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ESCOLA POLITÉCNICA
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Salvador
2022
LEANDRO CÂNDIDO DE SIQUEIRA
Salvador
2022
Dedico este trabalho ao meu pai, Nivaldo, à minha mãe, Armanda, e à minha
irmã, Lívia,
Por todo apoio durante esta jornada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Nivaldo Siqueira e Armanda Siqueira, e à minha irmã Lívia Siqueira,
por terem me apoiado em todos os momentos.
Agradeço aos meus amigos João Rios, Naian Silva, Rafael Tavares e Yann Falcão, que me
acompanham desde o colégio e compartilharam esta etapa de graduação comigo. Agradeço
também à Esther Catarina, Ítalo Barbalho, Márcia Luisa, Monalisa Passos e Samara Lyrio, que
mesmo distantes sempre me apoiaram.
Agradeço aos amigos que fiz na UFBA: Aline Chamusca, Gustavo Cunha, Jade Pessoa,
Leonardo Viana, Manuella Santana, Roberta Rezende e Yan Carneiro, que tornaram o processo
muito mais agradável.
Agradeço também à equipe GETEC, aos amigos que fiz e aos incríveis profissionais que tive a
oportunidade de conhecer, em específico o Prof. Dr. Emerson de Andrade Marques Ferreira e
à Mestre Caroline Silva Araújo, que me orientaram durante o tempo que participei da equipe.
Por fim, agradeço ao Professor Doutor Daniel de Souza Machado, por ter me orientado no
desenvolvimento deste trabalho e por todo o apoio e ensinamentos que tornaram este trabalho
possível.
“Nunca ande por trilhas, pois assim só irá até onde outros já foram” – Alexander Graham
Bell
SIQUEIRA, Leandro Cândido. Desenvolvimento do Cálculo da Protensão para o Software de
Vigas Protendidas Cabblic. 75 p. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso) – Escola
Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2022.
RESUMO
A protensão é uma técnica que utiliza aços de alta resistência para promover estados iniciais de
tensão em elementos de concreto, visando combater as solicitações causadas pela utilização da
estrutura. O concreto protendido possibilita a viabilização de estruturas com grandes vãos,
promovendo flechas menores e fissuração reduzida comparado aos mesmos elementos em
concreto armado. Devido à complexidade dos cálculos da protensão, esta área é muito
beneficiada por programas computacionais, mas a oferta dessas ferramentas ainda é muito
limitada. Este trabalho apresenta o desenvolvimento do módulo de cálculo de protensão do
software Cabblic, como uma continuação ao software de auxílio de traçado e detalhamento de
cabos de protensão Tensor Pro. O Cabblic é um software desenvolvido em ambiente web para
cálculo e detalhamento de vigas protendidas e que faz parte de um projeto maior e muito mais
complexo. Para o escopo deste trabalho, foi optado por discutir como foi desenvolvido o cálculo
da protensão, apresentando o fluxo de projeto no software, o processo de cálculo e como este
foi adaptado e viabilizado em ambiente computacional.
Prestressing is a technique that uses high-strength steel to promote initial states of tension in
concrete elements, in order to combat the stresses caused by the use of the structure. Prestressed
concrete enables the construction of structures with large spans, promoting smaller deflections
and reduced cracking compared to the same elements in reinforced concrete. Due to the
complexity of prestressing calculations, this area is strongly benefited by computer programs,
but the supply of these tools is currently very limited. This research presents the development
of the prestressing calculation module of the Cabblic software, as a continuation of the Tensor
Pro prestressing cable tracing and detailing tool. Cabblic is a software developed in a web
environment for calculating and detailing prestressed beams and it is part of a larger and much
more complex project. For the purposes of this paper, it was decided to discuss how the
prestressing calculation was developed, presenting the project flow in the software, the
calculation process, and how it was adapted and made possible in a computational environment.
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Verificações no ELS de acordo com o tipo de concreto estrutural ....................... 9
Tabela 2.2 – Combinações Últimas e de Serviço .................................................................... 10
Tabela 3.1 – Combinações Últimas e de Serviço .................................................................... 46
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ATO é o ato da protensão
Ac é a área de concreto da seção transversal
Ap é a área de aço ativo
Ap,1cord é a área de uma cordoalha
As,ATO é a área de aço da armadura passiva no ATO
CG representa o centro de gravidade de um elemento de área
At representa a área de um triângulo
d é a distância do centro de gravidade de um elemento de área até o centro de gravidade da
seção transversal da qual ele faz parte
Eci é o módulo de elasticidade do concreto tangente inicial
Eci(t) é o módulo de elasticidade do concreto aos t dias
ep é a excentricidade do cabo de protensão
Ep é o módulo de elasticidade da armadura ativa
ELS representa os estados-limites de serviço
ELS-CE representa o estado limite de compressão excessiva
ELS-D representa o estado limite de descompressão
ELS-F representa o estado limite de formação de fissuras
ELU representa o estado-limite último
Ftração representa uma força de tração
fbpd é a resistência de aderência de cálculo da armadura ativa
fck é a resistência à compressão característica do concreto aos 28 dias
fckj é a resistência à compressão característica do concreto aos j dias
fctk,inf é a resistência à tração inferior característica do concreto
fctm é a resistência à tração direta média
fcd é a resistência de cálculo do concreto
Fd é o valor de cálculo das ações para combinação última
Fd,ser é o valor de cálculo das ações para combinação de serviço
Fgk representa as ações permanentes diretas
Fqk representa as ações variáveis diretas das quais Fq1k é escolhida principal
fpyd é o valor de cálculo da resistência de escoamento do aço ativo
hfic é a espessura fictícia
Ix é o momento de inércia em torno do eixo x, na altura do centro de gravidade da seção
transversal
Ix̅ é o momento de inércia em torno do eixo x, na altura do centro de gravidade de um
elemento de área
k é o coeficiente de perda por metro de cabo provocada por curvaturas não intencionais do
cabo
l é o comprimento da pista de ancoragem
lbp é comprimento de ancoragem básico para armadura ativa
lbpd é comprimento de ancoragem para armadura ativa
lbpt é comprimento de transferência da armadura pré-tracionada
n é o número de cabos
Ncord é o número de cordoalhas
Pi é a força máxima aplicada à armadura de protensão pelo equipamento de tração
P0(x) é a força na armadura de protensão após as perdas por atrito
P0’(x) é a força na armadura de protensão após as perdas por acomodação da ancoragem
Pimediatas é a força de protensão após as perdas imediatas
Pi,1cord é a força de protensão inicial de uma cordoalha
P∞ é a força de protensão a tempo infinito, após todas as perdas de protensão
P∞,nec é a força de protensão necessária a tempo infinito
s é um parâmetro que depende do tipo do cimento adotado
t é a idade do concreto no período analisado
tfic é a idade fictícia do concreto
t0 é o instante de aplicação de carga
t∞ é a vida útil da estrutura
U é a umidade média do ambiente
Wsup é o módulo de resistência superior
Winf é o módulo de resistência inferior
x é a abscissa contada a partir da seção do cabo, na qual se admite que a protensão tenha sido
aplicada ao concreto
αE é o coeficiente que depende do tipo do agregado
αp é a relação entre Ep e Eci
β1 é o coeficiente de crescimento da resistência do concreto
βs(t) é o coeficiente relativo à retração no instante t
ecs (t) é a deformação por retração, no intervalo de tempo (t, t 0)
ecs∞ é o valor final da retração
e1s é o coeficiente dependente da umidade relativa do ambiente e da consistência do concreto
e2s é o coeficiente dependente da espessura fictícia da peça
γc é o coeficiente de ponderação da resistência do concreto
γf é o coeficiente de ponderação das ações no ELU
γp é o coeficiente de ponderação das cargas oriundas da protensão
φa é o coeficiente de deformação rápida
φd é o coeficiente de deformação lenta reversível
φf é o coeficiente de deformação lenta irreversível
φ(t, ti) é o coeficiente de fluência, para o intervalo (t, t i)
Δl é a distância de acomodação do dispositivo de ancoragem na pré-tração
Δσcgi são as tensões no concreto, na fibra da armadura protendida, devido aos carregamentos
gi, aplicados nas idades ti sucessivas
Δσp é a perda de tensão na armadura de protensão
Δσp,c+s (t, t0) é a perda de tensão devido ao efeito conjunto retração e fluência
Δσpr (t, t0), rel é a perda de tensão devido à relaxação do aço ativo
Δw é o valor da acomodação do dispositivo de ancoragem
σcomb representa a tensão devido à uma combinação
σcp é a tensão no concreto, ao nível do centro de gravidade de Ap, devido à protensão
simultânea dos n cabos
σcg é a tensão no concreto ao nível do centro de gravidade de Ap, devido à ação das cargas
σlim representa a tensão limite
σlim,ELS−CE é a tensão limite no ELS-CE
σlim,ELS−D é a tensão limite no ELS-D
σlim,ELS−F é a tensão limite no ELS-F
σnec,prot representa a tensão necessária devida a protensão
σpi é a tensão na armadura ativa imediatamente após a aplicação da protensão
σp∞ é a tensão devido a protensão a tempo infinito
ψ0 é o fator de redução de combinação para ELU
ψ1 é o fator de redução de combinação frequente para ELS
ψ2 é o fator de redução de combinação quase permanente para ELS
Ω é a área do diagrama de forças perdidas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1.1. JUSTIFICATIVAS ...................................................................................................... 2
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................... 58
5.1. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................................................... 58
1. INTRODUÇÃO
aos projetos em concreto armado, levando a um déficit de projetistas nessa área. Com isso, a
maioria dos profissionais sequer aprende a dimensionar utilizando protensão, que em
contrapartida tem crescido em demanda devido aos ganhos estruturais e maiores possibilidades
para os projetos arquitetônicos que ela oferece. Na últimos anos, houve a introdução de lajes
protendidas em alguns softwares bastante utilizados de edificações que atendem as exigências
das normas brasileiras de estruturas, trazendo uma melhora no cenário. Porém, a maioria não
possui suporte para o projeto de vigas protendidas, e aqueles que possuem, são complexos,
limitados a geometrias mais comuns e de difícil utilização. Além disso, estes softwares para
vigas possuem alto custo de aquisição em relação aos resultados e a flexibilidade que oferecem.
1.1. JUSTIFICATIVAS
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Desenvolvimento do Cálculo da Protensão para o Software de Vigas Protendidas Cabblic
1 Introdução 3
nas tecnologias mais atuais, sendo disponibilizado em ambiente web e acessível de qualquer
computador ou sistema operacional.
Em seu trabalho, Bittencourt (2021) indicou como sugestão para trabalhos futuros a
continuação do software Tensor Pro, visando implementar novas funcionalidades, como o
desenvolvimento do máximo de verificações para vigas. A união da funcionalidade de traçado
e detalhamento dos cabos de protensão desta ferramenta, associado ao cálculo da protensão para
vigas, teria como resultado um software que traria uma contribuição muito enriquecedora para
a Engenharia Civil. A partir disso, deu-se origem a este trabalho.
Este trabalho é composto por cinco capítulos, além das Referências Bibliográficas.
No Capítulo 1, é feita uma introdução do tema, com apresentação das justificativas de
pesquisa, dos objetivos e da delimitação da pesquisa.
No capítulo 2, é realizada uma revisão bibliográfica sobre concreto protendido e
softwares de engenharia.
No capítulo 3 apresenta-se a metodologia da pesquisa, contemplando o delineamento da
pesquisa, o fluxo de projeto no software e o desenvolvimento do processo de cálculo da
protensão. Nesta etapa, o desenvolvimento do código é explicado, priorizando os conceitos e
métodos utilizados ao invés da programação.
No capítulo 4 os resultados obtidos são apresentados e discutidos, com um exemplo do
passo a passo do projeto, desde a criação de uma viga até a análise dos resultados.
No capítulo 5, são apresentadas as conclusões do trabalho com base nos resultados
alcançados e são indicadas sugestões para trabalhos futuros.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A partir da criação do cimento Portland, em 1824, e das primeiras fábricas, por volta de
1855, iniciou-se a utilização do concreto com armaduras de aço, inicialmente baseados em
observações empíricas (VERÍSSIMO, 1998). Somente em 1877 o efeito da aderência entre o
concreto e armaduras de aço foram compreendidos pelo americano Hyatt, passando a utilizar
as armaduras apenas nas partes tracionadas do concreto, e já em 1886 iniciaram as primeiras
proposições de pré-tensionar o concreto, com aparecimento das primeiras teorias sobre perdas
de protensão em 1912 (VERÍSSIMO, 1998). Por volta de 1930, o engenheiro francês Eugene
Freyssinet, responsável pelas pesquisas de perdas de protensão causadas pela retração lenta do
concreto e uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do concreto protendido como
conhecemos hoje, já apresentava trabalhos sobre aplicação de protensão no concreto, propondo
a utilização de aços e concretos de alta resistência (VERÍSSIMO, 1998; COLLINS;
MITCHELL, 1997). A partir de então, o concreto protendido passou a ser utilizado
mundialmente em pontes, galpões, reservatórios, edificações e nas mais diversas estruturas.
(a) (b)
Fonte: Adaptado de Cholfe e Bonilha (2018).
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[…] aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por
equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de, em condições de
serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem
como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado-
limite último (ELU). (ABNT NBR 6118:2014).
Estas armaduras são confeccionadas na forma de cordoalhas e podem ser posicionadas
dentro de bainhas, formando cabos, ou de forma individual. Após a concretagem da peça, no
concreto protendido, é aplicada uma tensão no aço, o que gera efeitos nos elementos com
sentido contrário ao da solicitação (Figura 2.2).
(a) (b)
(c)
Fonte: Adaptado de Cholfe e Bonilha (2018).
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A posição inicial do elemento (a) é alterada na etapa da protensão (b), quando os cabos
ou cordoalhas, ao ser tracionados, geram forças de compressão e momentos fletores na peça.
Como resultado, durante a fase de utilização da estrutura, o elemento protendido (c) apresenta
redução da fissuração e deformações menores em comparação ao concreto armado, para o
mesmo caso de carregamentos.
Os efeitos gerados pela protensão dependem do posicionamento do cabo em relação ao
centro de gravidade da peça (CHOLFE; BONILHA, 2018). A Figura 2.3 apresenta os efeitos
da força de protensão em uma seção transversal, com os diagramas de tensões.
A força de protensão, representada por Np, pode ser entendida como uma força normal,
gerando uma tensão de compressão obtida pela divisão da força de protensão pela área da seção
transversal. Caso esta força esteja aplicada de forma excêntrica em relação ao centro de
gravidade da seção, a excentricidade ep gera um momento fletor no centro de gravidade da peça,
levando as tensões de tração e compressão, que vão variar a depender do posicionamento do
cabo (CHOLFE; BONILHA, 2018). Na prática, o posicionamento do cabo é direcionado pelas
tensões que se deseja alcançar para compensar os efeitos dos esforços solicitantes.
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Após atingir uma determinada resistência, os dispositivos de ancoragem das cordoalhas são
soltos, transferindo à protensão ao elemento por aderência (PFEIL, 1984).
Na pós-tração, as cordoalhas de aço podem ser do tipo aderente ou não aderente.
No caso da pós-tensão não aderente, as cordoalhas são envolvidas por uma camada de proteção
preenchida com graxa (Figura 2.4) e a força de protensão é transferida pelas ancoragens nas
extremidades da peça (PFEIL, 1984). Após o concreto atingir uma determinada resistência, é
aplicada a protensão.
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O cálculo da protensão pode ser feito de duas formas: a) dimensionamento pelo ELU,
em que é definida a quantidade de cordoalhas necessárias de acordo com a proporção entre
armaduras ativas e passivas, com posterior verificação do ELS e b) dimensionamento pelo ELS,
visando atender às verificações de acordo com o nível de protensão adotado e verificando o
ELU, com cálculo da armadura passiva necessária (CHOLFE; BONILHA, 2018).
Independente da ordem escolhida, para o ELU, é necessário calcular o momento
solicitante devido às combinações normais últimas, utilizando os coeficientes de majoração γ g
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e γq. Com o momento solicitante, calcula-se a área de aço necessária para resistir aos esforços
de tração gerados.
Para o ELS, é necessário calcular as combinações de ações em serviço de acordo com o
definido na Tabela 2.1, calcular as tensões resultantes e em seguida calcular às tensões
necessárias devido a protensão de acordo com os limites de tensão impostos pela NBR para
cada estado limite. A partir da tensão necessária devido à protensão, calcula-se a força
necessária e o número de cordoalhas que produzem esta força (CARVALHO, 2012; CHOLFE;
BONILHA, 2018).
Uma etapa importante durante o dimensionamento de um elemento em concreto
protendido é o cálculo das perdas de protensão. Este cálculo varia de acordo com o tipo de
protensão definido (pré ou pós tração) e é feito pela aplicação de uma grande quantidade de
fórmulas, definidas na ABNT NBR 6118:2014 e complementadas pela literatura técnica
existente.
Para a pré-tração, as perdas de tensão na armadura ocorrem em três etapas: a) perdas
iniciais; b) perdas imediatas e c) perdas progressivas. As perdas iniciais (a) ocorrem devido à
acomodação dos dispositivos de ancoragem na cabeceira da pista de protensão. Já as perdas
progressivas (b) ocorrem na etapa da transferência da protensão devido ao encurtamento
elástico do concreto e devido à transferência por aderência da força de protensão. Por fim, as
perdas progressivas acontecem ao longo da vida útil da peça, devido aos efeitos de retração e
fluência do concreto e da relaxação sofrida pelo aço (CARVALHO, 2012).
No caso da pós-tração, as perdas são divididas em imediatas e progressivas. As perdas
imediatas ocorrem devido à perda por atrito, provocada pela aderência ao concreto e por
curvaturas não intencionais dos cabos; devido à acomodação dos dispositivos de ancoragem e
devido ao encurtamento elástico do concreto (CARVALHO, 2012). As perdas progressivas são
idênticas ao caso da pré-tração.
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O objetivo de seu trabalho foi parametrizar viga e cabos, com retorno visual dos
formulários de geometria (desenho da seção transversal) e em seguida gerar resultados com
dados geométricos do cabo e desenhos em formato DXF. O fluxo da funcionalidade do software
é apresentado a seguir (Figura 2.7).
Figura 2.7 – Fluxo básico da funcionalidade do traçado de cabos
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Com os dados armazenados nos objetos viga e cabos, são criados os objetos que
representam uma seção transversal, através das classes seção da viga e seção do cabo. Elas
interagem entre si de acordo com o representado a seguir (Figura 2.9).
Figura 2.9 – Diagrama da relação entre as entidades
Portanto, para uma viga com 2000 cm, com três cabos (entidades representadas na
esquerda), será gerada uma seção transversal que representa a viga, e três seções que
representam os cabos, uma para cada (BITTENCOURT, 2021) (Figura 2.10).
Figura 2.10 – Análise da seção em x = 1000 cm
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3 Metodologia 16
3. METODOLOGIA
Como o objetivo deste trabalho é desenvolver uma ferramenta de cálculo para vigas
protendidas como complemento ao software criado por Bittencourt (2021), a metodologia
adotada baseou-se complementação das funcionalidades do software desenvolvido em seu
trabalho por meio da introdução do procedimento de cálculo e verificações segundo a ABNT
NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.
Diferente da programação orientada a objetos (POO), que é focada na arquitetura dos
dados da solução e que foi utilizada sabiamente por Bittencourt (2021) na definição de classes
para modelar as entidades relacionadas ao programa, como a própria viga, os cabos e as seções
transversais, neste trabalho foi utilizado o paradigma da programação funcional, já que esta é
muito mais focada na forma em que o código é desenvolvido e replica melhor os cálculos
sequenciais que fazem parte do dimensionamento da protensão.
Com o desenvolvimento das funções de cálculo, a arquitetura proposta e desenvolvida
por Bittencourt (2021) se manteve conservada, com a adição de novas funcionalidades que
poderão ser aplicadas para cada entidade. De maneira geral, será desenvolvida uma função
principal chamada calculate (calcular do inglês), que será responsável por realizar todos os
cálculos e retornar os resultados, que serão exibidos na forma de verificações, tabelas e gráficos.
Para o desenvolvimento, foi utilizada a linguagem de programação TypeScript, que
permite realizar a definição de tipos (número, texto, booleanos, vetores, etc.) para as variáveis
do cálculo, evitando a propagação de erros. Para exemplificar, a seguir é apresentada o código
da função para cálculo do fcd (Figura 3.1).
Para utilizá-la, basta chamar a função passando os parâmetros exigidos. Com o valor de
fck de 40 MPa e γc de 1,4, o resultado seria 28,5714286 MPa. No código, este valor seria
armazenado na variável declarada, podendo ser utilizado como se desejar. Toda vez que a
função é chamada novamente, o valor é recalculado de acordo com os parâmetros que foram
passados (Figura 3.2).
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3 Metodologia 18
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3 Metodologia 19
Para otimizar o fluxo do projeto, a atualização dos resultados é feita em tempo real. Para
isso, toda vez que houver uma alteração nos parâmetros que influenciam no cálculo, as funções
responsáveis por essa tarefa são chamadas e executadas. Desta forma, a utilização de um botão
para executar a ação de calcular a viga é dispensada e a utilização do software fica mais fluida.
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3 Metodologia 20
Para implementação do cálculo, foi criada a função calculateBeam (do inglês, calcular
viga), que abrange a lógica necessária para seguir o fluxograma definido. Cada uma das etapas
do fluxograma foi criada como uma função específica, nomeada seguindo a mesma lógica da
função principal (calculateSectionsPositions, calculateSectionsProperties...), compondo o
cálculo por partes, de maneira sequencial. Ao longo deste capítulo, serão discutidas cada uma
destas etapas, apresentando os formulários para definição dos parâmetros de entrada, as
equações e os métodos de cálculo utilizados.
Fonte: Autor.
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3 Metodologia 21
A origem do cálculo foi definida no extremo esquerdo da viga e as posições das seções
foram definidas a partir do espaçamento encontrado no eixo Z, já que a seção transversal foi
representada no plano XY, visando manter o padrão do sistema de coordenadas adotado nas
análises de seções. Para um vão de 40 metros, por exemplo, com um número de seções igual a
11, a viga será dividida igualmente em 10 espaços de 4 metros (0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,
36, 40), que serão as seções utilizadas em todas as etapas seguintes do cálculo.
Fonte: Autor.
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3 Metodologia 22
Fonte: Autor.
Como resultado, tem-se a seção transversal (Figura 3.10) dividida em duas etapas ou
fases de operação: a) seção simples (sem seção contribuinte), utilizada no cálculo de perdas
iniciais/imediatas e no ATO da protensão e b) seção composta (com seção contribuinte),
utilizada no cálculo dos E.L.S., E.L.U. e perdas progressivas. Caso não seja utilizada a seção
contribuinte, os cálculos tanto na etapa de protensão quanto na etapa de operação serão feitos
pela seção simples.
Figura 3.10 – Parâmetros de geometria da seção da viga
Fonte: Autor.
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3 Metodologia 23
Também é possível alargar a seção de apoio definindo um valor adicional para a largura
da alma da viga (w) e o comprimento alargado, em um formulário adicional semelhante aos
apresentados.
Após a definição das seções, são calculadas propriedades como área de concreto (Ac),
centro de gravidade (CG) e momento de inércia no eixo x (Ix). Em seguida, calcula-se a
distância do centro de gravidade até a fibra superior (ysup) e até a fibra inferior (yinf),
excentricidade do cabo de protensão (ep), representados na Figura 3.11 e dos módulos de
resistência superior (Wsup) e inferior (Winf).
Figura 3.11 – Propriedades geométricas da seção transversal (simples ou composta)
Fonte: Autor.
Para o Estado Limite Último, é necessário calcular área e centro de gravidade da parcela
comprimida da seção, em variadas posições de linha neutra, que será utilizado para definição
do braço de alavanca. Como nem sempre o polígono que representa a área comprimida é uma
figura geométrica conhecida, no caso de geometrias irregulares à exemplo de uma seção “I”,
uma opção é dividir a geometria em outras figuras geometrias conhecidas, como triângulos.
Para realizar os cálculos pelo software, foi utilizado o método da triangulação de polígonos,
que a partir das coordenadas de um polígono qualquer retorna o polígono triangulado e os dados
de cada triângulo (Figura 3.12).
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3 Metodologia 24
Fonte: Autor.
Para o cálculo da área equivalente, é feito o somatório de todos os triângulos (Eq. 3.1). Para
o centro de gravidade, faz-se uma média ponderada dos centros de gravidade de cada triângulo
pela respectiva área (Eq. 3.2). Já para a inércia, é preciso usar o Teorema dos Eixos Paralelos
(Eq. 3.3), que possibilita transformar o momento de inércia de uma área em relação a um eixo
arbitrário, neste caso o centro de gravidade de cada triângulo, para um eixo central (BEER, F.
P., 2015).
𝑛
∑𝑛0 𝐴𝑡 [𝑖 ] × 𝐶𝐺𝑡 [𝑖 ]
CG = (Eq. 3.2)
∑𝑛0 𝐴𝑡[𝑖 ]
Ix = I̅x + A𝑡 × d2 (Eq. 3.3)
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3 Metodologia 25
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3 Metodologia 26
Com os esforços definidos pelo usuário, são calculados os esforços solicitantes em cada
seção. Para o caso de carga linear, o esforço em cada seção é obtido pela análise isostática da
viga biapoiada, apresentada nas equações a seguir.
𝑝 × 𝐿 × 𝑥 𝑝 × 𝑥2 (Eq. 3.4)
𝑀 (𝑥 ) = −
2 2
𝑝×𝐿 (Eq. 3.5)
𝑉 (𝑥 ) = −𝑝×𝑥
2
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3 Metodologia 27
Onde:
p = carregamento, em kN/m;
L = comprimento da viga, em metros;
x = posição da seção calculada, conforme definido em 3.3.1.
Já para os esforços com entrada manual, é utilizada interpolação linear (Eq. 3.6) para
encontrar os valores nas seções definidas no cálculo, já que estas não precisam necessariamente
coincidir com as seções utilizadas na definição da curva que representa os esforços do
carregamento. Quanto maior a número de seções definidas no carregamento de entrada manual,
maior a precisão da interpolação.
𝑥 − 𝑥0 (Eq. 3.6)
𝑦 = 𝑦0 + (𝑦1 − 𝑦0) ×
𝑥1 − 𝑥0
Com os esforços de cada carregamento calculados para cada seção de cálculo, são
obtidas as combinações últimas e de serviço a serem utilizadas no cálculo dos ELS e ELU.
A depender do tipo de concreto estrutural utilizado, a norma define a utilização de
diferentes combinações para a verificação do ELS-D e do ELS-F. No software, o usuário pode
escolher entre concreto protendido nível 2 (protensão limitada) e concreto protendido nível 3
(protensão completa) a partir da lista suspensa no menu “Cabos” conforme apresentado na
Figura 3.16. Também é possível ver a entrada de dados sobre o tipo de aderência, diâmetro da
cordoalha e parâmetros utilizados no cálculo de perdas, que serão discutidos mais à frente.
Figura 3.16 – Entrada de dados do tipo de concreto estrutural utilizado
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3 Metodologia 29
O próximo passo é calcular a tensão necessária para atender aos estados limites de
acordo com o tipo de concreto protendido selecionado anteriormente. Para o nível 2 (protensão
limitada), verifica-se o ELS-F com a combinação frequente (CF) e o ELS-D com a combinação
quase permanente (CQP). Já para o nível 3 (protensão completa), verifica-se o ELS-F pela
combinação rara (CR) e o ELS-D para a combinação frequente (CF).
Para encontrar as tensões mínimas necessárias para a protensão em cada seção, é
utilizada a tensão limite para o caso estudado, subtraída pela tensão devido à combinação (Eq.
3.14).
𝜎𝑛𝑒𝑐,𝑝𝑟𝑜𝑡 = 𝜎𝑙𝑖𝑚 − 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑏 (Eq. 3.14)
Nesta etapa, são calculadas tensões necessárias para atender ao ELS-D e ao ELS-F, tanto
para as fibras superiores quanto para as fibras inferiores.
Esta etapa de cálculo por tensões em cada seção é extremamente importante, já que o
cabo pode estar posicionado de forma que a seção crítica da tensão solicitante (σnec,prot) não
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3 Metodologia 30
coincida com a maior excentricidade do cabo (ep), levando a força de protensão crítica (P∞,nec)
cair numa seção diferente da esperada.
Para obter a força de protensão inicial de uma cordoalha (Pi,1cord), calcula-se a tensão de
protensão σpi, que depende do tipo de aderência selecionado (Pré-tração, Pós-tração aderente
ou Pós-tração não aderente). Em seguida, encontra-se a força inicial de uma cordoalha,
multiplicando a tensão σpi pela área da cordoalha escolhida (Eq. 3.16);
𝜎𝑝𝑖
𝑃𝑖,1𝑐𝑜𝑟𝑑 = (Eq. 3.16)
𝐴𝑝,1𝑐𝑜𝑟𝑑
Em seguida, calcula-se o Pi para o cabo médio, que será utilizado no cálculo das perdas
de protensão (Eq. 3.18).
𝑃𝑖 = 𝑃𝑖,1𝑐𝑜𝑟𝑑 × 𝑁𝑐𝑜𝑟𝑑 (Eq. 3.18)
O cálculo do número de cordoalhas adotado é feito de forma iterativa (ver Figura 3.18):
com os valores de Pi, calcula-se as perdas e encontra-se o P∞ em cada seção. Em seguida,
compara-se o P∞ com o P∞,nec, e caso o valor seja menor do que o necessário, aumenta-se a
quantidade de cordoalhas e executa novamente o cálculo, até que a condição seja atingida.
Como resultado, tem-se o número de cordoalhas necessário para atender aos ELS-D e ELS-F,
bem como os valores reais de Pi, P∞ e também da força de protensão após as perdas imediatas
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3 Metodologia 31
(Pimediatas). Como o processo de cálculo das perdas é extenso, ele será abordado separadamente
para não interromper o fluxo do entendimento.
Figura 3.18 – Cálculo do Número de Cordoalhas Necessário
Fonte: Autor.
Em alguns casos, o cabo pode estar mal posicionado ou a geometria inadequada para os
esforços solicitantes. Nessas situações, notou-se que o valor das cordoalhas crescia
indefinidamente, até que as perdas começavam a ser mais significativas do que o aumento da
força de protensão gerado pelo acréscimo de uma cordoalha. Nesses casos, o número de
cordoalhas calculado é alterado para uma cordoalha e o resultado do cálculo fica marcado como
“Falha”. As verificações e resultados serão discutidos detalhadamente mais à frente.
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3 Metodologia 32
Onde:
s = parâmetro que depende do tipo do cimento, igual a 0,38, 0,28 ou 0,20;
t = idade do concreto no período analisado.
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3 Metodologia 33
A maior e mais complexa etapa do cálculo no que diz respeito às equações e métodos
utilizados é a função que calcula as perdas de protensão.
A ABNT NBR 6118:2014 divide as perdas em três fases: a) ocorridas antes da
transferência da protensão ao concreto (perdas iniciais, na pré-tração); b) ocorridas durante essa
transferência (perdas imediatas) e c) diferidas ao longo do tempo (perdas progressivas).
Como durante o cálculo das perdas há diferenciação entre as etapas de cálculo para vigas
com pré-tração e pós-tração, a função de cálculo das perdas também foi dividida seguindo esta
lógica. Para facilitar o entendimento,
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3 Metodologia 34
Boa parte das equações de cálculo das perdas são tratadas como variação de tensão, que
é convertida em perda de força de protensão pela equação a seguir (Eq. 3.27).
Δ𝑃 = Δ𝜎𝑝 × 𝐴𝑝 (Eq. 3.27)
As perdas iniciais, que ocorrem no caso da pré-tração, se dão pela acomodação dos
dispositivos de ancoragem na pista de protensão. Como as cordoalhas são protendidas
livremente, já que a viga ainda não foi concretada, a parcela que acomoda se distribui
igualmente pelo cabo, gerando uma queda uniforme de tensão (Eq. 3.28).
Δ𝑙
Δ𝜎𝑝 = 𝐸𝑝 × (Eq. 3.28)
𝑙
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3 Metodologia 35
Para o cálculo da variação angular (Σα) são utilizadas as posições do cabo ao longo do
eixo Z. Para cada seção z analisada, é calculado o ângulo formado entre o cabo e o plano
horizontal pela tangente do triângulo formado por um ponto imediatamente antes (z – 1 cm) e
outro imediatamente depois (z + 1 cm). No caso das seções extremas, um dos pontos auxiliares
é substituído pelo ponto da seção (z). Para obter os valores acumulados, basta somar os valores
de cada seção.
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3 Metodologia 36
Figura 3.21 – Cálculo da tangente do ângulo formado pelo cabo em uma seção z
Para o caso da viga ser protendida pelos dois lados (ancoragem ativa-ativa), é necessário
calcular as perdas por atrito por ambos os lados e adotar o maior valor em cada seção para
encontrar os valores corretos. Na Figura 3.24, é possível ver o resultado da protensão pela
extremidade esquerda da viga, em verde, pela extremidade direita, em azul, e o valor resultante,
representado pelo limite superior da área hachurada.
Figura 3.22 – Diagrama de Forças P0x com Ancoragem Ativa-Ativa
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3 Metodologia 37
Fonte: ECT/UFRN.
Além das perdas por atrito, também há perda sofrida pela acomodação do dispositivo
de ancoragem (encunhamento). Para o caso da pós-tração, essa acomodação não é absorvida de
forma uniforme pelos cabos, já que nesta etapa a viga já está concretada.
Como resultado, tem-se uma perda partindo da ancoragem dos cabos até uma
determinada seção, onde a perda por acomodação é totalmente dissipada (Figura 3.24). No caso
de cabos curtos e cabos retos com baixo coeficiente de atrito, este valor costuma ser bem
significativo e traz um impacto significativo na força resultante nos cabos (CHOLFE;
BONILHA, 2018).
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3 Metodologia 38
Figura 3.24 – Diagrama de forças P0(x) versus x após perdas por atrito e encunhamento
Como o gráfico que representa a força no cabo após as perdas por atrito, P0(x), é
simétrico de P0’(x), basta traçar novas curvas que representem a força, até encontrar aquela que
condiz com a área do diagrama das forças perdidas (Eq. 3.34).
Ω = Δ𝑤 × 𝐸𝑝 × 𝐴𝑝 (Eq. 3.34)
Normalmente, esses cálculos são feitos de forma aproximada por equações que
consideram os cabos como um traçado reto ou parabólico. Como o traçado adotado no software
é genérico, ou seja, o projetista tem a liberdade de definir da forma mais apropriada, os cálculos
precisaram ser adaptados para garantir a precisão desejada.
Como solução, o cálculo foi feito de forma numérica: são traçadas curvas da força de
protensão após as perdas por encunhamento para as seções de cálculo, partindo da extremidade
da viga até que a área do diagrama das forças perdidas se iguale a perda real devido à
acomodação do dispositivo de ancoragem (Figura 3.25).
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3 Metodologia 39
Para encontrar a curva simétrica, observou-se que ao imaginar uma reta entre a curva
simétrica, P0’(x), e a original, P0(x), a variação ocorrida pela curva original também deveria
ocorrer na simétrica. Portanto, se a curva original possui uma ordenada Y igual a ΔY em relação
ao eixo de referência, a curva simétrica estaria defasada também ΔY do eixo definido, em
sentido oposto.
Portanto, para encontrar o valor P0’(x) em uma determinada seção, basta subtrair 2ΔY
do valor de P0(x) (Eq. 3.35).
P0′ (x) = P0 (x) − 2 × Δ𝑌 (Eq. 3.35)
Após realizar o cálculo da área que equivale a perda da força de protensão para diversas
seções, encontra-se a seção em que o valor é igual ou maior que a perda real. Em seguida, basta
repetir o cálculo várias vezes entre o intervalo da seção encontrada e da seção anterior, até
encontrar a posição que leva ao valor exato da perda. Para reduzir o número de iterações
necessárias e otimizar o processamento, foi utilizado o método numérico das diferenças
divididas, que permitiu encontrar a seção exata onde a curva do P0’(x) se iguala à curva do
P0(x), com a precisão de 1 cm, em apenas algumas iterações.
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3 Metodologia 40
etapas sucessivas, para vários cabos, o encurtamento provocado pela protensão de um cabo
causa perda de tensão nos cabos já protendidos (Eq. 3.36).
(𝑛 − 1)
Δ𝜎𝑝 = × α𝑝 × (𝜎𝑐𝑝 + 𝜎𝑐𝑔 ) (Eq. 3.36)
2×𝑛
Onde:
n = número de cabos protendidos sucessivamente, um a um;
α = Ep/Eci(t); relação entre os módulos de deformação do aço e do concreto na idade da
protensão;
σcp = tensão no concreto, ao nível do centro de gravidade de Ap, devido à protensão
simultânea dos n cabos;
σcg = tensão no concreto ao nível do centro de gravidade de Ap, devido à ação das cargas
permanentes mobilizadas pela protensão;
Eci(t) = estimativa do módulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 e 28
dias, conforme a equação (Eq. 3.37) a seguir.
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3 Metodologia 41
1
Δ𝜎𝑝,𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥. = × α𝑝 × (𝜎𝑐𝑝 + 𝜎𝑐𝑔 ) (Eq. 3.41)
2
Por padrão, as contas são realizadas conforme a equação genérica, mas o usuário pode
escolher no menu critérios qual deseja utilizar (Figura 3.26).
Figura 3.26 – Menu de Critérios na Categoria Perdas
A etapa de cálculo das perdas progressivas é dividida em três partes principais: retração,
fluência e relaxação. Conforme as recomendações do CEB FIP 78 – Anexo E, as perdas por
retração e fluência podem ser avaliadas pela “Fórmula derivada do método da tensão média”
(Eq. 3.43), com suficiente grau de aproximação, que leva em conta o efeito conjunto do
fenômeno físico.
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3 Metodologia 42
∆𝜎𝑝,𝑐+𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) =
𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) . 𝐸𝑝 + 𝛼𝑝 . 𝜑(𝑡, 𝑡0 ). (𝜎𝑐,𝑝0 + σ𝑐𝑔 ) + 𝛼𝑝 . ∑𝑖[Δ𝜎𝑐𝑔𝑖 . 𝜑(𝑡, 𝑡𝑖 )] (Eq. 3.43)
=
𝜑(𝑡, 𝑡0 )
[1 − α𝑝 . (𝜎𝑐,𝑝0⁄𝜎𝑐,𝑝0 ) . 1 + )]
2
Onde:
Δσp,c+s (t, t0) = perda de tensão da armadura protendida provocada pela retração e
fluência do no intervalo (t, t0);
ti = idades fictícias de aplicação dos carregamentos;
εcs (t, t0) = deformação normal por retração do concreto no intervalo (t, t0);
Ep = módulo de elasticidade do aço;
αp = Ep/Eci28, relação entre os módulos de elasticidade aço/concreto;
𝜑(t, t0) = coeficiente de fluência, para o intervalo (t, t0);
σc.p0 = tensão inicial no concreto, na fibra da armadura protendida, devido unicamente à
protensão aplicada no instante t0, calculada com as forças de protensão (descontadas as perdas
imediatas);
σcg = tensão no concreto, na fibra da armadura protendida, devido às ações permanentes
mobilizadas pela protensão (análise feita pela data de aplicação fornecida pelo usuário para
cada carregamento);
Δσcgi = tensões no concreto, na fibra da armadura protendida, devido aos carregamentos
gi, aplicados nas idades ti sucessivas;
𝜑(t, ti) = coeficiente de fluência, para o intervalo (t, ti);
σp0 = tensão inicial na armadura protendida devido à protensão (tração = P 0/Ap em que
P0 é a força descontadas as perdas iniciais e/ou imediatas).
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3 Metodologia 43
A retração, εcs (t, t0), foi calculada num intervalo de tempo em que “t0” é data da
protensão e “t” é infinito. Para garantir a precisão, ao invés de utilizar alguns valores tabelados,
como o de βs(t0), todos os parâmetros foram calculados pelas respectivas fórmulas, listadas a
seguir:
𝜀𝑐𝑠 (𝑡, 𝑡0 ) = 𝜀𝑐𝑠,∞ × [𝛽𝑠 (𝑡) − 𝛽𝑠 (𝑡0 )] (Eq. 3.45)
Onde:
βs (∞) ≈ 1.
𝜀𝑐𝑠,∞ = 𝜀1𝑠 × 𝜀2𝑠 (Eq. 3.46)
𝑈 𝑈2 𝑈3 𝑈4
𝜀1𝑠 = (−8,09 + − − + ) × 10−4 (Eq. 3.47)
15 2284 133765 7608150
33 + 2ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜀2𝑠 = (Eq. 3.48)
20,8 + 3ℎ𝑓𝑖𝑐
2𝐴𝑐
ℎ𝑓𝑖𝑐 = 𝛾 (Eq. 3.49)
𝑢𝑎𝑟
𝛾 = 1 + 𝑒 (−7,8+0,1𝑈) (Eq. 3.50)
𝑇 + 10
𝑡𝑓𝑖𝑐 = 𝛼 × × Δ𝑡𝑒𝑓 (Eq. 3.51)
30
Onde:
α = 1, para o caso da retração;
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3 Metodologia 44
𝐴 = 40 (Eq. 3.53)
𝐵 = 116ℎ𝑓𝑖𝑐 3 − 282ℎ𝑓𝑖𝑐 2 + 220ℎ𝑓𝑖𝑐 − 4,8 (Eq. 3.54)
Após a substituição de todos os parâmetros, tem-se o valor de εcs (t, t0). Parte-se então
para o cálculo da fluência, onde será calculado o valor de 𝜑(t, t0) conforme as equações a seguir:
𝜑(𝑡, 𝑡0 ) = 𝜑𝑎 + 𝜑𝑓∞ × [𝛽𝑓 (t) − 𝛽𝑠 (t0 )] + 𝜑𝑑∞ × 𝛽𝑑 (Eq. 3.58)
𝑓𝑐 (𝑡0 )
𝜑𝑎 = α × [1 − ] (Eq. 3.59)
𝑓𝑐 (𝑡∞)
Onde:
α = 0,8, para concretos classe C20 a C45;
α = 1,4, para concretos de classe C50 a C90;
fc (t)/fc (t0) = crescimento da resistência do concreto com a idade (Eq. 3.25).
42 + ℎ𝑓𝑖𝑐
𝜑2𝑐 = (Eq. 3.62)
20 + ℎ𝑓𝑖𝑐
𝑡2𝑓𝑖𝑐 + 𝐴 × 𝑡𝑓𝑖𝑐 + 𝐵
𝛽𝑓 (𝑡𝑓𝑖𝑐 ) = (Eq. 3.63)
𝑡2𝑓𝑖𝑐 + 𝐶 × 𝑡𝑓𝑖𝑐 + 𝐷
3 2
𝐴 = 42ℎ𝑓𝑖𝑐 − 350ℎ𝑓𝑖𝑐 + 588ℎ𝑓𝑖𝑐 + 113 (Eq. 3.64)
3 2
𝐵 = 768ℎ𝑓𝑖𝑐 − 3060ℎ𝑓𝑖𝑐 + 3234ℎ𝑓𝑖𝑐 − 23 (Eq. 3.65)
3 2
𝐶 = −200ℎ𝑓𝑖𝑐 + 13ℎ𝑓𝑖𝑐 + 1090ℎ𝑓𝑖𝑐 + 183 (Eq. 3.66)
3 2
𝐷 = 7579ℎ𝑓𝑖𝑐 − 31916ℎ𝑓𝑖𝑐 + 35343ℎ𝑓𝑖𝑐 + 1931 (Eq. 3.67)
𝜑𝑑∞ = 0,4 (Eq. 3.68)
𝑡 − 𝑡0 + 20
𝛽𝑑 = = 1 (t = ∞) (Eq. 3.69)
𝑡 − 𝑡0 + 70
Finalmente, basta substituir o valor de εcs (t, t0) encontrado, juntamente com o valor de
𝜑(t, t0), calculados com t = ∞ e t0 = idade do concreto na protensão, que representam a retração
a partir da protensão e a fluência devido à protensão. Adicionalmente, são calculados os valores
de 𝜑(t, ti), referentes à fluência devido aos carregamentos permanentes mobilizados, com suas
respectivas idades. Como resultado, tem-se a variação de tensão, Δσp,c+s (t, t0), que é convertida
na perda da força de protensão no cabo pela multiplicação pela área de aço do cabo (Eq. 3.27).
Para finalizar o cálculo das perdas progressivas, parte-se para o cálculo da relaxação do
aço. Como os efeitos de retração e fluência produzem uma redução da deformação sofrida pelo
cabo, o cálculo da relaxação é feito considerando esta influência, pelo cálculo da relaxação
relativa Δσpr (t, t0), rel com t = ∞ (Δσpr (∞), rel).
|Δ𝜎𝑝 (𝑡, 𝑡0 ),𝑐+𝑠 |
Δ𝜎𝑝𝑟 (∞),𝑟𝑒𝑙 = Δ𝜎𝑝𝑟 (∞) × [1 − 2 × ( )] (Eq. 3.70)
𝜎𝑝𝑖
Onde:
Δσp,c+s (t, t0) = perda de tensão devido ao efeito conjunto retração e fluência;
σpi = tensão no aço, após as perdas imediatas somadas aos efeitos de ações permanentes
posteriores.
Δ𝜎𝑝𝑟 (∞) = Ψ(∞) × 𝜎𝑝𝑖 (Eq. 3.71)
Onde:
Ψ∞ = valor tabelado, que depende da tensão σp0, conforme a tabela a seguir:
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3 Metodologia 46
Para valores intermediários, o cálculo é feito por interpolação linear (Eq. 3.6). Para
valores inferiores a 0,5 fptk, admite-se que não há perda de tensão por relaxação.
Com o valor de Δσpr (∞), rel, encontra-se a perda da força de protensão (Eq. 3.27) e
obtém-se o P∞, pela subtração do Pi por todas as perdas, imediatas/iniciais e progressivas,
finalizando o processo de cálculo das perdas para uma iteração. Para as outras iterações, o
processo é repetido alterando o número de cordoalhas e consequentemente o P i e os outros
parâmetros relacionados.
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 47
O Cabblic foi desenvolvido em plataforma web e pode ser acessado pelo site
www.cabblic.com.br, de qualquer dispositivo ou sistema operacional. Após acessar o site, basta
criar uma conta e começar a utilizar, sem necessidade de realizar downloads.
Após fazer login¸ o software abre na tela inicial, onde ficam listados todos os projetos
criados e pode-se iniciar um novo pelo botão “Nova Viga” (Figura 4.1).
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 48
Para exemplificar a utilização, foi criado um projeto com o nome “Viga de Exemplo”
(Figura 4.2). Para entrar no projeto, basta clicar em cima do card criado.
Figura 4.2 – Projeto da viga de exemplo
Ao clicar a viga, a tela de projeto do software é aberta (Figura 4.3). Ela está dividida em
algumas partes: 1) barra superior; 2) posição do corte; 3) desenho da seção transversal; 4)
entrada de dados; 5) desenho da vista lateral (e da vista superior, dependendo do menu de
entrada de dados selecionado); 6) análise em corte e 7) verificações globais.
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 49
A barra superior (1) é dividida em duas partes. A primeira (Figura 4.4), à esquerda, traz
respectivamente: a) o botão para voltar a tela de projetos; b) o ícone de status de salvamento
dos dados; c) o título do projeto; d) o modo de cálculo, que pode ser automático, onde o número
de cordoalhas é definido automaticamente, ou manual, onde as verificações são feitas a partir
do número de cordoalhas definido; e) a quantidade de cordoalhas que está sendo utilizada na
viga e f) o status global da viga, que varia entre “Atendido” e “Não Atendido”, de acordo com
as verificações globais.
Figura 4.4 – Lado esquerdo da barra superior
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 51
Por fim, tem-se a Análise do Corte (6), onde é possível ver os resultados da seção para
a posição definida no corte (Figura 4.9). Nela são apresentadas as propriedades geométricas da
seção, as verificações no ELS, os resultados do cálculo das perdas e as verificações no ATO.
Para as seções intermediárias entre as seções de cálculo, os valores obtidos são recalculados
para o caso das propriedades geométricas, enquanto os resultados do cálculo de tensões são
interpolados. Para as verificações, os valores são apresentados na cor verde, quando estão
dentro dos limites, e na cor vermelha, quando então fora.
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 52
Além da página de dimensionamento, foi criada uma página de resultados, onde são
exibidos diversos gráficos das variadas etapas do cálculo (Figura 4.10).
Figura 4.10 – Gráficos
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 53
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 54
Como padrão, a viga vem configurada como cálculo automático de cordoalhas, nível de
protensão Limitada e Pós-Tração com aderência posterior (Figura 4.15).
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 55
Para estas configurações, o gráfico das perdas de protensão após cada efeito é o
apresentado na Figura 4.16 a seguir.
Figura 4.16 – Gráfico da Força de Protensão Após as Perdas
Como resultado, é possível ver a alteração da força inicial de protensão P i, além do tipo
de perdas, que agora são relacionadas à pré-tração (Figura 4.18).
Figura 4.18 – Perdas de Protensão para o Caso da Pré-Tração
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4 Apresentação e Discussão dos Resultados 57
Vale salientar que após a alteração dos dados de entrada, leva cerca de um segundo para
que os cálculos sejam realizados e os resultados atualizados na tela. Este desempenho está
relacionado às tecnologias que foram utilizadas e mesmo em computadores mais lentos, não
houve grandes perdas de desempenho, o que garante uma grande fluidez ao projeto.
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5 Conclusões 58
5. CONCLUSÕES
Para continuar trazendo resultados positivos para a área, o software precisa ser
aprimorado cada vez mais. Como o cálculo da protensão se assemelha para todos os elementos,
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5 Conclusões 59
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6 Referências Bibliográficas 60
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALOMARI, H.W. et al. A User Interface (UI) and User Experience (UX) evaluation framework
for cyberlearning environments in computer science and software engineering education.
Heliyon, v. 6, 2020. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.heliyon.2020.e03917>. Acesso
em: 06 jun. 2022.
BEER, Ferdinand P.; E. JOHNSTON, Russell Jr., DEWOLF, John T.; MAZUREK, David. F..
Mecânica dos Materiais. 7. ed. McGraw-Hill, 2015.
CHOLFE, L.; BONILHA, L. Concreto Protendido: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Oficina
de Textos, 2018.
HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos materiais. 7.ed. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2015. 637. p.
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6 Referências Bibliográficas 61
PFEIL, Walter. Concreto Protendido. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A., 1985.
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