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Álgebra de Boole
Álgebra de Boole
Matemática
Álgebra de Boole
Y = AB + AB
Y = A ⊕B
SENAI-SP, 2004
Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos conteúdos extraídos da
Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP.
1ª edição, 2004
Equipe Responsável
Cód. 120.10.001
Sumário
Página 4 Introdução
5 Operações booleanas
6 Funções lógicas
7 Tabela - verdade
13 Portas lógicas
50 Problemas
61 Bibliografia
Álgebra de Boole
INTRODUÇÃO
George Boole, matemático inglês do século XIX (1815-1864), desenvolveu a teoria da lógica
binária com a intenção de explicar o funcionamento do pensamento humano.
Julgava ele que a dinâmica do pensamento tinha, como base, três operações lógicas (produto,
soma e inversão) que, combinando entre si, desencadeavam desde o mais simples até o mais
complexo raciocínio.
Essas três operações lógicas utilizam apenas dois símbolos aritméticos (0 e 1) que devem ser
entendidos não como números, mas como estados lógicos antagônicos. Considerando, por
exemplo, o símbolo 1 como representativo da ocorrência de um fato, o símbolo 0 será a negação
dessa ocorrência, ou seja, a não ocorrência dele.
A tabela abaixo apresenta outras situações às quais podemos atribuir os estados lógicos 0 e 1.
Tabela
Estados Situações
lógicos
1 SIM VERDADEIRO LIGADO ACESO ABERTO MOVIMENTO
0 NÃO FALSO DESLIGADO APAGADO FECHADO REPOUSO
Assim, partindo de apenas 3 operações lógicas e 2 símbolos, foi possível construir toda uma
teoria algébrica composta de vários teoremas e tabelas que tiveram, posteriormente, grande
aplicação na eletrônica e na computação.
OPERAÇÕES BOOLEANAS
Operação Produto ( . )
Define-se que:
0.1 = 0
1.0 = 0
1.1 = 1
Operação Soma ( + )
Define-se que:
0+1=1
1+0=1
1+1=1
Define-se que:
1 =0
Resumindo, temos:
FUNÇÕES LÓGICAS
Tal qual as funções reais, as funções lógicas operam com variáveis independentes (elementos
de entrada: 0 ou 1) e variáveis dependentes (elementos de saída: 0 ou 1).
TABELA - VERDADE
Construção
Deve conter linhas e colunas suficientes para alojar todas as combinações possíveis de todos
os estados lógicos das variáveis binárias independentes, incluindo os estados lógicos resultantes.
Disposição
Exemplo
Função lógica: Y = A. ( B + C )
Variáveis independentes: A, B, C (n = 3)
Variável dependente: Y
Tabela-verdade
nº de linhas = 2n + 1 (1ª)
nº de colunas = 7
A B C B C B +C Y = A . (B + C )
0 0 0 1 1 1 0
0 0 1 1 0 1 0
0 1 0 0 1 1 0
0 1 1 0 0 0 0
1 0 0 1 1 1 1
1 0 1 1 0 1 1
1 1 0 0 1 1 1
1 1 1 0 0 0 0
Exercícios
1. Y = (A + B) . C
2. Y = AB + AB + B C
P1: A+0=A
P2: A+1=1
P3: A+A=A
P4: A+ A=1
P5: A.0=0
P6: A.1=A
P7: A.A=A
P8: A. A=0
P9: A =A
P10: A + B = B + A
P11: ( A + B ) + C = A + ( B + C )
P12: A . B = B . A
P13: ( A . B ) . C = A . ( B . C )
P14: A . ( B + C ) = A . B + A . C
P15: ( A + C ) . ( B + C ) = A . B + C
P16: A + A . B = A (absorção)
P18: A . ( A + B ) = A
P19: A . ( A + B ) = A . B
P20: ( A + B ) . ( A + B ) = A
Observação
O ponto (.), que indica a operação booleana E, foi omitido do P21. A omissão é sempre válida.
Qualquer uma dessas propriedades ou teoremas pode ser demonstrada pela tabela-verdade.
Como exemplo, vamos demonstrar o teorema da absorção (P16), pois trata-se de um excelente
recurso para simplificação de expressões lógicas, como veremos mais adiante. Eis a sua
demonstração pela tabela-verdade.
A B AB A + AB
0 0 0 0
0 1 0 0 A + AB = A
1 0 0 1
1 1 1 1
Comparando os resultados obtidos na 1a e última coluna, verificamos que são idênticos, o que
demonstra o teorema.
Isso justifica o nome de absorção, ou seja, a variável A aparecendo sozinha absorve qualquer
termo que contenha A multiplicada por outra variável. Assim, uma expressão do tipo:
Y = A + A C + ABD + ACD + BC
Pode ser reduzida a Y = A + BC, pois todos os termos intermediários: A C , ABD e ACD são
absorvidos por A.
O teorema da translação do complemento (P21) também pode ser demonstrado pela tabela-
verdade.
AB + B C + C A = A B + B C + C A
Portanto, vamos construir duas tabelas-verdades e constatar que os resultados finais são
iguais, isto é, Y1 = Y2.
A B C A B C AB B C C A Y1 = A B + B C + C A
0 0 0 1 1 1 0 0 0 0
0 0 1 1 1 0 0 0 1 1
0 1 0 1 0 1 0 1 0 1
0 1 1 1 0 0 0 0 1 1
1 0 0 0 1 1 1 0 0 1
1 0 1 0 1 0 1 0 0 1
1 1 0 0 0 1 0 1 0 1
1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
A B C A B C A B B C C A Y2 = A B + B C + C A
0 0 0 1 1 1 0 0 0 0
0 0 1 1 1 0 0 1 0 1
0 1 0 1 0 1 1 0 0 1
0 1 1 1 0 0 1 0 0 1
1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
1 0 1 0 1 0 0 1 0 1
1 1 0 0 0 1 0 0 1 1
1 1 1 0 0 0 0 0 0 0
Exercícios
Verificar que:
1. AB + A B + A B = A + B
2. AB + A B + A B + A B = 1
3. (A + B) . ( A + B ) = A B + A B
4. ABC + AB C + A B C = A (B + C)
Teorema de De Morgan
O inversor de uma função booleana é uma nova função obtida pela inversão de todas as
variáveis da função original e pela substituição dos operadores E por OU e vice-versa.
10) A ⋅ B = A + B
20) A + B = A . B
Y = A + B + C + ... ⇒ Y = A . B . C . ...
Y = A . B . C . ... ⇒ Y = A + B + C + ...
Exercícios
Prove que:
1. A ⋅ B ≠ A . B
2. A + B ≠ A + B
3. A ⋅ B ⋅ C = A + B + C
4. A + B + C = A . B . C
PORTAS LÓGICAS
Matematicamente, as variáveis binárias independentes (A, B, C, ...) entram na porta lógica, são
operadas segundo a sua função específica e a porta apresenta, na saída, a variável dependente Y
(função lógica).
Os sistemas digitais mais complexos, tais como os computadores de grande porte, são
construídos a partir das portas lógicas básicas. Essas portas operam segundo a álgebra de BOOLE e
serão estudadas a seguir.
Todos os símbolos que representam as portas lógicas estão de acordo com as normas da ASA
(American Standard Association).
Porta E
A B AB
Função lógica: Y = A.B
0 0
0 1
A
A.B 1 0
B
1 1
Porta OU
A B A+B
A
A+B 0 0
B
0 1
1 0
1 1
Porta SIM
A A
0
A A
1
Porta NÃO
Função lógica: Y= A
Y
A A
A A 0
1
Porta NÃO E
Função lógica: Y = A ⋅B A B AB AB
0 0
0 1
A
A ⋅B 1 0
B
1 1
Porta NÃO OU
A B A+B A +B
Função lógica: Y = A +B 0 0
0 1
1 0
A
A +B 1 1
B
Porta OU EXCLUSIVO
A B A B A B AB A B + AB
Função lógica: Y = A B + AB = A ⊕ B
0 0
0 1
A
A⊕B 1 0
B 1 1
Porta EQUIVALÊNCIA
A B A B AB AB AB + A B
Função lógica: Y = AB + A B = A ⊕ B
0 0
0 1
A
1 0
A ⊕B
B 1 1
Muitos problemas de lógica digital utilizam-se de portas lógicas. Essas portas podem combinar
entre si formando estruturas mais complexas às quais chamaremos circuitos lógicos. Cada circuito
lógico pode ser representado por uma expressão booleana e esquematizado por um diagrama lógico.
Entradas
Y Saída
Tabela-verdade:
Exercícios
a)
A
Tabela-verdade:
b)
A
B
C
Y
Tabela-verdade:
c)
A
B
C
Tabela-verdade:
d) A
B
C
Y
Tabela-verdade:
a) Y = A + B C
b) Y = ABCD + B C + A D
c) Y = (A + B + C ) ( A + C)
d) Y = AB + B C
e) Y = (A + B) . ( A +B )
As funções lógicas podem ser implementadas de diversas maneiras. Há algum tempo, essas
funções eram executadas por circuitos com relés e válvulas a vácuo. Hoje em dia, utilizam-se
pequeninos circuitos integrados que funcionam como portas lógicas. Eles contêm o equivalente de
resistores, diodos e transistores miniaturizados.
Entre os vários tipos de CIs encontrados no mercado, a família TTL (Lógica Transistor -
Transistor) de circuitos lógicos é a mais conhecida.
CI - 7408
1 Vcc 14
Entalhe
2 13
3 12
4 11
Pino 1 5 10
6 9
7 GND 8
Outros CIs tipo DIP da família TTL, mais utilizados, estão ilustrados a seguir.
2 13 2 13 2 13
3 12 3 12 3 12
4 11 4 11 4 11
5 10 5 10 5 10
6 9 6 9 6 9
2 13 2 13 2 13
3 12 3 12 3 12
4 11 4 11 4 11
5 10 5 10 5 10
6 9 6 9 6 9
A
B
(I)
Tabela-verdade:
A B A B AB A B AB Y
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 1 0 0 1 0 1
1 0 0 1 1 0 0 1
1 1 0 0 0 0 1 1
A B A+B Y=A+B
0 0 0 A
0 1 1 Y
1 0 1 B
1 1 1 ( II )
Dessa forma, pode-se dizer que o circuito lógico ( I ) é não simplificado, a expressão booleana
a) método algébrico;
b) mapas de Karnaugh.
Método Algébrico
(P14): Y = AB + B ( A + A)
(P4, P6): Y = AB + B
(P10): Y = B + BA
(P17): Y=B+A
Y = (A + B) ( A + B )
(P14): Y = A A + AB + A B + BB
Y = AB + A B ou Y = A ⊕ B (porta OU-EXCLUSIVO)
Exercícios
1. Y = AB + AB + A B + A B
2. Y = ABC + AB C + A B C
3. Y = AB C + A B C + A B C + ABC
4. Y = A B C D + A B CD + A B C D + A BCD + A BCD
5. Y = (A + C) (B + C) (D + C)
6. Y = (A + B + C) (A + B + C ) (A +B )
7. Y = A B C D + A B C D + AB C D + AB C D
8. Y = (A + B + C) (A + B + D) (B + CD)
9. Y = A B C + A BC + AB C + AB C + AB C + ABC
10. Y = (A + B + C) (A + B + C) ( A + C)
É interessante observar que basta escolher apenas uma dessas duas saídas para obter a
função lógica e, a partir dela, reconstruir toda a tabela.
Saída 1 (um)
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1
Nesse caso, vamos adotar que qualquer variável expressa por 1 será “normal” (A, B, C) e
Observamos que somente duas combinações das variáveis geram a saída 1 (2a e 8a linhas).
Estas duas combinações são submetidas a uma operação OU para formar a expressão
booleana completa da tabela-verdade, isto é:
Y = A BC + A B C
A ABC
B
C
Y
A BC
Saída 0 (zero)
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
Nesse caso, adotaremos que qualquer variável expressa por 0 será “normal” (A, B, C) e
Podemos construir um outro tipo de expressão booleana chamada Forma de Termos Máximos
ou Produto-de-Somas.
5 a expressão A + B + C.
Y = (A + B + C ) (A + B + C) ( A + B + C)
A + B+ C
A+B+C
Tanto a expressão booleana Forma de Termos Mínimos como a Forma de Termos Máximos
são amplamente utilizadas nos projetos lógicos.
Para confirmar essa idéia, analise como exercício a tabela-verdade abaixo, construa as duas
expressões booleanas (Soma-de-Produtos e Produto-de-Somas) e verifique a equivalência entre elas.
Entradas Saída
Expressão Soma-de-produtos:
A B Y
0 0 1 Y1 =
0 1 0
Expressão Produto-de-somas:
1 0 0
1 1 1 Y2 =
Equivalência:
Diagramas correspondentes
Y1 Y2
Exercícios
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
Y1 =
b) Desenhar o diagrama lógico que executará a função lógica expressa na fórmula Y1.
Y2 =
d) Desenhar o diagrama lógico que executará a função lógica expressa na fórmula Y2.
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 0
Y1 =
Y2 =
d) Desenhar o diagrama lógico que executará a função lógica expressa na fórmula Y2.
Mapas de Karnaugh
Consiste num método gráfico de eliminação de variáveis baseado nos teoremas booleanos,
conforme justificaremos adiante.
Os mapas tomam diferentes formas de acordo com o número de variáveis lógicas envolvidas na
expressão.
1° Etapa: construir uma expressão booleana de Termos Mínimos a partir de uma tabela-
verdade. Essa expressão será denominada expressão booleana não simplificada.
2° Etapa: construir o mapa cuja forma depende do número de variáveis. Alguns tipos de mapas
estão esboçados abaixo.
a) Duas variáveis:
B B
A
b) Três variáveis:
AB AB AB AB
C
C
Observação
A distribuição dos termos horizontais no mapa não pode ser aleatória. Note que o
AB AB AB AB
C
C
c) Quatro variáveis:
AB AB AB AB
CD
CD
CD
CD
Observe que termos adjacentes têm, sempre, variáveis comuns que servem de
“ponte” entre um termo e outro, tanto na horizontal como na vertical.
d) Cinco variáveis:
DE
DE
DE
DE
Note que os termos horizontais (formados por três variáveis) têm duas variáveis
3° Etapa: plotar números 1 no mapa para cada termo da expressão de termos mínimos
construída na 1a Etapa.
4° Etapa: consiste em eliminar variáveis, seguindo, para isso, a regra básica: quando uma
variável e seu complemento estiverem dentro do mesmo laço, ambos serão
eliminados.
Exemplo
Entradas Saída
A B Y
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
1a Etapa: Y = A B + A B + AB
2a e 3a Etapas:
B B
A 1 1
A 1
Outro exemplo
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
2a e 3a Etapas:
AB AB AB AB
C 1 1 1
C 1
4a Etapa:
5a Etapa: Y = AB + BC + CA
Exercícios
Entradas Saída
A B C D Y
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1
0 0 1 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 0 0
CD CD CD CD
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
AB
0 1 1 1 1 AB
1 0 0 0 0 AB
1 0 0 1 1
AB
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 0
1 1 0 1 1
1 1 1 0 0
1 1 1 1 1
Y =
3a Etapa: plotar o número 1 no mapa para cada saída 0 da tabela-verdade, enlaçando a seguir
os grupos adjacentes de 8, 4 ou 2 números 1 juntos.
Exemplo
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
1a Etapa: Y = (A + B + C) ( A + B + C) ( A + B + C)
2a e 3a Etapas:
A +B A +B A+B A+ B
C 1 1 1
4a Etapa:
5a Etapa: Y = ( A + C) (B + C)
Mesmo aquelas expressões lógicas muito extensas que no processo de simplificação pelo
método algébrico levem a dois resultados aparentemente diferentes, após uma análise da tabela-
verdade dessas situações, terão o mesmo resultado.
Exemplo
Suponhamos que dois matemáticos façam a simplificação de uma mesma expressão lógica por
métodos diferentes: o primeiro comece pelo método algébrico e chegue à seguinte expressão:
Y1 = C + A B D
Y2 = A C + BC +DC + A B D
Ora, admitindo que não tenham cometido erros nos processos de simplificação, ambas as
expressões devem ser equivalentes.
Pela álgebra tradicional bastaria provar que o primeiro termo de Y1, C, é igual à soma dos três
primeiros termos de Y2, A C + BC + DC, já que o último termo das duas expressões, A B D , é o
mesmo.
Tal raciocínio pode induzir os matemáticos a concluir que Y1 é diferente de Y2, ou então que um
dos dois errou na simplificação.
No entanto, para a álgebra de Boole tal procedimento é incorreto e pode ser resolvido por outro
caminho.
Y2 = C ( A + B + D) + A B D
Y2 = C (ABD ) + AB D
chamando A B D de X, temos:
Y2 = C X + X
Y2 = C X + X = C + X = C + AB D
Y1
Portanto:
Ainda a respeito do mapa, deve-se observar que na distribuição horizontal e vertical das
variáveis lógicas, algum número 1 pode ser plotado isoladamente dos demais, não tendo com quem
se enlaçar.
Neste caso, pode-se refazer o mapa com nova distribuição de variáveis lógicas, tentando
aproximar este 1 isolado de outros adjacentes.
Se ainda não for possível enlaçá-lo, significa que o termo referente a ele deve permanecer
isolado e certamente aparecerá na expressão booleana simplificada. Por exemplo, no mapa a seguir,
a expressão final será:
AB AB AB AB
Y = A C + A BC D
CD 1 1
CD 1 1
já que o termo A B C D não tem
CD 1
“companheiro” para enlaçamento
CD
Exercícios
Entradas Saída
A B C D Y
0 0 0 0 0
0 0 0 1 0
0 0 1 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
0 1 1 1 1
1 0 0 0 0
1 0 0 1 1
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1
1 1 0 0 1
1 1 0 1 1
1 1 1 0 1
1 1 1 1 1
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
Exercícios de revisão
a) A B + AB + A B + A B =
b) AB C + A B C + A B C + ABC =
c) A B C D + A B CD + A B C D + A BCD + A B C D =
a) ABC + ABC =
b) AB + A C + A =
d) A B CD + ABC D + A B C D + ABCD =
F = (A + B) (C + D + E )
PROBLEMAS
A seguir, são apresentados alguns problemas que podem ser equacionados pelas funções
lógicas booleanas.
1°) estabelecer a função lógica definindo seus dois estados lógicos (0 e 1);
2°) estabelecer as variáveis lógicas independentes, definindo também seus estados lógicos (0
e 1);
Exemplo
Uma esteira rolante entra em funcionamento quando pelo menos um dos dois botões de
comando é acionado e quando um sensor indica a presença de carga na esteira.
Pergunta-se:
1. Função lógica: Y
Estado lógico
Esteira em funcionamento 1
Esteira não funcionando 0
3. Tabela-verdade:
Entradas Saída
A B C Y
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
Y = A BC + A B C + ABC
(Expressão de termos mínimos)
5. Simplificação:
Y = A BC + A B C + ABC
Y = A BC + AC ( B + B)
Y = A BC + AC
Y = C ( A B + A)
Y = C (A + B)
Y = AC + BC
A AB
B
Y
C BC
Problemas
Você encontrará agora afirmações que representem situações nas quais se aplica a álgebra
booleana.
3. Uma célula fotoelétrica dispara uma campainha quando a luz não estiver acesa ou um
obstáculo bloquear o contato entre os seus pólos.
5. A lâmpada do teto acende quando qualquer das duas portas do carro está aberta.
10. Duas bombas transportam fluido de lugares diferentes para o mesmo tanque. As saídas
das bombas estão ligadas à mesma linha de alimentação do tanque, de modo que o
acionamento das bombas deve ser alternado e a alimentação do fluido, contínua. As duas
bombas não devem ser acionadas simultâneamente, pois o aumento da pressão
danificaria a tubulação.
12. O sistema de iluminação de uma sala é ligado a 4 interruptores e só funciona quando mais
da metade desses estão ligados ao mesmo tempo.
13. Uma lâmpada é acesa num painel de operação do METRÔ cada vez que ocorre uma
situação de emergência no funcionamento de 4 sistemas (A, B, C, D) importantes e
dependentes entre si. As situações perigosas e que acendem a lâmpada são:
14. O sistema de segurança de um prédio, com uma entrada principal (A) e quatro entradas
laterais (B, C, D, E), aciona um alarme quando a porta principal estiver aberta ao mesmo
tempo que 2 ou mais portas laterais estiverem abertas.
a) A e C defeituosos;
b) A, B e D defeituosos;
c) C e D defeituosos.
Assim, os diagramas de Venn utilizados na teoria dos conjuntos podem ser adaptados à
álgebra de Boole formando os diagramas de subgrupo. Temos, como exemplo, os seguintes
subgrupos:
A B C
A B C
D 0 AB (A ∩ B)
D 1 AB
A + B (A ∪ B) CD CD
2. Essa figura seria construída pela superposição dos diagramas A e B obtendo-se o produto
A B ( A ∩ B).
soma A + A B (A ∪ A B).
Vejamos um exemplo:
Vamos considerar uma porta NE de apenas uma entrada. Para isso, basta conectar as duas
entradas numa só como mostram as figuras a seguir.
(1)
Entradas
( 3 ) Saída (NE com duas entradas)
(2)
(1)
(2)
Entrada (1) A
Entrada (2) A
Porta NE: A .A = A
Saída (3) A
Conclusão
Portanto:
equivale a
É evidente que para obtermos uma porta SIM, basta associar duas portas NE de uma entrada
em série.
(1) (3)
A
(5)
Y
B
(2) (4)
O que os projetistas tentam evitar é o uso desnecessário de muitas portas associadas, pois a
energia vai sendo consumida ao longo do circuito e talvez não seja suficiente para alimentá-lo
inteiramente. Entretanto, quando não se dispõe desta ou daquela porta, pode-se substituí-las por
combinações de portas NE (ou NOU) como verificaremos nos exercícios seguintes.
Exercícios
1. Construa uma porta NOU conectando as duas entradas numa só e verifique a saída. Que
tipo de porta é obtido?
BIBLIOGRAFIA
Azevedo Jr., João Batista de. TTL/CMOS, Teoria e Aplicação em Circuitos Digitais. Editora
Érica.