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Universidade Paulista Instituto de Ciências Da Saúde Curso de Enfermagem
Universidade Paulista Instituto de Ciências Da Saúde Curso de Enfermagem
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Enfermagem
ORIXIMINÁ-PA
2023
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ORIXIMINÁ-PA
2023
3
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Enfermagem
BANCA EXAMINADORA
Aprovado em:
___/___/_____
Avaliador 1
Avaliador 2
ORIXIMINÁ-PA
2023
4
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por nos dar força, sabedoria e paciência para concluir
essa etapa tão importante de nossa vida acadêmica.
Não poderíamos deixar de agradecer também os nossos familiares e
amigos, que sempre estiveram nos apoiando incondicionalmente ao longo desta
jornada. O amor, incentivo e compreensão que recebemos de vocês foram
fundamentais para a perseverança e dedicação.
Aos nossos colegas de classe, por sempre nos incentivarem e apoiarem
durante esse longo caminho.
Aos professores e demais profissionais da área de Enfermagem, que
compartilharam seus conhecimentos e experiências ao longo do curso,
agradecemos por terem sido fontes inspiradoras e motivadoras durante nossa
formação acadêmica.
Agradecemos aos nossos tutores e a todos aqueles que contribuíram para
que chegássemos ao fim desta jornada, nossos sinceros agradecimentos.
Agradecemos à nossa orientadora, que nos ajudou durante todo o processo
de pesquisa, sempre oferecendo seus conhecimentos para que pudéssemos
desenvolver um trabalho de qualidade. Suas sugestões e críticas construtivas
foram relevantes para o aprimoramento deste trabalho.
Por fim, agradecemos a todas as pessoas que, de alguma forma,
contribuíram para a realização deste trabalho e para nossa formação como
enfermeiros(as).
Nossos sinceros agradecimentos a todas as pessoas que contribuíram para
a realização deste trabalho, e que este trabalho possa contribuir de forma positiva
para a enfermagem e para a melhoria da saúde da população.
6
RESUMO
Introdução: A violência sexual refere-se a um abuso de poder, em que a pessoa contra a sua
vontade é obrigada a se submeter por meio de ameaça, força física ou coerção psicológica.
Visto o cenário, na maioria das vezes as vítimas têm dificuldade em manter um diálogo com
os profissionais, por medo de serem julgadas, ou mesmo vergonha da situação, por esse
motivo é interessante que haja uma forma sutil de se comunicar, para que ela possa ficar à
vontade para discutir sobre o assunto, fazendo com que a mesma se sinta acolhida e à vontade
com o profissional. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo geral enfatizar a
importância do profissional de enfermagem na assistência efetiva a mulheres vítimas de
violência sexual, englobando o atendimento, o acompanhamento e as suas contribuições para
orientar e minimizar os piores efeitos que a violência sexual possa causar as mulheres
vítimas. Método: O presente estudo trata-se de uma pesquisa de revisão narrativa de
literatura (RNL) de natureza bibliográfica, a partir de um levantamento bibliográfico onde,
serão utilizando como fontes de coleta de dados, o diretório de Enfermagem da BVS, e em
bases de dados como: SciELO, LILACS e MEDLINE utilizados os seguintes descritores
e/ou combinações de palavras-chave (DeCS) para a busca bibliográfica: “violência sexual”,
“violência sexual contra mulher”, “mulheres vítimas de violência sexual”, “assistência de
enfermagem e violência sexual”. A etapa de seleção dos estudos se deram a partir de uma
leitura crítica e observadora nos resumos dos textos, aplicando os critérios de inclusão e
exclusão em um recorte temporal de 2019 a 2023. Resultados: Em relação às buscas nas
bases de dados, observou-se que na base de dados LILACS encontrou-se um quantitativo
maior de trabalhos acadêmicos, observou-se ainda que, ao utilizar o descritor “violência
sexual” o percentual de trabalhos acadêmicos em ambas as bases de dados também foi maior
(69%) quando comparado aos demais descritores que foram de correspondem a 23%, 5% e
3% respectivamente. Das 20 publicações foram elencadas para a discussão foi possível
demostrar a importância da enfermagem frente aos casos de Violência sexual bem como as
condutas e práticas adequadas para o acolhimento e assistência das vítimas. Conclusão: O
presente estudo possibilitou uma melhor compreensão sobre o papel da enfermagem na
assistência a mulheres vítimas de violência sexual, bem como permitiu dialogar sobre este
tipo de violência que ocorre no Brasil. Percebe-se a necessidade de desenvolvimento de
novos estudos sobre essa temática, permitindo assim, dar voz e visibilidade a um assunto tão
relevante, minimizando assim a marginalização que o mesmo se encontra.
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Fluxograma 1......................................................................................................................17
Quadro 1..............................................................................................................................18
Gráfico 1..............................................................................................................................19
Gráfico 2..............................................................................................................................19
Quadro 2..............................................................................................................................20
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11
1.1 Justificativa....................................................................................................... 12
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 14
3. MÉTODO........................................................................................................... 15
4.3 Condutas e práticas apropriadas para a enfermagem lidar com vítimas de violência sexual
............................................................................................................................. 26
5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 29
REFERENCIAS ..................................................................................................... 30
ANEXOS ............................................................................................................... 35
11
1. INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
Por conta desse aumento considerável dos casos de VSCM, organizações que visam a
preservação dos Direitos Humanos, como a Organização Mundial de Saúde (OMS),
passaram a caracterizar a mesma, como um problema de saúde pública, por estar diretamente
relacionada à sérios agravos à saúde da mulher, como por exemplo, a ocorrência de
13
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3. MÉTODO
tabelas de dados com informações dos autores, ano e tipo de publicação, título, objetivo e
conclusão do estudo, para posterior discussão dos resultados.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas etapas de seleção dos trabalhos, foram encontrados um total inicial de 1207
trabalhos acadêmicos. Estes trabalhos foram encontrados a partir da pesquisa nas bases de
dados utilizando descritores não controlados. Em seguida e aplicando-se os critérios de
inclusão e exclusão já mencionados, selecionou-se um quantitativo de 150 trabalhos para
leitura dos títulos e resumos. Após a leitura dos títulos e resumos dos 150 trabalhos,
elencamos 75 estudos que abordavam diretamente a VSCM na perspectiva do tema abordado
para a leitura dos trabalhos na íntegra. Após a leitura dos trabalhos na íntegra, 30 estudos
foram incluídos e serviram de base teórica do presente estudo, destes 30 estudos, 20
publicações foram elencadas por terem sido consideradas importantes para a discussão e
foram dispostas em um quadro para posterior discussão dos resultados (Fluxograma 1).
Artigos
selecionados para
discussão dos
resultados
n= 20 Elaborado pelos autores (2023)
18
350
300
250
200
150
Base de Dados
100
SciELO
50 LILACS
0
MEDLINE
Violência Violência Mulheres Assistência de
sexual sexual contra vítimas de enfermagem e
mulher violência violência
sexual sexual
% de Trabalhos x Descritor
5% 3%
Violência sexual
23% Violência sexual contra
mulher
Mulheres vítimas de violência
sexual
Assistência de enfermagem e
violência sexual
69%
vulnerabilidades e efetivação de
direitos reprodutivos.
16 SANTOS et Assistência de Descrever a atuação Os estudos analisados descrevem com Artigo
al. 2021 enfermagem às do enfermeiro no clareza a assistência de enfermagem
mulheres em atendimento às prestada de imediato às mulheres pós
situação de mulheres em situação agressão sexual, porém, não abordam
violência sexual: de violência sexual a a continuidade do processo,
revisão partir da literatura constituindo-se essa uma importante
integrativa. lacuna. A síntese de conhecimento
produzido oferece subsídios valiosos
para a melhoria da qualidade da
assistência de enfermagem às
mulheres em situação de violência e
ratifica a importância dos seus
resultados para fundamentar a prática
clínica nesta área de estudo.
17 SILVA Ideação suicida Investigar a A ideação suicida está associada a Artigo
JUNIOR et al. em mulheres e associação entre violência por parceiro íntimo,
2021 violência por ideação suicida e violência psicológica e moral.
parceiro íntimo. violência por parceiro
íntimo em mulheres.
18 SOUZA et al. O papel da Descrever as ações do A enfermagem tem um papel Artigo
2019 enfermagem na enfermeiro com a importantíssimo nesse acolhimento a
violência sexual vítima feminina que vítima de violência sexual,
contra a mulher. sofreu violência informando todos os seus direitos,
sexual. Enfatizar a executando um cuidado exclusivo da
importância das enfermagem durante todo o processo
qualificações para de assistência com essa paciente.
prestar uma
assistência devida,
orientar essa vítima
quanto aos seus
direitos, destacar a
importância das
orientações ao
paciente sobre o
tratamento e sua
continuidade.
19 SOBRINHO Violência contra a Conhecer as A violência e a desigualdade de Artigo
et al. 2019 mulher: a percepções dos gênero são percebidas pelos
percepção dos graduandos em acadêmicos. O papel do enfermeiro é
graduandos de Enfermagem sobre destacado nas habilidades de
enfermagem. violência contra a comunicação e acolhimento.
mulher.
20 XAVIER; Assistência de Identificar as ações O estudo apontou que a equipe de Artigo
SILVA. 2019. enfermagem no desenvolvidas enfermagem não se sente preparada
atendimento de para o atendimento de para a abordagem da vítima em
mulheres em mulheres em situação situação de violência, que em muitas
situação de de violência e ocasiões negligência a assistência.
violência na reconhecer os tipos de
atenção básica. violências contra as
mulheres atendidas na
atenção básica
Elaborado pelos autores (2023)
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4.3 Condutas e práticas apropriadas para a enfermagem lidar com vítimas de violência sexual
ao qual essa mulher e sua família estão inseridas, visto que, pode existir uma dependência
do agressor.
Estas informações estão são complementadas pelo estudo de Maluff et al (2021) o
qual destaca a importância do atendimento inicial, para prevenir IST’s, gestações, oferecer
tratamento dos agravos resultantes da agressão e acompanhamento para a vítima por até seis
meses após a data da violência para controle periódico laboratorial.
Ainda nessa perspectiva, o estudo de Santos et al (2021) destaca que, durante a
assistência à vítima de VS, deve ser rotina realizar verificação de sinais vitais,
quimioprofilaxia do HIV e sorologias, administração de vacinas e imunoglobulina contra
hepatite B, administração do anticoncepcional de emergência, além do cuidado das lesões
na pele, contribuindo para a recuperação física.
Por sua vez, Santos; Da Fonseca (2022), destacam que, em casos de gravidez
decorrentes ao estupro a legislação permite que a mulher opte pela interrupção da gestação,
porém há algumas barreiras, dentre elas a acessibilidade, o desconhecimento sobre a
legalidade do procedimento e locais para sua realização além de questões emocionais e
culturais.
O estudo de Xavier & Silva (2019), em concordância com o estudo de Machado et al
(2021), confirmam que o atendimento a essas vítimas deve ultrapassar o campo de uma
simples conversa, uma orientação ou uma escuta, os profissionais de enfermagem devem
proporcionar a autonomia do autocuidado da mulher, aumentando assim a luta contra a
violência sexual, não somente para melhoria mental, social e física, mas também para a
prevenção e a promoção de saúde.
Neste contexto, estudos de Arruda; Costa (2022), demonstram que, conhecimento é
capaz de trazer ao profissional enfermeiro autonomia, não somente no pensar, mas agir de
forma técnica, responsável, objetiva, construtiva com coeficiência a danos ocasionados pela
violência sexual, em construção de uma nova perspectiva na evolução do atendimento
humanizado. Os autores evidenciam ainda que, em virtude de violência/estupro é possível
argumentar ementas norteadoras para o desenvolvimento profissional da saúde, porém,
pouco utilizada para a qualificação de um atendimento universalizado e humanizado.
Desse modo, o processo de acolhimento e orientação tem de ser livre de julgamentos
ou valores morais, ou seja, relativizar crenças e atitudes culturalmente enraizadas também
por parte dos profissionais é essencial para a condução de uma saúde pública universal,
integral e igualitária, como demonstrado no artigo de Sobrinho et al., 2019.
28
Estudos de Machado et al (2020) destacam que, uma das conquistas da luta feminina
e do combate à violência contra a mulher, foi a implantação da Delegacia de Defesa a Mulher
(DDM), que passou a oferecer às vítimas, um local específico para realização de denúncias,
sobretudo, a disponibilização de uma equipe multidisciplinar. Dessa forma, este local é um
espaço voltado tanto para realização de denúncias ao agressor quanto para atendimento
psicológico, jurídico e de saúde, buscando dá suporte e apoio as vítimas.
Nesta perspectiva, como ferramenta de combate à VSCM, Amarijo et al (2020)
destacam outra conquista importante: a Central de Atendimento à Mulher, ou apenas, “Ligue
180”, que tem por objetivo receber relatos e denúncias de violência contra a mulher, de forma
gratuita e confidencial, onde profissionais preparados irão orientar e encaminhar essas
vítimas às redes e serviços especializados para atender as necessidades de cada uma.
Por outro lado, Mota et al (2020) revelaram em seu estudo que, o sentimento de
empatia expressos pelo enfermeiro favorece o atendimento à vítima de violência sexual, por
permitir uma aproximação maior entre profissional e cliente, de maneira que a assistência
ocorre de modo sensível, humano, acolhedor e com uma escuta mais qualificada.
Neste sentido, Ribeiro et al (2020), destacam que, a violência sexual tem um impacto
na vida da mulher de forma dolorosa, muitas vezes sofrem silenciosamente, as marcas das
agressões ficam ocultas, podendo impactar a forma de ser na sociedade. Os autores
supracitados, descrevem que, o profissional deve se atentar aos detalhes para poder
identificar alguns casos. De acordo com este estudo, além do atendimento psíquico, existem
condutas a serem tomadas após a situação de violência física, como coleta de vestígios,
preenchimento da ficha de notificação compulsória e o relatório para ser encaminhado às
autoridades antes que os vestígios desapareçam.
Por fim, o estudo de Rodrigues et al (2021), percebem que, o cuidado da equipe de
enfermagem, em especial dos enfermeiros, é pautado nas competências inerentes à formação
destes profissionais. Como fragilidades no processo do cuidado, identificou-se a falta de
formação permanente nos serviços sobre a problemática, a ausência de protocolos de
cuidados e a falta de apoio institucional tanto para a saúde mental dos profissionais, como a
adequação dos espaços físicos para uma assistência resolutiva.
29
5. CONCLUSÃO
REFERENCIAS
ALVES, R. S. S et al. “Pode gritar, ninguém vai acreditar em você”: A saúde mental de
mulheres vítimas de violência sexual. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n.
11, p. e1509119652, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9652. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9652. Acesso em: 28 nov. 2022.
MACHADO, D. F., et al. Violência contra a mulher: o que acontece quando a Delegacia
de Defesa da Mulher está fechada?. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, n. 2
[Acessado 31 Outubro 2023] , pp. 483-494. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-
81232020252.14092018>. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-
81232020252.14092018. 2020
SILVA JÚNIOR, F. J. G et al. Ideação suicida em mulheres e violência por parceiro íntimo.
Revista Enfermagem UERJ, [S. l.], v. 29, n. 1, p. e54288, 2021. DOI:
10.12957/reuerj.2021.54288. Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/enfermagemuerj/article/view/54288. Acesso em: 17 mar. 2023.
ANEXOS
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