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Resumo
O Instituto Butantan desenvolveu papel fundamental na área de saúde
pública, pois além do ofidismo, se envolveu em estudos de doenças no fi-
nal do século XIX. Desde o inicio do século XX, serpentes provenientes de
várias localidades do Brasil, são trazidas pela população ao Instituto, em
decorrência do trabalho iniciado por Vital Brazil em sua campanha con-
tra o ofidismo, pela permuta de soro por cobras. Era grande a quantidade
de cobras enviadas ao Instituto, o que favorecia o crescimento do acervo
de serpentes colecionadas e expostas ao público. Neste ínterim o Butantan
difundiu e divulgou suas pesquisas, seus produtos e realizou atividades edu-
cativas, baseadas neste acervo. A Recepção de Serpentes, conhecida tradi-
cionalmente por fornecedores de cobras em todo Brasil, sempre foi a porta
de entrada e destino dos animais no Instituto. Devido à grande demanda no
envio e permuta dos animais tornou-se necessário o estudo taxonômico para
identificar as novas espécies que chegavam, esclarecendo sobre a especifi-
cidade do soro antiofídico. Ao mesmo tempo, o público se interessava em
ver e conhecer os animais peçonhentos. Estes trabalhos foram significativos
para aprimorar o acervo, ampliando o setor de pesquisa e o de exposição
pública, e projetando o Instituto em outras instituições nacionais e estran-
geiras. Em decorrência destas atividades duas seções se estabeleceram: uma
se especializou em receber, identificar, registrar, armazenar e conservar os
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Bióloga, Assistente de Pesquisa VI - Laboratório de Herpetologia - Instituto Butantan,
São Paulo – myevcalleffo@butantan.gov.br
2
Bióloga (Fundação Butantan) - Museu Biológico - Instituto Butantan, São Paulo – ccbar-
barini@butantan.gov.br
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Cadernos de História da Ciência – Instituto Butantan – vol. III
Abstract
The Butantan Institute has great importance in the area of public health. It de-
veloped research about ofidismo and the illnesses in the end of century XIX. Since the
beginning of century XX, serpents proceeding from some localities of Brazil, are brou-
ght by the population to the Institute, in result of the work initiated for Vital Brazil in
its campaign against the ofidismo, exchanging serum for snakes. With increase of the
snakes sent to the Institute the quantity of serpents collected and displayed the public
grew. At the same time the Butantan spread out and divulged its educative research,
productions and activities, based in its collections. The reception of serpents, known
traditionally for suppliers of snakes in all Brazil, always was the door of entrance and
destination of the animals in the Institute. Because of the great demand in the sending
and it exchanges of the animal it was necessary the taxonomic studies to identify the
new species that arrived, clarifying on the specify of the serum antiophidic. At the
same time, it had the public interest in seeing and knowing the animals poisonous
and another section if it improved in public expositions with educative character in
the museum. These works had been significant to improve the collection, leading the
sector of research and of public exposition, projecting the Institute in other national
and foreign institutions. In results of these activities two sections if had established:
one was specialized in receiving, identifying, to register, to store and to conserve the
animals, divulging its scientific research and cataloguing the species. Another one was
improved in public expositions with educative and museological character. Our ob-
jective is to characterize the formation of these archives that shares one same origin
and currently is recognized for: “Collection of Alphonse Serpents Richard Hoge”,
Laboratory of Herpetologia - Division of Scientific Development and Biological Mu-
seum - Division of Cultural Development.
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A origem e a constituição dos acervos ofiológicos do Instituto Butantan
Introdução
Existem várias definições para acervo, que a nosso ver represen-
ta a totalidade de documentos: textos, imagens, peças anatômicas
ou objetos depositados num arquivo ou em uma coleção para fins
de pesquisa. Os acervos podem ser conservados, catalogados e ter
suas coleções incrementadas e, no caso de acervos públicos podem,
ou não, estar disponíveis para consulta, de acordo com normas in-
ternas dispostas pelos curadores ou responsáveis.
Desde o século XVII os acervos científicos, posteriormente denominados mu-
3
seus , eram meramente espaços com objetos depositados, mais tarde conhecidos como
“gabinetes de curiosidades”. Geralmente criados pelos nobres, esses locais não eram
abertos ao público e caracterizavam - se pelo acúmulo de objetos de áreas distintas:
animais empalhados, quadros, fósseis, instrumentos científicos, entre outros. Ainda
no final desse século, surgiram os acervos de história natural, que caracterizavam os
primeiros Museus de História Natural, apresentando uma organização estruturada
das coleções que passaram a ser utilizadas para pesquisa e difusão. No século XVIII,
os espaços que continham os acervos tinham um perfil voltado para a academia. As
exposições públicas não eram a principal finalidade, e sim contribuir por meio da pes-
quisa, para o avanço do conhecimento científico. As exposições e feiras internacionais
que ocorreram em meados do século XIX influenciaram os museus voltados a ciência
para mostrar ao público o progresso científico e tecnológico (Cazelli et al., 2003).
A tendência ao colecionismo se estende até meados do século
XIX, quando surge a preocupação com a montagem de acervos,
marcada por uma visão historicista da realidade, que vai buscar na
história o sentido da vida e da sociedade. Assim, existe a idéia, nos
primórdios do museu, de que a apropriação do passado é um meio
de entendimento do homem e do presente (Becker, 2001).
Entre a primeira e a segunda guerra mundial a ciência possibi-
litou uma maior proximidade do museu com a sociedade, surgindo
a partir desse momento a museologia (Bruno, 1987). No século
XX, final da década de 60, aumentou a preocupação de se criar
exposições atraentes e estimulantes para o público. A função de co-
municar, informar e educar se sobressaiu enquanto que a pesquisa,
3
Entendemos aqui o conceito da palavra museu como depósito de objetos colecionados,
pois nessa época ainda não existia o conceito de “museus” como conhecemos hoje.
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não menos importante, não era mais visível para o público, ficou
limitada aos pesquisadores que trabalhavam com acervos e na aca-
demia (Cazelli et al., 2003).
É justamente no século XX que o museu passa a sofrer suas
maiores transformações. De espaços de exibição de valiosas cole-
ções, os museus passam a se constituir em espaços educativos e de
pesquisa, na busca da preservação da memória (Becker, 2001).
Percebemos aqui um importante passo que caracteriza acervo
com finalidade de pesquisa e museu com intenção de exposição e
divulgação. Notamos que os acervos e museus sofreram modifica-
ções ao longo do tempo.
No Brasil, por exemplo, os museus de ciência, derivados de
acervos específicos ou generalizados contribuíram para a consoli-
dação das ciências naturais.
Segundo Russio (1977) os museus passaram por quatro mo-
mentos marcantes em sua trajetória. O primeiro representado pelo
museu de Alexandria, o berço da universidade. O segundo baseado
no pensamento renascentista, nas grandes descobertas e nas grandes
coleções, permitia a interação entre o público e as obras expostas. O
terceiro momento, sob influência do iluminismo, concretiza de fato a
instituição museu, com coleções diversas de diferentes naturezas, sen-
do que seu precursor é o Museu do Louvre, século XVIII. E por fim,
o quarto momento está intimamente ligado a revolução industrial.
No mesmo contexto do Museu do Louvre, foi criado em 1818
o Museu Nacional do Rio de Janeiro (conhecido como Museu Im-
perial). Era denominado a “Casa dos Pássaros” que por mais de
vinte anos armazenou e preparou produtos naturais e adornos in-
dígenas para enviar a Lisboa. Essa foi a primeira instituição bra-
sileira dedicada à história natural, que reúne atualmente o maior
acervo científico da América Latina. Seguido do Museu Paraense
Emílio Goeldi, que desde sua fundação, em 1866, concentra suas
atividades na divulgação dos conhecimentos e acervos relacionados
à região Amazônica; e do Museu Paulista (conhecido como Museu
do Ipiranga), de 1884 (Lopes, 1997), que após ser desmembrado
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Vide exemplos de vários museus do interior do Brasil, tais como: o Museu Casa de San-
tos Dumont de Petrópolis, no Rio de Janeiro, o Museu Republicano de Itu, em São Paulo
e o Museu da Inconfidência de Ouro Preto, em Minas Gerais.
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Ver Vanzolini & Brandão (1944/45).
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A origem e a constituição dos acervos ofiológicos do Instituto Butantan
- as campanhas antiofídicas
Adolpho Lutz havia instituído um sistema de compra de co-
bras venenosas que foi substituído pelo de permuta de ofídios
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No período de 1901 a 1925 o Instituto era denominado Instituto Serumtherapico, ante-
rior a este período, Instituto Bacteriológico e a partir de 1926, Instituto Butantan como
é reconhecido até hoje.
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com ampolas de soro por Vital Brazil (Silva Jr., 1956). Para
isso, Vital Brazil articulou pessoalmente e também por meio de
correspondências com agricultores, fazendeiros e colonos, além
de professores e autoridades no interior do estado de São Paulo
e em várias regiões do país. Os acidentes ocorriam devido ao
desenvolvimento da agricultura e forte fluxos de imigrantes em
áreas rurais, enquanto que na capital o processo de industria-
lização se acelerava. As correspondências que eram enviadas e
recebidas lhe deram oportunidade de ensinar os modos de tra-
tamento para envenenamentos ofídicos pelo uso do soro, com
o objetivo de vencer a ignorância e salvar vidas. Chegavam ao
Instituto cobras e outros animais, peçonhentos ou não, de to-
das as regiões do Brasil o que proporcionou além dos estudos
de taxonomia, estudos de distribuição geográfica, de biologia,
dentre outros (Vaz, 1949; Silva Jr., 1956).
Segundo Brazil, em 1911 o Instituto Butantan recebeu exem-
plares de várias localidades por intercâmbio com fornecedores
de serpentes em troca de soros específicos, agulhas e seringas,
material para captura e remessa (Vaz, 1949). O soro antiofídico
polivalente deveria ser indicado quando não se conhecia a espé-
cie mordedora, para tanto era necessário aprimorar os conhe-
cimentos taxonômicos e divulgá-los. Com a grande ocorrência
de acidentes ofídicos, principalmente nas áreas mais distantes,
no interior e nas fazendas, e sabendo que o bom êxito para o
tratamento era a prontidão com que é feita a aplicação do soro,
Vital Brazil compreendeu que este recurso deveria estar às mãos
dos fazendeiros, agricultores e trabalhadores rurais. Assim, no
estado de São Paulo, onde o soro atingia grande procura, muito
se contribuiu a propaganda que o Instituto fez no sentido de
promover as remessas com grande número de cobras, pois os
fornecedores dispunham da matéria prima indispensável para o
soro, o espécime e seu veneno. Os agricultores foram instruídos
a não sacrificarem inutilmente as cobras que encontravam em
suas propriedades durante a lida dos trabalhos agrícolas, pois
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A origem e a constituição dos acervos ofiológicos do Instituto Butantan
- as remessas de cobras
Vital Brazil criou um sistema de remessas de serpentes por
meio das campanhas antiofídicas que em 1903 forneceu ao Bu-
tantan ofídios de vários lugares de São Paulo, totalizando 159
serpentes peçonhentas. No ano seguinte, esse número declinou
para 146 exemplares (Relatório Anual IB, 1903; 1904; Rosen-
feld, 1969). O que fez com que Vital Brazil solicitasse ao Gover-
no do Estado providências para que fosse concedido transporte
gratuito das serpentes enviadas ao Instituto. A insistência neste
serviço de permutas a fim de obter veneno de várias espécies e
de diferentes regiões para seus experimentos, também estimu-
lou seu novo assistente Florêncio Gomes a trabalhar na classifi-
cação e determinação de novas espécies (Rosenfeld, 1969).
No começo do século XX, o Brasil era o principal produtor
mundial de café, o transporte do produto levou a criação de uma
respeitável malha ferroviária. Em várias regiões paulistanas a Rede
Ferroviária de São Paulo e a FEPASA contribuíram no fornecimen-
to de cobras ao Instituto Butantan pelas permutas.
No ano de 1906, desconsiderando as serpentes não peço-
nhentas, foram entregues ao Instituto cerca de 648 cobras. A
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Ver Amaral (1935/36).
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Amaral fez uma revisão geral das serpentes brasileiras que já vi-
nha estudando há alguns anos, examinando exemplares vivos e
de acervos das principais coleções em museus nacionais e estran-
geiros (Relatório Anual IB, 1920). Baseado na experiência que
vinha adquirindo principalmente sobre os ofídios neotropicais e
suas afinidades morfológicas e geográficas, Amaral faz uma lista
comentada dos ofídios do Brasil (Amaral, 1935/36). Isso des-
pertou o interesse de vários colegas pela fauna ofiológica, dado
a proporção de espécimes vivos recebidos pelo Instituto e após
seleção, catalogadas em um único acervo.
Até 1929 o número total de serpentes por exemplares rece-
bidos revela que, com exceção das não venenosas, estatisticamen-
te temos, em primeiro lugar as jararacas (Bothrops jararaca) com
63.340 espécimes, em seguida a cascavel (Crotalus) com 47.198,
seguindo de várias espécies do gênero Bothrops com 22.338. As
corais verdadeiras (Micrurus) distribuídas em várias espécies com
1.404 exemplares e o gênero Lachesis (surucucu) representado por
apenas 21 exemplares (Amaral, 1930).
Até a década de 30, como resultado da campanha ofídica, o
Instituto conseguiu um número crescente de exemplares com dados
de entrada aumentando progressivamente e oscilando para menos
nos anos de 1913, 1915 e 1916, depois baixando nitidamente em
1921, 1923 e 1924, anos que coincidem com as trocas de diretoria
no Instituto (Amaral, 1930). Só no ano de 1931, o Instituto recebeu
20.000 exemplares vivos de serpentes (Amaral, 1931b; Relatório
Anual IB, 1931).
Segundo Amaral (1935/36) no período de 1901 a 1936 o Ins-
tituto absorveu 132.429 exemplares vivos de jararacas (Bothrops
jararaca) dentre as 344.936 espécies diversas recebidas de várias lo-
calidades do país. Percebemos aqui um grande acervo de espécimes
que começava a se formar nesta época.
Em 1949 o Butantan alcançou 1/2 milhão de serpentes recebi-
das, sendo 1/3 peçonhentas (Silva Jr., 1956; Tanasov et al., 2003).
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Este número se refere aos espécimes conservados em álcool, depositados na coleção
principal. Não consideramos aqui os anexos; sabemos que a numeração da coleção foi
iniciada por Afrânio do Amaral na década de 20.
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O acervo vivo se refere aos espécimes mantidos nas dependências do Museu Biológico.
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Os acervos
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do Instituto Butantan
O Instituto Butantan formou acervos que não são voltados di-
retamente para o público, tais como diversas coleções para estudos
taxonômicos das quais algumas ficaram confinadas nos laborató-
rios, em mãos dos pesquisadores e diversos acervos particulares,
documentais, iconográficos. Os demais acervos foram transferidos
para outras instituições ou foram expostos ao público.
Vital Brazil em seu relatório de 1926 discorre como começou a
coleção de serpentes que originaria os acervos institucionais volta-
dos para pesquisa e exposição pública. Segundo Brazil o material
começou a ser reunido desde 1896, no ainda Instituto Bacterioló-
gico. Este material era constituído por serpentes conservadas em
álcool. Em 1901 devido ao preparo dos soros antipeçonhentos e
o desenvolvimento da campanha contra o ofidismo, implementa-
da por Vital Brazil, o Instituto recebeu muitas cobras e o material
colecionado aumentou consideravelmente. Com o passar do tempo
foram realizados permutas de material com os principais museus
norte-americanos e europeus (Relatório Anual IB, 1926; Almeida,
1995). Em 1910 existia uma coleção de ofídios nacionais e estran-
geiros classificados, que no ano de 1912, sob a responsabilidade de
Florêncio Gomes, segundo Corrêa (1986) possuía 119 espécies e o
relatório deste ano indica um número limitado de peças anatômicas
e de espécimes com suas respectivas identificações. Já havia um ser-
viço de registro no envio de material para captura de serpentes aos
fornecedores (Relatório Anual IB, 1912).
Em 1914, ano da inauguração do “Edifício Principal”, atual
prédio da biblioteca, constava uma sala intitulada “Museu”10, no
10
Estamos considerando como acervo, o que na época era tratado por “Museu”, no qual
também abrangia a coleção. Não estamos nos referindo aqui à questão expositiva, nem
tão pouco a finalidade da coleção, mas sim, a formação e a caracterização desses acervos
ofiológicos institucionais.
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Imagem 1: Acervo colecionado – intitulado Novo Museu de Ofídios – material ofídico conservado
em álcool nos porões do Pavilhão Experimental (atual Lemos Monteiro) no final da década de 30.
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Outros acervos
O Instituto também conta com acervos textuais que carac-
terizam a entrada de serpentes no decorrer de mais de um século
como atestam os livros de registro do cadastro de fornecedores.
Este acervo consta de papeletas com dados pessoais dos forne-
cedores e dados do espécime doado. A riqueza de informações
contidas nesses documentos fornece subsídios para as mais va-
riadas pesquisas (Calleffo em preparação). Além disso, o Ins-
Imagem 2: Acervo expositivo – intitulado Museu Provisório – material ofídico conservado em álcool
nos vidros de relógio, esqueleto e textos explicativos no andar térreo da residência do diretor (atual
Diretoria) em meados da década de 50.
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Agradecimentos
A Ms. Suzana Cesar Gouveia Fernandes, Historiadora, Chefe
e Pesquisadora do Museu Histórico e do Laboratório Especial de
História da Ciência pelo convite, incentivo e apoio, além da revisão
do manuscrito; a Pesquisadora Rute Maria Gonçalves de Andrade,
do Laboratório de Imunoquímica, pelas sugestões; a bolsista Fun-
dap Carolina Santucci Fernandes pela colaboração, ao Professor
Henrique Moisés Canter, Diretor da Divisão de Desenvolvimento
Cultural, pela identificação de algumas fotos e comentários históri-
cos do Butantan; ao Professor Dr. Paulo Emílio Vanzolini, amigo e
companheiro pelas longas horas de conversas informais. Aos forne-
cedores de serpentes, pois sem essas remessas de cobras a produção
de soros não teria sido constante, o acervo da coleção não teria seu
porte atual e o museu não teria conquistado seu público fiel.
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