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DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
ESTUDO COMPARATIVO ”
Luanda, 26.04.2023
UNIVERSIDADE ÓSCAR RIBAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA
LUANDA 2023
I
DECLARAÇÃO DE AUTORIA
Declaramos ser, autoras deste trabalho de fim de curso, intitulado “Apoio Psicológico em
Gestantes e Puérperas das maternidades Augusto Ngangula e Lucrécia Paim em Luanda” O
mesmo é resultado de uma investigação pessoal independente, cujo conteúdo é original em
conformidade com as fontes consultadas. Entretanto, as autoras e os dados estão devidamente
identificados citados no texto e constam da lista de referências bibliográficas.
Alem de mais declaramos ainda que, esta publicação não foi submetida em parte alguma e
muito menos, em nenhuma universidade ou qualquer instituição de ensino superior, para este
ou aquele grau académico para além do paradigma desta realidade.
As candidatas
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Declaro que, este trabalho de fim de curso, efetuado pelas estudantes; Anselma Julieta
Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata, o “Estudo sobre Apoio Psicológica em
Gestantes e Puérperas das maternidades Augusto Ngangula e Lucrécia Paim em Luanda”. Foi
orientado por mi, fruto de um esforço excecionalmente acrescido tornou este trabalho de Fim
de curso uma realidade de investigação pessoal e independente dos candidatos.
O orientador
_______________________________________
II
DEDICATÓRIA
Elisa J. M. Mata
Anselma J. H. Maiena
III
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo agradecemos á Deus Pai todo poderoso por nos ter dado vida, saúde e força
para chegar até aqui e superar as dificuldades.
Às nossas famílias, pela forma protectora e oportunidades que nos têm oferecido.
Ao corpo docente do Óscar Ribas em especial ao nosso tutor Dr. Adriano Jacinto Faustino,
pelo apoio incondicional e afectivo, paciência, motivação constante, e inestimável recolha
bibliográfica.
A UÓR, pela oportunidade que nos concedeu de estudar no curso de psicologia Clínica, facto
que nos permitiu concretizar a nossa vocação. E a todos funcionários que de forma directa e
indirecta, puderam apoiar-nos, o nosso muito obrigado por terem contribuído na realização
desse sonho.
IV
EPÍGRAFE
V
RESUMO
A gestação e o puerpério são processos comun da vida reprodutiva da mulher, sendo períodos
muito especiais em sua vida. Existe interferência dos aspectos psicológicos, emocionais,
comportamentais, que aplicados possibilitam que a mulher esteja também vulnerável daí a
importância do acompanhamento psicológico. O presente estudo, tem como objectivo geral
conhecer a importância da atenção psicológica nas gestantes e puérperas, utentes das
maternidades "Augusto Ngangula", e "Lucrécia Paim". A amostra deste estudo é de 100
mulheres, sendo 25 gestantes para cada unidade hospitalar e 25 puérperas de cada maternidade
útentes das mesmas. O método de estudo é de campo, a pesquisa é do tipo expost factos, e
modelo descritivo, com uma abordagem quantitativa. Para recolha de dados utilizamos um
questionário sócio demográfico de auto elaboração onde contem 14 itens relacionados com a
nossa investigação. Quanto aos resultados obtidos com base nos objectivos; no primeiro
objectivo os resultado enunciaram que 44% das gestantes no geral sabem da importância do
acompanhamento psicológico e 56% das gestantes afirmaram que não sabem da importância
do acompanhamento psicológico, nas puérperas os resultados demostraram que 55% delas
sabem da importância do acompanhamento psicológico em todas fases gravídico-puerperal, no
segundo objectivo, constatou-se que apenas 34,5% das gestantes no geral fazem consulta de
psicologia, e nas puérperas temos 39,5% que fazem a consulta de psicologia, um dos facto que
chamou a nossa atenção foi que em ambas maternidades apresentaram resultado quase idêntico
quanto ao numero das gestantes e puérperas que não fazem a consulta de psicologia perfazendo
um total de 60,5%, no terceiro objectivo 40% das gestantes de ambas maternidades afirmam
que os médicos as recomendaram fazer consulta de psicologia, e nas puérperas 55% afirmarem
que os médicos e outros profissionais de saúde as recomendam a fazer consultas de psicologia
a destacar a maternidade Lucrécia Paim.
VI
ABSTRACT
Pregnancy and the postpartum period are common processes in a woman's reproductive life,
and are very special periods in her life. There is interference from psychological, emotional,
behavioral aspects, which when applied make it possible for the woman to be vulnerable,
hence the importance of psychological follow-up. The present study has the general objective
of knowing the importance of psychological care in pregnant and puerperal women, users of
the "Augusto Ngangula" and "Lucrécia Paim" maternity hospitals. The sample of this study is
100 women, 25 pregnant women for each hospital unit and 25 puerperal women from each
maternity hospital that use them. The study method is field, the research is of the expost facto
type, and descriptive model, with a quantitative approach. For data collection, we used a self-
composed socio-demographic questionnaire containing 14 items related to our investigation.
As for the results obtained based on the objectives; in the first objective, the results stated that
44% of pregnant women in general are aware of the importance of psychological support and
56% of pregnant women stated that they are not aware of the importance of psychological
support, in puerperal women the results showed that 55% of them are aware of the importance
of psychological support in all pregnancy-puerperal phases, in the second objective, it was
found that only 34.5% of pregnant women in general have a psychology consultation, and in
puerperal women we have 39.5% who have a psychology consultation, one of the facts that
called our attention was that in both maternity hospitals they presented almost identical results
regarding the number of pregnant women and mothers who did not have a psychology
consultation, making a total of 60.5%, in the third objective 40% of pregnant women in both
maternity hospitals stated that the doctors recommended that they do psychology consultation,
and in the postpartum women 55% stated that doctors and other health professionals
recommend them to have psychology consultations, highlighting the Lucrécia Paim maternity.
VII
LISTA DE TABELAS
VIII
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ---------------------------------------------------------------------------------------- IV
AGRADECIMENTOS ---------------------------------------------------------------------------------- V
EPÍGRAFE ---------------------------------------------------------------------------------------------- VI
RESUMO---------------------------------------------------------------------------------------------- VII
ABSTRACT ------------------------------------------------------------------------------------------- VIII
INDICE DE TABELAS ------------------------------------------------------------------------------- IX
SUMÁRIO-----------------------------------------------------------------------------------------------X
INTRODUÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------11
PROBLEMA -------------------------------------------------------------------------------------------- 12
Formulação do problema ------------------------------------------------------------------------------ 12
Objectivos do estudo-----------------------------------------------------------------------------------13
Limitação e delimitação da pesquisa ----------------------------------------------------------------- 13
DEFINIÇÕES, BREVE HISTÓRICO, GESTAÇÃO, E ASPECTOS PSICOLÓGICOS---14
1.1. Definições de termos------------------------------------------------------------------------14
1.2. Breve histórial do acompanhamento psicológico a gestantes--------------------------14
1.3. Gestação e desenvolvimento do vínculo afetivo mãe-bebê-familia----------------------15
1.4. Gestação de alto risco------------------------------------------------------------------16
1.5. Aspectos Psicológicos da Gravidez--------------------------------------------------17
II –ABORDAGENS TEÓRICAS SOBRE O ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO---18
2.1. Teoria da Gestalt-terapia--------------------------------------------------------------18
2.2. Teoria Psicodinamica------------------------------------------------------------------20
2.3. Gestação e rede de apoio--------------------------------------------------------------21
2.4. Importância do pré-natal psicológico e o papel do psicológo--------------------21
2.5. Transtornos psíquicos no Puerpério--------------------------------------------------22
2.6. Atenção Intervenção Psicológica durante a Gravidez-----------------------------23
2.6.1 Intervenção Psicológico no pré-natal de alto risco-------------------------------25
2.7. Técnicas de intervenção psicológica-------------------------------------------------26
2.7. A INPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO PSICOLÓGICO AS
GESTANTES E PUÉRPERAS-----------------------------------------------------------------------26
IX
3.1. Promoção e Prevenção da Saúde Psíquica durante a Gestação e do puerpério
através da Psicologia-----------------------------------------------------------------------------------28
METODOLOGIA -------------------------------------------------------------------------------------29
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS --------------- 30
Apresentação e análise dos resultados sociodemográficos---------------------------------------30
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS SEGUNDO OS OBJECTIVOS------------------31
CONCLUSÓES-----------------------------------------------------------------------------------------36
SUGESTÕES-------------------------------------------------------------------------------------------38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA----------------------------------------------------------------39
ANEXOS
APENDICE
X
Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
INTRODUÇÃO
A gestação é um fenómeno complexo onde ocorrem diversas mudanças na vida da mulher.
Trata-se de uma experiência repleta de sentimentos intensos, variados e ambivalentes que
podem dar razão a conteúdos inconscientes da mãe. A relação da Mãe com o seu filho começa
na gestação e será a base da relação mãe-bebé, a qual se estabelecerá depois do nascimento
(Brazelton e Cramer, 2002).
Após o parto, vem o período do puerpério e neste período, um dos momentos muito importante
é a amamentação, sendo para muitas mulheres, um tempo maravilhoso onde a mãe e o bebé,
estão perfeitamente ajustadas, sendo levados a nova fase de conhecimento mútuo e
fortalecimento de vínculos. Podendo ser também um momento de grande dificuldade para
outras mulheres.
Tanto o período gestacional, e o período puerpério, alteram o senso físico de uma mulher,
principalmente devido ao cumprimento dos hormônios para preparar o corpo para o
crescimento do bebé. Essas mudanças durante a gravidez estão entre as maiores preocupações
das mulheres, porque após o parto as mudanças físicas podem alterar consequentemente a
qualidade de vida da mesma gerando baixa auto-estima. (Gomes, A. S.., Schettini. D. O.
S.Santos, J. R.., & Caetité, A. R. M. 2022).
Entretanto, estes períodos, não protegem a mulher de transtornos mentais, como ansiedade,
depressão, uma vez que as inúmeras alterações que ocorrem nessas fases sejam elas físicas,
hormonais, psíquicas, familiares e de inserção social, podem refletir directamente em sua saúde
mental aumentando o risco de morbidade psiquiátrica, podendo ocorrer também que a mulher
experimente insegurança e medo em relação a qualidade do leite, a capacidade em amamentar e
a futura estética das mamas.
A vida de uma mulher adquiri várias modificações quando ela engravida. Neste período
gestacional, ocorrem grandes modificações que segundo Mibradit (2008), são modificações
físicas, endócrinas, psicológicas e sociais, bem como, o início da comunicação materno fetal (p.
113). Nesta fase ocorrem os mais repletos tipos de sentimentos que são intimamente
relacionados a história e as experiências vividas pela gestante ao longo da sua vida. Para dar
consistência a nossa abordagem sobre a importância do acompanhamento psicológico em
gestantes e puérperas, estruturamos o presente trabalho na seguinte forma:
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
A relevância deste trabalho, é justificada pelo facto de existir na nossa sociedade um certo nível
de ignorância com respeito a actuação do psicólogo a nível hospitalar. Deste modo, este
trabalho é importante na medida que vai despertar aos nossos leitores, e a sociedade em geral o
verdadeiro valor do psicólogo clínico no acompanhamento de gestantes nos hospitais.
Objectivos do estudo:
Geral: Conhecer a importância da atenção psicológica nas gestantes e puérperas, utentes das
maternidades Augusto Ngangula, e Lucrécia Paim.
Específicos:
No que concerne a limitação deste estudo, fundamentalmente, com a escassez de estudos sobre
atenção psicológica à gestantes e puérperas, fez com que dependêssemos e nos apoiássemos em
estudos de outras realidades com factores culturais diferentes dos nossos. Os nossos achados
poderão ser diferentes aos de outras pesquisas sobre o assunto realizadas em outras realidades,
solicitamos prudência na sua aceitação, esperando que sejam ponto de partida de estudos
posteriores. Outrossim, recomendamos que os resultados sejam vistos como um produto não
acabado. Delimitamos o trabalho nas Maternidades Augusto Ngangula, e Lucrécia Paim nos
meses de outubro de 2022 a dezembro de 2022.
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Definições de Termos
Atenção psicológica, é um conceito estudado na psicologia cognitiva que refere a forma como
processamos informações presentes em nosso ambiente específico ativamente. Segundo o
psicólogo e filosofo William James, a atenção e a tomada de posse pela mente, de forma clara e
vivida, de um entre diversos objetos ou esquemas de pensamento simultaneamente possíveis. O
foco e a concentração da consciência.
Em meados do século XX, o início da Psicologia da Saúde dentro das instituições originou-se
como auxiliar da Medicina e sua visão biomédica, ou seja, uma visão orgânica na qual
percebiam que os factores psíquicos exerciam influência sobre os processos de adoecimento,
mas que não eram vistos, tampouco considerados como algo relevante. Todavia, esse quadro
vem se modificar com o surgimento de estudos acerca da psicossomática de quem sofreu
influência até mesmo de Sigmund Freud, as quais eram originadas de aspectos psicológicos
reprimidos no inconsciente, assim sendo, surge uma abertura para se pensar na relação monista
entre corpo-mente. (Leite, Honório, Faria e Santos, 2010).
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Actualmente, citando caso análogo, o psicólogo pode actuar na preparação psicológica durante
o processo de parto, buscando reduzir a dor, visto em muitos estudos da contemporaneidade,
inclusive de um obstetra inglês, comummente conhecimento como Grantly Dick Read, inclui
seriamente os aspectos emocionais como uma das grandes causas das dores de parto, e
formulou o tripé, medo, tensão e dor. Por essa razão, é indispensável que o profissional da
psicologia com todas as técnicas, habilidades, sensibilidade e humanização busque tranquilizar
e informar a importância do acompanhamento familiar nesse período, o profissional necessita
utilizar persuasão ao manter um diálogo genuíno com a gestante. (Freddi, 1973).
O vínculo afetivo entre mãe e bebê pode ser estabelecido de diversas formas, durante o período
pré-natal, como por exemplo: conversas com o bebê em que é possível contar experiências do
dia a dia vivenciadas pela mãe, além de cantarolar canções de ninar, com as quais ele irá se
identificar também após seu nascimento. “As conversas tranquilizadoras que a mãe pode ter
com o seu bebê visam restituir a ele a sensação de segurança, otimismo, e esperança,
reforçando e reassegurando a permanência do vínculo de vida entre ambos” (Wilheim, 2006,
p.60).
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
É importante ressaltar que momentos estressores e de perturbação emocional podem fazer parte
da vida da gestante repercutindo negativamente no psiquismo do bebê. No entanto, esta
repercussão pode ser reparada quando se conversa com o bebê, mais precisamente com o uso
da palavra como forma de significar a experiência vivida intra-útero.
A formação do vínculo mãe-bebê é facilitada por questões biológicas tendo em vista que a
mulher pode sentir o filho crescer dentro da barriga. Por outro lado, a formação do vínculo
afetivo “entre pai e filho costuma ser mais lenta, consolidando-se gradualmente após o
nascimento e no decorrer do desenvolvimento da criança” (Piccinini, Silva, Gonçalves, Lopes,
& Tudge, 2004b, p. 303). Nesse sentido, é importante permitir e estimular o pai a interagir com
o bebê durante a gestação, favorecendo assim o desenvolvimento do vínculo afetivo. Quando
da ausência do pai durante a gravidez, este vínculo pode se estabelecer com a pessoa que
efetivamente, é mais próxima de mãe e interage com ela.
Do ponto de vista obstétrico, estatísticas apontam que 90% das gestações iniciam e evoluem
sem intercorrências ou complicações. No entanto, aproximadamente, 10% delas apresentam
problemas no início ou no seu decurso, sendo, portanto, chamadas de gestações de alto risco
(Corrêa & Oliveira, 1999).
Gomes e colaboradores (2001), realizaram uma pesquisa sobre os sentidos do risco na gravidez
em obstetrícia apresentados em artigos publicados nos anos 90, e concluíram que o termo
‘gravidez de alto risco’ refere-se à concomitância de vulnerabilidade tanto materna quanto
fetal. Além disso, o mesmo estudo verificou que as ideias associadas à temática pesquisada
voltam-se para um mesmo núcleo de sentido: “algo patológico em oposição a uma evolução
considerada normal” (Gomes, Cavalcanti, Marinho & Silva, 2001, p. 65).
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Diante do exposto, fica evidente que gestações de alto-risco necessitam de cuidado especial na
medida em que possuem maior chance de apresentar consequências desfavoráveis do ponto de
vista orgânico e, dessa forma, também representam um desafio adaptativo no âmbito emocional
e relacional (Brasil, 2010).
Assim sendo, faz-se necessário o acompanhamento da gestante por uma equipa multidisciplinar
em trabalho articulado e dinâmico. Inclusive, como citado anteriormente. A Portaria do
Ministério da Saúde no. 3.477, de 20 de agosto de 1998, prevê o psicólogo como um dos
profissionais que devem compor a equipa de atenção à gestante de alto risco.
A gravidez é caracterizada, por modificações psicológicas importantes; sendo que uma das
primeiras modificações é a alteração da imagem corporal, que é parte integrante de uma
alteração global e contínua do funcionamento orgânico da mulher, processam-se modificações
hormonais segundo regras pré-estabelecidas que, por sua vez, modificam o funcionamento
psicológico, e inversamente, o funcionamento psicológico, via Sistema Nervoso Central,
causando alterações hormonais. (Campos, 2012).
O autor acima ainda afirma que a grávida fica, assim, 'à mercê' de alterações do humor, dos
sentimentos e do comportamento sem que estas modificações sejam totalmente compreensíveis.
A labilidade emocional pode ser vista de um ponto de vista adaptativo. A mudança de
identidade é outro aspecto implícito no processo gravídico.
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Em contraste, uma relação doentia caracteriza-se pela expectativa de que o bebê preencha
necessidades neuróticas da mãe ou do pai, como por exemplo, evitar a solidão, preencher a
carência de afeto, realizá-los como pessoas; o bebê pode representar aspectos doentios da mãe
ou do pai; com frequência é essa a dinâmica subjacente, à incessante procura de médicos para
descobrir “o que há de errado” com o bebê que na realidade é perfeitamente saudável.
(Maldonado, 2013)
a) Teoria da Gestalt-terapia
De acordo com Souza, Prado e Piccinini (2011), o Pré-natal psicológico é importante, devido
ao fato da mãe ser a principal cuidadora do bebê. Sendo assim, precisa-se organizar para nova
fase da vida e ajustar-se criativamente, elaborando as questões a seu respeito, de seu filho,
esposo e família.
Nesta fase, a mulher necessitará de apoio, se possível, na relação conjugal, pois devido às
mudanças hormonais a mulher torna-se mais sensível. Cada membro da família poderá
contribuir de forma significativa no apoio à gestante. Seja numa simples contribuição nas
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
tarefas de casa, a escuta das suas ansiedades, até o acompanhamento às consultas. De acordo
com Soifer (1992) apud Klein e Guedes (2008, p. 864), “deve-se levar em conta o fato de ser a
gravidez um período que envolve não apenas a mulher, mas também o seu companheiro e o seu
meio social imediato”.
Para Mehoudar (2012), na gestação, a mulher poderá ficar mais confiante, quando aprende a
observar o seu próprio corpo e a forma como funciona a gestação e seus processos
subsequentes, esclarece, ainda, que o parceiro poderá observar e colaborar criativamente e
integrar a tomada de consciência do processo materno/paterno. O pré-natal psicológico, como
já foi descrito acima, funciona como um programa psicosocioeducativo sobre gestação, parto e
o pós-parto, tendo como foco dar suporte e acolhimento.
Concordamos com a opinão do autor acima mencionado neste contexto, é de suma importância
citar alguns programas de políticas públicas sobre a atenção à saúde da mulher na gestação, que
se estende ao puerpério e à maternidade.
Borges, Ferreira, Almeida e Mariutti (2011, p. 95) consideram importante que as mulheres
sejam acompanhadas desde o início do planeamento familiar e bem assistidas no pré-natal, com
profissionais capacitados e consultas agendadas, realizando todos os exames recomendados
pelo Ministério da Saúde para controlo e detecção de patologias.
Mehoudar (2012, p. 21) esclarece que o modelo humanizado considera o tempo necessário ao
parto e ao nascimento, estabelece a não realização de intervenções médicas desmensuradas,
focando no atendimento humanizado, escuta e na observação e, consequentemente, colabora na
diminuição do índice de bebês em internamentos. Essa forma de cuidado estimula que a
gestante tenha um encontro com suas próprias vivencias e experiencie o parto de maneira mais
activa.
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Para que haja uma gravidez com suporte emocional e intelectual a gestante poderá se inserir em
grupos de pré-natal psicológico, assim terá conhecimento dos seus direitos, os quais poderá em
algum dado momento, reivindicar. (Arrais e Araújo 2016)
Segundo Arrais e Araújo (2016), o programa pré-natal psicológico deve ser dividido em seis a
sete sessões, durando de duas a cinco horas. A proposta é discutir a dificuldade, as dúvidas com
a participação de familiares. Também se incluem técnicas, dinâmicas de grupo, aulas
expositivas e abre o espaço para debates.
b) Teoria Psicodinâmica
A gravidez constitui um período crítico de transição no ciclo vital da mulher em que ocorrem
mudanças complexas em diversos âmbitos: fisiológico, socioeconômico, familiar e psicológico.
Sendo assim, tal período suscita novas adaptações, reorganizações intrapsíquicas e
interpessoais (Maldonado, 1997; Botoletti et al., 1996). Embora as alterações do ciclo
gravídico sejam comuns a todas das mulheres, “a maneira como cada uma reage varia de
acordo com a personalidade, circunstâncias em que ocorreu a gravidez, relação com o parceiro,
repercussões que a nova situação desencadeou etc.” (Bortoletti, 2007, p. 21).
Segundo Klaus e Kennell (1992), afirmam que as situações desencadeadas pela gravidez e do
puerpério, pode afetar a vivência saudável, da mulher, nesse período aumenta a probabilidade
de conteúdos inconscientes tornarem-se conscientes ou aparecerem disfarçados através de
sonhos ou sintomas. Dessa maneira, há possibilidade de elaboração de conflitos psíquicos pela
mulher e, consequentemente, de transformação importante em sua identidade.
Redes de apoio podem ser definidas como o sistema de relações consideradas significativas
para a pessoa, o qual compreende a família nuclear, família extensa e todo conjunto de vínculos
interpessoais (Sluzki, 1997). Sendo assim, além da família, “vários outros sistemas fora da
família exercem importante influência nas interações e no desenvolvimento dos membros
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
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As pessoas recorrem à rede social quando se deparam com problemas, dificuldades ou dúvidas.
A rede possui característica dinâmica, tendo em vista que se transforma no decorrer do tempo e
através de modificações na vida das pessoas (Sluzki, 1997). Tal rede fortalece as estratégias de
enfrentamento do indivíduo ao contribuir como ponto de apoio e viabilizar maior adaptação nas
circunstâncias da vida, como na gravidez, parto e puerpério.
O suporte oferecido na rede apresenta diferentes funções: apoio emocional; companhia social;
guia cognitivo; ajuda prática, material e espiritual e de serviços e acesso a novos contatos
(Sluzki, 1997; Custódio, 2010). Conforme Sluzki (1997, p.52), “cada vínculo da rede pode
desempenhar muitas dessas funções”. Assim, uma tia pode ser importante fonte de apoio
emocional, oferecer informações e acompanhar em consultas médicas, por exemplo.
Assim, considera-se importante acionar a rede de apoio da mulher para ajudá-la no desempenho
da função materna. O psicólogo, enquanto membro da rede de apoio da gestante, assume
também o importante papel de identificar e acionar a rede de interações desta, assim como
intervir através de apoio emocional, guia cognitivo e com ajudas práticas.
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Portanto, segundo Tronick e Weinberg (apud FELIPE, 2009) a boa saúde da mãe é
indispensável para que a criança constitua no início da vida uma boa matriz social, para que lhe
indica um bom desenvolvimento relacional, afetivo, motor e cognitivo.
Para Silva e Botti (2005), uma abordagem psicoterapêutica é essencial no tratamento da DPP,
uma vez que o terapeuta junto a puérpera e familiares edificarão novas composições a partir da
realidade vivenciada; desta forma tornam-se possíveis o entendimento e o planejamento de
ações intervencionistas adequadas acerca desta nova realidade. As benfeitorias da atuação
terapêutica precoce e preventiva não se restringem ao bem-estar exclusivo das mães.
A situação desencadeada pela gravidez pode afetar a vivência saudável dessa fase, afinal, como
toda situação de transição, essa também fomenta um período delicado para saúde mental
(Bortoletti, 2007; Maldonado, 1997). Sendo assim, as mudanças provocadas “representam uma
possibilidade de atingir novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da
personalidade ou de adotar uma solução patológica que predominará na relação com a criança”
(Maldonado, 1997, p. 27).
Atenção e Intervenção Psicológica durante a Gravidez (ou tira-se a atenção e fica apenas
intervenção)
Para que se obtenha sucesso nesse período vulnerável da vida da mulher é indispensável que
exista uma relação de confiança entre a paciente, seus médicos, psicólogos e outros
profissionais envolvidos, para que a empatia necessária neste momento venha a beneficiar um
trabalho a fim de controlar e explicar várias das fantasias que ocorrem naturalmente, na
gestante durante a sua gestação.
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Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
Como afirmou Lacan: citado por, (Sampaio Neto e Alvarez, 2013). “O psicólogo não dirige a
vida do paciente, mas dirige o tratamento”, assim terá o papel fundamental de, em conjunto
com a assistência do médico, buscar caminhos que contribuam na busca da mulher acometida
por uma suposta depressão em encontrar a sua autoconfiança, compreensão e elaboração dos
sentimentos vivenciados.
A gestação e o puerpério são períodos da vida da mulher que precisam ser avaliados com
especial atenção, pois envolvem inúmeras alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção
social, que podem refletir diretamente na saúde mental dessas pacientes.
Uma abordagem psicoterapêutica é essencial, uma vez que o terapeuta junto à gestante e
familiares edificarão novas composições a partir da realidade vivenciada; desta forma tornam-
se possíveis o entendimento e o planeamento de ações intervencionistas adequadas acerca desta
nova realidade; as benfeitorias da atuação terapêutica precoce e preventiva não se restringem ao
bem- estar exclusivo das mães, sendo atitudes que representam também um grande benefício
para as crianças, pois, conforme as observações e a literatura, ocorrem grandes evidências de
relação entre as desordens emocionais das mães e os distúrbios emocionais de seus filhos. (Da
Cunha et al, 2012).
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
b) A consulta psicológica à gestante deve ser feita em cada trimestre da gravidez, cujo
objectivo é esclarecer dúvidas e oferecer informações na perspectiva de promoção
da saúde mental e relacional. Além disso, o atendimento visa identificar a presença
de factores de risco psicossociais à saúde materna, infantil e familiar.
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Segundo Camachoetal. (2006), a TCC tem como base analisar quais são as ideias, os
pensamentos e as emoções que a pessoa tem sobre si mesma e que se encontram distorcidos,
causando uma cadeia de reações comportamentais disfuncionais. Uma questão importante a se
destacar sobre as ocasiões de DPP remete para urgentemente, se fazer uma reflexão sobre a
saúde reprodutiva da mulher, tendo em vista a compreensão dos aspectos psicológicos que se
passam no período gestacional.
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Estudo sobre A atenção Psicológica em Gestantes e Puérperas da maternidade Augusto Ngangula e
Lucrécia paim em Luanda. Por. Anselma Julieta Henriqueta Maiena e Elisa João Muzemba Mata
De acordo Angerami, (2002 p. 68), o objectivo do trabalho psicológico com o paciente resume-
se nos seguintes pontos:
a) Atenuação ou supressão da ansiedade
A ansiedade faz parte de toda doença. Ela surge tanto em relação às perdas efectivas, como em
relação as possibilidades de perda. Portanto, faz-se necessário que o psicólogo actue
objectivando a atenuação ou supressão da ansiedade, e dos sintomas clínicos advindo desta,
causada pela notícia da gestação. Geralmente, a ansiedade surge mais em função do processo
de hospitalização, estar separado da família, o medo de não levar a termo a gestação e a própria
percepção do afastamento social que a mulher sente.
d) Melhoria da auto-estima.
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pela elaboração das perdas e readaptação à nova vida e a nova imagem corporal, a atração
pessoal e o desenvolvimento da autoconfiança.
Santos (2012), realça que o acompanhamento da gravidez visa assegurar o bem-estar materno e
fetal, favorecer a compreensão e adaptação às novas vivências da grávida, companheiro e
familiares, além de instrumentalizá-los em relação aos cuidados neste período. A sua
preparação para o parto e pós-parto e para o exercício da maternidade e paternidade, a ligação e
a interação com o recém-nascido iniciam-se neste período e vão sendo construídas durante toda
a vida.
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METODOLOGIA
A população no nosso estudo foi constituida por gestantes e puérperas utentes da maternidade
Augusto Ngagula e Lucrècia Paim, com uma amostra de 50 gestantes e 40 puérperas repartido
em duas unidades. Tivemos como variável independente, falta de conhecimento das gestantes,
e dos médicos sobre atenção psicologica, e a variável dependente, o acompanhamento
psicologico em gestantes e puérperas. Trata-se de um estudo de campo, tipo de pesquisa é Ex-
post-facto. (Zassala, 2017; p.86). é um estudo exploratório com um enfoque quantitativo. Usou-
se Método hipotético – dedutivo:. (Gil, 2008, p. 12). A técnica de recolha de dados foi o
questionário de auto elaborado e estruturado composto por 14 itens.
O tratamento dos dados quanto ao seu processamento foi possível por meio de um computador
com o programa Microsoft Excel 2016 a versão de Windows 10 de marca Acer. Quanto as
dificuldades As maiores dificuldades encontradas foi a demora para autorização, o que fez com
que persistíssemos e aguardássemos pela resposta.
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Quanto ao estado civil, das gestantes e puérperas de ambas maternidades, a tabela mostra-nos
que, 28,8% são casadas, e 25,5% são solteiras, destas 45,5% das gestantes vivem maritalmente.
Quanto as habilitações literárias, no quadro geral da amostra, verifica-se o seguinte: 20% das
gestantes têm o ensino primário concluído, 31,1% das gestantes o primeiro ciclo% 23.3% o
segundo ciclo, 14,4% das gestantes estão a requentar o ensino superior, e 11,1% são
licenciadas. Aqui destaca-se o número elevado de gestantes que estão frequentando o ensino
superior mostrando um certo avanço escolar. De realçar que, o número de mulheres que não
vivem com o marido é preocupante, fazendo um percentual de 25,5 % este quesito acreditamos
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que pode influênciar o surgimento de transtornos psicológicos em algumas gestantes, uma vez,
que a gestação deve ser acompanhada pelo esposo ou marido, dando assim maior qualidade de
vida á gestante, e no futuro filho.
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Augusto Ngangula, e 30% das puérperas do hospital Lucrécia Paim, afirmaram que têm
conhecimento sobre a importância do acompanhamento psicológico nas diferentes fases de
gestação e pós-parto, 28% puérperas do hospital Augusto Ngangula, e 20% das puérperas do
hospital Lucrécia Paim não têm conhecimento sobre a importância do acompanhamento
psicológico em diferentes fases de pós-parto.
Discussão dos resultados: Os nossos resultados, corroboram com a pesquisa levado a cabo por
Bortoletti, (2007), no Hospital de Porto Alegre, numa amostra de 654 gestantes, concluíram
que muitas mulheres no estado de gestação não têm noção da importância do acompanhamento
psicológico durantes as fases gestacionais. Dentre as gestantes da pesquisa, 75% da amostra
referiram não saberem da importância da figura do psicólogo no hospital. Na nossa pesquisa,
maior parte da amostra demonstrou não terem conhecimento sobre a importância do
acompanhamento psicológico na gestação, logo a nossa hipótese foi rejeitada, uma vez que
havíamos referido que todas as mulheres, sabem da importância do acompanhamento
psicológico em todas as fases da gravidez e pós-parto.
Em suma, an nossa pesquisa, maior parte das puérperas têm conhecimento sobre a importância
do acompanhamento psicológico na (gestação) logo, é alcançado o objectivo nas puérperas e
regeita-se nas gestantes isto é boa parte da amostra não sabem, uma vez que havíamos referido
que todas as mulheres, sabem da importância do acompanhamento psicológico em todas as
fases da getação e no puérpera.
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Concordamos com Fiorini (2004), onde refere que o acompanhamento psicológico pré- e pós-
natal caracteriza-se por ser de seguimento psicoterápico na modalidade de psicoterapia breve,
fundamentado por que visa oferecer apoio contínuo à gestante. Possui como objectivo: auxiliar
no enfrentamento e na resolução de dificuldades/conflitos, bem como, na redução dos riscos
psicossociais presentes no processo gravídico.
Per. nº 11. Algumas vezes os médicos já lhe recomendaram a fazer consulta de psicologia?
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recomendaram fazer as consultas de psicologia e 26% nunca lhes foram recomendadas a fazer
consultas de psicologia.
Discussão dos resultados: Os resultados da nossa pesquisa, corrobora com a pesquisa levado a
cabo por Camarneiro, A. P. & Justo, J. (2010). O mesmo pesquisou sobre os padrões de
vinculação pré-natal. Contributos para a adaptação da Maternal and Paternal Antenatal
Attachment Scale em casais durante o segundo trimestre de gestação na região Centro de
Portugal, onde 88% referiram nunca terem lhes recomendado em fazer consulta de Psicologia e
desconheciam o tal acompanhamento.
Concordamos com o autot Fiorini (2004, p. 29), que afirma que; A consulta psicológica pré-
natal consiste em uma consulta oferecida à gestante em cada trimestre da gravidez, cujo
objetivo é esclarecer dúvidas e oferecer informações na perspectiva de promoção da saúde
mental e relacional. O autor acima mencionado, afirma ainda que, o atendimento visa
identificar a presença de fatores de risco psicossociais à saúde materna, infantil e familiar. O
fluxo de agendamento pode ocorrer através de encaminhamento realizado pelos profissionais
de saúde e/ou convite direto das estagiárias de psicologia às gestantes na sala de espera do
ambulatório.
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CONCLUÇÕES
Mais da cinquenta por cento das gestantes de ambas maternidades, não têm
conhecimento sobre a importância do acompanhamento psicológico em todas fases de
gestação, e boa parte das puérperas sabem sobre a importância do mesmo. Resultados
expostos na tabela número 02 relacionados com o primeiro objectivo.
Em ambas maternidades foi possível verificar que, a maior parte das gestantes e
puérperas têm acompanhamento psicológico, questão relaciona com o segundo
objectivo, tabela número 03. Em conversa com as que têm feito as consultas de
psicologia cliníca relataram que as mesmas consultas são irregulares, facto que
conseguimos constatar na prática.
Quanto ao encaminhamento para consulta de psicologia por parte dos médicos e outros
profissionais de saúde constatou-se que, 40% das gestantes das maternidades, citadas
não lhes foi recomendado a consulta de psicologia, mais boa parte das puérperas
afirmaram que lhes foi recomendado fazer a consulta de psicologia aqui vamos destacar
os médicos e outros profissionais da maternidade Lucrécia Paim, com a maior
percentagem dos encamiamentos. Facto relacionado com o terceiro objectivo tabela
número 04.
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SUGESTÕES
Que se, melhore as condições de trabalho dos Psicólogos Augusto Ngangula e Lucrécia
Paim, para melhorar a qualidade dos serviços dos útentes.
Que se, encontre espaços físicos e financeiros para a existência de novos consultórios de
psicologia dentro de ambas maternidades.
Que haja folhetos informativos sobre a saúde mental das gestantes e puérperas, bem como a
importância do acompanhamento em todas fases.
Ao Ministério da Saúde.
Que se faça o enquadramento de mais psicólogos nas unidades hospitalares para atenuar a
demanda existente nos hospitais em particular no hospital dos cajueiros;
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Anexos
Anexo 1 – Questionário sociodemográfico.
DADOS PESSOAIS
12. Achas ser importante seres seguida por um psicólogo além do médico?
Muito obrigada
Apendice