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INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 13
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INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

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INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA A1
• Barrilete e Colunas: Há uma tomada de água
Descrição do sistema e de cada caixa que alimenta um conjunto de
registros de gaveta (tipo “pente”), individuali-
conceitos zando cada coluna de água de cada torre.
Conjunto de tubos, conexões, válvulas, reservató- • Sistema de redução de pressão: são instalados
rios, medidores, eletromecânicos, peças de utiliza- componentes redutores de pressão quando a
ção, equipamentos e outros componentes destina- pressão de entrada da concessionária ou da
dos a conduzir água fria potável da fonte de abas- prumada de água fria for superior ao especifi-
tecimento aos pontos de utilização, mantendo o cado em projeto;
padrão de potabilidade, podendo ser direto, quan-
do a água provém diretamente da fonte de abaste- • Sistema de pressurização de água: Sistema
cimento, ou indireto, quando a água provém de destinado a garantir a alimentação de água
um reservatório da edificação. fria com pressão mínima estabelecida em pro-
jeto nos pontos mais críticos do edifício, quan-
• Origem do Sistema: o sistema de instalações do necessário;
de água fria se origina no ponto de abasteci-
mento da empresa concessionária dos serviços • Identificação: os componentes do sistema de
públicos de fornecimento de água potável; água fria (ex. tubulação, registros) deverão ser
identificados conforme a ABNT NBR 6493.
• Medição de consumo: passando pelo hidrôme-
tro do cavalete, onde é medido o consumo total • Subsistemas de apoio:
do edifício e, quando houver legislação perti-
nente, por meio da medição individualizada  Sistema de extravasão: conjunto de compo-
para as unidades autônomas; nentes destinado a escoar o eventual excesso
de água de reservatórios nos quais foi supera-
• Reservação: do hidrômetro segue para um ou do o nível de transbordamento;
mais reservatórios no edifício, que poderão ser
 Sistema de aviso: tubulação de extravasão
inferiores, superiores ou ambos;
destinada a conduzir parte do excesso de
• Bombas de recalque: do (s) reservatório (s) infe- água para um local visível, servindo de aviso
rior (es) a água é bombeada para o (s) reserva- de falha no sistema de reserva do edifício;
tório (s) superior (es), caso exista, ou pressuriza-
 Sistema de limpeza dos reservatórios: utiliza-
da diretamente para abastecer os pontos de
do para o esvaziamento dos reservatórios pa-
consumo de água fria. O bombeamento é con-
ra limpeza ou manutenção.
trolado por um sistema eletromecânico;
 Shafts: O shaft é um espaço compartimentado
• Distribuição: as tubulações seguem para o bar-
verticalmente na edificação por onde passam
rilete quando provêm do reservatório superior,
as instalações hidráulicas em geral.
ou diretamente aos andares, quando provêm
do sistema de pressurização. Após o barrilete,
as tubulações alimentam os andares, quando
se denominam “prumadas de água fria” ascen-
dentes ou descendentes. Nas unidades, as pru- Materiais
madas sofrem derivações dotadas de registros
de manobra, após os quais passarão a ser cha- e componentes
mados de ramais de distribuição de água, que As instalações prediais de água fria devem ser pro-
alimentam os diversos pontos, tais como: vasos jetadas, executadas e usadas de modo a evitar ou
sanitários, chuveiros, pias etc. minimizar problemas de corrosão ou degradação.
Em algumas instalações, conforme projeto, será Durante o uso, operação e manutenção, as especi-
possível efetuar a medição de consumo individual ficações dos materiais devem ser conhecidas para
por unidade privativa;
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A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

o correto procedimento das manutenções. 5648 e NBR 5680. As juntas podem ser feitas
através de soldagem ou por rosqueamento.
MATERIAIS METÁLICOS
COMPONENTES DO SISTEMA
 Aço-carbono galvanizado (zincado por imersão
a quente): Os tubos fabricados em aço-carbono Os principais componentes das instalações de
com revestimento protetor de zinco, utilizados água fria são:
nas instalações prediais de água fria, devem
obedecer à NBR 5580 ou NBR 5590. Alimentador predial: executado pela concessioná-
ria pública responsável pelo abastecimento, que
 Cobre: Os tubos fabricados em cobre, utilizados interliga a rede pública de distribuição de água à
nas instalações prediais de água fria, devem instalação predial.
obedecer à NBR 13206.
Reservatórios superiores ou inferiores (ver capítulo
 Chumbo: O chumbo não deve ser utilizado nas sobre Sistema de Reservação de Água), o principal
instalações prediais de água fria, reparos reali- o objetivo é conservar a água para manter seu flu-
zados em instalações existentes devem prever a xo constante na edificação.
substituição desse material.
Barrilete: é o conjunto de tubulações que se origina
 Ferro fundido galvanizado: As conexões fabrica- no reservatório e do qual se derivam as colunas de
das em ferro fundido maleável, galvanizadas, distribuição. O barrilete pode ser: concentrado ou
usadas nas instalações prediais de água fria, ramificado.
devem obedecer à NBR 6943.
Tubulações, são as colunas, ramais e sub-ramais
 Liga de cobre: As conexões fabricadas em liga que direcionam a água do reservatório para o
de cobre, usadas nas instalações prediais de ponto de utilização.
água fria, devem obedecer à NBR 11720. As
juntas executadas nas tubulações de cobre po- Pontos de utilização: São as torneiras, chuveiros,
dem ser feitas através de soldagem capilar ou caixas de descarga, válvulas de descarga, torneira
por rosqueamento. No caso de soldagem, reco- de boia, torneiras de pressão, registros de gaveta,
menda-se o uso de solda sem chumbo. registros de pressão.

 Aço inoxidável: O aço inoxidável é uma liga de


ferro e crómio, podendo conter também níquel,
molibdénio e outros elementos que podem ser
Cuidados de Uso
utilizados em metais sanitários.
• Nas pias deve-se dar preferência ao uso de
MATERIAIS PLÁSTICOS sabão biodegradável, para evitar retorno de
 Poliéster reforçado com fibra de vidro: Os reser- espuma;
vatórios fabricados em poliéster reforçado com • Não aperte em demasia os registros e tornei-
fibra de vidro, utilizados nas instalações prediais ras. Ao instalar filtros, torneiras, etc., não os
de água fria, devem obedecer às NBR 8220 e aperte com excesso de força, pois pode danifi-
NBR 10355. car a saída da tubulação, provocando vaza-
 Polipropileno: Os cavaletes de diâmetro nominal mentos;
DN 20, fabricados em polipropileno, utilizados • Sempre que não houver utilização constante,
nas instalações prediais de água fria, devem ou em caso de ausência prolongada no imó-
obedecer à NBR 11304. vel, mantenha os registros, registros gerais (se
 PVC rígido: Os tubos fabricados em cloreto de houverem) e as torneiras fechados;
polivinila (PVC rígido), utilizados nas instalações • Qualquer suporte de fixação das tubulações
prediais de água fria, devem obedecer às NBR

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deve estar em bom estado. Os espaços previs- dos no mínimo uma vez por ano, para assegu-
tos para dilatação ou contração das tubula- rar o livre movimento das partes móveis. Os
ções devem ser verificados, principalmente vazamentos observados no obturador destes
quando elas são de material plástico ou de registros podem ser tolerados se forem de bai-
cobre. xa vazão (cerca de 0,01 mL/s), caso contrário,
ou se ocorrerem nas vedações do castelo com
• Juntas com vazamento devem ser apertadas o corpo ou com a haste, devem ser reparados
(no caso de rosca) ou refeitas. Onde necessá- sem demora.
rio, a tubulação deve ser substituída de modo
a eliminar o vazamento. • O mau funcionamento de válvulas de descar-
ga deve ser corrigido por regulagens ou por
• Quando há substituição de segmentos de tubu- troca do “reparo” (mola e vedações internas).
lação, a compatibilidade com aquela existente Entende-se por mau funcionamento os seguin-
deve ser verificada. A utilização de adaptado- tes eventos: vazão insuficiente, vazão excessi-
res para execução de juntas entre a tubulação va, tempo de fechamento muito curto (golpe
nova e a existente pode ser necessária, princi- de aríete) ou muito longo (desperdício de
palmente quando o tipo de junta é alterado, água), “disparo” da válvula, vazamento contí-
como, por exemplo, de rosca para solda. nuo pela saída (quando fechada) ou pelo bo-
• Caso a inspeção aponte a possibilidade de tão de acionamento (fechada ou aberta).
existência de corrosão, seja através da obser- • As válvulas de alívio devem ser operadas uma
vação visual de sinais de corrosão contidos na vez por ano, para verificação de eventual em-
água, ou através da constatação da diminui- perramento. Qualquer irregularidade com vál-
ção gradativa da vazão, as causas devem ser vulas de alívio ou válvulas reguladoras de
investigadas e as ações corretivas necessárias pressão deve ser imediatamente corrigida.
devem ser implementadas.
• O funcionamento adequado da válvula regula-
• A utilização de adaptadores para a execução dora de pressão deve ser verificado periodica-
de juntas entre a tubulação nova e a existente mente, de preferência, através da leitura de
pode ser necessária. um manômetro aferido instalado a jusante da
• Qualquer sinal de mau funcionamento em tor- válvula.
neira de boia, como, por exemplo, saída de
água pelo aviso ou extravasão, ou em outro
tipo de torneira (inclusive misturadores), deve
gerar a ação corretiva necessária, tais como:
aperto em partes móveis, troca de vedantes ou
troca da própria torneira.
• A capacidade de autobloqueamento de tornei-
ras de boia ou de torneiras de fechamento au-
tomático deve ser verificada a intervalos regu-
lares e, quando necessário, os reparos devem
ser feitos. No caso de torneiras de uso pouco
frequente, a verificação deve ser feita a inter-
valos não superiores a um ano.
• Os crivos de chuveiros, arejadores e outros
componentes devem ser limpos a intervalos
indicados pela experiência obtida pela prática.
• Os registros de fechamento devem ser opera-

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Manutenção Preventiva

Periodicidade Atividade Responsável

Verificar o nível dos reservatórios, o funcionamento das torneiras Equipe de manutenção


A cada 1 semana
de boia e a chave de boia para controle de nível local

Verificar a estanqueidade e a pressão especificada para a válvula Equipe de manutenção


A cada 1 mês
redutora de pressão das colunas de água potável local

Verificar funcionalidade do extravasor (ladrão) dos reservatórios, Equipe de manutenção


A cada 6 meses
evitando entupimentos por incrustações ou sujeiras local

Equipe de manutenção
A cada 6 meses Verificar mecanismos internos da caixa acoplada
local

Equipe de manutenção
A cada 6 meses Verifique as estanqueidade dos registros de gaveta
local

Abrir e fechar completamente os registros dos subsolos e cobertura


Equipe de manutenção
A cada 6 meses (barrilete) de modo a evitar emperramentos e os mantendo em
local
condições de manobra

Equipe de manutenção
A cada 6 meses Limpar e verificar a regulagem dos mecanismos de descarga
local

Equipe de manutenção
A cada 6 meses Limpar os aeradores (bicos removíveis) das torneiras
local

Verificar o sistema de pressurização de água, a regulagem da


pressão, reaperto dos componentes e parametrização dos sistemas
A cada 6 meses Empresa especializada
elétricos e eletrônicos e, caso haja necessidade, proceder ajustes e
reparos necessários

Limpar os reservatórios e fornecer atestado de potabilidade


A cada 6 meses Nota (1): Na ocasião da limpeza dos reservatórios supe- Empresa especializada
riores, isolar as tubulações da válvula redutora;

A cada 6 meses
ou conforme ori- Limpar os filtros e efetuar revisão nas válvulas redutoras de pres-
Empresa especializada
entações do fabri- são conforme orientações do fabricante
cante

Verificar as tubulações de água potável para detectar obstruções, Equipe de manutenção


A cada 1 ano perda de estanqueidade e sua fixação, recuperar sua integridade local/ empresa capaci-
onde necessário tada

Verificar e, se necessário, substituir os vedantes (courinhos) das Equipe de manutenção


A cada 1 ano torneiras, misturadores e registros de pressão para garantir a ve- local/ empresa capaci-
dação e evitar vazamentos tada

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INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA A1
Manutenção Corretiva - Planos de Contingência

Durante a utilização e operação das instalações hidráulicas, algumas falhas podem ocorrer em função
de uma causa ou uma série de fatores. A seguir estão selecionados os tipos mais comuns de falhas, bem
como suas possíveis causas e os procedimentos indicados após a determinação da falha.

FALHA 01: Vazamentos nas juntas elásticas de tubos e conexões

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis

Verificar se foi esquecido de aplicar o


Ausência de aplicação do anel de veda- Refazer a junta elástica aplicando corre-
anel de vedação na canaleta (virola)
ção tamente o anel de vedação
específica do tubo ou da conexão

Verificar se no momento da execução da


Refazer a junta elástica aplicando corre-
Anel de vedação deslocado da canaleta junta elástica o tubo deslocou o anel de
tamente o anel de vedação
vedação da canaleta

Verificar se o anel ficou justo ao ser co-


Anel de vedação posicionado inade- Refazer a junta elástica inserindo cor-
locado no alojamento, não apresentan-
quadamente retamente o anel de vedação
do folgas
Refazer a junta elástica substituindo o
Verificar se o anel de vedação está rom-
Anel rompido. anel de vedação rompido por um em
pido.
perfeitas condições.
Verificar se há alguma variação na es-
pessura ou largura do tubo ou da cone-
Variação na espessura ou largura do xão. Pode ocorrer de o tubo estar exces- Substituir o tubo, a conexão ou ambos e
tubo ou conexão. sivamente ovalizado ou a conexão de- refazer a junta elástica.
formada devido à estocagem ou trans-
porte inadequado.

Para deficiência de apoios, alinhar a


Verificar se há uma deflexão na junta e
junta e corrigir o sistema de apoios.
se os motivos são: Para curvatura, refazer parte da instala-
• Apoio ineficiente (em instalações apa- ção aplicando leve flexão no meio do
Deflexão excessiva na junta. comprimento de alguns tubos até que
rentes). cheguem na curvatura desejada. É pre-
• Tentativa de se fazer curva (em tubula- ciso fazer blocos de ancoragem para
manter as juntas alinhadas e os tubos
ções enterradas).
voltados para as novas posições.

Verificar se a ponta do tubo foi cortada


no esquadro e se transpassou totalmente
o anel de vedação, ficando uma peque-
na folga sendo que: Refazer a junta com um segmento de
Encaixe incorreto da ponta na bolsa.
• Para instalações aparentes: no máxi- tubo e Luva de Correr
mo 5 mm de folga no fundo da bolsa .
• Para instalações enterradas: no máxi-
mo 2 mm de folga.

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FALHA 02: Vazamento nas juntas soldáveis de tubos ou conexões

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis


Ausência de aplicação de Verificar se foi aplicado o adesivo plásti- Refazer a junta aplicando corretamente
vedação. co para PVC. o adesivo.
Verificar se foi feito o procedimento cor-
reto da junta soldável. Verificar também
Procedimento incorreto da se existem arranhões profundos na su- Refazer a junta aplicando corretamente
execução da junta. perfície do tubo, provocados pela prática o adesivo plástico.
inadequada de raspagem do tubo com o
arco de serra.
Aquecimento das extremidades Verificar curvaturas ou deformações nas
Refazer a junta aplicando corretamente
extremidades do tubo e conexões para
do tubo o adesivo plástico.
realização da solda.
Verificar, com o profissional, se foi res-
peitado o tempo de cura do adesivo pa-
Instalação submetida à ra submeter à tubulação ao teste de es-
tanqueidade. Caso o tempo de cura te-
pressão hidráulica antes de nha sido respeitado, verificar se o proce- Substituir o tubo, a conexão ou os dois
concluir o tempo de cura do dimento de execução da junta soldável e refazer a junta.
foi aplicado corretamente. Verificar tam-
adesivo. bém as condições de estado do adesivo
plástico e da solução preparadora, e
seus respectivos prazos de validade.
Verificar as condições do adesivo, o pra-
Substituir o tubo, a conexão ou os dois
Adesivo gelatinoso. zo de validade, e como está sendo feito
e refazer a junta.
o seu manuseio e estocagem.
Verificar se há variação na espessura ou
largura do tubo ou da conexão. Pode
Variação na espessura ou ocorrer de o tubo estar excessivamente Substituir o tubo, a conexão ou os dois
largura do tubo ou conexão. ovalizado, ou de a conexão estar defor- e refazer a junta.
mada, devido à uma estocagem inade-
quada.

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FALHA 03: Rupturas em tubos e conexões

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis

Substituir trecho de tubo danificado por


Levantar informações no local para veri-
um novo e no caso de impacto durante
Impactos no transporte, no manuseio ou ficar se o tubo sofreu impacto durante o
sua utilização, providenciar uma prote-
durante a sua utilização. seu transporte ou manuseio, ou no local
ção mecânica adicional ou desviar o seu
aparente onde está instalado.
traçado para evitar novos impactos.

No caso de edifícios, deve-se verificar se


a coluna que abastece a válvula de des-
carga é exclusiva ou é mista, ou seja,
alimenta também outros pontos. Deve-
se medir as variações dinâmicas da
pressão utilizando um manômetro com
ponteiro de arraste. Medir inicialmente a Substituir o trecho de tubo danificado e
pressão estática no ponto e em seguida providenciar a regulagem das válvulas
as variações de pressão, acionando indi- de descargas que estão com fechamento
Sobrepressão vidualmente cada uma das válvulas de rápido, caso não se consiga uma boa
descarga do prédio alimentadas pela regulagem das válvulas de descarga,
(Golpe de Aríete). mesma coluna de distribuição. Anotar recomenda-se as suas substituições por
todas as variações dinâmicas da pressão outras mais modernas com fechamento
tomando o cuidado para zerar sempre o lento e por fim regular ou substituir vál-
ponteiro de arraste a cada nova medi- vulas redutoras de pressão.
ção de pressão. Em edifícios com mais
de 40 metros de altura, são utilizadas
válvulas redutoras de pressão. Verificar
o funcionamento destas válvulas, pois as
mesmas podem estar desreguladas e
provocando sobrepressões.

Corrigir eventuais erros construtivos,


como caimentos de calhas ou aumento
da área de contribuição, analisar o pro-
Verificar se há acúmulo de folhas ou jeto de dimensionamento, e finalmente
Subpressão sujeira no bocal, subdimensionamento substituir toda a coluna de águas pluvi-
(vácuo). do número de condutores e subdimensi- ais pela Linha Série R (reforçados) fabri-
onamento do diâmetro dos condutores. cados de acordo com a Norma NBR
5688 (Tubos e Conexões de PVC para
Instalações Prediais de Esgoto e Águas
Pluviais).

Recalque Substituir o trecho de tubo danificado e


Verificar se há trincas nas paredes e/ou
providenciar um reforço das fundações
diferencial do em pisos, que são os indicativos de re-
e/ou substituição do material do solo,
calque diferencial do terreno.
terreno. ou ainda melhorar a sua compactação.

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 23
Continua
A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

FALHA 03: Rupturas em tubos e conexões (continuação)

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis

Substituir o trecho de tubo danificado


recobri-lo com solo devidamente com-
Impacto acidental de máquina ou equi- Verificar se houve abertura de vala re-
pactado e colocar uma fita ou placas de
pamento utilizado para abertura de vala. centemente e quais foram os motivos.
alerta, informando que ali existe um
tubo de PVC enterrado.

Verificar se os tubos estão posicionados


Substituir o tipo das conexões utilizadas
Tubulação tensionada corretamente com relação à geometria
nas ligações.
das conexões.

Esforço excessivo provocado por raízes Verificar se há raízes de árvores próxi- Substituir o trecho de tubo danificado e
de árvores. mas forçando o tubo de PVC. providenciar um desvio da tubulação.

Eliminar o vazamento na tubulação que


Verificar se há outras tubulações próxi- está conduzindo solvente, substituir o
mas com vazamento de solventes, que trecho de tubo de PVC danificado e pro-
Ataque químico.
podem causar o rompimento de tubos videnciar uma proteção adicional ou
de PVC condutores de água sob pressão desvio do tubo de PVC para evitar novas
ocorrências do tipo.

Verificar se a bomba foi acionada e não


abriu o respectivo registro, caso o regis-
tro não tenha sido aberto, a água ficará
represada neste pequeno trecho de tu-
bulação e, pela transmissão do calor
Substituir o trecho de tubulação danifi-
gerado pelo motor da bomba, ocorren-
cada, bem como substituir a bomba. No
do uma elevação da temperatura da
caso de uma bomba subdimensionada,
Aquecimento da água de recalque de água a níveis muito acima do recomen-
treinar o operador das bombas e colo-
bomba devido ao esquecimento do re- dado para os tubos de PVC, provocando
car placas de aviso em cada registro
gistro de gaveta fechado. deformações excessivas até a sua ruptu-
com orientação para que sejam abertos
ra. O aquecimento da água também
antes de se colocar em funcionamento a
pode ocorrer nos casos de subdimensio-
bomba.
namento da bomba, não elevando facil-
mente a água até o reservatório superi-
or, fazendo com que parte da água fi-
que praticamente parada na saída da
bomba, acarretando seu aquecimento.

Continua

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INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA A1
FALHA 03: Rupturas em tubos e conexões (continuação)

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis

Verificar se o rompimento ocorreu na


tubulação de alimentação de água fria
do aquecedor de acumulação ou de
passagem. Verificar se esta tubulação é
de PVC e encontra-se deformada e rom-
Providenciar o conserto ou substituição
pida. Verificar se há falha de funciona-
do termostato ou do dispositivo automá-
Retorno de água quente para a tubula- mento do termostato (aparelho de con-
tico de acionamento dos queimadores e
ção de água fria. trole de temperatura) do aquecedor de
substituir a tubulação de PVC por uma
acumulação ou dispositivo de aciona-
tubulação de CPVC.
mento automático dos queimadores à
gás. No caso de aquecedores de passa-
gem, verificar se a alimentação de água
fria foi feita diretamente do ramal predi-
al (direto da rua).

Retirar os materiais pontiagudos do fun-


do da vala e aplicar um berço de areia
substituir o trecho de tubo danificado e
Assentamento de tubo sobre base com Verificar se há materiais pontiagudos
refazer o assentamento do tubo, apli-
materiais pontiagudos. sob a tubulação de PVC enterrada.
cando de preferência areia como mate-
rial de envoltória. Compactar em cama-
das de 15 cm.

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FALHA 04: Deformações em tubos e conexões

Causas prováveis O que verificar Soluções possíveis

Substituir o trecho de tubo de PVC dani-


ficado. Informar ao usuário para não
Verificar se a deformação ocorreu em utilizar mais este procedimento para
Tentativa de desentupimento da tubula- tubo de esgoto. Verificar se foi aplicada desentupir a tubulação de esgoto, expli-
ção de esgoto com soda cáustica. soda cáustica na tentativa de desentupi- cando que a soda cáustica em contato
mento da tubulação de esgoto. com a água libera calor excessivo
(reação exotérmica) e que isso provoca
deformação em tubos de PVC.

Substituir o trecho de tubulação danifi-


cada pela Linha Série Reforçada, corrigir
Verificar se a deformação ocorreu em eventuais erros de caimento e melhorar
ramal de descarga de pia de cozinha as condições de apoio reduzindo o es-
com tubos de PVC de esgoto da Linha paçamento entre eles para evitar defle-
Série Normal. Verificar o caimento e as xões excessivas na tubulação, que po-
Condução de esgoto sem pressão em
condições de apoio da tubulação de dem reter líquidos quentes por longos
temperatura excessiva.
esgoto. Verificar como está sendo utiliza- períodos. Se a aplicação for em cozi-
da esta pia de cozinha, quais são os nhas industriais onde a frequência de
despejos, em que temperatura e em que despejos é considerada contínua, reco-
frequência. menda-se instalar caixas de resfriamen-
to para poder utilizar tubos de PVC com
total segurança.

Verificar se a tubulação de PVC está em


Inserir um isolante térmico entre as tubu-
Contato direto com outro material com contato direto com outra tubulação me-
lações ou fazer um desvio da tubulação
temperatura elevada. tálica conduzindo líquido em alta tempe-
para evitar o contato direto.
ratura.

Verificar se as condições de assentamen-


to da tubulação (material de envoltória e
compactação). Se a carga de terra e as
cargas móveis sobre a tubulação. Se a Substituir o trecho da tubulação danifi-
profundidade de assentamento está de cada e corrigir a profundidade de as-
acordo com as seguintes recomenda- sentamento de acordo com o tipo de
Profundidade de assentamento, material ções: carga. Caso não seja possível assentar a
de envoltória e compactação inadequa- • 30 cm para interior dos lotes; tubulação em cota mais profunda, apli-
da para o tipo de carga existente sobre a car uma laje de concreto sobre o materi-
tubulação. • 60 cm em passeios (calçadas); al de envoltória da tubulação, para que
• 80 cm na rua sob tráfego de veículos esta laje de concreto absorva a carga e
leves; não transfira os esforços para a tubula-
ção.
• 1,20 m em rua sob tráfego intenso de
veículos pesados;

• 1,5 m sob tráfego de ferrovias.

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INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA A1
os treinamentos solicitados pelas NR’s: NR-1, item
Recomendações de 1.7, sobre as condições de segurança e saúde,
Segurança NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambi-
entais, NR-6 - Equipamento de Proteção Individu-
• Todos os reparos, manutenções e inspeções
al (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR-35 – Trabalho
devem ser realizados por mão de obra capaci-
tada e/ou qualificada com os treinamentos e em altura.
instruções específicos para a área.
Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme
• O uso de EPI (Equipamento de Proteção Indivi-
completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
dual) adequado à atividade em execução deve
ser observado por todos os profissionais envol- Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
vidos. Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.
• Sempre que um trabalho de reparo ou manu-
tenção for iniciado, deverá ser realizada uma
análise de risco do entorno, observando:
• Segurança pessoal: atividades que coloquem
em risco o trabalhador ou o usuário, devem
ser acompanhadas por medidas que anulem
ou minimize os riscos envolvidos, especificadas
por profissional especializado.
• Segurança patrimonial: algumas atividades
podem gerar risco para a edificação, neste
caso, antes de se iniciar a atividade, uma aná-
lise estrutural deverá ser especificada por pro-
fissional especializado.
• Nunca efetuar reparos que interliguem a rede
de água potável com a rede não potável.
• As tubulações e conexões devem ter seus repa-
ros realizados com materiais compatíveis, es-
pecial atenção deve ser designada aos materi-
ais metálicos a fim de se evitar o risco de cor-
rosão (exemplo: o contato do cobre com o fer-
ro fundido gera uma reação eletroquímica que
provoca a oxidação do ferro fundido).
• A instalação predial de água fria deve ser ade-
quadamente identificada, de modo a garantir
a sua operação e manutenção, e permitir a
sua eventual modificação. A instalação predial
de água fria deve ser integralmente identifica-
da, segundo estabelecido no projeto, ou pelas
normas aplicáveis.

Os trabalhadores envolvidos nas atividades de


execução e/ou reparos devem estar em dia com

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 27
28 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 29
30 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE A2
Descrição do sistema e
conceitos
O sistema de aquecimento central de água é desti-
nado ao aquecimento da água, através da energia
solar, elétrica e/ou a gás. A água proveniente deste
sistema é distribuída através de tubos apropriados
para trabalhar com água quente com isolamento
térmico para reduzir as perdas de calor e proteger
contra intempéries.
SISTEMA DE AQUECIMENTO SOLAR

O Coletor Solar
Quando os raios do sol atravessam o vidro da tam-
pa do coletor, eles esquentam as aletas que são
feitas de cobre ou alumínio e pintadas com uma
tinta especial e escura que ajuda na absorção má-
xima da radiação solar. O calor passa então das
aletas para os tubos (serpentina) que geralmente
FONTE: Apostila Sistema Solar - Primeiros Passos; CEMIG
são de cobre. A água se aquece e é direcionada
para o reservatório do aquecedor solar.
SISTEMAS DE AQUECIMENTO À GÁS
O Reservatório Térmico
Aquecedor de Passagem
O reservatório térmico é como uma caixa d’água
A água fria passa por um sistema de serpenti-
especial que cuida de manter quente a água arma-
na distribuída ao redor da câmara de combustão
zenada no aquecedor solar . Esses cilindros são
(local onde a chama fica acessa). Desta forma
feitos de cobre, inox, ou polipropileno e depois re-
a água é aquecida gradualmente, à medida que
cebem um isolante térmico. A maioria dos modelos
passa pelo aparelho. Neste sistema não há neces-
de reservatório térmico podem conter sistema de
sidade do aparelho ter um reservatório por acumu-
aquecimento auxiliar elétrico, mas podem ser fabri-
lação, por tanto, o consumo da água é imediato.
cados com sistema auxiliar a gás ou sem recurso
auxiliar.
O Sistema Auxiliar de Aquecimento
Para garantir que nunca haverá falta de água
quente, todo Aquecedor Solar traz um sistema auxi-
liar de Aquecimento.
E quando o tempo fica muito nublado ou chuvoso
por vários dias, ou quando a casa recebe visitas e o
número de banhos fica acima do dimensionamento
inicial, o sistema auxiliar - que pode ser elétrico ou
a gás - entra em ação.

FONTE: Associação Brasileira de Aquecedores a Gás - http://


www.abagas.com.br/

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 31
A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

Aquecedor por Acumulação MATERIAIS METÁLICOS


Já os aparelhos por acumulação, conhecido como ¨ Cobre: Os tubos fabricados em cobre, utilizados
boilers, necessitam de um reservatório de acumu- nas instalações prediais de água fria, devem
lação (como o próprio nome já diz). Isto é, cada obedecer à NBR 13206.
aparelho apresenta um cilindro vertical onde a
água fica armazenada, e onde é aquecida pela MATERIAIS PLÁSTICOS
chama (que é produzida em um tubo no centro do
cilindro). O controle do aquecimento da água é ¨ CPVC rígido: Os tubos fabricados em Policloreto
feito por meio de um termostato que mantém auto- de vinila clorado (CPVC)), utilizados nas instala-
maticamente a temperatura dentro dos limites es- ções prediais de água quente, devem obedecer às
tabelecidos, enquanto que a perda do calor é con- NBR 15884-3. As juntas podem ser feitas através
trolada pelo revestimento térmico existente no cilin- de soldagem ou por rosqueamento.
dro. Com este sistema de aquecimento o consumo
da água pode ser imediato (conforme a regula- COMPONENTES
gem) ou para consumo posterior.
Sistema de aquecimento central é composto por
tanques de armazenamento, bombas, quadro elé-
trico de comando, tubulações, registros, válvulas,
isolamento térmico, coletores solares (quando cen-
tral solar), aquecedores a gás, termostatos, senso-
res, controles etc.

Cuidados de Uso
• Não alterar a vazão estipulada em projeto dos
equipamentos atendidos por este sistema;
• O acesso e as intervenções no sistema só deve-
rão ser liberados a empresa especializada;
• Verificar o estado das bombas e aquecedores;
FONTE: Associação Brasileira de Aquecedores a Gás - http://
www.abagas.com.br/ • Verificar o funcionamento geral do quadro de
comando;
• Recomenda-se a implantação de um registro
Materiais específico para a anotação das intervenções de
manutenção, ajuste e alteração do sistema;
e componentes • Evitar contato dos aparelhos com água externa
(limpeza com água por exemplo), evitando da-
As instalações prediais de água quente devem ser
nos ou supressão da válvula de segurança;
projetadas, executadas e usadas de modo a evitar
ou minimizar problemas de corrosão ou degrada- • Evitar danos ou supressão da válvula de segu-
ção. Durante o uso, operação e manutenção, as rança;
especificações dos materiais devem ser conhecidas
para o correto procedimento das manutenções. • Não obstruir a entrada do ambiente destinado
à instalação do equipamento;

32 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE A2
• Observar se todas as aberturas destinadas à • Não obstruir as saídas das chaminés.
ventilação do ambiente mantêm-se desobstruí-
das; • Não efetuar testes do equipamento com água
não potável ou com presença de detritos;
• Não permitir estocagem de qualquer tipo de
material dentro do ambiente exclusivo para os • Caso haja válvulas anticongelantes no sistema,
equipamentos; estas deverão ser retiradas e limpas antes do
período de inverno;
• Não operar o equipamento com os registros de
água fechados; • Não colocar o sistema em operação caso o
reservatório não esteja completo;
• Ao perceber vazamento de gás no ambiente,
acionar o registro de corte de gás do equipa- • Efetuar os procedimentos necessários para que
mento e informar a empresa de manutenção; o sistema não funcione com presença de ar na
tubulação.
• não acionar o aparelho ou qualquer interruptor
das instalações elétricas no caso de sentir chei- • Se o isolamento térmico da tubulação de água
ro de gás. quente não foi instalado adequadamente,
haverá aquecimento excessivo da parede por
• Caso os queimadores apaguem sozinhos, veri- onde passa a tubulação e, consequentemente,
ficar se há corrente de ar intensa no ambiente; perda de calor.
• Não lavar a parte externa do equipamento com • Nas instalações de gás: Antes de efetuar a ins-
água ou com qualquer outro produto, sob risco peção e os cuidados básicos, feche o registro
de provocar danos nos seus instrumentos; de gás, desligue o aparelho e espere a tubula-
ção e chaminé esfriarem.

Mantenha os captadores do sistema de aquecimento solar sempre limpos!


Captadores com sujidades pode comprometer a eficiência do sistema.

FONTE: Apostila Sistema Solar - Primeiros Passos; CEMIG

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 33
A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

Manutenção Preventiva

ID PERIODICIDADE SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL


Equipe de manutenção
Verificar as juntas de dilatação nas
A2 A cada 1 ano ÁGUA QUENTE local/empresa especia-
tubulações de água quente
lizada
Verificar os isolamentos nas instala- Equipe de manutenção
A2 A cada 1 ano ÁGUA QUENTE
ções de água quente local
SISTEMA DE AQUECIMEN- verificar o funcionamento das bombas
A2 a cada semana Empresa especializada
TO CENTRAL - SOLAR d’água, caso haja
SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 a cada semana verificar vazamentos de água Empresa especializada
TO CENTRAL - SOLAR
SISTEMA DE AQUECIMEN- verificar o funcionamento e teste do
A2 a cada mês Empresa especializada
TO CENTRAL - SOLAR quadro de comando
limpar o sistema das águas pluviais e
a cada 2 me- SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 ajuste em função da sazonalidade, Empresa especializada
ses TO CENTRAL - SOLAR
especialmente em época de chuvas
a cada 3 me- SISTEMA DE AQUECIMEN- verificar o isolamento térmico da tubu-
A2 Empresa especializada
ses TO CENTRAL - SOLAR lação aparente e dos reservatórios
limpar de maneira geral, inclusive nas
a cada 6 me- SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 placas dos coletores solares, para reti- Empresa especializada
ses TO CENTRAL - SOLAR
rar a poeira
a cada 6 me- SISTEMA DE AQUECIMEN- limpar o filtro no abastecimento de
A2 Empresa especializada
ses TO CENTRAL - SOLAR água fria
revisar os dispositivos de fixação dos
SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 a cada 1 ano componentes, principalmente os cole- Empresa especializada
TO CENTRAL - SOLAR
tores solares
verificar o quadro sinóptico que moni-
SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 Diariamente tora o funcionamento, pane das bom- Empresa especializada
TO CENTRAL - GÁS
bas e queimadores a gás
verificar vazamentos nas tubulações
SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 a cada mês aparentes, ruídos excessivos em bom- Empresa especializada
TO CENTRAL - GÁS
bas ou queimadores
checar os componentes do quadro
SISTEMA DE AQUECIMEN-
A2 a cada mês elétrico de comando e dos demais Empresa especializada
TO CENTRAL - GÁS
componentes elétricos e eletrônicos
SISTEMA DE AQUECIMEN- checar o funcionamento da bomba
A2 a cada mês Empresa especializada
TO CENTRAL - GÁS centrífuga
a cada 6 me- SISTEMA DE AQUECIMEN- revisar o sistema de aquecimento a
A2 Empresa especializada
ses TO CENTRAL - GÁS gás
a cada 6 me- SISTEMA DE AQUECIMEN- revisar o estado do anodo de sacrifí-
A2 Empresa especializada
ses TO CENTRAL - GÁS cio – proteção galvânica

34 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE A2
Manutenção Corretiva - Planos de Contingência

Durante a utilização e operação das instalações de água quente, algumas falhas podem ocorrer em fun-
ção de uma causa ou uma série de fatores. A seguir estão selecionados os tipos mais comuns de falhas,
bem como suas possíveis causas e os procedimentos indicados após a determinação da falha.

PROBLEMA CAUSA SOLUÇÕES PROVÁVEL


Solte as braçadeiras de a mangueira,
Ar na tubulação do coletor solar deixe drenar até sair somente água e
reinstale a mangueira
Verifique se o consumo está acima da
Consumo excessivo
capacidade do aquecedor solar

Não havendo radiação solar suficiente,


Dias nublados ou chuvosos
o sistema auxiliar precisará ser acionado
Falta de água quente
Verifique toda a tubulação do aquece-
Vazamento na tubulação
dor solar e da distribuição hidráulica
Efetue a limpeza dos coletores conforme
Coletor solar com vidro sujo
recomendações do fabricante

Acionar o fabricante ou o instalador


Instalação incorreta
para realizar os reparos necessários

Boia do reservatório de água fria emper- Retire a tampa do reservatório de água


rada fria e verifique a boia
Verifique se o abastecimento da rede
Falta de abastecimento da rede pública
está regular
Não sai água quando é aberto o regis- Verifique se a tubulação entre o reserva-
tro de água quente tório térmico e o chuveiro está alinhada
Ar na tubulação de distribuição hidráuli- e sem sifões. Verifique se o posiciona-
ca mento do reservatório térmico permite
ascendência das bolhas de ar em dire-
ção ao respiro

Verifique se o chuveiro elétrico precisa


Chuveiro elétrico ligado
realmente estar ligado ou se a potencia
Água muito quente
Abra o registro de água fria que alimen-
Registro de água fria fechado
ta o chuveiro
Retire a tampa do reservatório de água
fria e verifique a vedação e sistema de
Boia desregulada ou com defeito
fechamento de boia. Caso necessário
Vazamento de água no telhado
faça sua substituição

Braçadeiras não apertadas devidamente Reaperte as braçadeiras

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 35
A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

SISTEMA A GÁS imediata. Entre em contato com uma empresa es-


pecializada. Atenção! Cuidado ao manusear e
Falha 01:Após fechar ou abrir a torneira de água transportar os vidros quebrados. Acondicione ade-
quente e diminuir repentinamente o volume de quadamente e deposite em locais apropriados pa-
água quente. ra reciclagem.
Recomendação: Nestes dois casos, ao reabrir a SISTEMA À GÁS
torneira poderá sair água com alta temperatura
por alguns instantes; portanto evite colocar as PREVENÇÕES CONTRA INCÊNDIOS
mãos ou banhar-se imediatamente após o aciona-
mento do aparelho. a) Não coloque objetos de fácil combustão ao
redor, em cima e na saída do tubo de exaus-
Falha 02: Constatando VAZAMENTO DE GÁS em tão do aquecedor (chaminé).
qualquer ponto da instalação, enquanto não forem
tomadas todas as providências para ELIMINAR O b) Nunca obstrua a saída de exaustão, e man-
VAZAMENTO, siga os procedimentos abaixo: tenha o recinto sempre ventilado.

a) Não acender o fogo. c) Ao constatar cheiro de gás ou qualquer chei-


ro ou ruído anormal (estalos) deve-se fechar
b) Não retirar ou introduzir pinos na tomada elétri- a registro de gás.
ca.
CHEIRO DE GÁS/VAZAMENTOS
c) Não ligar ou desligar lâmpadas e aparelhos ele-
trodomésticos como ar-condicionado, etc. É sempre anormal sentir cheiro de gás no ambien-
te. Caso isso ocorra, tome as seguintes providên-
d) Não utilizar telefone em local onde haja cheiro cias:
de gás.
• Não acenda luzes nem risque fósforos.
e) Abrir janelas e portas para ventilar o local. f) Ve-
rificar as conexões com espuma (detergente) • Ventile o ambiente, abrindo portas e janelas.

g) Fechar o registro de gás. • Verifique se o cheiro existe somente no local ou


se vem do exterior do imóvel.
h) Acionar a Assistência Técnica ou Companhia de
Gás. AQUECEDORES DE ÁGUA A GÁS
O aquecedor deve ter chaminé. A queima do gás
Recomendações de produz outros gases que devem ser conduzidos
para o exterior do imóvel.
Segurança
Os trabalhadores envolvidos nas atividades de
Em instalações prediais de água quente, onde o execução e/ou reparos devem estar em dia com
aquecimento é feito por aquecedor alimentado por
tubulação que se liga ao reservatório, independen- os treinamentos solicitados pelas NR’s: NR-1, item
temente das tubulações da rede predial de distri- 1.7, sobre as condições de segurança e saúde,
buição, a tomada de água da tubulação que ali- NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambi-
menta o aquecedor deve se posicionar em nível entais, NR-6 - Equipamento de Proteção Individu-
acima das tomadas de água fria, como meio de al (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR-35 – Trabalho
evitar o risco de queimaduras na eventualidade de
em altura. Os EPI’s indicados para a atividade
falha no abastecimento.
são: uniforme completo, Cinto de Segurança c/
SISTEMA SOLAR trava quedas, Capacete, Óculos de segurança,
Vidros quebrados: Em caso de quebra de algum Viseira facial, Avental de Couro, Sapato de segu-
vidro do coletor solar, é necessária a substituição rança, Máscara para pó, Protetor auricular.

36 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 37
38 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS
A3
ções deverão ser conforme a ABNT NBR 6493.
Descrição do sistema e
ÁGUA SERVIDA
conceitos • Origem: água coletada em grelhas, extravaso-
É o conjunto de tubulações aparentes, em shafts ou res ou ralos de subsolos, conforme normaliza-
embutidas nas paredes, destinadas ao transporte, ção vigente;
distribuição, disposição e/ou controle de fluxo de
fluidos (fluidos com sólidos em suspensão, líquidos, • Distribuição: dos ramais de coleta são encami-
vapores ou gases) em uma edificação. nhadas para as redes de esgoto ou pluviais,
conforme normalização vigente;
• Sistema hidráulico de água fria, quente e esgo-
• Identificação: quando aparentes, essas tubula-
to: composto de tubos e conectores (ex.: PVC,
ções deverão ser conforme a ABNT NBR 6493.
cobre, PPR e PEX) com espessura dimensionada
conforme a pressão de serviço submetida;
• Registros de pressão (água fria e quente): vál- REDE COLETORA DE GORDURA (CASO PREVISTO
vulas de pequeno porte, instaladas em sub- NO PROJETO)
ramais ou pontos de utilização, destinadas à
regulagem da vazão de água; • Origem: pontos de captação, específicos e
previstos em projeto;
• Registros de gaveta (água fria e quente): válvu-
las de fecho, destinadas à interrupção eventual • Distribuição: a gordura acumulada deverá ser
de passagem de água para reparos na rede ou retirada manualmente em pontos específicos e
ramal. destinados a este fim, e os fluidos seguem pa-
ra os ramais de coleta e tratamento;
Conjunto de tubos, reservatórios, peças de utiliza-
ção, equipamentos e outros componentes destina- • Identificação: quando aparentes, essas tubula-
dos a conduzir águas não potáveis do(s) ponto(s) ções deverão ser conforme a ABNT NBR 6493.
de captação da edificação ao ponto destinado pela
concessionária de serviço público ou ponto de tra-
tamento da mesma.
Materiais
ESGOTO e componentes
• Origem: as instalações de esgoto se originam As instalações prediais de esgotamento sanitário
nos pontos que coletam os despejos líquidos devem ser projetadas, executadas e usadas de mo-
dos lavatórios, vasos sanitários, ralos secos, do a evitar ou minimizar problemas de corrosão ou
ralos sifonados, pias de cozinha ou qualquer degradação. Durante o uso, operação e manuten-
ponto previsto em norma e seguem para os ção, as especificações dos materiais devem ser co-
ramais de coleta; nhecidas para o correto procedimento das manu-
tenções.
• Distribuição: dos ramais de coleta, o esgoto
segue para as colunas de esgoto através dos MATERIAIS METÁLICOS
andares até os coletores, que serão conectados
à rede pública de esgotos. No caso dos pavi- • Ferro fundido galvanizado: Tubos e conexões
mentos que estão abaixo do nível da rede pú- de ferro fundido para esgoto e ventilação fabri-
blica de esgoto, os coletores conectam-se a um cadas em ferro fundido, usadas nas instalações
reservatório, de onde um sistema eletromecâni- prediais de esgoto, devem obedecer à NBR
co fará o bombeamento dos efluentes até a 8161.
rede pública;
• Identificação: quando aparentes, essas tubula-

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 39
A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS
MATERIAIS PLÁSTICOS • Manter vedado o ponto, quando em desuso,
de esgotamento de água da máquina de lavar
• PVC rígido: Os tubos fabricados em cloreto de junto à parede, usando acessórios próprios;
polivinila (PVC rígido), utilizados nas instala-
ções prediais de água fria, devem obedecer às • Nunca jogar gordura ou resíduo sólido nos
NBR 5688, NBR 7362-1 a 4, NBR 10570. As ralos das pias e dos lavatórios. Encaminhe pa-
juntas podem ser feitas através de soldagem ou ra reciclagem e/ou disponha de forma ambi-
por rosqueamento entalmente adequada;

COMPONENTES • Nunca furar paredes e estruturas antes de veri-


ficar, no Manual do Proprietário, o posiciona-
• Aparelhos sanitários mento dos tubos;
• Desconectores • Não utilizar água com temperatura acima de
80°C;
• Ramais de descarga e de esgoto
• Verificar e corrigir eventuais vazamentos;
• Tubos de queda
• Não realizar ou permitir troca de peças e aces-
• Subcoletores e coletor predial
sórios por profissional não especializado. Utili-
• Dispositivos complementares: Caixas de gordu- zar mão de obra especializada;
ra, Caixas e dispositivos de inspeção,
• Não deixar de usar a grelha de proteção que
• Instalação de recalque acompanha a cuba das pias de cozinha;

• subsistema de ventilação • Banheiros, cozinhas e áreas de serviço sem


utilização por longos períodos podem desen-
cadear mau cheiro, em função da ausência de
água nas bacias sanitárias sifonadas e sifões.
Para eliminar esse problema, basta adicionar
uma pequena quantidade de água.
• Não usar esponja do lado abrasivo, palha de
aço e produtos que causam atritos na limpeza
de metais sanitários, ralos das pias e lavató-
rios, louças e cubas de aço inox em pias, dan-
do preferência ao uso de água e sabão neutro
e pano macio;
• Não sobrecarregar as louças sobre a bancada;
FONTE: NBR 8160
• Não subir ou se apoiar nas louças e bancadas,
pois podem se soltar ou quebrar, causando
ferimentos graves;
Cuidados de Uso • Não puxar as bombas submersas pelo cabo de
força, para evitar desconectá-lo do motor;
• Não utilizar na limpeza ou desentupimento, • A falta de uso prolongado dos mecanismos de
hastes metálicas rígidas ou vergalhões, ácidos descarga pode acarretar em ressecamento de
ou produtos cáusticos, acetona concentrada e alguns componentes e acúmulo de sujeira,
substâncias que produzam ou estejam em alta
causando vazamentos ou mau funcionamento.
temperatura; Caso esses problemas sejam detectados, NÃO

40 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS
A3
mexer nas peças e acionar a assistência técnica • Quando tampas de dispositivos de acesso fo-
do fabricante. rem removidas, recomenda-se proceder avali-
ação das peças e componentes de vedação e,
• Verificar a integridade dos suportes das instala- caso necessário, a substituição antes do fecha-
ções suspensas. mento das tampas.
• Verificar as juntas de dilatação nas tubulações • Quando da utilização de produtos químicos
de água quente. para a descamação interna de tubulações, de-
• Verificar se há trincas internas ou afundamento ve-se identificar claramente quais são os mate-
nas laterais das caixas de esgoto em terreno riais das mesmas, de forma a garantir que o
natural. produto utilizado não venha a danificar o tubo
devido à ação química.
• Tubos em ferro fundido ou aço carbono apre-
sentam tendência de corrosão nas partes inter- • Quando da renovação de pintura identificado-
nas, principalmente nas juntas e desvios. Estas ra do sistema predial de esgoto, recomenda-se
regiões devem ser protegidas por material que manter a mesma tonalidade utilizada para o
iniba esta forma de deterioração. resto do sistema.

Desenho esquemático da ligação de esgoto

FONTE: COPASA: http://www.copasa.com.br/wps/portal/internet/esgotamento-sanitario/ligacao-de-esgoto

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 41
A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS

Manutenção Preventiva

ID PERIODICIDADE SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL

A cada 1 mês ou SISTEMAS DE INSTALAÇÕES


cada uma semana HIDRÁULICAS Verificar e limpar os ralos e grelhas Equipe de manutenção
A3
em épocas de chuvas ÁGUA NÃO POTÁVEL das águas pluviais e calhas local
intensas (ESGOTO E DRENAGEM)

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
A cada 3 meses (ou Limpar os reservatórios de água não
A3 / HIDRÁULICAS Equipe de manutenção
quando for detectada potável e realizar eventual manuten-
A6 ÁGUA NÃO POTÁVEL local
alguma obstrução) ção do revestimento impermeável
(ESGOTO E DRENAGEM)

Abrir e fechar completamente os


SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
registros dos subsolos e cobertura
HIDRÁULICAS Equipe de manutenção
A3 A cada 6 meses (barrilete), evitando emperramento,
ÁGUA NÃO POTÁVEL local
e mantê-los em condições de mano-
(ESGOTO E DRENAGEM)
bra
SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS Limpar e verificar a regulagem dos Equipe de manutenção
A3 A cada 6 meses
ÁGUA NÃO POTÁVEL mecanismos de descarga local
(ESGOTO E DRENAGEM)

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
Efetuar manutenção nas bombas de
A3 / HIDRÁULICAS
A cada 6 meses recalque de esgoto, águas pluviais e Empresa especializada
A6 ÁGUA NÃO POTÁVEL
drenagem
(ESGOTO E DRENAGEM)

Verificar se as bombas submersas


(esgoto e águas pluviais/drenagem)
A cada 6 meses, nas não estão encostadas no fundo do
SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
épocas de estiagem, reservatório ou em contato com
A3 / HIDRÁULICAS Equipe de manutenção
e semanalmente, nas depósito de resíduos/solo no fundo
A6 ÁGUA NÃO POTÁVEL local/
épocas de chuvas do reservatório, de modo a evitar
(ESGOTO E DRENAGEM)
intensas obstrução ou danos nas bombas e
consequentes inundações ou conta-
minações

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES Verificar as tubulações de captação


Equipe de manutenção
HIDRÁULICAS de água do jardim para detectar a
A3 A cada 1 ano local/ empresa capacita-
ÁGUA NÃO POTÁVEL presença de raízes que possam des-
da
(ESGOTO E DRENAGEM) truir ou entupir as tubulações

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
Verificar a estanqueidade da válvula
HIDRÁULICAS Equipe de manutenção
A3 A cada 1 ano de descarga, torneira automática e
ÁGUA NÃO POTÁVEL local
torneira eletrônica
(ESGOTO E DRENAGEM)

42 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS
A3
Manutenção Corretiva - Planos de Contingência
Falha: Entupimentos da rede de esgotamento sani- mente restringe-se à remoção de obstruções cau-
tário. sadas por materiais depositados do tipo gorduras,
papel saturado, sabão e outros.
MÉTODOS USUAIS DE DESENTUPIMENTOS
Raspagem pode ser realizada em tubulações a
Entupimento parcial ou total devido a materiais partir de DN 100 quando sua seção interna encon-
inadvertidamente lançados no sistema predial de tra-se muito diminuída devido a incrustações
esgoto, tais como toalhas de papel e absorventes (gordura, precipitado e outros). Deve-se observar o
higiênicos, podem ser removidos pela ação de ara- tipo de material constituinte das tubulações, antes
me, introduzido pelo ponto de acesso, à montante, de realizar a raspagem, de forma a evitar danos
mais próximo do local de entupimento. nas mesmas. No método mecanizado, é introduzi-
Bombeamento é o método mais simples de desobs- do na tubulação uma haste flexível com ferramenta
trução de pequenos entupimentos em pias e bacias de lâminas cortantes, que despedaçarão as obstru-
sanitárias. Consiste no uso de uma bomba de bor- ções no interior da tubulação. No método manual
racha adequada para cada tipo de aparelho sani- é similarmente introduzida uma haste com lâminas
tário. A ação da bomba provoca impulsos de pres- de perfil afilado para raspagem do material acu-
são que expulsam os detritos acumulados na tubu- mulado no interior da tubulação.
lação. Limpeza química consiste no derramamento para
Desbloqueamento com haste flexível é um método o interior das tubulações de substâncias químicas
tradicional de desentupimento, existindo uma gran- que reajam com a matéria acumulada na obstru-
de variedade de pontas para as hastes, para pro- ção. Este método deve ser utilizado criteriosamente
mover a desobstrução das tubulações. Estas pontas pois pode causar danos tanto no operador como
podem ter o formato de lâminas, tampões ou esco- nas tubulações. Usualmente são utilizadas substân-
vas dependendo do tipo de serviço a ser realizado. cias à base de soda cáustica que em contato com
Este método é adequado para tubos a partir de DN a água liberam calor que ajuda no processo de
75 pois é necessária certa flexibilidade na introdu- desentupimento.
ção da haste na tubulação. A operação pode ser O sifão geralmente pode ser desentupido por
feita manualmente e também há versões mecaniza- bombeamento ou outro dispositivo pressurizador.
das que realizam a rotação da haste. Sifões metálicos ou de plástico, do tipo P ou garra-
Martelo pneumático pode ser eficazmente utilizado fa possuem acesso para limpeza de suas partes
para remoção de obstruções nas tubulações, desde interiores. Os ramais de descarga destes aparelhos
que observadas as limitações do método e do fun- podem ser desentupidos pela introdução de haste
cionamento do martelo pneumático propriamente flexível na tubulação.
dito. O princípio de funcionamento consiste na Obstruções em coletores prediais podem ser locali-
aplicação de um golpe de pressão (ar comprimido) zadas pelas peças de inspeção. As peças devem
em uma coluna de água, este impacto gera uma ser abertas e a que estiver seca ou parcialmente
onda de choque, que é transmitida pela água até o seca, mais próxima do local de entupimento, é
local de entupimento, onde provocará o desloca- aquela pela qual deve-se introduzir uma haste fle-
mento e remoção da obstrução causadora do entu- xível para desentupir a tubulação. Em tubos de
pimento. queda existem peças de inspeção que permitem
É recomendado o uso criterioso deste método, ob- realizar serviço similar.
servando-se as características da instalação com Bacias sanitárias podem ser desentupidas pelo
relação à resistência a golpes de pressão. Geral- meio mais simples e eficaz, que é o uso de uma

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 43
A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTOS
bomba de borracha, que pressuriza o sifão da ba- rantir a saída do esgoto sem danificar as partes
cia promovendo a desobstrução. Há também has- interiores da edificação.
tes suficientemente flexíveis para também passar
pelo sifão da bacia e desobstruir o ramal. A limpe- Os trabalhadores envolvidos nas atividades de
za química se aplica quando há material precipita- execução e/ou reparos devem estar em dia com
do junto das paredes internas da bacia.
os treinamentos solicitados pelas NR’s: NR-1, item
1.7, sobre as condições de segurança e saúde,
Recomendações de NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambi-
entais, NR-6 - Equipamento de Proteção Individu-
Segurança al (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR-35 – Trabalho
O trabalho que envolve a remoção de obstruções em altura.
do interior das tubulações e aparelhos sanitários
requer compreensão suficiente do problema ocorri- Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme
do e habilidade técnica no manuseio de equipa-
completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
mentos e produtos de desentupimento e limpeza.
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Todo cuidado deve ser tomado para evitar aciden- Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
tes envolvendo o operador e também para não
para pó, Protetor auricular.
causar danos aos aparelhos sanitários e ao sistema
predial de esgoto.
Equipamentos de proteção individual, tais como
luvas e óculos protetores, devem ser utilizados pelo
pessoal que realiza serviços de manutenção, princi-
palmente quando do uso de substâncias químicas.
Ao final do uso de substâncias químicas, todas as
superfícies expostas dos aparelhos sanitários de-
vem ser lavadas com detergentes para remover
qualquer ácido ou outra substância química que
possa vir a lesar o usuário do aparelho.
Acabamentos decorativos devem ser protegidos
quando da realização dos serviços de manutenção.
Quando do desentupimento de tubulações utilizan-
do-se martelo pneumático, deve-se precaver contra
os possíveis contragolpes que possam ocorrer e
machucar o operador.
O contragolpe ocorre quando a obstrução reage à
onda de choque, e neste caso também pode pro-
vocar danos nas instalações, pois os tubos e apare-
lhos podem não comportar o impacto.
Quando houver, a montante da região de entupi-
mento, uma peça de inspeção aberta, poderá
ocorrer a expulsão de esgoto, quando do impacto
causado pelo martelo pneumático, atingindo as
paredes, teto e outras partes da edificação. Neste
caso deve-se proteger esta saída de forma a ga-

44 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE
ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 45
46 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
A4
Descrição do sistema e
conceitos
INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA

Sistema destinado a elevar a pressão da água em


uma instalação predial de água fria, quando a
pressão disponível na fonte de abastecimento for
insuficiente, para abastecimento do tipo direto, ou
para suprimento do reservatório elevado no caso
de abastecimento do tipo indireto. Inclui também o
caso onde um equipamento é usado para elevar a FONTE: Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e
pressão em pontos de utilização localizados. o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior - 7.ª ed.
Os reservatórios destinados a armazenar água po- - São Paulo: Blucher, 2013
tável devem preservar o padrão de potabilidade.
Em especial não devem transmitir gosto, cor, odor SISTEMA INDIRETO COM BOMBEAMENTO
ou toxicidade à água nem promover ou estimular o Esse sistema, normalmente, é utilizado quando a
crescimento de microrganismos. pressão da rede pública não é suficiente para ali-
O reservatório deve ser um recipiente estanque que mentar diretamente o reservatório superior – como,
possua tampa ou porta de acesso opaca, firme- por exemplo, em edificações com mais de três pa-
mente presa na sua posição, com vedação que im- vimentos (acima de 9 m de altura).
peça a entrada de líquidos, poeiras, insetos e ou- Nesse caso, adota-se um reservatório inferior, de
tros animais no seu interior. onde a água é bombeada até o reservatório eleva-
TIPO DE ABASTECIMENTO do, por meio de um sistema de recalque. A alimen-
tação da rede de distribuição predial é feita por
Existem três sistemas de abastecimento da rede pre- gravidade, a partir do reservatório superior.
dial de distribuição: direto, indireto e misto.
SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETO
A alimentação da rede predial de distribuição é fei-
ta diretamente da rede pública de abastecimento.
Nesse caso, não existe reserva-tório domiciliar, e a
distribuição é feita de forma ascendente, ou seja,
as peças de utilização de água são abastecidas di-
retamente da rede pública.
SISTEMA INDIRETO SEM BOMBEAMENTO
Esse sistema é adotado quando a pressão na rede
pública é suficien-te para alimentar o reservatório
superior.
O reservatório interno da edificação ou do conjunto
de edificações alimenta os diversos pontos de con-
sumo por gravidade; portanto, ele deve estar sem-
pre a uma altura superior a qualquer ponto de con- FONTE: Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e
sumo o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior - 7.ª ed.
- São Paulo: Blucher, 2013

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 47
A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
PRESSURIZADOR POLIÉSTER REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO

Um dos problemas mais comuns em todo tipo de Os reservatórios domiciliares fabricados em poliés-
edificação é a falta de pressão de água do reserva- ter reforçado com fibra de vidro, utilizados nas ins-
tório (ver item “Altura dos reservató­rios”). Para re- talações prediais de água fria, devem obedecer às
solvê-lo, geralmente são utilizados pressurizadores NBR 8220 e NBR 10355.
para aumentar e manter a pressão nas redes. Além
do custo re-duzido, esses dispositivos praticamente CIMENTO AMIANTO OU FIBROCIMENTO 4.5.1.1
não exigem manutenção. São encontrados em di- Os reservatórios domiciliares fabricados em fibroci-
versos modelos no mercado e podem ser utilizados: mento (cimento-amianto) devem obedecer à NBR
em residências, apartamentos, hotéis, motéis, hos- 5649.
pitais, restaurantes etc. Também podem ser utiliza-
dos em indústrias, para alimentar máquinas, equi- CONCRETO 4.5.2.1
pamentos etc., dispensando a construção de torres
Na construção de reservatórios domiciliares de
para caixa-d’água.
concreto armado deve ser obedecida a NBR 6118.
VÁLVULAS REDUTORAS DE PRESSÃO
IMPERMEABILIZANTES 4.5.3.1
Nos edifícios mais altos, o reservatório de água ins-
A impermeabilização de reservatórios domiciliares
talado sobre a cobertura, geralmente sobre a caixa
ou de outros componentes deve ser projetada e
de escada, gera diferentes pressões. executada de acordo com as NBR 9575 e NBR
Quanto maior a diferença de cota do ramal em 9574, respectivamente.
relação ao re-servatório, maior a pressão. Isso im-
plica dizer que, nos pavimentos mais baixos, maior
será a pressão da água nos pontos de consumo.
Cuidados de Uso
Quando a pressão na rede predial for alta demais,
particu-larmente nos edifícios com mais de treze
pavimentos (conside-rando-se um pé-direito de 3 Toda a tubulação que abastece o reservatório deve
m), com pressão estática acima de 40 m.c.a, utili- ser equipada com torneira de boia, ou qualquer
zam-se válvulas automáticas de redução de pres- outro dispositivo com o mesmo efeito no controle
são, as quais substituem os reservatórios intermedi- da entrada da água e manutenção do nível deseja-
ários, que reduzem a pressão da rede hidráulica a do. O dispositivo de controle da entrada deve ser
valores especificados em projeto. Em geral, os edi- adequado para cada aplicação, considerando a
fícios possuem uma estação central de redutores de pressão de abastecimento da água. Quando uma
pressão, com dois equipamentos de grande porte torneira de boia é usada ela deve estar conforme a
instalados (de 2” a 3”). A válvula redutora de pres- NBR 10137.
são (VRP) pode ser instalada a meia altura do pré- A torneira de boia ou outro dispositivo com as mes-
dio ou no subsolo. mas funções deve ser adequadamente instalada no
reservatório que ela abastece, de modo a garantir
Materiais a manutenção dos níveis de água previamente es-
tabelecidos, considerando as faixas de pressão a
e componentes que estará submetida
Para facilitar as operações de manutenção, que
Os reservatórios devem ser projetadas, executadas
exigem a interrupção da entrada de água no reser-
e usadas de modo a evitar ou minimizar problemas
vatório, recomenda-se que seja instalado na tubu-
de corrosão ou degradação. Durante o uso, opera-
lação de alimentação, externamente ao reservató-
ção e manutenção, as especificações dos materiais
rio, um registro de fechamento ou outro dispositivo
devem ser conhecidas para o correto procedimento
ou componente que cumpra a mesma função.
das manutenções.

48 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
A4
gistro de entrada até que seja acumulado um
volume equivalente a 1/5 do volume total do
Orientação técnica reservatório, após o que essa entrada deve
ser fechada novamente;

Como limpar o reservatório f) Preparar uma solução desinfetante, com um


mínimo de 200 L de água para um reserva-
Como uma medida de proteção sanitária, é funda- tório de 1 000 L, adicionando 2 L de água
mental que a limpeza e a desinfecção do reservató- sanitária de uso doméstico (com concentra-
rio de água potável sejam feitas uma vez por ano. ção mínima de 2% de cloro livre ativo), de tal
Um procedimento de eficácia reconhecida deve ser forma que seja acrescentado 1 L de água
adotado. Recomenda-se adotar o procedimento a sanitária para cada 100 L de água acumula-
seguir descrito: da. Essa solução não deve ser consumida
sob qualquer hipótese;
a) Fechar o registro que controla a entrada de
água proveniente da fonte de abastecimento, g) A mistura desinfetante deve ser mantida em
de preferência em um dia de menor consu- contato por 2 h. Com uma brocha, um balde
mo, aproveitando-se a água existente no re- ou caneca plástica ou outro equipamento,
servatório; molhar por inteiro as paredes internas com
essa solução. A cada 30 min, verificar se as
b) Remover a tampa do reservatório e verificar paredes internas do reservatório secaram;
se há muito lodo no fundo. Se houver, é con- caso isso tenha ocorrido, fazer nova aplica-
veniente removê-lo antes de descarregar a ção dessa mistura, até que o período de 2 h
água para evitar entupimento da tubulação tenha se completado. Usar luvas de borracha
de limpeza. Antes de iniciar a remoção do durante a operação de umedecimento das
lodo devem ser tampadas as saídas da tubu- paredes e outros equipamentos de seguran-
lação de limpeza e da rede predial de distri- ça apropriados, tais como vestimentas, cal-
buição; çados e equipamentos de proteção individu-
c) Não havendo lodo em excesso ou tendo sido al, quando a operação de desinfecção estiver
o Iodo removido, esvaziar o reservatório atra- sendo realizada em reservatórios de grande
vés da tubulação de limpeza, abrindo o seu capacidade e que não tenham ventilação
respectivo registro de fechamento; adequada;

d) Durante o esvaziamento do reservatório, es- h) Passado o período de contato, esvaziar o re-


fregar as paredes e o fundo com escova de servatório, abrindo a saída da rede predial.
fibra vegetal ou de fios plásticos macios, para Abrir todos os pontos de utilização de tal mo-
que toda a sujeira saia com a água. Não do que toda a tubulação seja desinfetada
usar sabões, detergentes ou outros produtos. nessa operação, deixando-se essa mistura
Havendo necessidade, realizar lavagens adi- na rede durante um período de 2 h. O esco-
cionais com água potável. Na falta de saída amento dessa água pode ser aproveitado
de limpeza, retirar a água de lavagem e a para lavagens de pisos e aparelhos sanitá-
sujeira que restou no fundo da caixa utilizan- rios;
do baldes, pás plásticas e panos, deixando o i) Os reservatórios devem ser tampados tão
reservatório bem limpo. Utilizar ainda panos logo seja concluída a etapa de limpeza des-
limpos para secar apenas o fundo do reser- crita na alínea h). As tampas móveis de re-
vatório, evitando que se prendam fiapos nas servatórios devem ser lavadas antes destes
paredes; serem tampados. A partir desse momento, o
e) Ainda com as saídas da rede predial de dis- registro da fonte de abastecimento pode ser
tribuição e de limpeza tampadas, abrir o re- reaberto, o reservatório pode ser enchido e a

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 49
A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
água disponível nos pontos de utilização já tomando-se o cuidado de abrir as peças de utiliza-
pode ser usada normalmente. ção, obedecendo a ordem de proximidade ao re-
servatório, ou seja, as peças mais a montante da
NOTA - Anotar, do lado de fora do reservatório, a instalação devem ser abertas antes que aquelas
data da limpeza e desinfecção. mais a jusante, até que todas tenham sido abertas.
Complementarmente à limpeza e desinfecção do As peças de utilização devem ser fechadas assim
reservatório, recomenda-se que também seja reali- que a água efluente exalar odor de cloro.
zada a desinfecção da rede predial de distribuição. A atividade de desinfecção aqui descrita exige o
O procedimento para sua execução deve obedecer pleno conhecimento e participação das pessoas
ao disposto acima, particularmente na alínea h), que ocupam o edifício.

Desenho esquemático de um reservatório industrializado

FONTE: Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior - 7.ª ed. -
São Paulo: Blucher, 2013

50 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
A4
Manutenção Preventiva

Periodici-
ID Sistema Atividade Responsável
dade
Verificar o nível dos reservatórios, o
A cada 1 SISTEMAS DE RESER- funcionamento das torneiras de Equipe de manutenção
A4
semana VAÇÃO DE ÁGUA boia e a chave de boia para con- local
trole de nível
Utilizar e limpar as bombas em sis-
tema de rodízio, por meio da chave
A cada 15 SISTEMAS DE RESER- Equipe de manutenção
A4 de alternância no painel elétrico
dias VAÇÃO DE ÁGUA local
(quando o quadro elétrico não rea-
lizar a reversão automática);
Verificar a estanqueidade e a pres-
A cada 1 SISTEMAS DE RESER- são especificada para a válvula Equipe de manutenção
A4
mês VAÇÃO DE ÁGUA redutora de pressão das colunas de local
água potável
Verificar funcionalidade do extrava-
A cada 6 SISTEMAS DE RESER- sor (ladrão) dos reservatórios, evi- Equipe de manutenção
A4
meses VAÇÃO DE ÁGUA tando entupimentos por incrusta- local
ções ou sujeiras
A cada 6 SISTEMAS DE RESER- Efetuar manutenção nas bombas
A4 Empresa especializada
meses VAÇÃO DE ÁGUA de recalque de água potável
Limpar os reservatórios e fornecer
atestado de potabilidade,
A cada 6 SISTEMAS DE RESER-
A4 Nota (1): Na ocasião da limpeza Empresa especializada
meses VAÇÃO DE ÁGUA
dos reservatórios superiores, isolar
as tubulações da válvula redutora
A cada 6
meses ou
Limpar os filtros e efetuar revisão
conforme SISTEMAS DE RESER-
A4 nas válvulas redutoras de pressão Empresa especializada
orienta- VAÇÃO DE ÁGUA
conforme orientações do fabricante
ções do
fabricante
Verificar a estanqueidade e a pres-
A cada 1 VÁLVULA REDUTORA são especificada para a válvula Equipe de manutenção
A4
mês DE PRESSÃO redutora de pressão das colunas de local
água
Limpar os filtros e efetuar revisão
nas válvulas redutoras de pressão;
A cada 1 VÁLVULA REDUTORA
A4 além de eventual manutenção do Empresa especializada
ano DE PRESSÃO
revestimento impermeável e de ve-
rificação de pontos de oxidação
Equipe de manutenção
A cada 6 VÁLVULA REDUTORA Limpeza do sistema (efetuar rodízio
A4 local/empresa especiali-
meses DE PRESSÃO das alças)
zada

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 51
A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
Manutenção Corretiva Recomendações de
Planos de Contingência Segurança
Para efetuar a limpeza sem interromper o abas- O alimentador predial deve ser dotado, na sua ex-
tecimento de água do Condomínio, deve-se re- tremidade a jusante, de torneira de boia ou outro
alizar o procedimento conforme descrito à seguir: componente que cumpra a mesma função. Tendo
• Para este procedimento devem-se desligar as em vista a facilidade de operação do reservatório,
bombas de recalque, religando somente quan- recomenda-se que um registro de fechamento seja
do finalizar as manobras de registros. instalado fora dele, para permitir sua manobra sem
necessidade de remover a tampa.
• Todas as caixas possuem um registro de ali-
mentação de água (sucção) e todas elas são Qualquer abertura na parede do reservatório, situ-
interligadas através de vasos comunicantes. ada no espaço compreendido entre a superfície
livre da água no seu interior e a sua cobertura e
• Fechar todos os registros de entrada de água, que se comunica com o meio externo direta ou in-
da Copasa, e os registros vaso comunicante e diretamente (através de tubulação), deve ser prote-
alimentação (sucção) das caixas que não serão gida de forma a impedir a entrada de líquidos, po-
limpas, deixar aberto os registros de alimenta- eiras, insetos e outros animais ao interior do reser-
ção (sucção) e vaso comunicante das caixas a vatório.
serem limpas, continue usando a água até aca-
Tendo em conta a possibilidade de ocorrência de
bar, esgotar o restante da água através da tu-
condensação nas superfícies internas das partes do
bulação de limpeza. Durante a limpeza manter
reservatório que não ficam em contato permanente
os registros destas caixas fechados
com a água, cuidados devem ser tomados quanto
(alimentação, vaso comunicante e entrada de
aos materiais utilizados, tendo em vista o risco de
água), abrir os demais registros das outras cai-
contaminação.
xas.
Em princípio um reservatório para água potável
IMPORTANTE:
não deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado
• Não esgotar todo o volume das caixas direta- total ou parcialmente, tendo em vista o risco de
mente nos ralos existentes, pois os mesmos não contaminação proveniente do solo, face à perme-
foram projetados para tal vazão, seguir o pro- abilidade das paredes do reservatório ou qualquer
cedimento acima e esgotar somente a lâmina falha que implique a perda da estanqueidade.
d´agua que restar após o consumo. Nos casos em que tal exigência seja impossível de
ser atendida, o reservatório deve ser executado
• Os registros das caixas para vasos comunican- dentro de compartimento próprio, que permita
tes devem sempre ser mantidos abertos na operações de inspeção e manutenção, devendo
operação normal do sistema. haver um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as
• A empresa responsável pela limpeza deverá faces externas do reservatório (laterais, fundo e
emitir laudo de limpeza e desinfecção. cobertura) e as faces internas do compartimento.

• Recomendamos que sempre após limpeza e/ou O compartimento deve ser dotado de drenagem
demais intervenções realizadas dentro dos re- por gravidade, ou bombeamento, sendo que,
servatórios, seja realizado teste para emissão neste caso, a bomba hidráulica deve ser instalada
de laudo de potabilidade do sistema. em poço adequado e dotada de sistema elétrico
que adverte em casos de falha no funcionamento
na bomba.

52 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO
DE ÁGUA
A4
Toda a tubulação de aviso deve descarregar imedi-
atamente após a água alcançar o nível de extrava-
são no reservatório. A água deve ser descarregada
em local facilmente observável. Em nenhum caso a
tubulação de aviso pode ter diâmetro interno me-
nor que 19 mm.
Em instalação predial de água fria abastecida com
água não potável, todas as tubulações, reservató-
rios e pontos de utilização devem ser adequada-
mente identificados através de símbolos e cores, e
devem advertir os usuários com a seguinte infor-
mação: “ÁGUA NÃO POTÁVEL”.
As tubulações de aviso dos reservatórios devem ser
posicionadas de modo que qualquer escoamento
ocorra em local e de forma prontamente constatá-
vel.
Qualquer modificação na instalação, durante ativi-
dades de manutenção, deve ser inspecionada para
verificação de sua efetividade e ser devidamente
registrada.

Os trabalhadores envolvidos nas atividades de


execução e/ou reparos devem estar em dia com
os treinamentos solicitados pelas NR’s: NR-1, item
1.7, sobre as condições de segurança e saúde,
NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambi-
entais, NR-6 - Equipamento de Proteção Individu-
al (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR-35 – Trabalho
em altura.

Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme


completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 53
54 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 55
56 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
FOSSAS SÉPTICAS A5
e enterrada na zonas rurais.
Descrição do sistema e
Numa fossa séptica não ocorre a decomposição
conceitos aeróbia e somente ocorre a decomposição anae-
róbia devido a ausência quase total de oxigênio.
As fossas sépticas ou séticas são unidades de
tratamento primário de esgoto doméstico nas No tratamento primário de esgoto doméstico, so-
quais são feitas a separação e a transformação bretudo nas zonas rurais, podem ser utilizadas as
físico-química da matéria sólida contida no fossas sépticas que são unidades nas quais são
esgoto. É uma maneira simples e barata de feitas a separação e transformação da matéria
disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para sólida contida no esgoto.
a zona rural ou residências isoladas. Todavia, o
tratamento não é completo como numa estação As fossas sépticas são uma estrutura complemen-
de tratamento de esgotos. tar e necessária às moradias, sendo fundamentais
no combate a doenças, vermisoses e endemias
O esgoto in natura deve ser lançado em um tan- (como a cólera), pois diminuem o lançamentos
que ou em uma fossa para que com o menor flu- dos dejetos humanos diretamente
xo da água, a parte sólida possa se depositar, em rios, lagos, nascente ou mesmo na superfície
liberando a parte líquida. Uma vez feito is- do solo. O seu uso é essencial para a melhoria
so bactérias anaeróbias agem sobre a parte sóli- das condições de higiene das populações rurais e
da do esgoto decompondo-o. Es- de localidades não servidas por redes de coleta
ta decomposição é importante pois torna o esgoto pública de esgotos.
residual com menor quantidade de matéria orgâ-
nica pois a fossa remove cerca de 40 % Esse tipo de fossa consiste em um tanque enterra-
da demanda biológica de oxigênio e o mesmo do, que recebe os esgotos (dejetos e água servi-
agora pode ser lançado de volta à natureza, com das), retém a parte sólida e inicia o processo bio-
menor prejuízo à mesma. lógico de purificação da parte líquida (efluente).
Mas é preciso que esses efluentes sejam filtrados
Devido a possibilidade da presença de organis- no solo para completar o processo biológico de
mos patogênicos, a parte sólida deve ser retirada, purificação e eliminar o risco de contaminação.
através de um caminhão limpa-fossas e transpor-
tada para um aterro sanitário nas zonas urbanas

Desenho esquemáti-
co de funcionamen-
to das fossas sépti-
cas

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 57
A5 FOSSAS SÉPTICAS

brita e 1,5 litro de água), malha de ferro 4,2 a


O tamanho da fossa séptica depende do número
cada vinte centímetros.
de pessoas da moradia. Ela é dimensionada em
função de um consumo médio de 200 litros de
As paredes são feitas com tijolo maciço, ou cerâ-
água por pessoa, por dia. Porém sua capacidade
mico, ou com bloco de concreto. Durante a exe-
nunca deve ser inferior a mil litros. A Associação
cução da alvenaria, já devem ser colocados ou
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através
tubos de entrada e saída da fossa (tubos de cem
das normas NBR 7229 e 13969, estabelece todos
milímetros), e deixadas ranhuras para encaixe das
os parâmetros que devem ser obedecidos para a
placas de separação das câmaras, caso de fossa
construção de fossas sépticas.
retangular.

As paredes internas da fossa devem ser revestidas


com argamassa à base de cimento (um saco de
Materiais cimento, cinco litros de areia e dois litros de cal).

A fossa séptica circular, a que apresenta maior


As fossas sépticas podem ser de dois tipos: estabilidade, utiliza-se para retentores de espuma
na entrada e na saída, Tês de PVC de noventa
• Pré-moldadas
graus de diâmetro cem milímetros.
• Feitas no local
Na fossa séptica retangular a separação das câ-
FOSSAS SÉPTICAS PRÉ-MOLDADAS maras (chicanas), e a tampa da fossa são feitas
De formato cilíndrico, são encontradas no merca- com placas pré-moldadas de concreto. Para a
do. A menor fossa pré-moldada tem capacidade separação das câmaras são necessárias cinco
de 1000 litros, medindo 1,1X1,1 metros (altura X placas: duas de entrada e três de saída. Essas
diâmetro). Para volumes maiores é recomendável placas têm quatro centímetros de espessura e a
que a altura seja maior que o dobro do diâmetro. armadura em forma de tela.
Para sua montagem, observar as orientações dos
fabricantes. A tampa é subdividida em placas, para facilitar a
sua execução e até a sua remoção placas com
FOSSAS SÉPTICAS FEITAS NO LOCAL 5 cm de espessura e sua armação também é feita
em forma de tela.
A fossa séptica feita no local tem formato retangu-
lar ou circular. Para funcionar bem, elas devem
ter dimensões determinadas por meio de um pro-
jeto específico de engenharia. Cuidados de Uso
A execução desse tipo de fossa séptica começa
pela escavação do buraco onde a fossa vai ficar • Verificação de estanqueidade dos tanques: Antes de en-
enterrada no terreno. trar em funcionamento, o tanque séptico deve
ser submetido ao ensaio de estanqueidade,
O fundo do buraco deve ser compactado, nivela- realizado após ele ter sido saturado por no mí-
do e coberto com uma camada de cinco centíme- nimo 24 h. A estanqueidade é medida pela
tros de concreto magro, (um saco de cimento, 8 variação do nível de água, após preenchimen-
litros de areia, onze latas de brita e duas latas de to, até a altura da geratriz inferior do tubo de
água, a lata de medida é de dezoito litros) sobre saída, decorridas 12 h. Se a variação for supe-
o concreto magro é feito uma laje de concreto rior a 3% da altura útil, a estanqueidade é in-
armado de seis centímetros de espessura (um sa- suficiente, devendo-se proceder à correção de
co de cimento, quatro litros de areia, seis litros de trincas, fissuras ou juntas. Após a correção,

58 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
FOSSAS SÉPTICAS A5
novo ensaio deve ser realizado. çados em corpos de água ou galerias de águas
pluviais.
• O lodo e a escuma acumulados nos tanques
devem ser removidos a intervalos equivalentes • O lançamento do lodo digerido, em estações
ao período de limpeza do projeto. de tratamento de esgotos ou em pontos deter-
minados da rede coletora de esgotos, é sujeito
• Não riscar fósforo ou ficar com cigarros ace- à aprovação e regulamentação por parte do
sos, pois o gás que se acumula no interior da órgão responsável pelo esgotamento sanitário
fossa é explosivo. na área considerada.
• O intervalo pode ser encurtado ou alongado • No caso de tanques sépticos para atendimento
quanto aos parâmetros de projeto, sempre que a comunidades isoladas, deve ser prevista a
se verificarem alterações nas vazões efetivas de implantação de leitos de secagem, projetados
trabalho com relação às estimadas. de acordo com a normalização específica. Es-
• Quando da remoção do lodo digerido, aproxi- tes devem estar localizados em cota adequada
madamente 10% de seu volume devem ser dei- à disposição final ou ao retorno dos efluentes
xados no interior do tanque. líquidos para os tanques.

• A remoção periódica de lodo e escuma deve • O lodo seco pode ser disposto em aterro sani-
ser feita por profissionais especializados que tário, usina de compostagem ou campo agríco-
disponham de equipamentos adequados, para la, sendo que, neste último, só quando ele não
garantir o não-contato direto entre pessoas e é voltado ao cultivo de hortaliças, frutas rastei-
lodo. É obrigatório o uso de botas e luvas de ras e legumes consumidos crus.
borracha. Em caso de remoção manual, é • Quando a comunidade não dispuser de rede
obrigatório o uso de máscara adequada de coletora de esgoto, os órgãos responsáveis pe-
proteção. lo meio ambiente, saúde e saneamento básico
• No caso de tanques utilizados para o trata- devem ser consultados sobre o que fazer para
mento de esgotos não exclusivamente domésti- os lodos coletados dos tanques sépticos pode-
cos, como em estabelecimentos de saúde e ho- rem ser tratados, desidratados e dispostos sem
téis, é obrigatória a remoção por equipamento prejuízos à saúde e ao meio ambiente.
mecânico de sucção e caminhão-tanque.
• Anteriormente a qualquer operação que venha
a ser realizada no interior dos tanques, as tam-
pas devem ser mantidas abertas por tempo
suficiente à remoção de gases tóxicos ou explo-
sivos (mínimo: 5 min).
• Os tampões de fechamento dos tanques devem
ser diretamente acessíveis para manutenção.
• O eventual revestimento de piso executado na
área dos tanques sépticos não pode impedir a
abertura das tampas. O recobrimento com
azulejos, cacos de cerâmica ou outros materi-
ais de revestimento pode ser executado sobre
as tampas, desde que sejam preservadas as
juntas entre estas e o restante do piso.
• O lodo e a escuma removidos dos tanques
sépticos em nenhuma hipótese podem ser lan-

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 59
A5 FOSSAS SÉPTICAS

Manutenção Preventiva

ID PERIODICIDADE SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL

Remover o lodo e escuma acumulados


no fundo dos tanques. Obs.: Quando
A5 A cada 1 ano FOSSAS SÉPTICAS da remoção do lodo digerido, aproxi- Empresa especializada
madamente 10% de seu volume devem
ser deixados no interior do tanque

Recomendações de
Segurança
Os trabalhadores envolvidos nas atividades de
execução e/ou reparos de fossas sépticas devem
estar em dia com os treinamentos solicitados pe-
las NR’s: NR-1, item 1.7, sobre as condições de
segurança e saúde, NR-9 - Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais, NR-6 - Equipamento de
Proteção Individual (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR
-35 – Trabalho em altura.

Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme


completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.

60 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 61
62 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL A6
Descrição do sistema e
Cuidados de Uso
conceitos
ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM TUBULAÇÃO
• Origem: ramais de tubulação destinados a co- • Não lançar objetos nas bacias sanitárias e ra-
letar as águas de chuva, tais como ralos de flo- los, pois poderão entupir o sistema;
reiras, canaletas, calhas etc., e seguem para os
• Nunca despejar gordura ou resíduo sólido nos
ramais de coleta;
ralos de pias ou lavatórios;
• Distribuição: os ramais conduzem a água da
• Não deixar de usar a grelha de proteção que
chuva até as tubulações de prumadas de águas
acompanha a cuba das pias de cozinha;
pluviais, que as transportam através dos anda-
res, chegando até os coletores, que levarão até • Não utilizar para eventual desobstrução do
o sistema público de coleta. Caso necessário, esgoto hastes, água quente, ácidos ou simila-
poderá haver um sistema eletromecânico que res;
bombeia a água de chuva para o sistema pú-
blico de coleta. Podem ainda fazer parte deste • Banheiros, cozinhas e áreas de serviço sem
sistema as instalações de drenagem, que se utilização por longos períodos podem desen-
destinam a conduzir as águas do lençol freático cadear mau cheiro, em função da ausência de
que estiverem em contato com a edificação de água nas bacias sanitárias sifonadas e sifões.
um determinado pavimento para baixo; Para eliminar esse problema, basta adicionar
uma pequena quantidade de água.
• Identificação: quando aparentes, essas tubula-
ções deverão ser conforme a ABNT NBR 6493. EQUIPAMENTOS
• Não retirar elementos de apoio (mão francesa,
ÁGUA DE REUSO (CASO PREVISTO NO PROJETO)
coluna do tanque etc.), podendo sua falta oca-
• Origem: pontos de captação, específicos e pre- sionar quebra ou queda da peça ou bancada;
vistos em projeto e seguem para os ramais de
• Não usar esponja do lado abrasivo, palha de
coleta e tratamento;
aço e produtos que causam atritos na limpeza
• Distribuição: seguem para os ramais de coleta de metais sanitários, ralos das pias e lavató-
e tratamento; rios, louças e cubas de aço inox em pias, dan-
do preferência ao uso de água e sabão neutro
• Identificação: quando aparentes, essas tubula- e pano macio;
ções deverão ser conforme a ABNT NBR 6493;
• Não sobrecarregar as louças sobre a bancada;
• Observação: o reuso da água para fins não
potáveis deverá ocorrer após seu tratamento, • Não subir ou se apoiar nas louças e bancadas,
obedecendo à legislação vigente, de parâme- pois podem se soltar ou quebrar, causando
tros de qualidade de água para usos restritivos ferimentos graves;
não potáveis e realizados por técnico ou em-
• Não puxar as bombas submersas pelo cabo de
presa especializada
força, para evitar desconectá-lo do motor;
• Não apertar em demasia registros, torneiras,
misturadores etc.;

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 63
A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

Manutenção Preventiva

ID PERIODICIDADE SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL

A cada 3 meses SISTEMAS DE INSTALAÇÕES


A3 Limpar os reservatórios de água não
(ou quando for H I D R Á U L I C A S Equipe de manutenção
/ potável e realizar eventual manutenção
detectada algu- ÁGUA NÃO POTÁVEL local
A6 do revestimento impermeável
ma obstrução) (ESGOTO E DRENAGEM)

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
Limpar os reservatórios de água não
H I D R Á U L I C A S Equipe de manutenção
A6 A cada 3 meses potável e realizar eventual manutenção
ÁGUA NÃO POTÁVEL local
do revestimento impermeável
(SISTEMA DE REÚSO)

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
A3 Efetuar manutenção nas bombas de
H I D R Á U L I C A S
/ A cada 6 meses recalque de esgoto, águas pluviais e Empresa especializada
ÁGUA NÃO POTÁVEL
A6 drenagem
(ESGOTO E DRENAGEM)

Verificar se as bombas submersas


A cada 6 me- (esgoto e águas pluviais/drenagem)
ses, nas épocas SISTEMAS DE INSTALAÇÕES não estão encostadas no fundo do re-
A3
de estiagem, e H I D R Á U L I C A S servatório ou em contato com depósito Equipe de manutenção
/
semanalmente, ÁGUA NÃO POTÁVEL de resíduos/solo no fundo do reservató- local/
A6
nas épocas de (ESGOTO E DRENAGEM) rio, de modo a evitar obstrução ou da-
chuvas intensas nos nas bombas e consequentes inun-
dações ou contaminações

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
Efetuar manutenção nas bombas de
H I D R Á U L I C A S
A6 A cada 6 meses recalque de esgoto, águas pluviais e Empresa especializada
ÁGUA NÃO POTÁVEL
drenagem
(SISTEMA DE REÚSO)

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES Verificar as tubulações de água servida,


Equipe de manutenção
H I D R Á U L I C A S para detectar obstruções, perda de es-
A6 A cada 1 ano local/ empresa capaci-
ÁGUA NÃO POTÁVEL tanqueidade, sua fixação, reconstituindo
tada
(ESGOTO E DRENAGEM) sua integridade onde necessário

SISTEMAS DE INSTALAÇÕES
Equipe de manutenção
H I D R Á U L I C A S Verificar o sistema de tratamento da
A6 A cada 1 ano local/ empresa capaci-
ÁGUA NÃO POTÁVEL água
tada
(SISTEMA DE REÚSO)

64 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL A6
Recomendações de
Segurança
Os trabalhadores envolvidos nas atividades de
execução e/ou reparos de sistema de drenagem
pluvial devem estar em dia com os treinamentos
solicitados pelas NR’s: NR-1, item 1.7, sobre as
condições de segurança e saúde, NR-9 - Progra-
ma de Prevenção de Riscos Ambientais, NR-6 -
Equipamento de Proteção Individual (EPI); NR-17
– Ergonomia; NR-35 – Trabalho em altura.

Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme


completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 65
66 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 67
68 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
POÇOS ARTESIANOS A7
da para a superfície. Já no chamado poço sur-
Descrição do sistema e gente, a água jorra naturalmente, por diferença
de pressão com a superfície.
conceitos
O serviço de perfuração e instalação de poços
O poço artesiano retira a água dos aquíferos que artesianos envolve uma série de tarefas, a come-
são as reservas de água subterrânea, formadas çar pelo estudo de avaliação hidrogeológica, feito
pela água que se infiltra no solo e nos espaços por geólogo credenciado ao Crea (Conselho Re-
entre as rochas. À medida que a água caminha gional de Engenharia e Arquitetura e Agronomia),
pelas rochas e sedimentos, vai sendo filtrada e se que identifica as probabilidades de haver recursos
torna cada vez mais limpa. Dessa forma a água hídricos no local avaliado. Se a disponibilidade
que jorra dos poços artesianos esta protegida da hídrica se mostrar provável, é elaborado então
contaminação e em muitos casos não será neces- um projeto construtivo da perfuração.
sário que haja tratamento da água para o consu-
mo. A empresa contratada para a perfuração e insta-
lação e seu técnico responsável devem ser cre-
A vazão da água do poço artesiano depende da denciados ao Crea e os serviços realizados na
quantidade de água que a rocha pode oferecer. perfuração e instalação devem atender às normas
Caso tenha sido construído em uma região que da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técni-
apresente rochas com potencial baixo de forneci- cas) para projeto e construção de poços de água
mento de água, existe a possibilidade do nível de para abastecimento.
água de alguns poços artesianos baixarem e em
casos extremos poderá até secar. POÇOS POUCO PROFUNDOS

Sobre o assunto, existem duas normas: a NBR Existem vários meios para bombeamento de água
12212 (NB588) de 03/2006 – Poço tubular – Pro- de poços. O mais simples é uma bomba centrífu-
jeto de poço tubular para captação de água sub- ga com a tubulação de sucção e res-pectiva vál-
terrânea que fixa os requisitos exigíveis para a vula de pé no interior do poço. Esse sistema é
elaboração de projetos de poço tubular para cap- adequado para poços pouco profundos, uma vez
tação de água subterrânea; e a NBR 12244 que a altura máxima de sucção de uma bomba
(NB1290) de 03/2006 – Poço tubular – Constru- centrífuga (H da Figura 1.2) é teoricamente cerca
ção de poço tubular para captação de água sub- de 10 metros. Na prática, devido a perdas nas
terrânea que fixa os requisitos exigíveis na cons- tubulações, o valor máximo se situa na faixa de 7
trução de poço tubular para captação de água a 8 metros.
subterrânea, estabelecendo procedimentos técni-
cos para o acesso seguro aos mananciais subter-
râneos, objetivando a extração de água de forma
eficiente e sustentável.

Materiais
e componentes
Os tipos de poços variam conforme a tecnologia
empregada, os métodos de proteção ao meio
ambiente e de segurança, e o sistema de opera-
ção. Num poço artesiano convencional, a água
permanece dentro do poço e tem de ser bombea- Poço pouco profundo

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 69
A7 POÇO ARTESIANOS

POÇOS PROFUNDOS
Cuidados de Uso
Para profundidades maiores, outros arranjos de-
vem ser usados, como uma bomba de eixo pro-
longado. O motor fica na superfície e aciona a Todo poço deve ser construído por empresa habi-
bomba no fundo do poço por meio de um eixo litada, sob responsabilidade técnica de profissio-
vertical no interior da tubulação. Assim, H (Figura nal de nível superior, devidamente credenciado
1.3) não é altura de sucção e sim de recalque e junto ao CREA, com a ART da obra, e com base
seu valor máximo só depende das característi-cas em projeto executivo (ver NBR 12212).
construtivas da bomba. Em geral, é usado para
profundidades de até 300 metros. A manutenção do poço artesiano é a maneira
mais eficaz de aumentar sua vida útil e também
para manter os equipamentos e a qualidade da
água. A limpeza também é importante pois atua
na eliminação de acúmulos na tubulação e nas
paredes do mesmo.

A coleta para análise bacteriológica deve ser feita


em frasco apropriado e esterilizado seguindo as
recomendações do laboratório. Estas coletas de-
vem ser efetuadas durante os ensaios de bombea-
mento e de desinfecção final do poço.

A desinfecção final deve ser feita com aplicação


de solução clorada, em quantidade que resulte
concentração de 50mg/L de cloro livre.

Para solução de hipoclorito de sódio a 10%, deve


ser aplicado 0,5L/m3 de água no poço.
Poço muito profundo
Deve-se introduzir parte da solução no poço,
através de tubos auxiliares, sendo o restante colo-
cado pela boca do poço, de modo a desinfetar a
tubulação acima do nível de água. A solução de-
ve permanecer no poço por período não inferior a
2h.

70 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
POÇOS ARTESIANOS A7
Manutenção Preventiva

ID PERIODICIDADE SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL


Equipe de manutenção
Limpar os poços artesianos e proceder
A7 A cada 6 meses POÇO ARTESIANO local/empresa especiali-
sua desinfecção
zada
Verificar potabilidade e a análise bacte- Equipe de manutenção
A7 A cada 6 meses POÇO ARTESIANO riológica da água por laboratório nor- local/empresa especiali-
matizado zada

Recomendações de
Segurança
Quando for prevista utilização de água proveni-
ente de poços, o órgão público responsável pelo
gerenciamento dos recursos hídricos deve ser con-
sultado previamente (o referido órgão na maioria
das vezes não é a concessionária).

Os trabalhadores envolvidos nas atividades de


execução e/ou reparos de poços artesianos de-
vem estar em dia com os treinamentos solicitados
pelas NR’s: NR-1, item 1.7, sobre as condições de
segurança e saúde, NR-9 - Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais, NR-6 - Equipamento de
Proteção Individual (EPI); NR-17 – Ergonomia; NR
-35 – Trabalho em altura.

Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme


completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 71
72 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INSTALAÇÕES
HIDROSSANITÁRIAS

A1 INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA

A2 INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE

A3 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DE
ESGOTO

A4 INSTALAÇÕES DE RESERVAÇÃO DE ÁGUA

A5 FOSSAS SÉPTICAS

A6 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

A7 POÇOS ARTESIANOS

A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 73
74 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO A8
liberar a alimentação da rede pública, evitando
Descrição do sistema e descontinuidades na irrigação.
conceitos
Sistema conectado à instalação hidrossanitária pa-
ra irrigação das áreas ajardinadas. Os equipa-
mentos que compõem um sistema de irrigação Cuidados de Uso
são:
• Emissores de água (aspersores) do tipo pró- • Ao regar as plantas, evitar o excesso de água.
spray Hunter e redes hidráulicas (secundária e O tempo para irrigação deve ser de aproxima-
principal) damente 5 (cinco) minutos - ver programação
do sistema de irrigação, caso seja automática.
• Equipamentos de bombeamento
Havendo necessidade, este tempo poderá ser
• Equipamentos de automação prolongado;
• Independente da frequência, as plantas devem
Materiais ser regadas pela manhã bem cedo ou à tarde,
evitando-se os períodos de maior intensidade
e componentes de sol;

a) EMISSORES DE ÁGUA
• Não usar jato forte de água. Utilizar bico as-
persor;
A irrigação quando é setorizada, isto é, o jardim é • O nível de terra previsto nas jardineiras não
dividido em partes irrigando uma a cada vez atra-
deve ser
vés de aspersores escamoteáveis de corpo plástico
do tipo spray. Cada setor é controlado por uma
válvula solenoide ligada a um programador que
tem a função de abri-la por um determinado tem-
po e no dia determinado, evitando-se o uso de
mão-de-obra. Alguns sistemas dispõem de senso-
res de chuva que impede seu funcionamento em
dias chuvosos, economizado água e energia. E
também dispõe de um sensor automático de nível
inferior no reservatório que impede o funciona-
mento do sistema numa eventual falta de água,
evitando danos ao conjunto motobomba.

b) EQUIPAMENTOS DE BOMBEAMENTO

Toda irrigação possui uma sistema de bombea-


mento conectado a um quadro de comando que
executa as programações de funcionamento dis-
poníveis.
Em alguns sistemas, a irrigação pode usar a água
de reutilizada das chuvas que devem ser armaze-
nadas em reservatórios específicos para esse fim.
Tais reservatórios, quando extinguem a água de
reaproveitamento, deverá de forma automática

INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS | 75
A8 SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Manutenção Preventiva

PERIODICI-
ID SISTEMA ATIVIDADE RESPONSÁVEL
DADE

A cada 1 JARDINS E SISTEMA Verificar o funcionamento dos dispositi- Equipe de manuten-


A8
semana DE IRRIGAÇÃO vos de irrigação ção local

Vistoriar os filtros de linha, retirando os Equipe de manuten-


A cada 1 JARDINS E SISTEMA
A8 elementos filtrantes, verificando-os, ção local / empresa
mês DE IRRIGAÇÃO
limpando-os e recolocando-os. capacitada

Verificar as tubulações de captação de


água do jardim para detectar a pre- Equipe de manuten-
A cada 1 JARDINS E SISTEMA
A8 sença de raízes que possam destruir ou ção local / empresa
ano DE IRRIGAÇÃO
entupir as tubulações e causar proble- capacitada
mas de drenagem

Recomendações de
Segurança
Os trabalhadores envolvidos nas atividades de
execução e/ou reparos de sistema de irrigação
devem estar em dia com os treinamentos solicita-
dos pelas NR’s: NR-1, item 1.7, sobre as condi-
ções de segurança e saúde, NR-9 - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, NR-6 - Equipa-
mento de Proteção Individual (EPI); NR-17 – Ergo-
nomia; NR-35 – Trabalho em altura.

Os EPI’s indicados para a atividade são: uniforme


completo, Cinto de Segurança c/ trava quedas,
Capacete, Óculos de segurança, Viseira facial,
Avental de Couro, Sapato de segurança, Máscara
para pó, Protetor auricular.

76 | INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

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