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RESPOSTA TÉCNICA

Título

Fabricação de fogos de artifício

Resumo

Informações referentes à fabricação de fogos de artifício.

Palavras-chave

Fogo de artifício; combustão; pirotecnia; substância inflamável

Assunto

Fabricação de artigos pirotécnicos

Demanda

Gostaria de saber informações referentes à fabricação de fogos de artifício.

Solução apresentada

Introdução

Um espetáculo de fogos de artifícios em parques de diversões, campeonatos de futebol ou


comemorações de virada de ano requer muito cuidado no seu preparo, tendo em vista a o
alto poder inflamável que esse produto possui.

A queima de fogos mais famosa do Brasil acontece durante o Réveillon na orla da praia de
Copacabana. A comemoração da passagem do ano na praia passou a fazer parte do
calendário do Rio de Janeiro quando, em meados da década de 70, o Hotel Le Méridien
promoveu uma queima de fogos que descia do topo do edifício em forma de cascata
(HOWSTUFFWORKS, 2008).

A partir dos anos 80, a hotelaria e os restaurantes da orla, resolveram aderir à iniciativa do
hotel Le Méridien. Pouco tempo depois receberam o apoio da Prefeitura. O Réveillon de
Copacabana transformou-se então em um evento de fim de ano grandioso
(HOWSTUFFWORKS, 2008).

Figura 1. Exemplo de explosão de fogos de artifício.


Fonte: HOWSTUFFWORKS, 2008.

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Foguete pirotécnico

Um foguete pirotécnico ou fogo de artifício é um explosivo dotado de um pavio para iniciar a


combustão. A combustão inicial provoca a rápida ascensão do foguete, que a certa altura
explode violentamente. Estes foguetes são usados em festas populares ou celebrações para
criar um efeito ruidoso ao acontecimento, e como meio de aviso de que algum
acontecimento está iniciando ou terminando. Também são usados em espetáculos noturnos
como fogos de artifício (WIKIPÉDIA, 2008).

Componentes básicos

Segundo HOWSTUFFWORKS, 2008 têm-se as seguintes informações sobre fogos de


artifício:

Consistem de pólvora negra (também conhecida como pólvora) ou pólvora cintilante em um


tubo de papel com um pavio para acender a pólvora. A pólvora negra contém carvão,
enxofre e nitrato de potássio. Uma composição usada em um traque pode conter alumínio
no lugar de (ou além de) carvão, com o objetivo de dar mais brilho à explosão.

Estrelinhas são bem diferentes de traques. Uma estrelinha fica queimando por um até um
minuto e produz uma faísca muito brilhante e parecida com um chuveirinho. São
normalmente chamadas de "estrelinhas bola de neve" por causa de uma bola com faíscas
que se forma em volta da parte que fica queimando. Uma estrelinha consiste dos
seguintes componentes:
combustível
oxidante
pólvora de ferro ou aço
aglutinante

O nitrato de potássio é bastante usado como oxidante. O combustível é carvão e enxofre,


como na pólvora negra. O aglutinante pode ser açúcar ou amido. Misturadas com água,
estas substâncias químicas formam uma pasta que pode revestir um fio (por imersão) ou ser
colocada em um tubo. Assim que seca, a estrelinha está pronta. Ao acendê-la, ela queima
de uma extremidade a outra (como um cigarro). Existe certa proporção entre o combustível,
o oxidante e também as outras substâncias químicas, para que a estrelinha queime
lentamente e não exploda como um traque.

Em fogos de artifício é comum a existência de pó de alumínio, ferro, aço, zinco ou


magnésio, para dar origem a faíscas bem brilhantes. Os fragmentos de metal chegam a uma
temperatura alta o suficiente para ficarem incandescentes e brilhantes ou até queimarem.
Vários outros elementos químicos podem ser adicionados para criar as cores.

Fogos de artifício
Fogos de artifício são normalmente formados por uma concha que consiste de quatro
partes:
recipiente - normalmente papel e barbante colados, no formato de um cilindro;
bolinhas - esferas, cubos ou cilindros com composição semelhante a de uma
estrelinha;
explosivo - como no craque, fica no centro da concha;
pavio - prolonga o tempo de queima para que a explosão ocorra na altitude
correta.
Localizado logo abaixo da concha está um pequeno cilindro com o explosivo de lançamento.

A concha é lançada de um morteiro. O morteiro é um tubo de aço curto com um explosivo


de lançamento feito de pólvora negra que explode dentro do tubo e lança a concha. Quando
é aceso para lançar a concha, também acende seu pavio. O pavio vai queimando até chegar
à altitude correta e depois que atinge o explosivo, ele explode.

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Figura 2. Funcionamento de fogos de artifício.
Fonte: HOWSTUFFWORKS, 2008

Conchas simples consistem de um tubo de papel cheio de estrelas e pólvora negra. As


estrelas são colocadas dentro de um tubo e cercadas por pólvora negra. Quando o pavio
queima dentro da concha, ele acende o explosivo, fazendo com que a concha exploda. A
explosão acende a parte externa das estrelas, que começam a queimar, formando cascatas
de faíscas brilhantes. Uma vez que a explosão joga as estrelas para todas as direções, é
formada uma enorme esfera de luz brilhante que normalmente vemos nos espetáculos de
fogos de artifício.

Conchas de explosões múltiplas


Existem conchas mais complexas que explodem em duas ou três partes. São chamadas de
conchas de explosões múltiplas. Podem conter estrelas de diferentes cores e composições
para criar luzes mais suaves ou mais brilhantes, maior ou menor quantidade de faíscas, etc.
Algumas contêm explosivos para estalar no céu ou sons que explodem junto com as
estrelas.

Conchas de explosões múltiplas podem consistir de uma concha com outras conchas dentro
ou com múltiplas seções sem o uso de conchas extras. As partes de uma concha de
explosões múltiplas são acesas por pavios diferentes. A explosão de uma seção acende a
próxima. As conchas devem ser montadas para que cada seção exploda na seqüência, a
fim de produzir efeitos diferentes. Os explosivos que fazem com que cada seção seja acesa
separadamente são chamados de explosivos de interrupção.

Desenhos
O desenho que aparece no céu depende da disposição das estrelas dentro da concha. Por
exemplo: se forem colocadas em formato de círculo, com espaçamento igual e junto com
pólvora negra, originará um espetáculo de pequenas explosões igualmente espaçadas em
formato de círculo. Para criar um desenho no céu, é feito o traçado do desenho com as
estrelas. Depois, elas são agrupadas com uma camada de explosivo de interrupção para
separá-las simultaneamente dos outros componentes da concha, e explosivos são
colocados dentro das estrelas para que explodam no formato da figura. Cada explosivo deve
ser aceso no momento exato.

Na TAB. 1 encontram-se relacionadas as conchas mais comuns que aparecem no céu.

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Tabela 1. Tipos e descrição de conchas que aparecem no céu.

Nome da concha Descrição


Contém grandes cometas ou explosivos (no formato
de um sólido cilindro) que saem, explodem e fazem
Palmeira
uma curva para baixo, como se fossem folhas de uma
palmeira.
Explode em formato de esfera normalmente com
Círculo
estrelas coloridas.
Anel Explode em formato de um simétrico anel de estrelas.
Contém estrelas (composição com bastante carvão
permite que queime por mais tempo) que caem no
Salgueiro
formato de galhos de um salgueiro e podem ficar
visíveis até atingirem o chão.
Explode como um círculo de conchas de cor marrom
Elipse
que explodem em seqüência.
Explode no formato de uma esfera deixando um rastro
Crisântemo
visível com efeito parecido ao de uma flor.
Parecido com o crisântemo, mas com um miolo de cor
Pistilo
diferente das estrelas externas.
Bola Faz o som de uma batida.
Explode para soltar pequenos tubos de ondas
Serpentina incendiárias, que podem resultar em uma explosão de
estrelinhas.

Fonte: HOWSTUFFWORKS, 2008

Conforme o elemento químico adicionado junto à mistura explosiva, podem ser obtidas
diferentes cores, como ilustrado na TAB. 2 (WIKIPÉDIA, 2008):

Tabela 2. Cores obtidas através do elemento químico adicionado à mistura explosiva.

Elemento químico adicionado Cor dos fogos


Sódio amarelo
Lítio Vermelho
Bário Verde
Potássio Azul ou Púrpura
Magnésio Branco ou Prata
Cobre verde
Estrôncio Vermelho
Cálcio Vermelho
Alumínio Branco

Fonte: WIKIPÉDIA, [199?]

Abaixo relacionadas encontram-se listadas algumas Normas e Documentos de Referência


que fazem alusão ao seu assunto de interesse:
Decreto n° 3.665, de 20 de novembro de 2000, publicado pela Presidência da República -
trata do Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105);

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Decreto-lei nº 4.238, de 8 de abril de 1942, publicado pela Presidência da República -
dispõe sobre a fabricação, o comércio e o uso de artigos pirotécnicos e dá outras
providências;

Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Ministério da Justiça (Código de Proteção e


Defesa do Consumidor);

Norma NEB/T M-251, publicada pelo Exército Brasileiro, de 06 de novembro de 2003


Avaliação Técnica de Fogos de Artifício, Pirotécnicos, Artifícios Pirotécnicos e Artefatos
Similares Método de Ensaio.

Conclusões e recomendações

Como todo empreendimento, é muito importante a elaboração de um plano de negócios e


uma pesquisa de mercado, para conhecer o público alvo e avaliar os investimentos
necessários.

Caso deseje obter maiores informações referentes ao assunto exposto, recomenda-se que o
cliente busque informações disponíveis nos sites citados nessa Resposta Técnica, além da
orientação de um profissional especializado, devido à periculosidade do produto.

Sugere-se que o empreendedor busque mais informações no INMETRO ou acesse seu


respectivo endereço eletrônico, disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/fogos.asp>. Acesso em: 03 set. 2008.

Fontes consultadas

INMETRO [199?]. Disponível em:


<http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/fogos.asp>. Acesso em: 03 set. 2008.

FOGUETE PIROTÉCNICO. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre (2008). Disponível em: <
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Foguete_Pirot%C3%A9cnico>. Acesso em: 03 set. 2008.

HOWSTUFFWORKS (2008). Disponível em: <http://pessoas.hsw.uol.com.br/fogos-de-


artificio.htm>. Acesso em: 03 set. 2008.

Elaborado por
Andréa Pires Ferrão

Nome da Instituição respondente

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalização
03 set. 2008

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