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Universidade Licungo

Faculdade de ciências de Educação e Psicologia


Licenciatura em Administração e Gestão de Educação

Origem dos Direitos Humanos

Quelimane
2021
ii

Origem dos direitos humanos

Trabalho de Pesquisa do curso de


Licenciatura em Administração e Gestão de
Educação da Faculdade de ciências de
Educação e Psicologia, com a finalidade de
avaliação na cadeira de Tema Transversal

Docente:

Quelimane
2021

Índice
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1 Introdução.....................................................................................................................3

1.1 Objectivos.....................................................................................................................4

1.1.1 Geral.............................................................................................................................4

1.1.2 Específicos....................................................................................................................4

1.2 Metodologias................................................................................................................4

2 Fundamentação Teórica................................................................................................5

2.1 Direitos.........................................................................................................................5

2.2 Direitos humanos..........................................................................................................5

2.2.1 Origem dos direitos humanos.......................................................................................5

2.2.2 Características dos direitos humanos............................................................................7

2.2.3 Leis sobre os direitos humanos.....................................................................................7

2.2.4 A declaração universal da ONU de 1948.....................................................................7

2.2.5 Direitos humanos em Moçambique..............................................................................9

2.2.6 Género e Direitos Humanos........................................................................................10

3 Conclusão...................................................................................................................11

4 Referencias bibliográficas..........................................................................................12
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1 Introdução

Este trabalho visa contribuir com o debate da questão da origem dos direitos humanos,
considerado que o tema é de grande relevância para a sociedade como um referencial amplo
de questões que devem ser perseguidos por ela. Os direitos humanos exprimem uma
antinomia fundamental na sociedade humana, antinomia que vai da relação entre Homem e
sociedade à relação do indivíduo com todos os seus congêneres.

Ao destacar a trajetória histórica de definição dos direitos humanos, desde a mais remota
antiguidade das sociedades humanas até o tempo presente, aponta-se para a percepção da
humanidade sobre a necessidade de garantir direitos fundamentais. Na definição destes
direitos está presente, desde os tempos remotos, a paz social com a aplicação da justiça e os
meios necessários para a dignidade e sobre vivência humanas. Sem as garantias básicas as
sociedades são envolvidas em crises que resultam em conflitos que, ao final acaba afetando a
todos, mesmo as elites que se dão o direito de negar dignidade aos demais.

Quanto a estrutura o trabalho apresenta uma introdução, objectivos, a metodologia,


fundamentação teoria, conclusão e as respectivas referencias bibliográficas.
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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
 Conhecer a origem dos direitos humanos

1.1.2 Específicos

 Descrever a declaração dos direitos humanos;


 Descrever a origem dos direitos Humanos;
 Explicar os direitos humanos em Moçambique.

1.2 Metodologias

Para Marconi & Lakatos (1992), “método é o caminho pelo qual se chega a determinado
resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo reflectido e
deliberado” (p. 44).

A pesquisa bibliográfica é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a


junção, ou reunião, do que se tem falado sobre determinado tema. Nesta pesquisa será
aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte científico mediante o
comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por diversos autores em torno
do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será aplicada de modo a ajudar na
triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e, observados pelo autor do
trabalho no decurso desta.
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2 Fundamentação Teórica
2.1 Direitos
Conceito:

Segundo (Ruggiero & Maroio, 1955), direito é a norma das acções humanas na vida social,
estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente à observância de todos.

(Reale, 1955), em Lições Preliminares de Direito, afirma que "aos olhos do homem comum o
Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência
social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros".

2.2 Direitos humanos

Para (Cranston, 1973), um direito humano, por definição, é um direito moral universal, algo
que todos os homens em todos os lugares, em todos os tempos, devem ter, algo de que
ninguém pode ser privado sem uma afronta grave à justiça, algo que é devido a cada ser
humano simplesmente porque ele é humano.

Outra possibilidade de conceituação dos direitos humanos é aquela realizada a partir da


seguinte classificação: direitos humanos como direitos ou como processo e dinâmica social
para a obtenção de direitos. De acordo com a primeira concepção, o conteúdo básico e
tradicional dos direitos humanos são os direitos em si mesmos. Podem, então, ser
conceituados como o “direito a ter direitos” (Flores, 2009, p. 33).

2.2.1 Origem dos direitos humanos

Para (Oliveiras, 2017), o movimento contemporâneo pelos direitos humanos teve origem na
reconstrução da sociedade ocidental ao final da segunda guerra mundial. Neste sentido, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, é um marco que veio responder às
atrocidades que aconteceram durante a segunda guerra mundial.

Os direitos humanos não surgiram com a declaração universal dos direitos humanos. Duas
histórias podem ser contadas a respeito da sua origem. A primeira história associa a ideia de
direitos humanos a um certo consenso cultural e religioso. De acordo com essa abordagem,
há uma ética ou uma moral comum a todas as culturas e religiões e que pode ser expressa em
termos de direitos.
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A segunda história considera os direitos humanos como o resultado de um longo processo de


evolução, que implica numa promessa de progresso e almeja a um futuro feliz. Esta ideia de
progresso inevitável da sociedade humana ganhou força com o debate filosófico que precedeu
e inspirou a Revolução Francesa e resultou na primeira grande declaração de direitos
(Oliveiras, 2017).

De acordo com (Oliveiras, 2017), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi
promulgada em 26 de agosto de 1789, na França. Ela está intimamente relacionada com a
Revolução Francesa. Para ter uma ideia da importância que os revolucionários atribuíam ao
tema dos direitos, basta constatar que os deputados passaram uma semana reunidos na
Assembleia Nacional francesa debatendo os artigos que compõem o texto da declaração. Isso
com o país ainda a ferro e a fogo após a tomada da Bastilha em 14 de julho daquele mesmo
ano. Havia urgência em divulgar a declaração para legitimar o governo que se iniciava com o
afastamento do rei Luís XVI, que seria decapitado quatro anos depois, em 21 de janeiro de
1793. Era preciso fundamentar o exercício do poder, não mais na suposta ligação dos
monarcas com Deus, mas em princípios que justificassem e guiassem legisladores e
governantes daquele momento em diante.

No dia 20 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional francesa começou a discutir os 24


artigos rascunhados por um grupo de quarenta deputados. Após seis dias de debates intensos,
os deputados haviam aprovado somente 17 artigos. Diante das medidas urgentes a serem
tomadas, no dia 27 de agosto de 1789 os deputados decidiram encerrar a discussão e adotar os
artigos já aprovados como a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Oliveiras,
2017).

(Oliveiras, 2017), afirma que: a importância desse documento nos dias de hoje é ter sido a
primeira declaração de direitos e fonte de inspiração para outras que vieram posteriormente,
como a Declaração Universal dos Direitos Humanos aprovada pela ONU (Organização das
Nações Unidas), em 1948. Prova disso é a comparação dos primeiros artigos de ambas:

 O Artigo primeiro da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, diz:


“Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só
podem fundar-se na utilidade comum”.
 O Artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 proclama:
“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de
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razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade”.

2.2.2 Características dos direitos humanos

Conheça as principais características dos direitos humanos:

 A sua principal função é garantir a dignidade de todas as pessoas;


 São universais: são válidos para todas as pessoas, sem qualquer tipo de discriminação
ou diferenciação;
 São relacionados entre si: todos os direitos humanos devem ser aplicados igualmente,
a falta de um direito pode afetar os outros;
 São indisponíveis: significa que uma pessoa não pode abrir mão dos seus direitos;
 São imprescritíveis: significa que os direitos humanos não têm prazo e não perdem a
validade.

2.2.3 Leis sobre os direitos humanos

Os direitos humanos são tratados em várias leis, convenções, acordos e tratados


internacionais. Além da existência de leis sobre o assunto, é dever de cada Estado ter as suas
próprias leis que garantam que os direitos humanos serão respeitados e colocados em prática.

Algumas leis que tratam dos direitos humanos segundo Flores (2009):

 Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948)


 Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (1966)
 Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966).

2.2.4 A declaração universal da ONU de 1948

Segundo (Trindade, 1998, p. 150), após a experiência terrível das duas guerras mundiais, os
líderes políticos das grandes potências vencedoras criaram, em 26 de junho de 1945, em São
Francisco, a ONU (Organização das Nações Unidas) e confiaram-lhe a tarefa de evitar uma
terceira guerra mundial e de promover a paz entre as nações, consideraram que a promoção
dos “direitos naturais” do homem fosse a condito sine qua non para uma paz duradoura. Por
isto, um dos primeiros actos da Assembleia Geral das Nações Unidas foi a proclamação, em
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10 de dezembro de 1948, de uma Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo primeiro
artigo reza da seguinte forma:

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotadas de razão e
de consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.

Os redatores tiveram a clara intenção de reunir, numa única formulação, as três palavras de
ordem da Revolução Francesa de 1789: liberdade, igualdade e fraternidade. Desta maneira, a
Declaração Universal reafirma o conjunto de direitos das revoluções burguesas (direitos de
liberdade, ou direitos civis e políticos) e os estende a uma série de sujeitos que anteriormente
estavam deles excluídos (proíbe a escravidão, proclama os direitos das mulheres, defende os
direitos dos estrangeiros, etc.); afirma também os direitos da tradição socialista (direitos de
igualdade, ou direitos econômicos e sociais) e do cristianismo social (direitos de
solidariedade) e os estende aos direitos culturais (Cassese, 1994, p. 49).

É oportuno lembrar que a Declaração Universal foi proclamada na plena vigência dos regimes
coloniais e que, “mesmo após subscreverem a Carta de São Francisco e a “declaração de 48”,
as velhas metrópoles colonialistas continuaram remetendo tropas e armas para tentar esmagar
as lutas de libertação e, em praticamente todos os casos, só se retiraram após derrotados por
esses povos”. (Trindade, 1998, p. 160).

A partir da declaração, através de várias conferências, pactos, protocolos internacionais a


quantidade de direitos de desenvolveu a partir de três tendências:

Universalização: em 1948, os Estados que aderiram à Declaração Universal da ONU eram


somente 48, hoje atingem quase a totalidade das nações do mundo, isto é, 184 países sobre os
191 países membros da comunidade internacional. Iniciou assim um processo pelo qual os
indivíduos estão se transformando de cidadãos de um Estado em cidadãos do mundo
(Cassese, 1994, p. 52).

Multiplicação: nos últimos cinquenta anos, a ONU promoveu uma série de conferencias
específicas que aumentaram a quantidade de bens que precisavam ser defendidos: a natureza e
o meio ambiente, a identidade cultural dos povos e das minorias, o direito à comunicação e a
imagem;

Diversificação: as Nações Unidas também definiram melhor quais eram os sujeitos titulares
dos direitos. A pessoa humana não foi mais considerada de maneira abstrata e genérica, mas
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na sua especificidade e nas suas diferentes maneiras de ser: como mulher, criança, idoso,
doente, homossexual, (Cassese, 1994, p. 54).

2.2.5 Direitos humanos em Moçambique

De acordo com a (Mundi Consulting, 2020, p.12), em Moçambique, desde a conquista da


independência que a temática dos Direitos Humanos constitui uma preocupação de todos,
principalmente, como forma de repor os direitos e as garantias fundamentais dos cidadãos,
antes negados à maior parte da população pelo colonialismo.

A primeira Constituição da República Popular de Moçambique, promulgada em 1975,


estipulava uma série de direitos aos cidadãos e, de acordo com o sistema político da época,
centrava-se nos direitos sociais, económicos e nos direitos colectivos. Ainda neste período
inicial da República Moçambique, ratificaram alguns tratados internacionais e africanos
relacionados aos Direitos Humanos, com destaque para Convenção das Nações Unidas para a
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial de 1983 e a Carta Africana dos
Direitos dos Homens e dos Povos de 1989 (Mundi Consulting, 2020, p.12).

As mudanças político-ideológicas ocorridas no fim da década de 1980, que tiveram na


aprovação da Constituição de 1990 o seu principal marco, permitiram o reforço e expansão da
consagração e protecção dos Direitos Humanos dos moçambicanos, no plano nacional. Foi a
partir deste novo texto constitucional que os direitos e garantias fundamentais vincaram raízes
no sistema jurídico moçambicano, com a consequente ratificação da maior parte dos
instrumentos internacionais e regionais na área dos Direitos Humanos.

Segundo a (Mundi Consulting, 2020, p.13), a Constituição de 2004, actualmente em vigor em


Moçambique, reafirmou o seu compromisso com a promoção e protecção dos Direitos
Humanos. Desde o seu preâmbulo, podemos encontrar reafirmado como princípios e
objectivos fundamentais do Estado moçambicano” o respeito e garantia pelos direitos e
liberdades fundamentais dos cidadãos” e a “defesa e a promoção dos Direitos Humanos e da
harmonia social e individual”, respectivamente.

Quer na própria Constituição da República quer na legislação ordinária são elencados vários
Direitos Fundamentais/Humanos que gozam os cidadãos moçambicanos, dentre os quais
podemos destacar:
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 O Direito à vida;
 O Direito à assistência na incapacidade e na velhice;
 O Direito à educação;
 O direito à protecção especial e aos cuidados do seu bem-estar da Criança;
 O Direito à saúde;
 O Direito ao ambiente;
 O Direito ao trabalho, à retribuição e segurança no emprego;
 O Direito de propriedade;
 O Direito de recurso aos tribunais;

2.2.6 Género e Direitos Humanos

Segundo (Teles & Brás, 2010), uma das principais críticas que se faz à construção conceptual
dos Direitos Humanos é a subalternização da questão de género. Isto é, trata-se de uma
construção baseada na igualdade formal entre homens e mulheres, ignorando as profundas
desigualdades sociais e assimetrias de poder que ainda subsistem no mundo entre estes, pondo
em causa, mesmo, a essência dos Direitos Humanos. A necessidade de uma concepção dos
Direitos Humanos que tenha em conta a questão de género é advogada para a edificação e
implementação efectiva dos Direitos Humanos.

Desde 1979, com a aprovação, pela organização das Nações Unidas, da Convenção sobre a
Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, novas concepções dos
Direitos Humanos que tenham em conta a questão de género, são exigidas. Ou seja, a ideia de
que o homem e a mulher, enquanto seres sociais, devem ter a oportunidade de fazer e refazer
o mundo, deve nortear a construção e implementação dos Direitos Humanos.

Assim sendo, um olhar necessário e atento à questão de género na produção e interpretação de


dados sobre Direitos Humanos mostra-se crucial para a uma plena compreensão da percepção
dos Direitos Humanos pelos cidadãos moçambicanos, principalmente, quando se sabe que
problemas como, a feminização da pobreza, a baixa representatividade das mulheres nos
espaços de poder do Estado e da sociedade, o distanciamento entre os instrumentos legais
nacionais e internacionais e as práticas sociais, etc. ainda minam a promoção e o respeito dos
Direitos Humanos, em Moçambique (Teles & Brás, 2010).
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(Teles & Brás, 2010), afirmam que: o ter em conta a questão de género na elaboração deste
relatório não violará, no nosso entender, o critério da universalidade dos Direitos Humanos,
antes pelo contrário, reafirma a necessidade de entender os contextos e as sociedades em que
estão inseridos os moçambicanos e, consequentemente, apresentar uma radiografia mais
completa da questão da percepção dos Direitos Humanos pelos cidadãos moçambicanos.

3 Conclusão

Chegados ao fim desse trabalho, conclui-se que as declarações de direitos constituem


documentos fundamentais para a evolução do conceito de direitos humanos e se caracterizam
por serem um ato de reconhecimento dos direitos, por possuírem um caráter pedagógico para
os seus leitores, e por serem desprovidas de um caráter efectivador.

Os direitos humanos não surgiram com a declaração universal dos direitos humanos. Duas
histórias podem ser contadas a respeito da sua origem. A primeira história associa a ideia de
direitos humanos a um certo consenso cultural e religioso. De acordo com essa abordagem,
há uma ética ou uma moral comum a todas as culturas e religiões e que pode ser expressa em
termos de direitos.
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4 Referencias bibliográficas

Cranston, Maurice William. (1973). What are human rights? London: Bodley Head.

Cassese, António, (1994), I diritti umani nel mondo contemporâneo, Laterza, Roma-Bari.

Flores, Joaquín Herrera. (2009). A (re)invenção dos direitos humanos. Florianópolis:


Fundação Boiteux.

Mundi, Consulting. (2020). A percepção dos cidadãos Moçambicanos sobre direitos


humanos. Secretariado da sociedade civil-MRPU.

Oliveiras, Genivalda. (2017). A origem e a história dos direitos humanos. Disponível:


https://www.passeidireto.com/arquivo/29700708/a-origem-e-a-historia-dos-direitos-humanos.
Consultado aos 01 de agosto de 2021, às 20h30min

Reale, Miguel. (1995). Lições Preliminares de Direito. 22ª ed. São Paulo. Saraiva.

Ruggiero & Maroi, (1955). Istituzioni di diritto privato. 8 ed, v.1. Milão

Trindade, José Damiano de Lima, (1998). Anotações sobre a história social dos direitos
humanos, in “Direitos Humanos. Construção da Liberdade e da Igualdade”, Centro de
Estudos da Procuradoria Geral do Estado, São Paulo, pp. 23-163.

Teles, Nair & Brás, Eugénio José (Org.) (2010). Género e Direitos Humanos em
Moçambique. Departamento de Sociologia da Universidade Eduardo Mondlane.

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