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TEMPLATE – ATIVIDADE PRÁTICA LOCORREGIONAL

Atividades – Sociedade e Natureza


Aluno: Cristiane dos Santos Carreiro RU:2841280
Levantamento do espaço público
Fundado em 13 de junho de 1808, o Jardim Botânico surgiu de uma decisão do então príncipe
regente português D. João VI de instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para
aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo.

A criação do Jardim Botânico do Rio do Janeiro, realizada por D. João VI em 1808, por ocasião da
chegada da família real ao Brasil, é um fato tão conhecido que já faz parte da memória coletiva do
país. Porém, pouco ou quase nada se sabe sobre o seu valor como instituição científica para a
conjuntura da época colonial e da época pós-independência. A chegada de D. João VI provocou o
surgimento das primeiras instituições científicas no Rio de Janeiro, dentre elas o Horto Real, que,
criado em 1808, tinha o objetivo de desenvolver experiências de aclimatação com espécies
vegetais de interesse agrícola e comercial.
Os trabalhos no Jardim Botânico começaram no ano em que foi fundado. Primeiramente, foi
necessário aclimatar especiarias vindas do Oriente. Também, nas primeiras experiências, vegetais
enviados de outras províncias portuguesas foram avaliados. Todo esse processo seguia
orientações que vinham de Portugal.

O Jardim, extremamente importante para a história das pesquisas na área de botânica, a partir de
1890, um ano depois da Proclamação da República, passou a ser chamado de Jardim Botânico.

Em 1991, o Jardim foi considerado como Reserva da Biosfera. Mas, com o passar dos anos, o
Jardim Botânico deixou de ser só um centro de pesquisa e passou a ser também um espaço de
lazer para a população.

Contudo, existiam muitas regras e somente pessoas da alta sociedade podiam se divertir no
Jardim. Em muitos casos, a área era utilizada para a recepção de estrangeiros influentes.
Atualmente, o Jardim Botânico pode ser visitado por pessoas de diversas classes sociais.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) é considerado um dos mais ricos e importantes do
mundo. Com área total de 137 hectares, sendo 54 de área cultivada, o Jardim Botânico abriga
coleções raras de bromélias e orquídeas, além de árvores centenárias e plantas exóticas. Por
isso, é um importante ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro e amplamente visitado por
pesquisadores que estudam as centenas de espécies que o habitam.

Muitos elementos edificados que ajudam a conformar a paisagem do arboreto: edifícios históricos,
ruínas, esculturas, pérgolas, chafarizes, mobiliário, cascatas, estufas e pontes, além daqueles, em
geral percebidos como naturais, como os próprios canteiros, lagos e caminhos. Cada um desses
elementos tem sua história e contribui para a formação espacial do JBRJ (10). O chafariz central,
ou chafariz das musas, em ferro fundido que estava anteriormente no Largo da Lapa, foi trazido
para o JBRJ por Barbosa Rodrigues que, com espírito de oportunidade, se aproveitou de obras de
demolição na cidade. O portal da Escola de Belas Artes, também anteriormente no centro da
cidade, foi trazido para o JBRJ em 1940, os bebedouros em ferro fundido, as garças de Mestre
Valentim.

Imagens do local escolhido

Imagem 1 –Palmeiras-imperial , Jardim Botânico, RJ (1863)


Imagem 2 – Palmeiras- imperial, Jardim Botânico, RJ (2023)

Imagem 3- Chafariz das Deusas, Jardim Botânico, RJ(1863)

Imagem 4 – Chafariz das Deusas, Jardim Botânico ,RJ (2023)


Imagem 5- Arqueduto da Levada, Jardim Botânico, RJ (Anos 70)
Imagem 6- Arqueduto da Levada, Jardim Botânico,RJ (2021)

Imagem 7 – Solar da Imperatriz, Jardim Botânico ,RJ (1989)


Imagem 8 – Solar da Imperatriz , Jardim Botânico, RJ (2021)
Imagem 9 – Entrada Solar da Imperatriz , Jardim Botânico ,RJ (década de 70)

Imagem 10 – Entrada Solar da Imperatriz , Jardim Botânico ,RJ (2021)


Imagem 11 – Lago Frei Leandro, Jardim Botânico (1971)
Imagem 12 - Lago Frei Leandro, Jardim Botânico ,RJ (2021)
Fonte: Google Images

Descreva as mudanças que ocorreram na área

Na história recente do Jardim Botânico, mais precisamente a partir de meados da década de 1980,
quando questões ambientais começaram a tomar corpo no cenário mundial, os estudos florísticos
ganharam impulso. Em conformidade com as diretrizes do planejamento estratégico da instituição,
os projetos de pesquisa foram orientados para apoiar ações de conservação, sobretudo para
preencher lacunas no conhecimento da flora de áreas protegidas. Os esforços dirigiram-se para a
elaboração de inventários das unidades de conservação federais, com destaque para os parques
nacionais e reservas biológicas e trabalham em consonância com as diretrizes estabelecidas na
Política Nacional do Meio Ambiente, mecanismo governamental formulado em 1989 para orientar
as ações de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental.

Os projetos e realizações recentes do Jardim Botânico mantêm estreito o alinhamento institucional


às ações de conservação, particularmente aos compromissos assumidos pelo Brasil na
Convenção da Diversidade Biológica (CDB). Destaca-se a criação, em 2008, do Centro Nacional
de Conservação da Flora (CNCFlora), referência nacional sobre biodiversidade e conservação da
flora brasileira ameaçada de extinção, que conta com recursos financeiros doados pelo Fundo
Mundial para o Meio Ambiente.

No plano cultural, a criação do Museu do Meio Ambiente e do Espaço Tom Jobim situam-se numa
estratégia do Jardim Botânico de integrar cultura, meio ambiente e conhecimento científico.
São grandes as dificuldades para analisar a trajetória do JBRJ na primeira metade do século XIX,
seja em virtude da rara e dispersa documentação primária, seja pelo caráter sigiloso da criação e
do funcionamento do Jardim Botânico na Corte, mantido pelo menos desde 1808 até o período de
restabelecimento das relações com a França, o que torna ainda mais difícil a localização de fontes
primárias pertinentes ao assunto.

Como outras instituições científicas do século XIX, o JBRJ sofreu um processo de descontinuidade
em sua concepção e objetivos , o que resultou em momentos de incremento na agricultura ora
para fabricação de produtos com espécies exóticas, ora no incentivo para melhoramento de
espécies, ora na plantação de árvores de madeira de lei que pudessem ser pesquisadas em suas
propriedades e cujos resultados revertessem para a introdução de novas madeiras ou
reflorestamentos. Enfim, as demandas eram modificadas e a instituição tentava adaptar-se, sem
contudo conseguir construir uma estratégia de funcionamento.

Assim, ao longo de seus 200 anos de história o JBRJ guarda em si a memória da transformação
do país, ao preservar plantas introduzidas na época de sua criação e ao mesmo tempo investir em
avanços na área científica que acompanham as mudanças da percepção sobre meio ambiente,
determinantes para a configuração de sua atual missão que tem como foco a pesquisa, o ensino e
a conservação da flora brasileira.

Materiais de apoio:
Jardim Botânico do Rio de Janeiro". In: Costa, M.L.N. (Org.). Diversidade biológica nos jardins
botânicos brasileiros. Rede Brasileira de Jardins Botânicos. Rio de Janeiro. 2004.
Lamarão, S.T.N. & Souza, L.O.G. "Jardim Botânico: dois séculos de história". In: Padilla, R. &
Soares, N. P. (Orgs.) Jardim Botânico do Rio de Janeiro 1808-2008. Artepadilla. Rio de Janeiro.
2008.
Neves, M.R. "O patrimônio arquitetônico". In: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de
Janeiro (Org.) 200 anos Jardim Botânico do Rio de Janeiro: 1808-2008. Rio de Janeiro. 2008.
Peixoto, A.L. & Morim, M.P. "O jardim botânico construindo pontes de saberes". In: Padilla, R. &
Soares, N. P. (Orgs.) Jardim Botânico do Rio de Janeiro 1808-2008. Artepadilla. Rio de Janeiro.
2008.
Rodrigues, J.B. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Uma lembrança do 1º centenário – 1808-
1908. Officinas da Renascença, E.Bevilacqua & Cia. Rio de Janeiro. Reprodução da edição
original, 1998. Rio de Janeiro: Banco Safra/ Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 1908.

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