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Lins – SP
LINS – SP
2017
DAMARIS REBECA VIEIRA
JOSIANE APARECIDA APOLINÁRIO
LINS- SP
2017
Vieira, Damaris Rebeca; Apolinário, Josiane Aparecida
V714v A Violência obstétrica na compreensão de mulheres usuárias da
rede pública de saúde do município de Lins / Damaris Rebeca Vieira;
Josiane Aparecida Apolinário – – Lins, 2017.
85p. il. 31cm.
Banca Examinadora:
Sou grata a Deus por ter-me atribuído capacidade para a realização desse
estudo, assim como, a oportunidade que, também, me concedeu para concluir o curso
de psicologia, uma etapa tão importante em minha vida. “Agora, nosso Deus, damos-te
graças, e louvamos o teu glorioso nome.” (1 Crônicas 29:13).
Agradeço aos meus pais por todas as vezes que me incentivaram e me deram
forças para prosseguir. Sou grata à minha irmã por ter o dom de iluminar a minha vida
com suas palavras de entusiasmo.
Agradeço aos meus mestres que durante essa jornada me presentearam com
suas experiências e sabedoria, e me auxiliaram a enxergar o mundo e as pessoas sob
uma nova ótica. Sou grata ao professor Oscar, Rodrigo, professora Ana Elisa, Gislaine,
e em especial a minha professora Liara, que aceitou nos orientar e se dedicou para
construção deste estudo com muito entusiasmo e carinho.
Sou grata aos meus amigos, amigos estes que são dádivas do curso de
psicologia, que me incentivaram e me fortaleceram durante a trajetória. Obrigada
Josiane, Patrícia, Rosana, Peterson e Maira.
Agradeço as orações e incentivos que recebi, sou grata a todos que mesmo que
indiretamente contribuíram para minha formação e conhecimento.
Muito obrigada!
Damaris Rebeca Vieira
LISTA DE ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
A METODOLOGIA ........................................................................................... 52
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 52
2 ANÁLISE DE DADOS ........................................................................... 54
2.1 Pré-análise ............................................................................................ 54
2.2 Exploração do material ......................................................................... 55
2.3 Tratamento dos resultados (inferência e a interpretação) ..................... 55
3 DISCUSSÃO DE RESULTADOS ......................................................... 56
3.1 Descrição dos resultados e categorização de Violência obstétrica ....... 57
3.1.1 A Violência obstétrica durante a gestação ............................................ 59
3.1.2 A Violência obstétrica durante o parto normal ...................................... 60
3.1.3 Violência obstétrica durante o pós-parto ............................................... 64
3.1.4 A violência obstétrica e o sofrimento psíquico ...................................... 65
3.1.5 A compreensão da violência obstétrica................................................. 65
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 70
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 71
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 72
APÊNDICE ....................................................................................................... 82
ANEXOS ........................................................................................................... 88
11
INTRODUÇÃO
CAPITULO I
2 A HISTÓRIA DO PARTO
16
praticava em mães doentes ou mortas e segundo autores a mãe deste vivia por
ocasião da Guerra das Gálias (BRIQUET, 2011).
A época hipocrática é marcada pelas correntes filosóficas segundo as
quais se edifica a medicina cientifica, centrando-se na figura de Hipócrates. O
filósofo estudou vários ramos da medicina e substituiu a etiologia divina dos
fenômenos pela observação direta da natureza.
Na época pós-hipocrática, o nascimento se conservava nas mãos das
parteiras e o médico era requisitado em casos de complicações em que se
realizava a embriotomia e extração da placenta. Porém, quase sempre, isso se
resultava em óbito e, por este motivo as parteiras e parturientes e demais
pessoas evitavam o médico (BRIQUET, 2011).
3 A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO PARTO
CAPITULO II
CAPÍTULO III
mulher, dando luz a essa realidade que, até então, só era mencionada em
âmbito privado, tornando-se, então, esse tipo de violência um problema de
ordem social. As demandas desses movimentos pautaram, principalmente, o
investimento de políticas públicas de enfrentamento à violência contra as
mulheres e a garantia de punição dos agressores.
Na Convenção de Belém do Pará, conceituou-se a violência contra a
mulher como qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause dano,
morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico,
social, político, econômico ou perda patrimonial à mulher, tanto na esfera
pública quanto na esfera privada. A Convenção de Belém do Pará, aprovada
em 1994 pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e ratificada pelo
Brasil, em 1995, para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher,
estabelece que, constitui-se em violência contra a mulher o assédio sexual, a
violência racial, a violência contra mulheres idosas e a revista íntima, dentre
outras modalidades (CRUZ, 2004). Assim, a violência contra a mulher é
qualquer conduta - ação ou omissão - de discriminação, agressão ou coerção,
ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher.
No Brasil foi criada também a Lei Federal nº 11.340/06 intitulada Lei
Maria da Penha e acrescentado o inciso VI ao artigo 121, §2º, do Código
Penal, denominando o homicídio contra mulher de feminicídio. Além disso,
acrescentou-se o §2º-A, onde se explica o enquadramento para tal crime.
Porém, no cenário brasileiro ainda faltam legislações específicas, a fim de dar
efetividade e maior ênfase aos crimes cometidos contra mulher, os quais
muitas vezes não são debatidos ou não possuem reconhecimento judicial
porque as mulheres lesadas nem sempre sabem como procurar reparação
(NAZÁRIO; HAMMARSTRON, 2015).
Portanto, através das inúmeras convenções internacionais realizadas no
século XX que continham os enunciados e as definições dos direitos humanos
como a citada acima, estabeleceram-se marcos legais para a proteção dos
direitos humanos e, além disso, houve repercussões positivas no avanço para
a compreensão e erradicação da violência contra a mulher (CASIQUE;
FUREGATO, 2006), Porém, a violência obstétrica tem sido um tema recente de
estudo em diversos países, um tema de grande relevância para um estudo
aprofundado, pois configura-se como um problema de saúde pública devido o
34
2.3 Cardiotocografia
2.5 Fórcipe
43
2.6 Episiotomia
2.7 Amniotomia
2.8 Anestesias
45
cadeia, como condução para mesa do parto antes da dilatação ter sido
concluída, imposição de posição ginecológica, mudança de ambiente, entre
outros. Importante evidenciar que os próprios responsáveis da área da saúde
concordam que a manobra de Kristeller é proibida, porém, as práticas
continuam sendo realizadas, apesar de jamais serem registradas em prontuário
(LEAL et al., 2012; PARTO DO PRINCÍPIO, 2012).
2.13 Alimentação
O apoio físico e emocional pode ser oferecido à mulher tanto pelo seu
acompanhante ou, através de uma doula, igualmente pelos profissionais que
fazem parte da equipe de saúde (auxiliares e técnicos em enfermagem,
psicólogos, enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, entre outros). O suporte
proporcionado pelas doulas promove, em diversas manifestações, uma série
49
das outras já citadas, irá contribuir, a curto e longo prazo, tanto a saúde da mãe
quanto a do bebê, e prevenir a morbidade e a mortalidade materna e neonatal
(BRASIL, 2001).
52
CAPITULO IV
A METODOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
2 ANÁLISE DE DADOS
2.1 Pré-análise
3 DISCUSSÃO DE RESULTADOS
proposta pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo (2013), que ocorre
durante a gestação e parto. Foram propostas três fases em que podem ocorrer
a violência obstétrica:
a) Violência obstétrica durante a gestação;
b) Violência obstétrica durante o parto (Normal/cesárea);
c) Violência obstétrica durante pós-parto.
Ao analisar os 25 questionários foi possível categorizar os temas de
acordo com as respostas derivadas das perguntas fechadas, para a
identificação da violência obstétrica, possivelmente, ocorrida durante a
gestação, parto e pós-parto. Para identificação dos resultados foram criadas as
tabelas, relacionando as fases propostas.
As perguntas abertas foram classificadas pelos temas propostos para
assim atender o objetivo do estudo:
a) A violência obstétrica e o sofrimento psíquico;
b) A compreensão da violência obstétrica pelas mulheres;
Desta forma, foram apresentados os principais dados para que
pudessem ser discutidos e analisados.
Renda Familiar
Menos de 1 Salário Mínimo 2 8
Entre 1 e 2 Salário Mínimos 16 64
Acima de 2 Salários Mínimos 5 20
Não tem renda 0 0
Não informado 2 8
Total 25 100
Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.
(...) se ela optar pelo parto normal, por exemplo, deve ser
natural, nunca induzido com ocitocina sintética, segundo
Cunha (2012, p.17) ―a ocitocina é um hormônio produzido
pelo corpo humano e que provoca contrações uterinas‖.
As mulheres são capazes de produzir a ocitocina a partir
do equilíbrio hormonal consequente do parto. Existe
também a versão sintética utilizada para induzir ou
acelerar o parto, procedimento descrito pela Organização
Mundial de Saúde como condutas claramente prejudiciais
ou ineficazes e que deveriam ser eliminadas (NAZÁRIO;
HAMMARSTRON, 2015, p. 08).
Bock (2009), também cita que a fala do sujeito está ligada ao seu
contexto e a partir deste se expressará e processará sua subjetividade, através
de suas motivações, necessidades e interesses.
A tabela a seguir apresenta a respostas das participantes acerca do
conhecimento delas sobre violência obstétrica:
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A autonomia feminina para definir como deseja que seu parto seja
realizado é fundamental para o processo de humanização da assistência ao
parto e nascimento. E um meio para que isso ocorra efetivamente é através da
informação para que a mulher compreenda seu papel ativo durante todo o
trabalho de parto, parto e nascimento. Para que isso ocorra os profissionais da
saúde precisam estar cientes que o processo do parto não se refere somente a
evidências científicas.
Propõe-se, portanto, que através da propagação de informação sobre o
que seja violência obstétrica e do surgimento de políticas públicas de
reconhecimento de atos violentos no momento do parto, que se resguarde a
garantia da parturiente e, principalmente, a possibilidade de denunciar e
proteger-se. Além de, conscientizá-las do dever das unidades de saúde tratá-
las com respeito, para que, compreendam que toda parturiente tem direito à
assistência ao parto e ao puerpério, permitindo que este processo seja
vivenciado de forma humanizada e segura, de acordo com os princípios gerais
e condições estabelecidas na prática médica.
71
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CHAUÍ, M. Ética e Violência. Teoria & Debate. São Paulo. (Fundação Perseu
Abramo, São Paulo). 1998; 39: 32-41.
DEL PRIORE, M. (Org.). (2001). História das mulheres no Brasil. 5ª ed. São
Paulo: Contexto. Kuhlmann, S.G. (2001, julho). Artigo da seção ―Mulher‖. Jornal
Carreira & Sucesso. (86. ed.). Disponível
em:<http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=2473&print=1>. Acesso
em: 20/05/2017.
PONTES, M.G.A; LIMA, G.M.B; FEITOSA I.P; TRIGUEIRO, J.V.S. Parto nosso
de cada dia: um olhar sobre as transformações e perspectivas da assistência.
Rev Ciênc Saúde Nova Esperança. 2014; 12 (1): 69-78.
http://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumS/article/view/1917>.
Acesso em: 02 Ago 2017.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-13102004-152521/pt-
br.php>. Acesso em 23 Maio de 2017.
SZEJER, M., & STEWART, R. (1997). Nove meses na vida da mulher: Uma
abordagem psicanalítica da gravidez e do nascimento. São Paulo: Casa do
Psicólogo.
(T.C.L.E)
Eu........................................................................................................................., portador
do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos, residindo na
................................................................................................................................... , após leitura
da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA, devidamente explicada
pela equipe de pesquisadores .............................................. , apresento meu
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e
concordo com os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa.
Concordo também com o uso científico e didático dos dados, preservando a minha
identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo
trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional e
que a qualquer momento, posso solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Pesquisador Responsável
Endereço: Rua Alfredo Fontão, n°5 – 40, apto. 108
Telefone: 14 99793-7066
APÊNDICE C: CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE
PESQUISA
Obrigado.
.............................................................. ..............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa Pesquisador Responsável
Liara Rodrigues de Oliveira
Telefone: 14 99793-7066
ANEXOS
ANEXO A – QUESTIONÁRIO