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PREFEITURA MUNICIPAL DE ORIXIMINÁ – PARÁ - PMO


CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ORIXIMINÁ – PARÁ – COMEO
SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE ORIXIMINÁ – SMEO
LEIS MUNICIPAIS Nº 6.072 DE 17-12-1997, Nº 6.089 DE 02-12-1998 E Nº 6.955 DE 21-12-2006
RESOLUÇÃO Nº. 029/2021-COMEO

RESOLUÇÃO Nº. 029 DE 10 DE DEZEMBRO DE 2021

DISPÕE SOBRE A NORMATIZAÇÃO DA


EDUCAÇÃO ESPECIAL NO SISTEMA
MUNICIPAL DE ENSINO DE ORIXIMINÁ –
PARÁ – SMEO.

O Vice-Presidente do Conselho Municipal de Educação de Oriximiná, no uso das


atribuições legais que lhes são conferidas em Lei, e tendo sido aprovado pelo Conselho Pleno
em reunião realizada no dia 10 de dezembro de 2021, CONSIDERANDO ainda na legislação
nacional o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.436, de
24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei
nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000; o Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, que
dispõe sobre a Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado e dá outras
providências; a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional; a Lei Berenice Piana nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui
a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; a
Lei nº 12.982, de 28 de maio de 2014, que altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009,
para determinar o provimento de alimentação escolar adequada aos alunos portadores de
estado ou de condição de saúde específica; a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui
a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
a Lei nº 14.113, de 25 de dezembro de 2020, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
(Fundeb), de que trata o art. 212-A da Constituição Federal; revoga dispositivos da Lei nº
11.494, de 20 de junho de 2007; e dá outras providências; a Resolução CD/FNDE nº
05/2020, de 08 de maio de 2020, que estabelece os critérios e as formas de transferência de
recursos financeiros do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE, que
será revogada a partir de 1º de janeiro de 2022, entrando em vigor, a partir de 2 de janeiro de

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2022, a Resolução CD/FNDE nº 18/2021, de 22 de outubro de 2021, que estabelece
diretrizes e orientações para o apoio técnico e financeiro na execução, no monitoramento e na
fiscalização da gestão de gestão de veículos de transporte escolar, pelas redes públicas de
educação básica dos Municípios, Estados e do Distrito Federal, no âmbito do Programa
Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – PNATE; a Nota Técnica nº 04, de 23 de
janeiro de 2014, que orienta quanto a documentos comprobatórios de alunos com deficiência,
TEA e altas habilidades/superdotação no Censo Escolar; a Nota Técnica nº 02, de 04 de
agosto de 2015, que orienta a organização e oferta do atendimento educacional especializado
na Educação Infantil; a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva (2008); a Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009, que institui as
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica,
modalidade Educação Especial; a Resolução nº 6, de 08 de maio de 2020, que dispõe sobre o
atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa
Nacional de Alimentação Escolar – PNAE; o Caderno de Referência sobre alimentação
escolar para estudantes com necessidades alimentares especiais/Programa Nacional de
Alimentação Escolar; no âmbito estadual a Instrução Normativa nº 001/2018 -
GS/SEDUC/PA, de 12 de abril de 2018, que dispõe sobre a organização e funcionamento do
Atendimento Educacional Especializado – AEE nas unidades escolares da Rede Estadual de
Ensino e Unidades, Centros e Núcleos Especializados públicos e privados, filantrópicos sem
fins econômicos, conveniados com a Secretaria de Estado de Educação do Pará; a Resolução
nº 304, de 25 de janeiro de 2017, que dispõe sobre a regulamentação e a consolidação das
normas estaduais e nacionais aplicáveis à Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino do
Pará, relativamente aos Capítulos VIII e XIV, que tratam da Educação Especial – Seção II, e
dá outras providências; e em âmbito municipal a Meta 4 do Plano Municipal de Educação,
que trata da Educação Especial, Lei nº 8.768, de 24 de junho de 2015; e o Documento
Curricular Municipal aprovado pela Resolução Nº. 004 de 19 de fevereiro de 2020 do
Conselho Municipal de Educação de Oriximiná – Pará (COMEO).

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RESOLVE:
Art. 1º Estabelecer Diretrizes para o funcionamento da Educação Especial no âmbito
do Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Dos conceitos

Art. 2º Para fins de aplicação desta Resolução, conceituam-se:


I- público-alvo da Educação Especial: aluno com deficiência, TEA e com altas
habilidades/superdotação
II- acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização com segurança
e autonomia de espaços, mobiliários, equipamentos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e
instalações abertas ao público, de uso público, privado ou coletivo, por pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida;
III- tecnologia assistiva: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos,
metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade
relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade
reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;
IV- barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou
impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso
à informação, à compreensão, à circulação com segurança;
V- comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange, entre outras opções,
as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille,
o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos
multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios
de voz digitalizados, e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de
comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;

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VI- adaptações: modificações e ajustes necessários e adequados, quando requeridos
em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em
igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e todas as
liberdades fundamentais;
VII- laudo médico: é o documento assinado por médico de qualquer especialidade
como neurologista, pediatra, psiquiatra ou outras relacionadas à fisiologia do aluno, atestando
a deficiência e/ou condição específica do aluno;
VIII- laudo clínico: é o documento assinado por profissionais de saúde responsáveis
pelo atendimento clínico ao aluno ou que tenham realizado sua avaliação de qualquer
especialidade – psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, entre outros –
ou por equipe multidisciplinar, independente da presença de médicos em sua composição,
atestando a deficiência e/ou condição específica do aluno;
IX- Sala Comum de Ensino Regular: é o espaço onde se realizam regularmente as
aulas nos níveis de ensino e faixa etárias estabelecidas;
X- Sala de Recursos Multifuncionais: espaço físico, com mobiliários, com materiais
didáticos, com recursos pedagógicos e de acessibilidade, bem como de equipamentos
específicos;
XI- Atendimento Educacional Especializado – AEE: conjunto de atividades,
recursos pedagógicos e de acessibilidade, organizado institucionalmente, prestado de forma
complementar e/ou suplementar à formação dos alunos público-alvo da Educação Especial,
matriculados no ensino regular e na modalidade de EJA;
XII- recursos de acessibilidade na educação: aqueles que asseguram condições de
acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a
utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários, dos
equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais
serviços;
XIII- Plano de Desenvolvimento Individualizado – PDI: documento de
planejamento particularizado em relação aos tipos de suporte, de adaptações, de serviços e de
recursos necessários para a escolarização, para as definições de organização do processo
educacional do aluno público-alvo da Educação Especial;

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XIV- avaliação: processos quantitativos e qualitativos da aprendizagem,
principalmente quanto às habilidades, às atitudes, aos interesses, aos hábitos, ao ajustamento
pessoal, afetivo e social, à capacidade de resolução de problemas e à funcionalidade
adaptativa, considerando-se a modalidade de aprendizagem e a história de vida do sujeito;
XV- alimentação escolar compreende todo alimento oferecido no ambiente escolar,
independentemente de sua origem, durante o período letivo;
XVI- transporte escolar: é dever do Estado e direito dos alunos da educação básica
pública, previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 208, e na Lei
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
– arts. 4º, 10, 11 e 70), devendo ser promovido e incentivado, com vistas ao atendimento das
diretrizes estabelecidas na Resolução CD/FNDE nº 05/2020, de 08 de maio de 2020 e
posteriormente na Resolução CD/FNDE nº 18/2020, de 22 de outubro de 2021, que entrará
em vigor no dia 2 de janeiro de 2022;
XVII- formação continuada, em âmbito educacional, toda atividade em que o
profissional participa ativamente, buscando conhecer melhor o seu cotidiano, por meio da
reflexão embasada na práxis pedagógica;
XVIII- estudo de caso: método de pesquisa sobre situação/condição específica que
permite aprofundar o conhecimento com coleta e análise de dados e oferecer subsídios para
novas investigações sobre a mesma temática; e
XIX- tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras): profissional
habilitado na tradução e interpretação de Libras para a Língua Portuguesa e vice-versa.

Seção II
Do funcionamento da Educação Especial

Art. 3º Educação Especial, modalidade transversal a todos os níveis, etapas e


modalidades de ensino, responsável pela organização e pela oferta dos recursos e serviços que
promovam a acessibilidade de forma a eliminar as barreiras que possam dificultar ou obstar o
acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos público-alvo desta modalidade.
Art. 4º A Educação Especial tem por finalidade promover e garantir, por meio de seus
serviços, o atendimento a crianças, jovens e adultos, público-alvo desta modalidade, tendo
como premissa a atenção para a diferença humana.

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Art. 5º Considera-se público-alvo da Educação Especial:
§ 1º Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de
natureza física, intelectual ou sensorial:
I- deficiência física;
II- deficiência intelectual;
III- deficiência visual: baixa visão e cegueira;
IV- deficiência auditiva/surdez;
V- surdocegueira;
VI- deficiência múltipla; e
VII- para efeitos legais, os alunos com Transtorno do Espectro Autista, conforme art.
1º da Lei 12.764/2012.
§ 2º deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma
de:
I- paraplegia:
II- paraparesia;
III- monoplegia;
IV- monoparesia;
V- tetraplegia;
VI- tetraparesia;
VII- triplegia;
VIII- triparesia;
IX- hemiplegia;
X- hemiparesia;
XI- ostomia;
XII- amputação ou ausência de membro;
XIII- paralisia cerebral;
XIV- nanismo; e
XV- membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

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§ 3º Deficiência intelectual: funcionamento intelectual significativamente inferior à
média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas
de habilidades adaptativas, tais como:
I- comunicação;
II- cuidado pessoal;
III- habilidades sociais;
IV- utilização dos recursos da comunidade;
V- saúde e segurança;
VI- habilidades acadêmicas;
VII- lazer; e
VIII- trabalho.
§ 4º Deficiência visual:
I- cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com
a melhor correção óptica;
II- a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica;
III- os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
igual ou menor que 60º; e/ou
IV- a ocorrência simultânea de quaisquer das condições dos incisos I, II e III deste
parágrafo.
§ 5º Deficiência auditiva/surdez: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um
decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e
3.000Hz.
§ 6º Surdocegueira: é o comprometimento, em diferentes graus, dos sentidos
receptores à distância (audição e visão), em que a combinação desses comprometimentos
acarretam problemas de comunicação, mobilidade, informação e da necessidade de
estimulação e de atendimentos educacionais específicos.
§ 7º Deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências.
§ 8º Transtorno do Espectro Autista – TEA: aquele que apresenta um quadro de
comprometimento no neurodesenvolvimento que afeta as áreas da interação social,

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comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também
sensibilidades sensoriais.
§ 9º Alunos com Altas Habilidades/Superdotação – AH/SD: aqueles que
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento
humano, isoladas ou combinadas – intelectual, liderança, psicomotora, artes, dentre outras.
§ 10 Aluno que, de acordo com a legislação atual não constitui público-alvo da
Educação Especial, mas, que demanda de um olhar mais individualizado, como o com
diagnóstico de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) deverá ser
matriculado no Atendimento Educacional Especializado por se tratar de um transtorno do
neurodesenvolvimento, conforme DSM-5, que causa prejuízo no processo de aprendizagem.
§ 11 Aluno que, de acordo com a legislação atual não constitui público-alvo da
educação especial, mas, que demanda de um olhar mais individualizado, como o com
diagnóstico de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), NÃO deve ser
declarado ao Censo Escolar, porém, deverá ser matriculado no Atendimento Educacional
Especializado, após avaliação biopsicossocial pela equipe multiprofissional da SEMED, que
comprove a real necessidade para a inserção do aluno no atendimento, por se tratar de um
transtorno do neurodesenvolvimento, conforme o DSM-5, que causa prejuízo no processo de
aprendizagem.
§ 12 Pessoas com transtornos funcionais específicos, discalculia, disgrafia, dislexia,
bem como “com dificuldade de aprendizagem”, NÃO devem ser declaradas ao Censo Escolar
como tendo deficiência, nem devem ser matriculados no AEE, mas, necessitam de
acompanhamento de um psicopedagogo, além do investimento suplementar do professor
quanto às metodologias utilizadas, do apoio da equipe gestora, do acompanhamento das
equipes de orientação pedagógica e técnica da Secretaria Municipal de Educação de
Oriximiná – SEMED.
Art. 6º A Educação Especial, como modalidade de ensino, atuará:
I - na Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED, por meio da
Diretoria de Educação Básica das Áreas Urbana e Rural, representada pela Divisão de
Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural, responsável pelo acompanhamento e
orientações às Escolas do Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO; e

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II - nas escolas do Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO, que
ofertam os seus serviços para os alunos da Educação Básica.
§ 1º. As escolas da rede regular municipal de ensino deverão prever e prover, na
organização de suas classes comuns, a distribuição dos alunos público-alvo da Educação
Especial pelas várias classes do ano escolar em que forem matriculados, de modo que essas
classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências de
todos os alunos, dentro do princípio de educar para a diversidade, conforme previsto no, art.
8º, II, da Resolução CNE/CEB no 02/2001.
§ 2º. O aluno público-alvo da Educação Especial que se encontrar em ambiente
hospitalar ou domiciliar terá garantidos os serviços do AEE, sendo os horários de atendimento
organizados pela direção da escola com acompanhamento da Secretaria Municipal de
Educação de Oriximiná/Diretoria de Educação Básica das Áreas Urbana e Rural/Divisão de
Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural.
Art. 7º São serviços da Educação Especial que devem ser ofertados pelo município:
I- o acompanhamento pelo Profissional de Apoio Escolar;
II- a tradução e interpretação em Libras;
III- o acompanhamento do guia-intérprete; e
IV- o Atendimento Educacional Especializado – AEE.
§ 1º O profissional de apoio escolar deve atuar de forma colaborativa com o professor
da sala comum de ensino regular e com o da sala de recursos multifuncionais na prestação dos
serviços ao aluno público-alvo da Educação Especial em todas as atividades escolares nas
quais se fizerem necessárias.
§ 2º Os Diretores Educacionais, os Vice-Diretores e/ou os Coordenadores
Educacionais das escolas municipais que ofertam os serviços da Educação Especial são
responsáveis pelo acompanhamento sistemático no que se refere a profissionais, alunos, pais e
comunidade escolar, dentro das atribuições inerentes aos seus cargos.
§ 3º O Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico de todas as escolas de
ensino regular devem prever em sua organização informações sobre os serviços da Educação
Especial.

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Art. 8º Quanto à declaração dos alunos público-alvo da Educação Especial no Censo
Escolar, a escola deve valer-se das informações contidas em pelo menos um dos seguintes
documentos comprobatórios:
I- plano de AEE: documento que reúne informações sobre os alunos público-alvo da
Educação Especial, elaborado pelo professor de AEE com a participação do professor da sala
comum, da família e do aluno;
II- avaliação biopsicossocial da deficiência, conforme a Lei Nº 13.146/2015,
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará:
a) os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
b) os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
c) a limitação no desempenho das atividades; e
d) a restrição de participação.
III- avaliação psicopedagógica do aluno realizada por profissionais ou equipes da
escola ou do sistema de ensino; e
IV- laudo médico: documento que pode ser utilizado como registro administrativo
comprobatório.
Parágrafo único. O laudo médico não se constitui documento obrigatório para o
acesso à educação, ao atendimento educacional especializado, para o planejamento das ações
educacionais, sendo que estas devem estar alicerçadas em princípios pedagógicos, e não
clínicos.
Art. 9º Quanto à participação de alunos público-alvo da Educação Especial em
avalições externas:
I- no ato da inscrição das avaliações externas, o profissional responsável deve
assinalar, no formulário do aluno a opção “Sim” no campo “Aluno(a) com Deficiência,
Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou altas habilidades/superdotação”, informando o tipo
de recurso e/ou serviço necessário para uso do aluno em salas comuns de ensino regular e
para participação em avaliações externas, de acordo com as seguintes opções:
a) auxílio ledor: Serviço especializado de leitura de material didático ou de
prova/avaliação para pessoas com cegueira, baixa visão, surdocegueira, deficiência física,
deficiência intelectual ou Transtorno do Espectro Autista (TEA);

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b) auxílio transcrição: Serviço especializado de preenchimento de atividades
didáticas em salas comuns de ensino regular, de provas/avaliações objetivas e de redação para
alunos impossibilitados de escrever ou preencher o cartão de respostas;
c) guia-intérprete: Profissional especializado em formas de comunicação e técnicas
de tradução, interpretação e guia para mediar a interação e o processo de ensino-
aprendizagem das pessoas com surdocegueira durante as atividades em salas comuns de
ensino regular e na realização de provas/avaliações;
d) tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras): realiza a mediação
da comunicação entre surdos e ouvintes e auxilia as pessoas surdas na compreensão de
materiais escritos em Língua Portuguesa em salas comuns de ensino regular e durante a
realização de provas/avaliações;
e) leitura labial: Serviço de apoio às pessoas com deficiência auditiva que não se
comunicam por Libras na compreensão de palavras, expressões, orações e textos escritos em
Língua Portuguesa em salas comuns de ensino regular e durante a realização de
provas/avaliações;
f) prova ampliada com fonte 18: Prova/avaliação impressa com fonte em tamanho
18, com imagens ampliadas e outras adaptações para facilitar a leitura por pessoas com baixa
visão;
g) prova superampliada com fonte 24: Prova/avaliação impressa com fonte em
tamanho 24, com imagens ampliadas e outras adaptações para facilitar a leitura por pessoas
com baixa visão;
h) cd com áudio para deficiente visual: Dispositivo de mídia que reúne material
didático e/ou prova/avaliação em áudio para alunos com deficiência visual;
i) prova de Língua Portuguesa como segunda língua para surdos e deficientes
auditivos: Prova/avaliação de Língua Portuguesa como segunda língua, na modalidade
escrita, para alunos usuários de Libras, voltada à observação e à análise da estrutura da língua,
do seu sistema linguístico, do funcionamento e das variações, tanto nos processos de leitura
como na produção de textos;
j) prova em vídeo em Libras: Dispositivo de mídia que reúne material didático em
vídeo apresentando a tradução de questões de prova/avaliação em Libras para alunos surdos
ou com deficiência auditiva;

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k) material didático e prova em Braille: Material didático e prova/avaliação
transcrita com código em relevo, destinado a alunos cegos ou com baixa visão, que utilizam o
Sistema Braille de leitura e escrita; e
l) nenhum: O aluno não necessita dos recursos listados anteriormente para uso em
salas comuns de ensino regular e para participar de avaliações.

CAPÍTULO II
DAS INTERVENÇÕES NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Seção I
Da identificação e encaminhamentos iniciais para o Atendimento Educacional
Especializado – AEE

Art. 10 A identificação de alunos com deficiência, TEA e altas


habilidades/superdotação deve ocorrer das seguintes formas:
I- na matrícula: quando o responsável apresentar o laudo médico/clínico;
II- por identificação: quando o responsável informar a necessidade de atendimento
educacional especializado e/ou quando professores ou outros servidores ligados diretamente
aos setores de ensino perceberem algum indício;
§ 1º Em todos os casos é necessário que as Diretorias de Educação Básica das Áreas
Urbana e Rural/Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural da SEMED
sejam notificadas formalmente.
§ 2º A escola deve encaminhar as informações dos alunos mencionados no inciso I à
Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná/Diretoria de Educação Básica/Divisão de
Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural imediatamente após o período de
matrícula, por meio de formulário, em mídia e impresso, modelo no Anexo I.
§ 3º A escola deve solicitar avaliação multiprofissional dos alunos mencionados no
inciso II à Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná/Diretoria de Educação Básica das
Áreas Urbana e Rural/Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural após a
realização das duas primeiras etapas do Estudo de Caso com relatório elaborado pelo
professor de salas comuns de ensino regular e pelo coordenador pedagógico, respectivamente,
por meio de ficha impressa (Anexo II), conforme as orientações.
III- ao ser verificada pela escola a necessidade de avaliação multiprofissional, a
família deve ser contatada pela escola e informada sobre a solicitação, requerendo-se a

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assinatura de autorização para realização da avaliação pela Equipe Multiprofissional,
constituindo-se como imprescindível e integrante da ficha de Solicitação de Atendimento,
sem a qual a Avaliação não pode ser realizada; e
IV- na ficha deve constar itens de identificação do aluno, a descrição do motivo da
Solicitação de Atendimento e Ações realizadas pela escola, observando-as nos relatórios das
duas primeiras etapas do Estudo de Caso, a assinatura do responsável legal do aluno, a do
professor da sala comum de ensino regular, a da coordenação pedagógica e da gestão da
escola regular, assim como a data da solicitação.
§ 4º O enfoque multidisciplinar da avaliação possibilita uma ação direta e qualificada
junto às escolas e principalmente aos professores dos alunos, com retroalimentações de
informações e orientações direcionadas à família, ao(s) professor(es) e à equipe escolar, de
acordo com as necessidades específicas de cada aluno no aspecto do desenvolvimento escolar
e social.
§ 5º A avaliação multiprofissional representa um dos eixos do processo do
conhecimento e da discussão de cada caso, por isso prevê um fluxo de ações interligadas que
envolvem todos os responsáveis pelo processo: a Divisão de Educação Especial da Área
Urbana e Rural, a Equipe escolar da escola de origem, o professor do AEE e a equipe
multiprofissional que atende o caso.
§ 6º Aos alunos que têm laudo e aos que ainda estão em processo de
avaliação/acompanhamento, porém já frequentando o AEE, não se aplicam as etapas do
Estudo de Caso para o encaminhamento à avaliação multifuncional.
§ 7º Para alunos com laudo que ingressarem pela primeira vez no Atendimento
Educacional Especializado da Escola Polo, o Estudo de Caso deve ser realizado com base na
anamnese, na avaliação diagnóstica inicial e no(s) relatório(s) de atendimento(s) anterior(es),
quando houver.
Art. 11 A matrícula no Atendimento Educacional Especializado – AEE deve ser
realizada no ato da (re)matrícula no ensino regular, ficando sob responsabilidade de cada
escola encaminhar para o AEE da Escola Polo a qual está vinculada a seguinte documentação:
I- a relação nominal dos alunos com deficiência, assim como a cópia da ficha de
matrícula, do(s) relatório(s) pedagógico(s) do desenvolvimento do aluno no(s) último(s)

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ano(s), documentos pessoais do aluno e do responsável legal, laudo médico/clínico (quando
tiver) e outros documentos necessários para a sua efetivação, constantes na pasta do aluno; e
II- no ato da matrícula no Atendimento Educacional Especializado o responsável legal
do aluno deve assinar o Termo de Compromisso e Autorização para o AEE (Anexo III) ou o
Termo de Recusa (Anexo IV).
Art. 12 Nos casos de identificação feita por professores e/ou outro profissional da
educação, e quando não for apresentado laudo médico, será necessária a realização de Estudo
de Caso, composto de 3 etapas obrigatórias (Anexo V):
I- Etapa I: apresentação inicial da situação, com relatório elaborado pelo professor
de salas comuns de ensino regular;
II- Etapa II: parecer da equipe gestora e da coordenação pedagógica elaborado
pelo coordenador pedagógico;
III- Etapa III: conclusão do estudo de caso, elaborado a partir dos dois relatórios
realizados nas etapas anteriores, com a discussão multidisciplinar/multiprofissional e com a
participação do professor das salas comuns de ensino regular, do professor do AEE, da
coordenação pedagógica, da direção da escola, de outros profissionais da saúde (se possível) e
de profissionais da Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural da
SEMED.
§ 1º Para a elaboração do Relatório da situação inicial, na Etapa I, o professor da sala
comum de ensino regular pode utilizar o Roteiro 1 que apresenta sugestões com itens
orientadores, conforme o Anexo V.
§ 2º Para a elaboração do Parecer pela equipe gestora e coordenação pedagógica, na
Etapa II, esta deve utilizar o Relatório da situação inicial do professor da sala comum de
ensino regular, assim como de suas próprias observações do aluno no espaço escolar.
Art. 13 Para o cumprimento das Etapas do Estudo de Caso os profissionais envolvidos
devem obedecer aos prazos determinados de cada Etapa:
I- o tempo necessário para a realização das Etapas I e II será de 20 (vinte) dias úteis a
contar do ingresso do aluno na escola;
III- a Etapa III consiste em um único encontro, presencial ou remoto, de discussão
multidisciplinar/multiprofissional em que o relatório conclusivo deve ser realizado pela
equipe;

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IV- caso a conclusão do Estudo de Caso não aponte o encaminhamento e/ou
continuidade do atendimento no AEE, o relatório da equipe deve sugerir qual(is)
profissional(is) para o acompanhamento do aluno, inclusive as adaptações, recursos e
modificações que devem acontecer na escola origem para o atendimento às necessidades
identificadas;
V- caso a conclusão do AEE aponte para a necessidade de atendimento, o aluno deve
iniciar os atendimentos após a conclusão dessa etapa; e
VI- a escola deve encaminhar o relatório para a família a fim de que tenha ciência
acerca das orientações sugeridas pela equipe de avaliação.
Art. 14 Os procedimentos adotados pela Secretaria Municipal de Educação de
Oriximiná – SEMED para o encaminhamento dos alunos ao AEE:
I- conversa inicial dos profissionais do Setor de Psicologia da SEMED com a família e
com o(a) aluno(a) quando este(a) souber se expressar, em dias e horários distintos;
II- avaliação multiprofissional (psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional,
neuropsicopedagogo, psicólogo, professor do AEE, entre outros) acerca das várias habilidades
necessárias ao processo de aprendizagem para a emissão de parecer avaliativo pelo professor
do AEE quanto à necessidade de atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais – SRM; e
III - encaminhamento para outro(s) especialista(s), quando se fizer necessário, para a
obtenção de laudo médico.
Parágrafo único. Deve ser garantido o direito da família e do(a) aluno(a) de recusar o
atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais – SRM –, os acompanhamentos, e os
demais procedimentos previstos conforme a Lei Nº 13.146/2015 (LBI), tornando-se
obrigatória a assinatura do Termo de Recusa disponibilizado no Anexo IV.

Seção II
Do acompanhamento

Art. 15 O Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO deve assegurar


para os alunos com necessidades específicas professores com formação exigida na legislação
vigente, bem como oferecer aos professores do ensino regular formação continuada para a
integração desses educandos nas salas comuns.

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Art. 16 A Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED junto com os
professores da Sala de Recursos Multifuncionais de cada Escola Polo de AEE devem:
I- promover nas escolas vinculadas a elas reunião com os professores de turmas nas
quais há alunos público-alvo da Educação Especial, no início de cada período escolar, para
esclarecimentos e orientações sobre as especificidades dos alunos e as possíveis adaptações
para os ajustes em seus Planos de aula/Planos de Ensino; e
II- realizar reuniões pedagógicas no início de cada bimestre, e/ou sempre que se fizer
necessário, para o efetivo acompanhamento dos alunos público-alvo da Educação Especial e
propor possíveis contribuições no plano do professor das salas comuns de ensino regular.
Art. 17 A partir da elaboração do Plano de Desenvolvimento Individualizado – PDI o
acompanhamento ao(à) aluno(a) deve ser de forma sistemática, compreendendo as seguintes
ações:
I- atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais, com acompanhamento e
monitoramento das atividades desenvolvidas com o(a) aluno(a) nas salas comuns de ensino
regular, de acordo com o cronograma definido pelo professor do AEE;
II- orientação e desenvolvimento de trabalho colaborativo com os docentes das salas
comuns de ensino regular, de forma individual e coletiva, quando for necessário, conforme
definições no PDI e cronograma de visita à escola;
III- realização de encontros com professores das salas comuns de ensino regular e com
os coordenadores pedagógicos das Escolas Polos e com os das demais escolas vinculadas ao
Polo, buscando, em conjunto, estratégias de ensino e de aprendizagem e de orientações para
as adaptações/adequações curriculares que se façam necessárias com base nas informações
recebidas durante a visita; e
IV- orientação do professor de AEE ao professor das salas comuns de ensino regular
para realizar as adaptações curriculares pertinentes às áreas de conhecimentos ou aos
componentes curriculares, quando necessário.
Parágrafo único. Entende-se por alunos que utilizam adaptação curricular significativa
os educandos com deficiência, transtorno do espectro do autismo, altas habilidades/
superdotação e TDAH, público-alvo da Educação Especial, atendidos pelo Sistema Municipal
de Ensino de Oriximiná – SMEO, que realmente necessitem de adaptação.

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Art. 18 No Plano de aula ou no Plano de Ensino devem constar as ações pedagógicas
adequadas às necessidades específicas dos alunos, conforme orientações do professor do AEE
para cada um, entre as quais:
I- adequações curriculares com flexibilização de conteúdos básicos (quando
necessário), metodologias de ensino, recursos didáticos como material pedagógico,
equipamentos, utilização de textos ampliados, de lupas ou de outros recursos especiais, assim
como formas de avaliação diferenciadas, quando for o caso;
II- as adaptações não devem prejudicar o cumprimento dos objetivos curriculares
mínimos, excetuando-se os casos quando os recursos pedagógicos e de acessibilidade
propostos não forem suficientes ou quando a atividade se revele impossível de executar em
função da especificidade do aluno, assim definido em conjunto entre o professor da sala
comum de ensino regular, o professor do AEE e a coordenação pedagógica da escola de
ensino regular onde o aluno está matriculado;
III- as adaptações curriculares compreendem conteúdos, métodos, técnicas,
organização, recursos educativos, temporalidade e processos de avaliação;
IV- no caso de componentes curriculares que tenham aulas práticas, como Educação
Física e Arte, os professores deverão realizar as adaptações necessárias para que o aluno
participe das atividades, considerando as suas especificidades;
V- não será facultada a frequência do aluno nas atividades de Educação Física, salvo
quando o responsável legal apresentar laudo que justifique a sua inelegibilidade para as aulas;
e
VI - acompanhamento e supervisão de todo o processo pela coordenação pedagógica
da Escola Polo e da escola origem do aluno.
Art. 19 Os docentes das salas comuns de ensino regular devem emitir um Relatório
Descritivo, no término de cada semestre, para cada aluno com deficiência matriculado na sua
turma, conforme o Anexo VI, que deve ser entregue à coordenação pedagógica da escola, e
por meio de ofício ser encaminhado à Escola Polo à qual está vinculada, apresentando as
seguintes informações:
I- avanços do aluno no bimestre: contemplar não somente os avanços no processo de
aquisição de conhecimentos escolares como também em outros aspectos relativos à

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aprendizagem de maneira em geral, de sociabilidade, de amadurecimento intelectual,
interação social e outros; e
II- dificuldades ou retrocessos: associada às dificuldades e aos retrocessos
característicos da especificidade apresentada pelo discente, assim como às que poderão
ocorrer por fatores diversos relacionados ou não ao quadro original, ao longo de seu processo
formativo.
Parágrafo único. O parecer emitido bimestralmente pelo professor da sala comum de
ensino regular deve ser acompanhado do conceito ou nota do aluno para as deliberações:
I- análise do documento pelo professor do AEE para as intervenções pedagógicas
necessárias junto ao professor da sala comum de ensino regular para contribuir com o
processo ensino-aprendizagem do aluno; e
II- consolidação dos pareceres ao final do ano letivo pelo professor do AEE e
anexados na pasta do discente a fim de acompanhar sua documentação.
Art. 20 Caso o(a) aluno(a) não tenha atingido as competências e habilidades mínimas
para aprovação, após comprovação de todas as adaptações/adequações curriculares realizadas
pelos docentes da sala comum de ensino regular com a orientação do professor do AEE, o(a)
mesmo(a) pode ficar retido(a).
Parágrafo único. As competências e habilidades avaliadas na sala comum de ensino
regular dentro das áreas de conhecimentos ou dos componentes curriculares devem considerar
as especificidades do aluno e o Plano de Desenvolvimento Individualizado.

Seção III
Do Atendimento Educacional Especializado – AEE

Art. 21 O AEE deve ser disponibilizado, preferencialmente, em salas de recursos


multifuncionais no contraturno e no próprio turno por meio do trabalho colaborativo à
sala/escola origem, não sendo substitutivo às atividades da sala comum.
§ 1º O AEE deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolvendo a participação
da família e dos alunos, garantindo o pleno acesso e o atendimento das necessidades
específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial, sendo realizado em articulação
com as demais políticas públicas.

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§ 2º O AEE deve dispor de profissionais/professores lotados na Educação Especial,
conforme os critérios adotados pela Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná –
SEMED, em consonância com os incisos II e X do art. 15 da Lei Municipal Nº 6.955/2006.
Art. 22 O AEE deve ser iniciado concomitantemente ao início do ensino regular,
considerando:
I- acompanhamento e orientação quanto à enturmação dos alunos nas salas comuns de
ensino regular e na sala de recursos multifuncionais;
II- orientações do professor de AEE aos professores das salas comuns de ensino
regular na Semana Pedagógica da Escola Polo e das demais escolas vinculadas à Escola Polo;
III- realização do Estudo de Caso, anamnese e organização do cronograma e do
atendimento de acordo com a necessidade do aluno e as evidências registradas no Estudo de
Caso; e
IV- elaboração do Plano de Ação do Polo de AEE;
§ 1º O Plano de Ação é um documento que prevê as ações da Escola Polo para o
atendimento dos alunos da própria escola e das demais a ela vinculadas com o cronograma de
orientações e atendimento aos professores, familiares e demais servidores da escola.
§ 2° Devem constar no Plano de Ação:
I- capa;
II- informações institucionais;
III- justificativa;
IV- objetivo geral e os específicos;
V- relação das escolas vinculadas;
VI- organização das turmas dos alunos no AEE com seus respectivos professores e
formação acadêmica;
VII- descrição da deficiência, dos transtornos ou altas habilidades/superdotação e suas
as respectivas CIDs ou relatório circunstanciado;
VIII- a turma do regular em que cada aluno está matriculado e seus respectivos
professores;
IX- organização do atendimento com cronograma de visita às escolas para
desenvolvimento do trabalho coletivo;
X- orientação aos professores da Escola Polo;

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XI- orientação às famílias dos alunos do AEE;
XII- atendimento dos alunos; e
XIII- bibliografia.
Art. 23 O Projeto Político Pedagógico das escolas de ensino regular que ofertam o
AEE deve prever em sua organização:
I- sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos,
recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos;
II- matrícula complementar no AEE dos alunos do ensino regular da própria escola ou
de outra escola, respeitado o mesmo nível de ensino, devendo ser realizada no ato da
matrícula ou rematrícula do ensino regular;
III- o modelo de todos os documentos que compõem e norteiam o AEE;
IV- o modelo do Plano de Desenvolvimento Individual – PDI;
V- cronograma de atendimento aos alunos, constando o quadro de horário;
VI- quantidade de turmas do AEE;
VII- quantidade de alunos matriculados no AEE;
VIII- quantidade de salas de Recursos Multifuncionais;
IX- professores para o exercício no AEE;
X- outros profissionais que atuam no apoio aos alunos com deficiência, inclusive nas
atividades de alimentação, higiene e locomoção; e
XI- redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do
desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que
maximizem o AEE.
Parágrafo único. Nas escolas que não ofertam o AEE devem fazer constar em seus
Projetos Político Pedagógicos as informações dos incisos V, VII, IX e X, referentes aos seus
respectivos discentes atendidos no AEE.
Art. 24 A elaboração e a execução do PDI serão de competência dos professores que
atuam na Sala de Recursos Multifuncionais, em articulação e colaboração dos profissionais do
ensino regular e com os demais profissionais da Educação Especial, com as famílias, e em
parceria com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros,
necessários ao atendimento.

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Art. 25 A oferta do AEE deve ser realizada, preferencialmente, na sala de recursos
multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular do Sistema Municipal
de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO.
§ 1º A distribuição dos alunos cegos, surdo, surdo-cegueira, com deficiência física,
deficiência auditiva, deficiência visual, TEA, AH/SD e TDAH nas salas de aula deve contar
com a orientação do professor do AEE e/ou da Divisão de Educação Especial Inclusiva da
Área Urbana e Rural da SEMED, respeitando o máximo de 15% do total de alunos na turma,
podendo essa distribuição ser alterada mediante o grau de comprometimento do aluno.
I- se o laudo não for suficiente para a identificação do nível de desenvolvimento e de
comprometimento do aluno, deve-se consultar o Relatório de AEE e contar com a
colaboração dos professores do AEE e ou da Divisão de Educação Inclusiva da Área Urbana e
Rural da SEMED; e
II- se o aluno não teve atendimento no ano anterior, deve-se recorrer à família para
obter as informações necessárias.
§ 2º A distribuição de salas deve considerar aspectos de acessibilidade de turmas que
incluam alunos usuários de cadeiras de roda, com mobilidade reduzida ou outra condição no
qual o espaço físico lhe imponha barreiras.
§ 3º A carga horária semanal do aluno no AEE deve ser distribuída em módulos de 50
(cinquenta) minutos, e, dependendo das especificidades e do grau de comprometimento de
cada aluno, deve ser considerado o disposto no § 4º e no § 5º abaixo elencados.
§ 4º A carga horária semanal, bem como a forma de seu atendimento – individual, em
dupla ou em grupo – devem ser definidas pelo professor do AEE juntamente com a equipe
pedagógica da escola e deve constar no PDI.
§ 5º A avaliação da quantidade de tempo necessário e da forma de atendimento de
cada aluno decorre das necessidades específicas, considerando-se as peculiaridades e as
especificidades definidas pelo professor do AEE, ouvindo a Coordenação Pedagógica e os
técnicos da Divisão de Educação Inclusiva da Área Urbana e Rural da SEMED.
§ 6º A carga horária do aluno com surdez deve ser de no mínimo quatro módulos e no
máximo oito módulos semanais, distribuída nos três momentos didático-pedagógicos que
favorecem o seu desenvolvimento: ensino de Libras; ensino em Libras; e ensino de Língua
Portuguesa na modalidade escrita.

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§ 7º As atividades do AEE devem ser realizadas de acordo com as necessidades
específicas dos alunos, tais como:
I- ensino da Língua Brasileira de Sinais – Libras;
II- ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para alunos com surdez;
III- ensino da informática acessível;
IV- ensino do uso de recursos ópticos e não ópticos;
V- ensino do Sistema Braille;
VI- ensino do uso do Soroban;
VII- ensino das técnicas para a Orientação e Mobilidade;
VIII- ensino da Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA;
IX- ensino do uso dos recursos de Tecnologia Assistiva – TA;
X- atividades de vida autônoma e social;
XI- atividades de enriquecimento curricular para as altas habilidades/superdotação; e
XII- atividades para o desenvolvimento das funções cognitivas: memória, atenção,
linguagem, percepção, funções executivas e psicomotricidade (sistema cortical e subcortical).
Art. 26 Será obrigatória a frequência do aluno nas atividades escolares da sala
comum, conforme as disposições legais vigentes.
Parágrafo único. Quando necessário, considerando as especificidades do aluno,
comprovadas em relatório elaborado pelo professor do AEE, em colaboração com o professor
da sala comum de ensino regular, com a família, com a equipe multidisciplinar e a Divisão de
Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural da SEMED, o aluno pode
temporariamente seguir programação específica.
Art. 27 A frequência do aluno deve ser registrada de acordo com o cronograma de
atendimento pelos professores do AEE, em diário próprio, no turno inverso da escolarização e
apresentada mensalmente à coordenação pedagógica.
Art. 28 Caso o aluno falte por 02 (duas) vezes consecutivas às atividades do AEE,
sem justificativas, o professor deve registrar e comunicar à equipe gestora para que os pais
e/ou responsáveis sejam comunicados formalmente e assinem termo de responsabilidade.
§ 1º Persistindo as faltas do aluno não justificadas, a escola deve encaminhar um
relatório ao Conselho Tutelar informando as intervenções realizadas pela instituição, a fim de
que o órgão tome as devidas providências.

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§ 2º A possibilidade de desligamento do AEE, sob a hipótese de reiteradas faltas, deve
ser analisada em conjunto com o Conselho Escolar.
Art. 29 Os procedimentos de desligamento do aluno do AEE ocorrem:
§ 1º Por encerramento: quando, após avaliação do professor de AEE, chegar-se à
conclusão que o aluno alcançou os objetivos propostos para o trabalho.
§ 2º Por faltas: se o aluno atingir 50% de faltas injustificadas no semestre deve ser
desligado do serviço.
I- é imprescindível envidar todos os esforços junto à família para resgatar a
participação do aluno faltoso, por meio da conscientização dos responsáveis pelo aluno;
II- o limite máximo para o uso de Justificativa Padrão, sem apresentação de atestado
médico, deve obedecer ao Regimento Interno de cada Escola, que deverá fazer constar este
amparo no seu Regimento Interno;
III- as faltas devem ser justificadas pelo responsável legal do aluno, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, vedado o cômputo como presença; e
IV- as faltas em decorrência da ausência do transporte escolar ofertado pela Secretaria
Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED não devem implicar no desligamento do
AEE e devem ser justificadas e registradas no Diário de Classe no espaço destinado às
observações.
§ 3º Por decisão da família: sempre que houver a confirmação da família de que o
aluno não frequentará os atendimentos, solicitar que o responsável assine o Termo de
Desligamento (Anexo IX) e, a partir desta assinatura, a equipe gestora deve avisar, por meio
de ofício com cópia do termo de desligamento, à Divisão de Educação Especial Inclusiva da
Área Urbana e Rural e ao Setor de Transporte da Secretaria Municipal de Educação de
Oriximiná – SEMED.
Art. 30 O AEE por meio, do trabalho colaborativo com o professor da sala comum,
deve:
I- prover condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem no ensino
regular, garantindo o apoio de serviços especializados de acessibilidade de acordo com as
necessidades individuais dos alunos;
II- garantir a transversalidade das ações da Educação Especial no ensino regular;

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III- fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que minimizem
as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV- assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e
modalidades de ensino.
Art. 31 Os alunos com altas habilidades/superdotação devem ter suas atividades de
enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito das escolas de ensino regular e nas salas
de recursos multifuncionais.
Art. 32 As turmas de AEE nas escolas devem ser constituídas da seguinte forma:
I- Educação Infantil, com o objetivo de estimulação precoce intensificada; e
II- 1º ao 9º Ano do Ensino Fundamental, com o objetivo pedagógico de enfatizar o
pensamento, a memória, a linguagem e a percepção.
Art. 33 Para o atendimento do aluno no AEE devem ser considerados os seguintes
documentos:
I- Estudo de Caso para admissão no AEE dos alunos de salas comuns de ensino
regular que apresentarem hipótese de deficiência e/ou transtorno;
II- Estudo de Caso de alunos novatos no atendimento da Escola Polo com base na
Anamnese constante no modelo Anexo X, na avaliação diagnóstica inicial e nos relatórios de
atendimentos anteriores, quando houver;
III- avaliação biopsicossocial da deficiência ou avaliação psicopedagógica do aluno,
quando não houver laudo médico;
IV- anamnese;
V- laudo/relatório médico ou relatório circunstanciado;
VI- Diário de Classe de AEE;
VII- PDI atualizado; e
VIII- relatório pedagógico anual do desenvolvimento do aluno que, em caso de
transferência dever seguir com o mesmo.
Art. 34 São documentos do Atendimento Educacional Especializado, referentes aos
registros individuais de cada aluno:
I- Ficha de matrícula;
II- Termo de compromisso e de autorização;
III- Termo de desligamento;

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IV- Termo de recusa;
V- Formulário de encaminhamento dos alunos matriculados no regular;
VI- Relatórios das 4 Etapas do Estudo de Caso para inserção ao AEE;
VII- Estudo de Caso do aluno novato para início do atendimento;
VIII- Diário de Classe;
IX- Anamnese;
X- Relatórios de avaliação diagnóstica inicial e final;
XI- Relatório semestral do(s) atendimento(s) ofertado(s) ao aluno;
XII- Relatório de contato com as escolas;
XIII- PDI;
XIV- Cronograma;
XV- Solicitação de avaliação multiprofissional para encaminhamento ao AEE;
XVI- Solicitação de transporte escolar;
XVII- Parecer descritivo elaborado pelo professor das salas comuns de ensino regular
no término de cada bimestre; e
XVIII - Formulário de Adaptação Curricular.

Seção IV
Do Plano de Desenvolvimento Individualizado – PDI

Art. 35 O PDI deve ser elaborado pelo docente de AEE em parceria com os docentes
das salas comuns de ensino regular, com a coordenação pedagógica, com a família, em
articulação com a Equipe Multiprofissional e a Divisão de Educação Especial Inclusiva da
Área Urbana e Rural da SEMED que atua com o aluno público-alvo da Educação Especial.
§ 1º O PDI deve acolher as necessidades de cada aluno atendido de forma a superar ou
a minimizar as barreiras evidenciadas tanto no âmbito da escola quanto em outras instâncias
como a família e a comunidade.
§ 2° O aluno e/ou o seu responsável legal devem estar cientes do PDI e podem aceitar
ou não a sua execução.
§ 3° O PDI deverá propor metas e ações a curto, médio e longo prazo aos que fazem
parte do AEE.

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Art. 36 No Plano de Desenvolvimento Individualizado – PDI (Anexo VII) devem
constar as seguintes informações:
I- dados da elaboração e execução do Plano de Desenvolvimento Individual/PDI:
a) data de início da elaboração;
b) período do plano;
c) organização do atendimento;
II- dados institucionais:
a) Nome da escola de origem/escola onde recebe Atendimento Educacional
Especializado;
b) endereço da escola polo e de origem;
c) etapas da Educação Básica oferecidas pela Escola;
d) informação acerca da acessibilidade física da escola;
e) equipe gestora;
f) informações referentes ao Atendimento Educacional Especializado/AEE na escola
de origem:
g) responsáveis pela elaboração do PDI;
III- dados do(a) estudante:
a) necessidade específica e suas características mais recentes;
b) os diagnósticos e os encaminhamentos anteriores;
c) as comorbidades relevantes;
d) a utilização ou não de medicação de uso contínuo;
e) a dependência/autonomia no contexto escolar, familiar e organizacional;
IV- considerações da família:
a) campo descritivo sobre aspectos observados no ambiente familiar;
b) interação com os membros da família;
c) atividades de vida diária – AVD (são tarefas básicas de autocuidado). O que ele faz
sozinho e quais precisa de apoio;
d) alimentos que o aluno: gosta, não gosta, não pode ingerir;
e) vida Social e outras informações que julgar importante;
V- histórico de escolarização:
a) iniciou a vida escolar;

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b) percalços e dificuldades encontrados;
c) avanços no processo ensino-aprendizagem;
VI- limites e agressividade:
a) indisciplina, heteroagressividade, apresenta desobediência às regras e/ou
combinados, apatia;
VII- aspectos psicomotores observados;
VIII- aspectos pedagógicos/cognitivos observados;
IX- comunicação e linguagem;
X- Plano de Atendimento Educacional Especializado - PAEE:
a) objetivo geral do plano;
b) objetivos específicos;
c) planejamento pedagógico por área na sala de recursos;
d) seleção de materiais a serem produzidos para o aluno de acordo com suas
necessidades;
e) orientações aos profissionais da escola;
f) avaliação do plano;
g) reestruturação do plano;
XI- planejamento bimestral (professor da sala de ensino comum):
a) campos de experiências (Educação Infantil);
b) conteúdos, habilidades BNCC, metodologia (Ensino Fundamental Inicial e Final);
c) habilidades adquiridas;
XII- avaliação:
a) parecer (Educação Infantil);
b) conceito/nota geral (Ensino fundamental Inicial e Final);
XIII- relatos dos demais profissionais (profissional de apoio escolar, equipe
multiprofissional e especialista da área clínica);
XIV- relatório pedagógico do desenvolvimento do estudante/semestral:
a) descritivo elencando os aspectos cognitivos, sociais, comunicacionais e motores de
desenvolvimento do estudante durante o semestre;
b) das potencialidades, das dificuldades e dos avanços alcançados pelo aluno em seu
percurso educacional;

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c) componentes curriculares e/ou campos de experiências que tem mais facilidade;
d) principais demandas (acalculia, memória, linguagem, percepção, interação,
comunicação) identificadas junto ao aluno e/ou implicações da necessidade
específica em relação à aprendizagem; e
e) as ações pedagógicas adequadas para cada tipo de necessidades específicas.
Art. 37 Os professores do AEE devem realizar reuniões periódicas com os
professores das salas comuns de ensino regular com vistas a compartilhar estratégias, discutir
sobre as dificuldades e propor soluções conjuntas, baseadas em cada caso.
Parágrafo único. A equipe da Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área
Urbana e Rural da SEMED deve, sempre que possível, participar das reuniões que se tratam
no caput deste artigo.
Art. 38 As adaptações curriculares pertinentes ao aluno devem ser organizadas a partir
da estruturação do PDI, observando-se o preenchimento do Formulário de Adaptações
Curriculares constante no Anexo VIII.
Parágrafo único. As adaptações relativas aos alunos da Educação Infantil e Ensino
Fundamental Anos Iniciais e Finais devem obedecer à grade curricular considerando as
necessidades educacionais do aluno.
Art. 39 Todas as ações desenvolvidas devem ser registradas com ciência dos
envolvidos para que seja construído um processo de acompanhamento do aluno em que
constem as informações referentes à situação.

Art. 40 Ao longo do ano letivo as Escolas Polos de Atendimento Educacional


Especializado-AEE e as escolas de origem dos alunos devem manter uma pasta com o registro
de todas as adaptações curriculares realizadas pelos professores a cada aluno público-alvo da
Educação Especial para que, ao final do ano letivo, para que se tenha evidências da sua
trajetória acadêmica, objetivando seu desenvolvimento e permanência exitosa.

Seção V
Da avaliação

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Art. 41 A avaliação da aprendizagem é uma prática pedagógica intrínseca ao processo


ensino-aprendizagem, com a função de diagnosticar a apropriação do conhecimento pelo
aluno e o desenvolvimento dos aspectos qualitativos, com objetivo de intervir nesse processo
e de verificar os resultados da aprendizagem no decorrer do período letivo.
Art. 42 A avaliação deve refletir o desenvolvimento integral e considerar a
individualidade do aluno no conjunto das áreas de conhecimentos ou dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Art. 43 A prática de avaliação deve ser primordialmente processual e formativa, com
adaptações nos procedimentos e nos instrumentos, bem como o estabelecimento de tempo
diferenciado visando a qualidade no processo educativo.
Art. 44 As adaptações das atividades avaliativas deverão pautar-se pela avaliação
diagnóstica, formativa processual e somativa, redimensionadora da ação pedagógica,
destinando-se a conhecer o desenvolvimento do aluno em suas diferentes áreas, bem como as
condições do meio ambiente em que ele se desenvolve.
§1º Os alunos que fazem uso da adaptação curricular de pequeno porte deverão ser
submetidos aos critérios de avaliação utilizados para os demais alunos do mesmo ano
escolar, considerando-se que os instrumentos de avaliação podem sofrer ajustes conforme as
necessidades educacionais específicas do educando, desde que não alterem as habilidades a
serem averiguadas.
§2º Em relação aos alunos que se utilizam de adaptação curricular de grande porte, é
preciso adotar estratégias contínuas de progresso individual, sendo indispensável a
elaboração de instrumentos e procedimentos de observação e mensuração próprios
(materiais e recursos adaptados), os quais devem considerar as necessidades específicas dos
discentes e o que lhes foi ofertado e trabalhado ao longo de seu processo educativo.
Art. 45 Os alunos que fazem uso de adaptação curricular de grande porte
(complementar e suplementar) e deverão ser avaliados de acordo com o que foi ofertado e
trabalhado ao longo do bimestre, e seu desempenho acadêmico deve ser sinalizado na APD
(Avaliação Parecer Descritivo), a considerar a Resolução Nº 032/2012 do Conselho
Municipal de Educação de Oriximiná -COMEO.
Art. 46 A adaptação das atividades avaliativas deverá ser realizada pelo professor da

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sala comum com suporte da coordenação pedagógica, professor do AEE e gestão escolar da
escola de origem do aluno.

§1º Para os alunos com deficiência, transtorno do espectro do autismo, altas


habilidades/superdotação e TDAH, o professor do Atendimento Educacional Especializado
também será responsável pela orientação na elaboração dessas atividades, auxiliando as
equipes docentes, coordenação pedagógica e gestora.
§2º Para alunos com transtornos específicos de aprendizagem, em caso de necessidade,
a gestão escolar da escola de origem do aluno poderá solicitar suporte junto a Divisão de
Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e Rural e Equipe Multiprofissional da
Secretaria Municipal de Educação - SEMED.
Art. 47 As adaptações avaliativas deverão englobar ações de compilamento e análise
de dados qualitativos e quantitativos sobre a evolução do aluno no processo de
aprendizagem, seus potenciais e dificuldades, inter-relacionando-os com o contexto escolar,
familiar e social, de modo a permitir a formulação de propostas de intervenção, cuja
finalidade reside em proporcionar ao aluno condições para alcançar seu pleno
desenvolvimento, mediante experiências que lhe sejam significativas, por meio do acesso ao
currículo escolar e interação com pessoas, objetos e espaços.
Art. 48 Deverão ser considerados no processo de avaliação:
I- as avaliações dos alunos público-alvo da educação especial devem seguir os
parâmetros das avaliações da Rede Municipal de Oriximiná;
II- conforme posto pela Base Nacional Comum Curricular (2017), as características e
o contexto dos alunos precisam ser considerados, sendo necessário construir e aplicar
procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta a
realidade e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para
melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos;
III- de acordo com o que preconiza o Documento Curricular do Município de
Oriximiná (2020), é direito do aluno aprender o que se está oportunizando, o qual se
concretiza quando a aprendizagem é verificada, e em função de suas indicações, é possível
reorganizar o ensino, a metodologia, a didática, sempre visando a garantia da aprendizagem.
Art. 49 Os registros das atividades avaliativas deverão subsidiar o acompanhamento

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do processo de aprendizagem do aluno, permitindo aos professores refletirem sobre sua
prática, bem como identificar as barreiras e buscar novas estratégias para promover
acessibilidade ao currículo.
Art. 50 A avaliação dos avanços referentes ao desenvolvimento e processo de
aprendizagem dos alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado será
realizada no final de cada semestre pelo professor do AEE, a qual dará subsídios para o
desenvolvimento do PDI (Plano de Desenvolvimento Individual).
Parágrafo único. A devolutiva da avaliação será dada aos pais ou responsável legal
do aluno pelo professor do AEE na data estipulada pelo calendário escolar.
Art. 51 Ao final do 5º e 9º anos e da 2ª e 4ª Etapas da Educação de Jovens e Adultos –
EJA, do Ensino Fundamental, os professores envolvidos deverão apresentar relatório
descritivo qualitativo do rendimento do aluno sobre cada aspecto e habilidades desenvolvidas,
nos âmbitos sociais, afetivos, cognitivos e pedagógicos, somente para alunos que fizeram
utilização de adaptação de grande porte (Anexo VIII), para fins de registro de promoção ou
retenção, a ser submetido à apreciação do Conselho de Classe/Ano/Turma e Conselho
Escolar, com cópia para a Divisão de Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e Rural
da Secretaria Municipal de Educação.
Parágrafo único. A documentação em causa embasará relatório circunstanciado a
respeito do aproveitamento escolar do aluno quando da emissão da terminalidade específica,
se for necessária, ou do histórico escolar ao final do Ensino Fundamental.
Art. 52 A avaliação processual na Sala de Recursos Multifuncionais objetiva
acompanhar o desenvolvimento do aluno e a traçar as novas possibilidades de intervenção
pedagógica, devendo ser observado e analisado tanto no contexto comum de ensino regular
quanto no Atendimento Educacional Especializado.
Art. 53 Os avanços acadêmicos e as dificuldades do aluno tanto na sala comum de
ensino regular como na Sala de Recursos Multifuncionais devem estar registrados no Plano
Desenvolvimento Individualizado- PDI do aluno.
Art. 54 Os instrumentos avaliativos devem assegurar o acompanhamento da
aprendizagem sem compará-los entre si.
Art. 55 A avaliação deve se pautar nos objetivos de aprendizagem e nas habilidades
adequadas às necessidades do aluno, utilizando metodologias, instrumentos e critérios

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diversificados e adequados, coerentes com as concepções e com as finalidades educativas
inclusivas expressas no Projeto Político Pedagógico da Escola, no Documento Curricular
Municipal e no PDI do aluno.
Art. 56 É conferido aos alunos público-alvo da Educação Especial a possibilidade de
serem avaliados sob formas ou condições adequadas à sua situação, considerando seus limites
e potencialidades, facilidades ou dificuldades em determinadas áreas do saber ou do fazer,
contribuindo para o crescimento e a autonomia.
Art. 57 As formas e métodos de avaliação devem ser definidos por meio de trabalho
colaborativo entre professores das salas comuns de ensino regular e professores do AEE, bem
como com a participação da coordenação pedagógica da escola de ensino regular onde o
aluno estiver matriculado:
I- os enunciados e as questões das provas devem ter uma apresentação adequada à
especificidade do aluno, por meio informatizado, ampliado, com vocabulário simples e
objetivo, com imagens, registro em áudio, caracteres em Braille, tradução/interpretação em
Libras, e as respostas poderão ser dadas sob forma não convencional, por registro em áudio,
em vídeo, em Braille, por ditado, registro informatizado, tradução/interpretação em Libras;
II- os alunos público-alvo da Educação Especial, pelo princípio da equidade, poderão
usufruir durante a avaliação, não apenas de tecnologias assistivas e/ou recursos físicos
relacionados à sua necessidade como canetas especiais, reglete/punção, soroban ou ábaco,
lupa, calculadora, entre outros, como também do acompanhamento humano que se faça
necessário que poderá exercer a função de ledor/transcritor, tradutor/intérprete de Libras, ou à
sala isolada, entre outros;
III- no caso de alunos que apresentem maior morosidade de leitura e/ou escrita será
concedido um período complementar, podendo o professor acompanhar o aluno nesse tempo
extra, e/ou realizar a atividade em outro espaço;
IV- sempre que a avaliação escrita implique um grande esforço para o aluno, o
docente deve possibilitar o desdobramento da prova, com simplificações de conceitos,
redução de questões, desde que não implique em prejuízos quanto às habilidades requeridas,
ou em avaliações orais; e
V- o aluno público-alvo da Educação Especial pode realizar a avaliação em local
separado e/ou em outro momento, sempre que se justifique.

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Art. Altas habilidades/superdotação
Art. 58 É vedado submeter o aluno a um único instrumento de avaliação.

Seção VI
Da promoção e retenção

Art. 59 Para a promoção ou retenção do aluno que faz utilização de adaptação


curricular de pequeno porte os critérios devem seguir os parâmetros utilizados para os demais
alunos do mesmo ano escolar, considerando suas especificidades.
Art. 60 Para os alunos que fazem uso de adaptação curricular de grande porte
(complementar e suplementar), considerar-se-ão os seguintes critérios:
I- a valorização de sua permanência com os colegas de turma que favoreçam o
desenvolvimento de aprendizagens, comunicação e autonomia;
II- o desenvolvimento/rendimento escolar, no que se refere à possibilidade de atingir
os objetivos de aprendizagem e atender aos critérios de avaliação previstos na adaptação
curricular;
III- efeito emocional da promoção ou da retenção para o aluno;
IV- as possíveis consequências da distorção idade/ ano ao longo do processo de
escolarização.
Art. 61 A decisão sobre a promoção ou retenção do aluno envolverá os professores da
sala do ensino comum, professores do AEE, coordenação pedagógica, equipe
multiprofissional da Educação Especial, família e equipe gestora da unidade escolar
responsáveis pela adaptação curricular do aluno, devendo os boletins e relatórios serem
submetidos ao Conselho de Classe/Ano/Turma e Conselho Escolar.

Seção VII
Da participação dos pais ou responsáveis legais

Art. 62 São medidas aplicáveis aos pais ou responsáveis legais a obrigação de


matricular o filho no sistema municipal de ensino e acompanhar sua frequência e
aproveitamento escolar, conforme determina a Constituição Federal (1988) e o Estatuto da
Criança e do Adolescente (1990).

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Art. 63 Os pais ou responsáveis têm o direito e o dever de participar ativamente, nos
termos da lei, em tudo o que se relaciona com a educação escolar prestada ao aluno, tomando
ciência de todo o processo educativo.
Art. 64 No caso dos pais ou responsáveis legais pelo aluno não concordarem com as
intervenções propostas em alguma esfera do processo educativo e, findadas todas as formas
de comunicação com a equipe de gestão da unidade escolar, poderão recorrer à Divisão de
Educação Especial e Inclusiva das Áreas Urbana e Rural da Secretaria Municipal de
Educação, nas quais discutirão o caso juntamente com o Conselho Escolar da escola de
origem do aluno.
Art. 65 A equipe de gestão escolar, respeitadas as normas comuns e as do sistema de
ensino, incumbir-se-á de informar aos pais ou responsáveis legais o rendimento e a frequência
do aluno.
Parágrafo único. Caso os pais ou responsáveis legais não sejam assíduos em relação à
participação na escolarização do aluno e, esgotados todos os meios, após registros em livro
próprio, a equipe de gestão escolar notificará a situação ao Conselho Tutelar e ao Ministério
Público para as medidas cabíveis.

CAPÍTULO III
DA ADEQUAÇÃO/ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Seção I
Disposições gerais

Art. 66 As adaptações curriculares são ajustes necessários e adequados no currículo


escolar, a fim de assegurar ao aluno com deficiência, transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade, transtorno do espectro do autismo, altas habilidades/superdotação e
transtornos específicos da aprendizagem o acesso ao currículo, de modo a favorecer o seu
processo de aprendizagem e desenvolvimento, respeitando suas necessidades educacionais

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específicas.
Art. 67 As adaptações curriculares devem ser destinadas aos alunos que necessitam de
serviços e/ou situações especiais de educação, realizando-se, preferencialmente, em ambiente
menos restritivo e pelo menor período de tempo, de modo a favorecer a promoção do aluno a
formas cada vez mais comuns de ensino.
Art. 68 Considerando que as Adequações/Adaptações Curriculares são respostas
educativas que devem ser dadas de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que
apresentam Deficiência, Transtorno do Espectro Autista, Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade ou Altas Habilidades/Superdotação, como forma de propiciar espaços de
múltiplas convivências, de conhecimentos e de trocas variadas, de diferentes linguagens, de
identidades, de socialização, de aprendizagens e de desenvolvimento da autonomia.
Art. 69 As adaptações curriculares constituem de possibilidades educacionais para
atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos, pressupondo-se que se realizem as
adequações/adaptações dinâmicas, alteráveis, passíveis de ampliação do currículo regular,
quando necessário, de forma a que tornem apropriadas às peculiaridades dos alunos
público-alvo da Educação Especial.
Art. 70 As adaptações devem ter como finalidade:
I- possibilitar que o aluno atinja o máximo possível de grau de abstração ou de
conhecimento, num tempo determinado; e
II- desenvolver as atividades com a turma, embora não necessariamente na mesma
intensidade ou em igual modo, ou com a mesma ação e/ou com o mesmo grau de abstração.
Art. 71 As adaptações curriculares apoiam-se no pressuposto de atender às
especificidades dos alunos, objetivando estabelecer uma relação harmônica entre suas
especificidades e a programação curricular, focadas na interação entre as necessidades do
aluno e as respostas educacionais a serem propiciadas.
Art. 72 As adaptações curriculares devem ser consideradas conforme as
especificidades apresentadas pelo aluno no contexto das salas comuns de ensino regular,
evitando generalizações, atentando que não necessariamente todos os surdos sejam fluentes
em Libras, nem os cegos dominem Braille, ou que todos os estudantes com TEA sejam não
verbais.

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Art. 73 No caso de alunos com altas habilidades/superdotação, as
Adequações/Adaptações Curriculares podem incorporar programa de estudos acelerados
flexíveis no ritmo, tarefas e/ou áreas de conhecimento, bem como o enriquecimento e a
diversificação dos conteúdos com ampliações curriculares verticais em área específica e/ou
horizontais, de forma interdisciplinar.
Art. 74 As adaptações curriculares devem incidir, sobretudo, na forma e no método
de avaliação, não no conteúdo desta, exceto no caso de alunos com grave comprometimento
para os quais as adaptações curriculares devem estar previstas no PDI.
Art. 75 As adaptações curriculares para os alunos público-alvo do Atendimento
Educacional Especializado-AEE devem ser particularmente detalhadas para que se possa
decidir sobre a flexibilização curricular, caso seja necessário.
Art. 76 As adaptações curriculares devem estar previstas e respaldadas no Projeto
Pedagógico da Escola buscando garantir que os alunos público-alvo da Educação Especial
participem de uma programação tão normal quanto possível, mas considere as especificidades
que as suas necessidades possam requerer.
Art. 77 O currículo é um instrumento útil, uma ferramenta que pode ser alterada para
beneficiar o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, resultando em alterações que
podem ser de maior ou menor expressividade.
Art. 78 As adaptações curriculares implicam no planejamento das ações pedagógicas
dos docentes, de forma a possibilitar variações nos objetivos, nos conteúdos, nas
metodologias, nas atividades, na avaliação e na temporalidade, constituindo-se como
possibilidades educacionais ou como estratégias a serem realizadas pelos professores das salas
comuns do ensino regular:
I- adaptações curriculares de pequeno porte; e
II- adaptações curriculares de grande porte e
III- currículo funcional.

Seção II
Das adequações/adaptações curriculares de pequeno porte

Art. 79 As adaptações curriculares de pequeno porte se constituem de modificações no


currículo regular e são realizadas a partir do Plano de Desenvolvimento Individualizado (PDI)
pelo professor, no planejamento das atividades docentes, e se constituem de pequenos ajustes

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dentro do contexto normal de salas comuns de ensino regular. Devem ser oferecidas para
garantir o acesso ao currículo por meio de adequações em uma ou mais categorias
(temporalidade, objetos de conhecimento e habilidades, disposição dos mobiliários, métodos
de ensino, situações didáticas e recursos). Podem ser:
I- organizativas: organização da forma de ministrar determinados objetos do
conhecimento, ordenamentos de dinâmicas de trabalho, adequação didática, espaços
diferenciados de construção de saberes;
II- objetivos e conteúdos: referem-se a ajustes que o professor pode fazer nos
objetivos pedagógicos constantes de seu plano de aula/ensino de forma a adequá-los às
características e condições do aluno público-alvo da Educação Especial;
§ 1º O professor pode priorizar determinados objetivos para um aluno, caso seja a
forma de atender às suas especificidades.
§ 2º O professor pode investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias
pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos
necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise do conhecimento já
apreendido pelo aluno e do grau de importância do referido objetivo para o seu
desenvolvimento e para sua aprendizagem significativa.
§ 3º O professor pode priorizar áreas, conteúdos, sequenciação e, inclusive, eliminar
conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para as habilidades,
competências e objetivos educacionais.
III- procedimentos metodológicos nas atividades: modificação de procedimentos,
atividades alternativas, complementares e sequenciação, facilitando na adaptação de materiais
e seleção de materiais previstos;
IV- modificação do nível de complexidade das atividades: acompanhamento do
ritmo de aprendizagem individual do aluno;
V- avaliativas: adaptação dos instrumentos, modificação de técnicas, alternância de
formas de avaliar, busca de mecanismos de personalização do processo avaliativo,
possibilidades de avaliar de formas não convencionais; e
VI- temporalidade: adaptação na temporalidade do processo de ensino e
aprendizagem, tanto aumentando, como diminuindo o tempo previsto para o trato de
determinados objetivos e os consequentes conteúdos.

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Art. 80 As tecnologias assistivas bem como os recursos didáticos e pedagógicos que
eliminem barreiras no processo de ensino e aprendizagem devem ser incorporados no
cotidiano escolar.
Seção III
Das adequações/adaptações curriculares de grande porte

Art. 81 As adaptações curriculares de grande porte referem-se a adequações que


ultrapassam a esfera pedagógica (responsabilidade direta do professor), compreendem ações
que são da competência e de atribuição das instâncias político-administrativas superiores, que
exigem modificações que envolvem ações de natureza política, administrativa, financeira e
burocrática (referentes a espaços físicos, recursos, mobiliários, equipamentos, materiais,
capacitação do corpo docente, entre outras). Relacionam-se a ajustes necessários em diversas
categorias, sendo estas relacionadas aos objetivos de aprendizagem, habilidades e conteúdos,
metodologias de ensino, situação didática, temporalidade e instrumentos de avaliação.
Art. 82 As adaptações de Acesso ao Currículo compreendem:
I- a criação de condições físicas, ambientais e materiais para o aluno, em sua unidade
escolar;
II- a adaptação do ambiente físico escolar;
III- a aquisição do mobiliário específico necessário;
IV- a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos;
V- a adaptação de materiais de uso comum em salas comuns de ensino regular;
VI- a capacitação continuada dos professores e demais profissionais da educação; e
VII- adaptação do currículo iniciando pelo currículo funcional ou pré-acadêmico
quando ou enquanto for necessário de acordo com o nível de comprometimento cognitivo do
aluno.
Art. 83 A implementação de adaptações curriculares de grande porte visa o melhor
aproveitamento e enriquecimento da escolaridade do aluno, devendo considerar:
I- a real necessidade;
II- a relação entre o seu nível de competência curricular e a proposta curricular
regular;
III- o caráter processual do desenvolvimento humano e da aprendizagem,
permanecendo-se aberto para subsequentes alterações nas decisões tomadas.

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Art. 84 As adaptações curriculares de grande porte devem, ainda, ser sempre
precedidas de uma criteriosa avaliação do aluno partindo dos documentos acerca de seu
desenvolvimento escolar, considerando sua competência e habilidades acadêmicas.
Parágrafo único. De maneira geral, as adequações/adaptações curriculares de grande
porte devem ser utilizadas quando houver discrepância entre as necessidades e as exigências
do currículo regular, à medida que se amplia a complexidade das atividades acadêmicas no
avanço da escolarização.
Art. 85 A adaptação curricular de grande porte objetiva o melhor aproveitamento e o
enriquecimento da escolaridade do aluno, devendo contar com a anuência da família e com a
participação do professor da sala comum do ensino regular, professor do AEE, coordenação
pedagógica da escola regular onde o aluno estiver matriculado, equipe multiprofissional,
Divisão de Coordenação da Educação Especial da Área Urbana e Área Rural e Conselho
Municipal de Educação.
§ 1º A adaptação curricular de grande porte é instrumento que permite aos alunos
público-alvo do Atendimento Educacional Especializado-AEE que apresentam
comprometimento expressivo no desenvolvimento acadêmico para que possam alcançar
objetivos educacionais viáveis e significativos em ambiente inclusivo.
§ 2º O aluno que não necessitar de adaptação curricular de grande porte deve ser
avaliado de acordo com a legislação vigente no Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná –
Pará – SMEO.
§ 3º O aluno que necessitar de adequação/adaptação curricular de grande porte deve
ser avaliado considerando-se a legislação vigente no Sistema Municipal de Ensino de
Oriximiná – Pará – SMEO para a Educação Infantil, para os Anos Iniciais e os Anos Finais do
Ensino Fundamental, devendo a nota ser acompanhada do Parecer Descritivo a partir do 4º
(quarto) Ano ao 9º (nono) Ano.
Art. 86 O aluno não diagnosticado como público-alvo da Educação Especial e que
estiver em processo de análise e de observação por professor especialista em Educação
Especial, com encaminhamento para atendimento no AEE, deve ser avaliado no transcorrer
desse período de análise de acordo com o § 3º do artigo 85 desta Resolução.

CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS DE REGISTRO E ESCRITURAÇÃO

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Seção I
Dos registros das adaptações curriculares

Art. 87 A Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED deve dispor de


instrumentos de registro e de escrituração referentes à documentação individual dos alunos.
Art. 88 As adaptações curriculares deverão ser registradas em documento próprio,
conforme Anexo VIII deste documento, e arquivadas na pasta/prontuário da vida escolar de
cada aluno, sugerindo-se para sua elaboração o direcionamento e organização do Currículo
da Rede Municipal de Oriximiná em consonância com o Documento Curricular do
município de Oriximiná e a Base Nacional Comum Curricular.
§1º As adaptações curriculares deverão ser realizadas em 3 (três) níveis:
I- no âmbito da escola - Projeto Político Pedagógico;
II- no âmbito da classe - Plano de ensino e Plano de aulas;
III- no âmbito do aluno - Plano de Desenvolvimento Individual-PDI (Anexo VII).
§2º O planejamento dos documentos referidos no §1º deste artigo deverá pautar-se nos
seguintes critérios:
I- o que o aluno deve aprender;
II- como e quando aprender;
III- que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de ensino
e de aprendizagem;
IV- como e quando avaliar.
§3º O planejamento do documento referido no Anexo I deste artigo deverá contemplar
os seguintes tópicos:
Na Educação Infantil: (sugestão de ser inciso)
I- Objeto do conhecimento; (sugestão de ser alínea)
II- Experiências a serem vivenciadas;
III- Recursos utilizados;
IV- Instrumentos de avaliação.
No Ensino Fundamental: (sugestão de ser inciso)
I- Unidade temática; (sugestão de ser alínea)
II- Objeto de conhecimento;
III- Habilidades;

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IV- Situação didática;
V- Recursos utilizados;
VI- Atividades de estudo;
VII- Instrumentos de avaliação.
Art. 89 Em relação à elaboração da adaptação curricular, deverão ser observadas as
seguintes especificidades:
§1º A elaboração da adaptação curricular de pequeno porte será realizada em
colaboração pelo professor da sala comum, de cada componente curricular (educação infantil
e anos iniciais e finais do ensino fundamental), podendo este, em caso de necessidade,
solicitar suporte para a coordenação pedagógica e equipe gestora de sua unidade escolar,
professores do AEE, profissionais da saúde e assistente social.
§2º Para alunos com transtornos específicos de aprendizagem, em caso de
necessidade, a gestão escolar da escola de origem do aluno poderá solicitar suporte junto a
Divisão de Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e Rural e Equipe Multiprofissional
da Secretaria Municipal de Educação - SEMED.
§3º A elaboração da adaptação curricular de grande porte deverá ser realizada
conjuntamente pela equipe docente com a participação do professor do Atendimento
Educacional Especializado, coordenação pedagógica, equipe de gestão escolar da escola de
origem do aluno e escola Polo a Divisão de Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e
Rural e Equipe Multiprofissional da Secretaria Municipal de Educação - SEMED.
Art. 90 O documento da adaptação curricular deverá ser realizado em documento
próprio (Anexo VIII).
§1º Todos os profissionais envolvidos na elaboração desse documento devem anexar
uma cópia em seus registros (pasta do professor), bem como o documento original deverá
permanecer na pasta no prontuário escolar do aluno (pasta do aluno).
§2º Cabe à equipe de coordenação pedagógica e gestão escolar o acompanhamento e a
verificação deste registro.
§3º A devolutiva do trabalho pedagógico realizado com os alunos da Educação Infantil
e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, deverá ser apresentada pelo professor da sala comum
ao final de cada bimestre.

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§4º A devolutiva do trabalho pedagógico realizado com o aluno nos anos finais do
Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos -EJA deverá ser apresentada pelo
professor da sala comum aos responsáveis ao final de cada bimestre, de acordo com o
calendário escolar, e deverá ser composta por:
I - em casos de adaptação curricular de pequeno porte: boletim escolar contendo o
rendimento acadêmico bimestral com nota e/ou conceito do aluno e o parecer descritivo
semestral que constará no PDI e no diário de classe da turma do aluno(a);
II - em casos de adaptação curricular de grande porte: boletim escolar contendo a sigla
APD (Avaliação Parecer Descritivo) bimestral, acompanhado de seu respectivo relatório.
Art. 91 Os conteúdos curriculares que estão no Documento Curricular do Município
de Oriximiná, em concordância com o que determina a Base Nacional Comum Curricular,
para as diferentes etapas e modalidades da educação, deverão ser complementados ou
suplementados de acordo com as necessidades educacionais do aluno, conforme dispõem as
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2001).
Art. 92 Os Campos de experiências e os componentes curriculares deverão ser
elencados a partir das seguintes áreas do conhecimento:
Educação Infantil: (sugestão de ser inciso)
I- O eu, o outro e o nós; (sugestão de ser alínea)
II- Corpo, gestos e movimentos;
III- Traços, sons, cores e formas;
IV- Escuta, fala, pensamento e imaginação;
V- Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Ensino Fundamental e EJA: (sugestão de ser inciso)
I- Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa); (sugestão
de ser alínea)
II- Matemática (Matemática);
III- Ciências da Natureza (Ciências);
IV- Ciências Humanas (Geografia, História).
§1º Em caso de necessidade, deverão ser incluídas as Atividades de Vida Diária -
AVDs e Atividades de Vida Prática – AVPs, proporcionando atividades educativas e
indicando estratégias aos educadores para o desenvolvimento de habilidades funcionais e

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conhecimentos que serão importantes para tornar o aluno público-alvo da Educação Especial,
independente e produtivo, conforme suas possibilidades na vida escolar, familiar e social.
Além de educar, ensinar e instruir para a vida prática, proporcionando o desenvolvimento de
comportamento e atitude adequada para o convívio social. Bem como, oportunizando a
vivência das tarefas do cotidiano no ambiente escolar, denominadas AVDs (Atividades de
Vida Diária) e AVPs (Atividades de Vida Prática) melhorando assim a sua qualidade de vida.
§2º As áreas em apreço contemplarão a proposta curricular da Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos - EJA.
Art. 93 Todos os Campos de Experiências e os componentes curriculares deverão ser
considerados nas adaptações, objetivando possibilitar ao aluno o acesso a todas as áreas do
conhecimento. Ao longo do ano letivo, bimestralmente, para alunos que se utilizam de
adaptação curricular de grande porte, os componentes curriculares podem ser elencados de
acordo com o parecer técnico de toda a equipe pedagógica, gestora e docente, em conjunto
com o professor de AEE, podendo ser intercalados e/ou substituídos de acordo com o
desenvolvimento e aprendizado do aluno.
Art. 94 O planejamento da adaptação curricular deverá ser realizado bimestralmente,
devendo garantir a avaliação contínua e processual e, quando necessário, poderá ser
replanejado, enquanto o planejamento anual deve seguir as diretrizes do Município.
Art. 95 A gestão escolar e a coordenação pedagógica da escola de origem, assim como
da escola Polo de AEE, deverão, em parceria com a equipe multiprofissional da Educação
Especial e Inclusiva, garantir à equipe docente envolvida na adaptação curricular do aluno
momentos de planejamento pedagógico, reflexão, discussão do caso, elaboração de estratégias
que visem a promoção de seu desenvolvimento e aprendizado, bem como para a verificação
de seu progresso, cabendo a esta equipe manter ou reclassificar o tipo de adaptação curricular
do aluno ao longo do ano letivo.
Art. 96 As Escolas de Ensino Regular devem encaminhar para as Escolas Polo de
AEE, via ofício, os relatórios descritivos semestrais dos professores das salas comuns da
escola de origem do aluno.
Art. 97 Todas as escolas devem manter uma pasta com o registro de todas as
adaptações curriculares realizadas pelos professores das salas comuns de ensino regular a
cada aluno da Educação Especial e Inclusiva ao longo do ano letivo.

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Seção II
Da adequação de horário e/ou de frequência

Art. 98 Alunos com quadros clínicos de saúde que podem ser agravados pela
permanência prolongada no ambiente educacional, no que se refere ao cumprimento da carga
horária regular, poderão ter seu caso analisado pela gestão escolar, coordenação pedagógica,
Equipe Multiprofissional da Educação Especial e Inclusiva e a Divisão de Coordenação da
Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e Rural da Secretaria Municipal de Educação –
SEMED, e discutido com os responsáveis para uma possível adequação de horário e/ou
frequência.

Art. 99 A adequação de horário e/ou de frequência deverá ser utilizada:


I- como recurso de adaptação do aluno ao ambiente escolar em início de escolarização
ou do seu retorno à escola devido ao período longo de afastamento;
II- intolerância do aluno ao ambiente escolar por razões de condições orgânicas
associadas a déficits permanentes que, em alguns casos, comprometem o funcionamento
físico, cognitivo, psíquico e sensorial.
Art. 100 A adequação de horário e/ou frequência deverá prever a maior quantidade de
horas de permanência inicial do aluno na escola, bem como deve propor um cronograma
gradativo de aumento de seu tempo de permanência, de modo a atingir a carga horária diária
regular no menor prazo possível.
Parágrafo único. As faltas dos alunos que se utilizam de adequação de horário não
devem ser contabilizadas, desde que sejam referentes ao cronograma acordado entre escola e
família.
Art. 101 O documento de adequação de horário e/ou frequência deverá constar na
pasta/prontuário do aluno com a devida justificativa de sua proposição, com anuência dos pais
ou responsáveis, conforme Anexo XIV deste documento.
Art. 102 Toda a documentação do aluno referente ao Atendimento Educacional
Especializado, produzida e recebida pela Escola Polo, deve estar arquivada na Secretaria da
escola, em pasta individualizada específica para este fim.

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Art. 103 As Escolas Polo devem encaminhar relatório semestral de cada turma de
AEE para a Divisão de Coordenação de Educação Especial e Inclusiva da Área Urbana e Área
Rural contendo:
I- informações acerca do desenvolvimento das atividades propostas para o semestre;
II- frequência;
III- cronograma de atendimento;
IV- objetivos alcançados ou não pelos alunos;
V- admissão e/ou desligamento de alunos mediante a apresentação de relação nominal
atualizada; e
VI- informações adicionais significativas à turma.

Seção III
Do diário digital da sala comum

Art. 104 O diário de classe é o instrumento de gestão e escrituração escolar oficial de


acompanhamento e registro da ação do professor.
Art. 105 As frequências e ausências do aluno deverão ser registradas no diário de
classe de acordo com as orientações dadas pela Diretoria Técnica/Ensino/SEMED.
Parágrafo único. As faltas deverão ser registradas independentemente dos tipos de
adaptação.
Art. 106 Nos termos do art. 24, VI, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
- LDBEN, para a promoção em cada componente curricular será exigido o mínimo de 75%
(setenta e cinco por cento) de frequência.
Parágrafo único. No caso do aluno com adequação de frequência escolar (alunos que
fazem uso de flexibilização de horários) será exigido o mínimo de 75% (setenta e cinco por
cento) de frequência equivalente a quantidade de dias/aulas previstas dentro da
adequação/flexibilização realizada para o aluno de acordo com suas necessidades referentes
ao cronograma acordado entre escola e família.
Art. 107 Não será permitido o abono de faltas para os alunos que fazem uso de
flexibilização de horários.
Parágrafo único. No caso de alunos com adequação de frequência escolar (alunos que

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fazem uso de flexibilização de horários) ou de atendimento pedagógico domiciliar, deverá ser
anotado “Falta” (F) nos dias que não comparecerem às aulas, devendo ser registrado no
“quadro observações” o seu caso (aluno com adequação de horário ou aluno em Atendimento
Pedagógico Domiciliar).

Seção IV
Do boletim escolar

Art. 109 Os alunos com adaptação curricular terão os boletins escolares emitidos de
acordo com os tipos de adaptação:
I- adaptação de pequeno porte: boletim escolar convencional/ficha avaliativa,
contendo parecer semestral na Educação Infantil; conceito bimestral e parecer semestral no
Ensino Fundamental anos iniciais do I ciclo – 1º ao 3º ano; notas atribuídas de 0 a 10
bimestrais no Ensino Fundamental anos iniciais de 4º e 5º Ano e no Ensino Fundamental anos
finais de 6º ao 9º ano que indicam o rendimento acadêmico do aluno;
II- adaptação de grande porte: boletim escolar/ficha avaliativa contendo todos os
Campos de Experiências (Educação Infantil) e Componentes Curriculares(Anos iniciais e
anos finais) ofertados para o ano escolar, tendo seus campos preenchidos com a sigla APD
(Avaliação Parecer Descritivo - Anexo XIII), sendo acompanhado de seu respectivo relatório.

§1º Quando houver modificação do tipo de adaptação curricular do aluno ao longo do


ano letivo, para casos excepcionais, o boletim escolar deverá acompanhar essas alterações, ou
seja, alunos com adaptação curricular de pequeno porte que forem reclassificados em
adaptação curricular de grande porte passarão a ter a sigla APD ao invés de notas; como
alunos de adaptação curricular de grande porte que forem reclassificados para adaptação
curricular de pequeno porte passarão a receber notas e não mais as siglas.
§2º Nesses casos específicos, na nota final, constará no boletim a média das notas e/ou
conceitos dos bimestres para os alunos que foram reclassificados de adaptação curricular de
grande para adaptação curricular de pequeno porte; como nos casos nos quais houve a
situação oposta, haverá a sigla APD.

Seção V
Da transferência

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Art. 110 Na transferência de aluno no próprio Sistema de Ensino, a escola de origem


deverá encaminhar sua pasta/prontuário contendo as adaptações curriculares do bimestre em
que se encontra, bem como o PDI e os demais documentos pertinentes à vida escolar do
aluno.
Parágrafo único. Para fins de comprovação de encaminhamento, o diretor da escola
de origem providenciará o arquivamento do termo de recebimento da pasta/prontuário pelo
diretor da escola de destino.
Art. 111 Na transferência do aluno para outro Sistema de Ensino, a escola de origem
encaminhará cópias rubricadas pelo diretor e secretário educacional dos documentos
constantes na pasta/prontuário do aluno.
Art. 112 Na transferência de aluno vindo de outro Sistema de Ensino, com indicação
de adaptação curricular, que não esteja acompanhada de registros da vida acadêmica, deverão
ser adotados os procedimentos desta Resolução, para o planejamento da adaptação curricular.

Seção VI
Do histórico escolar

Art. 113 Os alunos com adaptações curriculares receberão histórico escolar definido
pela legislação vigente destinado a todos os alunos e terão certificação ao final do Ensino
Fundamental.
Art. 114 Na expedição do histórico escolar dos alunos que se utilizam de adaptação
curricular, deverão constar os boletins acompanhados de seus respectivos relatórios de APD
(Avaliação Parecer Descritivo).
Art. 115 São de responsabilidade das Escolas do Ensino Regular e Escolas Polos a
guarda dos documentos em mídia, de forma impressa e o seu correto arquivamento.

CAPÍTULO V
DOS PROFISSIONAIS PARA ATUAR COM O PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Seção I
Do profissional para atuar no Atendimento Educacional Especializado

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Art. 116 O docente deve ter formação inicial e/ou continuada em Educação Especial e
Inclusiva que o habilite para o exercício da docência no AEE, conforme a legislação vigente.
Parágrafo único. Compreende-se como formação continuada para a docência no AEE
cursos de aperfeiçoamento e de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu na área de
Educação Especial e Inclusiva ou de Atendimento Educacional Especializado.
Art. 117 O quantitativo de pessoal para atuar nas escolas que oferecem o AEE deve
ser proporcional ao número de alunos público-alvo da Educação Especial, bem como ao tipo
de necessidade educacional apresentada.
Art. 118 As escolas que oferecem o AEE devem contar em seu quadro de pessoal com
os seguintes profissionais:
§ 1º Na Educação Infantil de 3 (três) a 5 (cinco) anos: um professor para o
atendimento de oito a dez alunos.
I- os atendimentos podem ser realizados em grupos de até 3 (três) alunos e, quando
necessário o atendimento individual, este deve ser justificado e assegurado no PDI.
§ 2º No Ensino Fundamental do 1º ao 9º Ano: um professor para o atendimento de 10
(dez) a 12 (doze) alunos.
I- os atendimentos podem ocorrer em dupla e grupos de até 3 (três) alunos. Quando
necessário o atendimento individual, este deve ser justificado e assegurado no PDI.
§ 3º O quantitativo de alunos e de atendimentos podem ser revistos a qualquer tempo,
mediante avaliação sistemática do Plano de AEE, conforme definição conjunta entre o
professor do AEE, Coordenação Pedagógica, a direção da Escola Polo e Secretaria Municipal
de Educação de Oriximiná/Divisão de Educação Especial da Área Urbana e Rural.
Art. 119 Para os alunos com surdez deve ser disponibilizado o ensino de Língua
Brasileira de Sinais, por professor de Libras, preferencialmente surdo, com a carga horária de
quatro módulos a oito módulos por semana.
Art. 120 Os professores que atuarem no AEE devem ter a seguinte carga horária
semanal:
§ 1º 2/3 (dois terços) destinados ao atendimento do aluno na Sala de Recursos
Multifuncionais e ao acompanhamento e ao monitoramento nas salas comuns de ensino
regular, no contraturno ao Atendimento Educacional Especializado.

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§ 2º 1/3 (um terço) com atividades destinadas à formação continuada, planejamento
dos atendimentos, elaboração e adequação de materiais, trabalho colaborativo com o professor
das salas comuns de ensino regular e com o coordenador pedagógico das escolas vinculadas à
Escola Polo, dentre outras atividades inerentes à função.
Art. 121 As turmas de Atendimento Educacional Especializado devem ser
acompanhadas pelo Coordenador Pedagógico lotado na escola.
Art. 122 O atendimento dos alunos com surdez deve contar com os seguintes
momentos didático-pedagógicos:
I- ensino de Libras: com instrutor ou professor de Libras, preferencialmente surdo,
para o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais como primeira língua(materna), L1;
II- ensino em Libras: com professores bilíngues, para atuar junto aos alunos com
surdez na Educação Infantil e do 1º ao 9º Ano do Ensino Fundamental, sendo responsável
pelo ensino dos conteúdos curriculares em Língua Brasileira de Sinais no AEE; e
III- ensino de Língua Portuguesa como L2 na modalidade escrita: com professores
bilíngues para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita.
Parágrafo único. Os Instrutores, os Intérpretes e os Professores de Libras devem ser
lotados na Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED e encaminhados para as
escolas de acordo com a necessidade, podendo atuar em mais de uma unidade.
Art. 123 São atribuições dos professores do AEE:
I- identificar, elaborar, produzir, organizar serviços (em parceria com a equipe
multiprofissional/SEMED e demais secretarias municipais), recursos pedagógicos,
acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo
do Atendimento Educacional Especializado – AEE;
II- elaborar e executar o PDI junto ao professor da sala do ensino regular, avaliando a
funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III- organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncionais;
IV- orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade
utilizados pelo aluno, bem como sobre as adaptações curriculares aos professores, quando o
aluno necessitar;

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V- acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade nas salas comuns de ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
VI- ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos
alunos, promovendo a autonomia e a participação;
VII- orientar os servidores da Escola Polo e das demais vinculadas sobre questões
referentes aos alunos público-alvo da Educação Especial: CID, as peculiaridades dos alunos,
os recursos de acessibilidade física e de comunicação como a Libras e outras informações
relevantes para o processo educacional; e
VIII- estabelecer articulação com os professores das salas comuns de ensino regular
para planejar e providenciar, de forma colaborativa, materiais pedagógicos acessíveis e
recursos de apoio necessários à participação e à aprendizagem dos alunos, assim como
realizar orientação acerca das estratégias que promovam a participação dos alunos nas
atividades escolares.
Art. 124 A direção da Escola Polo tem a responsabilidade de informar à Secretaria
Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED, em tempo hábil, o quadro de profissionais e
as turmas de alunos do AEE, com a respectiva carga horária, no início do ano letivo e sempre
que houver alterações.

Seção II
Da formação continuada dos profissionais da
Educação Especial

Art. 125 Os profissionais que atuam na modalidade de Educação Especial devem


participar de cursos de formação continuada, e no mínimo de 01 (um) congresso ou outros
eventos voltados para a Educação Especial, a cada 02 (dois) anos, presencial ou à distância,
considerando que a atualização e o aprimoramento profissional é pré-requisito para o trabalho
com alunos público-alvo da Educação Especial.
Art. 126 A formação continuada de profissionais que atuam na Educação Especial,
deve ocorrer nas diversas áreas de conhecimento desta modalidade: Libras, Braille, Soroban,
Tecnologia Assistiva, Orientação e Mobilidade e softwares para leitura, criação e ampliação
de texto, adaptação curricular e de materiais, entre outros temas, de forma a atender as

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necessidades das pessoas com deficiências, TEA e AH/SD do Sistema Municipal de Ensino
de Oriximiná – Pará – SMEO.
Art. 127 Todos os profissionais que atuam na Educação Especial devem ter
conhecimento em Língua Brasileira de Sinais – Libras para favorecer a acessibilidade
comunicacional aos alunos surdos do Sistema Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará –
SMEO, assim como para o ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda
língua.
Art. 128 Os professores da Sala de Recursos Multifuncionais devem apresentar
anualmente comprovação de aprimoramento concernentes às atividades desenvolvidas no
AEE, com carga horária mínima de 200h.
Parágrafo único. A Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED, por
meio da Diretoria de Educação Básica/Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área
Urbana e Rural deve disponibilizar formação continuada aos profissionais da Educação
Especial ao longo do ano letivo.

Seção III
Dos profissionais para atuar nos demais serviços da Educação Especial

Art. 129 O profissional de apoio escolar:


I- ter formação em diferentes deficiências (física, visual, intelectual e auditiva) e
transtorno do espectro do autismo-TEA, com carga horária mínima de 40h para atuar no
serviço da Educação Especial;
II- atuar junto ao aluno com deficiência grave e/ou TEA com serviços referentes à
alimentação, higiene, locomoção e demais atividades escolares nas quais se fizer necessário a
necessidade do profissional do AEE;
III- auxiliar o professor regente e a equipe pedagógica da escola no trabalho com o(s)
aluno(s) e turma(s);

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IV- atuar de forma articulada com os professores do(s) aluno(s) das salas comuns de
ensino regular, da sala de recursos multifuncionais e com outros profissionais do contexto
escolar;
V- apoiar os professores do(s) aluno(s) das salas comuns de ensino regular nas
especificidades relacionadas à condição de funcionalidade do aluno, e não observando apenas
a deficiência; e
VI- realizar a mediação, com a orientação e supervisão do professor regente, no
desenvolvimento de atividades com o aluno que necessita de auxílio para que tenha acesso
aos conhecimentos/conteúdos das salas comuns de ensino regular.
Parágrafo único. A responsabilidade pelo acompanhamento do processo educacional
do aluno com deficiência é do professor regente, vedado ao profissional de apoio a aplicação
de técnicas e procedimentos relativas aos profissionais do AEE.
Art. 130 O quantitativo de profissional de apoio escolar para cada unidade deve ser
previsto em fluxograma anual elaborado pela Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná
/Diretoria de Educação Básica/Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e
Rural podendo, a qualquer tempo, ser alterado.
Parágrafo único. O profissional de apoio escolar pode atender individualmente ou em
grupos de alunos, dependendo do grau de comprometimento referente à locomoção, higiene,
comunicação e alimentação.

Art. 131 Os serviços de tradução e de interpretação de Libras:


I- consiste na tradução e interpretação da Língua Portuguesa para a Língua de Sinais
vice-versa, nos diversos contextos da escola, de forma a ampliar acessibilidade
comunicacional dos alunos com surdez;
II- o Tradutor/Intérprete de Libras (TILS): profissional ouvinte para atuar como
intérprete do aluno com surdez em salas comuns de ensino regular e outras ações no contexto
escolar que demandem a interlocução entre ouvintes e pessoas com surdez; e
III- executar outras atribuições afins.
Parágrafo único. O Tradutor/Intérprete de Libras (TILS) deve ser lotado na Secretaria
Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED e encaminhado para as escolas de acordo
com a necessidade, podendo atuar em mais de uma unidade em turnos distintos.

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Seção IV
Do transporte escolar

Art. 132 É garantido aos alunos com deficiência, com Transtorno do Espectro do
Autismo ou com hipótese de deficiência, o direito à inserção no serviço de transporte do AEE.
§ 1º Os alunos devem ser transportados a partir de sua residência ou de pontos
combinados, sendo utilizado como critério a proximidade da residência.
§ 2º Os casos cuja especificidade não encontre respaldo nestas hipóteses, mas que
precisem de uma análise mais aprofundada, devem ser encaminhados para avaliação da
Divisão de Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural da SEMED para que sejam
tomadas medidas cabíveis que possam solucionar a problemática.
Art. 133 O responsável de aluno público-alvo da Educação Especial que demonstrar
interesse pelo uso do transporte deve preencher ficha de solicitação no Anexo XI desta
Resolução, disponibilizada pela escola, e entregar na Divisão de Educação Especial da Área
Urbana e Rural da SEMED juntamente com cópias dos documentos solicitados: comprovante
de residência, registro de nascimento do aluno, RG e CPF do seu responsável, laudo ou outro
documento que o ampare para o AEE.

Art. 134 O responsável do aluno que optar por levá-lo à escola para o ensino comum
e/ou para o atendimento deve assinar termo dispensando o serviço, sendo vedada a solicitação
do transporte para atendimentos pontuais, salvo com autorização expressa pela Divisão de
Educação Especial Inclusiva da SEMED.
Art. 135 A equipe que atuar no transporte escolar (motorista e monitor) da Educação
Especial deve receber formação continuada pela Secretaria Municipal de Educação/SEMED
para o exercício da atividade com o público-alvo dessa modalidade.
Art. 136 O motorista que transportar o aluno para os atendimentos deve ser
acompanhado por monitor capacitado pela Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná –
SEMED para o acompanhamento e o atendimento ao aluno com deficiência.

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Art. 137 O professor do AEE pode utilizar o transporte exclusivamente para fins de
trabalho como visitas domiciliares e às Escolas, desde que não seja requerido a mudança de
rota do ônibus.
Art. 138 O motorista do transporte escolar não pode aguardar pelo aluno em tempo
excessivo, devendo ser orientado a prosseguir a rota.
Art. 139 É vedado aos profissionais responsáveis pelo transporte escolar – motorista,
monitor – conduzir aluno que esteja desacompanhado por pessoa adulta nos momentos de
embarque, devendo o aluno ser retornado e entregue ao adulto responsável.
Art. 140 O motorista e o monitor do ônibus não estão autorizados a deixar o aluno em
outra residência que não seja a definida previamente com a família, como em casa de vizinho
ou de outro familiar, em outra residência.
Parágrafo único. A ausência do adulto responsável pelo aluno no momento do
desembarque implica na permanência do aluno até o final da rota, sendo o chefe da Divisão de
Educação Especial Inclusiva da Área Urbana e Rural da SEMED acionado para contatar o
responsável legal e, na reiteração de ausências, comunicar o Conselho Tutelar para as
providências cabíveis.

Seção V
Da alimentação escolar

Art. 141 Alunos com deficiência, TEA, AH/SD e TDAH devem receber a alimentação
escolar no período de escolarização e, no mínimo, uma refeição no contraturno, quando
matriculados no AEE, de modo a atender às necessidades nutricionais, conforme suas
especificidades.
Art. 142 Para os alunos público-alvo da Educação Especial que necessitem de atenção
nutricional individualizada em virtude de estado ou de condição de saúde específica, ou de
seletividade alimentar, deve ser elaborado cardápio especial com base em recomendações
médicas e nutricionais, avaliação nutricional e demandas nutricionais diferenciadas.
Art. 143 Deve ser observado o aluno que necessite de atenção nutricional
individualizada, se apresentar transtorno de processamento sensorial, com a oferta de
alimentação diversificada e nutritiva.

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Art. 144 As necessidades alimentares especiais – NAE – fazem parte da inclusão dos
alunos no ambiente escolar e impactam as relações sociais e afetam a aprendizagem.
Art. 145 As necessidades alimentares especiais – NAE – estão referidas na Política
Nacional de Alimentação e Nutrição como necessidades alimentares, sejam restritivas ou
suplementares, de indivíduos com alteração metabólica ou fisiológica que causem mudanças
temporárias ou permanentes relacionadas à utilização biológica de nutrientes ou a via de
consumo alimentar enteral ou parenteral.
I- erros inatos do metabolismo são considerados a causa das Doenças Metabólicas
Hereditárias (DMH);
II- doença celíaca;
III- intolerância à lactose (IL);
IV- alergia alimentar;
V- diabetes melittus; e
VI- nefropatias.
Art. 146 Cabe à Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná – SEMED, por meio
da Divisão de Alimentação Escolar:
I- orientar previamente os gestores escolares e as equipes responsáveis pela
alimentação escolar na escola sobre as diferenciações no Cardápio Escolar para alunos com
NAE, mantendo canal de comunicação permanente para sanar dúvidas em situações especiais;
II- dispor do mapeamento das demandas de alunos com as especificidades alimentares
de cada escola;
III- promover a qualificação dos manipuladores de alimentos, com técnicas de
preparo, receitas e cuidados específicos de cada condição;
IV- elaborar cardápio especial e orientações, de posse dos atestados ou documentos
equivalentes acerca das necessidades alimentares especiais, com as orientações de preparo e
de substituição de ingredientes;
V- encaminhar o cardápio especial à escola, de acordo com a demanda, com as
devidas orientações direcionadas à gestão escolar, para ter ciência, e depois repassar ao
manipulador de alimentos; e
VI- encaminhar Fluxograma de atendimento aos Alunos com Necessidades
Alimentares Especiais conforme o Anexo XII desta Resolução.

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Art. 147 Cabe à Gestão Escolar e à Coordenação Pedagógica das escolas do Sistema
Municipal de Ensino de Oriximiná – Pará – SMEO:
I- orientar pais/responsáveis dos alunos sobre o direito ao cardápio especial;
II- questionar pais/responsáveis, no momento da matrícula, sobre a presença de
necessidades alimentares especiais nos alunos público-alvo da Educação Especial e registrar
na ficha de matrícula ou outro mecanismo equivalente adotado pela escola, a fim de mapear
as demandas existentes no espaço escolar;
III- receber os pais/responsáveis dos alunos para conferir se o atestado médico está
completo, tendo, no mínimo, um diagnóstico claro com a identificação da condição do aluno
para a solicitação de cardápio especial;
IV- planejar, junto com os professores, opções conformativas aos alunos com
necessidades alimentares especiais nas atividades pedagógicas especiais e em eventos
comemorativos;
V- verificar se há atestado médico e se as informações sobre a condição do aluno estão
completas;
VI- encaminhar à Secretaria Municipal de Educação de Oriximiná/Divisão de
Alimentação Escolar a demanda de alunos com Necessidades Alimentares Especiais – NAE,
juntamente com o atestado médico ou outro documento equivalente que comprove a
necessidade de cardápio especial;
VII- orientar o responsável pela manipulação dos alimentos para que no momento do
preparo, dependendo da quantidade de cardápios especiais, etiquetar as preparações para
evitar trocas e acidentes;
VIII- planejar mecanismos e estratégias de identificação do aluno com Necessidades
Alimentares Especiais para facilitar a distribuição dos alimentos, como:
a) apresentação do aluno, pela mãe ou pelo pai aos manipuladores, para criar vínculo;
b) identificação pelo próprio aluno no momento de entrega das refeições;
c) utilização de pulseira pelos alunos da educação infantil;
d) disponibilização, ao manipulador, de mural com fotos dos alunos com cardápio
especial;
e) acompanhamento individual ou grupal pelo professor;

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RESOLUÇÃO Nº. 029/2021-COMEO
f) pessoa responsável pela alimentação escolar na escola que observe e apoie os
manipulares de alimentos no momento da distribuição; e
g) utilização de autosserviço, com identificação e posicionamento prévios das
refeições especiais.
IX- informar aos pais/responsáveis pelo aluno sobre o atendimento que está sendo
realizado, disponibilizando uma cópia do cardápio especial ao responsável pelo aluno, a qual
deve ser assinada por ele e apresentada à próxima consulta com o profissional da saúde que o
acompanha.
Art. 148 A identificação dos alunos com Necessidades Alimentares Especiais – NAE
deve ser mediante:
I- demanda espontânea na escola: quando os pais/responsáveis informam e apresentam
atestado médico da condição específica que gera a NAE;
II- declaração na matrícula: quando os pais/responsáveis são questionados no
momento da matrícula;
III- suspeita de demanda na escola: quando o professor ou outro servidor no cotidiano
escolar suspeita da condição do aluno, a qual deve ser comunicada à gestão escolar;
IV- encaminhamento realizado pelo setor da saúde, por profissionais do Programa
Saúde na Escola – PSE; e
V - diagnóstico nutricional realizado por nutricionista.
§ 1º As orientações sobre necessidades alimentares especiais devem ser comprovadas
por meio de atestado médico ou de outro documento equivalente que oriente a elaboração de
cardápio especial.
§ 2º Nos casos em que os pais/responsáveis não apresentem atestado médico ou
apresentem atestado sem a indicação da condição do aluno, o diretor da escola deve solicitar
aos pais/responsáveis que retornem ao profissional da saúde que acompanha o aluno para que
seja preenchido receituário ou documento pertinente, em letra legível, com os seguintes
dados:
a) Identificação da unidade de saúde/clínica e telefone de contato;
b) Telefone de contato da instituição e/ou do prescritor (profissional da saúde);
c) Nome do aluno;
d) Data de nascimento;

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e) Diagnóstico;
f) Prescrição/orientação nutricional (quando houver);
g) Duração do tratamento;
h) Data; e
i) Assinatura e carimbo.
§ 3º Os cardápios são adaptados para os alunos com necessidades alimentares
especiais, segundo critérios técnicos e recomendações do Ministério da Saúde e de Diretrizes
e Consensos publicados por entidades médicas e científicas, podendo, em casos excepcionais,
ser individualizado.
§ 4º Para os casos de alergia alimentar, o documento de diagnóstico deve ser renovado
a cada seis 06 (meses) ou, no máximo, uma vez por ano, considerando-se a que a maioria das
condições não implica em cardápio especial definitivo.
Art. 149 Ao aluno público-alvo da Educação Especial que não demonstrar autonomia
em higiene, alimentação, locomoção e comunicação, deve ser garantido o acompanhamento
de um Profissional de Apoio Escolar.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 150 As situações e/ou casos não previstos neste documento serão objeto de
apreciação pelas Coordenadorias de Educação Infantil, de Ensino Fundamental e Educação
Especial e Inclusiva, assim como da Secretaria Municipal de Educação por meio das
Diretorias de Educação Básica da área Urbana e Rural, e resolvidas juntamente com os
gestores das respectivas escolas.
Art. 151 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ORIXIMINÁ – PARÁ,
Oriximiná – Pará, 10 de dezembro de 2021.
Francisco Williams Dias Leão
Vice-Presidente
Decreto Nº 140/2021

ANEXOS DA RESOLUÇÃO Nº. 029/2021-COMEO

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Anexo I - Formulário para Encaminhamento de Matrícula – Regular e AEE.
Anexo II - Ficha de Solicitação de Avaliação Multiprofissional para Encaminhamento ao
AEE – SEMED.
Anexo III - Termo de Compromisso e Autorização do Atendimento Educacional
Especializado – AEE.
Anexo IV - Termo de Recusa para o Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Anexo V - Avaliação para Inserção no Atendimento Educacional Especializado (AEE):
Etapa 1 - Apresentação Inicial da Situação;
Etapa 2 - Parecer da Equipe Gestora e da Coordenação Pedagógica;
Etapa 3 - Conclusão do Estudo de Caso.
Anexo VI – Orientações para o Relatório Descritivo do Desempenho Escolar – Semestral.
Anexo VII - Plano de Desenvolvimento Individualizado – PDI.
Anexo VIII - Formulário de Adaptação Curricular.
Anexo IX - Termo de Desligamento do Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Anexo X - Anamnese.
Anexo XI - Ficha de Solicitação do Serviço de Transporte Escolar - Educação Especial.
Anexo XII - Fluxograma de atendimento aos Alunos com Necessidades Alimentares
Especiais.
Anexo XIII - Adaptação Parecer Descritivo- APD.
Anexo XIV – Ficha de adequação de horário e/ou frequência.

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