ARQUIDIOCESE DO LUBANGO

MAGISTÉRIO SECUNDÁRIO Nº 1.104 DE INSTITUTO DE CIÊNCIAS

RELIGIOSAS DE ANGOLA ICRA-MATALA

A Dignidade da Vida Humana, Um estudo no Instituto de

Ciências Religiosas de Angola ICRA - Matala.

 Filipe Walaca da Gama

 Florença Lopes
 Florinda Ulica
 Francisco Agostinho
 Helena de Castro

A Tutora: Lic. Gaudiosa Lucamba Pio

Matala, 2023
 ESTRUTURA DO TRABALHO
 INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I: Fundamentação Teórica; destacaremos os seguintes aspectos: A
Dignidade da Pessoa Humana e Sua Definição; Importância da Dignidade
Humana; Elementos da Dignidade Humana; Valor Intrínseco Da Pessoa
Humana; Autonomia Da Vontade: Valor Comunitário; Pilares da Dignidade
Humana; Manipulação Genética; A Dignidade Humana em Primeiro Lugar; A
Declaração Universal dos Direitos Humanos; Eutanásia; Aborto; Atos do Homem
e Atos Humanos e Análise geral Acerca da Dignidade da Vida Humana

CAPÍTULO II: Fundamentação Metodológica: Destacamos:

O Desenho Metodológico fazendo menção ao
Processamento, Análise e Discussão dos Resultados; Análise
E Interpretação Dos Resultados dos inquéritos aplicados aos
Professores.
CONCLUSÕES E SUGESTÕES
BIBLIOGRAFIA E ANEXOS
 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de fim de curso está subordinado ao tema: A Dignidade
da Vida Humana, Um estudo no Instituto de Ciências Religiosas de
Angola ICRA - Matala.

O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana é um valor moral e espiritual

inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é contemplado desse preceito,
independentemente da sua condição económica, posição social ou política,
cor da pele, grupo étnico, etc., e tal constitui o princípio máximo do Estado
Democrático de Direito.

Foi o célebre Immanuel Kant, quem formulou tal princípio na clássica obra
"Fundamentação da Metafísica dos Costumes" (em alemão "Grundlegung zur
Metaphysik der Sitten", de 1785), onde defendia que as pessoas deveriam
ser tratadas como um fim em si mesmas, e não como um meio (objectos), e
que assim formulou tal princípio: "No reino dos fins, tudo tem ou um preço ou
uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por algo
equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por
isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade.”
Sousa (2019), traz-nos a ideia de que a
dignidade da pessoa humana é um princípio do
Estado Democrático de Direito, que é o Estado
que respeita e garante os direitos humanos e
os direitos fundamentais dos seus cidadãos.

Neste contexto apresentamos a seguinte

temática para a nossa abordagem de fim de
curso: A Dignidade da Vida Humana, Um
estudo no município da Matala.
 MOTIVAÇÃO DA ESCOLHA DO TEMA

Para a escolha do tema, tivemos as seguintes

motivações: Pessoal e Profissional.

A justificativa para a escolha desta abordagem

surge da necessidade de querermos perceber
realmente em que consiste a dignidade da vida
humana, uma vez que vivemos em uma
sociedade em que pouco ou mesmo nada se sabe
em relação a aplicação dos direitos fundamentais
das pessoas.
 PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

Qual é o entendimento que os professores do

instituto de Ciências religiosas de Angola ICRA têm
acerca da promoção da dignidade da vida
humana?
 OBJECTIVOS

Geral
Específicos
Descrever os
conhecimentos  Proceder a revisão bibliográfica para a realização de
dos professores um referencial teórico acerca da temática formulada;
em relação a  Elaborar os instrumentos para a obtenção da
Dignidade da informação sobre o problema a investigar.
Vida Humana.
 Aplicar os instrumentos através da recolha de dados;

 Analisar e interpretar os dados obtidos a partir do

instrumento de investigação;

 Elaboração das conclusões e recomendações finais;

 DESENHO METODOLÓGICO

TÉ M
C É
TIPO DE PESQUISA N T
I O
C D
A O
S S

Descritiva,
com abordagem
Inquérito por Métodos de procedimento
Qualitativa
Questionário  Histórico;
 Pesquisa Bibliográfica;
 CAPÍTULO I: REVISÃO DA LITERATURA
Na Encíclica Pacem in Terris, o conceito de dignidade da pessoa humana tem
como base a natureza e como operacionalidade dessa natureza a inteligência e
a vontade livre. Assim manifesta-se o documento: Em uma convivência humana
bem constituída e eficiente, é fundamental o princípio de que cada ser humano
é pessoa; isto é, natureza dotada de inteligência e vontade livre. Por essa
razão, possui, em si mesmo, direitos e deveres que emanam, direta e
simultaneamente, de sua própria natureza. Trata-se, por conseguinte, de
direitos e deveres universais, invioláveis e inalienáveis. (João XXIII,
1963, Pacem in Terris).

Para confirmar que a dignidade da pessoa humana tem sua raiz ontológica na
natureza humana e não em leis produzidas para garanti-la, conclui: mas a
verdade é que, sendo leis de gênero diferente, devem-se buscar apenas onde
as inscreveu o Criador de todas as coisas, a saber, na natureza humana”.
(João XXIII, 1963). Essa dignidade é, portanto, o alicerce maior para todas as
leis porque ela é anterior até mesmo ao próprio ser humano, pois “imprimiu o
Criador do universo no íntimo do ser humano uma ordem, que a consciência
deste manifesta e obriga peremptoriamente a observar: ‘mostram a obra da lei
gravada em seus corações’. (João XXIII, 1963).
 A Dignidade da Pessoa Humana e Sua Definição

Dignidade é uma palavra que possui diversos significados, mas normalmente

correlata a “merecimento ético”, em razão de um status social ou de condutas
baseadas na honestidade e honradez. É uma atribuição outrogada a quem
seja “merecedor”.

A dignidade é essencialmente um atributo da pessoa humana pelo simples fato

de alguém "ser humano”, se tornando automaticamente merecedor de respeito
e proteção, não importando sua origem, raça, sexo, idade, estado civil ou
condição sócio-econômica. (Alexandrino 2011)
O ensino da História exige do professor uma formação
sólida, competência e prática pedagógica para unir teoria e
prática, bem como requer, sem­pre, um trabalho voltado
para a formação pedagógica contínua. Esse trabalho
precisa ir além de encontros semanais, ou de semanas de
planejamento, como ocorre no início do ano lectivo.

(Zabalza; 2004, p.144) ao afirmar que o exercício da

profissão docente requer uma sólida formação, não apenas
nos conteúdos científicos próprios da disciplina, como
também nos aspectos correspondentes a sua didática e ao
encaminhamento das diversas variáveis que caracterizam a
docência.
 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO

A formação de cidadãos justos é, portanto, a principal

tarefa do sistema educacional e essencial no ensino da
História. No entanto, educar os cidadãos é, sem dúvida,
um dos objectivos mais importantes e primários dos
actuais programas políticos e educacionais, tanto em
democracias fracas e em desenvolvimento quanto em
democracias estabelecidas.

O ensino de História oferece a oportunidade de

direccionar o aluno para criar relações e gerar reflexões
sobre diferentes culturas, eventos e épocas, criando
conceitos que reflictam os seus e os valores de seu
grupo, desenvolvendo assim habilidades cognitivas
habilidades nos relacionamentos de quem os conduz
intervir na sociedade.
 CAPÍTULO II: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

Caracterização da escola
 Nome: O Colégio nº 76 - “Mukula Mphingue”

 Localizaçao: localizada no município da Matala, na Localidade de

Kandjanguite. dista a 7 km da sede municipal.

 Numero de salas: O colégio conta com 6 (dose) salas de aulas de

construção definitiva, 6 (, e seis) salas de aulas anexas.

 Classes: 7, 8 e 9

 Turnos: Manha e Tarde

 Quadro do pessoal: 1 funcionário administrativo e 34 professores.

 Numero de alunos matriculados no ano lectivo 2022/2023: 900.

 Apresentação dos resultado da análise dos inquéritos
aplicados aos alunos acerca da percepção sobre a disciplina
de História.

Gráfico 01: Na sua opinião a disciplina de História é:

80%

20%

Muito Interessante Rasoavelmente interessante

Os dados revelam que os alunos acham a disciplina de História muito

interessante, tal como fundamenta Hamilton (2002, p.196), o ensino da
História nos anos iniciais possibilita as crianças o desenvolvimento do
pensamento crítico e reflexivo, fazendo com que estes tenham sua
própria maneira de pensar, sua forma de olhar o mundo que o cerca e
dar suas opiniões a respeito dos acontecimentos.
 Gráfico 06: Na sua opinião ser um bom cidadão é?

70%

20%
10%

Respeitar as difer- Valorizar o bem Evitar conflitos

enças entre as comum
pessoas

Uma das atitudes para ser um bom cidadão na visão de Hamilton

(2012, p.19) cidadãs é o respeito ao próximo. Isso inclui, por exemplo,
obedecer às filas, não utilizar os assentos preferenciais, ouvir uma
opinião diferente, sem perder a tolerância. É ainda rejeitar todo o tipo
de preconceito, seja por raça, cor, gênero, entre outros.
Portanto, é resguardar o direito de todos.
 Análise discussão dos inquéritos aplicados aos
professores.
Gráfico 02: Como avalia o posicionamento dos alunos sobre
questões sociais?

60%

20% 20%

Bom Rasoalvel Mau

Como apresenta Monari (2018), usar do ensino para a construção de

discussões e diálogos saudáveis a respeito dos problemas sociais é uma
óptima forma para mostrar que sua escola se preocupa com a realidade em
que se encontra a nossa sociedade.
 Gráfico 06: Na sua opinião como o professor deve transmitir
os conhecimentos para a transformação dos alunos em
indivíduos de valor?
90%

10%

Para  Miranda, (2016), O professor deve ser um

mediador, facilitador e articulador do conhecimento e
não apenas aquele que detém a informação. Ele deve
aCtuar como um pesquisador, que provoca o aluno a
ser também curioso e descobrir a partir de seus
próprios questionamentos.
 Análise geral da influência do ensino da História
na formação da cidadania dos alunos da 9ª Classe.

A educação é o acto de ensinar, transmitir conhecimentos entre professores

e alunos, a educação tem como principal característica oferecer ao aluno o
conhecimento intelectual, os conteúdos respeitando suas capacidades e
limitações, além de suas diversidades cultural, social e histórica. Através da
educação o aluno não está apenas a adquirir conhecimento, mas está
também em fase de formação de características pessoais que influenciam no
comportamento e personalidade do mesmo, inclusive em toda sua vida
adulta.

O professor tem a função fundamental nesse processo, pois o mesmo deve

transmitir o conteúdo utilizando acções do quotidiano dos alunos para melhor
aprendizado, instigando o mesmo a reflexão e a querer participar das acções
de sua localidade, adquirindo experiência e fazendo parte da História local.
 CONCLUSÕES

De acordo com os objectivos traçados para a presente

investigação conclui-se que:

Com base nos fundamentos teóricos, o estudo da História

é sem dúvidas muito importante pois a História regista o
que aconteceu, o que deve e não deve ser repetido, por
isso a compreensão do conhecimento histórico é
fundamental para a formação da pessoa, esse
conhecimento contribui significativamente para o processo
educacional pois nos conduz à sabedoria e nos
conscientiza de que a mudança só pode ocorrer com o
estudo adequado do passado.
Podemos afirmar categoricamente que o ensino de
História é uma ferramenta indispensável para a
formação da identidade do aluno, incorporando na
vida do aluno, as relações sociais marcadas por
modos de ver, pensar, agir, criar e recriar os
diferentes contextos culturais.
Tendo em conta a função social da Historia, os
professores inquéritos apontam que os seus alunos
têm pautado por uma conduta aceitável visto que
dos vários aspectos abordados tem-se primado em
passar a necessidade de serem cidadãos críticos,
íntegros e responsáveis.
 Sugestões

Com base nas conclusões, apresentamos as seguintes

sugestões:
- Que a Direcção do Colégio nº 76 Mukula Mphingue –
Matala, em parceria com a coordenação de História
promovam mais actividades que visam à formação da
consciência de cidadania no seio dos alunos.
- Que nas suas aulas os professores de História do Colégio
nº 76 Mukula Mphingue, aprofundem os objectivos, de
ensino da História de modo a formar alunos críticos e
reflexivos.
- Que os alunos possam levar para as suas comunidades
os ensinamentos adquiridos de modo a termos uma
sociedade mais harmoniosa.
OBRIGADO

PELA

ATENÇÃO

DISPENSADA