, de onde jamais saíra
uma faísca generosa. Secreto e trancadão, fechado e solitário como uma ostra.

O frio dentro dele gelava suas feições velhas, afilava seu nariz pontudo, chupava seu
rosto, endurecia seu andar, avermelhava seus olhos, azulava seus lábios finos e falava
agudo em sua voz rascante. Havia uma moldura de gelo em sua cabeça, em suas
sobrancelhas em seu queixo de fios espetados. Para onde ia levava sua temperatura
glacial, Gelava o escritório nos dias de calor e não derretia nem um grau na época do
Natal.

Tradução de Heloisa Jahn:

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Trecho 2:

Nobody ever stopped him in the street to say, with gladsome looks, `My dear Scrooge,
how are you? When will you come to see me?’ No beggars implored him to bestow a
trifle, no children asked him what it was o’clock, no man or woman ever once in all his
life inquired the way to such and such a place, of Scrooge. Even the blind men’s dogs
appeared to know him; and when they saw him coming on, would tug their owners into
doorways and up courts; and then would wag their tails as though they said, `No eye at
all is better than an evil eye, dark master!’

Tradução de Ana Maria Machado:

Ninguém jamais o fazia parar na rua com um olhar alegre e a pergunta:

– Meu querido Scrooge, como vai? Quando é que você aparece para me visitar?

Nenhum mendigo implorava dele um trocado, nenhuma criança lhe perguntava


que horas eram, nenhum homem ou mulher, nem uma vez sequer em toda sua vida, lhe
perguntou como é que seria a um lugar assim-assim.

Até os cachorros dos cegos pareciam conhecê-lo. Quando viram que ele se
aproximava, metiam se com os donos pela primeira porta que houvesse ou entravam em
qualquer quintal. Depois abanavam o rabo como se dissessem:

– É melhor não ter olho nenhum do que ter mau olhado, senhor...

Tradução de Heloisa Jahn:

Ninguém jamais o interpelava na rua para dizer, com ar de agradável surpresa: “Meu
querido Scrooge, como você tem andado? Quando vai passar lá em casa para me fazer
uma visitinha?” Nunca um mendigo implorava um trocado, nunca uma criança lhe
perguntava as horas, nunca um homem ou uma mulher, em toda a vida dele, pedia as
Scrooge que lhe mostrasse o caminho para esse ou aquele lugar.

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Até os cachorros dos cegos pareciam conhecê-lo; e quando ouviam aproximar-se
puxavam os donos para os vãos das portas ou para o abrigo de algum pátio interno; para
depois abanar o rabo como se dissessem: “Mais vale olho nenhum que olhos ruins como
os dele, noturno amo!”

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
TAREFA DE CASA PARA AULA 2 – Cont. da Aula 1

Traduzir e comentar o trecho seguinte: (150 words)

The door of Scrooge's counting-house was open that he might keep his eye upon his
clerk, who in a dismal little cell beyond, a sort of tank, was copying letters. Scrooge had
a very small fire, but the clerk's fire was so very much smaller that it looked like one
coal. But he couldn't replenish it, for Scrooge kept the coal-box in his own room; and so
surely as the clerk came in with the shovel, the master predicted that it would be
necessary for them to part. Wherefore the clerk put on his white comforter, and tried to
warm himself at the candle; in which effort, not being a man of a strong imagination, he
failed.

``A merry Christmas, uncle! God save you!'' cried a cheerful voice. It was the voice of
Scrooge's nephew, who came upon him so quickly that this was the first intimation he
had of his approach.

``Bah!'' said Scrooge, ``Humbug!''

==

AULA 2 - Continuação da Aula 1

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
AULA 3 - – Comparar o original com a tradução e comentar qualquer aspecto.

Down and Out in Paris and London (1933)


by George Orwell (1903-1950)
Chapter 12
My bad day was when I washed up for the dining-room. I had not to wash the
plates, which were done in the kitchen, but only the other crockery, silver,
knives and glasses; yet, even so, it meant thirteen hours' work, and I used
between thirty and forty dishcloths during the day. The antiquated methods used
in France double the work of washing up. Plate-racks are unheard-of, and there
are no soap-flakes, only the treacly soft soap, which refuses to lather in the hard,
Paris water. I worked in a dirty, crowded little den, a pantry and scullery
combined, which gave straight on the dining-room. Besides washing up, I had to
fetch the waiters' food and serve them at table; most of them were intolerably
insolent, and I had to use my fists more than once to get common civility.
The person who normally washed up was a woman, and they made her life a
misery.

It was amusing to look round the filthy little scullery and think that
only a double door was between us and the dining-room. There sat the customers
in all their splendour--spotless table-cloths, bowls of
flowers, mirrors and gilt cornices and painted cherubim; and here, just a few feet
away, we in our disgusting filth. For it really was disgusting filth. There was no
time to sweep the floor till evening, and we slithered about in a compound of
soapy water, lettuce-leaves, torn paper and trampled food. A dozen waiters with
their coats off, showing their sweaty armpits, sat at the table mixing salads and
sticking their thumbs into the cream pots.

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Na pior em Paris e Londres, trad. Pedro Maia Soares, Companhia das Letras

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
TAREFA DE CASA para a Aula 4:
Traduzir o parágrafo seguinte:

The room had a dirty, mixed smell of food and sweat. Everywhere in
the cupboards, behind the piles of crockery, were squalid stores of food that the
waiters had stolen. There were only two sinks, and no washing basin, and it was
nothing unusual for a waiter to wash his face in the water in which clean
crockery was rinsing.

But the customers saw nothing of this. There were a coco-nut mat and a mirror
outside the dining-room door, and the waiters used to preen themselves up and
go in looking the picture of cleanliness.

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
AULA 4 – Comparar o original com a tradução e comentar qualquer aspecto.

The Witches, by Roald Dahl – Ed. Penguin, com ilustrações de Quentin Blake

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
As bruxas, trad. Jefferson Martins Camargo – Ed. Martins Fontes

Uma observação sobre as bruxas

Nos contos de fadas, as bruxas sempre usam umas capas e uns chapéus pretos ridículos,
e voam em cabos de vassouras.
Mas essa história não é um conto de fadas. Esta é uma história de BRUXAS DE
VERDADE.
Há uma coisa muito importante que vocês precisam saber sobre BRUXAS DE
VERDADE. Prestem muita atenção, e nunca se esqueçam do seguinte:
BRUXAS DE VERDADE usam roupas comuns e parecem mulheres comuns Elas
moram em casas como as nossas e trabalham em PROFISSÕES COMUNS.
Por isso é tão difícil pegá-las.
BRUXA DE VERDADE odeia criança, com um ódio fulminante e furioso,
muito mais fulminante e furioso do que vocês poderiam imaginar.
BRUXA DE VERDADE passa o tempo todo tentando descobrir um jeito de se
livrar das crianças que moram no território dela. Seu maior desejo é acabar com todas,
uma por uma. A bruxa fica o dia todo só pensando nisso. Mesmo enquanto trabalha
como caixa do supermercado, ou bate cartas para algum homem de negócios, ou sai
dirigindo um carrão incrementado (e a bruxa faz todas essas coisas), a cabeça dela está
sempre planejando, tramando, se agitando, se inflamando, zunindo e fervilhando de
pensamentos assassinos e sanguinários.

Tarefa de casa – Traduzir o final do cap. 1 de The Witches:

Oh, if only...

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro
Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
AULA 5 - Literatura para crianças e adolescentes – Comparar orig. e trad.:

Stink and the Midnight Zombie Walk, by Megan McDonald, Walker Books

THE MIDNIGHT (TEN O`CLOCK) ZOMBIE WALK

Who’s ready for the Midnight Zombie Walk?” asked the bookshop lady.
“ We are!”
“ Who’s going to take over Main Street without fear?”
“ Zombies!”
“ I can’t hear you.”
“ Zombies!”
“ Louder!”
“ Zombies!” everybody screamed at the top of their lungs. Zombies lined up at
the door.
“ Cruella De Zombie will lead the way!” said Mrs Tuxedo. “Follow me, if you
dare!” Hordes of zombies poured out on to the pavement. The street was blocked off
from traffic. Even Officer Kopp was dressed as a zombie policeman. Stink and his
friends moaned and groaned. Charlie said, “Brains! Me want brains!” They limped and
lurched. Stink dragged one foot. Sophie rolled her eyes and stuck out her tongue.
Webster drooled.
“ Are zombies too cool to drool?” Webster asked.
“ You’re never too zool to drool,” said Sophie.
….
“ Stare straight ahead,” said Stink.
“ Do not make eye contact with alive humans.”
Zombies filled the streets.
“ There must be over a hundred zombies out here,” said Mum.
“ More like ten hundred,” said Stink.
“ Zen thousand!”
A pack of blue-haired zombies in school uniforms lurched down Main Street, past the
dark windows of closed shops. Spooky shadows5 crisscrossed the road like giant

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
cobwebs. Zombie ghosts hung from trees. An owl hooted. The hairs on Stink’s arms
stood on end. They walked a little further. Zombie moans and groans filled the air. Body
parts littered the pavements. Bloody arms, legs and feet were strewn every which way.
All of a sudden, a hand came out of a storm drain. “Aagh!” they screamed, and leapt out
of the way. Hordes of zombies shuffled past Speedy Market, past Fur & Fangs, past
Gino’s Pizza. Grunts of “Brains” echoed into the night as they lurched past Screamin’
Mimi’s, where a voice from inside the shop screamed. And it wasn’t for ice cream.
“ This is giving me the creeps,” Stink whispered.
They were almost back to the bookshop when a bucket of blood and guts rained down in
front of them from the roof of the hardware store, gushing all over the pavement.
“ Run!” Stink yelled. The three friends ran screaming down the pavement and
around the corner. Webster’s shoe tumbled off his head. Sophie dropped Zombalina.
Stink lost his brains. They ran screaming all the way back to the bookshop. To the light.
To the spot where Mum, Dad and Judy were waiting for them.
“ What’s wrong?” asked Dad.
“ Are you OK?” said Mum.
“ Why were you guys screaming so loud?” Judy asked. Stink held his side. He
bent over.
“ Body. Parts. Blood,” he panted.
“ We were screaming because…” Sophie started.
“ Because that was the best Midnight Zombie Walk ever!” said Stink.
“ Blood and guts and body parts!” said Webster. “We got caught in a
brainstorm.”
“ Vomitocious!” said Sophie. Stink held his hand over his still-beating heart. “I
think we just broke the world record! For the first-ever Midnight Zombie run!”

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Chiclete e a Marcha dos Zumbis – Ed. Salamandra
Tradução: Isa Mara Lando

A MARCHA DOS ZUMBIS DA MEIA NOITE


(=10 HORAS)

A dona da livraria perguntou: ‒ Estão todos prontos para a Marcha dos Zumbis da meia-
noite?
‒ Estamos!
‒‒ Quem vai tomar conta da Avenida Central, sem medo?
‒ Os zumbis!
‒ Não ouvi direito!
‒ Os zumbis!
‒ Mais alto!
‒ OS ZUMBIS! ‒ todo mundo gritou bem alto.
Os zumbis formaram uma fila na porta, e a diretora começou a cantar:

Eu vou na frente, Cruela Zumbi!


Quem tiver coragem, que venha aqui!

A caminhada começou. O bando de zumbis foi saindo pela calçada e pela rua, que
estava fechada para os carros. Até o guarda de trânsito estava vestido de policial umbi.
Chiclete e seus amigos começaram a marchar. Andavam com os braços
esticados, as pernas duras, gemendo e rosnando:
‒ Aaahnnn!
‒ Grrrrunf!
‒ Ooooough!
Carlinhos dizia: ‒ Zé-re-bros! Mim queeer co-meeer zé-re-bros!
Todos andavam cambaleando, os olhos fixos em frente, como em transe.
Chiclete arrastava uma perna. Sofia revirava os olhos e mostrava a língua. Webster
babava, gemendo:

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
‒ Uóóóóuuu!
...
A rua estava cheinha de zumbis. Parecia um pesadelo psicotrônico! Uma
multidão de mortos-vivos, desmortos, zumbificados, vagavam pela noite, assombrando
as pessoas!
‒ Deve haver uns cem zumbis aqui na rua! ‒ disse a mamãe.
‒ Mais de zem! ‒ disse Chiclete, sempre andando com os braços esticados.

[Comentário da tradutora para a editora – inserido em COMENTARIOS WORD:


Daqui para a frente fiz umas modificações no texto, e tirei as referencias às marchas
nos EUA. ]

A noite dos mortos-vivos continuou a todo vapor! Os zumbis caminhavam em


transe, na sua marcha rígida, braços esticados, gemendo e assustando os seres humanos
que passavam.
Apareceu então outro bando de zumbis, todos de uniforme escolar e cabelo azul,
cambaleando, olhos arregalados, totalmente zumbificados. O bando ia aumentando,
passando pelas vitrines escurecidas das lojas fechadas. Sombras estranhas cruzavam a
rua como teias de aranha gigantescas. Havia fantasminhas zumbis penduradas nas
árvores. Uma coruja soltou um pio agourento, deixando Chiclete todo arrepiado.
A caminhada continuava, com gemidos e suspiros. O chão estava cheio de
pedaços de corpo humano ‒ braços, pernas e pés espalhados por toda parte. De repente,
uma mão saiu de um bueiro no chão, fazendo todos gritarem:
‒ AAAARGH! ‒ e saírem correndo.
O bando de mortos-vivos seguia arrastando os pés, passando pelo mercado, pela
loja de animais, pela Pizzaria do Gino. Os gritos de ressoavam pela noite: “Que-ro co-
mer zé-re-bro!”
Passaram pela sorveteria, e lá de dentro uma voz soltou um grito agudo, terrível.
E não era para pedir sorvete!
Chiclete falou baixinho: ‒ Estou ficando com medo de verdade...
...

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Já estavam quase de volta à livraria quando, de repente, quase levaram na cabeça
uma chuva vermelha ‒ alguém que estava no telhado de uma loja despejou um balde
cheio de “sangue” na calçada!
‒ Corram! ‒ gritou Chiclete.
Os três amigos saíram correndo e gritando, e trataram de virar a esquina. O
sapato de Webster caiu da cabeça. Sofia derrubou Zumbilina no chão. Chiclete perdeu o
cérebro que ia levando na mão.
Continuaram correndo e gritando até chegar à livraria. Ah, luz acesa, que beleza! E na
porta, mamãe, papai e Judy já esperando.
‒ O que aconteceu? ‒ perguntou o pai.
‒ Tudo bem com vocês? ‒ perguntou a mãe.
‒ Por que vocês estavam gritando desse jeito? ‒ perguntou Judy. Chiclete parou,
respirando fundo, e disse: ‒ Braços... pernas... sangue...!
Sofia disse ‒ A gente estava gritando porque... porque...
Chiclete completou: ‒ Porque essa foi a MELHOR Marcha dos Zumbis que já
aconteceu NO MUNDO!
Webster falou: ‒ Sangue, tripas, caveiras... Foi de perder a cabeça!
‒ Ou pelo menos o tênis da cabeça! ‒ disse Sofia.
Chiclete pôs a mão no seu coração, que continuava batendo adoidado, e falou:
‒ Acho que nós quebramos o recorde mundial! Essa foi a primeira CORRIDA
dos Zumbis da Meia Noite!

ZEGAMOS
AO
FIM!

Avenida Graça Aranha, 145 / Grupo 203 – Centro


Rio de Janeiro - RJ
(21) 2529-8104
brasillis@brasillis.com.br
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Você também pode gostar