Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lista01-Solucao Cálculo 2
Lista01-Solucao Cálculo 2
Exercício 1
As seguintes sequências têm um padrão natural de continuação. Usando tal padrão determine uma fórmula
para o termo geral da sequência.
(a) 1, 3, 5, 7, 9, . . . (c) 2 3 4 5 6
3 , 2·4 , 3·5 , 4·6 , 5·7 , . . .
Exercício 2
Verifique se as sequências são crescentes, decrescentes ou não-monótonas. Determine também se são limitadas
superiormente e inferiormente.
2
n n −1
(a) (c)
2n + 1 n2 + 1
(−3)n 1 − (−1)n
(b) (d)
n 5
Exercício 3
Exercício 4
Verifique que as sequências {an } abaixo são decrescentes e tem limitante inferior. O que você pode dizer a
respeito da convergência destas sequências?
n 1 · 3 · 5 · · · (2n − 1)
(a) an = ,n ≥ 1 (b) an = ,n ≥ 1
3n (2n)n
Exercício 5
1
Exercício 6
Dados a1 , c ∈ R e b1 > 0, considere as sequências (an )n≥1 e (bn )n≥1 dadas pelas relações:
Determine (dependendo de a1 , b1 e c), se as sequências (an ) e (bn ) são monótonas (crescente ou decrescente) e
calcule, caso existam, seus limites quando n → ∞.
Solução do Exercício 1
(a) an = 2n − 1 para n ≥ 1
Solução do Exercício 2
1 2 3 1 2 3
(a) Os primeiros termos da sequência são , , , . . . . Podemos verificar que < < . Isto sugere que a
3 5 7 3 5 7
sequência é estritamente crescente. De fato, para todo n,
n n+1
< ⇐⇒ n(2n + 3) < (n + 1)(2n + 1) ⇐⇒ 2n2 + 3n < 2n2 + 3n + 1 ⇐⇒ 0 < 1
2n + 1 2(n + 1) + 1
Como vale esta última desigualdade, vale a primeira, o que significa que a sequência é crescente.
Agora, em relação à limitação da sequência, observamos primeiro que todos os termos da sequência são
n
positivos (0 < ). Logo ela é limitada inferiormente.
2n + 1
Por outro lado, temos que
n < 2n + 1
para todo n. Isto implica que
n
<1
2n + 1
para todo n. Logo a sequência é limitada superiormente.
−3 9 −27
(b) Os primeiros termos da sequência são , , , . . . . Observamos que o termo an é maior que 0 se n é
1 2 3
par e menor que 0 se n é ímpar. Logo a sequência não pode ser nem crescente nem decrescente. Logo ela
3n
não é monótona. Agora, chamando bn = , note que
n
an = (−1)n bn
2
(c) A sequência é estritamente crescente. Pode verificar mostrando diretamente que an < an+1 ou usando
x2 − 1
a função f (x) = 2 . Como é crescente, é limitada inferiormente. Por outro lado, notemos que vale
x +1
2
n − 1 < n + 1 para todo n, logo nn2 −1
2 2
+1 < 1 para todo n. Assim, a sequência é limitada.
1−(−1)n 1−(−1)n
(d) Para n par, 5 = 0. Para n ímpar, 5 = 25 . Logo a sequência não é monótona, mas é limitada.
Solução do Exercício 3
(a) Não. Por exemplo, an = (−1)n é limitada mas não tem limite.
(b) Sim. Informalmente: se a sequência tem limite L, a partir de algum índice ela fica entre (digamos) L − 0.1
e L + 0.1, e portanto este “rabo” da sequência é limitado. Como sobram apenas uma quantidade finita
de termos antes daquele índice (e qualquer conjunto finito de números é limitado), a sequência como um
todo tem que ser limitada também.
(c) Não. Por exemplo, bn = n é monótona mas diverge.
(d) Não. Por exemplo, cn = (−1)n /n, ou seja, (cn ) = −1, 1/2, −1/3, 1/4, ... não é monótona mas converge
para 0.
Solução do Exercício 4
1 2 3 1 2 3
(a) Os primeiros termos da sequência são , , , . . . . Podemos verificar que > > . Isto sugere que
3 9 27 3 9 27
a sequência é estritamente decrescente. De fato, para todo n,
1
a1 =
2
Para n = 2, 2n − 1 = 2 · 2 − 1 = 3, portanto na fórmula acima, no numerador só vai ter o produto de 1 e
de 3. Não vai aparecer nem 5 nem nenhum outro número ímpar. Portanto, segundo a fórmula de an ,
1·3
a2 =
42
Para n = 3, 2n − 1 = 2 · 3 − 1 = 5, portanto na fórmula acima, no numerador só vai ter o produto de 1,
de 3 e de 5. Não vai aparecer nenhum outro número ímpar. Portanto, segundo a fórmula de an ,
1·3·5
a3 =
63
3
E desta mesma maneira podemos determinar todos os termos da sequência. Podemos verificar facilmente
que vale a1 > a2 > a3 .
O termo n + 1−ésimo da sequência é
Então
2n + 1 n n n
E esta última desigualdade vale porque < 1 e < 1 (se < 1, então n+1 n
< 1).
2n + 2 n+1 n+1
Portanto a sequência é decrescente. Como todos os termos da sequência são positivos, a sequência é
limitada inferiormente. Pelo teorema da sequência monótona, temos que a sequência {an }é convergente.
Solução do Exercício 5
(b) Dividindo numerador e denominador pela maior potência que aparece no denominador, temos
3
3 + 5n2 2
+5 5
lim = lim n = =5
n→∞ n + n2 n→∞ 1 + 1 1
n
3 1
pois lim = lim = 0.
n→∞ n2 n→∞ n
(c) sen(0) = 0, sen(π/2) = 1, sen(π) = 0, sen(3π/2) = −1· e sen(θ + 2π) = sen(θ). Portanto, a sequência vai
repetindo os valores 0, 1, −1. Desta forma a sequencia não converge.
ln(n)
(d) n2 é uma indeterminação do tipo " ∞
∞ ". Assim podemos usar a regra de L’Hôpital:
1
ln(n) n 1
lim = lim = lim = 0.
n→∞ n2 n→∞ 2n n→∞ 2n2
(f) Os termos da sequência são alternadamente iguais a 1 ou -1. Assim, a sequência é divergente.
1 1 − cos(2n )
(g) Temos que 0 ≤ 1 − cos(2n ) ≤ 2 para todo n e lim = 0. Pelo teorema do confronto, lim = 0.
n 2n n 2n
4
Solução do Exercício 6
(a) Suponhamos que c = 0. Neste caso, an+1 = an para todo n ≥ 1 e portanto a sequência é constante. Toda
sequência constante é monótona e tem por limite o valor da constante. Assumamos agora c ̸= 0. Assim
Então a sequência é monótona. Será crescente com limite ∞ quando c > 0 e decrescente com limite −∞
quando c < 0.
(b) Observe que
bn+1 = c · bn = c2 · bn−1 = · · · = cn b1 .
Se |c| < 1, temos que limn→∞ cn = 0. Se 0 ≤ c < 1 = 0, a sequência (bn )n≥1 é decrescente e limn→∞ bn =
0. Se −1 < c < 0, a sequência não é monótona, pois vai alternando valores positivos e negativos. Mas
ainda vale neste caso que limn→∞ bn = 0.
Para estudar o caso |c| ≥ 1 devemos dividir em mais casos:
Caso c = 1 temos que bn+1 = b1 para todo n ∈ N. Assim a sequência é constante e como antes, é
monótona e o limite é o valor b1 .
Caso c > 1 temos que limn→∞ cn = ∞ e assim (bn )n é crescente e limn→∞ bn = ∞.
Caso c ≤ −1 temos que não existe limite de cn (e portanto não existe limite de {bn }) pois a sequência
oscila entre valores positivos e negativos. Neste caso a sequência não é monótona.