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Buchsbaum, Paulo
Negócios S/A : administração na prática [livro
eletrônico] / Paulo Buchsbaum e Marcio Buchsbaum. --
São Paulo : Cengage Learning, 2020.
1.056 Kb ; ePub
Bibliografia.
ISBN 978-65-555-8224-6
20-42974 CDD-658
1. A is raçã esa
658
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
NEGÓCIOS S/A
administração na prática
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39
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ISBN-13: 978-65-555-8224-6
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Paulo Buchsbaum é geólogo pela UFRJ e mestre em Informática pela PUC-RJ.
Foi geofísico da Petrobrás e professor universitário da PUC-RJ e UFF. Prestou
consultoria ou treinamento para a Brahma, Vale, Cosigua, Golden Cross e
Casa & Vídeo, entre outras. Escreveu dois livros:
Frases geniais: que você gostaria de ter dito. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
Desenhos de Jaguar.
Do bestial ao genial: frases da política. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006. Capa
de Aroeira, em parceria com André Delano Buchsbaum.
O f es r v n ?
Tipos de livros de negócios
O que é o livro Negócios S/A?
O que Negócios S/A não é?
Ideia básica do livro
Fontes usadas para Negócios S/A
Conteúdo do livro
Para quem é o livro?
1. An e c eç
Administração não é uma ciência exata
Empresa: choque de realidade
2. P nto p id
Empreendedorismo
Conceito de organizações
Em poucas palavras
3. Pe soa sã ba
Introdução
Autocon ança
Saindo da inércia
Objetivos
Planejamento individual
Organização
E ciência e e cácia
Marketing pessoal
Automotivação
Informação
Criatividade
Gestão de tempo
Hugo Chavez – marketing pro ssional
4. E es , m c e ida
Introdução
Cultura corporativa
Valores fundamentais
Delegação
Liderança
Motivação
Competição X Cooperação
Relacionamentos
5. C icaçã h
Introdução
Conduta na comunicação
Segurança na comunicação
Formas de comunicação
Trabalho em equipe
Breve história da IBM x Microsoft
6. D i sã e uçã
Introdução
Missão
Valores
Estratégia
Estratégia em ação
Projetos & processos
Métricas & metas
Tomada de decisão
Matemática nas empresas
Breve história da Coca-Cola x Pepsi-Cola
8. T m nd c nt
Introdução
Tipos de controle
Controle nanceiro
Capital de giro
Teoria x prática
9. O f rod r
Introdução
Logística
Compras
Negociação
Marketing
Vendas
Breve história da Wal-Mart x Kmart x Target x Sears
10. O p i rod
Introdução
Recursos humanos
Tecnologia da informação
Breve história da Ford x GM x Toyota
1. Lig nd o p nto
Conhecimento
Modismos
Consultoria
12. C n i raç e nc n i
Introdução
As dimensões de uma empresa
Felicidade
Felicidade no trabalho
Epílogo
Re n ia
Introdução
Bibliogra a
Webgra a – sites e blogs
Webgra a – artigos de mídias e e-books
Administrar uma empresa na era das redes sociais e da competição
globalizada é um exercício pro ssional e um papel social progressivamente
desa adores. O número de variáveis internas e externas que um gestor deve
lidar no cotidiano da empresa vem crescendo de forma acelerada. Nos diversos
setores da economia o padrão de competitividade das empresas tem se elevado
de maneira signi cativa, tornando a criação e manutenção da diferenciação
estratégica (singularidade) uma luta constante.
Nesse cenário, o sucesso empresarial é uma conquista essencialmente
coletiva, uma realização dos colaboradores da organização em conjunto – e não
apenas de empreendedores notáveis. Assim, as empresas precisam de
administradores capazes de fazer as pessoas atingirem juntas objetivos que não
conseguiriam alcançar sozinhas. Para cumprir tal missão, o administrador tem
de exercer múltiplos papéis, como comunicar claramente os objetivos
estratégicos da empresa; engajar as pessoas na execução das iniciativas
correspondentes; garantir que todos entendam suas responsabilidades e
funções; coordenar as atividades dos processos sob sua gestão; motivar as
pessoas; tomar decisões no tempo certo e e cazes; dentre outros. Por isso,
formar bons administradores é uma jornada intensa, complexa e fundamental
para assegurar o êxito empresarial, o crescimento econômico e o avanço social
do país.
A obra Negócios S/A possui uma rara e preciosa combinação de orientações
e temas que, ao meu ver, são críticos para desenvolver a capacidade de liderança
exigida de administradores em toda e qualquer organização. Este é o livro que
eu, como professor do MBA da Universidade de São Paulo desde 1999, sentia
falta de poder indicar aos meus alunos. Os autores conseguiram selecionar os
temas da Administração que considero chave para uma gestão e caz, e os
trataram de maneira cirúrgica, focalizando aspectos que as pessoas levariam
anos para aprender. Agora, ao invés de sugerir uma lista de mais de uma
centena de livros, vou poder recomendar apenas este livro para meus alunos e
clientes.
Tive a oportunidade de conhecer e conviver com Paulo e Marcio
Buchsbaum durante a condução de um processo de planejamento estratégico
em uma grande rede de varejo. Ambos eram consultores da empresa
especialistas em varejo, e colaboraram no projeto de forma marcante e muito
valiosa. Até hoje guardo aprendizados únicos que me proporcionaram, graças
aos talentos que curiosamente compartilham: visão estratégica integrada e
diferenciada; habilidade de identi car e discernir os temas estratégicos do
negócio, realizando diagnósticos apurados e precisos; e uma capacidade
singular de construir árvores de hipóteses para orientar o processo decisório da
estratégia. Paulo e Marcio conseguiram imprimir no livro suas mentes
questionadoras e argutas, com uma visão sistêmica dos negócios temperada
com a objetividade proporcionada pela formação na área de Exatas.
O livro em si é bastante provocativo, mas sem ser insolente. Usa uma
linguagem descontraída, sem ser leviano. É leve, mas bastante relevante.
Funciona como uma visão complementar, prática e crítica daquela trazida por
um MBA de Administração.
Se por um lado o livro é bastante aberto e abrangente, por outro não se
furta de emitir opiniões polêmicas, com as quais nem sempre os leitores
concordarão. Mas, no mínimo, trará uma re exão fundamental para formar a
consciência e atitude típicas de um verdadeiro líder, que, no fundo, é o grande
objetivo de Negócios S/A.
Aguardo a criação e o lançamento deste livro desde a primeira reunião em
que tive a oportunidade de conhecer os autores e suas ideias tão distintas. Eu
dizia que eles tinham a obrigação de compartilhar com o mundo seus
aprendizados e visões sobre temas tão essenciais para a administração moderna.
Agora, em Negócios S/A, a Cengage Learning materializa esse conhecimento,
que eu recomendo efusivamente.
Fernando Luzio
Professor do MBA USP e Sócio-Fundador da Luzio Consultoria
Autor de Fazendo a estratégia acontecer (Cengage Learning, 2010) e articulista
da Harvard Business Review
“N e i , nã h m i nç n e i
rá ic . Ma , n rá ic , h .”
J V D S ps u , n ist d c utaçã
h l n ê (1953-1 94) Q mo mos r vo , it ,
p es r po f i nç n u id
i t nto í lo na ra ra da r ia s
m . An e isc e it d r , v mo
c nt s p n r m r do ro egó io .
T po ro egó io
Existem milhares de livros ligados ao tema desta obra. Resumidamente, esses
livros se dividem em dois grandes grupos: Livros teóricos, geralmente voltados
para estudantes de graduação ou pós-graduação. Nesses livros, apresenta-se o
estado atual do conhecimento estabelecido, que foi e continua em
desenvolvimento ao longo dos anos, como em qualquer ciência.
• Livros práticos, voltados para executivos, gerentes e empreendedores.
Eles propõem-se a fazer uma ponte mais acessível entre as teorias e o
que, de fato, acontece nas empresas.
Quando um estudante conclui um curso superior e começa a trabalhar em
uma empresa, ele percebe que a prática é outra história, em geral não mostrada
em sala de aula e nem sempre retratada de forma realista nos livros teóricos.
Claro que, no contexto acadêmico, esses livros cumprem seu papel, o de
apresentar a forma pela qual os conceitos da administração evoluíram e se
consolidaram com o tempo. Porém, para uma pessoa autodidata que quer se
atualizar, eles têm suas limitações. Falta, em muitos textos, uma visão mais
ampla e multidisciplinar, além da recorrente xação ao que é estabelecido e
formalizado, perdendo-se muito de sua aplicabilidade imediata ao mundo real.
Nos livros teóricos, voltados para o ensino, é comum os autores sentirem-se
um tanto forçados a tratar de muitas abordagens, ainda que eles mesmos não se
identi quem com elas, pela sua importância histórica perante a temática do
livro e também para ser completo e cumprir ementas disciplinares. O livro
precisa ser democrático com as diferentes teorias con itantes, e não é habitual
que um livro didático tome a liberdade de emitir opiniões rmes.
Um livro de recursos humanos precisa abordar a questionável hierarquia de
necessidades de Maslow; um livro de administração de produção precisa
detalhar as já antigas teses de Taylor, e por aí vai.
Esse enfoque, para aqueles que buscam aplicações práticas e dispõem de
pouco tempo, frequentemente faz com que muitos livros teóricos pareçam
abstratos, prolixos e repletos de trechos dispensáveis, sob o ponto de vista da
aplicabilidade.
Quase todo o resto da literatura de negócios é formado pelos livros
práticos, como Negócios S/A, que se propõem a apresentar uma abordagem mais
informal e livre acerca do tema. Nesse terreno existe um grande lão de
qualidade muito desigual, no qual o leitor pode se inserir, desde que consiga
peneirar o que realmente vale a pena.
O r Negó io S/A?
A nal, como Negócios S/A se enquadra nesse contexto todo?
É um livro prático, mas de temática abrangente, falando de todos os
aspectos ligados à administração, incluindo marketing, governança corporativa,
ética, RH, tecnologia, nanças, dentre muitos outros temas. A intenção desta
obra é representar mais do que apenas pinceladas super ciais.
Os capítulos são praticamente independentes um do outro, permitindo que a
leitura do livro seja feita por partes e em qualquer ordem.
O livro exibe frescor na forma e estilo como lida com os diferentes
assuntos, ou seja, o conteúdo não se parece com um resumo de um MBA e
também não é mais uma repetição com outra embalagem de tudo que já foi
tantas vezes dito.
A linguagem utilizada é leve e acessível, sem rebuscamentos desnecessários.
Não queremos provar que sabemos, queremos apenas transmitir ideias. Usando
as palavras de Paul Krugman, prêmio Nobel em Economia, em seu livro A crise
de 2008 e a economia da depressão: “Não espere um livro solene, pomposo: os
objetivos são tão sérios quanto possível, mas a redação será tão tola quanto o
tema exige”.
O texto desta obra é bastante rico em exemplos, apresenta diversos casos,
além de entremear o texto com muitos exemplos para enriquecer os conceitos.
Contamos, para isto, com a nossa experiência prática em diversas empresas e
consultamos uma ampla bibliogra a especializada, além de explorar o rico lão
da internet.
O livro apresenta uma forte ênfase nas pessoas, porque são a matéria de
que as empresas são feitas. Assim, são feitas muitas referências a aspectos da
psicologia social, biologia evolucionista, tomada de decisões e pensamento
crítico. Inclusive, fugindo do óbvio, o livro também trata de pessoas,
relacionamentos e o processo de comunicação.
Os autores adotam uma postura crítica em relação a modismos, verdades
absolutas, terminologias vazias, clichês, chegando até a contestar, com o devido
embasamento, alguns indicadores nanceiros considerados sagrados.
Apesar da valorização do chamado pensamento crítico, a ideia não é
demolir por demolir sem ter algo concreto para pôr no lugar. Os clichês não
são todos errados e há muitas meias-verdades. Esta obra busca, sempre, oferecer
propostas, ou seja, mostrar alternativas, opções, en m, enriquecer o repertório
do leitor.
Os autores destacam a importância, muitas vezes renegada, da matemática.
O fato de ser considerada um “bicho-papão” não tira da matemática seu papel
fundamental na gestão de negócios, fato esse já reconhecido em países mais
desenvolvidos. A conscientização dessa importância pelo leitor tem muito mais
valor do que mergulhar de fato na matemática.
Mesmo não entrando na esfera teórica, o livro não deixa, eventualmente,
de se aprofundar em alguns temas mais técnicos, se eles se zerem necessários,
para que o leitor possa ter uma visão mais aprofundada de uma questão. Mas
sempre de uma forma claramente compreensível para o leitor e, de preferência,
dentro de um quadro separado do texto principal.
O Negó io S/A nã ?
Negócios S/A não contém o segredo do sucesso. Infelizmente, o sucesso não
tem segredos. É impossível resumir algo tão complexo em cinco ou dez lições
ou princípios. As ditas verdades eternas muitas vezes são questionáveis e
raramente são eternas.
As fórmulas enunciadas, sem provas sólidas, viram certezas, e depois
dogmas. Quando alguém adota dogmas sem criticá-los, é quase certo que se
decepcionará posteriormente. Em vez de questionar partes das a rmações,
adaptá-las, aperfeiçoá-las, o leitor se refugia na zona de conforto, na qual essas
teses são respaldadas por autoridades pretensamente reconhecidas.
Livros de autoajuda empresarial costumam estar entre os mais vendidos,
justamente por apontar fórmulas simples que resultam em caminhos bem
de nidos em direção ao sucesso, bastando seguir com disciplina os preceitos
defendidos. Porém, a vida não é tão simples. Seria bom se tudo fosse fácil. Pelo
volume de vendas desse tipo de livro, se eles fossem efetivos, o sucesso já
deveria estar democratizado. Na prática, sem grandes esforços e dedicação, não
se conseguem avanços signi cativos.
No entanto, esse tipo de livro cumpre seu papel, dependendo do leitor,
para induzir atitudes mais produtivas, uma maior determinação e uma re exão
sobre valores.
Negócios S/A não defende X porque a empresa Y o adotou. O livro até
cita pessoas e empresas, mas com o intuito de ilustrar. O leitor precisa se
conscientizar de que as ideias devem valer pelo que elas contêm e pelos fatos
que as fundamentam, e não apenas pelo prestígio dos seus supostos apoiadores
ou pretensas pesquisas cuja veracidade ou critérios não podem ser veri cados
pelo leitor.
Negócios S/A não pode ser resumido sem perder a alma. É um livro
denso, que não adota a loso a de reiterar diversas vezes o mesmo conceito, o
que, como leitores, consideramos muito incômodo. Se o livro apresentasse seu
texto aplicando essa loso a, certamente teria pelo menos o triplo do tamanho.
Negócios S/A não se comunica por fábulas. Apesar de serem (se bem
escritas) uma forma divertida, elas desorganizam a exposição e a tornam mais
super cial. Isso porque é difícil desenvolver um tema se o formato de uma
história prende o estilo do texto.
I i bá ic d r
Existem muitos estudos sérios sobre quase todos os assuntos referentes à
administração, que poderiam servir como uma base efetiva ou, pelo menos,
uma fonte de inspiração para as principais práticas administrativas, mas estes
estudos estão dispersos, sendo difícil reuni-los. Para piorar, o interessado
precisa conseguir distinguir o que vale a pena em meio a uma montanha de
sensacionalismos, inconsequências ou meras irrelevâncias.
A nosso ver, faltam livros de administração que consigam oferecer uma
visão geral e multidisciplinar sobre negócios, unindo a teoria à prática com
coesão, sem fórmulas milagrosas, temperando com bom senso, pesquisando e
interpretando muitos dos melhores trabalhos e estudos já publicados, porém
sempre com uma visão forte sobre as pessoas.
Esse é o nosso (ambicioso) objetivo. Queremos abordar o que pode ser
feito como pessoa ou empresa no mundo dos negócios sem perder de vista que
não devemos abrir mão de nossa vida individual e nossa busca da felicidade.
Por outro lado, não queremos “dourar a pílula” nem fazer promessas
mirabolantes ou enunciar verdades absolutas.
Para isso, usando nossa formação acadêmica e larga experiência consultiva e
executiva, não medimos esforços para fazer com que este livro funcione como
um verdadeiro ponto de partida para os diversos ramos da administração, sem
necessidade de pré-requisito por parte do leitor.
F n e usada p r Negó io
S/A
A internet ajudou muito a tornar este livro possível. Qualquer fato, narrativa
ou opinião impresso em livro ou revista puderam ser pesquisados na internet e
confrontados a visões distintas. Percebemos, para nossa surpresa, que diversos
relatos impressos simplesmente não estão o cialmente registrados. Até um
acidente de helicóptero, relatado em um livro, não deixou rastro ao
confrontarmos tal notícia a um arquivo da aeronáutica norte-americano – o
qual contém uma relação completa de acidentes aéreos.
O Amazon.com e outros sites permitiram que zéssemos intensas pesquisas
bibliográ cas para descobrir os melhores livros em cada temática, como jamais
poderia ter sido feito no passado. Muitos deles não estão sequer traduzidos
ainda para o português.
Artigos cientí cos de todos os matizes são agora acessíveis, muitos deles
com acesso gratuito, o que nos possibilitou o aprofundamento em alguns dos
temas mais polêmicos.
Desde o nal de 2006, temos sempre andado com antenas: conversamos
com muitas pessoas, vasculhamos livrarias, en m, observamos o mundo em
busca de novos elementos ou fontes para esta obra. Muitos amigos ou
conhecidos nem sabem que algo que falaram ou ponderaram serviram de
inspiração ou mote para pesquisas acerca de algum conteúdo do livro.
Aproveitamos o ensejo e agradecemos a todos eles.
Todas as referências utilizadas estão no nal do livro e servem como um
roteiro de sugestões de leituras adicionais para o leitor. Comentamos o
conteúdo de cada um dos livros e recomendamos sua leitura, em duas escalas: *
para leitura recomendada ou ** para leitura muito recomendada.
C n úd d r
Após a Introdução (nos capítulos 1 e 2), discorremos sobre empreendedorismo,
business plan (planos de negócios), franquias e outros temas, prosseguimos
examinando pessoas (Capítulo 3), suas atitudes e comportamentos no que se
refere ao ambiente corporativo (autocon ança, inércia, objetivos,
planejamento, organização, e ciência versus e cácia, automotivação,
informação, criatividade e gestão de tempo).
Depois abordamos as empresas (Capítulo 4), analisando diversos aspectos
que as permeiam. Isso inclui cultura corporativa, valores fundamentais (ética,
justiça, verdade, liberdade de expressão e meritocracia), motivação, delegação,
liderança, cooperação versus competição e relacionamentos, destacando o fato
de que uma empresa representa, antes de tudo, um conjunto de pessoas.
O item mais básico a interligar um grupo de pessoas é a comunicação, que
é o próximo tema tratado (capítulos 5 e 6). Essa parte inclui uma discussão
oportuna sobre as diferentes formas de comunicação (pessoal, telefone, escrita,
e-mail, reunião e apresentação de ideias).
A seguir, o livro mergulha nos extensos mares da administração. No
capítulo 6 abordamos estratégia, projetos e processos, tomada de decisão,
matemática nas empresas e correlatos. No capítulo seguinte discorremos sobre
a empresa como um todo, suas estruturas e aspectos de governança corporativa
e sustentabilidade. No Capítulo 8 apresentamos uma visão geral de controle,
contabilidade e administração nanceira. O nono capítulo entra no coração da
empresa (compras, marketing, logística e vendas), que deve ser apoiado por
tecnologia e recursos humanos, o tema do Capítulo 10.
Preparamos o nal do livro no Capítulo 11, ao mostrar o cimento, com ou
sem areia, que liga as diferentes áreas (conhecimento, modismos e
consultorias). Finalmente, o Capítulo 12 fecha a obra com conclusões e uma
prosa sobre Felicidade, que não deveria ser esquecida nem em um livro de
negócios.
Entremeando os capítulos, inserimos quatro breves histórias comparativas,
ricas de ensinamentos (Wal-Mart versus Kmart versus Target versus Sears, Coca-
Cola versus Pepsi-Cola, IBM versus Microsoft, e Ford versus General Motors
versus Toyota), além de diversos cases.
Todos os tópicos são divididos em pequenos trechos com um título, que
indica a natureza do conteúdo, assemelhando-se à técnica usada na postagem
de um blog. Isso cria uma sensação de pausa para o leitor, maior que um
parágrafo, permitindo uma rápida visualização do conteúdo do tópico, além de
melhorar o encadeamento de ideias.
P r r ?
O livro é para você, leitor, quer seja estudante, funcionário, empresário,
candidato a empreendedor, administrador público etc. Basta você ser alguém
que deseja estar ou já esteja ligado a alguma empresa ou instituição. Ou então,
basta você ser uma pessoa interessada neste tema, tão ligado à nossa vida
moderna.
B r it .
O mundo corporativo é como uma selva. Misterioso, ameaçador,
fascinante, no qual se trava a luta pela sobrevivência, com muitas regras nem
sempre escritas e, às vezes, nenhuma regra.
O conjunto de fatores humanos, a empresa, o ambiente de mercado, a
concorrência, os clientes; en m, tudo interage de forma a decidir se uma pessoa
ou empresa prosperará ou não. Ninguém tem o controle completo sobre todos
esses fatores. Por isso, não existe fórmula de nitiva para o sucesso, e sim
caminhos que o tornam mais provável.
Mary Parker Follet, acadêmica de administração do começo do século XX,
de niu administração como “a arte de fazer com que as coisas sejam feitas pelas
pessoas”, ou seja, tudo que acontece nas empresas nasce nas pessoas, em suas
formações e suas atitudes. São pessoas lidando com pessoas.
A is raçã nã m
n i xat
A administração não é, de modo nenhum, uma ciência exata. Portanto, não há
axiomas, princípios universais e deduções lógicas, como na matemática ou na
física. Administração é uma ciência humana que estuda como criar e gerir
empresas ou instituições e, por extensão, qualquer coisa que precise de algum
tipo de organização e planejamento. Um pintor pode usar técnicas de
administração, por exemplo, para apoiar a gestão de sua atividade, qualquer
que seja.
A administração bebe de várias fontes: Psicologia, por causa das pessoas;
Economia, porque envolve a produção e consumo de recursos em um
ambiente econômico; Sociologia, porque as empresas estão ligada à sociedade e
suas instituições; História, porque a história das empresas se mescla à história
da Humanidade; Matemática, pelas suas inúmeras aplicações; e até Filoso a,
por suas questões éticas e existenciais.
O mundo acadêmico, às vezes, induz a um enfoque racional, pelo qual os
estudantes, munidos de um paralelepípedo de conhecimentos, conseguiriam
aplicá-lo nas empresas como se fosse a implementação de uma técnica
metalúrgica para a fabricação de aço.
No entanto, a administração chega a ser mais inexata que a medicina. A
medicina, ainda que cada indivíduo seja único, se bene cia muito de técnicas
coletivas, porque as diferenças siológicas entre duas pessoas não são tão
marcantes. Mesmo assim, havendo outra possibilidade, não é desejável que o
médico diagnostique sem contato pessoal. O exame individualizado, aliado a
exames laboratoriais, permite detectar nuanças que não poderiam ser
identi cadas à distância.
O problema da administração é que cada empresa se constitui uma
“espécie” independente. Aí reside o problema. Aplicar o mesmo remédio
receitado para um chimpanzé em uma pessoa que tenha uma doença similar é
arriscado, embora, por vezes, funcione com uma forma diferente de ministrar
ou alguma adaptação. Tanto o chimpanzé quanto o homem têm um fígado.
Assim, há atributos comuns, mas há também diferenças.
Sob esse prisma, pode-se implantar bons programas acadêmicos, livres da
prescrição de práticas genéricas e universais e muito mais focados em estimular
o aluno para que ele desenvolva um raciocínio empresarial baseado em uma
estrutura de ideias e práticas, estimulando-o a pensar e atuar de forma
personalizada a cada situação de sua vida pro ssional.
E es : ho e ida
A primeira impressão de uma pessoa que nunca trabalhou, acabou de sair da
faculdade e conquistou seu primeiro emprego é a de que ela está em outro
planeta. Pensa: “Não foi isso o que eu vi na faculdade, não é para isso que fui
preparado”. Ledo engano. As empresas estão na Terra, as faculdades é que, em
muitos casos, estão em outro planeta. Tantas matérias que estudamos na
faculdade parecem ensinar tudo o que acontece nas empresas... de Plutão.
Quando somos crianças, a nossa única preocupação é o presente imediato:
a fome, a diversão, a supressão da dor etc. Nessa fase somos dependentes, e não
temos nenhum plano para o futuro sobre como isso mudará. À medida que
crescemos, essa preocupação surge paulatinamente, ao longo da adolescência,
até o ponto em que passamos a ser provedores de nós mesmos.
Desde o ensino básico e fundamental, aprendemos sobre a viagem de
Cabral, os a uentes do Rio Amazonas, a função das mitocôndrias dentro das
células e as funções trigonométricas, tudo dentro de um ambiente autoritário e
individualista. Mesmo nas melhores escolas, não há um foco considerável nas
relações humanas, em ensinar a aprender e motivar o interesse, no pensamento
criativo, no debate, no improviso, no trabalho em equipe etc. Esses elementos
todos voltam à tona quando começamos nossa vida pro ssional, na qual, de
repente, tudo isso passa a ser relevante.
A entrada em uma empresa é, muitas vezes, a transição entre a adolescência
e a vida adulta, e nessa transição estamos submetidos a dois choques
simultâneos: aquele proveniente da declaração da nossa independência, e o
proveniente da mudança completa de ambiente, e neste competimos por um
lugar ao sol com outros adultos, conscientemente ou não.
Para aqueles que viveram poucas preocupações no passado, essas transições
são ainda mais difíceis. Além da dor da transição, sofremos o estresse da
adaptação forçada a um conjunto de regras completamente diferentes.
Chegamos ávidos a aplicar nossos recém-adquiridos conhecimentos, e nos
frustramos porque não encontramos nosso espaço. Onde aprendemos a lidar
com as pessoas e com o que realmente importa na vida pro ssional?
Observação
Usaremos sempre o termo empresa em vez de organização
porque é mais coloquial, mas o texto refere-se às organizações
como um todo, englobando não apenas empresas com fins
lucrativos, mas toda e qualquer instituição com um determinado
objetivo e que precisa se organizar para alcançá-lo. Doravante,
vamos considerar também que o objetivo primordial de uma
empresa é o lucro, mas quando se tratar de uma organização
sem fins lucrativos, que presta um determinado tipo de serviço à
comunidade, o lucro a que nos referimos consiste na
maximização da qualidade e da oferta desse serviço.
Os dados de faturamento anuais das empresas internacionais
nem sempre coincidem com o ano-calendário, embora sempre
se refiram a um período de 12 meses.
Um mundo de oportunidades
À primeira vista, parece que toda necessidade do mercado já está sendo
atendida e, assim, não deve haver muitos espaços para atuar.
Nada mais falso. “Nunca antes na história” o mundo mudou tão
rapidamente como agora. A rápida expansão e popularização da internet e da
comunicação móvel aceleraram ainda mais esse processo.
No rastro dessa aceleração, muitas coisas cam para trás (long plays, aulas
de datilogra a, pagers etc.), outras tomam conta (já existem no mundo cerca de
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BIRD’S EYE MAPLE PLANKS, lying in the West India Docks, for sale in any
quantity: also a Case of very superior Satin-wood Veneers. Apply, prepaid, W.,
340, Strand, London.
THE PATENT FIRE PUMP AND ANTI-FRICTION PUMP.—They are both simple
and cheap, and not so likely to get out of repair as the common Pump. The Fire
Pump combines, without any alteration, the common domestic Pump, the Lifting
Pump, and the Force Pump. The Fire Pump is adopted by her Majesty’s Board
of Works, and one is fixed in the House of Commons. Patent Water-closets,
Portable ditto, Self-acting ditto, &c. &c.
Freeman Roe, Plumber, Engineer, &c., 70, Strand, opposite the Adelphi
Theatre.
Pens on Cards.
The Following Sorts of the Perryian Pens, manufactured by James Perry &
Co., are Sold on Cards as Usual.
s. d.
RAVEN BLACK PENS, with Fine or Medium Points per Card 1 0
NATIONAL PENS, Nos. 1, 2, 3, & 4, with Fine or Medium Points ditto 1 0
OFFICE PENS ditto 1 0
FINE OFFICE PENS ditto 1 0
NATIONAL PENS, Nos. 7 and 8, with Fine or Medium Points ditto 1 6
DOUBLE PATENT PENS, with Fine, Medium, Broad, or Extra ditto 2 0
Fine Points
UNDER SPRING PENS ditto ditto 2 0
FLAT SPRING PENS ditto ditto 2 0
SIDE SPRING PENS ditto ditto 2 0
THREE-POINTED PENS ditto 2 0
ELASTIC FOUNTAIN PENS, with Fine, Medium, Broad, or ditto 2 6
Extra Fine Points
INDIA-RUBBER SPRING PENS, ditto ditto 2 6
REGULATING SPRING PENS ditto ditto 2 6
ELASTIC HOLDER, with appropriate Pens ditto ditto 2 6
FOUNTAIN PENS ditto ditto 3 0
SCHOOL PENS, for Large, Round, or Small Hand, per Packet 2 0
N.B.—Each Card and Packet contains NINE PENS, with suitable Holder.
DRAWING and MAPPING PENS, per Card of Six Pens, with Holder 3 6
LITHOGRAPHIC PENS ditto 3 6
TESTIMONIALS.
It possesses the advantage, from being air-tight, of preserving Ink for almost
any period of time.—Times.
One of the most useful inventions of the present day that has come under our
observation.—Morning Herald.
It is really most ingenious, and not in the slightest degree liable to get out of
order.—John Bull.
Very ingeniously constructed to keep the surface of the Ink at a uniform level,
where it is presented to the dip of the Pen.—Morning Post.
We have tested the PERRYIAN INKSTAND, and have every reason to be
perfectly satisfied with the trial.—Atlas.
☞ Sold by all Stationers and Dealers in Metallic Pens, and at the Manufactory,
37, Red Lion Square, London.
“THE BUILDER.”
THE BUILDER.—This Journal will be exclusively devoted to the
interests of Builders, by which term must be understood all that
numerous and wealthy portion of persons connected directly or
indirectly with Building. It will partake of the character of a Trade
Journal or Magazine, and also fulfil the objects of a Weekly
Newspaper, by giving a faithful and impartial abstract of the News of
the Week. The Conductors will not discuss the question of general
Politics, nor will they enter upon Political disquisition at all, unless
any measure should be proposed affecting the class whose interests
they will always support and defend. Upon such occasions, and
upon such occasions only, will their paper be political. It will be of no
party, unless, indeed, the advocating the true interests of all classes
connected with the Building Business, from the Labourer to the
Architect, can be so considered. A portion of
“THE BUILDER”
will be occupied by Essays on the Building and Furnishing Arts in all
their various and numerous branches. It will contain the designs of
Ancient Buildings and Works, and of those of our own day—not
mere pictures or views from which nothing is to be learnt, but plans,
sections, &c., which, while they will be rendered perfectly intelligible
to workmen of ordinary information, it is hoped will not be below the
notice of the Architect and the Amateur.
When we consider how numerous and important is the class to
whose interests this Journal is dedicated; a class of British Artisans
numbering at least half a million; a class whose trade-education
distinguishes them in intellect, knowledge, and wealth, it can only
form matter of surprise, that while the Clerical, Medical, Legal,
Military, and Naval, the Artists and Literati, and other classes have
their public organs of opinion and information; while the Gardeners
and Agriculturists, Railway and Commercial and Banking Companies
have each their mouth-piece and record; the religious sects, and all
Politicians their special advocates that this most numerous, most
intelligent, and most wealthy, should have so long remained without
this bond of the Press; to instruct and inform, to disseminate
knowledge as to discoveries and inventions, to advertise wants, and
form for it a general nucleus of strength, light, and union.
Amongst the Tradesmen, Manufacturers, &c. who are particularly
interested in
“THE BUILDER,”
both as a medium for obtaining information, and for Advertising their
own productions and requirements, we may enumerate the following:
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