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Antropologia Teológica

I N T R O D U Ç Ã O A O M Ó D U L O I
Apresentação
Componentes de Aprendizagem
2. Existe sentido no sofrimento humano?
1. CA4 – O ser humano no discurso teológico;
3. Por que a injustiça compromete a realização humana?
1. Apresentação – Universidade, Ciência e Formação
Acadêmica 4. CA16 – Relacionamento humano sob a ótica do
2. A teologia tem algo a dizer sobre o ser humano?
humanismo cristão;
3. A pessoa humana
1. O perdão reconstrói as relações humanas
4. O significado da pessoa humana como Imagem de
2. O amor como projeto de vida
Deus
3. Em que consiste o compromisso social cristão?
2. CA8 – O sentido da Busca Humana; 4. O que significa ser um profissional Cristão?
1. O que é e de quem é a verdade
2. Há sentido para a vida humana/ A fé confere sentido
para a vida
3. O ser humano um ser religioso

3. CA12 – A existência humana desafiada;


1. Por que o mal existe?
• Competências BÁSICAS a serem desenvolvidas:

• Leitura e interpretação de textos acadêmicos;

• Construção de pensamento crítico;

• Desenvolvimento da escrita acadêmica;


• Competências ESPECÍFICAS a serem desenvolvidas:

• Saber articular o conceito de ser humano a partir de várias vertentes do


conhecimento;
• Conhecer a definição teológica de ser humano a partir do Caráter confessional do
UNISAL;
• Discutir questões sobre a natureza e os fins do ser humano;
Metodologia
I N T R O D U Ç Ã O A O M Ó D U L O I
Metodologia
• Leitura de textos acadêmicos;

• Discussão em sala de aula;

• Elaboração de trabalhos acadêmicos;


Avaliação
ADC´s
• ADC 1 – Trabalho de Leitura;

• ADC 2 – Trabalho de Leitura;

• ADC 3 – Prova Dissertativa;

• ADC 4 – Atividade conjunta com os professores do Módulo;


Bibliografia básica:
• Antonio Wardison C.; BARBOSA, Luís Fabiano S.; ZACHARIAS, Ronaldo (Org.)
Antropologia Teológica: pensar o humano na universidade. São Paulo:
Ideias & Letras, 2017.

https://unisal.br/wp-content/uploads/2021/12/Ebook-Antropologia-Teologica.pdf
Antropologia Teológica
Aula 1
Universidade, Ciência
e Formação
Acadêmica
1.1. Educação Superior como formação
científica profissional e política.
O ingresso no curso superior implica uma mudança substantiva na
forma como professores e alunos devem conduzir os processos de
ensino e de aprendizagem. Mudança muito mais de grau do que de
natureza, pois todo ensino e toda aprendizagem, em qualquer nível
e modalidade, dependem das mesmas condições. No entanto, embora
sendo essas condições comuns a todo ato de ensino/aprendizagem, a
sua implementação no ensino superior precisa ser intencionalmente
assumida e efetivamente praticada, sob pena de se comprometer o
processo, fazendo-o perder sua consistência e eficácia. (p.22)
1.1. Educação Superior como formação
científica profissional e política.
• O primeiro objetivo é o da formação de profissionais das
diferentes áreas aplicadas, mediante o ensino/aprendizagem de
habilidades e competências técnicas;
• o segundo objetivo é o da formação do cientista mediante a
disponibilização dos métodos e conteúdos de conhecimento das
diversas especialidades do conhecimento;
• o terceiro objetivo é aquele referente à formação do cidadão,
pelo estímulo de uma tomada de consciência, por parte do
estudante, do sentido de sua existência histórica, pessoal e
social. (p.22)
1.1. Educação Superior como formação
científica profissional e política.

• Ao se propor atingir esses objetivos, a educação


superior expressa sua destinação última que é
contribuir para o aprimoramento da vida humana em
sociedade. A Universidade, em seu sentido mais
profundo, deve ser entendida como uma entidade
que, funcionária do conhecimento, destina-se a
prestar serviço à sociedade no contexto da qual
ela se encontra situada…
1.1. Educação Superior como formação
científica profissional e política.
• De modo geral, a educação pode ser mesmo conceituada como o processo
mediante o qual o conhecimento se produz, se reproduz, se conserva, se
sistematiza, se organiza, se transmite e se universaliza, disseminando
seus resultados no seio da sociedade. E esse tipo de situação se
caracteriza então, de modo radicalizado, no caso da educação
universitária.
• Na Universidade, ensino, pesquisa e extensão efetivamente se articulam,
mas a partir da pesquisa, ou seja: só se aprende, só se ensina,
pesquisando; só se presta serviços à comunidade, se tais serviços
nascerem e se nutrirem da pesquisa.
1.2. A produção do conhecimento como
construção do objeto
Mas o que vem a ser produzir conhecimento? O que se quer dizer é que conhecimento
se dá como construção do objeto que se conhece, ou seja, mediante nossa capacidade
de reconstituição simbólica dos dados de nossa experiência, apreendemos os nexos
pelos quais os objetos manifestam sentido para nós, sujeitos cognoscentes…

O que se deve concluir é que o conceito é uma representação mental, mas esta não é
o ponto de partida do conhecimento, e sim o ponto de chegada, o término de um
complexo processo de constituição e reconstituição do sentido do objeto que foi
dado à nossa experiência externa e interna.
1.2. A produção do conhecimento como
construção do objeto
[...]a atividade de ensinar e aprender está intimamente vinculada a esse processo
de construção de conhecimento, pois ele é a implementação de uma equação de acordo
com a qual educar (ensinar e aprender) significa conhecer; e conhecer, por sua vez,
significa construir o objeto; mas construir o objeto significa pesquisar.

Em decorrência disso, o processo de ensino/aprendizagem no curso superior tem seu


diferencial na forma de se lidar com o conhecimento. Aqui, o conhecimento deve ser
adquirido não mais através de seus produtos mas de seus processos. O conhecimento
deve se dar mediante a construção dos objetos a se conhecer e não mais pela
representação desses objetos. Ou seja, na Universidade, o conhecimento deve ser
construído pela experiência ativa do estudante e não mais ser assimilado
passivamente, como ocorre o mais das vezes nos ambientes didático-pedagógicos do
ensino básico.
1.2. A produção do conhecimento como
construção do objeto
Desse modo, na Universidade, a pesquisa assume uma tríplice dimensão. De um lado,
tem uma dimensão epistemológica: a perspectiva do conhecimento. Só se conhece
construindo o saber, ou seja, praticando a significação dos objetos. De outro lado,
assume ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva decorrente de sua relação com a
aprendizagem. Ela é mediação necessária e eficaz para o processo de
ensino/aprendizagem. Só se aprende e só se ensina pela efetiva prática da pesquisa.
Mas ela tem ainda uma dimensão social: a perspectiva da extensão.
Exercício de construção de um objeto
1.3. Pesquisa, Ensino e
Extensão na
Universidade
1.3.1. Do compromisso da Universidade com
a construção do conhecimento.
• O conhecimento é, pois, elemento específico fundamental na construção do
destino da humanidade. Daí sua relevância e a importância da educação,
uma vez que sua legitimidade nasce exatamente de seu vínculo íntimo com
o conhecimento. De modo geral, a educação pode ser mesmo conceituada
como o processo mediante o qual o conhecimento se produz, se reproduz,
se conserva, se sistematiza, se organiza, se transmite e se
universaliza. E esse tipo de situação se caracteriza então, de modo
radicalizado, no caso da educação universitária.
1.3.2. Da impropriedade da Universidade só
se dedicar ao Ensino...
• Hoje a atuação profissional, em qualquer setor da produção
econômica, exige capacidade de resolução de problemas, com
criatividade e riqueza de iniciativas, em face da complexidade
das novas situações.
• O que está em pauta, em verdade, é que sua atividade de ensino,
mesmo quando se trata de uma simples faculdade isolada, deve ser
realizada sob uma atitude investigativa, ou seja, sob uma
postura de produção de conhecimento.
1.3.3. Da necessidade do envolvimento da
Universidade com a Extensão.
• A extensão se torna exigência intrínseca do ensino superior em decorrência
dos compromissos do conhecimento e da educação com a sociedade, uma vez
que tais processos só se legitimam, inclusive adquirindo sua chancela
ética, se expressarem envolvimento com os interesses objetivos da
população como um todo.

• À medida que privilegia o ensino transmissivo, a Universidade desprioriza


não só a pesquisa mas também a extensão. Na verdade, esse centralismo no
ensino comete dois graves equívocos: um, epistemológico, ao negligenciar a
exigência da postura investigativa, e outro, social, ao negligenciar a
extensão. Mas o pedagógico não se sustenta sem estes dois pilares.
1.3.3. Da necessidade do envolvimento da
Universidade com a Extensão.
• A extensão se relaciona à pesquisa, tornando-se relevante para a
produção do conhecimento, porque esta produção deve ter como
referência objetiva os problemas reais e concretos que tenham a
ver com a vida da sociedade envolvente. A relevância temática
dos objetos de pesquisa é dada pela significação social dos
mesmos. É o que garante que a pesquisa não seja desinteressada
ou neutra…
Conclusão
• De todas estas considerações, impõe-se concluir que as funções
da Universidade – ensino, pesquisa e extensão – se articulam
intrinsecamente e se implicam mutuamente, isto é, cada uma
destas funções só se legitima pela vinculação direta às outras
duas, e as três são igualmente substantivas e relevantes.
Motivação
• “… a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura
desta implica a continuidade da leitura daquele. … este
movimento do mundo à palavra e da palavra ao mundo está sempre
presente. Movimento em que a palavra dita flui do mundo mesmo
através da leitura que dele fazemos”. (Paulo FREIRE, A
importância do ato de ler. São Paulo: Cortez/Autores Associados,
1982. p. 22.)
Referência
• SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.
Cortez Editora. São Paulo. 2007.

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