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Guia Orientativo de Boas Praticas para Codigos de Edificacoes
Guia Orientativo de Boas Praticas para Codigos de Edificacoes
#DIGITALIZAÇÃO
#INDUSTRIALIZAÇÃO
GUIA ORIENTATIVO
DE BOAS PRÁTICAS
PARA CÓDIGOS
DE OBRAS E
EDIFICAÇÕES
2ª Edição
Guia Orientativo de Boas Práticas para
Códigos de Obras e Edificações 2ª Edição
FICHA TÉCNICA
EQUIPE TÉCNICA
REDE CATARINENSE DE INOVAÇÃO | GRUPO TÉCNICO CONSULTIVO GTC SECRETARIAS MUNICIPAIS DE PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
RECEPETI URBANISMO
Líder das Metas 1 e 2 Gadioli Branding & Comunicação
Diretor Presidente Alessandra Beine Lacerda Secretaria Municipal de Política Urbana
Norberto Dias da Prefeitura de Belo Horizonte MG
Equipe Técnica das Metas 1 e 2 Secretária Maria Fernandes Caldas
Diretor Administrativo Financeiro Emilly Hirt Lívia de Oliveira Monteiro
Rui Luiz Gonçalves Fernanda Estevan do Nascimento
Klen de Araújo Lacerda Secretaria Municipal de
Coordenador do Projeto Mariana Ribeiro Martins Desenvolvimento Urbano da Prefeitura
Construa Brasil Naomi de Paula Scheer de Florianópolis SC
Rodrigo Broering Koerich Roberto Lira de Paula (in memorian) Secretário Nelson Gomes Mattos Júnior
Thanyelle Galmacci
Gerente de Projetos Secretaria Municipal do Urbanismo
Paulo Alfredo Muller Filho Líder das Metas 7 e 8 e Meio Ambiente da Prefeitura de
Sérgio Scheer Fortaleza CE
Secretária Executiva Secretária Luciana Lobo
Alba Schlichting Líder da Meta 9 | ABRAMAT Gizella Gomes
Laura Marcellini
Secretaria Municipal de
Presidência da República Desenvolvimento Urbano e Meio
Alexandre Gheventer Ambiente da Prefeitura de Palmas TO
Secretário Gustavo Bottós de Paula
Ministério da Economia | SEAE
Felipe Pessoa Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano da Prefeitura
Ministério da Economia | SEPEC de Salvador BA
Lya Lima Secretário João Xavier Nunes Filho,
Carlos Leonardo Teófilo Durans Subsecretário Daniel Gabrielli Revault
Carlos Veloso de Figueiredo e Silva
Edson Sena Jealva Fonseca
Vivian Vieira de Macedo
Secretaria Municipal de Urbanismo e
Licenciamento da Prefeitura de São
Paulo SP
Secretário Cesar Azevedo
Maria Luiza Gédéon
SEBRAE SP
Unidade Políticas Públicas e Relações
Institucionais
Gerente Beatriz Gusmão
Beatriz Rennó Biscalchim
Carta de apresentação
GERALDO ALCKMIN
#DIGITALIZAÇÃO
#INDUSTRIALIZAÇÃO
Apresentação
O Projeto Construa Brasil, foi idealizado pelo Governo Federal com o
objetivo de melhorar o ambiente de negócio do setor da construção
e incentivar as administrações públicas municipais a modernizar suas
estruturas para desburocratizar seus processos. Para que este cenário
se torne realidade, foram estabelecidas metas, estão relacionadas a 03
pilares: Desburocratização, Digitalização e Industrialização.
Importante destacar que o resultado alcançado pode ser considerado uma con-
1
As demais tinuidade de inúmeras iniciativas1 que foram desenvolvidas nos últimos anos por
iniciativas e
respectivas
entidades relacionadas aos setores da Arquitetura, Engenharia e Construção Civil
publicações (AEC), alinhadas às demais premissas de modernização do Governo Federal.
constam nas
referências
bibliográficas Cumpre esclarecer que o conteúdo dos Guias tem caráter orientativo e pedagógico.
deste guia e
são importantes Portanto, não será tratado como uma regulamentação, mas sim como um instrumento
recomendações para sensibilizar gestores públicos e a sociedade civil no processo de atualização e
de leitura
complementar. modernização das legislações urbanísticas municipais.
O Governo Federal não tem a pretensão de atuar sozinho no processo
de melhoria do ambiente de negócios e na modernização dos processos
relacionados ao licenciamento urbanístico. Pelo contrário, as mudanças
desejadas somente acontecerão se houver um esforço conjunto de todos
os agentes, das esferas pública e privada, de forma sistêmica e integrada,
atendendo aos interesses legítimos de todas as partes.
Guia Orientativo
de Boas Práticas
Meta 1 para Códigos de
Obras e Edificações
1.
INTRODUÇÃO
16
INTRODUÇÃO
1.1
Objetivos do Guia
Orientativo de Boas
Práticas para os
Códigos de Obras
e Edificações
Este guia apresenta diretrizes e orientações
gerais para a modernização dos Códigos
de Obras e Edificações (COEs), que corres-
pondem à principal norma legal de controle
e de regramento da ocupação do solo, da
aprovação do projeto, do licenciamento,
da execução e da fiscalização das obras
em geral, e também das construções em
âmbito municipal.
17
INTRODUÇÃO
18
INTRODUÇÃO
19
INTRODUÇÃO
1.2
A quem se
destina este
Guia Orientativo
Este guia foi desenvolvido para disseminar
boas práticas e orientar a atuação de dife-
rentes grupos envolvidos nas atividades
de licenciamento de obras e edificações,
gestão e controle do uso da ocupação dos
espaços públicos e privados das áreas urba-
nas, tais como:
20
INTRODUÇÃO
A Quem se
destina este
Guia Orientativo
21
INTRODUÇÃO
1.3
Os principais beneficiados
na implementação das boas
práticas de digitalização
e simplificação dos
processos de licenciamento
municipal de obras
22
INTRODUÇÃO
23
2.
O CUSTO DA BUROCRACIA
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
E OUTROS IMPACTOS
24
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
2
O total de novas Dados atuais da Sondagem da Construção,
vagas geradas
pela construção desenvolvidos pela Confederação Nacional
civil, no primeiro da Indústria (CNI), com apoio da Câmara
mês de 2021, só
foi inferior ao Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),
observado em registraram que, apesar do cenário macroe-
2010, quando
54.330 novos conômico do país - que enfrenta severos 12%
postos de desafios em função da crise gerada pela
trabalho foram
criados. pandemia do novo coronavírus -, no primeiro
mês de 2021, o setor contabilizou a criação
3
Documento de 43,5 mil novos postos de trabalho com
elaborado pela
consultoria carteira assinada. Foi o segundo2 melhor O Custo da
Booz&Co, com resultado para o mês de janeiro desde o início
o apoio da Burocracia
Câmara Brasileira da série histórica do CAGED, em 1992.
da Indústria
da Construção
(CBIC), Contudo, apesar de ser um propulsor positivo
Associação dentro da economia do país, o setor da cons-
Brasileira de
Incorporadoras trução civil é um dos mais afetados pelos
Imobiliárias impactos negativos causados pela burocra-
(ABRAINC),
Movimento Brasil cia excessiva, especialmente relacionada ao O estudo “O Custo da Burocracia
Competitivo processo de licenciamento das obras. no Imóvel” 3 demonstra que a
(MBC) e
correalização do
complexidade dos procedimen-
Serviço Nacional tos implica aumento de preço,
da Indústria em média, de 12% do seu valor
(Senai). final.
26
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
27
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
2.1
O impacto
da burocracia
nas etapas
da execução
da obra
Para entender melhor os impactos causa-
dos pelo excesso de burocracia e pela falta
de padronização (ou racionalização) dos
processos necessários para o início, meio
e fim de qualquer obra - seja de constru-
ção, reforma ou ampliação de edificações
e empreendimentos -, é apresentado um
passo a passo para esclarecer quais são as
etapas para sua execução.
28
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
1º Passo 3º Passo
Início Prospecção do Terreno Licenciamento de obras
2º Passo 4º Passo
Desenvolvimento dos projetos Execução das Obras
7º Passo
5º Passo Habite-se ou Certidão de
Ligações definitivas Conclusão das obras
6º Passo 8º Passo
Vistorias Finais Averbação da Construção,
Escritura e entrega do imóvel
29
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
Existem duas formas de se iniciar uma determinar qual o uso permitido, quais
construção: (1) identificar os parâmetros de os parâmetros construtivos do terreno, e
viabilidade da edificação para um terreno quais as diretrizes ambientais para a área.
existente; ou (2) realizar a prospecção de Minimamente, cabe consultar, quando
um terreno com os parâmetros adequados existentes, a lei do plano diretor, a lei
para a execução de determinada edificação de uso e ocupação do solo, a lei de par-
(ou empreendimento previamente ideali- celamento do solo para fins urbanos, o
zado). A prospecção de um terreno pode código de posturas e o código de obras
considerar, por exemplo, atividades de e edificações.
caracterização do solo e sondagens para
verificação de sua capacidade de suportar Também se faz necessário avaliar a situação
a futura edificação. cadastral do imóvel perante o cartório de
registro de imóveis da região, a fim de
Para as duas situações se faz necessário averiguar as informações sobre a proprie-
consultar o conjunto de leis urbanísticas dade, os ônus reais e os direitos reais de
e ambientais vigentes no município para garantia incidentes.
30
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
A partir da definição do terreno, serão desen- municipal, a anuência de outros órgãos com-
volvidos estudos e projetos de Arquitetura e petentes e a obtenção das licenças para a
de Engenharia para possibilitar a aprovação execução das obras.
1 1
Estudo Preliminar Estudo Preliminar
2 3
Anteprojeto Projeto Básico
4 5
Projeto Executivo Projeto Legal
32
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
*
O licenciamento
poderá ser
requerido apenas
nas esferas
municipal e/
ou estadual,
a depender
do órgão
responsável pela
preservação do
bem tombado).
33
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
Certificado de Aprovação de Projeto de Segurança como OPEA (Objeto Projetado no Espaço Aéreo),para
e Combate a Incêndios: avaliar a tolerância altimétrica da projeção da edifica-
necessário para o início das obras, a ser emitido pelo ção ou interferência da superfície e da cobertura da
Corpo de Bombeiros, cujo licenciamento possui edificação.
regramentos no âmbito estadual. Para ocupação e
utilização da edificação, e emissão do “Habite-se” Licença Ambiental:
deverá ser solicitado ao órgão responsável a vistoria este observa o território antes e depois da implanta-
final do empreendimento. ção do empreendimento, o impacto sobre a rede de
recursos naturais da área, como o impacto ambiental
Projeto ou Estudos de Patrimônio Histórico e Cultural: durante a obra e quando do início das atividades a
quando o empreendimento será implantado em serem realizadas no empreendimento. O licencia-
imóveis tombados ou em imóveis localizados em mento ambiental é realizado a depender dos impactos
áreas de preservação de bens materiais, arqueoló- a serem ocasionados, quando impacto local, normal-
gicos e histórico-culturais. O órgão que licenciará o mente o licenciamento ocorre pelo órgão municipal;
empreendimento dependerá da esfera responsável quando impacto regional ou quando o território envol-
pelo tombamento da área. Se a preservação for res- ver mais de um município, o licenciamento ocorre pelo
ponsabilidade da esfera nacional, o licenciamento órgão estadual; e quando o impacto for nacional ou
ocorrerá pelo Instituto do Patrimônio Histórico e quando o território envolver mais de um Estado, este
Artístico Nacional (IPHAN), se a responsabilidade for ocorre pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
estadual ou municipal o licenciamento ocorrerá pelos dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). O licen-
órgãos correspondentes. ciamento ambiental, normalmente, é realizado em
etapas que se complementam.
Autorização da Secretaria de
Patrimônio da União (SPU): Licença Prévia (LP):
34
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
35
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
36
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
As cartas de liberação das concessio- está apta a ser ocupada e que foi exe-
nárias de serviços públicos e o Auto cutada em conformidade com o projeto
de Vistoria do Corpo de Bombeiros legal aprovado. Em alguns municípios o
(AVCB) podem ser partes integrantes “Certificado de Conclusão das Obras”
da documentação exigida pela prefeitura (ou “Habite-se) já tem sido realizado
municipal para a emissão do documento de forma autodeclaratória, onde a vis-
de “Certificado de Conclusão das Obras” toria final é substituída por declarações
(ou do “Habite-se”, no caso das edifica- dadas pelo proprietário e pelos profis-
ções residenciais). Para tanto, a vistoria sionais técnicos envolvidos no processo
final da obra, realizada pelo órgão de de construção da edificação, reforçando
fiscalização e vistoria dda prefeitura, tem o processo de licenciamento municipal
como objetivo, atestar que a edificação com corresponsabilidades.
38
O CUSTO DA BUROCRACIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL E OUTROS IMPACTOS
3.
CÓDIGO DE OBRAS
E EDIFICAÇÕES
Por tratar sobre uma matéria do Direito plano diretor. É recomendado, portanto,
Urbanístico, o COE deve ser aprovado que este conjunto de leis urbanísticas seja
por uma lei municipal, enquanto um dos elaborado, revisado, atualizado e aplicado
instrumentos que integram o conjunto da de forma conjunta e integrada, para que
legislação urbanística e que apresenta seja possível um efetivo controle das ati-
disposições acerca da realização de obras vidades edilícias nos municípios.
e edificações em todo o território munici-
pal - tanto em áreas urbanas, quanto em Dentre as diretrizes gerais para os pla-
áreas rurais. nos diretores, indicadas pelo Estatuto da
Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001), é reco-
O COE integra um arcabouço de ins- mendado que os COEs sejam orientados,
trumentos jurídicos e de planejamento principalmente, na finalidade de garantir
urbano, os quais devem estar em conso- que as obras e as novas edificações estejam
nância entre si e que devem ser orientados em harmonia com a cidade, concretizando
pelas diretrizes estabelecidas pela lei do assim, de forma progressiva, as diretrizes que
tenham sido democraticamente elaboradas.
41
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas A tabela a seguir apresenta os dados selecio-
68% possuem COE (ou outra legislação nados da Pesquisa de Informações Básicas
semelhante). Quando considerado o porte Municipais (Munic), pelo Instituto Brasileiro
populacional, para os municípios de de Geografia e Estatística (IBGE), referente
pequeno porte, com até 20 mil habitan- aos dados coletados junto aos órgãos públi-
tes - que correspondem a mais da metade cos municipais sobre a existência das leis
dos municípios brasileiros, este percen- municipais do plano diretor e do Código
tual diminui para apenas 60% com o de Obras, no ano de 2018. Esta é a publi-
COE instituído. cação mais recente disponível no momento
da elaboração deste guia.
42
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
3.1
Política
Urbana
45
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
46
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
A lei do plano diretor é definida A lei de uso e ocupação do solo regula O código de obras e edificações define
constitucionalmente como o e orienta a produção e utilização as regras para controle, licenciamento,
instrumento básico das diretrizes de dos espaços da cidade, na qual são fiscalização e autuação de obras
política urbana de cada cidade. Deve definidos parâmetros urbanísticos para e de edificações, visando regular
recobrir todo o perímetro administrativo ordenar e controlar o desenvolvimento o funcionamento e o controle da
do município. É elaborada pelo poder territorial e as formas de apropriação ocupação do solo e garantir segurança,
executivo (prefeitura) e aprovada destes espaços (volumetria das salubridade, sustentabilidade e
pelo poder legislativo (câmara de edificações). As permissões e restrições habitabilidade do ambiente construído,
vereadores), que estabelece princípios para a localização e o funcionamento de modo a respeitar a interface
e instrumentos para o desenvolvimento dos diferentes usos e atividades entre os espaços público e privado.
do território urbano, das áreas de econômicas também costumam ser Portanto, trata das regras gerais para as
expansão urbana e área rural. disciplinadas nestes diplomas legais. atividades edilícias, os licenciamentos
No plano diretor são estabelecidas Atua de forma complementar ao plano de obras e a emissão dos alvarás
diretrizes para o crescimento e a diretor, estabelecendo o zoneamento de construção, que também são
expansão urbana dos municípios urbano que determina as formas de estabelecidas em âmbito municipal.
brasileiros, diretrizes de ordenamento uso e de ocupação da cidade por áreas O conteúdo dos códigos de obras
dos usos, atividades e funções de específicas (zonas), para as quais são deve respeitar a autonomia profissional
interesse e de preservação do meio definidos parâmetros que são, por e tecnologias da construção na
ambiente; com garantia de acesso exemplo: altura máxima da edificação propositura dos projetos de edificação,
às redes de infraestruturas, serviços (gabarito), recuo frontal (a partir do evitando regramentos e imposições
públicos, equipamentos comunitários, alinhamento predial), afastamentos das em demasiado, que possam gerar
aos locais de trabalho, serviços e lazer, divisas do lote, taxas de ocupação, taxas limitações e restrições excessivas à
respeitando as diretrizes gerais do de permeabilidade mínima, coeficientes arquitetura e, porventura, culminar
artigo 2º do Estatuto da Cidade. de aproveitamento, dentre outros. em edifícios repetitivos, paisagens
Na lei de parcelamento do solo construídas sem variedade e cidades
para fins urbanos são estabelecidos com estética pouco interessante.
os regramentos para as diferentes
modalidades de parcelamento do solo.
A legislação federal brasileira prevê duas
modalidades de parcelamento do solo
para fins urbanas: o desmembramento e
o loteamento.
47
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
3.2
Conceitos
jurídicos nas
esferas federal,
estadual e
municipal
49
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
50
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
51
4.
CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Para tanto, recomenda-se que o COE não das estruturas e sistemas construtivos das
legisle sobre temas afetos às normas técnicas edificações e, também, aos padrões de
brasileiras, evitando sobreposições e acessibilidade - em conformidade com as
duplicidade das regulamentações, - o competências atribuídas pela sua formação
que garantirá um COE com redação mais e em consonância com os regulamentos
enxuta. Caberá aos profissionais técnicos estabelecidos pelos conselhos de classe.
habilitados, responsáveis pela elaboração
do projeto e pela execução da obra, cumprir Sobre a forma, o COE deve trazer diretrizes
com as normas técnicas e legais vigentes. para a execução de obras em geral, sem,
no entanto, estabelecer procedimentos de
Recomenda-se também estabelecer à qualquer natureza. Isto é, recomenda-se
administração pública confrontar a relação que os procedimentos administrativos para
entre a volumetria da edificação e o seu o licenciamento de obras e demais atos
entorno, além de verificar o atendimento relacionados, indicados pelo COE, sejam
aos parâmetros urbanísticos e ambientais, regulamentados por decreto municipal.
de sustentabilidade e de acessibilidade
nas áreas de uso comum da edificação Por definição, o decreto é um ato
e áreas externas. Ou seja, a concepção administrativo de competência exclusiva
e dimensionamento das áreas privativas do chefe do poder executivo, utilizado para
do ambiente construído (ver item 4.2) e tratar de situações diversas abstratamente
as respectivas instalações prediais, são previstas, de modo expresso ou implícito, em
de responsabilidade do proprietário e lei. Desta forma, o poder executivo municipal
do responsável técnico - que detém a consegue manter os procedimentos de
competência para elaborar projetos e licenciamento devidamente atualizados,
executar obras, atendendo à legislação acompanhando as inovações tecnológicas,
vigente (municipal, estadual e federal), às as melhorias de sistemas e os avanços
normas técnicas brasileiras, às condições sociais, sem necessitar alterar a legislação
de qualidade, habitabilidade e desempenho urbanística pertinente.
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
Sobre as normas
4.1
técnicas brasileiras
e internacionais
As normas técnicas, que são de caráter
voluntário, compreendem o quadro de
normas brasileiras e outras referências de
caráter associativo e não obrigatório. São
prescrições técnico-científicas para o aper-
feiçoamento estrutural, funcional e estético
da construção e sua econômica execução,
que sistematizam os melhores resultados
de materiais e métodos de trabalho.
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
Cada país conta com entidades espe- e transparentes de como fazer esta avalia-
cializadas, geralmente relacionadas à ção. Outras normas relevantes de agências
Organização Internacional de Normalização, reguladoras, que também são pertinentes
a ISO (International Organization for ao conteúdo dos COEs, são: as normas
Standardization). No Brasil, a entidade dos corpos de bombeiros, normas regula-
responsável pelas normas da construção mentadoras de segurança do Ministério do
civil é a Associação Brasileira de Normas Trabalho, normas da Agência Nacional de
Técnicas (ABNT). As normas são elabora- Aviação Civil (ANAC), normas da vigilância
das pelos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e sanitária e, ainda, requisitos de qualidade
publicadas após a validação do texto por desenvolvidos pelo Programa Brasileiro
meio de Consulta Pública Nacional. da Qualidade e Produtividade no Habitat
(PBQP-H), Instituto Nacional de Metrologia,
Dentre as normas técnicas brasileiras Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e
aderentes à formulação do COE, desta- Programa Nacional de Eficiência Energética
cam-se a Norma ABNT NBR 9050:2015, em Edificações (PROCEL EDIFICA).
“Acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos” e a ABNT As normas técnicas, apesar de não apresen-
NBR 15575:2013, “Norma de Desempenho tarem o caráter coercitivo das normas legais,
de Edificações Habitacionais”, que definem também devem ser atendidas durante todas
parâmetros técnicos para quesitos como as fases de projeto e de construção, bem
acústica, durabilidade, manutenção e trans- como na fabricação de componentes da
mitância térmica, garantindo qualidade de edificação, garantindo qualidade, desem-
produtos ao resultado que eles conferem penho, estanqueidade e estabilidade.
ao consumidor, além de instruções claras
55
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
4.2
Sobre o
ambiente
construído
56
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
HABITABILIDADE E SUSTENTABILIDADE
DO AMBIENTE CONSTRUÍDO
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
AMBIENTES
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
FACHADAS, COBERTURAS
E SEUS ELEMENTOS • São componentes da interface
público-privada da edificação
As fachadas, as coberturas e os sistemas de • Relação direta com o aten-
vedação externa das edificações, bem como dimento aos parâmetros
demais partes envoltórias de uma edificação, urbanísticos
serão de livre composição, desde que sejam • Devem atender às normas,
observados os parâmetros urbanísticos regulamentos e instruções
estabelecidos por legislação municipal e técnicas brasileiras
asseguradas as condições de estabilidade, • Demais critérios a cargo do
segurança, luminosidade e isolamento; além profissional técnico responsável
do conforto térmico (como de aquecimento
ou de ar condicionado) e conforto acústico
(de atenuação acústica ou de proteção a
ruídos externos), com tudo sendo execu-
tado dentro das normas e regulamentos É recomendado que a composição das edifi-
técnicos brasileiros. cações seja, sempre que possível, integrada ao
conjunto construído existente, formado pelas
edificações e outros elementos construídos no
entorno, e à paisagem que o circunda.
• Lembrando que, de acordo não poderão ser abertas a menos
com o Código Civil brasileiro: de setenta e cinco centímetros
(75 cm). São exceções à livre composição, as facha-
“Art. 1.301. É defeso abrir janelas, das e coberturas (e demais componentes
ou fazer eirado, terraço ou § 2º As disposições deste artigo
varanda, a menos de metro e não abrangem as aberturas para construtivos e arquitetônicos) de edifica-
meio (1,50 m) do terreno vizinho. luz ou ventilação, não maiores de ções tombadas e de imóveis que integram
dez centímetros de largura sobre áreas, sítios ou paisagens de interesse à
§ 1º As janelas cuja visão não vinte de comprimento e cons-
truídas a mais de dois metros de preservação histórica e cultural. Nestes
incida sobre a linha divisória,
bem como as perpendiculares, altura de cada piso”. casos específicos, quaisquer intervenções
62
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
63
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
ESTRUTURAS,
PAREDES E PISOS • Não são componentes
da interface público-privada
da edificação
As estruturas, paredes e os sistemas de
• Não tem relação direta com
vedação interna dos ambientes de uma edi- o atendimento aos parâmetros
ficação são constituídos por elementos que urbanísticos
devem garantir estabilidade e segurança • São elementos internos da
construtiva, os quais devem ser projeta- edificação, logo estão sob
dos e executados conforme as normas responsabilidade e à critério do
técnicas brasileiras. Durante a sua execu- profissional técnico responsável
ção, os materiais e componentes devem • Devem atender às normas,
ser submetidos ao controle tecnológico, regulamentos e instruções
técnicas brasileiras
garantindo a conformidade com o projeto.
São sistemas que possuem a finalidade de
vedação, podendo conter as tubulações
das instalações prediais.
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
ABERTURAS, ILUMINAÇÃO E
VENTILAÇÃO • Não são componentes da
interface público-privada da
edificação
A implantação da obra no terreno, sua
localização e as dimensões de aberturas • Não tem relação direta com
o atendimento aos parâmetros
de portas e de janelas devem favorecer a urbanísticos
insolação, a ventilação e a renovação de ar
• São elementos internos da
natural dos ambientes internos da edifica- edificação, logo estão sob
ção, considerando a zona bioclimática em responsabilidade e à critério
que se localiza o imóvel e as características do profissional técnico
locais, do entorno e da vizinhança.
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
PORTAS E VÃOS
DE PASSAGEM • Não são componentes da
interface público-privada da
edificação
Vãos de passagens e portas, quando em
• Não tem relação direta com
compartimentos de uso público, de uso o atendimento aos parâmetros
coletivo, ou quando forem integrantes de urbanísticos
rotas acessíveis, devem atender aos disposi- • São elementos internos da
tivos da Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho edificação, logo estão sob
de 2015, que instituiu o Estatuto da Pessoa responsabilidade e à critério do
com Deficiência, e aos requerimentos da profissional técnico responsável
norma técnica da ABNT NBR 9050:2015 • Devem atender às normas,
(Acessibilidade a edificações, mobiliário, regulamentos e instruções
técnicas brasileiras
espaços e equipamentos urbanos).
• Conforme o Estatuto da Pessoa deficiência, de acordo com As portas corta-fogo, dotadas de fecha-
com Deficiência - Lei Federal nº a capacidade de lotação da
13.146, de 6 de julho de 2015, que edificação, observado o disposto mento automático e ferragens especiais,
institui a Lei Brasileira de Inclusão em regulamento”. são utilizadas para proteger as rotas de fuga
da Pessoa com Deficiência: em caso de emergência de incêndio, usadas
“Art. 56. A construção, a reforma,
“Art. 44. Nos teatros, cinemas, a ampliação ou a mudança de uso
para o fechamento de aberturas em paredes
auditórios, estádios, ginásios de de edificações abertas ao público, corta-fogo, isolando escadas de emergência,
esporte, locais de espetáculos de uso público ou privadas de uso antecâmaras, saídas de emergência, casas
e de conferências e similares, coletivo deverão ser executadas de de máquinas, dentre outros ambientes com
serão reservados espaços livres modo a serem acessíveis”.
e assentos para a pessoa com função técnica ou de segurança.
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SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
CIRCULAÇÕES E CORREDORES
• Não são componentes da
DE PASSAGEM
interface público-privada da
edificação
As circulações têm importância fundamental
• Não tem relação direta com
para efetivar o direito de ir e vir das pessoas, o atendimento aos parâmetros
e ordenar os fluxos internos nas edificações. urbanísticos
• São elementos internos da
Devem atender aos dispositivos da Lei edificação, logo estão sob
Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015, responsabilidade e à critério do
profissional técnico responsável
que instituiu o Estatuto da Pessoa com
Deficiência, e aos requerimentos da NBR • Devem atender às normas,
regulamentos e instruções
9050:2015 (ABNT), bem como permitir ade- técnicas brasileiras
quada evacuação na ocorrência de uma
possível emergência de incêndio, conforme
as instruções do corpo de bombeiros.
67
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69
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4.3Sobre as
instalações
prediais
O planejamento e a concepção dos projetos
complementares das instalações prediais,
com relação aos métodos de construção
e de instalação, bem como à escolha de
materiais, equipamentos e tecnologias,
possibilitam a amplificação da utilização
de inovações e a promoção da sustenta-
bilidade no ambiente construído.
70
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
71
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
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73
SUGESTÕES PARA TORNAR O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES UM INSTRUMENTO DE POLÍTICA PÚBLICA MAIS MODERNO E ATUALIZADO
IMPERMEABILIZAÇÃO, DRENAGEM E
ÁGUAS PLUVIAIS
Art. 1.289. Quando as águas,
Os sistemas de impermeabilização são artificialmente levadas ao
prédio superior, ou aí colhidas,
os conjuntos de operações e de técnicas correrem dele para o inferior,
construtivas cuja finalidade é proteger cons- poderão dono deste reclamar
truções contra a ação deletéria de fluidos ou que se desviem, ou se lhe
vapores e da umidade em áreas molhadas. indenize o prejuízo que sofrer.
SUGESTÕES, CONCEITOS E
DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR
E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS
CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
76
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
1º Passo
Planejamento Estratégico e 3º Passo
Desenvolvimento Urbano Estabelecer Regras Claras
2º Passo 4º Passo
Integração das Secretarias Atribuições Definidas
Municipais e Recursos Humanos e Responsabilização
Compartilhada
5º Passo
Informatização e racionalização
de serviços e transparência 7º Passo
das Informações Regionalização
6º Passo
Inovação e Sustentabilidade
77
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
1º Passo
Planejamento estratégico
de desenvolvimento urbano
3º Passo
Estabelecer regras claras
5º Passo Informatização e
racionalização de serviços e
transparência das informações
80
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
7º Passo
Regionalização
81
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
82
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO IX
Das Disposições Finais
84
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
5.1
CAPÍTULO I
Das Disposições
Preliminares
86
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
87
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
89
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO II
5.2
Dos Direitos e
Responsabilidades
das Partes Envolvidas
Junto aos capítulos iniciais do Código de
Obras e Edificações, sugere-se que sejam
esclarecidos quais são os direitos e deveres
de todas as partes envolvidas no processo
de licenciamento de obras.
90
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
91
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
VOCÊ SABIA?
92
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
SEÇÃO II - DO PROPRIETÁRIO
OU POSSUIDOR SEÇÃO II - DO PROPRIETÁRIO OU POSSUIDOR
Proprietário ou possuidor é aquele que, Art. XXX Para os fins deste Código, o proprie-
tário ou possuidor é toda pessoa física ou jurídica que
sendo pessoa física ou jurídica, detém o
tenha o exercício pleno dos direitos de uso do imóvel
direito de uso de um imóvel e a aptidão objeto do projeto, do licenciamento e da execução
legal de solicitar à prefeitura uma autori- da obra.
zação para a execução de uma obra.
Art. XXX As obrigações previstas neste Código para o
proprietário estendem-se ao possuidor do imóvel e ao
A diferença entre proprietário e possuidor seu sucessor a qualquer título.
está no direito sobre a posse do imóvel:
o proprietário detém o título de proprie- Art. XXX Incumbe ao proprietário ou possuidor da edifi-
dade do imóvel registrado em cartório; já o cação/instalação, ou usuário a qualquer título, conforme
o caso:
possuidor, tem o direito ao uso do imóvel,
dependendo do cumprimento de exigên-
I. utilizar devidamente a edificação, responsabilizando-se
cias legais para ser declarado possuidor. por seu uso adequado e sua manutenção em relação às
condições de habitabilidade;
Destaca-se que, o proprietário ou o cor-
responsável do imóvel, responderá pela II. acompanhar a tramitação interna dos processos,
obedecendo aos prazos e requisitos estabelecidos pelo
veracidade dos documentos apresentados, Município em seus procedimentos administrativos;
não implicando sua aceitação, por parte do
município, em reconhecimento do direito III. comunicar eventuais ocorrências que interfiram nos
de propriedade. prazos, procedimentos e requisitos definidos nas licenças;
93
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
94
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
95
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
IV. prestar informações ao Município de forma clara e XII. manter sob seus cuidados toda documentação téc-
inequívoca; nica pertinente à obra, que comprove sua regularidade
perante o Município e outros órgãos de controle;
V. acompanhar a tramitação interna dos processos,
obedecendo aos prazos e requisitos estabelecidos pelo XIII. promover a correta e devida execução da obra e o
Município em seus procedimentos administrativos; emprego adequado de materiais, tecnologias, elementos,
componentes, instalações e sistemas que a compõem,
VI. comunicar eventuais ocorrências que interfiram conforme o projeto aprovado e em observância às
nos prazos, procedimentos e requisitos definidos nas Normas Técnicas Brasileiras;
licenças;
Art. XXX É facultada a substituição ou a transferência da
VII. executar a obra licenciada nos exatos termos da responsabilidade técnica da obra para outro profissional
legislação vigente e do projeto aprovado; que esteja devidamente habilitado e que atenda às exi-
gências dispostas neste Código de Obra e na legislação
urbanística vigente.
VIII. cumprir as exigências técnicas e normativas impos-
tas pelos órgãos competentes municipais, estaduais e
federais, conforme o caso; Parágrafo único. Em caso de substituição ou transfe-
rência da responsabilidade técnica, o novo profissional
responderá pela parte já executada, sem prejuízo da
IX. assumir a responsabilidade por dano resultante de responsabilização do profissional anterior por sua atua-
falha técnica na execução da obra; ção, função ou emprego público.
96
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
O responsável técnico e autor do projeto O responsável técnico pela obra, desde seu iní-
é o profissional e/ou empresa, legal e tec- cio até sua total conclusão, responde pela fiel
nicamente habilitado, com situação regular execução do projeto previamente aprovado
perante o conselho de classe, que responde, pela municipalidade, bem como pela correta
exclusivamente, pelo conteúdo disposto execução da obra e adequado emprego de
nas peças gráficas, memoriais descritivos, materiais, tecnologias, elementos, componen-
estudos, relatórios e demais dados técnicos tes, instalações e sistemas que a compõem,
necessários para a execução das obras. em obediência às normas técnicas gerais e
específicas da construção, cujo conhecimento
A conformidade dos aspectos interiores é de sua inteira responsabilidade.
das edificações é de responsabilidade
exclusiva do responsável técnico e autor
do projeto, que deverá empregar correta- Independentemente daquilo que estiver descrito
mente os parâmetros urbanísticos, legais no Código de Obras e Edificações, o responsável
técnico também responde a qualquer irregularidade
e normas técnicas gerais e específicas da nas seguintes legislações federais:
construção, cujo conhecimento é de sua
O Código de Defesa do Consumidor (Lei Nº 8.078, de 11 de
inteira responsabilidade.
setembro de 1990), estabelece no art. 12, que o responsável
técnico responde pela reparação dos danos causados aos
consumidores, por defeitos decorrentes de projeto e construção,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua utilização e riscos.
5.3
CAPÍTULO III
Do Licenciamento
de Obras
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
99
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
102
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Independentemente da modalidade de
licença, o processo básico de licenciamento SEÇÃO II - DO FLUXO DO PROCESSO DE
segue as seguintes etapas e procedimentos LICENCIAMENTO
administrativos:
Art. XX O processo de licenciamento seguirá as etapas
e os procedimentos administrativos descritos neste
• Cadastro do requerente e dos responsáveis artigo, independentemente da modalidade de licença
técnicos na prefeitura; optada pelo requerente:
103
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
104
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
• obras de reformas simples, sem intervenção Parágrafo único. São obras de baixíssima complexidade
em sistemas estruturais da edificação, sem aquelas em que (…) (aqui, o município poderá explicitar
quais são as obras e poderá definir critérios quantitativos
acréscimo de paredes (ou outras estruturas
para especificá-las).
internas), que não acarretem ampliações de
área construída (ou alterações de parâme- Art. XX As obras serão dispensadas da licença desde que:
tros urbanísticos), sem mudança de uso da I. sejam respeitados os critérios legais relacionados
edificação; à localização, ao porte, aos usos pretendidos, aos
parâmetros urbanísticos e aos impactos possivelmente
gerados à vizinhança e ao entorno pelo imóvel ou obra,
• execução de reparos gerais destinados à
de acordo com a legislação vigente;
conservação da edificação, que não implique
alteração das dimensões do ambiente cons- II. sejam dispensados de licenciamento ambiental;
truído e que não necessitem de andaimes, III. não sejam obras ou serviços em imóveis situados
como pinturas internas e externas, revesti- em conjuntos urbanos protegidos, em imóveis com
tombamento específico ou de interesse de preservação,
mentos de paredes e fachadas, execução
os quais deverão ser executados de acordo com
de forro, substituição de piso, instalações diretrizes dos órgãos competentes e por meio da
elétricas e hidráulicas; modalidade de licença municipal especial.
105
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
• execução de reparos na cobertura, com O município pode ainda definir alguns crité-
substituição da estrutura de cobertura, rios quantitativos para especificar as obras
desde que não implique aumento da altura; que serão dispensadas da licença.
• escadas e rampas descobertas sobre ter- As demais obras que não podem ser dis-
reno natural; pensadas da licença municipal demandam a
participação de profissionais tecnicamente
• execução de impermeabilização de laje; habilitados e devidamente registrados nos
conselhos de classe, para elaborar o projeto
• dentre outras à critério do município. e executar a respectiva obra, podendo ser
licenciadas na modalidade simplificada.
106
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
SEÇÃO V - DO LICENCIAMENTO
DE CONSTRUÇÃO
107
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
108
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
pela idoneidade da documentação apresen- zada uma fiscalização aleatória pelo órgão
tada para a análise e aprovação do projeto e municipal responsável. O agendamento e a
o licenciamento da obra, bem como decla- realização de vistorias municipais podem ser
rem completo atendimento às normas e atividades realizadas apenas em decorrência
à legislação aplicável relativa ao ato e ao da concessão do próprio Alvará.
direito de construir nas cidades.
A corresponsabilidade e a conformidade
legal do projeto e da obra são firmadas em
Regras básicas do
termos ou declarações de aceite que devem
Licenciamento simplificado
ser devidamente assinados - fisicamente ou
É para: Para obras de reformas simples
digitalmente - pelos requerentes e anexados
e a construção de edificações de baixa
ao protocolo do serviço. Com isto, reco- complexidade e de baixo impacto urbanístico;
menda-se que a modalidade simplificada
Não é para: imóveis que apresentem alguma restrição
seja, também, auto declaratória. de caráter ambiental, urbanístico, fundiário, dominial,
histórico-cultural, ou cujo porte construtivo e/ou
A modalidade simplificada não exime o nível de complexidade;
interessado da apresentação do projeto Recomenda-se que a modalidade simplificada seja,
arquitetônico à prefeitura, que deve ser sub- também, auto declaratória.
metido à análise técnica após a emissão da Lembrando que, o requerente, o responsável pelo
licença, na etapa de monitoramento ou na imóvel e os responsáveis técnicos (projeto e obra),
própria fiscalização. assumem total responsabilidade por:
• apresentar documentação requerida para a análise
Um procedimento básico sugerido para da prefeitura municipal; e
ser incluso ao processo de licenciamento
• informar o início de obras’ – a partir do qual poderá
simplificado é o “Comunicado de Início de ser realizada uma fiscalização aleatória pelo órgão
Obras”. É a partir do comunicado de início municipal responsável.
de execução da obra que poderá ser reali-
109
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Aprovação do projeto
114
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
116
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Desta forma, o poder público municipal emi- que estes dados sejam compatibilizados
tirá o documento de “Habite-se”, no caso das com os dados do alvará emitido.
edificações residenciais, e o “Certificação de
Conclusão de Obras” (ou outra denomina- A critério do município, o “Habite-se” pode
ção), no caso de edificações não residenciais. constituir um procedimento de caráter infor-
mativo e autodeclaratório, ou seja, no qual
Este documento final é expedido pela pre- as informações prestadas são de responsa-
feitura e atesta a conclusão, total ou parcial, bilidade de seu solicitante.
de obra para a qual tenha sido obrigatória
a obtenção prévia do Alvará.
117
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO IV
5.4
Das Tipologias de
Edificações
119
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
120
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
122
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
5.5
CAPÍTULO V
Da Execução
das Obras
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
123
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
124
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
125
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Na preparação de um terreno, a movimen- Art. XXX Fica obrigado a executar as obras corretivas
tação de terra que resulte em deslocamento necessárias, o responsável técnico e/ou o proprietário ou
possuidor que causar instabilidade/danos a logradouro
e transporte de material externo ao imóvel
público ou terreno vizinho.
deverá obedecer às determinações contidas
no código de posturas municipal, nos regula- Art. XXX Em se fazendo necessária a supressão de
mentos municipais que tratam da disposição arborização, o proprietário ou possuidor, deverão
solicitar autorização prévia ao Poder Executivo Municipal.
de resíduos, da limpeza urbana, ou outra
normativa que disponha sobre a matéria.
126
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Quando a modificação das condições natu- acessibilidade universal nos espaços e bens
rais de um terreno causarem instabilidade ou de uso público - antes, durante e após a exe-
dano de qualquer natureza ao logradouro cução das obras devidamente licenciadas.
público, ao imóvel ou à edificação do entorno,
o responsável técnico e/ou proprietário (ou
possuidor) do referido imóvel será obrigado
a executar as obras corretivas necessárias. As
condições e o prazo para efetuá-las poderão
ser previstos junto ao COE ou em regula- SEÇÃO IV - DA ACESSIBILIDADE
mento municipal específico.
Art. XXX As obras de construção, reforma, modificação
ou ampliação de edificações em geral, deverão atender
No COE também poderão ser tratadas as as regras de acessibilidade previstas nas Normas
condições para uma eventual autorização Técnicas Brasileiras e legislação específica.
de supressão de arborização decorrente da
Art. XXX Nas obras de reforma, modificação ou
locação da construção no imóvel, de acordo
ampliação de edificação somente será exigido o
com a aprovação do órgão municipal de meio atendimento às regras de acessibilidade na parte da
ambiente e a legislação ambiental. edificação a ser alterada, podendo ser estendido aos
principais acessos e áreas de circulação da edificação.
SEÇÃO IV - DA ACESSIBILIDADE
Parágrafo Único. É necessária a apresentação de
laudo técnico, emitido por profissional devidamente
Sugere-se que, na redação dos Códigos de habilitado, em casos de impossibilidade de atendimento
Obras e Edificações, sejam especificadas quais às normas de acessibilidade.
são as providências necessárias ao resguarde
Art. XXX É obrigatória a manutenção das condições
dos logradouros públicos do entorno das
de acessibilidade universal nos logradouros públicos
obras e respectivos canteiros, assegurando do entorno das obras e seus canteiros, sob pena de
a integridade das vias e espaços públicos, o incorrer em infração às disposições deste Código de
livre e desimpedido trânsito de pedestres Obras e Edificações.
nos passeios; e as condições necessárias à
127
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
128
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO VI
5.6
Da Fiscalização,
Vistoria e
Penalidades
Este Capítulo dispõe sobre as atividades de
fiscalização de obras a serem efetuadas pelo
município, definindo-se as formas e os instru-
mentos para a sua efetivação; além de sugerir
tipologias de modalidades de sanções, de
maneira a coibir o abuso do direito de cons-
truir assegurado aos cidadãos e a preservar
o direito de vizinhos e da coletividade.
129
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
SEÇÃO II - DA NOTIFICAÇÃO
131
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
Art. XXX O Auto de infração deverá ser lavrado com § 1º Em caso de recusa na assinatura do Auto de Infração,
precisão e clareza e conterá as seguintes informações: o agente fiscalizador anotará o fato na presença de uma
ou mais testemunhas e entregará uma via do documento
I. data, local e hora de sua lavratura;
ao autuado.
II. qualificação do autuado com indicação de nome
e/ou razão social, endereço, número do Alvará ou § 2º Não sendo possível localizar o autuado, o Auto de
Processo de Licenciamento e C.P.F./M.F. ou C.N.P.J./ Infração será encaminhado ao seu endereço, com aviso
M.F., se possível; de recebimento.
132
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
II. por falsidade de declarações apresentadas ao poder IV. não reparar eventuais danos causados ao espaço
público; público;
III. por descumprimento do embargo, da interdição ou V. não viabilizar a acessibilidade universal no entorno
da intimação demolitória. da obra, durante sua execução;
Parágrafo único. O pagamento da multa não isenta o VI. ocupar a edificação sem o “Habite-se”.
infrator de sanar as irregularidades que lhe deram causa.
Art. XXX São infrações gravíssimas:
Art. XXX Para efeitos desta Lei, as infrações classificam-se
em leves, graves e gravíssimas. I. manter edificação ou executar obra não passíveis de
regularização;
Art. XXX São infrações leves:
II. colocar em risco a estabilidade e a integridade dos
I. deixar de instalar placa de identificação no canteiro imóveis vizinhos e áreas públicas;
de obras;
133
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
III. não adotar as medidas determinadas pelo órgão Art. XXX As infrações não previstas nos artigos acima
competente em obras com risco iminente ou abandonadas; são consideradas leves, para fins de imposição de multa.
IV. permitir que resíduos e materiais provenientes da Art. XXX As multas são aplicadas em moeda corrente
obra, em qualquer de suas fases, escoem para redes nacional e seus valores seguirão regulamentação própria.
de infraestrutura ou logradouros públicos;
Art. XXX A reincidência ensejará aplicação da multa
V. deixar de conservar e garantir a segurança da obra com acréscimo de 100% no seu valor.
ou edificação;
Parágrafo único. Considera-se reincidente o infrator que
VI. descumprir embargo, interdição ou determinação não regularizou a situação que deu causa à autuação,
de demolição; no prazo estipulado.
VII. executar obra sem acompanhamento de profissional Art. XXX O valor da multa será reduzido em 50% quando
habilitado, salvo quando residência unifamiliar. se tratar de habitação unifamiliar, sede que paga no
prazo legal.
134
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
SEÇÃO V - DOS EMBARGOS Art. XXX O embargo só será suspenso quando forem
eliminadas as causas que o determinaram.
Art. XXX O embargo poderá ser aplicado em
qualquer etapa da execução da obra, seja ela Parágrafo único. Durante o embargo será permitida
construção, ampliação, modificação ou demolição de somente a execução de serviços indispensáveis à
edificação. segurança do local, mediante autorização do poder
executivo municipal.
O embargo é cabível nos seguintes casos:
Art. XXX O descumprimento à interdição importará
I. obra sem a devida licença; em aplicação de multa.
135
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
136
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
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SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
SEÇÃO VIII - DOS RECURSOS Art. XXX Quando mantida, a decisão definitiva obrigará
o autuado a pagar a multa no prazo estipulado, sob
Art. XXX É cabível recurso contra as notificações, as pena de inscrição em dívida ativa com subsequente
autuações e a imposição de penalidades descritas neste cobrança judicial, mantendo as demais medidas
Código de Obras e Edificações. aplicadas.
§ 1º O recurso será interposto no prazo de 15 dias da Art. XXX Julgada insubsistente a autuação, a decisão
data de conhecimento do respectivo documento e definitiva produzirá os seguintes efeitos, conforme
será dirigido ao órgão municipal responsável pelos o caso:
licenciamentos de obras e edificações.
I. autorizará o atuado a receber a devolução da
§ 2° O recurso será feito através de petição e deverá multa paga indevidamente, mediante requerimento
conter: administrativo;
II. a qualificação do interessado e o endereço para a III. revogará as demais medidas aplicadas por meio do
notificação; auto de infração.
138
SUGESTÕES, CONCEITOS E DEFINIÇÕES VISANDO MODERNIZAR E HARMONIZAR AS DIRETRIZES DOS CÓDIGOS DE OBRAS E EDIFICAÇÕES
5.7
CAPÍTULO VII
Das Disposições
Finais
140
BOAS PRÁTICAS
6.
BOAS PRÁTICAS
141
BOAS PRÁTICAS
Elaborar publicação ilustrada do Código de Obras e Edificações (COE), com o objetivo de facilitar a leitura
e a compreensão do conteúdo pela população.
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf
LEI E DECRETO
XVIII, XVIII, XXXIV e XXXV
Para fins de aplicação das disposições deste Código ficam adotadas as seguintes definições:
ÁTICO BEIRAL
Parte do volume superior de uma Prolongamento da cobertura
edificação, destinada a abrigar que se sobressai das paredes
casa de máquinas, piso técnico externas da edificação.
de elevadores, equipamentos,
caixa d’água e circulação vertical.
Código de Obras e
Edificações
JIRAU PÉRGULA
Elemento constituído de estrado Estrututura composta por vigas
ou passadiço, instalado a meia e colunas descobertas.
altura em compartimento.
21
142
BOAS PRÁTICAS
Desenvolver instrumentos legais complementares ao COE, que possibilitem estabelecer incentivos finan-
ceiros na implementação de soluções para buscar a racionalização do consumo de energia, água e outros
recursos naturais na construção e/ou reforma de edificações, tais como: prover desconto no Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU), como incentivo ao uso e à instalação de sistemas de conversão e/ou
aproveitamento de energia solar, de reuso de água e captação de água de chuva.
http://iptuverde.salvador.ba.gov.br/downloads/Decreto.pdf
https://sustentabilidade.salvador.ba.gov.br/programas/
https://www.sefaz.salvador.ba.gov.br/Documento/ObterArquivo/1619
143
BOAS PRÁTICAS
http://www.serra.es.gov.br/site/guiadeservicos/busca/123/LICEN%C3%87A%20AMBIENTAL
144
BOAS PRÁTICAS
Promover a integração das bases de dados municipais com as bases de dados de instituições, a exem-
plo do que fazem com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado da Bahia (Crea-BA),
Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), Junta Comercial da Bahia (Juceb), Receita
Federal e Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), dentre outras. A iniciativa possibilita maior celeridade
na prestação dos serviços e maior alinhamento e integração das ações de fiscalização, monitoramento e
licenciamentos das obras pelos diferentes órgãos.
https://cdn-sedur.metropolis.solutions/docs/Manual%20de%20Boas%20Pr%C3%A1ticas%20-%20
Plataforma%20Metropolis.pdf
145
BOAS PRÁTICAS
Disponibilizar dados e informações sobre o município por meio de plataformas digitais visando mitigar o
uso de papel, facilitar o acesso à informação e dar transparência dos atos púbicos.
https://portal.seuma.fortaleza.ce.gov.br/fortalezaonline/portal/listaservicos.jsf?hash=alvara_construcao
146
BOAS PRÁTICAS
Investir e incentivar o uso de tecnologias para fomentar a inovação dos processos de licenciamento de
obras, adotando a metodologia BIM (Building Information Model), que possibilita a programação de leitores
de dados constantes nos projetos de Arquitetura e Engenharia, de forma automatizada. Um exemplo: os
parâmetros urbanísticos relevantes podem ser analisados automaticamente pelo sistema na etapa prévia
de análise, que antecede a análise mais aprofundada que será efetuada pelo técnico municipal.
http://www.metropolis.solutions/manual-downloads/
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
7. SUGESTÃO DE TEXTO
PARA CONSTRUIR UMA
MINUTA DE COE
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
Parágrafo Único. Não é de responsabilidade II. acompanhar a tramitação interna dos pro-
do Município qualquer sinistro ou acidente cessos, obedecendo aos prazos e requisitos
decorrente de deficiência no projeto, exe- estabelecidos pelo Município em seus pro-
cução e uso da obra ou edificação. cedimentos administrativos;
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
bem como por todas as consequências, dire- Parágrafo Único. Sendo o projeto de autoria
tas ou indiretas, advindas de seu uso indevido; de dois ou mais profissionais, todos serão
responsáveis solidariamente pelo cumpri-
VIII. garantir que os projetos e as obras no mento integral do disposto nesta lei e na
imóvel de sua propriedade estejam devida- legislação urbanística vigente.
mente licenciados e sejam executados por
responsável técnico habilitado, nos exatos Art. XXX Cabe ao responsável técnico pelo
termos da licença emitida e do disposto na projeto ou ao responsável técnico pela exe-
legislação urbanística vigente; cução da obra atender às exigências legais
para elaboração e aprovação dos projetos e
IX. viabilizar o ingresso do Poder Executivo para execução das obras, dentro dos prazos
Municipal para realização de vistorias e e nas condições estipulados.
fiscalização das obras e edificações, per-
mitindo-lhe livre acesso ao imóvel e à Art. XXX São deveres dos responsáveis
documentação técnica. técnicos, conforme suas competências:
Art. XXX São denominados responsáveis II. elaborar os projetos de acordo com a
técnicos e considerados aptos a elaborar legislação vigente;
projetos e executar obras de edificações, os
profissionais legalmente habilitados para o III. proceder ao registro da anotação da
exercício da atividade, bem como as empre- responsabilidade técnica no órgão de
sas por eles constituídas com esta finalidade. classe competente, respeitado o limite de
sua atuação;
153
SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
Parágrafo primeiro. É obrigatório o alvará Art. XX Para cada uma das modalidades o
para início ou continuidade de toda e qual- município estabelecerá o formato dos pro-
quer obra. cessos de licenciamentos, que poderá ser:
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
IV. Comunicado de Término da Obra, para Parágrafo único. As obras de baixíssima com-
a obtenção do Certificado de Conclusão plexidade serão definidas através de Decreto.
de Obra.
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
III) serviços: edificação destinada às ativi- II) temporário: dotada de estrutura especí-
dades de serviços à população ou de apoio fica, destinada a abrigar atividades por prazo
às atividades comerciais e industriais. determinado ou pela duração do evento.
SEÇÃO IV – DA EDIFICAÇÃO
DE USO MISTO
SEÇÃO V – DA EDIFICAÇÃO
DE USO ESPECIAL
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
Parágrafo único. Havendo necessidade de Art. XXX Nas obras de reforma, modificação
ou ampliação de edificação somente será
deslocamento e transporte de material para
exigido o atendimento às regras de acessibi-
local externo ao imóvel, deverá ser obser-
lidade na parte da edificação a ser alterada.
vado o disposto no Código de Posturas
Municipal, assim como nas demais normas Parágrafo Único. É necessária a apresentação
que dispõem sobre os resíduos sólidos e de laudo técnico, emitido por profissio-
limpeza urbana. nal devidamente habilitado, em casos de
impossibilidade de atendimento às normas
Art. XXX Fica obrigado a executar as obras de acessibilidade.
corretivas necessárias, o responsável técnico
e/ou o proprietário ou possuidor que causar Art. XXX É obrigatória a manutenção das
instabilidade/danos a logradouro público condições de acessibilidade universal nos
ou terreno vizinho. logradouros públicos do entorno das obras
e seus canteiros, sob pena de incorrer em
Art. XXX Em se fazendo necessária a infração às disposições deste Código de
supressão de arborização, o o proprietário Obras e Edificações.
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
§ 3º Não sendo possível notificar o infrator Art. XXX O Auto de infração deverá ser
por uma das formas elencadas no § 1º deste lavrado com precisão e clareza, e conterá
artigo, a Notificação deverá ser publicada via as seguintes informações:
edital no Diário Oficial do Município.
I. Data, local e hora de sua lavratura;
Art. XXX O prazo para atendimento da noti-
ficação será de 30 dias, contados da data II. Qualificação do autuado com indicação de
de seu recebimento ou de sua publicação nome e/ou razão social, endereço, número
no Diário Oficial do Município. do Alvará ou Processo de Licenciamento e
C.P.F./M.F. ou C.N.P.J./M.F., se possível;
Parágrafo único. O prazo poderá ser pror-
III. Local em que a infração se tiver verificado;
rogado à critério da Autoridade Municipal
competente, desde que requerido e funda- IV. Descrição sucinta e objetiva da infração;
mentado tempestivamente.
V. Capitulação da infração com indicação
Art. XXX O não atendimento à notificação do dispositivo legal infringido;
no prazo estabelecido ensejará a lavratura
de Auto de Infração e aplicação de multa. VI. Medida preventiva aplicável, quando for
o caso;
SEÇÃO III – DO AUTO DE INFRAÇÃO
VII. Sanção cabível;
Art. XXX O não atendimento ao contido
VIII. Prazo para apresentação de defesa;
na Notificação acarretará a lavratura do
Auto de Infração e imposição de multa em IX. Identificação e assinatura do agente fis-
desfavor do infrator. calizador, com indicação de sua matrícula
e/ou cargo ou função;
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
§ 1° Em caso de recusa na assinatura do Auto Art. XXX Para efeitos desta Lei, as infrações
de Infração, o agente fiscalizador anotará classificam-se em leves, graves e gravíssimas.
o fato na presença de uma ou mais teste-
munhas e entregará uma via do documento Art. XXX São infrações leves:
ao autuado.
I. Deixar de instalar placa de identificação
§ 2º Não sendo possível localizar o autuado, no canteiro de obras;
o Auto de Infração será encaminhado ao
seu endereço, com aviso de recebimento. II. Utilizar de vias públicos, logradouros e
calçadas para depósito de material, sem a
SEÇÃO IV – DAS MULTAS devida autorização;
Art. XXX A multa será aplicada pelo agente III. Não disponibilizar no canteiro de obras
fiscalizador nos seguintes casos: o alvará e o projeto aprovado;
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SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
IV. Executar obra de edificação de uso resi- II. Colocar em risco a estabilidade e a integri-
dencial unifamiliar sem responsável técnico; dade dos imóveis vizinhos e áreas públicas;
Art. XXX São infrações graves: III. Não adotar as medidas determinadas pelo
órgão competente em obras com risco imi-
I. Impedir o acesso da fiscalização à obra nente ou abandonadas;
ou edificação;
IV. Permitir que resíduos e materiais prove-
II. Executar obra em desacordo com a nientes da obra, em qualquer de suas fases,
licença; escoem para redes de infraestrutura ou
logradouros públicos;
III. Executar obra sem a devida licença;
V. Deixar de conservar e garantir a segurança
IV. Não reparar eventuais danos causados da obra ou edificação;
ao espaço público;
VI. Descumprir embargo, interdição ou deter-
V. Não viabilizar a acessibilidade universal minação de demolição;
no entorno da obra, durante sua execução;
VII. Executar obra sem acompanhamento de
VI. Ocupar a edificação sem o Certificado profissional habilitado, salvo quando resi-
de Conclusão de Obras; dência unifamiliar;
Art. XXX São infrações gravíssimas: Art. XXX As infrações não previstas nos arti-
gos acima são consideradas leves, para fins
I. Manter edificação ou executar obra não de imposição de multa.
passíveis de regularização;
169
SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
Art. XXX As multas são aplicadas em moeda II. Descumprimento do projeto aprovado ou
corrente nacional e seus valores seguirão outras condições impostas no licenciamento;
regulamentação própria.
III. Situação de instabilidade da obra e risco
Art. XXX A reincidência ensejará aplicação da à terceiros;
multa com acréscimo de 100% no seu valor.
§1º Será embargada imediatamente a obra
Parágrafo único. Considera-se reincidente o quando a irregularidade identificada não
infrator que não regularizou a situação que permitir a alteração do projeto arquitetônico
deu causa à autuação, no prazo estipulado. para adequação à legislação vigente e a
consequente regularização da obra.
Art. XXX O valor da multa será reduzido em §2º O embargo será parcial quando a irregu-
50% quando se tratar de habitação unifami- laridade constatada não acarretar prejuízos
liar, sede que paga no prazo legal. ao restante da obra, e risco aos operários
e terceiros.
SEÇÃO V – DOS EMBARGOS
Art. XXX O embargo só será suspenso
Art. XXX O embargo poderá ser aplicado quando forem eliminadas as causas que
em qualquer etapa da execução da obra, o determinaram.
seja ela construção, ampliação, modificação
ou demolição de edificação. Parágrafo único. Durante o embargo será
permitida somente a execução de serviços
Art. XXX O embargo é cabível nos seguintes indispensáveis à segurança do local, mediante
casos: autorização do Poder Executivo Municipal.
170
SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
SEÇÃO VIII – DOS RECURSOS Art. XXX Da decisão que julgou o recurso,
cabe pedido de reconsideração ao (à)
Art. XXX É cabível recurso contra as noti- Prefeito (a) Municipal, no prazo de 15 dias.
ficações, as autuações e a imposição de
penalidades descritas neste Código de Art. XXX Quando mantida, a decisão defini-
Obras e Edificações. tiva obrigará o autuado a pagar a multa no
prazo estipulado, sob pena de inscrição em
§ 1º O recurso será interposto no prazo de dívida ativa com subsequente cobrança judi-
15 dias da data de conhecimento do res- cial, mantendo as demais medidas aplicadas.
pectivo documento e será dirigido ao órgão
municipal responsável pelos licenciamentos Art. XXX Julgada insubsistente a autuação,
de obras e edificações. a decisão definitiva produzirá os seguintes
efeitos, conforme o caso:
§ 2° O recurso será feito através de petição
e deverá conter: I. autorizará o atuado a receber a devolução
da multa paga indevidamente, mediante
I. o número do Auto de Notificação; requerimento administrativo;
IV. o pedido
172
SUGESTÃO DE TEXTO PARA CONSTRUIR UMA MINUTA DE COE
CAPÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES Art. XXX Esta Lei entra em vigor na data
FINAIS de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.
Art. XXX O Poder Executivo praticará os
atos administrativos que se fizerem neces-
sários à fiel observância desta Lei.
173
DEFINIÇÕES
8.
DEFINIÇÕES
174
DEFINIÇÕES
175
DEFINIÇÕES
176
DEFINIÇÕES
177
DEFINIÇÕES
178
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
h t t p : // w w w . p l a n a l t o . g o v . b r/c c i -
v i l _ 0 3/C o n s ti t u i c a o/C o n s ti t u i c a o .
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179
REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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Ato2015-2018/2015/Decreto/D8437.htm
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ato2011-2014/2012/lei/l12608.htm ato2015-2018/2017/lei/l13465.htm
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ato2004-2006/2005/lei/l11124.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ http://www2.mma.gov.br/port/conama/
ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm legiabre.cfm?codlegi=714
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ato2015-2018/2017/lei/l13425.htm
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da ineficiência dos processos burocráticos Paulo: Malheiros Editores, 2008.
para a aprovação de obras habitacionais,
Setembro 2009. Abramat e Fundação • CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE
Getúlio Vargas FGV. MUNICÍPIOS. CNM. Brasil. Disponível em:
https://www.cnm.org.br/.
• PROPOSTA DE POLÍTICA INDUSTRIAL PARA
A CONSTRUÇÃO CIVIL – EDIFICAÇÕES, • ANDRADE, L. T. Manual de Direito
outubro de 2008. Departamento da Indústria Urbanístico. São Paulo: Thomson Reuters
da Construção – DECONCIC – FIESP. Brasil, 2019.
187