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(Delegação de Maputo)
Curso: Direito
2º Ano – Turma "A" – Pós-Laboral
Tema:
Condicionalismos que determinaram o surgimento dos Direitos Fundamentais e Direitos Humanos
TRABALHO DO 1º GRUPO
Discentes: Docente:
Florinda Gustavo Msc. Pascoal Maneira
Guidione Bento Cuna
Jamal Mamudo Ndala Uaite
Mateus Romão Cossa
Otília Nataniel Chongo
Discentes:
Florinda Gustavo
Guidione Bento Cuna
Jamal Mamudo Ndala Uaite
Mateus Romão Cossa
Otília Nataniel Chongo
Docente:
Msc. Pascoal Maneira
(Delegação de Maputo)
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Índice
CAPÍTULO I .................................................................................................................................. 4
1. Introdução ................................................................................................................................... 4
1.2.Objectivos ................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO II ................................................................................................................................. 7
2. Contextualização ......................................................................................................................... 7
3. Conclusão.................................................................................................................................. 13
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CAPÍTULO I
1. Introdução
Desde tempos imemoriais, a busca pela proteção dos direitos inalienáveis e da dignidade humana
tem sido uma constante na história da humanidade. Os direitos fundamentais e os direitos
humanos, como os conhecemos hoje, são produtos de uma evolução complexa e multifacetada
que reflete tanto o condicionalismo histórico quanto o condicionalismo filosófico que moldaram
o curso da civilização.
Este trabalho propõe-se a explorar em profundidade o condicionalismo que deu origem aos
direitos fundamentais e aos direitos humanos, desvendando as influências históricas, filosóficas e
sociais que contribuíram para sua formação. A compreensão de como esses direitos surgiram é
fundamental para apreciar seu significado, sua importância e sua contínua relevância nos tempos
modernos.
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1.2.Objectivos
1.2.1. Geral
1.2.2. Específicos
1.3. Metodologia
Desta feita, segundo GOMES Micheline Dayse Batista, a pesquisa virtual ou online é um método
de investigação que envolve a coleta de informações com o auxílio da internet. Além disso, com
o advento da internet as técnicas tradicionais de pesquisa com papel e caneta sofreram grande
impacto.
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1.3.1. Método
Método indutivo é um processo mental que partindo de dados particulares, infere-se uma verdade
geral (MARCONI e LAKATOS, 2010, p.68).
1.4. Justificativa
A escolha deste tema deve-se a relevância histórica porque aborda um aspecto crucial da
evolução histórica dos direitos fundamentais e humanos. Compreender as circunstâncias, eventos
e influências que moldaram esses direitos é fundamental para apreciar seu significado e
importância actual.
1.5. Problematização
1. Como essa história influencia a aplicação prática e a relevância desses direitos nos dias
de hoje?
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CAPÍTULO II
2. Contextualização
Embora há divergência entre autores, cada um trás seu conceito diferente do outro mas o
importante é, todos conceitos definem em seu sentido objectivo como um sistema de normas que
regula as condutas humanas por meio de direitos e deveres.
Hans Kelsen, define Direito como "um conjunto de regras que possui o tipo de unidade que
entendemos por sistema".
É possivel conceituar os direitos fundamentais, segundo José Afonso da Silva, como aqueles
direitos atinentes a situações jurídicas sem as quais a pessoa humana não se realiza, não convive
e, as vezes, nem mesmo sobrevive.
Nas palavras de Luigi Ferrajoli(2004. P.37), são direitos fundamentais todos aqueles direitos
subjetivos que correspondem universalmente a todos os seres humanos enquanto dotados do
status de pessoas, cidadãos ou pessoas com capacidade de agir.
Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior (2005,pp.109-110), fazem menção aos
direitoss fundamentais como sendo uma categoria jurídica de natureza polifacetica instituída com
a finalidade de proteger a dignidade humana em todas as dimensões.
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2.3. Conceito de Direitos Humanos
De acordo com Peres Luño (1995, p.22), há três tipos de definição dos direitos humanos: a
primeira é a definição dautológica e diz que os direitos humanos são todos aqueles que
correspondem ao homem pelo facto de ser homem. Todavia, diz Carvalho Ramos (2005) que
como se sabe, todos os direitos são titularizados pelo homem ou por pessoas jurídicas.
A segunda definição é formal, essa definição consiste em estabelecer que os direitos humanos
são aqueles que pertencem a todos os homens e que não podem ser deles privados, em virtude de
seu regime indisponível e sui generis. Para Miranda (1993, p.9), tal definição formal estabelece
que direitos humanos é toda posição jurídica subjectiva das pessoas enquanto consagradas na lei
fundamental.
A terceira e última definição é a finalista ou teleológica, que diz, que os direitos humanos são
aqueles essenciais para o desenvolvimento digno da pessoa humana. Para essa definição, Dallari
(1998, p.7) considera que os direitos humanos representam uma forma abreviada de mencionar
os direitos fundamentais da pessoa humana. Esses direitos são fundamentais porque sem eles o
ser humano não conseguirá existir ou não será capaz de se desenvolver e de participar
plenamente da vida social e política.
A ONU define os direitos humanos como garantias jurídicas universais que protegem indivíduos
e grupos contra acções ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana.
A relação existente entre direitos fundamentais e direitos humanos reside no facto de que muitos
deireitos fundamentais são, ao mesmo tempo, direitos humanos. Isso significa que esses direitos
são considerados universais e estão protegidos pelo direito internacional dos direitos humanos,
além de serem consagrados em documentos legais nacionais, como constituições.
Por exemplo, o direito à vida, à liberdade e à igualidade perante a lei são considerados direitos
fundamentais em muitos sistemas legais nacionais, e também são direitoss humanos
fundamentais protegidos pela Declaração Universal dos Direitoss Humanos (DUDH) e outros
tratados internacionais.
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2.5. Condicionalismos Históricos
Idade Média e Magna Carta (1215), durante a Idade Média, a monarquia absoluta era
predominante. No entanto, a Magna Carta, assinada pelo João Sem-Terra, em 1215 na Inglaterra,
foi um marco ao limitar o poder do rei e estabelecer princípios de governo sujeito à lei. Isso foi
fundamental para a noção de que o poder estatal deveria ser limitado em prol dos indivíduos.
Holt, J. C. (1992).
No final da Idade Média, no século XIII, aparece a grande figura do Santo Tomás de Aquino,
que, tomando a vontade de Deus como fundamento dos direitos humanos, condenou as
violências e discriminações, dizendo que o ser humano tem direitos naturais que devem ser
sempre respeitados, chegando a afirmar o direito de rebelião dos que forem submetidos a
condições indignas.
A história dos direitos humanos na Inglaterra foi marcada por lutas políticas travadas entre o rei e
a nobreza e, posteriormente, entre a burguesia e o rei. A Magna Carta de 1215, escrita em latim,
foi um documento restrito, limitando-se a dispor sobre situações específicas. Tal carta
representou um acordo entre o rei e os seus barões feudais, buscando restabelecer as relações
abaladas. A Carta trouxe direitos oponíveis ao rei, para que o mesmo não cometesse excessos,
reconheceu-se, assim, algumas prerrogativas dos cidadãos em face do poder público.
Iluminismo e Filósofos: O Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, trouxe ideias sobre liberdade,
igualdade e direitos naturais. Filósofos como John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Voltaire
promoveram esses conceitos, influenciando o pensamento político e jurídico.Pangle, T. L.
(2016).
John Locke (1632-1704)
Locke fala da teoria dos Direitos Naturias e acreditava que todos os seres humanos nascem com
direitos naturais inalienáveis, como o direito à vida, à liberdade e à propriedade. Esses direitos
não podem ser arbitrariamente retirados por governos. E desenvolveu a ideia do "estado de
natureza", no qual as pessoas vivem em liberdade, igualdade e têm o direito de preservar a si
mesma e a seus bens.
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E também fala do Contrato Social e diz que as pessoas criam governos através de um contrato
social para proteger seus direitos naturais. Se um governo falha em cumprir essa função, as
pessoas têm o direito de resistir ou revolucionar.
A Teoria do Contrato Social do Rousseau também contribuiu para a teoria do contrato social,
mas com um foco na "vontade geral". Ele acreditava que a vontade do povo como um todo deve
ser a base da autoridade governamental.
Igualdade Natural Rousseau argumentou que as desigualdades sociais são criadas pela sociedade,
não pela natureza humana. Ele enfatizou a importância de restaurar a igualdade por meio de
instituições justas.
Voltaire (1694-1778)
A fase iluminista veio para, literalmente, iluminar a sabedoria e o pensamento, não só dos
grandes filósofos da época, como Rousseau, Montesquieu e Maquiavel, mas também de toda a
sociedade, que era, acima de tudo a portadora desses direitos fundamentais que deviam ser
respeitados.
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Kantianismo: A filosofia de Immanuel Kant enfatizou a dignidade intrínseca da pessoa e a
moralidade universal. Kant argumentou que os seres humanos têm um valor intrínseco que deve
ser respeitado. Wood, A. W. (2011).
Utilitarismo: Filósofos como Jeremy Bentham e John Stuart Mill promoveram o utilitarismo,
que considerava as acções correctas aquelas que maximizavam a felicidade geral. Isso
influenciou o pensamento sobre a legislação de direitos em relação ao bem-estar colectivo.
Destaca-se, ainda, que a positivação dos direitos fundamentais se tornou real em 1789 com a
Revolução Francesa, que universalizou os direitos fundamentais.
O Bill of Rightsde 1689, reconheceu alguns direitos ao indivíduo o direito de liberdade, o direito
a segurança e o direito a propriedade privada, direitos estes que já haviam sido consagrados em
outros documentos, entretanto como eram constantemente violados pelo poder real foram
recordados na esperança de que desta vez fossem respeitados (ARAGÃO, 2001, P.32).
Movimentos sociais ao longo da história, como o movimento pelos direitos civis nos Estados
Unidos e o movimento feminista, pressionaram por igualdade de direitos e contribuíram para a
expansão dos direitos fundamentais.
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2.8. Condicionalismos Jurídicos
Cortes e Decisões jurídicas: O papel das cortes e das decisões judiciais na interpretação e
proteção dos direitos fundamentais é essencial. Decisões como o caso Brown v. Board of
Education (1954) nos EUA tiveram um impacto profundo na igualdade racial. Kluger, R. (2004).
Esses condicionalismos jurídicos contribuíram para a criação de uma estrutura legal sólida para a
proteção e promoção dos direitos fundamentais e dos direitos humanos em nível nacional e
internacional. Eles demonstram como o direito desempenha um papel fundamental na garantia de
que os indivíduos desfrutem de direitos básicos, como a liberdade, a igualdade e a justiça,
independentemente de sua origem ou status.
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CAPITULO III
3. Conclusão
Depoisda pesquisa feita concluimos que, os direitos fundamentais e os direitos humanos são
frutos de uma complexa interação de condicionalismos históricos, filosóficos, sociais e jurídicos
ao longo da história da humanidade. Desde a limitação do poder monárquico na Magna Carta até
os movimentos sociais que reivindicaram direitos específicos para grupos marginalizados,
diversas forças moldaram a concepção e a consolidação desses direitos.
As lutas sociais por igualdade, justiça e inclusão desempenharam um papel fundamental, com
movimentos como o sufragismo
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4. Referências Bibliográficas:
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