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Faculdade de Educação
Chimoio
Abril, 2023
Ana Inocenti Salani
Célia Mangueze Alface
Elsa Ricardina Nhabomba
Hernélio Sózimo Juízo Chichaúte
Orízia Alberto Maurício Saidone
Chimoio
Abril, 2023
Índice
CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................... 4
1.0 Introdução .................................................................................................................... 4
1.1 Objectivos .................................................................................................................... 5
1.1.2 Objectivo geral ............................................................................................................... 5
1.1.3 Objectivos específicos ................................................................................................... 5
1.2 Metodologia ................................................................................................................. 5
CAPÍTULO II; FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 6
2.0 Constitucionalismo Democrático ................................................................................. 6
2.1 Constitucionalismo ...................................................................................................... 6
2.2 Democracia ....................................................................................................................... 6
2.2 Constitucionalismo Democrático ................................................................................. 7
2.3 Tipos de Constitucionalismo........................................................................................ 7
3.0 Democracia Socialista .................................................................................................. 8
3.1 Pensamento Político de Jean Jeurès ............................................................................. 8
3.2 Pensamento Político de Léon Blum ........................................................................... 10
3.3 Democracia Radical ................................................................................................... 11
4.0 Pensamento político de Charles Renouvier .................................................................... 11
4.1 Pensamento Político de Alfred Fouillé ...................................................................... 13
4.2 Democracia Cristã ...................................................................................................... 14
4.3 Pograma Político da Democracia Cristã .................................................................... 14
5.0 Democracia de Inspiração Cristã .................................................................................... 15
CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 17
5.1 Conclusão........................................................................................................................ 17
5.2 Referências bibliográficas............................................................................................... 18
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O presente trabalho na sua estrutura apresenta três (3) capítulos, dos quais o primeiro
capítulo (CAPÍTULO I: CONSIDERAÇÕES INICIAIS), ilustra a ideia do que se irá debater
durante o desenvolvimento do trabalho, os objectivos traçados e assim como as metodologias
que serviram de auxílio na realização do mesmo; o segundo capítulo (CAPÍTULO II:
FUNDAMENTAÇÃO teórica), busca fazer compreender a essência daquilo que é o
Constitucionalismo Democrático e sem se quer deixar de lado aquilo são os aspectos
relevantes e relacionados ao tema em destaque; por fim o terceiro capítulo (CAPÍTULO III:
CONSIDERAÇÕES FINAIS), que é no qual estão apresentadas as conclusões obtidas assim
como as referências bibliográficas que representam as obras recorridas e tidas como bases
para a efectivação do trabalho.
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1.1 Objectivos
2.2 Democracia
O termo democracia tem origem grega, podendo ser etimologicamente dividido da
seguinte maneira: demos (povo), kratos (poder). Em geral, democracia é a prática política de
dissolução, de alguma maneira, do poder e das decisões políticas em meio aos cidadãos.
Para definir democracia, Bobbio (2001), entende que antes de mais nada que desde
que o mundo é mundo, democracia significa governo de todos ou de muitos ou da maioria,
contra o governo de um só ou de poucos ou de uma minoria.
Neste contexto, não há democracia sem participação do povo. De sorte que a participação
do povo aponta para as forças sociais que vitalizam a democracia e lhe ensinam o grau de
legitimidade e eficácia no quadro social das relações de poder.
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De forma geral, aponta-se como traço comum de suas diversas vertentes uma rejeição
ao elitismo interpretativo e à centralidade das cortes da teoria constitucional tradicional e uma
oposição ao monopólio da interpretação constitucional, aderindo à concepção de que todos
aqueles que vivem sob a vigência de uma determinada Constituição estão aptos a interpretá-
la, em uma ideia de interpretação constitucional protestante (POZEN, 2010).
Entretanto, a ideia socialista do proletário age, pela sua sublimidade e pela sua
compreensão de uma democracia incerta, contra um capitalismo terrível, mas enredado em
inúmeras contradições. Graças a ela, o proletário transformado, erguido ao papel da grande
classe humana, ganha direitos sobre a democracia (TOUCHARD, 2003).
Jean Jeurès afirma ainda que o estado, numa democracia não é exclusivamente um
estado de classe a sê-lo cada vez menos: o estado não exprime uma classe, exprime a relação
entre as classes, a relação de forças entre elas. Logo tem por função manter, proteger as
garantias de ordem e de civilização comuns a ambas as classes, tornar eficaz o primado da
classe que domina através da propriedade, da luzes e da organização, e abrir a classe
ascendente vias proporcionais ao seu poder real, a força e a amplitude do seu movimento de
ascensão (TOUCHARD, 2003).
As medidas que o regime de uma nação vai sendo mais democrático, tornam-se mais
difícil o golpe de mão e as revoluções imprevisíveis e ocasionais. Em primeiro lugar, o
recurso a força para ser menos desculpável a consciência comum quando todos podem
exprimir livremente os seus agravo e contribuir em pé de igualdade para o andamento dos
assuntos públicos (TOUCHARD, 2003).
Por fim, convêm por tónica na organização do partido: com uma argumentação e
objectivos opostos, Jeurès vai ao encontro de Lenine. Mas, para agir em democracia
parlamentar, é preciso integrar a representação socialista numa maioria democrática, o que
suscita o problema do reagrupamento das tendências dispersas (TOUCHARD, 2003). O
partido unificado é, pois, a instituição adequada, graças a qual o socialismo pode conservar-
se, concentrar-se e expandir-se até conquistar a nação inteira.
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De forma mais sucinta, Jeurès afirma que numa a transformação progressiva, em plena
democracia e graças a democracia, do regime capitalista em regime socialista ou seja, uma
sociedade onde o trabalho será soberano, onde não haverá opressão, nem exploração, onde os
esforços de todos serão livremente harmonizados, onde a propriedade social será a base e a
garantia do desenvolvimento individual.
Segundo Touchard (2003), Léon Blum não recusa a priori a ideia de ditadura do
proletariado, isto é, o livre poder de um ou vários homens tomarem todas medidas exigidas
por uma situação concreta – mas pretender decidir antecipadamente da sua forma é pura
contradição.
De acordo com Touchard (2003), tendo recusado a solução soviética, Leon Blum insiste nas
duas possibilidades tradicionalmente discutidas pelo socialismo francês: a hipótese da conquista
total do poder e a táctica reformista da participação ministerial.
Em qualquer caso, implica uma ruptura com a ordem anterior e uma fase da transição
ditadura do proletariado no sentido restrito que Leon Blum dá a expressão ou simplesmente férias
da legalidade (TOUCHARD, 2003). A participação no poder consiste, pelo contrário na detenção
consentida e controlada pelo partido, de uma ou várias pastas num ministério burguês.
Ora em 1925-1926 Leon Blum e a maioria dos partidos consideram que não estão
preenchidas as condições para a conquista e que nos tempos mais próximos, há poucas hipóteses de
que isso aconteça (TOUCHARD, 2003).
Touchard (2003), diz que Leon introduz uma distinção capital que se tornara clássica no
partido, mas que no exterior não foi bem compreendida. Ao lado da conquista do poder, que seria o
fim do regime capitalista distingui em exercício de poder, no qual o partido assume a direcção do
governo dentro do capitalismo.
Para Léon Blum, o livre poder de um ou vários homens tomarem todas medidas
exigidas por uma situação concreta, por um partido assente na vontade e na liberdade
populares, na vontade das massas, trata-se de uma ditadura impessoal e não de uma ditadura
exercida por um partido centralizado.
como valor máximo, sem excluir, contudo, o sentido de sociedade como valor necessitante,
ou melhor, indivíduo e sociedade não são pensados como constituições antagónicas ente
si, mas que revelam nessa associação o plano social como pano de fundo de
realização do indivíduo, obviamente orientado pelo dever como um valor a ser
perseguido no combate ao atomismo individualista (PRÉLOT & LESCYER, 2000, p. 95).
Liberdade, diz ele, em um sentido muito mais amplo do que Kant, é característica
fundamental do homem. A liberdade humana actua na fenomenal, não em uma esfera
imaginária. A crença não é meramente intelectual, mas é determinado por um acto de vontade,
afirmando o que temos de ser moralmente bom (TOUCHARD, 2003).
Ele acreditava que uma soma infinita deve ser um nome de algo incompleto. Se
alguém começa a contar, "um, dois, três..." Nunca há um momento em que um tem o direito
de gritar "infinito"! Infinito é um projecto, nunca um fato, na opinião neocritical.
Prélot e Lescyyer (2000), salienta que o personalismo, assenta sobre um certo número
de postulados:
A pessoa é a origem de todos os valores;
A comunidade (ou pessoa comum) é tão originária como a pessoa: a reciprocidade
das consciências é primeira em relação ao sentimento da individualidade;
O respeito e a valorização da pessoa constituem o melhor escudo contra qualquer
irracionalismo mortífero e contra qualquer tentação totalitária.
Charles Renouvier afirma que a liberdade permite que o homem consiga aquilo que
os demais animais conseguem mediante aos instintos, na liberdade confluem as melhores
energias do homem, que são o conhecimento e a vontade. O acto livre não é um acto
cego, instintivo, todavia, é um acto da vontade iluminada pela razão.
Importa salientar que o estado de sociedade é involuntário. Fouillé mostra que nem
todas obrigações são contratuais. Algumas nascem da natureza, como diziam os romanos.
Apesar disso, vinculam tanto como se resultam de um contrato (TOUCHARD, 2003). Por isso
se lhe dá o nome de quase-contracto. É esse o carácter da relação entre o indivíduo e a
totalidade dos membros reunidos em sociedade e também com aqueles chefes eleitos,
tradicionais ou mesmo usurpadores, que tem encargo de governar (PRÉLOT & LESCYER,
2000).
Acima disso, obteve-se também como conclusões que no seu pensamento político
sobre a Democracia radial, Alfred Fouillé reconhece que a liberdade é tão necessária ao
desenvolvimento da sociedade como ao progresso do indivíduo, o único limite que se lhe
impõe é o direito de outrem, mas verifica-se que em virtude de só existir graças ao meio
social e outro precursor da mesma ideia da Democracia radical que é Charles Renouvier
afirma que a liberdade permite que o homem consiga aquilo que os demais animais
conseguem mediante aos instintos, na liberdade confluem as melhores energias do
homem, que são o conhecimento e a vontade. O acto livre não é um acto cego,
instintivo, todavia, é um acto da vontade iluminada pela razão.
CARPINTIER, J., & LEBRUN, F. (2002). História da Europa (3ª ed.). Lisboa, Portugal:
Editora Estampa.
LANDAU, E., & MOUFFE, C. (1985). Hegemony and socialist strategy: towards a radical
democratic politics. Loundres: Verso.
PRÉLOT, M., & LESCYER, G. (2000). História das ideias políticas. Lisboa, Portugal:
Editorial Prresença.
REZENDE, A. P., & DIDIER, M. T. (2001). Rumo da História Geral e do Brasil. Lisboa,
Portugal: Actual Editora.