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R E T R ATO S D A

SOCIEDADE
BRASILEIRA

58
ECONOMIA E
POPULAÇÃO
58
ECONOMIA E
POPULAÇÃO

BRASÍLIA-DF
2023
© 2023. CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

CNI
Diretoria de Desenvolvimento Industrial e Economia - DDIE
Gerência Executiva de Economia - ECON

FICHA CATALOGRÁFICA

C748r

Confederação Nacional da Indústria.


Retratos da Sociedade Brasileira – Ano 10, n. 58 (outubro 2023) – Brasília : CNI, 2023.
v. : il.

ISSN 2317 7012

1. situação econômica 2. aspectos econômicos 3. Pesquisa de opinião I.


Título.

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SUMÁRIO

Resumo Executivo 7

1 Percepção sobre a situação econômica do Brasil 8

2 Principais problemas do Brasil 10

3 Avaliação de aspectos econômicos do dia a dia 11


Retratos da Sociedade Brasileira ECONOMIA E POPULAÇÃO
ISSN 2317 7012 • Ano 10 • Número 58 • Outubro 2023

RESUMO EXECUTIVO

MAIS DA METADE DOS BRASILEIROS ESTÃO


OTIMISTAS SOBRE O FUTURO DA ECONOMIA
BRASILEIRA
Para 53% dos brasileiros, a economia vai melhorar
nos próximos seis meses. Esse otimismo é ainda
maior em certos cortes da população. Na região
nordeste, por exemplo, a parcela da população com
expectativa de que a situação econômica do Brasil
melhorará nos próximos meses alcança 62%.

Para 53% dos brasileiros, a economia vai


Este otimismo sobre o futuro pode estar
melhorar nos próximos seis meses.
associado com a percepção de melhora com a
Para 45% dos entrevistados, a situação situação econômica do passado. Para 45% dos
econômica atual está melhor que em relação entrevistados, a situação econômica atual está
a situação econômica de seis meses atrás. melhor que a situação econômica dos últimos seis
meses. Novamente, os nordestinos são os mais
Para 49% dos brasileiros, o nível de preços
otimistas nesta comparação – para 56% deles, a
dos produtos consumidos aumentou nos
últimos seis meses.
situação econômica atual está melhor que a dos
últimos seis meses.
Para 45% dos entrevistados, o nível de
preços desses produtos aumentará nos
próximos seis meses.
Ao avaliar o dia a dia da economia, a população
avaliou a evolução do nível de preços, taxa
48% dos brasileiros afirmaram que as taxas de juros, desemprego e pobreza. Entre essas
de juros das compras parceladas ou das questões, o nível de preços foi o que apresentou
dívidas aumentaram nos últimos seis meses. o maior percentual de brasileiros que acreditam
que aumentou nos últimos seis meses e que
Para 39% dos brasileiros essas taxas de
juros das compras parceladas ou das dívidas
irá aumentar nos próximos meses. Para 49%
deverão aumentar nos próximos seis meses. dos brasileiros, o nível de preços dos produtos
consumidos aumentou nos últimos seis meses
e, para 45%, o nível de preços desses produtos
aumentará nos próximos seis meses.

Em segundo lugar, as taxas de juros das compras parceladas ou das dívidas foi apontado como o que mais
aumentou nos últimos seis meses – 48% afirmaram aumento. Porém, as expectativas sobre os próximos
seis meses são melhores: para 39% dos brasileiros essas taxas deverão aumentar nos próximos seis meses.
Essa melhora na percepção coincide com as notícias mais recentes de mudanças na política monetária e de
políticas governamentais de auxílio aos endividados.

Quando perguntados sobre qual seria o principal problema do Brasil, a maioria indicou os serviços públicos,
como educação, saúde, transporte e segurança. 45% dos entrevistados citaram os serviços públicos como um
dos dois principais problemas do país, sendo que 28% apontaram como o principal problema.

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1 PERCEPÇÃO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÔMICA


DO BRASIL
53% dos brasileiros afirmam que a economia vai melhorar nos
próximos seis meses

Para 7% dos respondentes a situação econômica Gráfico 1 - Situação atual da economia do Brasil
atual está ótima e a situação está boa para 17%. Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)
Por outro lado, 17% dos respondentes opinaram
que a situação está ruim e 21% responderam
2 7
que a situação econômica atual está péssima.
Resumindo, para 24% dos entrevistados 21
a situação econômica atual está positiva, 17 Ótima
Ótima
enquanto 38% dos entrevistados entendem Boa
Boa
que o contexto atual é negativo. Avaliando por Regular
Regular
cortes da população, para 32% dos nordestinos a Ruim
Ruim
situação econômica atual é ótima ou boa, sendo Péssima
Péssima
o corte com maior percentual entre todos os 17 NS/NR
pesquisados. NS/NR

36
Na comparação com a situação econômica dos
últimos seis meses, 45% dos entrevistados
entendem que a situação melhorou, sendo que Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% devido ao
13% informaram que melhorou muito e 32% arredondamento.
responderam que melhorou um pouco.
Gráfico 2 - Situação atual da economia do Brasil comparada
Avaliando por diferentes cortes da população, com os últimos seis meses
os que mais sentiram uma melhora na situação Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)
econômica atual em comparação com os últimos
seis meses foram os residentes da região 3
Nordeste (56% acreditam que a situação atual 13
14
é melhor que dos últimos seis meses); os que Melhorou
possuem apenas ensino fundamental (56%); os Ótima
muito
que possuem de 41 a 59 anos (53%); e os que Boa
Melhorou um
recebem de 1 até 2 salários-mínimos (52%). pouco
13 Regular
Ficou igual
Ruim
32 Piorou um
Péssima
pouco
NS/NRmuito
Piorou
NS/NR
24

Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% devido ao


arredondamento.

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Quando se analisa entre aqueles que Gráfico 3 - Expectativas para os próximos seis meses da situação
responderam que a situação atual está “ótima” econômica do Brasil
ou “boa”, 79% acreditam que a situação melhorou Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)
em relação aos últimos seis meses. Entre aqueles
que entendem que a situação econômica atual é
4
regular, 54% afirmam que a situação econômica
melhorou em relação aos últimos seis meses. Já 13 22 Vai melhorar
muito
entre os que entendem que a situação econômica Ótima
Vai melhorar
atual é “ruim” ou “péssima”, 17% afirmaram Boapouco
um
que, apesar disso, a situação melhorou em 9
Regular
Vai ficar igual
comparação aos últimos seis meses.
Ruim
Vai piorar um
pouco
Péssima
Questionados sobre as expectativas da situação Vai piorar
NS/NR
econômica para os próximos seis meses, 22% muito
21 31
dos entrevistados acham que a situação vai NS/NR
melhorar muito enquanto 31% que vai melhorar
um pouco. Ou seja, mais da metade dos
entrevistados (53% do total) estão otimistas Nota: A soma dos percentuais pode ser diferente de 100% devido ao
quanto ao futuro da economia. arredondamento.

Entre os mais otimistas estão os residentes da Entre os que os que a situação econômica atual
região Nordeste (62% acreditam que a situação é ótima ou boa, 82% acreditam que situação irá
econômica vai melhorar), as pessoas com ensino melhorar nos próximos seis meses. Entre os que
fundamental (61%) e aqueles com 60 anos ou os entendem que a situação econômica atual é
mais (61%). regular, 62% esperam que a situação melhore nos
próximos seis meses. Entre os que consideravam
a situação ruim ou péssima, 27% acreditam que a
situação irá melhorar nos próximos seis meses.

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2 PRINCIPAIS PROBLEMAS DO BRASIL

Serviços públicos foram apontados como o principal problema do Brasil

Serviços públicos, como educação, saúde, que, para 17% é o principal problema. A pobreza
transporte e segurança, foi o problema mais e a desigualdade do país foram citadas por 23%
citado pela população quando perguntados das pessoas, sendo que 13% atribuíram como o
sobre qual é o principal problema do Brasil Os principal problema.
entrevistados citaram um problema associado aos
serviços públicos na maioria das vezes (45% do Fechando os quatro principais problemas
total), sendo que para 28% é o principal problema. citados, 15% dos entrevistados lembraram
de problemas associados ao nível de preços,
como encarecimento dos produtos, custos de
Em segundo lugar, respostas associadas ao
transporte e de aluguel, entre outros. Para 11%
mercado de trabalho, como falta de emprego,
dos entrevistados, o nível de preços é o principal
salários baixos, condições de trabalho, entre
problema do Brasil.
outros, foram citados por 28% do total, sendo

Gráfico 4 – Principal problema do Brasil neste momento


Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)

Serviços públicos:
Serviços educação,
públicos: educação,saúde
saúdeeetransporte
transporte ee segurança
segurança 28 17

Mercado de trabalho: faltam empregos, salários são baixos, condições


rcado de trabalho: faltam empregos, salários são baixos, condições de trabalho são ruins, etc.
de trabalho são ruins, etc.
17 11

Pobreza// desigualdade
Pobreza desigualdade 13 10

Nível de preços: encarecimento dos produtos do mercado, transportes,


cimento dos produtos do mercado, transportes, aluguéis, aumento do custo de vida geral etc. 11 4
aluguéis, aumento do custo de vida geral, etc.

s ruas, além da falta saneamento, tratamento de lixo e dos problemas relacionados à energia
Outros 2 3

Economia
Corrupção 4 1

Corrupção
Economia 4

Crédito: alto endividamento, juros altos do cartão, dificuldade de se


Crédito: alto endividamento, juros altos do cartão, dificuldade de se obter empréstimos, etc.
obter empréstimos, etc. 2 2
Infraestrutura: problemas associados às estradas, asfaltamento e
Má Gestão
calçamento das ruas, além da falta saneamento, de lixo e 1
governamental
tratamento
dos problemas relacionados à energia
Outros
Nenhum 7 1

Nenhum 1
Má gestão governamental

1º lugar
NS/NR
NS/NR 11 2º lugar

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3 AVALIAÇÃO DE ASPECTOS ECONÔMICOS DO


DIA A DIA
Para 49% dos brasileiros, o nível de preços aumentou, e o nível de
preços aumentará para 46%
Ao avaliar o dia a dia da economia, a população Sobre o desemprego entre as pessoas do seu
avaliou a evolução do nível de preços, taxa de convívio, 33% informaram que aumentou nos
juros, desemprego e pobreza. Sobre o nível de últimos seis meses e 41% disseram que a situação
preços de produtos consumidos pelo entrevistado, está igual. Analisando por faixa de renda dos
para 49% o nível aumentou muito ou aumentou entrevistados, a única faixa que ficou abaixo dos
30% foi a de mais de 5 salários-mínimos. Por
pouco nos últimos seis meses. Ao separar por
escolaridade, a faixa de pessoas com ensino
perfil socioeconômico, revela-se que, para alguns
fundamental foi a que apresentou o maior
perfis, o percentual pode ultrapassar os 50%.
percentual (37%). Considerando a faixa etária,
É o caso de pessoas com idade de 16 a 24 anos as pessoas entre 41 e 59 anos foram as que mais
(54% acham que o nível de preços aumentou nos alertaram sobre o desemprego estar aumentando
últimos seis meses), entre aqueles que recebem entre as pessoas do seu convívio (36%).
até 1 salário-mínimo (54%).

Com relação a pobreza na região e nos ambientes


Para 48% dos respondentes, as taxas de juros das que o entrevistado frequenta, 32% informaram que
suas compras parceladas e/ou das suas dívidas aumentou nos últimos seis meses. A percepção foi
aumentaram nos últimos seis meses. Entre os mais maior entre as pessoas que ganham até 1 salário-
afetados por isso estão pessoas com idade de 25 a mínimo (41% notaram que a pobreza aumentou),
40 anos (55% informaram que as taxas aumentaram com 60 anos e mais (40%).
nos últimos seis meses) e da região Sul (55%).

Gráfico 5 – Situação de aspectos econômicos nos últimos seis meses


Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)

Nível de preços dos produtos que você consome 28 21 18 24 8 1

Taxas de juros das suas compras parceladas e/ou das suas dívidas 31 17 31 7 2 11

Desemprego entre as pessoas do seu convívio 18 15 41 15 7 3

Pobreza na sua região e nos ambientes que você frequenta 19 13 49 12 4 2

Aumentou muito Aumentou um pouco Está igual Diminuiu um pouco Diminuiu muito NS/NR

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Para 46% dos entrevistados, o nível dos produtos Quanto ao desemprego entre as pessoas do
que eles consomem deverá aumentar nos convívio do entrevistado, 30% acham que irá
próximos seis meses. As maiores expectativas de aumentar nos próximos seis meses. Analisando
aumento no nível de preços estão pessoas das cada faixa dos diferentes recortes da população,
regiões Norte e Centro-oeste (55%, esperam um os grupos que estão mais pessimistas com relação
a situação do desemprego entre as pessoas do seu
aumento no nível de preços dos produtos que
convívio são moradores da região Norte e Centro-
consomem nos próximos seis meses) e Sul (52%),
oeste (39%), trabalhadores que recebem até 1
entre os entrevistados de 16 a 24 anos (53%) e
salário-mínimo (36%), pessoas que possuem ensino
pessoas com ensino médio (50%). superior (33%) e com idade de 41 a 59 anos (33%).

Quanto as taxas de juros das compras parceladas Por fim, para 29% haverá aumento da pobreza
ou das dívidas, 39% dos respondentes esperam na região e nos ambientes que eles frequentam
que elas aumentem nos próximos seis meses. nos próximos meses. Segregando por cortes
Entre os diferentes cortes da população, os que da população, os que o percentual superou
apresentaram os maiores percentuais foram o percentual nacional foram: moradores das
pessoas que moram na região Norte e Centro- regiões Norte e Centro-oeste (40% creem que a
oeste (49% esperam que as taxas aumentem nos pobreza irá aumentar nos próximos seis meses);
próximos seis meses), de 25 a 40 anos (45%), que pessoas com renda de até 1 salário-mínimo
ganham até 1 salário-mínimo (44%) e pessoas com (33%); de 2 até 5 salários-mínimos (32%); e
ensino médio (43%). pessoas com ensino superior (31%).

Gráfico 6 – Situação de aspectos econômicos nos próximos seis meses


Percentual de entrevistados por opção de resposta (%)

Nível de preços dos produtos que você consome 23 23 22 20 9 3

Taxas de juros das suas compras parceladas e/ou das suas dívidas 21 18 26 15 9 11

Desemprego entre as pessoas do seu convívio 15 15 34 22 9 5

Pobreza na sua região e nos ambientes que você frequenta 16 13 37 20 9 5

Aumentar muito Aumentar um pouco Ficar igual Diminuir um pouco Diminuir muito NS/NR

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ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
O IPRI - Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem
realizou uma pesquisa presencialmente com 2.004 pessoas
com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação
(UFs) entre 14 e 19 de setembro de 2023. A margem de erro no
total da amostra é de 2 p.p., com intervalo de confiança de
95%. A amostra é controlada a partir de cotas de: (a) sexo, (b)
idade, (c) região, (d) escolaridade e (e) condição do município.

VEJA MAIS
Mais informações como série histórica, edições anteriores e
metodologia da pesquisa em: www.cni.com.br/rsb

Documento concluído em 23 de outubro de 2023.


CNI - CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA

Elaboração
Marcelo Souza Azevedo
Rafael Sales Rios
Gerência de Análise Econômica - GAE
Gerência Executiva de Economia - ECON
Diretoria de Desenvolvimento Industrial e Economia - DDIE

Produção de estatísticas
Edson Velloso
Gerência de Estatística - GE
Gerência Executiva de Economia - ECON
Diretoria de Desenvolvimento Industrial e Economia - DDIE

Produção editorial, projeto gráfico e diagramação


Carla Gadêlha
Coordenação de Divulgação
Gerência Executiva de Economia - ECON
Diretoria de Desenvolvimento Industrial e Economia - DDIE

Normalização
Alberto Nemoto Yamaguti
Área de Administração, Documentação e Informação - ADINF
Diretoria de Serviços Corporativos – DSC

Serviço de Atendimento ao Cliente – SAC


Tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992
E-mail: sac@cni.com.br
www.portaldaindustria.com.br

Realização das entrevistas


IPRI - Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem

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