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Centro de Mediadores
Raul Pedro
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
1ª Edição
FCMEditora
AGRADECIMENTOS
Quando o Centro de Mediadores deu seus primeiros passos, não sabíamos até onde
ele chegaria. A única coisa que nos movia se chamava fé. E isso foi o suficiente para
avançarmos em cada etapa desse empreendimento. Muito mais do que um sonho individual,
ele passou a ser um mecanismo de crescimento profissional e pessoal.
Este livro é apenas mais um dos pequenos detalhes que Deus nos proporcionou
durante essa caminhada, por isso meu agradecimento vai especialmente à Ele. Também sou
grato a todos aqueles que com uma palavra de incentivo e instrução contribuíram para a
elaboração deste e de diversos outros conteúdos. O objetivo foi e será sempre o de atender
às expectativas daqueles que almejam aprimorar suas habilidades profissionais e pessoais,
fornecendo instrumentos hábeis para uma prática de vida mais qualificada.
Raul Pedro
CEO do Centro de Mediadores
À Deus, que com infinita bondade nos cerca todos os dias.
À Ele a honra, o domínio e o poder.
Sumário
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 6
1. CONCEITO .................................................................................................................... 7
2. HISTÓRIA............................................................................................................................... 8
3. COEFICIENTE INTELECTUAL VS EMOCIONAL ............................................... 8
4. MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS............................................................................... 11
4.1. Inteligência linguística .......................................................................................... 11
4.2. Inteligência lógico-matemática ............................................................................ 12
4.3. Inteligência espacial ............................................................................................. 12
4.4. Inteligência musical .............................................................................................. 12
4.5. Inteligência corporal e cinestésica ........................................................................ 12
4.6. Inteligência intrapessoal ...................................................................................... 12
4.7. Inteligência interpessoal ...................................................................................... 12
4.8. Inteligência naturalista ......................................................................................... 12
5. INFLUENCIADORES ................................................................................................ 13
5.1. Daniel Goleman .................................................................................................... 13
5.2. Augusto Cury ........................................................................................................ 13
6. PILARES ...................................................................................................................... 14
6.1. Autoconhecimento ................................................................................................ 14
6.2. Controle emocional .............................................................................................. 14
6.3. Automotivação ..................................................................................................... 14
6.4. Empatia ................................................................................................................. 14
6.5. Saber se relacionar ................................................................................................ 15
7. A MENTE E O CÉREBRO ....................................................................................... 15
7.1. Cérebro trino ......................................................................................................... 15
7.1.1. Cérebro reptiliano ....................................................................................... 15
7.1.2. Cérebro emocional ..................................................................................... 16
7.1.3. Cérebro racional ......................................................................................... 16
7.2. Decodificação da comunicação .................................................................................. 17
7.3. Razão VS Emoção ........................................................................................................ 19
7.4. Mindset .......................................................................................................................... 20
7.5. Sistema de crenças........................................................................................................ 21
8. AS EMOÇÕES E OS SENTIMENTOS ......................................................................... 22
8.1. Ansiedade ............................................................................................................. 22
8.2. Raiva ..................................................................................................................... 23
8.3. Estresse ................................................................................................................ 24
8.4. Angústia ................................................................................................................ 24
8.5. Medo ..................................................................................................................... 25
8.6. Culpa ..................................................................................................................... 25
8.7. Vergonha .............................................................................................................. 26
8.8. Tristeza ................................................................................................................. 26
8.9. Mentiras e ilusões ................................................................................................ 27
8.10. Mágoas ................................................................................................................ 28
8.11. Apego .................................................................................................................. 28
8.12. Egoísmo .............................................................................................................. 29
8.13. A língua ............................................................................................................... 29
8.14. Procrastinação ..................................................................................................... 30
8.15. Expectativas ....................................................................................................... 30
9. TRANSFORMAÇÃO .................................................................................................. 31
9.1. Vida com significados ........................................................................................ 31
9.2. Sonhos e desejos .................................................................................................. 31
9.3. Felicidade ............................................................................................................ 31
9.4. Foco e alta performance ...................................................................................... 32
9.5. Amor ................................................................................................................... 32
APRESENTAÇÃO
Neste livro será possível entender do que se trata a inteligência emocional e porque
ela se tornou com o passar dos anos um mecanismo de pacificação e harmonia para qualquer
ambiente de convivência. Olhar para dentro de si pode ser extremamente desafiador para
quem passou uma vida inteira observando apenas as reações emocionais dos outros.
1. CONCEITO
Existem gatilhos presentes no cérebro que vão acionar algumas emoções. É o caso
de alguém que quando criança sentia raiva por receber muitas críticas em razão de comer
demais e quando cresceu passou a despertar as mesmas emoções da sua infância toda vez
que alguém critica sua alimentação. O importante aqui é ressignificar essas emoções para
não ter o mesmo sentimento de quando criança.
2. HISTÓRIA
Outras concepções surgiram no decorrer dos anos tornando o debate mais profundo,
como a discussão já no século XX sobre a inteligência social, que tinha por escopo analisar
a capacidade humana de entender e motivar uns aos outros. Logo após, o conceito de
inteligências múltiplas foi ganhando notoriedade ao abordar aspectos intra e interpessoais.
Acontece que não se pode estipular que crianças com coeficiente intelectual alto se
tornem necessariamente um prodígio quando adultas. Percebeu-se com o tempo que diversos
fatores influenciavam no desempenho dessas crianças, tanto é verdade que muitas delas
consideradas com rendimento alto acabavam não conquistando o espaço que lhes era
destinado quando adultas. A razão disso está no fato de que não basta ter um coeficiente
intelectual elevado, pois existem outros componentes necessários para se alcançar o sucesso.
Entre os anos de 1920 e 1940 surgiu a expressão “inteligência social”, que designa a
capacidade de entender e motivar as pessoas. Nesse aspecto, os modelos de inteligência não
seriam completos se não incluíssem diversos tipos de influências externas.
Dito isto, percebe-se que a diferença entre o quociente intelectual e o emocional está
no fato de que o primeiro avalia aspectos mais racionais e o outro as emoções. Importante
considerar que o quociente intelectual não é o aspecto determinante para a garantia de um
futuro promissor no âmbito profissional e social. Ele é importante, mas precisa estar alinhado
ao quociente emocional, o qual considera a habilidade de lidar com sentimentos e emoções.
Logo, tais coeficientes não são opostos, mas complementares.
4. MÚLTIPLAS INTELIGÊNCIAS
A constatação de Gardner tem por base o fato de que existem pessoas que aprendem
muito mais por meio da leitura e da escrita, enquanto outros se utilizam da lógica e da
matemática. Outros, por sua vez, absorvem mais conhecimento através da inteligência
corporal-cinestésica. No total, seriam oito tipos de inteligência, segundo Gardner, e todos os
indivíduos carregam o conjunto delas. A questão que fica é: como desenvolver essas
múltiplas inteligências?
A mente humana guarda muitos mistérios ainda não desvendados, por isso, não se
pode limitar a inteligência humana a um ou outro aspecto, afinal, todas as pessoas são aptas
a desenvolverem múltiplas inteligências, desde que recebam estímulos suficientes para isso.
Estudos afirmam que não se deve rotular as pessoas pela inteligência mais aguçada
que possuem, pois isso cria um obstáculo a que se desenvolvam outras habilidades. Se
alguém possui uma inteligência intrapessoal, não se deve restringir seu conhecimento a isso,
uma vez que todos estão aptos a aprimorarem a inteligência que possuem e a desenvolverem
outras.
5. INFLUENCIADORES
Em um de seus textos, Goleman afirma que “pessoas que estão no controle de seus
sentimentos e impulsos – ou seja, pessoas racionais – são capazes de criar um ambiente de
confiança e equidade”. Frases como esta fizeram de Goleman uma celebridade no mercado
editorial, uma vez que a abordagem emocional da inteligência estava sendo massificada nos
diversos espectros da sociedade.
a explicar o regular funcionamento da mente humana e de que forma é possível exercer maior
domínio sobre a vida por meio da inteligência e do pensamento.
6. PILARES
6.1. Autoconhecimento: quando alguém decide fazer uma análise de seus próprios
comportamentos, ele está demonstrando um grande passo para a sua evolução
como ser humano que vive em sociedade. Não se trata de um processo imediato,
mas de uma constante busca para entender a si próprio e os seus limites, e isso
requer tempo, pois sempre haverá algo novo sobre si que merece ser descoberto
e aprimorado. Entender a motivação de seus atos é fundamental nessa empreitada.
6.2. Controle emocional: é comum que no dia a dia as pessoas passem por situações
adversas que muitas vezes causam desequilíbrio emocional, seja por estresse ou
ansiedade. A capacidade de controlar as emoções diante de intempéries do
cotidiano faz do indivíduo um ser mais maduro, pois tem a percepção de quais
palavras, gestos ou comportamentos lhe afetam e como deve ser sua reação.
6.3. Automotivação: ser otimista é essencial em qualquer decisão que precisa ser
tomada, ainda que haja riscos a serem enfrentados. Nem sempre é possível ter a
certeza dos resultados que se esperam, mas a forma como se pretende chegar até
eles diz muito sobre a caminhada. Usar as emoções de forma correta, evitando
estímulos negativos ajuda no alcance de todos os objetivos.
6.4. Empatia: ao se colocar no lugar do outro, com seus sentimentos e razões, é
possível compreender que as reações emocionais muitas vezes descontroladas,
não pertencem apenas a si próprio, e entender isso deixa tudo mais leve, pois não
se trata apenas de como o sujeito é, mas de como todos são.
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7. A MENTE E O CÉREBRO
Segundo a teoria, a parte primitiva e mais antiga do cérebro se forma ainda no útero,
ao passo que o cérebro emocional tem sua formação até os seis anos de vida. O córtex pré-
frontal se desenvolve tempos mais tarde. São partes do cérebro trino:
empático etc. Ele é quem faz comparação de dados do passado e do futuro. Por exemplo, se
alguém deseja abrir uma empresa, primeiro irá analisar as perspectivas de mercado, quem
não obteve êxito no empreendimento e quais as possíveis chances de sucesso.
O cérebro racional ocupa 30% do crânio e está voltado ao mundo exterior. Entre suas
funções principais está o cumprimento de objetivos, o gerenciamento do tempo e
sequenciamento de ações.
Com base nos estudos desenvolvidos por Mehrabian ao longo de 40 anos, houve uma
contribuição significativa para a psicologia, principalmente no tocante a abordagem da
comunicação não verbal, pois ocorreu uma expansão em relação à expressão de emoções e
atitudes para sua aplicação em áreas como resposta humana e temperamento, além do
impacto do ambiente emocional do local de trabalho no desempenho do ofício.
A fonte diz respeito ao indivíduo ou grupo que deseja transmitir sua mensagem a um
determinado público. Tem a ver, portanto, com o aspecto subjetivo ativo da comunicação. A
codificação, por sua vez, se refere à transformação de uma mensagem abstrata numa
mensagem transmissível, seja por meio de imagens, sons, cores, textos etc. O canal de
mensagem pode ser considerado o meio pelo qual é transmitida a mensagem do remetente
ao receptor e pode ser: televisão, rádio, internet, telefone etc.
A parte que representa o cérebro reptiliano é de 55%, que seria a parte instintiva. A
pessoa que recebe um abraço entende que o outro é uma pessoa acolhedora e carrega essa
mensagem para si, pois constatou essa intencionalidade positiva. Porém, se o abraço tiver
segundas intenções, a mensagem passa a ter um cunho invasivo, o que promove repulsa.
Esse pensamento ainda existe na atualidade, pois se acredita que as emoções são
capazes de interferir na tomada de decisões. Logo, quanto mais fria uma pessoa demonstrar
ser, mais assertivas serão suas escolhas, haja vista que não houve nenhum prejuízo
emocional interferindo nisso.
Portanto, a razão é muito valiosa, mas ela sozinha não garante tudo. É importante
ressaltar o papel das emoções no cotidiano das pessoas, pois são elas que dão a direção
daquilo que nos traz tristeza ou que nos aproxima da felicidade. Muitas vezes o indivíduo
está calando a voz da emoção para atender a um anseio exclusivamente racional e isto no
final termina não sendo saudável.
As emoções são variadas, podendo ser tristeza, alegria, raiva, desprezo, nojo etc.
Vivenciá-las é importante para que cada pessoa possa identificar o caminho que deseja
seguir. Sem elas, não teria como o ser humano ter a percepção do que lhe faz feliz. De forma
isolada, a razão permite alcançar determinados objetivos, mas isso por si só não traz
felicidade.
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Assim, o mais importante aqui é entender que razão e emoção podem caminhar
juntos, uma vez que a emoção direciona para aquilo que mais promove felicidade e a razão
ajuda a desenvolver estratégias que permitam chegar até ela. A essência da felicidade
humana está no equilíbrio entre razão e emoção.
7.4. Mindset
O termo “mindset” faz referência a maneira como uma pessoa pensa. Seria, portanto,
um “modelo mental” ou uma espécie de mentalidade. Por meio dele é possível tomar
decisões e se preparar para enfrentar as diversas situações do cotidiano.
O mindset é formado a partir da carga de crenças, valores e ideias que uma pessoa
possui. Essa forma de pensar é responsável pela forma como o indivíduo compreende e julga
tudo que acontece na sua vida. É, pois, a percepção que cada pessoa tem a partir da realidade
que está inserido. Existem dois tipos: o mindset fixo e o de crescimento.
No mindset de crescimento, por sua vez, os obstáculos representam algo valioso para
a conquista. É na oportunidade de superação que as pessoas se sentem movidas. Prioriza-se
a valorização do trabalho árduo ao invés da premiação pelo resultado. Logo, aqui se
encontram as pessoas que acreditam que podem mudar e ser melhores continuamente.
O mindset é algo que pode ser alterado ou desenvolvido. Ou seja, é possível criar
uma realidade e viver a partir disso. A mudança do estilo de vida depende da mudança do
mindset, ou seja, da maneira como se enxerga o mundo. Se não houver essa mudança de
mentalidade, algumas atitudes sabotadoras ou crenças limitantes podem dificultar a mudança
do comportamento.
relação de superioridade com quem se fala, seja como mentor, conselheiro ou mesmo pai ou
mãe, o melhor é evitar qualquer tipo de correção.
Existe uma distinção entre quem critica e quem aponta sugestões de melhoria.
Normalmente quem critica se posiciona de uma maneira superior e transmite a mensagem
como se ela sempre fosse correta nos seus atos. Quem recebe a crítica se sente ofendido,
como se aquilo não fosse direcionado a ele, ou seja, o resultado acaba sendo o oposto, pois
faz nascer uma dor ao invés de uma solução. É muito mais inteligente apresentar sugestões
de melhoria ou mesmo uma avaliação do comportamento da pessoa.
Quando se fala em mindset dentro das organizações constata-se que uma das grandes
dificuldades é a mudança de mentalidade de seus colaboradores. Isso porque é necessário
incentivá-los a pensar “fora da caixa”, o que requer um esforço a mais em inovação e
motivação. O objetivo é sempre buscar melhores resultados, tanto pessoais como
profissionais.
O sistema de crenças pode ser definido como o conjunto de ideias e valores que
norteiam um determinado grupo de pessoas. Sendo assim, tudo aquilo que foi aprendido
desde a infância está contido dentro desse sistema que o indivíduo carrega consigo por toda
a vida, repercutindo na tomada de decisões que influenciam na sua trajetória.
Existem pessoas que sempre olham para o lado negativo dos acontecimentos. Isto se
dá por conta do seu sistema de crenças que prioriza aspectos ruins. Pessoas assim
rotineiramente estão envolvidas em situações tristes ou repletas de problemas, pois a sua
mente está focada nesse tipo de resultado.
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A maior parte das crenças do indivíduo se origina na família, formando seu caráter e
atribuindo seus valores. Contudo, existem crenças que podem ser limitantes, bloqueando a
vida do sujeito e, por isso, precisam ser ressignificadas. Reconhecer que existem
pensamentos que precisam ser mudados para que se possa evoluir é fundamental nessa
transformação.
Existe também o chamado ciclo das crenças, em que uma determinada crença gera
um potencial capaz de conduzir a ações com resultados certos que se repetem. Se o indivíduo
é milionário, ele possui também um potencial enorme para promover ações voltadas a obter
lucros e aumentar sua riqueza, diferentemente de alguém que tem uma crença de pobreza e
que mantém suas ações sempre presas a esse perfil. A solução neste caso é buscar uma
modulação de crenças para romper com esse ciclo.
Se o indivíduo cresce ouvindo no seu seio familiar que dinheiro não é algo bom, pois
quem o possui em grande quantidade acaba sofrendo muito, ele inconscientemente não vai
desejar tê-lo ou se sentirá culpado ao receber um bom salário. Muito embora os seus
familiares tenham motivos para acreditar nisso, essa concepção não precisa ser levada
adiante.
É necessário rever o sistema de crenças que se carrega para avaliar se existe algo
impossibilitando a concretização de sonhos ou até mesmo que o indivíduo tenha uma rotina
de vida que lhe conduza a viver algo melhor. Às vezes, basta mudar a forma de enxergar tais
afirmações e passar a usá-las a seu favor.
8. AS EMOÇÕES E OS SENTIMENTOS
8.1. Ansiedade
simples nervosismo pela expectativa criada e passando a se tornar algo crônico que pode
levar a problemas graves de saúde.
8.2. Raiva
Considerado o sentimento mais primitivo do ser humano, ele tem por objetivo
provocar uma ação que gere mudança. Ao sentir raiva, o indivíduo tem a percepção de que
algo não está certo e usa sua energia para resolver isso.
Muitas vezes a raiva surge a partir de alguma atitude que relembra o passado da
pessoa, como quando a criança é repreendida por seus pais em razão de seu péssimo
comportamento e ao se tornar adulto não se sente bem com alguma repreensão. Para evitar
explosões temperamentais que conduzam a agressões das mais variadas formas, ocasionadas
pela raiva, é necessário mentalizar e administrar bem as emoções. O ideal, portanto, é
aprender a modular os elementos provocadores da raiva, seja tentando entender o tom de voz
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e a maneira como é transmitida a mensagem. Ao fazer isso, as reações também passam a ser
administradas com mais consciência.
8.3. Estresse
O estresse pode ser considerado uma reação natural do organismo que costuma
acontecer quando o indivíduo se encontra em uma situação de perigo ou ameaça. Há uma
alteração da animosidade, mas que no fundo é necessária para que se vivencie coisas novas.
O estresse é tido como o “mal do século” e ele pode atingir qualquer pessoa em
qualquer faixa etária. Ele possui íntima relação com o modo de vida de cada um, o que inclui
rotinas de trabalho extenuantes e a pressão familiar para casar ou atingir o sucesso
profissional.
Os níveis mais altos de estresse são capazes de levar uma pessoa à morte decorrente
de infarto ou de acidente vascular cerebral. Mas pode ser que aconteça de o estresse ser algo
prolongado no tempo, que ocorre vez ou outra, mas que é insistente e com o passar dos anos
provoca problemas a longo prazo.
O primeiro passo para equilibrar o estresse é saber que o futuro existe e que serve de
esperança em meio ao caos. Então, se a pessoa está no congestionamento quilométrico e
precisa chegar em casa, a sua reação imediata é se estressar. Nesse caso, o que ela deve ter
em mente é que sua família estará em casa lhe esperando e que tais infortúnios acontecem
com todos e faz parte do ciclo da vida.
8.4. Angústia
precisa ser tratada, pois outros distúrbios emocionais podem ser desencadeados, como
cansaço físico e mental. Ela também pode ser gerenciada a partir do momento em que se
descobre a sua causa, possibilitando uma aproximação entre o agente provocador e o
receptor.
8.5. Medo
O medo é um instinto básico que contribui para a evolução do ser humano. Sua
existência pode ser positiva ou negativa, a depender de como ocorre. Ele surge como forma
de proteção contra perigos iminentes ou diante de uma situação de risco. Pode vir como uma
maneira de fazer o indivíduo avançar ou recuar, a depender do contexto que pretende se
expor.
O medo precisa ser compreendido de forma consciente para ser canalizado da forma
correta. O simples fato de estar vivo demonstra que o medo teve um importante papel para
isso, pois ele torna o indivíduo mais precavido para as situações do cotidiano. Por outro lado,
caso o medo seja excessivo, algumas doenças patológicas irreversíveis poderão surgir.
8.6. Culpa
Por diversas vezes na nossa vida pensamos que poderíamos ter assumido outra
postura diante de determinadas situações, tomado outras atitudes, ter falado de outra forma,
compreendido melhor o outro lado da história, e quando isso acontece, a sensação de culpa
aparece.
A verdade é que muitas vezes não é tão fácil entender todo o contexto que estamos
inseridos e interpretações equivocadas podem surgir, fazendo com que a culpa por algum
erro cometido se torne evidente. Ela traz em si o caráter de repúdio pela postura tomada e
muitas pessoas acabam carregando esse peso de responsabilidade pelas suas falhas. Essa é
uma das causas de várias enfermidades que afligem pessoas.
professor que não explicou a matéria como deveria, o prefeito que não construiu a obra a
tempo, o médico que se ausentou do plantão etc. Sempre haverá uma busca por um lugar de
refúgio diante de um determinado resultado e, na verdade, o que precisa ser feito é assumir
a responsabilidade pela própria vida.
8.7. Vergonha
Uma pessoa que vive com vergonha tem receio do que os outros vão pensar acerca
dela, principalmente sobre seus pontos fracos. Esconder sua identidade parece ser algo
comum, afinal, as pessoas não podem saber quem ela realmente é. Essa emoção normalmente
decorre de alguma experiência que a pessoa sentiu e que não estava certa. Assim, ficou
marcada pela invalidez de sua postura que evita de todas as formas ser imperfeita.
O antídoto para a vergonha é ser mais vulnerável, se abrir e se dispor mais, encarando
a realidade como ela é. O passo inicial é pegar tudo aquilo que foi construído e colocar para
fora. Aos poucos todas as barreiras vão se desfazendo e dando lugar a uma coragem
avassaladora. O importante é começar.
8.8. Tristeza
A tristeza pode ser considerada pela falta de ânimo, alegria, motivação ou outras
insatisfações. É um estado afetivo caracterizado pela dor ou sofrimento emocional e se
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expressa por meio de sintomas depressivos, choros, falta de apetite, entre outros. Ela pode
ser desencadeada por aspectos diversos ligados à personalidade do indivíduo ou pela sua
história de vida, como a perda de um ente querido, uma decepção amorosa, uma frustração
ou fracasso na empresa etc.
O importante é não permitir que esse sentimento domine sobre as emoções. É natural
que a tristeza dure um período curto, mas se ela se prolonga no tempo, isso pode desencadear
problemas sérios e que necessitam de tratamento.
Em diversos espectros a mentira pode ganhar contornos diversos, como quem mente
para si mesmo e para outros. Ela pode acontecer no contexto familiar, profissional, escolar
e até mesmo religioso. Por trás dela pode estar um roubo, estupro, assassinato, adultério,
ciúmes, crises, sentimentalismo exacerbado, politicagem etc.
Quem mente para si busca encontrar em outro lugar uma adequação mais apropriada
para o seu perfil. Em outras palavras, significa que há uma falta de clareza quanto a própria
identidade e viver sob mentiras implica o convívio solitário, haja vista que no meio do
percurso a confiança é perdida e raras vezes ela é recuperada. Por isso que, trabalhar com a
verdade significa convencer a si mesmo da sua realidade e se mostrar fiel àqueles do seu
núcleo de convivência.
Pessoas mentirosas têm problemas em sua identidade e precisam ser amadas para que
consigam despertar a ponto de compreender quem realmente são. Não há necessidade de
confrontá-las colocando-as como deturpadoras da verdade, mas deve-se ensiná-las a
enxergar quem são e trazê-las para o ambiente da verdade.
Ilusão tem a ver com aquilo que criamos e que foge da realidade. É a percepção de
que existe uma família perfeita, um casamento sem brigas, um emprego sem defeitos, de que
é autossuficiente e que pode ser feliz sozinho etc. Tanto a ilusão como a mentira produzem
uma falsa realidade que precisa ser desmistificada.
A verdade é que todos temos corpo e mente que precisam de cuidados. Compreender
a si próprio é essencial para não fugir para um local de engano e de fantasias. A realidade
precisa estar massificada na consciência de cada um, ainda que ela seja dura e carregada de
obstáculos. Mentiras e ilusões servem apenas para desvirtuar o propósito de cada um na terra.
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8.10. Mágoas
A mágoa decorre de uma atitude ofensiva de outra pessoa, que aflige o indivíduo de
tal modo que o decepciona. Muitas vezes ela dura anos e fica como uma ferida exposta e
aparentemente incurável. Tudo depende de como aquele que foi atingido irá lidar com esse
sentimento.
Quando alguém é ferido e não expõe sua dor, ele começa a agir de forma mais fria e
triste. Isto se dá porque a mágoa se fez presente, dominando suas emoções e dirigindo seus
passos. Esta é a razão por que ninguém deve esconder suas dores, pois além de carregar um
peso enorme sobre o indivíduo, ele ainda pode ser acometido de doenças graves, afinal, sua
saúde mental e física não vão estar bem.
8.11. Apego
A questão é que nem todo apego é saudável, haja vista que ainda na fase adulta esse
comportamento é evidenciado em muitas pessoas, que despejam todas as suas expectativas
em alguém por achar que somente aquele em que ela busca estar saciada é necessária para
sua vivência. Ou então, a pessoa acredita que somente o emprego que possui é capaz de lhe
trazer felicidade, e isso faz com que recuse oportunidades incríveis de crescimento
profissional.
O risco de a pessoa sofrer em razão desse apego é enorme e pode colocar sua vida
em risco, pois o ideal é que a pessoa se sinta completa em si mesmo, não sendo crível buscar
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no outro ou em algo aquilo que ela pode achar nela própria. A felicidade está mais perto da
capacidade de viver livre.
8.12. Egoísmo
O sujeito egoísta dificilmente vai se compadecer da dor alheia, pois estará mais
focado naquilo que sente e nos seus próprios objetivos de vida. Para ele, somente é
importante considerar o que pode lhe prejudicar ou beneficiar. Por isso, é fundamental sair
do seu campo de visão egocêntrico e adentrar no lugar do outro para se permitir compreender
a vida além do que se vê.
8.13. A língua
Quando alguém decide contar algum segredo importante, uma tragédia poderá ser
vivenciada. É o caso de o presidente de um país anunciar guerra contra outro. O caos estará
formado e atingirá milhares de pessoas. Mas também pode acontecer quando alguém acredita
que sua sinceridade é uma qualidade relevante e, por isso, decide descarregar tudo sobre o
outro, ainda que isso lhe cause constrangimento e ira. Ou seja, por acreditar que a sua
verdade é a melhor, o indivíduo a impõe sem considerar as circunstâncias pessoais do outro.
Da mesma forma que a língua pode matar, ela também pode ser usada para o bem,
incentivando projetos de alguém, dando orientações, falando coisas positivas etc. Pode ser
que apenas uma palavra seja suficiente para tornar a vida do outro muito melhor.
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8.14. Procrastinação
O ato de procrastinar remete ao fato de deixar para depois aquilo que poderia ser feito
de imediato. Ele está sempre ligado à ideia de postergar um feito, de adiar uma atividade ou
simplesmente não fazer aquilo que deveria no momento por acreditar que pode ser feito em
momento posterior. Isso se torna um grande problema, pois o hábito de retardar obrigações
ou metas demonstra uma total falta de responsabilidade que gera prazer, mas que pode afetar,
inclusive, o desempenho no trabalho, na faculdade, na família etc.
Apesar do que parece, a procrastinação não se trata de uma coisa de gente preguiçosa.
Existem fatores psicológicos e fisiológicos que influenciam nesse tipo de comportamento,
como é o caso da ansiedade ou de problemas de autoestima. Também pode decorrer de
alguma lesão no córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pela determinação do foco.
Uma pessoa procrastinadora tende a comprometer suas relações, seja com familiares,
amigos e até mesmo no trabalho e nos estudos. O procrastinador não encontra tempo
suficiente para se fazer presente ou cumprir suas tarefas e, por isso, se ausenta e nunca está
disponível, pois sempre há algo que ficou para trás que precisa ser resolvido.
8.15. Expectativas
As expectativas surgem nos casos de incerteza e, por isso, se tornam aquilo que é
mais provável de acontecer. Trata-se, pois, de uma suposição mais ou menos realista. Caso
a expectativa não seja atendida, surge a frustração. Mas caso se torne verdade, haverá alegria.
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9. TRANSFORMAÇÃO
Todos nós precisamos de significado para nossas vidas. É isso que nos impulsiona a
ver o mundo e caminhar sobre ele na busca de realizações. Somente é possível falar em
conquistas quando se entende que existe um real propósito para cada um na terra. O resultado
de nossas ações pode ser a resposta que precisamos para permanecermos vivos.
Quando não se sabe para onde vai ou o porquê de viver da forma como se vive,
qualquer caminho parece ser correto. Mas temos que considerar aspectos pessoais, vivências,
trajetória profissional, ambiente familiar etc., para ajudar a definir o propósito ideal de cada
um. Por isso a autoanálise é tão importante.
Todos deveriam ter sonhos e desejos. São eles que impulsionam a caminhada nesse
mundo, tornando a vida cheia de expectativas, muitas das quais frustradas, mas que não
deixam de ser fundamentais. Um sonho ou um desejo é muitas vezes o que falta na vida de
quem necessita de uma motivação para viver.
Muitos colocam seus projetos de vida em um mural para que possam enxergá-los
todos os dias e se sentirem motivados para correr em busca deles. É importante ter sonhos
materiais, mas deve estar na lista também as conquistas mais humanas, como construir uma
família, ajudar o próximo, desempenhar um papel social no seu ambiente de trabalho etc.
9.3. Felicidade
Segundo a psicologia positiva, a pessoa para ser feliz precisa ter emoções positivas e
uma das maiores emoções é a gratidão, que pode proporcionar 20% de felicidade para todos.
Também a emoção de realizações pessoais traz muita felicidade. É comum vermos pessoas
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que começam projetos e os interrompem no caminho. Muitos até abandonam, mas a verdade
é que nada supera o fato de se chegar até onde foi planejado, por isso, concluir metas também
é sinônimo de alegria.
Ter foco ou estar focado em algo significa manter total atenção em determinada
atividade, deixando de lado qualquer tipo de situação que possa provocar distração.
São muitos os empecilhos que surgem para desvirtuar a atenção do indivíduo que
está obstinado a algo. Às vezes é o celular, a TV, o som do vizinho etc. Tudo isso colabora
para atrapalhar o bom andamento da atividade. E para se alcançar uma alta performance
naquilo que se faz, é importante bloquear certos gatilhos. Logo, deixar o celular distante,
procurar um local silencioso, estar bem alimentado são exemplos de observações que não
podem deixar de serem consideradas na hora de se iniciar um projeto. Afinal, ter foco
representa compromisso consigo mesmo e com aquilo que se propõe a fazer.
9.5. Amor
O amor pode ser encarado como um sentimento, mas na verdade ele é um misto de
emoções. O que o preserva é a atitude que se tem com o próximo. São nos vínculos
interpessoais que o amor se concretiza e encontra reciprocidade. Amar é dividir seu tempo e
suas forças, é batalhar em favor do bem alheio, é se importar e investir de todas as maneiras
possíveis para que o outro também encontre a felicidade e se sinta amado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Disponível em: <https://site.veritacare.com.br/2020/11/14/quociente-emocional/>. Acesso
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Neste livro é possível entender a teoria da Inteligência Emocional, desde a sua origem até a
sua aplicabilidade, levando o leitor a possuir não apenas o conhecimento da matéria, mas a
se conhecer a partir desses preceitos, razão pela qual trata-se de uma leitura relevante para
os dias atuais.