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OS DIFERENTES MATERIAIS DE CAPINHAS DE CELULARES E A

INFLUÊNCIA DA CONDUTIVIDADE TÉRMICA


DIFFERENT MOBILE CASE MATERIALS AND THE INFLUENCE OF
THERMAL CONDUCTIVITY

BALDAM, Augusto; RAMOS, Kenia; FRANCISCA, Miriam; CARMACIO, Veronica.


Professora
Doutora Monica Tais Siqueira D'Amelio Felippe do Curso de Engenharia Química da
Universidade São Francisco;

RESUMO.
A eficiente operação de dispositivos eletrônicos depende de maneira crucial da transferência
de calor. Esse fenômeno exerce impacto direto no desempenho térmico desses dispositivos,
influenciando diretamente sua confiabilidade e durabilidade. Diante da constante busca por
maior densidade de energia e desempenho na área de dispositivos eletrônicos, compreender e
gerenciar a transferência de calor assume posição prioritária. Neste resumo, enfatiza-se a
relevância desse fenômeno nesse contexto, ressaltando sua interação com a dissipação de
calor, eficiência energética e a necessidade de estratégias avançadas de resfriamento.
Aprofundar o entendimento desse fenômeno mostra-se essencial para a otimização do design
e operação de dispositivos eletrônicos, contribuindo assim para avanços significativos na
tecnologia eletrônica.

Palavras-chave: eletrônicos; celulares; calor; transferência.

INTRODUÇÃO

A análise aprofundada da transferência de calor revela-se essencial para a operação eficiente


de dispositivos eletrônicos, emergindo como um fator determinante para a estabilidade e
desempenho desses equipamentos. Dentro desse panorama, destaca-se a relevância da
compreensão do efeito Joule, também reconhecido como aquecimento por efeito Joule. Esse
fenômeno, intrínseco ao funcionamento dos dispositivos eletrônicos, caracteriza-se pela
geração de calor quando uma corrente elétrica atravessa um condutor, podendo acarretar
problemas como superaquecimento, com implicações diretas na confiabilidade e longevidade
desses aparelhos.
Adicionalmente, no âmbito da proteção e preservação desses dispositivos, as capinhas surgem
como elementos de considerável importância. A seleção criteriosa dos materiais empregados
nesses acessórios é um ponto crucial, dado que diferentes materiais apresentam propriedades
de isolamento térmico que podem influenciar a eficácia na dissipação de calor do dispositivo.
Nesse sentido, o contexto sublinha não apenas a compreensão profunda dos fenômenos
térmicos nos dispositivos eletrônicos, mas também a necessidade de uma escolha estratégica
de materiais nas capinhas, almejando uma proteção equilibrada e efetiva do dispositivo contra
potenciais impactos térmicos adversos. Portanto, a interconexão entre a gestão térmica interna
dos dispositivos e a escolha criteriosa dos materiais nas capinhas é um aspecto multifacetado
que demanda atenção especial para assegurar o desempenho e a durabilidade desses
dispositivos eletrônicos.

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1.EFEITO JOULE
O fenômeno conhecido como efeito Joule resulta do aquecimento dos condutores elétricos
quando uma corrente elétrica os percorre. Nos condutores metálicos, onde os elétrons têm alta
mobilidade, eles se deslocam, colidindo com os átomos da rede cristalina do condutor. Essas
colisões transferem parte da energia cinética dos elétrons para os átomos, aumentando a
vibração da estrutura cristalina e, consequentemente, elevando a temperatura do condutor.
Esse aumento de temperatura leva à emissão de luz, conhecida como incandescência, cuja
temperatura está associada a um espectro específico de luz. Dispositivos como chuveiros
elétricos, secadores de cabelo, aquecedores elétricos, ferros de passar roupa e pirógrafos são
exemplos de equipamentos que contêm resistores e, portanto, produzem o efeito Joule.

2. PROPRIEDADES TÉRMICAS
As propriedades térmicas referem-se à resposta de um material quando exposto ao calor. Com
base nesse entendimento, é possível realizar ajustes apropriados nas características térmicas
e/ou mecânicas desse material para aumentar sua resistência em uma aplicação específica. À
medida que um sólido absorve calor, sua temperatura e dimensões geralmente aumentam. A
capacidade calorífica, expansão térmica e condutividade térmica são propriedades
frequentemente cruciais para a utilização prática de sólidos.
A principal maneira pela qual um material assimila energia térmica é através do
aumento da energia vibracional dos átomos. Devido às ligações atômicas, essas vibrações
estão coordenadas, gerando ondas que se propagam pela estrutura do material. Dessa forma, a
energia térmica vibracional em um material é representada por uma série dessas ondas
elásticas com diferentes distribuições e frequências. Além da contribuição vibracional, há
também contribuições eletrônicas, embora em uma escala significativamente menor. Nesse
cenário, os átomos absorvem energia ao aumentar sua energia cinética, sendo essa
possibilidade restrita aos elétrons livres.o de subseção. (CALLISTER, W. D, 2002)
A condutividade térmica refere-se à capacidade dos elementos de conduzir o calor. Essa
característica física implica que, quando um material possui condutividade térmica, o calor
pode se transferir do corpo com temperatura mais elevada para outro com temperatura mais
baixa que esteja em contato. Esse processo de transmissão de calor envolve uma troca interna
de energia, que inclui energia potencial e cinética de elétrons, átomos e moléculas. Quanto
maior a condutividade térmica, mais eficiente é a condução de calor. A propriedade oposta é a
resistividade térmica, que indica que quanto menor a condutividade térmica, maior é a
capacidade de isolamento térmico (maior resistividade). (EQUIPE EDITORIAL DE
CONCEITO, 2019). O isolamento térmico desempenha um papel crucial na manutenção do
conforto térmico em ambientes internos, agindo como uma barreira física entre o interior e o
exterior. Este sistema é construído com materiais projetados para dissipar ou reter calor,
garantindo uma temperatura interna agradável.

Ao escolher um isolante térmico, é


essencial considerar fatores como
resistência, condução térmica,
sustentabilidade e facilidade de
instalação, para garantir a eficácia do
isolamento térmico conforme as

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necessidades específicas de cada
aplicação. (ANNA, 2023).

Dentre os materiais amplamente utilizados para isolamento térmico, destaca-se a lã de


vidro, aplicada em telhas e paredes de drywall ou alvenarias. Sua popularidade se deve à alta
resistência, leveza e excelente condução térmica, tornando-a uma das opções mais eficazes no
mercado. Outra alternativa é a lã de rocha, empregada no isolamento térmico de paredes.
Composta por fibras de rochas vulcânicas, esse material exibe resistência ao fogo, boa
condução térmica e também funciona como isolante acústico, conferindo-lhe uma
versatilidade adicional.
A lã de poliéster, conhecida também como lã de PET, destaca-se por sua versatilidade.
Utilizada em diversas aplicações, como paredes, drywall, contrapisos, forros, coberturas de
telhado e fachadas, ela é obtida a partir do processo de reciclagem de garrafas PET,
tornando-se uma opção sustentável e ecológica. Outra opção é a manta de fibra cerâmica,
fabricada com sílica e alumina. Embora mais comumente aplicada em ambientes industriais,
ela também pode ser utilizada em residências. O hidrossilicato de cálcio, feito de cal virgem,
sílica, fibra de celulose e vidro, é destinado principalmente a dutos e tubulações industriais,
devido à sua resistência ao calor e umidade.

3. MATERIAIS UTILIZADOS EM CAPINHAS DE CELULAR

As capas feitas de policarbonato (PC) são conhecidas por sua rigidez, embora tenham uma
absorção de impacto limitada. Apesar de poderem rachar mais facilmente, oferecem uma
proteção eficaz contra riscos e arranhões. Em quedas, a capa de policarbonato pode rachar,
mas com qualidade adequada, o celular geralmente permanece intacto.
As capas de policarbonato cristal, geralmente ultrafinas e transparentes, preservam a
aparência do celular, mas sua eficácia está principalmente na proteção contra arranhões, não
sendo tão robustas contra quedas. Sua maleabilidade evita que quebrem facilmente ao cair,
mas a absorção de impacto pode ser comprometida.
O acrílico, embora mais seco que o policarbonato, proporciona um efeito semelhante.
Sua rigidez o torna uma escolha sólida para a proteção do celular. O poliuretano termoplástico
(TPU), uma mistura de polímeros, oferece maleabilidade e boa absorção de impacto.
Geralmente um pouco mais espessas, essas capas proporcionam resistência adicional. Sua
textura leve evita escorregões. Capas de silicone são mais acessíveis, mas oferecem proteção
inferior. Sua grande vantagem está na alta maleabilidade e textura, facilitando o manuseio do
celular e evitando escorregões. No entanto, a durabilidade pode ser comprometida.
O metal, principalmente o alumínio, é comum em bumpers. Essas capas têm alta
durabilidade, são fortes e absorvem bem o impacto. Recomenda-se o uso de películas para
evitar arranhões, especialmente em bumpers. Ao escolher a capa ideal, considerar a
resistência, absorção de impacto, maleabilidade e textura é essencial para atender às
necessidades específicas de proteção do celular. (ANNA COELHO, 2015)

4. IMPACTO DA DISSPAÇÃO DO CALOR EM DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS.

Manter o controle de temperatura em dispositivos eletrônicos é de extrema importância.


Assim como um motor requer um sistema de refrigeração para evitar o superaquecimento, os
componentes eletrônicos também necessitam de um eficaz sistema de gerenciamento térmico.

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Isso ocorre porque durante a operação, os componentes eletrônicos geram calor, e um excesso
desse calor pode resultar em consequências prejudiciais.
Quando os componentes eletrônicos operam em temperaturas superiores às recomendadas,
podem surgir diversos problemas. À medida que a temperatura aumenta, a resistência elétrica
dos componentes também cresce, o que pode diminuir a velocidade de processamento de
dados e comprometer o desempenho global do dispositivo.
O calor excessivo acelera o envelhecimento dos componentes eletrônicos, resultando em
uma redução na vida útil. Geralmente, a regra é que, para cada aumento de 10°C na
temperatura operacional, a vida útil de um componente eletrônico é reduzida pela metade. Em
situações extremas, o calor excessivo pode causar danos físicos irreversíveis, como a fusão de
soldas ou a queima de componentes. Essas falhas podem levar à perda total do dispositivo.
(RAISA, 2021)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1: Testes de materiais para a capinha.

Material Fotos Observações

● Fácil modelagem
● Baixo Custo
Etileno Acetato de Vinila + ● Não suporta altas
resina taquificante temperaturas

● Pouco Maleável
Mármore Sintético ● Suporta Altas
Temperaturas
● Retem calor

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● Retem Calor
Poliuretano (PU) + Granito ● Pouco Maleável
em pó ● Suporta Altas
Temperaturas

Para o teste prático em sala de aula utilizamos o molde feito de Mármore Sintético e o
colocamos em um dispositivo ao qual esquentava e fizemos as medidas do interno e externo
da placa e chegamos aos seguintes resultados:

Temperatura Interior: 45,6°C


Temperatura Externa: 39,6°C

Após isso colocamos sobre uma bandeja com gelo e medimos a temperatura novamente e
obtivemos o valor de:

Temperatura Final: 23,2°C

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CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa sobre o impacto dos diversos materiais de
capas de celular na transferência de calor, no desempenho e na eficiência energética dos
dispositivos eletrônicos, é possível concluir que esses materiais apresentam características
distintas que influenciam diretamente esses aspectos. No que diz respeito à transferência de
calor, observou-se que capas feitas de madeira, silicone, pó de pedra e cola quente têm efeitos
diversos na dissipação térmica dos dispositivos.
Cada material exibiu propriedades únicas que podem ser relevantes para diferentes
situações de uso. Em relação ao desempenho, foi constatado que algumas capas podem
impactar discretamente nas operações dos dispositivos eletrônicos. Considerar essas variações
é crucial ao escolher uma capa, especialmente para usuários que buscam um desempenho
otimizado em determinadas situações.
Quanto à eficiência energética, verificou-se que os diferentes materiais influenciam no
consumo de energia dos dispositivos durante o uso cotidiano. Essa descoberta destaca a
importância de levar em conta não apenas a proteção física do dispositivo, mas também o
impacto energético associado a diferentes tipos de capas.
Em resumo, este estudo proporcionou insights valiosos sobre a relação entre materiais de
capas de celular e seus efeitos na transferência de calor, desempenho e eficiência energética.
As conclusões oferecem uma base sólida para a tomada de decisões informadas na escolha de
capas, considerando tanto as preferências estéticas quanto as necessidades práticas de
preservação do dispositivo e otimização do consumo energético. Recomenda-se que pesquisas
futuras explorem ainda mais nuances específicas de cada material, a fim de aprimorar ainda
mais a compreensão desses impactos.

REFERÊNCIAS

HELERBROCK, Rafael. "Efeito Joule"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/efeito-joule.htm. Acesso em 24 de novembro de 2023.

CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. John Wiley &
Sons, Inc., 2002.

EQUIPE EDITORIAL DE CONCEITO. DE. (9 de Dezembro de 2019). Condutividade


térmica - O que é, conceito e definição. Conceito.de.
https://conceito.de/condutividade-termica

COELHO, A. Os diferentes tipos de materiais para cases de celular. Disponível em:


<https://universoiwill.wordpress.com/2015/07/22/os-diferentes-tipos-de-materiais-para-cases-
de-celular/>. Acesso em: 24 nov. 2023.

Danos ao Dispositivo Eletrônico: Como o Excesso de Calor Pode Levar a Danos Físicos aos
Componentes Eletrônicos – Blog Raisa. Disponível em:
<https://blog.raisa.com.br/danos-ao-dispositivo-como-o-excesso-de-calor-pode-levar-a-danos-
fisicos-aos-componentes-eletronicos/>. Acesso em: 25 nov. 2023.
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Explicando A Matéria: Propriedades Térmicas. Disponível em:
<https://www.jornalamateria.ufscar.br/news/explicando-a-materia-propriedades-termicas>.

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