Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE TÉCNICA DO ATLÂNTICO

INSTITUTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS DO MAR


Disciplina de Análise de Circuitos

2.1 Combinações de Resistências em Série e em Paralelo


Como foi visto em aulas anteriores uma combinações de N resistências em série pode ser expressa
por uma resistêcia equivalente igual a

Figura 2.1

Enquanto que um conjunto de resistências em paralelo é determinada por

Figura 2.2

Examinaremos agora alguns casos da combinação desses dois casos.

Exemplo 2.1

Para determinar a o valor da resistência equivalente, entre os terminais A-B do circuito da Fig. 2.3,
dever-se-á proceder da direita para a esquerda, na seguinte sequência de cálculos:

Resistências em série – Resistências em Paralelas - Resistências em série.

Figura 2.3
Como se observa entre os pontos E-F existe uma resistência de 12 Ω em paralelo com três resistências
12𝑋6
em série (1 + 2 + 3 = 6 Ω), dos quias resulta REF= 12+6 = 4 Ω. Prosseguindo nos cálculos teremos
3𝑋6
RCD= 3+6 = 2 Ω e finalmente RAB= 5 + 2 + 7 = 14 Ω. Todos os passos aqui referidos estão ilustrados
na Fig. 2.4.

Figura 2.4

Exemplo 2.2

Para completar o estudo calcula a resistência equivalente entre os terminais das Fig. 2.5 e Fig. 2.6 e
as correntes indicadas na Fig. 2.7.

Solução da Fig. 2.5: RAB= 5 kΩ.

Figura 2.5

Solução da Fig. 2.6: R = 4,5 kΩ.

Figura 2.6

Solução da Fig. 2.7:

Figura 2.7
Ainda no circuito da Fig. 2.7, obtenha o novo valor da tensão Vo para I3= 6 A. Solução: Vo = 92 V.

2.2 Transformações Y (Estrela) ↔ ∆ (Triângulo)


Muitos vezes, em alguns circuitos elétricos, as ligações entre os elementos que os compõem
não são nem séries e nem paralelos, podendo ser conexões em estrela ou em triângulo. O
circuito da Fig. 2.8 ilustra um caso com duas ligações em triângulo. A transformação de
conexões em triângulo para conexões em estrela ou vice-versa contribui para o surgimento
de ligações novas (paralelas ou série) de mais fácil resolução.

Figura 2.8
A equivalência entre as resistências em estrela e as em triângulo é obtida da igualdade entre
as resistências entre dois terminais, sendo posteriormente resolvidas em ordem a Ra, Rb e Rc
ou R1, R2 e R3.

Figura 2.9
Para as transformações faz-se o cálculo das resistências equivalentes entre os terminais a-b,
b-c e c-a nos dois circuitos da Fig. 2.9. Para demonstrar temos a igualdade entre as resistências
em estrela e as resistências em triângulo
Resolvendo em ordem as novas resistências equivalentes em estrela teremos

Ou em ordem as novas resistências em triângulo

Para um sistema equilibrado, onde se verifica igualdade entre as resistências, ou seja


, as equações acima ficam resumidas a

Assim, para calcular as correntes da Fig. 2.9 basta transformar o triângulo superior, entre os
terminais a, b e c, em um circuito equivalente estrela. A seguir, na Fig. 2.10, é representado
um novo circuito equivalente da Fig. 2.9, onde Ra = 3 kΩ, Rb = 2 kΩ e Rc = 6 kΩ. Nesse novo
circuito fica claro a existência de ligações série e paralelas derivadas da transformação ∆↔Y.
Continuando a resolver o circuito teremos no losângulo uma resistência de (2+4)//(6+6) = 4
kΩ e em todo o circuito Rtotal = 3+4+5 = 12 kΩ. Logo as correntes I1 e Io, pelas leis de ohm e de
divisor da corrente, terão os valores de 3 e 2 amperes respetivamente.

Figura 2.10
Exemplo 2.2
Para treinar, calcule a tensão Vo do circuito da Fig. 2.11.
Solução da Fig. 2.11: Vo = 48 V.
Figura 2.11

2.3 Teste de Conhecimentos


Use as leis de ohm e Kirchhoffs de tensão e de corrente para encontrar as respostas dos
problemas abaixo propostos.

Você também pode gostar