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IF Aurelio
IF Aurelio
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
organizacionais
Estrutura Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
(expressão escrita
Conteúdo
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
Exploração dos
2.5
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ..................................................................................................................................5
Objectivos específicos............................................................................................................5
AMNISTIA ................................................................................................................................6
Conclusão.................................................................................................................................10
Bibliografia ..............................................................................................................................11
Introdução
Segundo Villa-Vicencio, reconciliação «pode significar um acordo para fazer cessar as
mortes entre as partes» (Villa-Vicencio, 2004: 6). Lederach, por outro lado, define a
reconciliação como «o lugar onde se encontram a Verdade e a Compaixão, a Justiça e a Paz»
(Lederach, 1998: 29).
Objectivo geral
Conhecer os pressupostos da paz e justiça social em Moçambique.
Objectivos específicos
Conceber o percurso democrático moçambicano;
Reconhecer a existência de uma dimensão democrática implantada na segunda (2ª)
República do que na primeira (1ª).
Metodologia usada
Para a elaboração do presente trabalho para além dos conhecimentos práticos que possuo,
basei-me na pesquisa bibliográfica, onde trouxe interpretações sólidas e fundamentadas por
diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão.
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AMNISTIA
Uma amnistia pode ser incondicional (Moçambique, 1992), ou pode incluir algumas
condições prévias (Argélia, 1999); pode ser aplicada tanto a funcionários governamentais como
não governamentais (El Salvador, 1992), ou apenas a funcionários governamentais (França,
1962), entre outras possibilidades (Freeman, 2009: 12-13).
Outros postulam, pelo contrário, que as leis de amnistia são mecanismos úteis, que não
só permitem aos indivíduos partilhar novamente o mesmo espaço social, como promovem a
reintegração de ex-combatentes nesse mesmo espaço. O argumento aqui é que as amnistias
podem reduzir o conflito político e minimizar as possibilidades de retorno da violência,
facilitando, assim, a paz e a reconciliação (Skaar, 2013; Freeman, 2009).
6
(Mallinder, 2008: 18). Esta é também a lógica do nosso método contabilístico, explicado mais
adiante. A ideia que subjaz à combinação de amnistias com diversas medidas é que as amnistias
podem incentivar, por exemplo, a divulgação de informação mais ampla, não contribuindo
necessariamente para a amnésia. Além disso, as amnistias também podem servir para (1)
incentivar os combatentes a renderem-se e a desarmarem-se; (2) criar confiança entre as
facções beligerantes; (3) facilitar acordos de paz; e (4) libertar prisioneiros políticos (BGAA,
2013: 9).
7
Cumpre o principal objectivo estratégico do Governo da Frelimo, ou seja, o
desmantelamento definitivo da capacidade militar da Renamo. As negociações sobre a
Disposição I (Descentralização e Autonomia dos Governos Provinciais), estrategicamente
muito mais importantes para a Renamo como forma de acesso ao poder político, estavam
concluídas em Março de 2018, resultando delas uma Reforma Constitucional promulgada pelo
Parlamento na Lei 1/2018 de 12 de Junho. Esta reforma prevê, nomeadamente, um certo grau
de autonomia para os governos provinciais e a eleição directa dos governadores das províncias.
Embora o Acordo de Maputo refira a reforma constitucional no seu preâmbulo, nenhum artigo
específico é dedicado a esta matéria da Disposição I.
8
Secretariado da Paz, que foi posteriormente aprovada pelo Governo. No início de Janeiro de
2020, tinham sido registados cerca de 300 combatentes da Renamo e poucas armas de fogo
tinham sido entregues.
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Conclusão
Tal como os acordos de paz de 1992 e 2014, o Acordo de Maputo foi também
concebido com uma lei de amnistia como apêndice. Desta vez, foi a Lei 10/2019, aprovada por
unanimidade pela Assembleia da República a 29 de Julho de 2019. Do ponto de vista jurídico,
o Acordo de Maputo e a Lei 10/2019 são duas leis distintas, mas inter-relacionadas, uma vez
que ambas as partes negociadoras fizeram a assinatura do acordo depender de uma amnistia
geral pelas atrocidades e actos violentos criminosos cometidos durante os confrontos militares
a partir de 2014.
A lógica que subjaz à Lei de Amnistia 10/2019 não é diferente da lógica das antigas leis
de amnistia emitidas no País. A Lei de Amnistia 17/2014 isentou os responsáveis pelos crimes
cometidos durante o ressurgimento do conflito armado, em nome da «estabilidade política, paz
duradoura, confiança, garantias e reconciliação nacional» (Governo de Moçambique, 2014).
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Bibliografia
All Africa (2020). «Renamo demobilization restarts». Disponível em: https://allafrica.com/
stories/202006080150.html (consultado a 7 de Junho de 2020).
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Institute, University of Ulster. https://www.ulster.ac.uk/transitional-justice-institute/
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BUENO, N. (2018). Reconciliation in Mozambique Revisited. Tese de Doutoramento.
Coimbra: Universidade de Coimbra.
Carta (2020). «Governo finaliza integração de oficiais da Renamo no Exército Nacional».
Disponível em: https://cartamz.com/index.php/politica/item/1141-governo-finalizaintegracao
de-oficiais-da-renamo-no-exercito-nacional (consultado a 8 de Julho de 2020).
Deutsche Welle (2020b). «RENAMO reitera compromisso com a paz em homenagem a
Dhlakama». Disponível em: https://www.dw.com/pt-002/renamo-reiteracompromisso-com-a
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FREEMAN, M. (2009). Necessary Evils: Amnesties and the Search for Justice. Nova
Iorque: Cambridge University Press.
HUYSE, L. (2003). «The process of reconciliation». In: D. Bloomfield, T. Barnes, & L.
Huyse (eds.). Reconciliation After Violent Conflict: A Handbook. Estocolmo: International
Institute for Democracy and Electoral Assistance, pp. 19-39.
LEDERACH, J.P. (1998). Building Peace: Sustainable Reconciliation in Divided Societies.
Washington: United States Institute of Peace Press.
MALLINDER, L. (2008). Amnesty, Human Rights and Political Transitions: Bridging the
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Sapo Notícias (2019). «Dez oficiais da Renamo integraram hoje a PRM». Disponível em:
https://noticias.sapo.mz/actualidade/artigos/dez-oficiais-da-renamo-integraramhoje-a-prm
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VERDEJA, E. (2009). Unchopping A Tree: Reconciliation in the Aftermath of Political
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