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Tema:
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Discentes:
Zarda Mario
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
CAPITULO I – Principais conceitos a ter em conta para melhor entendimento do tema referido ............... 5
CAPITULO – II ............................................................................................................................................ 6
DIREITOS HUMANOS E HUMANIZAÇÃO ............................................................................................. 6
Os Direitos Humanos ................................................................................................................................ 6
HUMANIZAÇÃO ........................................................................................................................................ 7
Importância da Humanização.................................................................................................................... 8
O atendimento humanizado acontece quando há: ..................................................................................... 9
Directrizes do plano de acção para a humanização ................................................................................. 10
Benefícios da humanização do atendimento ........................................................................................... 10
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 12
RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 13
INTRODUÇÃO
A importância das directrizes de humanização apresenta-se focada sobre o aspecto de que,
através do MISAU, os usuários e os profissionais da saúde passem a criar uma relação
harmoniosa, priorizando a saúde com o elo de ligação, e, enfatizando que, através do
acolhimento, o profissional passe a estabelecer acções que visam a educação, a prevenção, a
conscientização e a participação efectiva dos usuários nos programas e campanhas que são
apresentados pelo Ministério da Saúde e pelo próprio município, visando a melhoria da
qualidade da população.
Objectivo Geral:
Estudar os Direitos Humanos e a Humanização.
Objectivos Específicos:
Apresentar conceitos básicos sobre os Direitos Humanos e a Humanização;
Fazer um breve resumo sobre a sua história;
Mencionar as directrizes do plano de acção para a humanização.
Metodologia
A metodologia utilizada na redacção deste trabalho foi a de pesquisa bibliográfica, que consistiu
na recolha, tramitação e conciliação de ideias doutrinarias de vários autores, como ilustra as
citações no corpo do trabalho e posteriormente alocadas na bibliografia.
De acordo com Marconi & Lakatos (2001, pp.43-44), pesquisa bibliográfica, trata-se de
levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações
avulsas e impressa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo
aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.
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CAPITULO I – Principais conceitos a ter em conta para melhor entendimento do tema
referido
O humanismo está relacionado a uma ética baseada na condição humana e nos ideais
partilhados pelos homens 1.
A humanização tem por finalidade conseguir que todos sejam dados o acesso ao que
precisam segundo as suas necessidades2.
11
“VOZ” in , Dicionário Internacional de Língua Portuguesa. 9ª edição, Textos editora Limitada, Portugal, 1996;
pag, 66.
2
Ob Cit pag 88.
5
CAPITULO – II
Os Direitos Humanos
Cabe destacar que, para melhor apreciação do tema, a doutrina diferencia Direitos Humanos,
Direitos do Homem e Direitos Fundamentais. A diferença entre essas terminologias está no grau
de positivação de cada um.
Os Direitos do Homem tem um carácter mais vago. São direitos característicos do ser humano.
Não tem uma ligação jurídica, pois são supralegais. São direitos-princípios derivados dos
conceitos jusnaturalistas.
Os Direitos Humanos são os Direitos do Homem com densidade jurídica. São positivados em
documentos internacionais.
Os Direitos Fundamentais são os dois últimos reconhecidos pelo Estado e garantidos por este
internamente. Eles são sempre direitos Humanos que, no entanto, podem atingir sua plena
eficácia e aplicabilidade devido à sua positivação nas Constituições3.
Essa diferenciação se torna importante neste estudo no momento em que se analisa a evolução
dos Direitos Humanos (aqui tratados como direitos inatos ao homem), que no decorrer da
história saem da condição de meras ideias Jusnaturalistas (Direitos do Homem) e atingem o
patamar de Letra da Lei nas grandes Constituições ocidentais (Direitos Fundamentais).
Os direitos humanos são uma conquista grandiosa para a Humanidade, é por meio deles que se
defende o que há de mais básico para cada indivíduo, como a liberdade, a vida, a educação, a
saúde e a dignidade. Foi com o surgimento da fé monoteísta, mais especificamente a fé cristã,
com a ideia de que um Deus Superior criou o homem e que dele descendemos e somos iguais, é
que se iniciou o caminho para a consagração dos direitos humanos. É dessa ideia de igualdade
3
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros Editores, 2011. Pag 101.
6
que se deduz que não existem homens menos humanos que outros – a exemplo do escravo e seu
senhor- e que tanto o superior como o subordinado são iguais em direitos4.
Essas conquistas surgiram após muito tempo de sofrimento e desigualdade da maior parte da
população mundial. Havia aparentemente uma distinção entre pessoas mais humanas e menos
humanas. Isso era observado no tratamento desigual dado a trabalhadores, às mulheres, aos mais
pobres e aos demais que viviam à margem da sociedade. Os marginalizados, que não tem acesso
às beneficies do desenvolvimento social, são, não raro, os que cometem delitos para sobreviver.
No passado, eles constituíam a esmagadora parcela populacional. Por serem considerados menos
humanos, mereciam penas desumanas. Dessa forma, naqueles tempos sombrios, a punição penal
era aterrorizante e não observava nenhuma garantia aos Direitos Humanos. Isso mudou
drasticamente com o reconhecimento destes direitos
HUMANIZAÇÃO
A humanização é o conjunto de acções integradas que visam mudar substancialmente o padrão
de assistência tendo como foco a melhoria da qualidade e eficácia dos serviços prestados e o
aprimoramento das relações entre profissional de saúde e destes com os Utentes e a comunidade.
4
https://jus.com.br/artigos/52045/direitos-humanos-e-a-humanizacao-das-penas Acesso em 19/03/2023
5
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 1999.Pag 156.
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Importância da Humanização
O processo de humanização é essencial para garantir que os processos sejam feitos da melhor
maneira possível.
No campo da saúde o termo humanização tem sido utilizado com diferentes significados e
entendimentos. O conceito vem se modificando no decorrer dos últimos anos, confundindo-se
historicamente, nas fases iniciais, com a luta por direitos dos pacientes/usuários. Podemos dizer
que humanização da atenção à saúde tem seu fundamento na Declaração Universal dos Direitos
Humanos, que em seu art. 1º afirma: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros
em espírito de fraternidade6".
A reflexão sobre práticas humanizadoras em saúde se inicia nos anos 1970 por meio da discussão
e luta sobre os "direitos do paciente". A primeira declaração de direitos dos pacientes a ser
reconhecida pela literatura foi emitida pelo Hospital Mont Sinai, em Boston/ USA, em 1972. Um
ano depois, a Associação Americana de Hospitais lança a Patient's Bill of Rights [Carta dos
Direitos dos Pacientes], que foi posteriormente revisada em 1992 (Fortes, 1998).
6
FORTES P. A. C. Ética e Saúde. São Paulo, Ed. Pedagógica Universitária, 1998. Pag 130.
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enfermidades, devendo ser compreendida como um direito humano fundamental. A Declaração
enfatizou que a obtenção do mais alto nível de saúde possível é o objetivo social mais importante
a ser atingido pelos sistemas de saúde, sendo que as pessoas devem ter o direito e a obrigação de
participar, individual e colectivamente, no planeamento e na implementação de seus cuidados
com saúde.
Em 1984, ampliando o enfoque hospitalar dos outros documentos, o Parlamento Europeu adota a
Carta Europeia dos Direitos do Paciente, na qual se encontram expressos, entre outros aspectos,
o direito à informação sobre o tratamento e o prognóstico, o direito à consulta, pelo usuário, a
seu prontuário médico, assim como o direito de consentir ou de recusar ser submetido a
tratamentos.
Ética profissional;
Tratamento individualizado;
Cuidado realizado com empatia, atenção e acolhimento integral;
Escuta atenta e diferenciada, com olhar sensível para as questões humanas;
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Respeito à intimidade e às diferenças;
Comunicação eficiente que permite a troca de informações;
Confiança, segurança e apoio;
Infra-estrutura adequada.
De acordo com o Ministério da Saúde, a humanização da saúde deve permanecer como uma
directriz transversal que favoreça a troca de saberes, diálogo entre profissionais, trabalho em
equipe e consideração aos desejos e interesses dos diferentes protagonistas do campo da saúde.
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Existem vários benefícios na implantação do atendimento humanizado, dentre os quais
destacam-se:
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CONCLUSÃO
A grande revelação da consagração dos Direitos Humanos é que todos os seres humanos, a
despeito das inúmeras diferenças culturais e biológicas que os diferenciam entre si, são
merecedores do direito à vida, à liberdade e à igualdade na mesma proporção.
A humanização na saúde, conjugada à ideia de direitos humanos, tem por finalidade conseguir
que “a todos seja dado acesso ao que precisam segundo suas necessidades e a cada um as
condições para desenvolver e exercitar suas capacidades”.
Através de um plano de acção, verifica-se que a sua criação visa contribuir para a melhoria das
condições de atendimento, bem como de conscientização dos usuários de sua importância,
integrando assim, uma nova possibilidade de ampliação das actividades já realizadas e
apresentando novas directrizes, com o intuito de promover na prática os princípios de
humanização.
Em suma a humanização hospitalar tem como meta fazer com que todos saibam quem são os
profissionais que cuidam de sua saúde. Por isso, as unidades do ramo devem garantir os direitos
do usuário e possibilitar o acompanhamento por seus familiares.
Além disso, deve haver redução de filas com avaliação de riscos e agilidade no acolhimento.
Assim, as unidades de saúde devem garantir a gestão participativa aos seus trabalhadores e
usuários.
Tais princípios certamente cooperam para a melhoria nas estratégias gerais e a participação da
sociedade, o que gera um consequente aprimoramento de resultados.
Desenvolver o lado humano vem para confrontar o desgaste das relações, devido à mecanização
do atendimento e à construção de barreiras para evitar aproximações afectivas.
Antes de se perguntar se o que é atendimento humanizado tem a ver com suas práticas, lembre-se
de que o tom de voz, os gestos e o olhar da equipe dizem muito nesse momento, além do acesso
à informação, que é um ponto de destaque.
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RERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. São Paulo:
Saraiva, 1999.
FORTES P. A. C. Ética e Saúde. São Paulo, Ed. Pedagógica Universitária, 1998.
https://jus.com.br/artigos/52045/direitos-humanos-e-a-humanizacao-das-penas Acesso
em 19/03/2023.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5. ed. São Paulo, 2001.
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros
Editores, 2011.
VOZ” in, Dicionário Internacional de Língua Portuguesa. 9ª edição, Textos editora
Limitada, Portugal. 1996.
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