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Crescendo com o Mestre

Os Fundamentos de nossa Fé

Nível I
UMA MENSAGEM PARA O LÍDER
Orientações
Apreciado líder,
Agradecemos a sua disposição para participar, como mestre orientador, da série de
formação “Crescendo com o Mestre”. Sem dúvida, sua tarefa e sua responsabilidade serão
recompensadas pelo Senhor conforme a sua vontade. Estamos certos de que no
desenvolvimento deste maravilhoso ministério de ensino e de formação, você será
edificado juntamente com os demais participantes.

Por favor, siga as seguintes recomendações:

1. Prepare-se espiritualmente em oração antes, durante e depois de cada reunião.


2. Você achará neste manual, doze (12) temas bíblicos, teológicos e ensinamentos
fundamentais para a vida cristã e que esperamos serem desenvolvidos no curso das
seguintes doze (12) semanas. Este material foi planejado como formação do caráter do
novo líder, depois de ter estado “Aos pés do Mestre”.
3. Estude muito sério e responsavelmente o tema planejado para compartilhar, segundo
este guia. Lembre-se de que a improvisação não é abençoada por Deus.
4. Fique pronto para iniciar o tema em seu tempo. Lembre-se de que não deve
ultrapassar o tempo especificado. Estas lições estão organizadas para serem
desenvolvidas numa só reunião; tente fazer assim, mas se não conseguir conclui-la,
faça-a na próxima reunião, mas tente ajustar-se ao estabelecido.
5. Prepare-se pedagogicamente, faça de seu ensino algo agradável e profundamente
significativo. Não leia o tema em público, mas o exponha com naturalidade e
manifestando seu domínio do mesmo.
6. Sempre se deve dar lugar à obra espontânea do Espírito Santo, que pode agir
sobrenaturalmente, mas se lembre de que sempre que possível, deve ajustar-se ao
tempo para desenvolver cada tema, incluindo o ensino, a oração e a ministração.
7. Faça aplicações práticas, seja dinâmico e antes de tudo, permita que o Senhor faça a
obra em cada pessoa. Sempre que puder, de forma organizada e ágil, realize com o
grupo as atividades reflexivas que estão expostas.

Deus o abençoe!
CONTEÚDO

PRIMEIRA UNIDADE: 2DEUS PROVÊ NOSSA SALVACÃO 2

TEMA 1: A Natureza de Deus e Seus Atributos.................................................................. 2

TEMA 2: O Homem: A Sua Grandeza e a Sua Miséria........................................................ 5

TEMA 3: Jesus Cristo, A Provisão De Deus Para o Pecado Do Homem ............................. 8

TEMA 4: Os Benefícios Do Sacrifício de Cristo ................................................................. 12

TEMA 5: Como Desfrutar dos Benefícios do Sacrifício de Cristo? ..................................... 19

TEMA 6: O Cristão Verdadeiro .......................................................................................... 25

SEGUNDA UNIDADE: DEUS NOS AJUDA NO CRESCIMENTO ESPIRITUAL

TEMA 7: A Palavra De Deus ............................................................................................. 28

TEMA 8: O Tempo a Sós Com Deus: Minha Vida Devocional ........................................... 33

TEMA 9: Um Modelo de Oração: O PAI NOSSO............................................................... 39

TEMA 10: A Guerra Espiritual ........................................................................................... 42

TEMA 11: A Presença de Deus através do Louvor e da Adoração .................................... 46

TEMA 12: A Igreja, Comunidade de Crescimento. ............................................................ 53

Título original: “Creciendo con el Maestro Nivel I:


Los Fundamentos de Nuestra Fe”
Iglesia Casa de Oración del Nazareno
Cali, Valle del Cauca, Colombia

Tradução: Martha Brochero


Contato: martha.brochero@gmail.com

Revisão do português: Girlhane Virginio Alves


Contato: gir.alves2000@gmail.com
Crescendo com o Mestre – Os Fundamentos de Nossa Fé

PRIMEIRA UNIDADE:

DEUS PROVÊ NOSSA SALVAÇÃO

TEMA 1: A Natureza de Deus e Seus Atributos

Objetivo: Entender qual é a natureza de Deus e quais são seus atributos. Assim você
poderá se aproximar d’Ele confiadamente, sabendo que Deus lhe conhece um pouco mais.

Base Bíblica:

João 4:24

Salmos 147:4-5

INTRODUÇÃO

Quando desejamos estabelecer uma relação íntima com outra pessoa, talvez o mais
importante seja tentar conhecê-la, saber quem é, como é, como se comporta e o que
espera de nós. Da mesma forma é nossa relação com Deus, a quem devemos conhecer
mais e melhor para poder nos aproximar d’Ele.

I. A natureza de Deus

1. Deus é Espírito. Deus não está limitado a um corpo nem a uma forma. Ele está em
todo lugar, ouve tudo, vê tudo e sabe tudo. Não há limites para Deus. João 4:24

2. Deus é uma pessoa. Uma pessoa sente, pensa, deseja e decide. Deus como pessoa
tem todas essas expressões da personalidade. Deus tem emoções e se alegra quando
o amamos (Mateus 12:18), mas também sente rejeição pela maldade do homem.
(Gênesis 6:5-6).

3. Deus é Um. Há um só Deus Criador e sustentador do universo. (I Timóteo 2:5;


Deuteronômio 6:4)

4. Deus é trino. Temos um Deus manifestado em três pessoas: Pai, Filho e Espírito
Santo. O nome “Deus”, que geralmente usamos para identificar o Pai, pode ser
aplicado às três pessoas da Trindade. A Trindade é comprovada biblicamente: Gênesis
1:26; 3:22; Mateus 3:16-17; 28:19; II Coríntios 13:13.

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ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

 Em sua opinião, quais são as grandes vantagens de Deus ser diferente do ser
humano?
 O que aconteceria se Deus fosse exatamente igual a nós?

II. Os Atributos de Deus

Atributos Naturais:

1. Deus é Onisciente. Ele tudo conhece. Salmos 147:4-5; 139:1-6.


2. Deus é Onipotente. Ele tudo pode. Mateus 19:26; Apocalipse 19:6; Gênesis 17:1.
3. Deus é Onipresente. Ele está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Salmos
139:7-12; Mateus 28:20.
4. Deus é Eterno. Não teve princípio, nem terá fim. Sempre tem sido e sempre será.
Salmos 90:2, 4.
5. Deus é imutável. Nunca muda, é eternamente o mesmo. Malaquias 3:6; Tiago 1:17.

Atributos Morais:

1. A Santidade de Deus. Ele diz: “Sede santos, porque eu sou santo” (I Pedro 1:16). Por
causa da santidade de Deus e do pecado do homem é que existe um abismo tão
grande entre eles. A Bíblia ensina que as iniquidades do homem o separam de Deus. (
Isaías 59:2)

2. A Justiça de Deus. Deuteronômio 32:4. Deus é fiel a sua Palavra (Neemias 9:7-8) e a
sua justiça. Deus castigará a impiedade. (Apocalipse 21:8)

3. A Graça de Deus. A graça de Deus é o presente que não merecemos. Esse presente
é Jesus Cristo (Hebreus 2:9) e a nossa salvação. (Efésios 2:8)

4. O Amor de Deus. “Deus é amor”. I João 4:8. Não devemos enganar-nos crendo que
se Deus é amor ninguém será castigado pelo seu pecado. A santidade e a justiça de

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Deus demandam que o pecado seja castigado, mas ao mesmo tempo o amor de Deus
provê o plano de redenção para o homem pecador. Romanos 5:8; I João 4:9-10.

ESTÁ DEUS FURIOSO COM TODOS OS SERES HUMANOS?

Alguns ensinos tradicionais apresentam Deus furioso, irado e com desejo de vingança.
Então, as pessoas tentam apaziguar a ira de Deus por meio de presentes, obras, sangue,
sacrifícios ou sofrimento; como resultado, adoram a Deus por medo, com rituais impostos
por eles mesmos. Desconhecendo que Deus procura a obediência e o amor sincero do
ser humano. (I Samuel 15:22; Salmos 51:16-17). Quando a Bíblia fala de ira de Deus,
sempre é contra o pecado e a injustiça; esta, jamais irá ser apaziguada nem mudada. O
mundo não poderia sobreviver se Deus deixasse de repudiar o pecado. (Romanos 1:18).
Podemos assim concluir que “Deus ama ao homem, mas rejeita o pecado”.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Agora que você sabe um pouco mais como Deus é, comprometa-se a viver de
tal maneira que seu testemunho seja excelente em todo lugar. Lembre-se de
que Ele está presente em todo lugar e tudo sabe.

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TEMA 2: O Homem: A Sua Grandeza e a Sua Miséria

Objetivo: Poder compreender a verdadeira natureza do homem. Como somos, como


Deus nos criou e o que o pecado causou a nossa natureza humana.

Base Bíblica

Gênesis 1:26-27

Gênesis 3

INTRODUÇÃO

Somente quando compreendermos qual é o problema do homem e sua gravidade,


entenderemos corretamente a solução. Se não compreendermos quão perdidos
estávamos, nunca valorizaremos, como se deve, o que Cristo fez por nós.

I. A Natureza do homem.

 O homem é formado de uma parte material e outra imaterial. A parte material é o


corpo, e a imaterial é a alma e o espírito. (Gênesis 1:26-28, 2:7; I Tessalonicenses
5:23)
 O homem foi criado bom, mas sua santidade e bondade não tinham sido testadas. Até
que Deus colocou diante do homem a árvore do conhecimento do bem e do mal.
(Gênesis 1:31; 2:15-17).
 O homem recebeu de Deus um formoso lugar para morar. (Gênesis 2:8-9)
 O homem tinha domínio sobre toda a criação e a ordem de multiplicar-se. (Gênesis
1:28)
 O homem foi abençoado por Deus com a mulher, sua ajuda idônea. (Gênesis 2:18)
 O homem tinha o privilégio de desfrutar de uma relação face a face com Deus.
(Gênesis 3:8)

II. A queda do homem.

A prova.

Deus deu ao homem a liberdade para escolher entre o bem e o mal. Mas a única forma de
o homem demonstrar a sua fidelidade, era através de uma prova ou condição. (Gênesis
2:16-17)

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Que aconteceu?

A serpente convenceu a mulher de que Deus não era tão bom como supunham.
Implicitamente as palavras da serpente foram “Deus está lhes retendo algo muito bom”. O
pecado consistiu em algo que vai além do fato de pegar a fruta e comê-la, pois não só
desobedeceram, como também agrediram a pessoa de Deus, agrediram o seu caráter.
Insinuaram que Deus era mau, porque tinha ocultado algo bom para eles. (Gênesis 3:1-5)

Quais foram as três causas básicas do pecado de Adão e Eva?

1. Não confiaram em Deus;


2. Quando duvidaram de suas palavras, duvidaram também da natureza santa de Deus;
3. Desejaram ter mais do que já tinham e do que lhes era suficiente.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

 Quais são as maiores tentações que hoje os seres humanos enfrentam?


 Por que você acha que essas tentações se dão com mais frequência?

Quais foram algumas das consequências da queda do homem?


 O relacionamento entre Deus e o homem foi estragado, provocando a morte
espiritual do homem. (I Coríntios 2:14; Efésios 2:1, 4:17-18)

 Em vez de buscar a Deus, o homem se concentrou em si próprio - Egoísmo.

 Foram estragados os relacionamentos entre as pessoas, gerando nelas uma


consciência acusadora. (Gênesis 3:12-13).

 A mulher foi submetida a dores maiores. (Gênesis 3:16)

 O homem foi submetido à dureza da terra. (Gênesis 3:17-19)

 A terra foi amaldiçoada. (Gênesis 3:17)

 A Morte eterna e a separação total de Deus (Romanos 3:23)

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III. O problema do Homem: O pecado.

No grego, a palavra pecado significa: “errar o alvo”, “sair do caminho” ou “desviar-se da


verdade”. Pecado é:

 Crer mais no diabo do que em Deus (Gênesis 3:1-6). Crer mais nas pessoas, nos
sentimentos, nas circunstâncias, ou em qualquer outra coisa mais do que em Deus.
 Aborrecer voluntariamente a luz. (João 3:19-21)
 Ser desobedientes, rebeldes. (Tiago 4:17; I João 3:4; I Samuel 15:22-23).
 Uma atitude ou disposição do coração contrária a Deus.
 Deleitar-se nos prazeres pecaminosos da carne. (Gálatas 5:18-21; I João 2:15-17)
 Não é só o que fazemos, mas também a condição em que se encontra toda pessoa
antes de receber a Cristo. (Salmos 51:5)

IV. A imputação ou translado do pecado de Adão a toda a raça humana.


“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”
Romanos 5:12.

Este versículo ensina que o pecado de Adão tem um efeito sobre toda sua descendência.
Por meio de Adão, o pecado entrou na raça humana; e pelo pecado, a morte (Romanos
3:23). Na carta aos Romanos, capítulo 5, o apóstolo Paulo menciona três consequências
do pecado de Adão na raça humana:
 A morte (tanto espiritual quanto física) – Romanos 5:15
 A culpabilidade e a condenação. – Romanos 5:18
 A natureza pecaminosa. – Romanos 5:19

Qual foi a dádiva de Deus para o homem pecador?


Jesus Cristo é o presente que veio do céu para salvar da condenação toda a raça humana.
(Gênesis 3:15; Romanos 6:23)

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA


Identifique em sua vida qual é a maior tentação que lhe ataca, e peça cada dia
a Deus em oração que lhe ajude a seguir em frente e vencer.

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TEMA 3: Jesus Cristo, A Provisão De Deus Para o Pecado Do


Homem

Objetivo: Conhecer acerca da natureza de Jesus Cristo, sua condição divina e seu
sacrifício na cruz para redimir o ser humano pecador.

Base Bíblica

João 1:1-5

INTRODUÇÃO

Por meio da obra de Cristo na cruz, Deus provê a solução universal que elimina a barreira
que separa o homem de Deus.

I. Pessoa de Jesus Cristo.

1. Sua Natureza Divina:


Jesus, o Filho de Deus, é a segunda pessoa da Trindade. Jesus sendo Deus tem os
mesmos atributos de Deus - Pai: onisciência, onipotência, onipresença, eternidade,
imutabilidade, santidade, justiça, graça e amor. A Bíblia ensina que Jesus Cristo não teve
princípio: “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há
de vir, o Todo-Poderoso.” (Apocalipse 1:8)

Jesus não foi criado, sempre existiu. Os céus e a terra foram criados por Ele, “o qual é
imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas
todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. Ele é
antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas.” (Colossenses 1:15-17).

Só Ele tinha capacidade e poder para levar o homem a Deus, mas para fazer isso, teria
que assumir forma de servo (Isaías 53), tornar-se em semelhança de homens, humilhar-se
e ser obediente até a morte, (Filipenses 2:6-11) vencer Satanás e comprar os pecadores
na feira da escravidão do pecado, teria que redimi-los com o preço de seu próprio sangue.
Tudo isso teria que ser feito voluntariamente e isso foi exatamente o que aconteceu: Jesus
Cristo se despojou de sua glória e se fez homem.

2. Sua natureza humana:

Jesus veio revelar a imagem de Deus ao homem. Veio dizer-nos que Deus nos ama e
que tem interesse em nós. Ele veio “para dar a sua vida em resgate de muitos”. Mateus
20:28b.

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Jesus, sendo Deus, não tem princípio nem fim; portanto, Maria não é a mãe de Deus,
senão o instrumento usado por Deus para que Jesus pudesse tomar a natureza
humana. Isso é o que ela é: a mãe da natureza humana de Jesus Cristo. (Lucas 1:26-
35)

Jesus viveu como homem “em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Hebreus 4:15b

II. O Dilema de Deus.

Quando lemos a Bíblia, encontramos duas grandes verdades, aparentemente


contraditórias, acerca de Deus. Por um lado, a Bíblia mostra que Deus é amor, que Ele
ama ao pecador incondicionalmente. Por outro, as mesmas Escrituras ensinam, com igual
clareza, que Deus é Santo e Justo, que Ele odeia o pecado e que Sua justiça demanda
que o pecador seja julgado e castigado. (Êxodo 34:7; Ezequiel 18:20; Romanos 6:23)

Deus ama ao pecador, mas odeia seu pecado. Deus quer recebê-lo, mas por causa de
seu pecado, tem que afastá-lo de Sua Presença eternamente. Ainda que Deus desejasse
justificar o pecador, tem que condená-lo.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.
Pense por um momento e reflita com outras pessoas: Alguém comete um delito e deve
ser castigado, mas essa pessoa é seu filho, o que você faria?

Como fazer um balanço entre a Justiça e a Misericórdia?

O que aconteceria se o Presidente concedesse o perdão a todos os que estão nos


cárceres?

Implicitamente, a mensagem seria: “Você pode violar a lei e sair sem punição”; então,
nesse caso, as autoridades perderiam toda a integridade e a credibilidade.

A lei sem sanções (consequências) é simplesmente uma lei inservível. As consequências


são estabelecidas para dar ordem à sociedade.

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Por exemplo: Que significa uma luz vermelha? Significa que devemos parar para não
machucar outra pessoa. Mas também significa que, se não pararmos, seremos punidos.
Deus criou o homem para sua glória. Mas o homem tem violado a lei moral de Deus. Deus
tem uma sanção (ou consequência) para mostrar a seriedade da lei. A sanção é a morte
espiritual.

O amor de Deus para com o homem nunca cessou, e Deus não quer ver o homem
eternamente separado de seu amor. Então, o dilema de Deus é achar uma forma de:
 Sustentar a lei;
 Mostrar sua rejeição pelo pecado;
 Libertar o homem do pecado, do egoísmo, e da separação sem ser permissivo para
que pequem.

Como manter a autoridade da Lei e o respeito a ela sem ter que pagar a
penalidade?
Se todos os que infringem a lei recebessem um justo castigo, não haveria injustiça. Por
outro lado, se fossem liberados de uma punição justa todos os que violaram a lei, não
haveria justiça nem respeito a ela.
A única solução para o problema era encontrar um Redentor, alguém que morresse em
nosso lugar.

Deus deu-se a si próprio na pessoa de Jesus Cristo. (Romanos 5:8; Gálatas 2:20)

A seguinte história nos ajuda a entender porque foi necessária a morte de Cristo:

É a historia de um valente líder no Cáucaso chamado Shamel, quem no


meio do século passado lutava para manter a liberdade e a independência
de seu povo. Em certa ocasião, quando seus soldados estavam muito
desanimados e falavam em se render ao inimigo, ele disse que a próxima
pessoa que falasse em se render aos russos seria açoitada por cem vezes.
Alguém foi descoberto e levado perante Shamel. Que vergonha e tristeza
ele sentiu quando viu que a pessoa era sua própria mãe! Depois de um
tempo de oração ele mandou cumprir a sentença. Mas depois do quinto
açoite, mandou o verdugo parar, e tirando sua própria camisa ele decidiu
receber os 95 açoites que faltavam. Tão impressionados ficaram seus
soldados com a justiça e a sinceridade de seu líder que ninguém mais falou
em se render ao inimigo.

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Da mesma forma Deus encontrou a solução para seu grande dilema, morrendo no lugar do
pecador e recebendo seu castigo. Jesus Cristo morreu:

 Como substituto do homem;


 Para restaurar uma relação que estava quebrada;
 Para declarar a justiça de Deus;
 Para revelar a gravidade do pecado;
 Para satisfazer um requisito legal.

Foi na cruz onde o atributo do amor e o da justiça de Deus, beijaram-se. (Salmos 85:10)

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Todos os dias nós devemos tomar decisões e, muitas vezes, essas decisões não
vão ser do agrado de todas as pessoas. O importante é agir honesta e
justamente sempre. Tome a decisão de agir sempre procurando ser justo.

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TEMA 4: Os Benefícios Do Sacrifício de Cristo

Objetivo: Entender todos os benefícios que recebemos do sacrifício de Cristo na cruz do


Calvário e que só devemos n’Ele crer e O aceitar.

Base Bíblica

Romanos 5:1-8

INTRODUÇÃO

Tudo o que veremos a seguir baseia-se em quem somos “em Cristo”. I Coríntios 15:22 diz:
“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados”.
É necessário entender que nossa identidade em Cristo é absolutamente essencial para
triunfar em nossa vida cristã. Não devemos permitir que o que fazemos determine o que
somos, mas a nossa posição em Cristo, ou seja, o que somos “em Cristo” deve determinar
o que fazemos. Muitos cristãos dizem que são “pecadores salvos por graça”, mas isto não
está certo, porque em nenhum lugar na Bíblia Deus nos chama pecadores. Ele nos chama
santos. Em Cristo somos santos, filhos de Deus, cidadãos do céu, etc. Precisamos
descobrir o que é que Deus fala a respeito de nós, proclamar, crer, e como consequência,
viver segundo a nossa identidade em Cristo Jesus.
A seguir alguns direitos e privilégios que temos em Cristo:

I. Redenção

Redenção significa “liberar um escravo de seu cativeiro mediante o pagamento de um


preço”, e o preço que Cristo pagou para redimir o pecador foi seu próprio sangue. A Bíblia
diz que todo ser humano é escravo, não só do pecado (João 8:34-35), mas também de
Satanás (Atos 26:18; João 8:44). Mas pela obra de Cristo na cruz fomos remidos, isto é,
que Cristo entrou na “feira de escravos” onde estávamos acorrentados pelo pecado e pelo
diabo, comprou-nos com seu sangue e nos liberou. (Marcos 10:45; Apocalipse 5:9).

O sacrifício expiatório de Jesus na cruz tem o poder para redimir todos os que pela fé
creem n’Ele, aceitam Seu perdão e fazem d’Ele o Senhor de suas vidas.
Redenção ou libertação, de quê?

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 O poder do pecado.
Cristo não somente nos liberta da consequência do pecado, mas também do poder que o
pecado tinha sobre nós. Ele nos dá o poder para vencer os hábitos e os vícios. (João
8:34-36; Efésios 5:8)

 O poder de Satanás.

Fomos libertos do reino de Satanás e agora somos membros do Reino de Cristo (Mateus
12:22-32; Colossenses 1:13-14).

 O temor à morte.
O cristão não tem temor à morte, porque Cristo a venceu na cruz. Em Hebreus 2:14-15 diz:
“Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue, também ele
semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele
que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da
morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.”.
Nossos corpos ainda estão sujeitos à morte física. Mas um dia, o último e grande inimigo
será destruído – a morte. (I Coríntios 15:26)

 A maldição da lei.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que aos gentios viesse a bênção
de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do
Espírito.” (Gálatas 2:13-14).

 Uma vida vã e sem propósito.


“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com
precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o
qual, na verdade, foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifesto no fim
dos tempos por amor de vós”. (I Pedro 1:18-20)

II. Justificação

A palavra justificação significa “declarar justo ou reto”. A justificação é o ato declarativo


que Deus faz a quem com fé tem aceitado o sacrifício de Jesus na cruz, considerando-o
absolvido de seus pecados, livre de castigo e aceito como justo diante d’Ele.

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Há três considerações que devem ser levadas em conta:

1. O pecado do homem o faz culpável diante de Deus. (Isaías 1:15).

2. O homem não pode procurar a justificação pelas boas obras. (Efésios 2:8-9), nem
pelos sacrifícios (Salmos 51:16-17; Provérbios 15:8). Só é possível mediante a fé no
Filho de Deus. (Romanos 3:23-24)

3. O chamado ao arrependimento e o oferecimento de perdão só se acham na justificação


divina. (Romanos 8:33; 4:24-25). Ninguém pode acusar ou condenar as pessoas que
Deus tem justificado.

Resultados da Justificação

1. Temos Paz com Deus. (Romanos 5:1)

2. Somos salvos da ira ou castigo de Deus. (Romanos 5:9)

3. Somos livres de toda acusação. (Romanos 8:33)

4. Somos herdeiros de Deus. (Tito 3:7).

5. Seremos glorificados. (Romanos 8:30)

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Muitas pessoas nos dias de hoje, encontram uma desculpa para suas más ações.
Quais são as desculpas mais dadas?

III. O perdão dos pecados.

Por meio da obra de Jesus Cristo na cruz do Calvário todos nossos pecados são
perdoados, apagados, embranquecidos e esquecidos. (João 1:29)

Isaias 53:5, 12 “5Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por
causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
12
pisaduras fomos sarados. Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e com os
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi
contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos
transgressores intercedeu.”.

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IV. A vida eterna.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus nosso Senhor”. Romanos 6:23

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.
Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas
vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a
vida eterna.” I João 5:11-13.

V. Santificação.

Santificar: “separar”, “estado de separação”. É nomeada 106 vezes no AT e 31 no NT.


Ainda que a santidade se refira ao estado ou à condição de Deus, a santificação descreve
o ato ou o processo mediante o qual as pessoas vêm participar desta qualidade.

A santificação inclui:

1. A ação humana de se consagrar a Deus.

2. A ação divina de limpar e separar o homem para Deus. A limpeza de toda impureza e a
renovação do coração mediante o Espírito de Deus são a essência da atividade
santificadora de Deus.

Devemos entender que, com a santificação, Deus não só procura separar ou consagrar o
homem para Ele e seu serviço, mas também procura sua purificação moral. Não é um
simples ato externo, mas a renovação total de seu coração. A libertação do pecado e uma
nova vida conforme a vontade de Deus, que é totalmente Santo.

Santificação Inicial:

A santificação começa com a regeneração, é o Espírito Santo dando nova vida ao recém-
convertido. (Romanos 5:5).

Quando começamos viver como cristãos, percebemos que nossa forma de pensar e agir
vai mudando pouco a pouco. Já não nos deleitamos com o pecado, porém procuramos em
todo momento a forma de agradar a Deus, mas ao mesmo tempo nos achamos com uma
luta interna: o desejo de agradar a Deus e a impossibilidade de fazê-lo; uma fraqueza ou
limitação que não nos permite fazer o que queremos e nos empurra de novo ao pecado. É
porque a santificação inicial é parcial e não total; o homem necessita de uma segunda obra
da graça, uma santificação completa que lhe permita viver totalmente livre do pecado para
que desta maneira possa glorificar a Deus em tudo. John Wesley definiu a santidade da
seguinte forma: “... a santidade do evangelho é nada menos que a imagem de Deus

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estampada no coração. Não é outra coisa que o pleno sentir que houve em Jesus Cristo.
Consiste em todos os afetos e tendências celestiais combinados juntos em um. Implica um
amor tão contínuo e agradecido àquele que não nos poupou a seu Filho, seu único Filho,
que nos resulta natural e necessário amar a toda criatura humana dado que nos preenche
com entranhas de misericórdia, de benignidade, de humildade, de mansidão, de paciência.
É um amor a Deus de tal qualidade que nos ensina a ser irrepreensíveis em todo tipo de
conversação, que nos capacita para apresentar nossas almas e corpos, tudo o que somos
e tudo o que temos, todos nossos pensamentos, palavras e ações, como um sacrifício
contínuo, aceitável a Deus por meio de Jesus Cristo.” (Obras de Wesley, tomo III, p. 314)

Santificação total ou inteira Santificação:

É o segundo passo que todo cristão inicia logo que é justificado pela graça de Deus, por
meio da redenção que está em Jesus Cristo. É a ação gradual de Deus, na qual o Espírito
Santo opera na vida do cristão até conseguir uma verdadeira mudança na sua natureza,
até alcançar a estatura da plenitude de Cristo.

“...até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus,


ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4:13.

A perfeição cristã, como expressada por Wesley em todo seu tratado sobre este tema
(Obras de Wesley, tomo VIII, PP 21-168), não é um ideal para conseguir no futuro ou no
momento da morte, mas um processo que começa ao ser justificado pela graça de Deus e
que é permanente e dinâmico, agora na vida presente. De alguma forma a perfeição
cristã, é deixar uma vida medíocre por uma vida de qualidade, ou seja, em santidade,
consagrada a Deus e experimentar suas muitas bênçãos. Como já foi dito anteriormente,
este processo é dinâmico e nos permite continuar crescendo, dia a dia, passo a passo, na
fé e no amor. Portanto, a perfeição cristã é uma visão positiva e otimista da vida cristã,
porque ensina que tanto o homem como a mulher são aperfeiçoados pela graça de Deus e
estão sujeitos a esse processo com a ajuda do Espírito Santo.

É nesse sentido que Jesus Cristo nos exorta a sermos perfeitos como Deus é perfeito.
“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial” Mateus 5:48. O apóstolo
Paulo reconhece que não é perfeito, mas que caminha para essa meta (Filipenses 3:12-
14). Noutra ocasião, em sua segunda carta a Timóteo, faz ver que o fim de toda Escritura
é fazer “... que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa
obra” (II Timóteo 3:17).

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Na santificação total, o coração é purificado da raiz ou presença interior do pecado,


fazendo possível a consagração total de nosso ser a Deus em adoração e devoção. (João
17:17-19; I Tessalonicenses 5:23).

A santificação total não é um estado, porém uma condição preservada em nós, instante
por instante, enquanto andamos na luz:

“mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.” (I João 1:7).

Conclusão:

Como cristãos, dependemos totalmente do que Cristo fez por nós na cruz:

 “Ele nos deu nova vida”. Mudando o rumo e o sentido de nossa existência.

 Antes estávamos mortos no pecado, mas agora fomos resgatados das trevas à luz do
Senhor.

 Antes, por causa do pecado, éramos culpados e merecedores de castigo divino. Agora,
fomos justificados em Cristo, isto é, perdoados e livres de castigo.

 Antes, o pecado nos escravizava, mas agora em Cristo somos totalmente livres.

 Antes não tínhamos destino, agora temos vida eterna.

Entretanto o mais importante é que antes não lhe conhecíamos, portanto estávamos
apartados d’Ele, vivendo segundo nossa própria vontade, em desobediência (Gálatas 2:1-
2). Mas agora, lhe conhecemos e seu Espírito dá testemunho a nosso espírito de que
somos filhos de Deus, e como filhos, nós temos o amor e as bênçãos do Pai. (Romanos
8:16-17).

Portanto podemos confiar que o Senhor está totalmente interessado em nos acompanhar e
nos ajudar em nosso viver diário. Já não estamos sozinhos, Ele prometeu estar conosco
até o fim do mundo. Assim que, agora, temos a fé que vence ao mundo, a fé pode:

 Dar salvação aos perdidos;

 Restaurar os corações quebrantados;

 Dar liberdade aos cativos;

 Sarar aos enfermos.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Durante a próxima semana, compartilhe, com pelo menos uma pessoa, seu
testemunho de como o Senhor restaurou sua vida e pode restaurar a vida
dessa pessoa também.

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TEMA 5: Como Desfrutar dos Benefícios do Sacrifício de Cristo?

Objetivo: Entender que para receber os benefícios do sacrifício de Cristo, é muito


importante um ato genuíno de arrependimento e uma decisão real de buscar cada dia ao
Senhor e depender mais e mais d’Ele.

Base Bíblica

Mateus 9:13

INTRODUÇÃO

Não podemos assumir o arrependimento como a ação que o homem afastado de Deus faz
para se aproximar d’Ele, isto é uma decisão simplesmente humana; passando
despercebido que foi Deus quem tomou a iniciativa de perdoar e restaurar o homem
através da pessoa de Cristo.

I. O Arrependimento

A Fé e o Arrependimento são a “porta de entrada” ao evangelho para todos aqueles que


foram confrontados com a obra e os propósitos de Jesus Cristo na cruz do calvário.
Portanto, a conversão é o resultado dessa decisão.

Antes de poder crer no evangelho, é necessário o arrependimento. Se este fundamento


não está colocado corretamente, toda a estrutura estará instável, incapaz de enfrentar as
provas e as lutas que virão. (Mateus 9:13; Isaias 55:7a).

O que inclui o verdadeiro arrependimento?

O verdadeiro arrependimento inclui:


 Reconhecer que temos pecado. (Salmos 51)
 Confessar a necessidade de um Salvador. (Romanos 10:9-10)
 Confessar os pecados. (I João 1:9). Às vezes o pecado habitual requer que outra
pessoa nos ajude em oração. (Tiago 5:16).
 Sentir tristeza por nossos pecados. (II Corintos 7:9-11).
 Afastarmos de todo pecado. (Provérbios 28:13).
 Resistir ao diabo e nos submeter a Deus. (Tiago 4:7).

Em conclusão, podemos dizer que o arrependimento é um profundo desejo de se voltar do


pecado para Deus, como resultado da tristeza que deixou o pecado no coração do homem.

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O homem procura em Deus a oportunidade não só de ser perdoado, mas também de


mudança. Uma pessoa arrependida está disposta a ter um novo estilo de vida.

II. A Fé.

Marcos 1:15b diz: “... arrependei-vos e crede no evangelho.”. Assim precisamos não só
nos arrepender, mas também precisamos crer.

Muitos desejam receber algo da parte de Deus para então crer. Mas biblicamente,
primeiro se deve crer e depois se recebe a manifestação visível daquilo que se tem crido.
Em Hebreus 11:3 diz que Deus fez o universo pela sua Palavra de modo que o visível veio
a existir das coisas que não aparecem.

A palavra hebraica, que traduz “fé”, denota, em quase todos os casos, a confiança que se
pode ter em Deus. Em Marcos 11:23 encontramos as seguintes verdades para pôr a fé em
ação:
 É necessário confessar, dizer ou proclamar;
 Não duvidar em nosso coração;
 Crer que Deus tem poder para fazê-lo.

Em Marcos 11:24 o Senhor nos diz: “Por isso, vos digo que tudo quanto em oração
pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”. Então, quando oramos, o que é
necessário fazer para receber uma resposta? Ter fé.

Jesus Cristo estava dizendo que devemos crer antes de receber o que temos pedido. A fé
diz: “tenho, ainda que não possa ver”. Devemos crer totalmente no poder da Palavra de
Deus. Se estivermos firmes na Palavra de Deus, e pedirmos segundo sua vontade, então
os resultados virão. (I João 5:14-15).

A fé não é algo que temos, senão algo que cremos e fazemos. A fé olha continuamente a
Palavra de Deus e atua segundo o que ela diz. Muitos cristãos estão derrotados,
enfraquecidos, doentes porque não têm focado sua atenção na Palavra de Deus, não a
estudam nem a obedecem. Por esse motivo, quando oram, não enxergam o que diz a
Palavra de Deus, porém o que diz seu corpo, ou as circunstâncias externas e por isso
incorrem na incredulidade e sua oração não tem resultados.

Enquanto Jesus Cristo ensinava numa casa, uns homens trouxeram seu amigo para que o
Senhor o curasse, mas por causa da multidão não conseguiram entrar na casa, então
desceram o leito através do eirado da casa e o colocaram diante de Jesus (Lucas 5:18-20).

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Jesus viu a ação dos homens como uma demonstração da fé que estava em seus
corações.

A seguir destacamos quatro maneiras de pôr nossa fé em ação:

 Conhecer quais são as promessas para o homem na Palavra de Deus.


 Crer na Palavra de Deus.
 Não desistir em meio às circunstâncias adversas.
 Louvar a Deus pela resposta e começar a agir segundo o que diz a Sua Palavra.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.
Se a fé é ação, descreva pelo menos uma experiência na qual Deus
respondeu a uma petição que você lhe tenha feito com fé.

Regeneração ou novo nascimento.


Jesus Cristo ensinou que o problema básico do homem é que está espiritualmente morto e
precisa nascer de novo, para que sua natureza seja mudada.

A condição do homem natural sem Cristo.


”Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do
ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também
todos nós andamos outrora, segundo as inclinações de nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais” Efésios 2:1-3.

Quando tem lugar o novo nascimento ou a regeneração?


O novo nascimento acontece quando a pessoa:
1. Reconhece que é pecadora e que o pecado a separa de Deus. (Romanos 3:23)
2. Reconhece que Jesus Cristo é a única solução para o pecado. (I Pedro 3:18a).
3. Aceita o amor de Deus. (João 3:16)
4. Recebe ao Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador. (João 1:12; Apocalipse
3:20).

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III. A Conversão Verdadeira.

A conversão é a expressão usada para designar o processo pelo qual a alma vai do
pecado à salvação. É o ato humano de voltar-se do pecado a Deus.

“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como
crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.” Mateus 18:3.

Uma conversão verdadeira é uma mudança de atitude e de alvo. O caminho é Jesus


Cristo e seu novo alvo é fazer tudo para glória de Deus e para o bem de seu Reino. Mas,
por outra parte, uma conversão falsa é mudar de caminho, mas mantendo o mesmo
alvo. A pessoa é convertida em cristão, porém com o propósito de alcançar sua própria
satisfação, sua própria felicidade.

IV. A Restituição.

Restituir significa restaurar ou buscar estar em paz com outra pessoa.

A necessidade de ter uma consciência limpa:

“1Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. 5Confessei-


te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao Senhor as
minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade de meu pecado.” Salmos 32:1, 5.

Como ter uma consciência limpa?

1. Fazer uma lista de pessoas que tenhamos magoado ou ofendido:


 Revisar nas nossas lembranças, trazer à memória:

 Temos roubado alguém?


 Temos mentido?

 Temos nos irado?


 Temos nos rebelado contras as autoridades?
 Temos estragado a reputação de alguém?
 Temos sido ingratos?
 Temos mantido mágoas ou ressentimentos?
 Temos tido um espírito de orgulho.

 Desculpas mais frequente para não fazê-lo:

 Aconteceu faz muito tempo.


 Foi algo insignificante.

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 As coisas têm melhorado.


 Não entenderão.

 Vai me custar muita grana.


 A outra pessoa teve a culpa.
 Depois eu faço (postergar é o pior inimigo da uma consciência limpa)

2. Identificar a afronta desde o ponto de vista deles: argueiro x trave.

3. Ir direitamente à pessoa que temos ofendido ou magoado. Não envolver outros.

4. Escolher bem o que vamos dizer. Exemplo, o filho pródigo. (Lucas 15:17-19, 21).
Lembre-se do seguinte:

 Com a ajuda do Espírito Santo, escolher o lugar e a hora apropriados.

 A forma: preferivelmente por telefone e/ou visita pessoal.

 Nossas palavras devem identificar a ofensa básica (falta de respeito, orgulho,


desonestidade, etc.) e deve refletir um verdadeiro arrependimento.

 Evitar mencionar os detalhes sensuais ou vergonhosos. O salmo 51 é um excelente


exemplo de como identificar a ofensa básica sem entrar em detalhes.

 Não se justifique “É que estava doente...”.

 Não pregue “Quero aproveitar esta oportunidade para dizer...”.

 Não dizer:
 “Perdoa-me,” sem especificar a falta.

 “Eu errei, mas você também...”.

 “Perdoa-me, mas é que ... bla bla bla”

 “Se errei, perdoa-me” (se te ofendi, perdoa-me). Em realidade o que você está
dizendo é “Se minha personalidade (da qual eu não sou responsável) lhe
ofendeu, deve ter algum problema na sua capacidade de se relacionar com
outros. Mas vou tomar uma boa atitude e assumir que provavelmente foi minha
culpa e lhe dizer que me perdoe, se todavia crê que sou culpável”.

 Um exemplo das palavras que podemos usar é o seguinte: “Reconheço que te


magoei em ......................................... (descreva brevemente a ofensa básica.
As palavras devem refletir arrependimento total e verdadeira humildade).
Perdoa-me?.

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O que NÃO teremos se nossa consciência NÃO estiver limpa

1. Poder nem autoridade para compartilhar o evangelho a outros. (I Pedro 3:15-16)

2. Poder para vencer as tentações.

3. Liberdade para cultivar amizades profundas. Se fizermos uma lista das pessoas que já
não são nossos amigos, perceberemos que o motivo pelo qual o relacionamento foi
quebrado é porque os magoamos e não fizemos nada para restabelecer esse
relacionamento.

4. Fecham-se as janelas dos céus e as bênçãos são retidas. (Provérbios 28:13)

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Ao finalizar cada dia, tente fazer o exercício rápido de lembrar-se de ter ofendido
alguma pessoa, à qual deva pedir perdão; se é assim, faça-o de imediato, não
deixe que o sol se oculte e chegue a noite sem fazê-lo.

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TEMA 6: O Cristão Verdadeiro

Objetivo: Que o novo crente possa compreender a diferença substancial que há entre
sua nova condição de filho de Deus e sua anterior forma de viver, devendo agora agir
como um verdadeiro cristão.

Base Bíblica

Efésios 4:17-32

INTRODUÇÃO

A maneira como uma pessoa pensa, age e vive, reflete muito o que ela é; portanto, é muito
importante que o cristão pense, viva e aja como um filho de Deus.

I. A Pessoa Natural.
I Coríntios 2:14

Essa pessoa espiritualmente está morta, separada de Deus e vive independente de Deus.
Para a pessoa natural é impossível não pecar. A pessoa natural tem alma, ou seja, pensa,
sente e toma decisões, mas sua mente e sua vontade estão dirigidas por sua carne, que
age completamente separada de Deus.

A pessoa natural crê que é livre para escolher sua conduta, mas como vive na carne, é
escrava dos desejos de sua carne que foi influenciada e contaminada pelo mundo e pelo
diabo.

A pessoa natural também tem corpo, mas não tem os recursos espirituais para enfrentar às
tensões da vida para tomar boas decisões.

As ações, reações, costumes, pensamentos e respostas da pessoa natural são


governados pela carne, conduzindo a pessoa a se comportar de forma pecadora. Algumas
vezes, a pessoa natural luta com sentimentos de inferioridade, insegurança, insuficiência,
culpabilidade, preocupação e dúvidas.

II. A Pessoa Carnal.


Gálatas 5:19-21

A pessoa carnal é alguém que já sabe que Deus lhe ama e que em Cristo pode chegar a
ser uma nova criatura, mas decide seguir os impulsos de sua carne em vez de ser dirigida
e controlada pelo Espírito de Deus. Como resultado, sua mente está cheia de
pensamentos pecaminosos e tem muitas emoções negativas. Ainda que pudesse ser livre

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para caminhar no Espírito e produzir fruto, decide caminhar segundo a carne e sua vida
manifesta os mesmos comportamentos pecaminosos de uma pessoal natural.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Quando você lê a lista de pecados de uma pessoa carnal (Gálatas 5:19-21),


identifica em sua vida algum deles? Peça a Deus que lhe ensine o caminho
para vencer essas fraquezas.

A pessoa carnal não apresenta seu corpo a Deus como sacrifício de adoração, mas faz
tudo o que exigem seus desejos físicos. Como se rende à carne em vez de crucificá-la, a
pessoa carnal também luta com sentimentos de inferioridade, inseguridade, insuficiência,
culpabilidade, preocupação e dúvidas.

III. A Pessoa Espiritual.

A pessoa espiritual tem corpo, alma e espírito, mas foi transformada comparada à pessoa
natural que foi, antes de nascer de novo. Quando esta pessoa aceitou a Cristo, seu
espírito foi unido como o Espírito de Deus e agora, desfruta do perdão do pecado, foi
aceita na família de Deus e conhece seu valor como pessoa.

A alma da pessoa espiritual também reflete uma mudança desde sua conversão. Agora é
influenciada e motivada pelo Espírito e não pela carne. Sua mente foi totalmente mudada
e transformada.

Emocionalmente, experimenta paz e gozo em vez de ansiedade. Além disso, é livre para
tomar a decisão de não caminhar segundo a carne, mas sim segundo o Espírito e como
resultado sua vida manifesta o fruto do Espírito: Amor, gozo, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio. (Gálatas 5:22-23)

O corpo da pessoa espiritual também foi transformado. Agora é o lugar onde habita o
Espírito Santo. A pessoa espiritual diariamente crucifica a carne e seus desejos, e se
considera morta para o pecado.

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Não existe uma fórmula mágica para caminhar no Espírito. Caminhar no Espírito vai além
de uma relação que temos com o Espírito Santo e que vamos aprendendo na medida em
que conhecemos mais a Deus e aprendemos a confiar n’Ele.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Tome uma decisão radical em sua vida! Daqui em diante tentará viver, com a
ajuda do Senhor, uma vida que corresponde a uma pessoa nascida de novo e
transformada.

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SEGUNDA UNIDADE

DEUS NOS AJUDA NO CRESCIMENTO ESPIRITUAL

TEMA 7: A Palavra De Deus

Objetivo: Compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus e que através dela,


conhecemos sua vontade e suas orientações para a vida e que nela também encontramos
a mensagem de redenção.

Base Bíblica

II Timóteo 3:15-16

INTRODUÇÃO

Na Bíblia, a Palavra de Deus, encontramos a mensagem de Salvação e a Sabedoria de


Deus. Jesus disse "Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão”
(Mateus 24:35). A Bíblia, ainda que tenha sido escrita em materiais perecíveis, tem
resistido o passar do tempo, tem sobrevivido a mais desapiedada perseguição, mais de
seis impérios humanos procuraram calar sua mensagem; esses impérios passaram, mas a
Palavra de Deus permanece. Há a tentativa de invalidar o conteúdo da Bíblia por meio de
ataques filosóficos e científicos, mas ela continua entre nós. Por isso, a Bíblia é o livro
mais vendido, mais traduzido e mais lido de todos os tempos.

"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer


espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração."
Hebreus 4:12.

Idiomas Originais.
O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico, idioma nacional e oficial do povo judeu;
exceto algumas porções que foram escritas em Aramaico.

O Novo Testamento foi escrito em Grego Koiné ou popular, o idioma conhecido


universalmente na época de Jesus Cristo e que era usado pelas pessoas comuns, não era
o grego clássico. Jesus utilizou a versão do Antigo Testamento que era usada naquela
época, escrito em grego chamada: "a Versão dos Setenta" (LXX) ou "Septuaginta".

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Materiais Usados.
Os primeiros escritos foram gravados em tábuas de pedra (Deuteronômio 10:1-4). Os
manuscritos originais de todos os livros do Novo Testamento perderam-se, mas desde o
começo já se faziam cópias desses preciosos escritos. O material mais usado era o
papiro, uma espécie de papel elaborado da casca de uma cana que crescia no delta do
Nilo, no Egito, mas não era muito duradouro e com o tempo foi substituído por um
pergaminho muito fino, feito de peles de animais chamado vitela.

A Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo.


A palavra inspiração, quer dizer, "respiração de Deus", se deriva das palavras gregas,
Teos (Deus) e Pnein (respiração). Inspiração é a influência do Espírito Santo sobre uma
pessoa. II Pedro 1:21 diz: "porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade
humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito
Santo." Assim o Espírito Santo inspirava os escritores para que escrevessem de forma
exata o mandado de Deus (II Timóteo 3:16).

O Processo de Canonização do Novo Testamento.


A canonização é o processo mediante o qual foram escolhidos os livros que compõem a
Bíblia. Nenhuma pessoa em especial foi designada para fazer esse trabalho, senão os
líderes da igreja daquele tempo que se reuniram no Concílio de Jamnia e que guiados pelo
Espírito Santo deram forma ao Cânon da Bíblia, escolhendo alguns livros e eliminando
outros.

Alguns critérios foram considerados:

• Foi escrito por algum apóstolo?


• Foi escrito por algum companheiro próximo a um dos apóstolos?
• Existia harmonia com os ensinamentos de Cristo e com todo o Novo Testamento?

Os Livros Apócrifos ou Deuterocanônicos.

Algumas Bíblias incluem os seguintes livros: Tobias, Judith, a Sabedoria, o Eclesiástico,


Baru, primeiro e segundo de Macabeus e algumas adições aos livros de Ester e Daniel;
conhecidos como livros apócrifos ou deuterocanônicos. Esses livros tiveram sua origem
no período entre o Antigo e o Novo Testamento e quase todos foram incluídos na tradução
grega do Antigo Testamento, chamada "Septuaginta". Porém, os rabinos que se reuniram
no Concílio de Jamnia, excluíram os livros apócrifos do Cânon hebraico.

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Nossa Bíblia não inclui os livros apócrifos pelas seguintes razões:

• Não estão incluídos no Cânon hebraico.


• Não foram citados no Novo Testamento por Cristo nem pelos apóstolos.
• Não foram reconhecidos pela igreja primitiva.
• Sua teologia é duvidosa.

Jerônimo aponta que os apócrifos do Antigo Testamento podiam ser lidos para edificação,
mas não para confirmar a autoridade dos dogmas da igreja. Incluiu-se na versão latina da
Bíblia (A Vulgata), mas foi sinalizado, nos prólogos desses livros, que não se achavam no
Cânon hebraico. As pessoas que não aceitam os apócrifos no Cânon, aceitam-nos como
livros de valor histórico porque constituem um elo entre os dois Testamentos.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Pegue sua Bíblia e identifique as divisões do Antigo e do Novo


Testamento. Em qual dos livros está o versículo de que você mais gosta
em toda a Escritura? Compartilhe com o grupo.

Divisões da Bíblia.

1. Antigo Testamento. Formado por 39 livros que foram escritos antes da vinda de
Jesus Cristo. Neles achamos a história de Israel, povo escolhido por Deus. Foi dessa
nação que proveio a salvação da humanidade. Também nele estão as profecias,
muitas das quais foram cumpridas em Jesus e outras ainda estão por cumprir-se.
Além do mais, encontramos os Salmos e os Provérbios que são livros que enriquecem
nosso tempo devocional e nosso louvor a Deus.

2. Novo Testamento. Composto por 27 livros, escritos depois da vinda de Jesus Cristo.
O Novo Testamento pode ser dividido da seguinte forma:

 A Vida de Jesus: Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João.


 A história da igreja primitiva: Os Atos dos Apóstolos.
 As cartas: De Romanos até Judas.
 A revelação acerca do fim do mundo: O Apocalipse.

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Por Onde Começar?

1. João. João 20:30-31, revela o propósito deste livro.

2. Epístolas de João. I João 5:13, revela o propósito dessas cartas.


3. Os evangelhos. Conheça o que Jesus ensinou.

4. As cartas. Estudar os comentários de Paulo sobre os ensinamentos de Jesus.


5. Usar os Salmos e s Provérbios como devocionais diários.

6. Logo, ler todo o Antigo Testamento.

7. Não fique preocupado em entender tudo, pois, enquanto vamos crescendo


espiritualmente, nossas inquietudes e confusões serão esclarecidas.

A Memorização da Palavra de Deus.

A memorização das Escrituras não depende de nossa habilidade, mas de nosso interesse.
Que proveito há em decorar as Escrituras?

1. Motiva-nos a não pecar. (Salmos 119:11)


2. Ajuda-nos a vencer a preocupação, a ansiedade. (João 16:33)

3. Dá-nos confiança para compartilhar sobre nossa fé. (Isaías 55:11)


4. Renova nossa mente para saber a vontade de Deus. (Romanos 12:2).

5. O Espírito Santo nos lembra do que já aprendemos. (João 14:6; Deuteronômio 6:6-9)

Conselhos Práticos para o Estudo Devocional

1. Ler diariamente e num horário fixo. Jesus separou tempo para isso (Marcos 1:35)

2. Ter um lugar estabelecido (no escritório, na cozinha, na mesa, no dormitório, etc.).

3. Ter um objetivo e cumpri-lo. Por exemplo:


 Ler a Bíblia num ano.
 Ler neste mês o evangelho de João e o livro de Atos dos Apóstolos.

4. Ter um diário espiritual. Que coisas devem ser incluídas nesse diário?

 A mensagem de Deus de cada dia,


 Uma promessa de Deus.
 Um mandado que deve cumprir
 Um princípio bíblico aprendido.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Aprender a Palavra de Deus é um exercício espiritual muito edificante. Faça todo o


possível para aprender vários versículos na semana; o ideal é aprender pelo
menos um versículo cada dia.

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TEMA 8: O Tempo a Sós Com Deus: Minha Vida Devocional

Objetivo: Poder refletir sobre a importância de passar um tempo a sós com Deus, em
meditação em devocional, em oração e em jejum.

Base Bíblica

Jeremias 23:21-22

Mateus 6:6

INTRODUÇÃO

Em meio aos afazeres da vida, o homem deve saber que precisa passar tempo a sós com
Deus. Não é uma simples oração para sair de casa ou ler às pressas alguma passagem
bíblica, mas é um tempo importante no qual procuramos a Presença de Deus para que
seja Ele e não nós, quem guie nossa vida. É um tempo para conhecê-lo através da leitura,
da meditação da Palavra e da oração. É um tempo em que lhe expressamos o que
sentimos e escutamos a sua voz.

I. A Vida Devocional.

"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu
Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará".
Mateus 6:6

"Não mandei esses profetas; todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles;
contudo, profetizaram. Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam
feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau
caminho e da maldade das suas ações." Jeremias 23:21-22.

O Senhor passava tempo no lugar secreto para orar e escutar a voz do Pai; em Marcos
1:35 diz que "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali
orava". Por que razão fazia isso? Jesus nos fala porque o fazia, Ele disse: "Então, lhes
falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo,
senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o filho também
semelhantemente faz." (João 5:19).

O lugar secreto é o tempo que separamos todos os dias num lugar determinado para estar
sozinhos diante de Deus e permitir que Ele nos fale. O salmista disse: "De manhã,

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Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando."
(Salmos 5:3)

A importância de passar tempo no secreto com Deus.


 O sucesso ou o fracasso da vida cristã depende de quanto da Bíblia conseguimos
pôr em nossa mente e quão obedientes somos à Palavra de Deus.
 Uma boa forma de mudar os pensamentos negativos é memorizando princípios
bíblicos que produzem felicidade e esperança.

II. A Oração

"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me
buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus,
perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra." II Crônicas 7:14.

Alguma vez você já se fez as seguintes perguntas?


• É realmente necessária a oração?
• Por que nosso Deus Todo-Poderoso necessita de nossas orações?
• Não pode Deus fazer o que quer sem nós?
• Podem minhas orações realmente mudar as coisas?

Por que orar?


João Wesley disse: “Deus nada realiza na terra a não ser em resposta à oração de fé”.
Temos um Deus Todo-poderoso e Soberano, que exerce sua vontade sobre a Criação,
mas que também escuta as orações de seus filhos, respondendo a cada um conforme a
sua vontade.
Observemos alguns exemplos:

• Em Mateus 6:10, Deus nos pede que oremos para que seu Reino seja estabelecido.
• Em Mateus 9:36-38, Jesus disse que queria enviar obreiros, mas era necessário que
orassem. Quando orassem, Ele enviaria os obreiros.
• Ezequiel 22:24-31 diz que Deus procurou uma pessoa que se colocasse na brecha
a favor desta terra para que não a destruísse.

E.M. Bounds disse "Deus forma o mundo através da oração. Quanto mais oração, melhor
é o mundo, mais poderosas são as forças contra a maldade. É através da oração dos
santos que Deus realiza grandes obras sobre a terra".

O propósito de Deus na terra se realiza quando nós, a igreja, oramos.

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ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.
Compartilhe no grupo alguns pedidos de oração e dedique alguns minutos
para orar por esses motivos ou por outras situações mencionadas. Orar
juntos nos edifica.

Como devemos orar?

1. Pedindo em nome de Jesus Cristo (João 14:13).


2. Orando com clamor e paixão (Hebreus 5:7; II Reis 20:1-6).
3. Pedir conforme a vontade de Deus (I Jo 5:14). Sabemos qual é a vontade de Deus
quando mantemos uma relação constante com Ele, por meio da oração (passando
tempo na Sua Presença), da leitura da Palavra e da direção do Espírito Santo.
4. Orar com fé (Hebreus 11:6). Quando oramos devemos ter segurança de que vamos
receber uma resposta do Senhor.
5. Orar com uma consciência limpa. (Salmos 66:18)
6. Ter um espírito perdoador. (Marcos 11:25-26)
7. Sendo específicos. "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam
conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações
de graças." Filipenses 4:6
8. Sendo constantes. Deus é galardoador daqueles que o buscam. (Lucas 18:7; I
Tessalonicenses 5:17)
9. Orar a sós. (Mateus 6:6; Marcos 6:46-47)
10. Orar com outros. (Mateus 18:19-20; Atos 1:14).

O que impede que nossas orações sejam respondidas?


1. O pedir mal. (Tiago 4:3)
2. O orgulho. (Salmos 138:6)
3. O pecado. (Isaías 59:2)
4. A amargura. (Hebreus 12:15)
5. A idolatria. (Ezequiel 14:3)
6. A mesquinharia e avareza. (Provérbios 21:13)
7. Os problemas no lar. (I Pedro 3:7)

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A importância de buscar primeiramente o Reino de Deus


Muitas orações não são respondidas porque estamos pedindo para satisfazer nossas
paixões e nossos deleites (Tiago 4:3). Somos egocêntricos e em vez de orar pelo Reino
de Deus, oramos por nosso próprio reino, o reino do "eu".

Nosso Pai Celestial conhece nossas necessidades (Mateus 6:8)

Jesus nos diz: "Por isso, vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que
haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a
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vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?... Porque os gentios é
que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas
elas; 33buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas." (Mateus 6:25, 32, 33).

Oremos quando temos uma necessidade, oremos por outros; oremos pela conversão de
nossos familiares e amigos, peçamos que o Reino de Deus seja estabelecido em nossa
nação e em outras nações do mundo e demos graças porque Deus vai suprir nossas
necessidades e responder as nossas orações.

Em I Re 3:5-14, encontramos a petição que Salomão fez a Deus em sua juventude: “...
Pede-me o que queres que eu te dê". E Salomão respondeu: “... não passo de uma
criança, não sei como conduzir-me... Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para
julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia
julgar a este grande povo? E agradou ao Senhor que Salomão pedisse isso. E o Senhor
lhe disse: “eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de
maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá”. Também até o
que não me pedi eu te dou, tanto riquezas como glória". Este é o principio aplicado de
buscar primeiramente o Reino de Deus e como consequência, todas estas coisas serão
acrescentadas.

III. O Jejum.

A Bíblia apresenta claramente que a oração está conectada com o jejum (Lucas 2:37;
5:33). Devemos jejuar para o Senhor e não para ganhar a admiração dos homens (Mateus
6:16-18). O jejum e a oração não devem ser usados como obras para conseguir que Deus
faça o que desejamos, senão para procurar a sua vontade e seguir a sua Palavra. O jejum
muda a nós mesmos e não a Deus.
O propósito do jejum deve ser tirar os olhos das coisas do mundo e concentrar-se em
Deus. O jejum é uma forma de demonstrar, a Deus e a você mesmo, que leva seu

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relacionamento com Ele de forma séria. O jejum lhe ajuda a conseguir uma nova
perspectiva e uma confiança renovada em Deus.

O jejum de Daniel (Daniel 10:2-14)

Em Daniel 10:2-3 diz “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar
desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com
óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras.” Como Daniel, podemos deixar de
comer por um tempo determinado. As comidas de que gostamos, desejamos e comemos
em excesso (açúcar, sobremesa, chocolates, carnes, refrigerantes, temperos, sal, feijão,
etc.) podemos substituir por legumes, frutas e água.

As formas de jejuar são variadas. Alguns preferem o jejum parcial (só algum tipo de
alimento), entretanto outros optam pela abstenção total. O jejum dever ser limitado a um
tempo determinado, pois os períodos prolongados de tempo sem comer são prejudiciais
para o corpo. A intenção do jejum não é castigar o corpo, mas focar-se em Deus. O jejum
tampouco deve ser considerado como um “método de dieta”. Não jejue para perder peso,
senão para ganhar um relacionamento mais profundo com o Senhor.

Ainda que na Bíblia quase sempre o jejum seja a abstenção de alimentos, existem outras
maneiras de jejuar. Qualquer coisa que você possa ceder temporalmente com o fim de
focar-se mais em Deus, pode ser considerada um jejum (I Coríntios 7:1-5).

Abster-se de coisas ou alimentos sem render o coração, é uma ofensa para Deus no
período de jejum; por isso Ele deixou especificado nas Escrituras o que Ele espera que
aconteça como resultado da consagração de seus filhos.

Jejum escolhido por Deus. (Isaias 58:-14):


• Soltar as ligaduras da impiedade.

• Desfazer as ataduras da servidão.

• Deixar livres os oprimidos e despedaçar todo jugo.

• Deixar de oprimir o pobre.

• Tirar do meio de si todo jugo, o dedo que ameaça e o falar injurioso.

• Observar o dia de repouso, dar de comer ao faminto, hospitalidade ao pobre e roupa


ao nu.

• Identificar as ataduras, os vícios em nossa vida, ou algo, que sem ser mau, está
fazendo mal, abandoná-los e substitui-los por algo bom.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Proponha-se iniciar uma vida cristã que inclua o jejum. Tenha em mente:
 Ter claro o motivo do jejum.
 Não fale aos demais que está em jejum.
 Comece com uma manhã ou um só dia
 Separe um bom tempo para ficar em oração.

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TEMA 9: Um Modelo de Oração: O PAI NOSSO

Objetivo: Aprender a melhorar sua dinâmica de oração através do seguimento do modelo


que o Senhor ensinou aos seus discípulos.

Base Bíblica

Mateus 6:9-15

INTRODUÇÃO

Orar é muito mais que falar, é dispor todo o ser- espírito, alma e corpo- para entrar em
diálogo e em comunhão com Deus.

“Pai nosso, que estás nos céus”.


Iniciamos nosso tempo de oração lembrando nossa posição em Cristo, porque por Ele
temos direito a entrar na Presença de Deus, ”tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no
Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus” (Hebreus 10:19). E podemos dizer-lhe “Pai”,
”pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos
também herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com
ele seremos glorificados.” (Romanos 8:14-17).

“Santificado seja o teu nome”.


Santificar o nome do Senhor é viver consciente do respeito que merece Àquele que nos
tem feito seus filhos. É demonstrar temor reverencial por seus mandamentos, vivendo
todos os dias conforme eles. É determinar santificá-lo em nossos pensamentos, em nossas
palavras e em nossas ações. É dar-lhe o primeiro lugar em nossa vida e no trono do nosso
coração:

“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade”.


Oramos para que o Reino de Deus seja estabelecido e a sua vontade seja feita em:
• Nossa vida
• Nossa família (esposa, esposo, filhos, familiares, amigos).
• Nossa igreja (pastor, líderes, famílias da igreja, colheita de almas, novos líderes para o
serviço do Reino, avivamento, etc.) e em outras igrejas do país.

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• Nossa nação (bairro, cidade, país, líderes políticos e espirituais, e problemas mais
urgentes).
• Outras nações (a obra missionária em outras nações).

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Muitas pessoas creem que fazer a vontade de Deus é esperar ouvir a Sua voz e
agir, mas devemos ter em mente que Deus fala de muitas formas. Cite algumas
dessas formas nas quais Deus pode falar com você hoje.

“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”


Nossa confiança na provisão do pão diário não deve está em nós mesmos, nem em nosso
trabalho, mas em Deus. Se quisermos orar por nossas necessidades devemos cumprir
com o seguinte:
1. Estar na vontade de Deus:
• Vida de oração e santidade
• Ir à igreja. (Hebreus 10:24-25)
• Ter hábito de trabalhar. (II Tessalonicenses 3:10)
• Ser obedientes em dar. (Lucas 6:38)
2. Crer no poder e na vontade de Deus para dar. Não podemos ter uma
mentalidade de desconfiança e derrota. A vontade de Deus é abençoar os seus
filhos. (Deuteronômio 28:1-14).
3. Ser específico. (Filipenses 4:6)
4. Ser constantes e persistentes. Deus é galardoador dos que o buscam. (I
Tessalonicenses 5:17; Daniel 10:12-14).

“E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos


nossos devedores”.
• Pedir que Deus nos perdoe. (I João 1:9).
• Perdoar aos demais. Perdoar e liberar perdão a quem o Senhor traz a nossa mente.
(Mateus 18:15-35).
• Amar e abençoar as pessoas que se comportam como nossos inimigos. (Mateus
5:44).

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“e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal”.


Tiago 1:13-14 diz que Deus não tenta ninguém, ao contrário, cada um é tentado quando
seus próprios desejos o atraem e o seduzem. Por isso, o Senhor diz “Vigiai e orai, para
que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”
(Mateus 26:41). O segredo para não ceder à tentação é a oração.
Um exemplo da importância da oração para ser livres da tentação achamos em Pedro:
• O Senhor lhe advertiu que ia ser tentado. (Lucas 22:31)

• Mas pensou que era forte. (Lucas 22:33; I Coríntios 10:12)


• O Senhor lhe deu uma oportunidade para que orasse, mas dormiu. (Lucas 22:40-46)

• Por esse motivo, quando foi tentado pecou. (Lucas 22:54-62). Por essa razão, o
Senhor nos ensina a orar todos os dias e dizer, “não nos deixes cair (não nos deixes
expor) em tentação, mas livra-nos do mal (ou do maligno)”.
 Assim exercitamos o poder que temos, em Jesus Cristo, sobre o pecado e sobre o
diabo. (Colossenses 1:13-14; 2:14-15).
 Revestimo-nos da armadura de Deus. (Efésios 6:11-18).

“Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Tente orar cada dia tomando como modelo a oração que Jesus ensinou,
mas se lembre de que Deus sempre o escutará, se em seu coração houver
uma atitude saudável e correta diante d´Ele. Você pode usar suas próprias
palavras.

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TEMA 10: A Guerra Espiritual

Objetivo: Entender os princípios dos conflitos espirituais e estar preparado para enfrentar
o inimigo espiritual, mas evitar os excessos e os temores permanentes sobre a presença e
sobre o poder do inimigo.

Base Bíblica

Efésios 6:10-18

INTRODUÇÃO

“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as


ciladas do diabo” Efésios 6:11.

A guerra espiritual é importante porque nossa luta “não é contra o sangue e a carne, e sim
contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Efésios 6:12).

Paulo diz claramente que lutamos contra os poderes da maldade nos lugares celestiais,
não no céu mesmo, mas no mundo espiritual em geral.

Antes estávamos sob a influência do governo das trevas: “nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que
agora atua nos filhos da desobediência; entres os quais também todos nós andamos
outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.” (Efésios
2:1-3).

Mas não temos que temer a Satanás, porque fomos resgatados “do império das trevas”
(Colossenses 1:13). Por sua morte, Jesus destruiu o poder que Satanás tinha sobre nós
(Hebreus 2:14). Já que estamos aliados com Cristo, podemos estar confiantes, como
disse Paulo, que “o Senhor nos livrará também de toda obra maligna e nos levará salvo
para o seu reino celestial” (II Timóteo 4:18). Satanás é um inimigo vencido, mas, todavia é
um inimigo, que ainda nos ataca com suas armas. Seus ataques são geralmente sem
aviso e disfarçados. “Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os
seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça.” (II Coríntios 11:14-15).

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I. A Estratégia é Simples: Resistir às tentações e viver em santidade.

A Bíblia não prescreve nenhuma frase ou ritual especial, nem unções ou orações
especiais.

Nem Jesus nem os apóstolos saíam em busca de demônios para expulsar como chave
para seu crescimento espiritual ou para um evangelismo eficaz. Eles expulsavam
demônios quando o problema era inevitável, mas não procuravam os demônios ocultos ou
os espíritos territoriais. Jesus venceu a Satanás não com agressão, porém resistindo-o
com a Palavra de Deus e logo, morrendo na cruz e ressuscitando.

Tiago diz: “Resisti ao diabo (ou demônio) e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Quando
confiamos em Deus, o diabo não tem lugar em nós. Seus ferozes dardos não podem
penetrar o escudo.
Ninguém nos pode arrebatar das mãos de Jesus (João 10:28). Cristo nos mantém seguros.
Quando confiamos n`Ele, os maus espíritos não nos podem causar dano (I João 5:18; II
Tessalonicenses 3:3).
Portanto, devemos manter-nos firmes na fé e resistir às tentações que o diabo oferece e às
tentações que atacam nossos desejos carnais, nosso orgulho, egoísmo ou influencia
cultural. Então, como resistir? Mantendo-nos na fé, na justiça, na verdade e no
evangelho; e orando sempre.
Certo é que o inimigo não tem poder sobre aqueles que são lavados com o sangue do
Cordeiro, mas não podemos desconhecer que é real a possessão demoníaca sobre
algumas pessoas que deram autoridade ao diabo para que as atormentem. Nesse caso, os
servos de Deus devem tomar toda a autoridade dada pelo Senhor e ordenar a esses
espíritos que saiam em nome de Jesus, e assim essas pessoas possam ter, como nós,
uma vida de liberdade.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Compartilhe em grupo sobre alguma opressão ou ataque do inimigo que


tenha experimentado nos últimos dias e analise como conseguiu superar e
sair vitorioso.

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Bases Bíblicas para ministrar libertação:

“...Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” I


João 3:8b.

“1Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre


espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e
enfermidades. 7e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos
céus. 8Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de
graça recebestes, de graça dai.” Mateus 10:1, 7-8; Lucas 9:1

“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas”. Marcos 16:17

Passos para a libertação:

1. A pessoa deve reconhecer e confessar seus pecados. Orar para que Deus revele
seus pecados.

2. Arrependimento.

3. Renunciar de forma audível a causa da atadura.

4. Pedir a Deus, no nome de Jesus, que o liberte e que o mantenha livre.

5. Guerra espiritual. A oração e a guerra espiritual são duas atividades diferentes: a


primeira é dirigida a Deus e a segunda, ao inimigo e às potestades demoníacas.

Um exemplo de guerra espiritual ou resistência ao inimigo:

1. Sujeitar- se a Deus. O primeiro passo que devemos dar, antes de resistir ao diabo, é
submeter-se a Deus: “Sujeitai-vos a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”
(Tiago 4:7).

2. Declarar nossa posição em Cristo. Filhos de Deus, santos, sentados com Cristo
nos lugares celestiais sobre todo principado e potestade.

3. Louvor e Adoração. Prepara o caminho para a guerra espiritual (II Crônicas 20:21-
22). Quando adoramos entramos no fluir do Espírito e aplicamos com autoridade a
Palavra de Deus. A arma mais eficaz na guerra espiritual é o louvor e a adoração.
Então, permanentemente, enquanto guerreamos, devemos louvar e adorar.

4. Verifique que nenhuma porta está aberta. (Ver o item anterior: “Passos para a
libertação” - confissão de pecado. Salmos 38:18).

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5. Conhecer nossa armadura e nossas armas (Efésios 6:10-18).

Armadura: O cinto da verdade, a couraça da justiça, o calçado do evangelho da paz,


o escudo da fé, e o capacete da salvação. Ou seja, uma vida onde sejam evidentes
cada uma dessas características.
Armas: A Palavra de Deus, que é a espada do Espírito, e a oração no espírito.
Quando Jesus foi atacado por Satanás usou a Palavra de Deus. Devemos proclamar a
Palavra de Deus porque ela edifica nosso espírito.

6. Conhecer e exercer a autoridade que temos em Cristo. (Mateus 18:18; Lucas


10:19; II Coríntios 10:4-5).

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Lembre cada dia que o inimigo vai querer atrapalhar sua relação com Deus e
separá-lo d`Ele; isso faz parte da guerra espiritual. Portanto, procure a Deus
permanentemente em oração, em jejum e no estudo de sua Palavra e você
sairá vitorioso.

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TEMA 11: A Presença de Deus através do Louvor e da Adoração

Objetivo: Entender que Deus é o único ser digno de louvor e de adoração, e, que nossa
atitude ante Ele deve ser permanentemente de profunda devoção, respeito e adoração.

Base Bíblica

João 4:23-24

INTRODUÇÃO

Hoje é comum reconhecer certas pessoas por sua fama, poder ou riqueza, mas também
há muitos casos em que as mesmas pessoas decidem procurar essa honra através de
obras e projetos que empreendem, violando os princípios de reconhecimento do único que
merece ser adorado: Deus.

1. Deus está buscando verdadeiros adoradores.

"Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em


espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade.” João 4:23-24

Não só pessoas que lhe adorem na igreja, mas pessoas que têm a adoração como um
estilo de vida. Não músicos ou grupos de louvor, nem algo para distrair os jovens ou
que cantem enquanto as pessoas chegam à igreja. Todo pastor, todo líder, todo cristão,
deve ser um adorador.

2. Quando devemos louvar e adorar?


"Bendirei o Senhor em todo o tempo, e seu louvor estará sempre nos meus lábios.”
Salmos 34:1.

3. Onde devemos louvar e adorar?


a. Em nossas casas. (Salmos 149:5)
b. Na igreja. (Salmos 22:22; 35:18)
c. Na presença de não cristãos. (Salmos 126:2)

4. Por que adoramos e louvamos a Deus?


a. Porque Ele é digno. (Apocalipse 4:11; Apocalipse 5:12)
b. Ele habita entre os louvores de seu povo. (Salmos 22:3; Sofonias 3:17)
c. Porque fomos criados para Seu louvor. (Isaias 43:21)

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I. A importância da Adoração na vida do homem

O Salmo 19:14 diz: "As palavras de meus lábios e o meditar de meu coração sejam
agradáveis na Tua Presença, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!". Este versículo
literalmente, diz: permita que, o que fale e o que o meu coração sussurre, seja um deleite
para Ti, Senhor! O adorador não pode usar sua boca para algo diferente do que honrar a
Deus, porque o homem fala com sua boca do que há em seu coração, e o coração de um
verdadeiro adorador deve estar totalmente consagrado a Deus.

1. "De uma só boca não pode sair bênção e maldição." O adorador não pode mentir,
nem criticar, nem murmurar, nem fofocar, nem ser negativo, etc. (Tiago 3:8-12).

2. "Nenhum homem pode domar a sua língua." O homem não pode domar sua língua
(Tiago 3:8), mas o Espírito Santo sim, se nós colaborarmos permanentemente
louvando, adorando e submetendo todas as nossas conversações ao que em verdade
agrada a Deus.

3. Razões pelas quais as pessoas não adoram a Deus.


1) Porque não O conhecem. Para conhecer a Deus temos que passar muito tempo
com Ele.
2) Porque têm um conceito equivocado de Deus (fortalezas da mente).
3) Porque não fizeram antes e têm temor de começar a fazer agora.
4) Porque não há intimidade. Em que nível você está em seu relacionamento com
Deus?
a. O primeiro nível é superficial: Oi, tudo bem?
b. No segundo nível, relatam-se acontecimentos: É um dia muito agradável!
c. No seguinte nível, dão-se opiniões: Eu acho que... Eu penso que...
d. No quarto nível, expressam-se sentimentos: Sinto-me triste... Estou apaixonado
por ti... Sinto-me angustiado...
e. No nível mais íntimo, expressam-se necessidades: Preciso de Ti... Necessito-
te...
5) Porque não tem aprendido a louvar e a adorar. O louvor e a adoração são iguais ao
amor, não são sentimentos nem tampouco algo inato. O louvor e a adoração são
ações que temos que aprender e é isso que vamos fazer a seguir, para que assim
possamos tomar a decisão de sermos verdadeiros adoradores.

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ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Adorar a Deus é maravilhoso e uma das maneiras de fazê-lo, é dando


testemunho do que Ele tem feito em nós; reserve um tempo e compartilhe
entre os participantes do grupo alguns desses testemunhos.

II. Ações de Graças, Louvor e Adoração.

"Entrarei por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos
de louvor; rendei-Lhe graças e bendizei-Lhe o Nome." Salmos 100: 4

1. Ações de Graças.

É o reconhecimento de gratidão por algo que Deus fez e pelo que estamos crendo que
vai fazer: "Muito obrigado por...".

2. Louvor.

a. É o reconhecimento pelo que Deus é, pelo que Ele fez e pelo que fará.

b. Uma das formas como podemos louvar a Deus é exaltando Seu Nome. A Bíblia diz
que o Nome de Deus é sobre todo nome. É bom ter uma lista de todos os nomes
do Senhor e conhecer seu significado: "Meu Pai, Meu Senhor, meu Salvador, Deus
que cura, Minha Justiça, Meu Santificador, Minha Paz, Meu Provedor, Meu Pastor,
Minha fortaleza, Meu pronto auxílio, Meu libertador, Meu refúgio, Meu Amigo, Meu
gozo, o Todo-poderoso, o Grande Eu Sou, o Caminho, a Verdade, a Vida, o
Vencedor, o Alfa e o Ômega, o Ungido, Senhor dos Exércitos, o Capitão das
Hostes, o Fiel e Verdadeiro, a Esperança da Glória, o Imortal, o Invisível, o Rei, o
Rei da glória, o Rei de reis, a Luz do mundo, o Lírio dos vales, o Leão da tribo de
Judá, a Pedra viva, o Senhor da glória, o Mediador, o Redentor, O que vive, O que
reina, O Mestre, A Palavra viva, o Cordeiro de Deus, o Santo, Jesus, Jesus Cristo,
Jesus de Nazaré, Jesus o Filho de Deus, Espírito Santo, Consolador, Emanuel,
Deus conosco, Ajudador..."

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3. Adoração.

A palavra "adoração" vem do latim e expressa a ação que os reis magos renderam em
culto ao recém-nascido Jesus. A palavra "adorar", portanto, significa "reverenciar" e
“honrar” (com suma honra) a Deus com o culto religioso que merece. Também
significa "amar ao extremo", orar (fazer oração). Em adoração vão implícitas as
palavras "mérito, valia, consideração, importância, dignidade, excelência, grande
apreço". Assim, adoração significa reconhecer e declarar a excelência de Deus. Nela
o crente reconhece o supremo mérito de Deus, que é o único Digno de ser adorado.
Deus é absolutamente digno, Ele é merecedor do maior reconhecimento (Salmos
95:3-6).

A palavra adoração provém da palavra hebraica ‘shachah' que significa inclinar-nos,


prostrar-nos, ajoelhar-nos em reverência. E da palavra grega ‘proskuneo' que significa
prostrar, reverenciar, beijar, assim como um cachorro beija a mão de seu dono. A
expressão ‘shachah' inclui a ideia de uma atitude da mente e do corpo com a ideia de
adoração religiosa, obediência e serviço. Assim, o que adora está em completa
submissão diante de Deus.

Adoração é intimidade com Deus: "Amo-te, adoro-te, exalto-te, desejo-te, necessito-te,


tenho sede de ti, quero ficar contigo, és digno de toda glória e honra..." A adoração é
fruto da obediência, assim não podemos confundir a posição do corpo com a atitude
sincera de adoração, não é o que o homem faz com seu corpo, mas é a atitude do
coração que se rende em amor e devoção a Deus que realmente faz a diferença.

III. Como louvar e adorar?

Para muitas pessoas é muito difícil adorar a Deus, acham que não é necessário
exteriorizar seu amor pelo Senhor, sentem-se envergonhadas se são vistas por outras
pessoas, especialmente da família. Deus é o único digno de receber adoração, e o que
Ele tem feito por nós não tem comparação alguma. Por isso devemos celebrar a vitória e a
vida que Ele nos deu, vencendo todo temor e toda vergonha para louvar e para adorar o
nosso Senhor.

Para outras pessoas manifestar seu amor e gratidão a Deus através do louvor e através
adoração é sinônimo de fanatismo, mas pensemos no seguinte: Como participam as
pessoas de um jogo de futebol? No estádio gritam, levantam as mãos, levantam
bandeiras, cantam, aplaudem, e em alguns lugares as pessoas até pulam. Nos concertos,
as pessoas cantam, levantam os braços, aplaudem, gritam, pulam, dançam, choram, etc.

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Devemos saber que as expressões de louvor e adoração com um coração sincero são do
agrado de Deus.

A seguir temos alguns exemplos:

1. Com a boca.
a. Nossas palavras:
 Ações de graças

 Louvor

 Adoração
b. Cânticos. (Salmos 95:1-3; Efésios 5:19)
c. Cântico novo. (Salmos 98:1, 149:1)

d. Grito de júbilo. (Salmos 47:1, 66:1; Josué 6:10, 20)

2. Com expressões de:


a. Alegria. (Salmos 100:1, 126:2-3; Isaías 51:11)

b. Prostrados, de joelhos. (Salmos 95:6)

c. Em algumas ocasiões é necessário ficar de pé.

d. Lágrimas.

e. Silêncio. (Salmos 5:3, 40:1-3)

3. Com as mãos e com os pés


a. Levantando as mãos. (Salmos 63:4; 134:2; 143:6; I Timóteo 2:8)

b. Aplaudindo:
 Com regozijo. (Salmos 98:4; Isaías 55:12)

 Como sinal de triunfo. (Salmos 47:1)

 Proclamando o Senhor como Rei.

c. Com instrumentos musicais. (Salmos 98:5-6; Salmos 150)

d. Dançando. Palavras em hebraico que significam dançar e regozijar:


 Gul, Gil: Dar voltas ou girar sob a influência de uma forte emoção. (Salmos
149; Sofonias 3:17).

 KaraR: Dançar, girar, dar voltas com força. (II Samuel 6:14).

 Rekad: Pisotear, pisar, pular de alegria. (Salmos 29:6; I Cr 15:29).

 Dalag: Pular (II Samuel 22:20, Salmos 18:29; Isaías 35:6).

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IV. Como entrar na presença de Deus?

Deus, por meio do profeta Isaías, nos fez um convite: subir a Seu Monte Santo (Isaías 2:3).
Nos Salmos 24:3 diz que para subir ao monte do Senhor e estar em Seu Lugar Santo
precisamos estar de mãos limpas e de coração puro. Deus nos tem chamado a "subir", ou
seja, a cumprir os requisitos necessários para entrar na sua Presença, porque para adorar
a Deus é necessário que seja feito em espírito e em verdade.

O importante não são os cânticos, mas o que dizemos ou o que confessamos enquanto
cantamos e louvamos, bem como o resultado que essa confissão produz em nós. Por isso
devemos cantar com entendimento. (I Coríntios 14:15; Salmos 103).

V. Preparativos para entrar:

Os judeus, caminhando ao templo de Jerusalém, recitavam ou cantavam os salmos desde


o capítulo 120 até o 134; enquanto iam cantando, seus corações se preparavam e se
concentravam no Senhor.
Não podemos chegar à igreja sem estarmos preparados. De fato, o louvor, não deve ser
uma experiência ocasional senão um estilo de vida, o salmista em todo o tempo louva ao
Senhor (Salmos 34:1); e Deus, por meio de Paulo, nos exorta a estar sempre alegres, a
orar sem cessar, a dar graças em tudo, a orar no espírito, e a cantar e louvar ao Senhor
com o coração, dando sempre graças ao Pai por tudo. (I Tessalonicenses 5:16-19; Efésios
6:18, 5:19-20). Devemos preparar-nos antes de chegar à igreja.

O que acontece quando Deus responde nosso louvor e se manifesta?

1. Exaltação.
Há um desejo de exaltar e seguir adorando a Deus. (Salmos 99:5)

2. Sede de Deus.
Quando vemos Deus, desejamos passar mais tempo com Ele, porque ele é irresistível.
A verdadeira adoração produz em nós o desejo de seguir adorando, de orar, de ler a
Bíblia, de ter comunhão com o Espírito Santo. (Salmos 63:1-4, Salmos 27:4).

3. Santidade - Arrependimento.
Quando vemos o Senhor, percebemos claramente nossos pecados e desejamos ser
como Deus é.

4. Cura.
O louvor e a adoração alegram o coração. (Provérbios 17:22; I Samuel 16:23.)

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5. Edificação.
Deus através da adoração, fala e edifica a sua Igreja. (Colossenses 3:16).

6. Evangelização.
Quando as pessoas nos veem adorar, desejam ter essa mesma relação com Deus.
(Salmos 40:3; Atos 16:25-34)

7. Celebração – Gozo.
A Bíblia diz que na Presença de Deus há plenitude de alegria (Salmos 16:11). A alegria
verdadeira não a achamos no mundo, ou no álcool, ou numa vida desenfreada. O gozo
verdadeiro, nós encontramos na Presença do Senhor e quando Ele se manifesta
desejamos celebrar juntamente com Ele.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIARIA

Adquira como hábito diário e estilo de vida, iniciar cada dia com uma
expressão de adoração a Deus pelo que Ele é, e de louvor pelo que ele faz.

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TEMA 12: A Igreja, Comunidade de Crescimento.

Objetivo: Entender o que é a Igreja e a importância que tem em nosso crescimento


espiritual, além da maravilha que é fazer parte dessa família de fé.

Base Bíblica

Atos dos Apóstolos 2:41-47

INTRODUÇÃO

A Igreja é uma comunidade composta por pessoas muito diferentes, mas unidas num
propósito comum: congregar-se para adorar e aprender juntos a Palavra de Deus, o apoio
mútuo e contribuir na expansão da mensagem do evangelho.

I. A relação do crente com a igreja

"Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos


admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima." Hebreus
10:25.
"Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um
acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." Atos
2:41-42.

Como nos envolver?


1. Assumindo um compromisso com a visão da igreja (Provérbios 29:18).
 Participando das reuniões.
 Ingressando e participando dos grupos pequenos. "A igreja que está em sua casa"
(Filemom 1:2; Romanos 16:5).
 Assumindo um compromisso de ser obreiro da igreja (Efésios 4:11-13).
 Descobrindo e aceitando o lugar que Deus tem disposto para nós.
2. Orando pela liderança, pelos membros e pelos diversos ministérios da igreja (Atos
2:42, 4:24; Mateus 18:19-20).
3. Respeitando a liderança da igreja (Hebreus 13:7, 17).
4. Apoiando financeiramente a igreja por meio dos dízimos e de ofertas (Malaquias 3:8-
12), e ajudando as pessoas da igreja que estão com necessidades (Atos 2:45).
5. Fidelidade (I Coríntios 4:2).
6. Desenvolvendo um espírito de serviço.

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7. Edificando os membros da igreja, animando-os e ajudando-os a crescer, e a


amadurecer em Cristo (I Coríntios 14:4; Efésios 4:12).
8. Exortando os crentes a fazer as coisas que agradam a Deus (Hebreus 3:13; 10:24).
9. Restaurando os membros da igreja. Quando as pessoas são aprisionadas pelo
pecado e se afastam do Senhor e da Igreja, é preciso procurar oportunidades para
ajudá-las a restaurar seu relacionamento com Deus e com a Igreja (Gálatas 6:1; I João
5:16).

Com quem não podemos ter comunhão?


1. Com os que andam desordenadamente. (II Tessalonicenses 3:6).

2. Com os que causam divisões contra a doutrina. (Romanos 16:17)

3. Com as pessoas que, chamando-se cristãs, tem uma conduta de vida desordenada:
imorais, cobiçosos, idólatras, caluniadores, beberrões, roubadores (I Coríntios 5:11).

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Como parte da igreja, certamente você tem experimentado algumas bênçãos.


Compartilhe com seus colegas de aula alguns testemunhos dessas bênçãos
recebidas na igreja.

Pecados que destroem a comunhão na igreja.

Muitos dos ataques de Satanás são dirigidos à igreja, porque ele sabe que, se os cristãos
estão brigando entre si, não vão enfrentá-lo; portanto, devemos conhecer quais são as
suas maquinações para assim estar preparados e impedir que ele consiga executar seus
ataques. Os seguintes pecados são os mais comuns entre cristãos:

 A murmuração. Refere-se a queixar-nos de pessoas ou de situações (I Coríntios


10:10).
 A fofoca (Provérbios 16:28, 26:22).
 O julgar: encontrar erros nos demais (Romanos 2:1; Mateus 7:1-3).
 A amargura. Surge se permitirmos que as feridas fiquem em nosso interior (Mateus
6:15; Mateus 18:23-25).

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II. O Batismo nas águas.

"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do


Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" Mateus 28:19.

"38Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em


nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom
41
do Espírito Santo. Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados,
havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas." Atos 2:38, 41.

A palavra batismo significa submersão ou imersão.

Por que temos que nos batizar?


1. Jesus ordenou (Marcos 16:16; Mateus 28:16-20).
2. Jesus foi batizado (Mateus 3:13-17).
3. Os apóstolos ordenaram (Atos 2:37-47).
4. É um passo de obediência (Tiago 2:17-18).

Para quem é esta ordenança?


Nas Escrituras lemos que toda pessoa que ouviu, creu e recebeu a palavra foi batizada;
assim o batismo nas águas é para os crentes. (Marcos 16:16). O eunuco foi batizado
depois de ter crido (Atos 8:35-38), assim como também Cornélio e sua família (Atos 10:47-
48).

Importância do Batismo.
É uma confissão pública de que em Cristo temos morrido para os nossos pecados. Por
meio do batismo nos identificamos com Cristo em sua morte, em sua sepultura e em sua
ressurreição:
1. Morte (Romanos 6:3-5,11).
2. Sepultura (Colossenses 2:12).
3. Ressurreição (Colossenses 3:1; Romanos 6:4-5).

III. A mesa do Senhor

"Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu


aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um
cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos;
porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de
muitos, para remissão de pecados." Mateus 26:26-28.

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Os símbolos usados na comunhão.

 O pão que tipifica o corpo do Senhor Jesus que foi dado por nós (Lucas 22:19).
 O cálice que tipifica o sangue de Cristo que foi derramado por nós (Mateus 26:28; I
Coríntios 11:25).

Como participar da mesa do Senhor?

1. Desejando participar. (Lucas 22:14-15).

2. Em memória do Senhor, lembrando sua obra na cruz (I Coríntios 11:24-25).

3. Com ações de graças (Lucas 22:17).

4. Examinando-nos para não participar indignamente dela (I Coríntios 11:27-30). Porque


todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, sem discernir
o corpo do Senhor:
 Será culpado do corpo e do sangue do Senhor (I Coríntios 11:27).

 Come e bebe para sua própria condenação (I Coríntios 11:29).

 Traz sobre sua vida fraqueza, enfermidade e morte (I Coríntios 11:30).

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Até aqui temos aprendido sobre a maravilha que é fazer parte da igreja do
Senhor. Se já é batizado, graças a Deus; mas se ainda não é, você está
convidado a perguntar a seu líder ou ao seu pastor qual é o procedimento
necessário para dar esse passo de obediência ao Senhor.

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PARABÉNS!

Você acaba de finalizar a primeira etapa de preparação em nosso programa de formação


nível I, titulado “Os fundamentos da nossa fé”. Esperamos que tenha sido grande
bênção para sua vida.

Esperamos que você continue com sua preparação no Nível II, onde estudaremos a obra
do Espírito Santo e a vida cristã, estamos certos que você experimentará um tempo de
crescimento pessoal maravilhoso.

Lembre-se de que lhe esperamos “Crescendo com o Mestre - Nível II”, sobre a vida
cristã guiada pelo Espírito Santo.

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