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Leis Newton
Leis Newton
- Oscilações, M.H.S.
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Os sistemas de referência onde é válida a 1ª Lei de Newton designam-se referenciais de
inércia. Nestes referenciais, os movimentos acelerados têm causas diretas identificáveis
(forças reais).
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O planeta Terra é um sistema de
referência não-inercial.
Será este facto problemático para se
fazer medidas e observar a validade
da 1ª lei de Newton?
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Diferença entre massa e peso de um corpo:
A massa é uma propriedade intrínseca do corpo
Peso é a intensidade da força com que a Terra o atrai
Para um corpo em queda livre: =
= =
Assim, é a aceleração da gravidade e, perto da superfície da Terra, corresponde a
9,8 m/s .
Massa inercial e massa gravítica têm o mesmo valor e são a mesma identidade pelo que
unicamente se fala de massa.
Se mais do que uma força atuar sobre o corpo, as forças somam-se (soma de vetores)
Princípio da Sobreposição
A Terra interage com corpos próximos atraindo-os através de uma força conhecida por força da
gravidade, também designada o peso desse corpo.
A força da gravidade existe mesmo que a Terra e o corpo não estejam em contacto. A Terra
exerceria a força da gravidade mesmo que houvesse vácuo à superfície da Terra, em vez do ar
atmosférico.
A região do espaço (vazio ou não) onde existem forças é designado por campo de forças. A
Terra cria um campo gravitacional de forças à sua volta. Todos os corpos (com massa) que
entram no seu campo, sentem a ação da força gravitacional. 10
Um pouco sobre força gravítica
A Terra não é o único corpo a criar a força da gravidade. Todos os corpos com massa criam
uma força de atração sobre qualquer outro corpo com massa. O nosso corpo também
exerce uma força de atração da Terra para nós. A força de atração atua nos dois sentidos.
Seja o campo gravitacional criado pela massa M. A força que a massa exerce sobre
um corpo de massa presente nesse campo gravitacional é:
/ =
Se o peso de um corpo equivale à força com que a Terra o atrai, então o peso do corpo de
massa , , é dado por:
= / =
A unidade de campo gravitacional é / . O campo gravitacional da Terra é
= 9,8 N/kg = 9,8 m/s2
=
Lei da Gravitação
/ “Universal”
é uma constante “universal”, independente de e e designa-se contante gravitacional,
sendo:
= 6,67 × 10#$$ N m /kg 11
Um pouco sobre força gravítica
E, esta representação já
é a 3ª lei de Newton
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Um pouco sobre força gravítica
Sendo / = a força que a Terra exerce sobre uma massa , se a massa da Terra for ,
da lei da gravitação universal / = . Logo
()
= 6,38 × 10+ m
= 9,8 N/kg
= 6,67 × 10#$$ N m2/kg2
= 5,98 × 10 /
kg
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Um pouco sobre força gravítica
100
0 = = 6,67 × 10#$$ = 6,67 × 10#1 N/kg
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0 ≪ (9 ordens de grandeza)
A influência do nosso campo gravitacional sobre os objetos à nossa volta é desprezável em
comparação com o campo gravítico terrestre.
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Porque razão conseguimos mover? Porque conseguimos criar uma força exterior que
provoca alteração de movimento. Essa força, normalmente, é o atrito. O atrito é uma
força de contato entre dois corpos.
Se estivermos a andar sobre cimento, ou sobre uma calçada típica portuguesa, e
decidirmos começar a correr (a acelerar, portanto), isso parece contradizer a 2ª lei de
Newton segundo a qual são as forças externas ao corpo que produzem essa aceleração ao
interagirem com o corpo. Parece-nos que a força é interna, dos nossos músculos, e não
externa. Mas não é bem assim... Pois movemo-nos devido ao atrito!
Se fizermos o mesmo esforço muscular mas, em vez do chão empedrado, estivermos a
correr numa praia de areia fina e seca, o mesmo esforço não vai resultar na mesma
aceleração.
Mover as pernas não é suficiente para causar aceleração. É preciso ter em conta o
espaço/superfície. Este facto está relacionado com a 3ª lei de Newton...
Os pés de um corredor não o aceleram. Os pés exercem força sobre o solo e é a força de
reação do solo nos pés do corredor que o aceleram.
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Exercício 1: Dois patinadores, o pai com 90 kg e a filha com 40 kg, estão de pé no gelo
(corresponde a considerar ausência de atrito entre os corpos em contato), frente a frente, e
com as mãos em contacto, cada um exercendo uma força de 20 N no outro. Determine as suas
acelerações durante o tempo em que estão em contacto.
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Forças Elásticas
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Forças Elásticas
As massas usadas e as posições correspondentes são registadas numa tabela.
Cada deslocamento é obtido pela diferença entre as posições de equilíbrio da
mola com massa e sem massa.
% = −= ∆>
A constante de proporcionalidade é a constante elástica da mola ( ), que
depende do material e da forma da mola. A unidade de no SI é N/m.
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Forças Elásticas
A força que a mola exerce na massa tem o mesmo módulo mas sentido
contrário à força que a massa exerce sobre a mola (3ª lei de Newton),
sendo igual ao peso da massa suspensa, .
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Forças Elásticas
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Forças Elásticas
Movimento horizontal da massa sem atrito
AD =− ;
Se não houver atrito entre o objeto e o plano, a força elástica é a força resultante
sobre o objeto (o peso e a reação do plano continuam a anular-se).
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Forças Elásticas
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Forças Elásticas
Exemplo: Uma mola de constante elástica 9,6 N/m, ligada a um objeto de massa
1 kg, é esticada de 10 cm, largando-se o corpo nessa posição.
Na posição inicial ; = 10 cm, a aceleração do corpo é:
9,6 N/m
= =− ;=− × 0,1m = −0,96 m/s
1 kg
A massa começa a ganhar velocidade em direção à posição de equilíbrio (; = 0).
À medida que se aproxima, a força restauradora (e a aceleração) vai
decrescendo.
Na posição ; = 0, a aceleração é momentaneamente nula mas a velocidade
naquele ponto não é nula, tem vindo a aumentar desde a posição inicial ; =
10 cm, onde a velocidade era zero. Portanto, o movimento continua e a mola
começa a ser comprimida.
Para ; < 0, a força elástica muda de sentido e a aceleração passa a ser positiva.
Como a velocidade é negativa, o movimento é retardado: o módulo da
velocidade diminui.
Na posição ; = −10 cm, a velocidade anula-se e a aceleração atinge o seu valor
máximo, = 0,96 m/s .
De ; = −10 cm até ; = 10 cm, o movimento é simétrico do que aconteceu até
agora (de ; = G até ; = −G). 33
Oscilações – Movimento Harmónico Simples
O movimento completo repete-se, sem cessar, visto que não existe nenhuma outra
força externa ao sistema para o fazer parar (como forças de atrito, por exemplo).
Variação da posição em função do tempo
A única força horizontal que atua sobre o bloco é a força elástica da mola =− ;
(lei de Hooke).
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(a) Para ; = 10 cm, = −10 × 0,1 = −1 N. Por outro lado, = ⇒ = =
#$
= −0,5 m/s2.
(b) Depois do bloco se mover 10 cm, o sistema volta à posição de equilíbrio (; = 0),
onde a força é nula, sendo a aceleração também nula.
(c) Depois de se mover 20 cm, o sistema estará no ponto de máxima compressão
(; = −10 cm). Nesta posição, a aceleração será de 0,5 m/s2.
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
Uma oscilação pode ser descrita matematicamente por uma função seno
ou cosseno:
2L 2L
; H = G sen H ou ; H = G cos H
Q Q
Qual das funções descreve a oscilação do gráfico?
JK LH = JK 0 0⇒; 0 0
Para H = 0: I
MN LH MN 0 1⇒; 0 G
; H = G cos LH
A oscilação é bem descrita por
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
2L
; H = G cos H
Q
é conhecido por movimento harmónico simples (MHS). O termo harmónico
vem da definição matemática de seno e cosseno como funções harmónicas.
É um movimento ideal, que persiste com a mesma amplitude na ausência de
atrito.
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
A variação da posição com o tempo é descrita por uma função seno ou cosseno,
tal como:
2L
; H = G cos H
Q
Como varia a velocidade e a aceleração?
A velocidade é obtida a partir da curva de ; H , calculando o declive da
TB
tangente em cada ponto. Pois, S = TC .
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
TB T W W W
De facto, S = TC
= TB Gcos, H- = − Gsen, H-
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
W
Verificamos que (H) = − ;(H)
Por outro lado, se a força elástica for a força resultante sobre o corpo, da 2ª
lei de Newton:
=− ;= ⇒ =− ;
Comparando as duas equações acima, resulta que
2L (2L)
= ⇔ = ⇔ Q = (2L)
Q Q
Q = 2L
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
=− ;= ⇒ =− ;
T[ T) B
E, = TC
= TC )
T) B ]
Logo, + ;=0
TC )
] T) B
Fazendo, ^ = , TC )
+^ ; =0
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
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Oscilações – Movimento Harmónico Simples
1
= 2L × 1,25 × 10$/ × (1,66 × 10# f )
2
= 520 N/m
Nota: Trata-se de um valor típico para a constante elástica de uma mola
equivalente a uma ligação covalente simples. As ligações iónicas, como em
NaCl, têm constantes mais baixas (cerca de 100 N/m) e as ligações covalentes
duplas e triplas têm constantes maiores, podem atingir vários milhares de N/m.
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