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P R O G R A M A D E D I R E I TO S H U M A N O S D A FA C U L D A D E D O S G U A R A R A P ES
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Responsáveis Institucionais –
Faculdade dos Guararapes
Direção Acadêmica Regional
Pierre Lucena Rabonni
Direção de Extensão
Raniere Rodrigues dos Santos
Ficha Editorial – Coordenação
de Extensão
Direção de Pesquisa e Iniciação Científica
José Vergolino
Elaboração
Direção de Pós Graduação Regina Célia A. S. Barbosa
Maria Isabel Viana Raniere Rodrigues dos Santos
Revisão
Gabriela Ramos do Nascimento Bispo
Editoração
Arthur Felipe Dias da Silva
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Apresentação
É com muita satisfação que a Coordenação de Extensão da Faculdade dos Guararapes preparou a coletânea
intitulada “Cadernos de Extensão” da qual faz parte um conjunto de informações acerca das atividades de extensão que são
desenvolvidas e implementadas nos ambientes acadêmico e administrativo da instituição.
Buscou-se incentivar e disseminar informações e conhecimentos relevantes para a sociedade em sua mais ampla integração,
por meio de valores e práticas inerentes ao que se defende como necessário aos tempos atuais, assim, em 2015, a coletânea
dos Cadernos de Extensão possui as seguintes temáticas:
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Nossa maior preocupação é poder expandir os saberes para os mais diversos espaços existentes, que o estudante, o
professor e o profissional que trabalha na instituição possam compartilhar cada vez mais um ambiente de instrução e
aprendizado, onde a constância e propósitos valorativos sejam contínuos e atinjam a todos em seus mais diversos
espaços.
Neste caderno, incentivamos a preocupação com a compreensão voltado aos Direitos Humanos e a Cidadania no
contexto brasileiro e mundial. Se destacam as principais necessidades da sociedade contemporânea ao que concerne
o exercício da cidadania, ou seja, o respeito e direito de ir e vir das pessoas.
Os Direitos humanos estabelecem princípios e valores morais quanto as provocações relativas a uma melhor
educação que permitam-nos mudanças e avanços sociais impactantes, ou seja igualdade de direitos, deveres e
oportunidades, garantindo a dignidade as pessoas e melhor convivência em relação as suas grandes diferenças, bem
como maior participação democrática entre os povos.
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Sumário
1. Diretrizes Nacionais para Educação em Direitos Humanos
4. Raízes do Conceito
5. Evolução Histórica
14. Os Tratados Internacionais mais importantes do Sistema Global de Proteção dos Direitos
Humanos
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DIREITOS HUMANOS
Profª Regina Célia A. S. Barbosa
Filósofa, Mestra em Ciência Política (UFPE)
Doutoranda em Direito, Justiça e Cidadania (U.C. Portugal)
Diretrizes
Nacionais
para
Educação em
Direitos
Humanos
As Diretrizes Curriculares
Nacionais para...
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Ainda neste contexto, idêntica conclusão emerge da análise dos itens
relativos às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em
Direitos Humanos, cujos princípios devem, inclusive, nortear a gestão e
a definição das políticas institucionais.
A Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação,
refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e
em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e
cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.
A Educação em Direitos Humanos, com a finalidade de promover a educação para a
mudança e a transformação social, fundamenta-se nos seguintes princípios: dignidade
humana; igualdade de direitos; reconhecimento e valorização das diferenças e das
diversidades; laicidade do Estado; democracia na educação; transversalidade, vivência
e globalidade; sustentabilidade socioambiental.
A Educação em Direitos Humanos, de modo transversal, deverá ser considerada na
construção dos Projetos Político-Pedagógicos (PPP); dos Regimentos Escolares; dos
Planos de Desenvolvimento Institucionais (PDI); dos Programas Pedagógicos de Curso
(PPC) das Instituições de Educação Superior; dos materiais didáticos e pedagógicos; do
modelo de ensino, pesquisa e extensão; de gestão, bem como dos diferentes processos
de avaliação.
4ª Geração
O direito ao acesso e aos
resultados do uso das novas
tecnologias.
3ª Geração
Os direitos dos povos ou da
solidariedade
2ª Geração
Os direitos de igualdade
1ª Geração
Os direitos a Liberdade
Raízes do Conceito
Princípios de
Convivência e ideia
de humanidade
DIREITOS HUMANOS
Preocupação com a dignidade da pessoa Humana
PONTOS DE PARTIDA
Imagens da Internet
1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA: PERÍODO AXIAL
O ser humano passa a ser considerado como ser dotado de liberdade e razão em
sua igualdade essencial, não obstante as múltiplas diferenças de sexo, raça,
religião ou costumes sociais.
São Tomas de Aquino - dignitas humana, afirmando que “(...) a dignidade é inerente ao
homem, como espécie; e ela existe in actu só no homem enquanto indivíduo (...)” (Melina
Girardi FACHIN)
Contratos feudais escritos nos quais o rei comprometia-se a respeitar os direitos de seus
vassalos. Portanto, não afirmavam direitos humanos, mas direitos de estamentos.
Reforma Religiosa ocorreu uma importante ruptura nessa ligação, da qual foi reivindicado o
primeiro direito fundamental - o da liberdade religiosa.
No sentido moderno, o nascimento da lei escrita
cria uma regra geral e uniforme que diz que
todos os indivíduos que vivem numa sociedade
organizada ficam sujeitos a ela.
Com o advento da modernidade surgem outras
concepções de pessoa, e consequentemente de
direitos humanos e de direitos fundamentais.
1776: as teorias contratualistas e a laicidade do
direito natural.
o jusnaturalismo racionalista: todos
os seres humanos desde sua própria
natureza possuem direitos naturais que
emanam de sua racionalidade, como
um traço comum a todos os homens, e
que esses direitos devem ser
reconhecidos pelo poder político
através do direito positivo.
o contratualismo (séc. XVIII): as
normas jurídicas e as instituições
políticas não podem conceber-se como
o produto do arbítrio dos governantes,
senão como resultado do consenso da
vontade popular. (PÉREZ-LUÑO)
A passagem do Estado absoluto ao Estado
liberal da modernidade - limites ao exercício do
poder político.
John Locke, ao final do século XVIII –
precursor no reconhecimento de direitos naturais e
inalienáveis do homem. O indivíduo possui direito e
está primeiro lugar em relação ao Estado.
Os direitos humanos deixam de ser exclusivos
das elites sob a denominação de direitos do
homem - “são uma conquista de uma classe
emergente como dona do poder econômico e que
se torna dona também do poder político”
(ALMEIDA, na leitura de Melina Girardi FACHIN)
a visão ética kantiana - a dignidade da pessoa
humana resulta do fato de que, pela sua vontade
racional, só a pessoa vive em condições de
autonomia, isto é, como ser capaz de guiar-se
pelas leis que ele próprio edita.
Declaração dos Direitos do
Declaração dos Direitos Humanos de 1948
Homem e do Cidadão de 1789
Primeira Dama dos Estados Unidos, Eleanor Roosevelt segura exemplar em
francês da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
DIREITOS HUMANOS
“são um conjunto mínimo de direitos
necessário para assegurar uma vida do ser
humano baseada na liberdade e na
dignidade” (...) “hoje são considerados
direitos humanos todos os direitos
fundamentais, assim denominados por
convenções internacionais ou por normas
não convencionais, quer o conteúdo dos
mesmos seja de primeira, segunda ou
terceira geração”. (ANDRÉ DE CARVALHO RAMOS)
O Estado democrático de direito é um
conceito que designa qualquer Estado que
se aplica a garantir o respeito das
liberdades civis, ou seja, o respeito pelos
direitos humanos e pelas garantias
fundamentais, através do estabelecimento
de uma proteção jurídica. Em um estado
de direito, as próprias autoridades
políticas estão sujeitas ao respeito das
regras de direito.
A Concepção contemporânea de direitos humanos, a qual é
marcada pela
Processos de universalização e
internacionalização destes direitos,
compreendidos sob o prisma de sua
indivisibilidade”
Dessa maneira, os Estados têm a obrigação legal de
promover e respeitar os direitos e liberdades
fundamentais, não se limitando à sua jurisdição
reservada.
A intervenção da comunidade internacional deve ser
aceita de forma subsidiária em face da emergência
de uma cultura global que objetiva fixar padrões
mínimos de proteção dos direitos humanos.
O Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (16 de
fevereiro de 1946), estabeleceu que ao ser criada a
Comissão de Direitos Humanos os seus trabalhos se
desenvolveriam em três etapas:
a lógica da supremacia
do indivíduo, como ideal
do direito internacional e
a lógica realista, da
busca da convivência e
cooperação pacífica
entre os povos, capaz de
ser encontrada através do
diálogo na proteção de
direitos humanos.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos
• Sistema de normas, procedimentos e instituições internacional
desenvolvidos para executar esta concepção e promover o
respeito dos direitos humanos em todos os países, portanto, no
âmbito mundial.
Em 1998, na Conferência de Roma, foi aprovado o Estatuto do Tribunal Internacional Criminal Permanente,
de caráter independente e vinculado ao sistema das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda.
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica – 1969/1978)
Ban Ki-moon (Coreia) – 2007 da República da Coreia, oitavo Secretário-Geral das Nações Unidas, traz
para o cargo 37 anos de experiência adquirida ao longo de uma carreira notável no Governo e na cena mundial. As
relações do Sr. Ban com a Organização das Nações Unidas remontam a 1975, quando foi funcionário da Divisão das
Nações Unidas do Ministério dos Negócios Estrangeiros do seu país. Em 2001-2002, como Chefe de Gabinete do
Presidente da Assembleia Geral, facilitou a rápida adopção da primeira resolução da sessão, que condenou os atentados
terroristas de 11 de Setembro, e tomou algumas iniciativas que visavam melhorar o funcionamento da Assembleia. Em
Setembro de 2005, na qualidade de Ministro dos Negócios Estrangeiros, desempenhou um papel preponderante na
consecução de um outro acordo histórico destinado a promover a paz e a estabilidade na Península da Coreia – a
adopção, quando das Conversações das Seis Partes, de uma declaração conjunta sobre a resolução da questão nuclear
norte-coreana.
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Ex-secretários-gerais das Nações Unidas
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Ex-secretários-gerais das Nações Unidas
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Ex-secretários-gerais das Nações Unidas
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Mensagem do Secretário-Geral para o Dia dos Direitos Humanos, 10 de dezembro de 2015
No meio de atrocidades em grande escala e abusos generalizados em todo o mundo, o Dia dos Direitos
Humanos deve reunir uma ação global mais concertada para promover os princípios intemporais que nos
comprometemos a salvaguardar.
No ano que assinala o 70º aniversário das Nações Unidas, podemos inspirarmo-nos na história do movimento
moderno dos direitos humanos, que emergiu da Segunda Guerra Mundial.
Nessa altura, o Presidente dos Estados Unidos da América, Franklin D. Roosevelt, identificou quatro liberdades
básicas que são direitos inatos de todas as pessoas: liberdade de expressão, liberdade de culto, liberdade de
viver sem carências e a liberdade de viver sem medo. A sua esposa, Eleanor Roosevelt, uniu forças nas Nações
Unidas com os campões dos direitos humanos de todo o mundo para consagrar a Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
Os desafios extraordinários da atualidade podem ser analisados - e resolvidos- através da perspetiva destas
quatro liberdades.
PRIMEIRO: A liberdade de expressão, que é negada a milhões de pessoas e que está cada vez mais sob ameaça.
Temos de defender, preservar e expandir as práticas democráticas e o espaço para a sociedade civil. Isto é
essencial para uma estabilidade duradoura.
SEGUNDO: A liberdade religiosa. Em todo o mundo, terroristas usam a religião, traindo o espírito desta, para
matar em seu nome. Outros perseguem minorias religiosas e exploram o medo para ganhos políticos. Em
resposta, temos de promover o respeito pela diversidade com base na igualdade fundamental de todas as
pessoas e o direito à liberdade religiosa.
TERCEIRO: A liberdade de viver sem carências ainda assola uma grande parte da Humanidade. Os líderes
mundiais adotaram, em setembro, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável com o objetivo de
erradicar a pobreza e permitir que todas as pessoas vivam em dignidade num planeta pacífico e saudável. Agora
temos de fazer o máximo possível para concretizar esta visão.
QUARTO: A liberdade de viver sem medo. Milhões de refugiados e pessoas internamente deslocadas são o
produto trágico da falha em cumprir esta liberdade. Desde a Segunda Guerra Mundial que o número de pessoas
forçadas a deixarem as suas casas não era tão grande. Estas pessoas fogem da guerra, violência e injustiça,
percorrendo continentes e atravessando oceanos, muitas vezes arriscando as suas vidas. Em resposta, não
podemos fechar as portas, mas sim abri-las e garantir o direito de todos à requesição de asilo, sem
discriminação. Os migrantes que tentam escapar da pobreza e da falta de esperança também devem usufruir
dos seus direitos humanos fundamentais.
Hoje reafirmamos o nosso compromisso em proteger os direitos humanos enquanto base do nosso trabalho.
Este é o espirito da Inicitiava da ONU “Human Rights up Front” que visa prevenir e responder a violações destes
direitos em grande escala.
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Referências
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_________. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério da Justiça, UNESCO, 2006. 56 p.
_________. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH -3)/Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Brasília: SEDH/PR, 2010.
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2013.