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Aula 01 02 - PEII - 2 2023
Aula 01 02 - PEII - 2 2023
1- Apresentação da disicplina
2- Critérios de avaliação
3- Bibliografia
4- Introdução às Estruturas de Concreto Armado
5- Vantagens e desvantagens
4 07/set
Feriado
6 14/set Aula número 2:
1- Ações / Cargas
2- Levantamento das cargas
3- Cargas permanentes / Sobrecargas
4- Condições de engaste / Linha de ruptura
1- Dimensionamento à flexão
2- Aplicação ao dimensionamento à flexão
3- Detalhamento da armadura de flexão
1- Dimensionamento ao cisalhamento
2- Aplicação ao cisalhamento em vigas
3- Detalhamento da armadura de cisalhamento em vigas
14 12/out
Feriado
16 19/out
Semana Académica
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Resumo do conteúdo:
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
Fusco, P. B.; Estruturas de Concreto – Solicitações Normais, Editora LTC, São Paulo,
1985.
Carvalho, Roberto Chust ; Cálculo e detalhamento de estruturas de concreto armado.
Segundo a NBR 6118-2014 - Volume 1. Editora EdufSCar.
Pfeil, Walter ; Concreto Armado. Livros Técnicos e Científicos Editora, 1988
Sussekind, J. C.; Curso de Concreto, Volume 1. Editora Globo, 1984
Araújo, José Milton de; Curso de Concreto Armado, Volume 1, 2 e 3. Editora Dunas.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABNT - NBR 6118:2014 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2014.
ABNT - NBR 6120:2019 - Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações,
Associação Brasileira de Normas Técnicas,2019.
ABNT - NBR 8681:2003 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2003.
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https://www.passeidireto.com/arquivo/32375095/arquitetura-e-lancamento-estrutural
Estruturas de Concreto
Armado: Fundamentos de
Projeto Estrutural II TEC00230 João Carlos Teatini Elsevier editora ltda.
Projeto, Dimensionamento
e Verificação
Estruturas de Concreto
Manoel Henrique
Armado para Campos Botelho
Edificações: com ACROLIM Concreto armado -
Antonio Carlos Rolim Editora Blucher
roteiros práticos para o , SP, 2020 Eu te amo
dimensionamento dos
elementos estruturais
Osvaldemar
Marchetti
Leitura complementar:
http://www.editoradunas.com.br/revistatpec/aulas_arquivos/Cap2_V1.pdf
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/14280/material/Pro
jetos%20Estruturais%20-%20Apostila%20PUC%20GO.pdf
https://www.escolaengenharia.com.br/concreto-armado/
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Introdução:
As estruturas de concreto armado são extremamente dominadas em todos os países.
Devido à facilidade de execução e abundância dos materiais constituintes, a técnica do
seu emprego se espalhou em diversas partes do mundo. As normas técnicas se encontram
no Brasil sob as regras da Associação Brasileira das Normas Técnicas (ABNT) para
garantir a qualidade das matérias primas e da produção e execução dos diversos serviços.
O concreto armado é um material compósito de matriz cimentícia, e contém fibras longas
representadas por barras de aço. O cimento é um aglomerante hidráulico que atinge a sua
resistência com reação química provocada pela mistura com água. A presença dos outros
constituintes adicionados ao cimento visa outras propriedades de interesse além da
resistência mecânica (brita), o baixo índice da variação volumétrica (areia e brita), obter
um volume maior do concreto (diminuindo o consumo de cimento podendo ser
substituído por brita por exemplo).
Algumas definições a seguir relativas à mistura do cimento com outros materiais
constituintes:
Cimento: Aglomerante.
Pasta de cimento: Cimento com água.
Argamassa: Cimento, areia e água
Concreto: Cimento, areia, brita e água. (Concreto Simples)
Concreto armado: Cimento, areia, brita, água e barras de aço.
As informações sobre tipo dos materiais constituintes e sua fabricação e obtenção:
cimento, areia, brita e aço são dadas em outra disciplina (Materiais de Construção).
É fundamental que o projeto da arquitetura seja elaborado inicialmente para ser
concretizado por lançamento de estrutura de Concreto Armado. A combinação das cargas
com o tamanho dos vãos das vigas ou das lajes é uma questão limitadora para a escolha
do tipo da estrutura de um ponto de vista técnico, funcional ou de execução.
A planta baixa representa a produção do projeto arquitetônico além de detalhes, cortes e
fachadas, etc. O memorial descritivo do projeto de arquitetura também é um documento
definitivo de consulta para a tarefa de elaborar o projeto estrutural.
Várias medidas e decisões são tomadas no projeto de arquitetura e no memorial descritivo
arquitetônico e como exemplo: O pé-direito, tipo de piso e revestimento, altura do azulejo
nas paredes, aberturas de janelas e portas, detalhes das aberturas em lajes, escadas,
fachadas, espessura de vidros, etc.
Em geral o posicionamento dos pilares na planta baixa e o seu tamanho são uma indicação
de permissão do projeto de arquitetura, mas não representa uma obrigatoriedade de
execução de tal modo no projeto estrutural. Por exemplo a presença de “boneca” no
compartimento arquitetônico representa uma sugestão para solucionar o posicionamento
do pilar, que pode ser eliminada com o lançamento e a verificação do cálculo estrutural.
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DESVANTAGENS
• Resulta em elementos com maiores dimensões que o aço; o que, com seu peso específico
elevado (25 kN/m3), sendo muito grande, limita o seu uso em determinadas situações ou
elevando bastante seu custo.
• As reformas e adaptações são, muitas vezes, de difícil execução.
• É bom condutor de calor e som, exigindo, em casos específicos, associação com outros
materiais para sanar esses problemas.
• São necessários um sistema de formas e a utilização de escoramentos (quando não se
faz uso da pré-moldagem) que geralmente precisam permanecer no local até que o
concreto alcance resistência adequada.
• CONCRETO FRESCO
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Para obter a resistência especificada no projeto estrutural, vários fatores devem ser
considerados:
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Nas obras, geralmente não são realizados ensaios de resistência à tração do concreto. A
sua determinação pode ser útil para procurar prevenir as fissuras no concreto, a partir do
conhecimento das condições de carregamento e movimentações térmicas e higroscópicas.
No Brasil, sua determinação deve obedecer às prescrições da norma NBR 7222 -
Resistência à tração simples de argamassa e concreto por compressão diametral dos
corpos-de-prova cilíndricos. Uma outra forma de determinar a resistência à tração é
através da realização do ensaio de flexão simples.
Flexão à fadiga
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Projeto de Arquitetura
Planta Baixa
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Lançamento da estrutura:
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Planta de forma
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Rebaixamento da
laje do terraço
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Ações e combinações
Denomina-se ação qualquer influência, ou conjunto de influências, capaz de produzir
estados de tensão ou de deformação em uma estrutura.
As ações são tratadas pela ABNT NBR 6118:2014 em seu capítulo 11, destacando no
item 11.2.1: Na análise estrutural deve ser considerada a influência de todas as ações que
possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura em exame, levando-
se em conta os possíveis estados limites últimos e os de serviço.
Ações permanentes diretas e indiretas: peso próprio, recalques
Ações variáveis: diretas e indiretas:
• cargas verticais de uso· de construção (pessoas, mobiliário, veículos, materiais
diversos etc.);
• cargas móveis, considerando o impacto vertical; impacto lateral;
• força longitudinal de frenação ou aceleração; e
• força centrifuga
• Indiretas: temperatura, dinâmica
Ações excepcionais: Normas específicas; permanentes: peso próprio, retração, protensão,
fluência e recalques; e variáveis: acidental vertical, vento e temperatura.
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Questionário:
1- Identificar e classificar as possíveis ações e cargas num edifício residencial
unifilar de dois andares no centro de Niterói como exemplo de localização.
2- Descrever sobre as vantagens e desvantagens das estruturas de concreto armado.
3- Descrever uma comparação em diversos assuntos técnicos e arquitetônicos entre
estruturas de concreto armado e estruturas metálicas.
4- Descreve sobre os cuidados básicos no lançamento das estruturas de concreto
armado, isto é, de ponto de vista estrutural e dimensional.
5- A) Efetuar um desenho de planta baixa de um pavimento típico unifilar de dois
andares contendo os seguintes compartimentos arquitetônicos: sala, cozinha, área
de serviço, sala de jantar, dois dormitórios, dois banheiros, escada e possível
corredor.
B) Efetuar para o item acima um desenho de fachada e dois cortes.
C) Efetuar o lançamento da estrutura e elaborar a planta de forma.
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Cargas permanentes
Laje L02:
Observar:
Valores em kN/m³
Por ter rebaixamento, este pode ser preenchido de tijolo furado com peso específico aparente
de 12,0kN/m3 ou 14,0kN/m³, mas se for enchimento de entulho de obra então adotar
15,0kN/m3.
Argamassa de regularização
Tijolo furado
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O comprimento total das paredes de alvenaria na laje L02 é calculado conforme a figura a
seguir 3,15 + 2,47 = 5,62 m de extensão.
Neste caso da parede terminar no fundo da laje, o pé direito real da parede é calculado da
seguinte forma, mede-se primeiramente o pé direito de topo de laje a topo de laje do nível
acima e desconta a espessura da laje do nível superior.
Conforme a NBR6120:2019 para o cálculo das cargas das paredes de alvenaria de vedação
precisamos determinar a espessura do tijolo a ser empregado e a espessura do revestimento
destes tijolos.
Exemplo de cálculo:
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→
a) Volume da alvenaria e b) comparação de placa em kN/m².
*********************************************************************
Exemplo caso de alvenaria de bloco 9 nominal e revestimento nas duas faces de 1,0
cm.
Alvenaria de vedação bloco de cerâmica b=9,0 nominal; adotar b=10,0 cm para efeito
de cálculo.
Ao adotar Revestimento em cada face de 1,0 cm; vendo a tabela 1,1 kN/m² por face e
tendo duas faces de revestimento = 1,1 x 2 = 2,2 kN/m².
Bloco cerâmico com parede maciça 14,0 kN/m³; então o peso da placa representando a
parede de alvenaria nestas condições é:
14 x 0,10 +2,2 = 3,6 kN/m²
Alvenaria de vedação bloco de cerâmica b=9,0 nominal; adotar b=10,0 cm para efeito
de cálculo.
Ao adotar Revestimento em cada face de 2,0 cm; vendo a tabela 1,6 kN/m² por face e
tendo duas faces de revestimento = 1,6 x 2 = 3,2 kN/m².
Bloco cerâmico com parede maciça 14,0 kN/m³; então o peso da placa representando a
parede de alvenaria nestas condições é:
14 x 0,10 +3,2 = 4,6 kN/m²
Resta conhecer a área da parede que está atuando na laje L02. Esta área equivale ao
comprimento total multiplicado pelo pé-direito real:
2,7 x 5,62 = 15,18 m².
Então a carga total da alvenaria da laje L02 será: 15,18 x 4,6 = 69,83 kN.
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Sabemos que a área da laje L02 é: 3,725 x 3,375 = 12,572 m2, então a carga da alvenaria
na laje L02 será:
69,83 / 12,872 = 5,42 kN/m².
Laje L02
O peso próprio da laje L02 se repete da mesma forma de cálculo anterior:
Assim, para a laje L02 o total das cargas permanentes será: 3,510 + 2,85 + 5,42 = 8,83 kN/m2.
Laje L03:
Cargas permanentes
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Planta baixa.
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Planta de forma.
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Salas: 1,5kN/m².
Banheiro: 1,5kN/m².
Corredor: 1,5kN/m².
Terraço: 2,0kN/m².
Ações finais nas lajes do exemplo:
Ações
Ações
Peso Piso + variáveis
h Alvenaria outras permnentes Total
Laje próprio Revestimento normais
diretas (g)
(q)
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Apoio
Apoio
Apoio
30o
30o
o
60 Engaste 60o 45o Apoio 45o
Livre
Apoio
Engaste
Engaste
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Cargas variáveis:
q = carga de uso do compartimento arquitetônico definida pela NBR6120:2019.
É esta carga que vai ser útil para o cálculo das reações das lajes nas vigas e o cálculo
dos momentos.
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Roteiro de cálculo:
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Exercício resolvido:
Solução da área
Solução da tabela
em escala
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Exercício:
Pede-se o levantamento das cargas e as reações das lajes nas vigas da seguinte planta
estrutural. ( a alvenaria tem 13,0cm de espessura com acabamento)
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