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POLUIÇÃO DO SOLO

A presença de produtos químicos produzidos ou pelo ser humano ou por outra alteração ambiental são
a causa da poluição do solo. As causas variam, pode ser pela atividade industrial, produtos químicos
agrícolas ou por descargas de resíduos inadequadas.

Os produtos químicos poluentes mais comuns são os hidrocarbonetos de petróleo, tratam-se compostos
químicos formados principalmente por hidrogênio e carbono e são a matéria-prima principal para a
produção de uma variedade de produtos, incluindo combustíveis como gasolina, diesel e querosene,
bem como matérias-primas para a fabricação de produtos químicos, plásticos e muitos outros produtos
industriais e de consumo. Além destes temos os hidrocarbonetos aromáticos, como é o caso do
naftaleno, solventes, pesticidas, chumbo e outros metais pesados.

A contaminação está geralmente associada ao grau de industrialização e à intensidade da utilização


destas substâncias químicas.

Os solos onde estão instaladas algumas indústrias, como as de produtos químicos, refinarias de
petróleo, tinturarias e curtição de peles, correm <<lopo risco de sofrer contaminação e de
permanecerem neste estado durante longos períodos, mesmo que estas indústrias tenham, entretanto,
acabado com a sua laboração.

No entanto, o uso excessivo de nutrientes na agricultura, resultante de fertilizações inadequadas, leva à


acumulação de elementos como o nitrogénio, sendo prejudicial a várias espécies vegetais, animais e
microrganismos no solo. A utilização indiscriminada de pesticidas, herbicidas, fungicidas e herbicidas,
podem causar a morte de inúmeros seres vivos, com graves consequências para grande parte das
cadeias alimentares.

Temos como exemplo, durante a extração mineira, as escombreiras, que são depósitos de resíduos,
contêm, frequentemente, metais pesados entre outras substâncias que são tóxicas. O abandono destes
resíduos a céu aberto, pode conduzir à poluição do solo e dos aquíferos na envolvência visto que a água
da chuva vai arrastar os seus constituintes.

A deposição indiscriminada e descontrolada de resíduos domésticos, resíduos de construção e


demolição também provoca a poluição do solo e afeta de forma negativa os seres vivos que dele
dependem

MEDIDAS DE COMBATE À POLUIÇÃO DO SOLO

 Identificar a origem dos contaminantes


 Analisar os efeitos de cada contaminante
 Incentivar a reflorestação após incêndios florestais
 Alterar as práticas agrícolas, de modo a diminuir o uso de pesticidas e fertilizantes
 Garantir a qualidade da impermeabilização dos aterros de modo a evitar infiltrações
 Dinamizar campanhas de sensibilização para a recolha diferenciada de resíduos

PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS E RESPETIVOS IMPACTES NA SAÚDE


HUMANA

1. Partículas suspensas: são uma mistura complexa de partículas sólidas e aerossóis suspensos
no ar, como poeiras e fumos, que transportam a maioria dos contaminantes. A dimensão das
partículas em suspensão pode variar significativamente e, quanto menor for essa dimensão,
maior a probabilidade de penetrar no aparelho respiratório e maiores os efeitos negativos
que podem causar. A exposição crónica a este poluente aumenta o risco de desenvolvimento
de doenças respiratórias e cardiovasculares e cancro de pulmão contribuindo para agravar
sintomas de outras doenças. As partículas podem ainda ligar-se a outros poluentes como
hidrocarbonetos e metais pesados e servir de transporte a estes poluentes, designadamente
até ao sistema respiratório de humanos e animais onde podem ser absorvidos pelo processo
respiratório e atingir a circulação sanguínea.
2. Compostos orgânicos voláteis: produtos químicos orgânicos libertados sob a forma de gases
a partir de sólidos ou líquidos que poluem o ar e podem ser prejudiciais à saúde. São
libertados por muitos produtos domésticos comuns, como os produtos de limpeza, tintas,
marcadores, colas, purificadores de ar, carpetes, produtos de higiene, entre outros. A
gasolina também. A exposição a estes compostos pode provocar dores de cabeça, alergias
cutâneas, irritação dos olhos, nariz e garganta, falta de ar e complicações respiratórias,
fadiga, tonturas, náuseas e falta de concentração e de memória. Se o período de exposição
for muito prolongado, os compostos orgânicos voláteis podem causar danos no fígado e no
sistema nervoso central.
3. Monóxido de carbono: gás muito venenoso para os animais, uma vez que compete com o
oxigénio na ligação à hemoglobina, diminuindo a hematose tecidular e pulmonar
4. Óxidos de nitrogénio: Convertem-se em ácido nítrico na atmosfera. Constituem uma das
principais causas das chuvas ácidas. Diminuem a capacidade respiratória e agravam a asma,
deterioram o sistema imunitário. Provocam irritação dos olhos e garganta, dores no peito, e
danos no sistema nervoso central e nos tecidos.
5. Óxidos de enxofre: gás venenoso para as plantas e os animais. As crianças e os idosos são
muito sensíveis a este gás, que causa bronquite. Na atmosfera, converte-se em ácido
sulfúrico, associando-se também à formação de chuvas ácidas.
6. Chumbo e outros metais pesados: O chumbo é muito perigoso, mesmo em baixas
concentrações. Acumula-se no organismo e causa lesões nos tecidos e órgãos. Tem impactos
no sistema nervoso (encefalopatia crônica, alterações cognitivas e de humor, neuropatia
periférica) e nos rins (nefropatia com gota, insuficiência renal crônica e síndrome de
Fanconi). Em casos mais graves, os danos cerebrais e renais podem levar à morte.
7. Ozono e outros oxidantes fotoquímicos: o ozono é muito tóxico para os animais e plantas,
levando a lesões nos tecidos
8. Substâncias tóxicos e radão: Entre os produtos químicos existentes na atmosfera, há
substâncias cancerígenas e materiais radioativos. O radão é um gás radioativo, produzido
naturalmente nas camadas internas da Terra. Todas as substâncias radioativas tendem a
danificar tecidos e órgãos dos seres vivos que com eles contactam

CHUVAS ÁCIDAS
Na falta de poluição atmosférica, a chuva é ligeiramente ácida com um pH de
5,6, uma vez que o dióxido de carbono reage com a água, originando ácido
carbónico. Qualquer precipitação que tenha um pH inferior a 5 é considerada
ácida e gera-se quando os óxidos de enxofre e de nitrogénio libertados para a
atmosfera se misturam com a chuva, o granizo ou a neve. As regiões muito
industrializadas podem apresentar precipitações muito mais ácidas do que o
normal, afetando os ecossistemas terrestres e aquáticos.
As análises químicas às precipitações ácidas detetaram a presença de ácido
sulfúrico (H,SO4) e de ácido nítrico (HNO3). Estes compostos formam-se a
partir do dióxido de enxofre e de óxidos de nitrogénio (poluentes primários), que
sofrem oxidação quando reagem com a água da atmosfera, transformando-se em
ácidos, que são poluentes secundários. Estes ácidos que fazem baixar o pH da
precipitação, formando as chuvas ácidas. Estas não são apenas características das
regiões industrializadas, pois os poluentes circulam na troposfera, em função do
regime de ventos e das correntes atmosféricas. As chaminés altas nas indústrias
aliviam os problemas locais, mas disseminam as substâncias ácidas que entram
na circulação atmosférica e podem causar efeitos a longas distâncias da fonte de
emissão.

A água da maioria dos lagos e dos rios possui um pH que oscila entre 6 e 8. A
acidificação destas águas pode provocar a morte dos organismos que habitam
nestes locais ou impedir que se reproduzam, uma vez que os ovos, o esperma e os
estados larvares são extremamente sensíveis às variações do pH. O crescimento
do fitoplâncton também é inibido pela diminuição do pH da água, afetando as
cadeias alimentares.
As águas ácidas têm um elevado poder dissolvente e promovem a dissolução de
metais das rochas ou do solo com que contactam.
Muitos destes metais podem ser tóxicos para as plantas e para os animais,
destacando-se o mercúrio. Contudo, nem todas as massas de água que recebem
precipitação ácida sofrem uma redução do pH, pois alguns constituintes das
rochas desses locais (por exemplo, o carbonato de cálcio, CaCO3) neutralizam os
ácidos, impedindo a acidificação da água.
A partir de 1980, assistiu-se ao declínio de muitas florestas, resultante de reações
químicas das chuvas ácidas com os solos. No início, o nitrogénio e o enxofre
transportados pelas chuvas estimularam o crescimento das árvores. Contudo,
estas substâncias também arras-taram, por lixiviação, os neutralizantes (magnésio
e cálcio) e parte dos nutrientes essenciais ao crescimento. Na presença da água
ácida, os minerais de alumínio que se encontram no solo libertam iões alu-mínio.
A combinação do alumínio, que é muito tóxico, com a escassez do cálcio
(essencial para as plantas) reduz o crescimento das árvores e provoca a sua morte
(Fig. 14). Como resultado da acidificação do solo, é frequente ocorrer a
substituição das populações originais de plantas por espécies mais resistentes,
podendo tornar-se infestantes.
A disseminação dos poluentes atmosféricos ultrapassa as fronteiras dos países e
dos continentes, implicando que o problema seja enfrentado a nível nacional e
internacional, com medidas globais para minimizar as emissões de poluentes.

PERTURBAÇÃO DA CAMADA DE OZONO


O Ozono é um gás atmosférico que pode ser encontrado na troposfera ou na
estratosfera: o ozono que se situa na estratosfera constitui uma camada que
desempenha um papel vital para a vida na Terra. Apenas 1% das radiações
ultravioleta (UV) que incidem sobre
A Terra atinge a sua superfície, sendo estas radiações responsáveis por
queimaduras solares e cancros de pele; caso todas as radiacoes UV emitidas pelo
Sol chegassem à superfície terrestre, a Grande maioria dos seres vivos terrestres
não sobreviveria.

As radiações UV são nocivas para os seres vivos, pois danificam as proteínas e o


DNA. A camada de ozono absorve parte dos UV, reduzindo a quantidade que
atinge a superfície terrestre. O ozono forma-se a partir do oxigénio e pode ser
degradado por determinados compostos. Destacam-se os clorofluorcarbonetos
(CFC), que danificam a camada do ozono devido aos átomos de cloro que
libertam na estratosfera, em resultado da decomposição fotoquímica

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