Aula 4 - Cobertura

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COBERTURAS

IT 519 – PROJETO DE CONSTRUÇÕES RURAIS E AMBIÊNCIA I


PROFESSORA: VÂNIA ROSAL GUIMARÃES NASCIMENTO
Nesta aula aprenderemos
sobre...
Qual a função básica de uma cobertura?
Estrutura principal e secundária das coberturas.
Tipos de tesouras
Componentes dos telhados
Formas de telhados: Elementares; Complexas e Especiais
Como fazer o traçado dos telhados?
Inclinação dos telhados
Tipos de telhas
Veremos também...
Telhado: telha de fibrocimento;
 características básicas
instalação
normas para projeto
faixas e fiadas
exemplo de cálculo
fixação

Cargas atuantes na coberturas com telhas cerâmicas e


onduladas;
Dimensionamento da estrutura de sustentação;
Resolução de exercícios.
COBERTURA
 Parte superior da edificação
 Função: proteger a edificação das intempéries
 Constituída por:
 uma parte resistente (laje, estrutura de madeira,
estrutura metálica, etc.) e
 por um conjunto de telhas com função de vedação
(telhado),
 podendo apresentar forro e uma isolação térmica e
 condutores para o escoamento conveniente das águas
de chuva => calhas, coletores, rufos e rincões, são de
concreto impermeabilizado, zinco, chapas galvanizadas
e de p.v.c.
FUNÇÕES BÁSICAS DE UMA
COBERTURA
 Proteção das partes internas das construções;
 Dar inclinação adequada, de acordo com o tipo
de telha utilizada, para drenar águas pluviais;
 Formar um "colchão de ar" entre o forro e a
telha, possibilitando controle da temperatura
interna, melhorando as condições de conforto
térmico.
ESTRUTURAS DE SUSTENTAÇÃO DOS TELHADOS

 Estrutura => conjunto de componentes


ligados entre si, com a função de
suportar o telhado.
 Composta por uma armação principal
e outra secundária.
 Estrutura principal: tesouras, pontaletes
ou vigas
 Estrutura secundária: ripas, caibros e
terças
OBS: Para estruturas metálicas e de
madeira onde são assentadas telhas do
tipo ondulada a estrutura secundária
resume-se basicamente em terças,
frechais e pontaletes.
Estrutura secundária
 Ripas: Peças de madeira pregadas sobre os caibros => apoio das telhas
cerâmicas;
 Caibro: Peças de madeira, apoiadas sobre as terças => suporte das ripas;
 Terças: Peças de madeira ou metálica, apoiadas sobre tesouras, pontaletes ou
sobre paredes, funcionando como sustentação dos caibros (caso das telhas
cerâmicas) ou telhas onduladas (fibra de vidro, cimento-amianto, zinco, alumínio);
 Frechal: Viga de madeira ou metálica, colocada no topo das paredes com a
função de distribuir as cargas concentradas provenientes de tesouras, vigas
principais ou outras peças da estrutura. É comum , também, chamar de frechal a
terça da extremidade inferior do telhado;
 Terça cumeeira: Terça da parte mais alta do telhado;
Estrutura secundária
Estrutura secundária
 Pontaletes: Peças dispostas verticalmente, constituindo pilares curtos
sobre os quais apoiam-se as vigas principais ou as terças;
 Chapuz: Calço de madeira, geralmente de forma triangular, que serve
de apoio lateral para a terça;
 Contraventamento: Peça disposta de forma inclinada, ligando as
tesouras com a finalidade de travar a estrutura. Esta disposição
aumenta a estabilidade das tesouras, pois com o seu intermédio há uma
maior resistência à ação lateral do vento.
Estrutura principal
 Função => suportar a estrutura secundária e o telhado
 Constituída por => tesouras, pontaletes ou por vigas principais
 Tesoura => treliça de madeira ou metálica formada por barras ligadas
pelas extremidades, formando um conjunto rígido
Os pontos de união das barras - nó da treliça - são admitidos rotulados,
embora a ligação tenha alguma rigidez

Treliças planas denominam-se isostáticas (estrutura estável) quando


os esforços nas barras podem ser determinados pelas três equações de
equilíbrio da Estática (somatórios de forças na horizontal, na vertical e
de momentos).
Estrutura principal

Hipóteses básicas
 Os nós da tesoura são articulações perfeitas
 O peso próprio das barras encontra-se concentrado em Barras solicitadas somente
suas extremidades (nós) por forças normais
 As ações são aplicadas somente nos nós da tesoura (tração e compressão)

 A geometria da tesoura não varia com o carregamento


Estrutura principal
As treliças planas isostáticas podem ser de três categorias: simples,
compostas e complexas
a) Simples: formadas a partir de três barras ligadas em triângulo,
juntando-se a estas duas novas barras para cada novo nó rotulado.
Estrutura principal
b) Compostas: formadas pela ligação de duas ou mais treliças simples
por meio de rótulas ou barras birrotuladas;

c) Complexas: treliças isostáticas que não obedecem às regras de


formação de treliças simples ou compostas.
As treliças mais empregadas na prática são as simples e compostas.
Estrutura principal
As treliças Howe apresentam as diagonais comprimidas e os montantes
tracionados.

Nas treliças Pratt, as diagonais são tracionadas e os montantes


comprimidos.

A treliça Warrem apresenta parte das diagonais comprimidas e parte


tracionada.
Tesoura do tipo Howe

São as tesouras ou
treliças simples mais
empregadas nas
instalações rurais
Componentes do telhado
O telhado é a parte da cobertura constituída pelas telhas e peças
complementares.
Definições
 Água: superfície plana inclinada de um telhado;
 Beiral: projeção do telhado para fora do alinhamento da parede;
 Cumeeira: aresta delimitada pelo encontro entre duas águas, geralmente
localizado na parte mais alta do telhado;
 Espigão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que
formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de águas;
 Rincão: aresta inclinada delimitada pelo encontro entre duas águas que formam
um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de águas (conhecido como
água furtada);
 Rufo: peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede;
 Fiada: sequência de telhas na direção de sua largura;
 Peças complementares: calhas, condutores, peças destinadas a promover a
ventilação e/ou iluminação, componentes cerâmicos ou de qualquer outro
material que permita a solução de detalhes do telhado;
 Tacaniça: água de um telhado em forma de triângulo, formada entre dois
espigões.
LINHAS DO TELHADO
As linhas do telhado são linhas que resultam do
encontro de águas do telhado ou que indicam seus términos.

Cumeeira – linha divisora de águas,


de disposição horizontal e localizada
nas posições mais elevadas do telhado.

Rincão – linha coletora de águas,


de disposição horizontal ou
inclinada (com maior frequência,
em coberturas).

Espigão – linha divisora


de águas,
de disposição inclinada,
normalmente unindo
cumeeiras a alturas
diferentes ou cumeeiras
a beirais.
LINHAS DO
TELHADO
LINHAS DO TELHADO

Beiral – linha poligonal fechada que,


em vista superior
(planta de cobertura),
coincide com o limite externo
da cobertura.
CONDUTORES: Complementos das coberturas, dando-lhes o
arremate e evitando com isso as infiltrações de
águas de chuvas.

Calhas: captadoras de águas pluviais.


CONDUTORES: Complementos das coberturas, dando-lhes o
arremate e evitando com isso as infiltrações de
águas de chuvas.

Calhas:
CONDUTORES: Complementos das coberturas, dando-lhes o
arremate e evitando com isso as infiltrações de
águas de chuvas.

Calhas:

Chapa galvanizada;
PVC;
Zinco;
Concreto Impermeabilizado.
RUFOS
São peças executadas em alvenaria
PLATIBANDA que escondem os telhados e podem
eliminar os
beirais ou não
Forma dos telhados
O telhado pode assumir diversas formas, em
função da planta da edificação a ser coberta.

Formas fundamentais são chamadas elementares


Formas complexas
Formas especiais
Formas elementares de telhados
a) Telhado de meia-água ou uma água: É um telhado muito simples,
constituído por uma única água. Neste caso não estão presentes nem a
cumeeira, espigão e rincão
Formas elementares de
telhados
b) Telhado de duas águas: Apresenta dois planos inclinados que se
encontram para formar a cumeeira;
Formas elementares de
telhados
c) Telhado de três águas: Além de ter dois planos inclinados principais,
apresenta um outro plano em forma de triângulo que recebe o nome de
tacaniça. Neste caso, além da cumeeira, o telhado apresenta dois
espigões;
Formas elementares de
telhados
d) Telhado de quatro águas: Neste caso, teremos duas águas mestras e
duas tacaniças.
Formas complexas de telhados
e) Formas complexas: As formas fundamentais podem ser combinadas
resultando várias outras formas mais complexas.
Formas especiais de telhados
Os telhados podem ter uma forma especial afim de obter algum tipo de
vantagem,
Exemplos:
◦ melhoria da estética da construção,
◦ possibilitar maior ou menor iluminação interna,
◦ aproveitamento dos espaços internos,
◦ melhorar as condições do conforto térmico, etc.
Formas especiais de telhados
a) Lanternim: Usado em galpões para criação de animais, possibilitando
melhor e mais rápida renovação do ar e abaixando a temperatura
interna.
Limitação: não tem sido muito utilizado nas construções dos galpões em
geral porque encarece a cobertura.
Alternativa: elevar o pé-direito da construção, possibilitando assim,
algum benefício no conforto térmico.
LANTERNIM

Esquema de determinação das dimensões


do lanternim
Iluminação
Formas especiais de telhados
b) Mansarda: Telhados muito comum na América do Norte, permitindo
o vão do telhado como depósito de feno.
Formas especiais de telhados
c) Shed (dente de serra): Este tipo de cobertura é muito comum nas
fábricas de grande ponte, permitindo a utilização da iluminação natural
e melhor ventilação.
Formas especiais de telhados
d) Cobertura cônica (chapéu chinês): Na região sul e sudeste é mais
utilizada para pequenas instalações com o objetivo estético. Na região
norte do pais é muito utilizada na construção de galpões, casas, salões,
barracões, etc.
Traçado dos telhados
Para realização do traçado do telhado devemos seguir os seguintes
passos:
 A partir de um esboço da vista superior da instalação, formamos uma série
de quadrados ou retângulos
 Pegamos o retângulo ou quadrado de maior largura e traçamos os espigões
num ângulo de 45º e em seguida ligamos às duas tacaniças formadas, fazendo
a linha da cumeeira
Traçado dos telhados
Quadrados ou retângulos de mesma largura terão cumeeiras com a
mesma altura
 Após estes passos, traçamos o restante dos espigões a 45º e as cumeeiras
 No ponto de encontro entre os traços teremos os rincões e espigões
 Do encontro de um cumeeira com um espigão será necessário um rincão
 Do encontro de uma cumeeira com uma água de um telhado será
necessário dois rincões
TIPOS DE TELHA:

• CERÂMICA (BARRO);
• FIBROCIMENTO;
• VIDRO;
• ALUMÍNIO;
• PVC;
• AÇO;
•POLICARBONATO.
TIPOS DE TELHA:
Inclinação dos telhados
 Função: garantir a drenagem das águas pluviais, evitar o acúmulo de
detritos e impedir a movimentação das telhas
 Varia com o tipo de telha => sendo maior para as telhas com canais
de escoamento pequeno (telha francesa) e maior grau de embebimento
 telhas de barro exigirão maiores inclinações que as fibrocimento, alumínio,
fibra de vidro, zinco, etc.

Determinação da declividade (tangente da inclinação; decimal):


Declividade (%) = (X / Y).100
As inclinações mínimas e máximas para cada tipo de cobertura e a
correspondência entre percentagem e ângulo são apresentados a seguir:
Declividade mínima (%) em função do vão útil
do telhado e do tipo de telha cerâmica
Declividade da Telha Plan
Declividade telha Romana
Telhado
Telhas de Fibrocimento
Composição básica:
◦ cimento e fibras de amianto crisotila (totalmente presas ao cimento)
Normas ABNT: NBR 6123; NBR 7196; NBR 7581; NBR 8055
Telhas onduladas: as ondulações aumentam a resistência da chapa contra a
flexão e permite melhor condução das águas pluviais
Telhas de fibrocimento
Exemplo:
Telha ondulada 6 e 8 mm (Fabricante: Eternit)
Telhas de fibrocimento
Características básicas
Telhas de fibrocimento
Instalação
Fixação
Parafusos ou ganchos com rosca e vedação com arruelas e buchas na
segunda e na quinta onda.
Peças complementares
Cumeeiras (normal, universal, shed, articulada rebaixada, articulada de
ventilação), domo de ventilação, espigão normal, espigão plano (cumeeira
plana), peça terminal, placa de ventilação cumeeira, cantoneira, aresta, rufo,
telha de claraboia, telha de ventilação. Peça para fechamentos laterais:
veneziana plana com abas.
Locais sujeitos a ventos fortes
Recomenda-se atenção especial para assegurar que vãos livres, balanços e
fixações atendam aos requisitos exigidos nessas condições, conforme as
normas ABNT NBR 7196 e NBR 6123.
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Aplicação: Coberturas e fechamentos laterais (inclinação acima de 75°)

Número de apoios e vãos livres em coberturas


Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Número de apoios e vãos livres em coberturas
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Balanço livre
A) No sentido do comprimento das telhas B) No sentido da largura das telhas
O balanço é medido a partir do furo de O balanço é medido a partir da
fixação. extremidade do apoio.
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Inclinação mínima
 O melhor aproveitamento das telhas se dá com a inclinação de 15° (27%).
Utilizar essa inclinação sempre que possível.

 A inclinação de 27% significa que cada metro linear (na projeção horizontal)
representará uma elevação de 27 cm (sentido vertical).
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Recobrimento
 Recobrimento longitudinal: é a sobreposição das telhas no sentido do seu
comprimento.
 Recobrimento lateral: é a sobreposição das telhas no sentido da sua largura.
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Recobrimento longitudinal mínimo
Telhas de fibrocimento
Normas para projeto
Recobrimento
Exemplo:
Telha Ondulada de 5 mm (brasilit) com inclinação de 10º (18%).
Dimensões da telha: 1,83 x 1,10 m
Recobrimento longitudinal: 20 cm
Recobrimento lateral: 5 cm
Área útil = (1,83 – 0,20) m x (1,10 – 0,05) m
Área útil = 1,63 m x 1,05 m
Área útil = 1,71 m²
Telhas de fibrocimento
Faixas e Fiadas
 Faixa:
Sequência de telhas no sentido do seu comprimento.
 Fiada:
 Sequência de telhas no sentido da sua largura.
Exemplo de Cálculo
=> Determine o número de telhas onduladas a serem
utilizadas na faixa e fiada do telhado de uma construção
que apresenta 10,6 m de largura, 20 m de comprimento e
beiral de 0,50 m.
Características da telha de fibrocimento:
◦ Fabricante brasilit;
◦ Espessura de 5 mm;
◦ Dimensões: 1,83 x 1,10 m; 2,44 x 1,10 m;
◦ Recobrimento: longitudinal -> 20 cm; lateral -> 5 cm;
◦ Inclinação: 10º.
Faixa - Exemplo de cálculo
 Telha ondulada com espessura de 5 mm (Fabricante brasilit):
L = 10,6 m (largura internas da construção, sem beiral)
X = L / 2 = 10,6 / 2 = 5,30 m
• Inclinação: 18 % ==> y = 5,3 x 0,18 = 0,95 m (altura do pendural)
• Faixa a ser coberta: raiz quadrada de => (5,3)² + (0,95)² = 28,99 m² = 5,38 m
• Seleção do comprimento da telha: 2 telhas de 1,83 m + 1 telha de 2,44 m
==> (1,83 x 2) + 2,44 = 6,10 – 0,40 (2 recobrimentos) ==> 5,70 m
• Como precisamos cobrir apenas 5,38 m, temos uma sobra de 0,32 m.
• Ao otimizar o espaçamento da cumeeira é possível usar um beiral de 50 cm.
Fiada: Exemplo de cálculo
 Telha ondulada com espessura de 5 mm (Fabricante brasilit):
C = 20 m (comprimento da construção, sem beiral)
Beiral = 50 cm
Largura útil da telha = 1,05 m (descontando o recobrimento lateral).
Para calcularmos a quantidade de telhas a serem usadas na fiada, basta
dividirmos o comprimento total da edificação, que é 21 m (incluindo os beirais)
pela largura útil da telha.
==> 21 m / 1,05 = 20 telhas
Telhas de fibrocimento
Faixa e Fiada
Cálculo do número total de telhas para as duas águas do
telhado:
=> Nº de telhas por faixa X nº de telhas por fiada X 2 águas
==> Telha de 1,83 m = 2 (faixa) X 20 (fiada) X 2 (águas) = 80 telhas
==> Telha de 2,44 m = 1 (faixa) X 20 (fiada) X 2 (águas) = 40 telhas
Total = 80 + 40 = 120 telhas
Telhas de fibrocimento
Fixação
O bom desempenho e a segurança contra danos causados pela ação dos ventos
em coberturas e fechamentos laterais com telhas onduladas dependem, em
grande parte, da aplicação correta dos elementos de fixação.
Os elementos de fixação devem obedecer à norma NBR 8055.
Telhas de fibrocimento
Número e posição das fixações em coberturas
A) Em cada telha de periferia da água do telhado (beirais
ou faixas da cumeeira)
 Colocar 2 parafusos com rosca soberba ou ganchos com rosca por
apoio nas cristas da 2ª e da 5ª onda.
Telhas de fibrocimento
Número e posição das fixações em coberturas
B) Nas demais telhas pode-se optar, alternativamente,
pela colocação de dois ganchos chatos por apoio, na 1ª e
na 4ª cava.
Cargas atuantes nas coberturas
com telhas cerâmicas e onduladas
a) Telhados com telhas cerâmicas:
 As telhas apoiam-se sobre as ripas, e estas sobre os caibros, e estes
sobre as terças.
As terças apoiam-se sobre os pontaletes, tesouras ou vigas do telhado
que encarregam-se de transmitir a carga permanente e acidental da
cobertura sobre os pilares, paredes ou vigas.
As ripas, caibros e as terças são solicitadas à flexão e são
dimensionadas como vigas.
Cargas atuantes nas coberturas
com telhas cerâmicas e onduladas
b) Telhado com telhas onduladas:
 As telhas leves, tipo ondulada (cimento-amianto, zinco, alumínio,
fibra-de-vidro, etc), apoiam-se no sentido do seu comprimento sobre as
terças e estas sobre pontaletes, tesouras ou vigas de sustentação.
 As terças são solicitadas à flexão e são dimensionadas como vigas.
Cargas atuantes nas coberturas
com telhas cerâmicas
Como subsídio ao projeto estrutural e tomando-se por base a maior
massa e a máxima absorção de água admitida para as telhas cerâmicas,
indica-se na tabela a seguir, o peso próprio dos diferentes tipos de
telhados e o número de telhas por m².
Dimensionamento da estrutura
de sustentação
 As estruturas principal e secundária de um telhado podem ser
dimensionadas por meio de uma série de métodos:
 estatísticos, gráficos, ábacos computadorizados, empíricos, etc.

 Nos restringiremos apenas em realizar o dimensionamento utilizando-


se de tabelas práticas e de um método empírico simplificado.
Dimensionamento da estrutura
de sustentação
a) Escolha da secção das terças de uma tesoura simples do tipo Howe
através de tabelas
A tabela apresenta um esquema contendo o dimensionamento de uma
tesoura simples do tipo Howe para vãos de até 15 metros.
A tabela deverá ser empregada para telhados com inclinação igual ou
superior ao ângulo especificado na mesma.
A madeira a ser utilizada deverá ter características iguais ou superiores
aos valores admissíveis citados em seu interior.
Exercícios
Dimensione a cobertura de aviário para produção de galinhas poedeiras, cujas
dimensões são 100 m x 12 m (comprimento x largura). A cobertura deverá ser
de duas águas, feita com estrutura de madeira, telhado com telha cerâmica do
tipo paulista e beiral de 0,5 m. Determine:
a) A inclinação que deverá ter a cobertura;
b) A altura do pendural;
c) A área do telhado;
d) O número de telhas;
e) O peso da cobertura completa;
f) O número de tesouras, a classe e a distância entre elas;
g) A quantidade de madeira para fazer a estrutura secundária da cobertura;
h) A quantidade de madeira para fazer a estrutura principal da cobertura;
i) O número de pilares
j) A carga transmitida pela cobertura a cada pilar.
Recomendações
Telhas cerâmicas ou de encaixe
◦ Utilizar telhas de dimensões padronizadas; dessa forma,
haverá perfeito encaixe entre as telhas, facilitando sua
colocação e garantindo a estanqueidade à água do telhado.
◦ Adquirir quantidade de telhas 5% superior à quantidade
calculada para o telhado, para compensar eventuais
quebras no transporte e manuseio da telhas, na preparação
de espigões e rincões, etc.
◦ As telhas devem apoiar-se sobre elementos coplanares, isto
é, as faces superiores das ripas devem pertencer a um
mesmo plano.
Recomendações
Telhas onduladas
◦ Empregadas tanto em coberturas como em fechamentos
laterais. Considera-se fechamento lateral a telha ondulada
colocada com inclinação acima de 75º.
◦ Devido a sua simplicidade estrutural, facilidade de montagem
e menor custo que as telhas de barro são indicadas para a
cobertura de:
◦ depósitos,
◦ galpões,
◦ estufas,
◦ instalações em canteiros de obra,
◦ coberturas temporárias e
◦ construções rurais em geral.
INFORMAÇÕES NA PLANTA DE COBERTURA

cotas da cobertura;
cotas de beirais;
setas de indicação do sentido de escoamento
das águas dos telhados;
dimensões dos elementos do telhado;
tipos de telhado quanto ao material;
inclinação ou declividade das águas do telhado;
outras informações de interesse da cobertura.
1065
1065
INFORMAÇÕES NA PLANTA DE COBERTURA
350 330 330 200
350 50 280 280 50 200

50

2500
VISTA SUPERIOR
PRINCIPAL

TELHA TELHA
CERÂMICA CERÂMICA
i=30% i=30%

985
885
50
450
450

rede pública
escoamento

CEAP – Centro de Ensino Superior do Amapá


Bibliografia consultada
SOUZA, Jorge Luiz Moretti de. Manual de Construções rurais. Curitiba:
DETR/SCA/UFPR, 1997. 165 p.

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