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DL177 2001
DL177 2001
1— ..........................................
Artigo 7.o 2— ..........................................
[. . .]
3— ..........................................
4— ..........................................
1—.......................................... 5— ..........................................
2—.......................................... 6— ..........................................
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3299
7 — Salvo no que respeita às consultas a que se refere 3 — Quando a informação prévia favorável respeite
o artigo 19.o, se a decisão final depender da decisão a pedido formulado nos termos do n.o 2 do artigo 14.o
de uma questão que seja da competência de outro órgão e tenha carácter vinculativo nos termos do n.o 1 do pre-
administrativo ou dos tribunais, deve o presidente da sente artigo, é reduzido para metade o prazo para deci-
câmara municipal suspender o procedimento até que são sobre o pedido de licenciamento ou autorização.
o órgão ou o tribunal competente se pronunciem, noti- 4—..........................................
ficando o requerente desse acto, sem prejuízo do dis-
posto no n.o 2 do artigo 31.o do Código do Procedimento
Administrativo. Artigo 19.o
8—.......................................... [. . .]
9—..........................................
1—..........................................
2—..........................................
Artigo 12.o 3—..........................................
[. . .] 4—..........................................
5—..........................................
O pedido de licenciamento ou autorização de ope- 6—..........................................
ração urbanística deve ser publicitado pelo requerente 7—..........................................
sob forma de aviso, segundo modelo aprovado por por- 8—..........................................
taria do Ministro do Ambiente e do Ordenamento do 9 — Considera-se haver concordância daquelas enti-
Território, a colocar no local de execução daquela de dades com a pretensão formulada se os respectivos pare-
forma visível da via pública, no prazo de 15 dias a contar ceres, autorizações ou aprovações não forem recebidos
da apresentação do requerimento inicial. dentro do prazo fixado no número anterior, sem prejuízo
do disposto em legislação específica.
Artigo 13.o 10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
[. . .] 11 — Os pareceres das entidades exteriores ao muni-
cípio só têm carácter vinculativo quando tal resulte da
Nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas lei, desde que se fundamentem em condicionalismos
constantes de plano municipal ou especial de ordena- legais ou regulamentares e sejam recebidos dentro do
mento do território ou sua revisão, os procedimentos prazo fixado no n.o 8, sem prejuízo do disposto em legis-
de informação prévia, de licenciamento ou de autori- lação específica.
zação ficam suspensos a partir da data fixada para o 12 — O presidente da câmara municipal pode delegar
início do período de discussão pública e até à data da nos vereadores ou nos dirigentes dos serviços municipais
entrada em vigor daquele instrumento, aplicando-se o as competências previstas nos n.os 1 e 4.
disposto no artigo 117.o do regime jurídico dos instru-
mentos de gestão territorial.
Artigo 20.o
Artigo 16.o [. . .]
[. . .] 1—..........................................
2—..........................................
1 — A câmara municipal delibera sobre o pedido de 3—..........................................
informação prévia no prazo de 20 dias ou, no caso pre- 4—..........................................
visto no n.o 2 do artigo 14.o, no prazo de 30 dias contados 5—..........................................
a partir: 6 — A falta de apresentação dos projectos das espe-
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . cialidades no prazo estabelecido no n.o 4, ou naquele
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . que resultar da prorrogação concedida nos termos do
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . n.o 5, implica a caducidade do acto que aprovou o pro-
jecto de arquitectura e o arquivamento oficioso do pro-
2 — Os pareceres, autorizações ou aprovações emi- cesso de licenciamento.
tidos pelas entidades exteriores ao município são obri- 7—..........................................
gatoriamente notificados ao requerente juntamente com 8—..........................................
a informação prévia aprovada pela câmara municipal,
dela fazendo parte integrante. Artigo 21.o
3—..........................................
4—.......................................... Apreciação dos projectos de loteamento, obras
de urbanização e trabalhos de remodelação de terrenos
prazo previsto na alínea b) do n.o 1 conta-se a partir desde que nela se inclua a maioria dos proprietários
da deliberação que aprove o pedido de loteamento. abrangidos pela alteração.
4—..........................................
Artigo 31.o
[. . .]
Artigo 38.o
[. . .]
1 — O pedido de autorização é indeferido nos casos
previstos nas alíneas a) e b) do n.o 1 do artigo 24.o, 1 — Os empreendimentos turísticos estão sujeitos ao
bem como quando se verifique a recusa das aprovações regime jurídico das operações de loteamento nos casos
previstas no artigo 37.o em que se pretenda efectuar a divisão jurídica do terreno
2 — Quando o pedido de autorização tiver por em lotes.
objecto a realização das operações urbanísticas referidas 2 — Nas situações referidas no número anterior não
nas alíneas a), b), c) ou d) do n.o 3 do artigo 4.o, o é aplicável o disposto no artigo 41.o, podendo a operação
indeferimento pode ainda ter lugar com fundamento de loteamento realizar-se em áreas em que o uso turís-
no disposto na alínea b) do n.o 2 do artigo 24.o tico seja compatível com o disposto nos instrumentos
3 — Quando o pedido de autorização tiver por de gestão territorial válidos e eficazes.
objecto a realização das obras referidas nas alíneas c)
e d) do n.o 3 do artigo 4.o, pode ainda ser indeferido
nos seguintes casos: Artigo 39.o
[. . .]
a) A obra seja manifestamente susceptível de afec-
tar a estética das povoações, a sua adequada Sempre que as obras se situem em área que nos ter-
inserção no ambiente urbano ou a beleza das mos de plano de urbanização, plano de pormenor ou
paisagens; licença ou autorização de loteamento em vigor, esteja
b) Quando se verifique a ausência de arruamentos expressamente afecta ao uso proposto, é dispensada a
ou de infra-estruturas de abastecimento de água autorização prévia de localização que, nos termos da
e saneamento. lei, devesse ser emitida por parte de órgãos da admi-
nistração central, sem prejuízo das demais autorizações
4 — O disposto nos números anteriores é aplicável ou aprovações exigidas por lei relativas a servidões admi-
às operações previstas na alínea g) do n.o 3 do artigo 4.o, nistrativas ou restrições de utilidade pública.
com as necessárias adaptações.
5 — Quando o pedido de autorização se referir às
operações urbanísticas referidas na alínea b) do n.o 3 Artigo 41.o
do artigo 4.o, o indeferimento pode ainda ter lugar com [. . .]
fundamento na desconformidade com as condições
impostas no licenciamento ou autorização da operação As operações de loteamento só podem realizar-se nas
de loteamento nos casos em que esta tenha precedido áreas situadas dentro do perímetro urbano e em terrenos
ou acompanhado o pedido de autorização das obras já urbanizados ou cuja urbanização se encontre pro-
de urbanização. gramada em plano municipal de ordenamento do
6 — O pedido de autorização das operações referidas território.
na alínea f) do n.o 3 do artigo 4.o pode ainda ser objecto
de indeferimento quando: Artigo 42.o
Parecer da direcção regional do ambiente e do ordenamento
a) Não respeite as condições constantes dos n.os 2 do território
e 3 do artigo 62.o, consoante o caso;
b) Constitua, comprovadamente, uma sobrecarga 1 — O licenciamento de operação de loteamento que
incomportável para as infra-estruturas existen- se realize em área não abrangida por qualquer plano
tes. municipal de ordenamento do território está sujeito a
parecer prévio favorável da direcção regional do
7 — Quando exista projecto de indeferimento com ambiente e do ordenamento do território.
os fundamentos constantes do n.o 2 e da alínea b) do 2 — O parecer da direcção regional do ambiente e
n.o 6 do presente artigo, é aplicável o disposto no do ordenamento do território destina-se a avaliar a ope-
artigo 25.o, com as necessárias adaptações. ração de loteamento do ponto de vista do ordenamento
do território e a verificar a sua articulação com os ins-
trumentos de desenvolvimento territorial previstos na
Artigo 33.o lei.
[. . .] 3 — O parecer da direcção regional do ambiente e
do ordenamento do território caduca no prazo de
1—.......................................... dois anos, salvo se, dentro desse prazo, for licenciada
2 — A alteração da autorização da operação de lotea- a operação de loteamento.
mento é precedida de discussão pública, a efectuar nos 4—..........................................
termos estabelecidos no n.o 3 do artigo 22.o, com as
necessárias adaptações, salvo se houver consentimento
escrito dos proprietários de todos os lotes constantes Artigo 44.o
do alvará, sem prejuízo do disposto no artigo 48.o [. . .]
3 — A alteração da autorização de loteamento não
pode ser licenciada se ocorrer oposição escrita dos pro- 1—..........................................
prietários da maioria dos lotes constantes do alvará, 2—..........................................
3302 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 129 — 4 de Junho de 2001
imóvel no qual estejam a ser executadas as obras, ou 2 — As câmaras municipais mantêm igualmente
seu representante. actualizada a relação dos regulamentos municipais refe-
3—.......................................... ridos no artigo 3.o, dos programas de acção territorial
4—.......................................... em execução, bem como das unidades de execução
5—.......................................... delimitadas.
6—.......................................... Artigo 120.o
7—..........................................
[. . .]
8—..........................................
1 — As câmaras municipais e as direcções regionais
Artigo 106.o do ambiente e do ordenamento do território têm o dever
[. . .] de informação mútua sobre processos relativos a ope-
rações urbanísticas, o qual deve ser cumprido mediante
1—.......................................... comunicação a enviar no prazo de 20 dias a contar da
2 — A demolição pode ser evitada se a obra for sus- data de recepção do respectivo pedido.
ceptível de ser licenciada ou autorizada ou se for possível 2—..........................................
assegurar a sua conformidade com as disposições legais
e regulamentares que lhe são aplicáveis mediante a rea-
lização de trabalhos de correcção ou de alteração. Artigo 123.o
3—.......................................... [. . .]
4—..........................................
Até à codificação das normas técnicas de construção,
compete aos Ministros do Equipamento Social e do
Artigo 109.o Ambiente e do Ordenamento do Território promover
[. . .] a publicação da relação das disposições legais e regu-
lamentares a observar pelos técnicos responsáveis dos
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2 do projectos de obras e sua execução.
artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 281/99, de 26 de Julho,
o presidente da câmara municipal é competente para Artigo 126.o
ordenar e fixar prazo para a cessação da utilização de
edifícios ou de suas fracções autónomas quando sejam [. . .]
ocupados sem a necessária licença ou autorização de 1 — A câmara municipal envia mensalmente para o
utilização ou quando estejam a ser afectos a fim diverso Instituto Nacional de Estatística os elementos estatís-
do previsto no respectivo alvará. ticos identificados em portaria conjunta dos Ministros
2—.......................................... do Planeamento e do Ambiente e do Ordenamento do
3—.......................................... Território.
4—.......................................... 2—..........................................
1—.......................................... 1—..........................................
2 — As informações previstas no número anterior 2—..........................................
devem ser prestadas independentemente de despacho 3 — Até ao estabelecimento, nos termos do n.o 2 do
e no prazo de 15 dias. artigo 43.o, dos parâmetros para o dimensionamento
3—.......................................... das áreas referidas no n.o 1 do mesmo artigo, continuam
4—.......................................... os mesmos a ser fixados por portaria do Ministro do
5—.......................................... Ambiente e do Ordenamento do Território.
6—.......................................... 4—..........................................
5—..........................................
Artigo 119.o
Artigo 129.o
Relação dos instrumentos de gestão territorial e das servidões
e restrições de utilidade pública e outros instrumentos relevantes [. . .]
quem modificações da estrutura resistente dos abrangida por plano municipal de ordenamento
edifícios, das cérceas, das fachadas e da forma do território;
dos telhados; b) As operações urbanísticas promovidas pelo Estado
c) Os destaques referidos nos n.os 4 e 5. relativas a equipamentos ou infra-estruturas
destinados à instalação de serviços públicos ou
2 — Podem ser dispensadas de licença ou autorização, afectos ao uso directo e imediato do público,
mediante previsão em regulamento municipal, as obras sem prejuízo do disposto no n.o 4;
de edificação ou demolição que, pela sua natureza, c) As obras de edificação ou demolição promo-
dimensão ou localização, tenham escassa relevância vidas pelos institutos públicos que tenham por
urbanística. atribuições específicas a promoção e gestão do
3 — As obras referidas na alínea b) do n.o 1, bem parque habitacional do Estado e que estejam
como aquelas que sejam dispensadas de licença ou auto- directamente relacionadas com a prossecução
rização nos termos do número anterior, ficam sujeitas
destas atribuições;
ao regime de comunicação prévia previsto nos arti-
gos 34.o a 36.o d) As obras de edificação ou demolição promo-
4 — Os actos que tenham por efeito o destaque de vidas por entidades públicas que tenham por
uma única parcela de prédio com descrição predial que atribuições específicas a administração das áreas
se situe em perímetro urbano estão isentos de licença portuárias ou do domínio público ferroviário ou
ou autorização, desde que cumpram, cumulativamente, aeroportuário, quando realizadas na respectiva
as seguintes condições: área de jurisdição e directamente relacionadas
com a prossecução daquelas atribuições;
a) As parcelas resultantes do destaque confrontem e) As obras de edificação ou de demolição e os
com arruamentos públicos; trabalhos promovidos por entidades concessio-
b) A construção erigida ou a erigir na parcela a nárias de obras ou serviços públicos, quando
destacar disponha de projecto aprovado quando
se reconduzam à prossecução do objecto da
exigível no momento da construção.
concessão.
5 — Nas áreas situadas fora dos perímetros urbanos,
os actos a que se refere o número anterior estão isentos 2 — A execução das operações urbanísticas previstas
de licença ou autorização quando, cumulativamente, se no número anterior, com excepção das promovidas pelos
mostrem cumpridas as seguintes condições: municípios, fica sujeita a parecer prévio não vinculativo
da câmara municipal, que deve ser emitido no prazo
a) Na parcela destacada só seja construído edifício de 20 dias a contar da data da recepção do respectivo
que se destine exclusivamente a fins habitacio- pedido.
nais e que não tenha mais de dois fogos;
3 — As operações de loteamento e as obras de urba-
b) Na parcela restante se respeite a área mínima
fixada no projecto de intervenção em espaço nização promovidas pelas autarquias locais e suas asso-
rural em vigor ou, quando aquele não exista, ciações em área não abrangida por plano director muni-
a área de unidade de cultura fixada nos termos cipal devem ser previamente autorizadas pela assem-
da lei geral para a região respectiva. bleia municipal, depois de submetidas a parecer prévio
vinculativo da direcção regional do ambiente e do orde-
6 — Nos casos referidos nos n.os 4 e 5, não é permitido namento do território, que deve pronunciar-se no prazo
efectuar, na área correspondente ao prédio originário, de 20 dias após a recepção do respectivo pedido.
novo destaque nos termos aí referidos por um prazo 4 — As operações de loteamento e as obras de urba-
de 10 anos contados da data do destaque anterior. nização promovidas pelo Estado devem ser previamente
7 — O condicionamento da construção bem como o autorizadas pelo ministro da tutela e pelo Ministro do
ónus do não fraccionamento, previstos nos n.os 5 e 6 Ambiente e do Ordenamento do Território, depois de
devem ser inscritos no registo predial sobre as parcelas ouvida a câmara municipal e a direcção regional do
resultantes do destaque, sem o que não pode ser licen- ambiente e do ordenamento do território, que devem
ciada ou autorizada qualquer obra de construção nessas pronunciar-se no prazo de 20 dias a contar da data da
parcelas. recepção do respectivo pedido.
8 — O disposto neste artigo não isenta a realização 5 — As operações de loteamento e as obras de urba-
das operações urbanísticas nele previstas da observância nização promovidas pelas autarquias locais e suas asso-
das normas legais e regulamentares aplicáveis, desig- ciações ou pelo Estado, em área não abrangida por plano
nadamente as constantes de plano municipal e plano de urbanização ou plano de pormenor, são submetidas
especial de ordenamento do território e as normas téc- a discussão pública, nos termos estabelecidos no
nicas de construção. artigo 77.o do Decreto-Lei n.o 380/99, de 22 de Setembro,
9 — A certidão emitida pela câmara municipal cons- com as necessárias adaptações, excepto no que se refere
titui documento bastante para efeitos de registo predial aos períodos de anúncio e duração da discussão pública
da parcela destacada.
que são, respectivamente, de 8 e de 15 dias.
6 — A realização das operações urbanísticas previstas
Artigo 7.o neste artigo deve observar as normas legais e regula-
Operações urbanísticas promovidas pela Administração Pública mentares que lhes forem aplicáveis, designadamente as
constantes de instrumento de gestão territorial e as nor-
1 — Estão igualmente isentas de licença ou auto- mas técnicas de construção.
rização: 7 — À realização das operações urbanísticas previstas
a) As operações urbanísticas promovidas pelas neste artigo aplica-se ainda, com as devidas adaptações,
autarquias locais e suas associações em área o disposto nos artigos 10.o, 12.o e 78.o
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n.os 2 e 4, presume-se que o processo se encontra cor- 2 — Quando o pedido respeite a operação de lotea-
rectamente instruído. mento, em área não abrangida por plano de pormenor,
6 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio- ou a obra de construção, ampliação ou alteração em
res, o presidente da câmara municipal deve conhecer área não abrangida por plano de pormenor ou operação
a qualquer momento, até à decisão final, de qualquer de loteamento, o interessado pode requerer que a infor-
questão que prejudique o desenvolvimento normal do mação prévia contemple especificamente os seguintes
procedimento ou impeça a tomada de decisão sobre aspectos, em função dos elementos por si apresentados:
o objecto do pedido, nomeadamente a ilegitimidade do
a) A volumetria da edificação e a implantação da
requerente e a caducidade do direito que se pretende
exercer. mesma e dos muros de vedação;
7 — Salvo no que respeita às consultas a que se refere b) Condicionantes para um adequado relaciona-
o artigo 19.o, se a decisão final depender da decisão mento formal e funcional com a envolvente;
de uma questão que seja da competência de outro órgão c) Programa de utilização das edificações, incluindo
administrativo ou dos tribunais, deve o presidente da a área bruta de construção a afectar aos diversos
câmara municipal suspender o procedimento até que usos e o número de fogos e outras unidades
o órgão ou o tribunal competente se pronunciem, noti- de utilização;
ficando o requerente desse acto, sem prejuízo do dis- d) Infra-estruturas locais e ligação às infra-estru-
posto no n.o 2 do artigo 31.o do Código do Procedimento turas gerais;
Administrativo. e) Estimativa de encargos urbanísticos devidos.
8 — Havendo rejeição do pedido, nos termos do pre-
sente artigo, o interessado que apresente novo pedido 3 — Quando o interessado não seja o proprietário
para o mesmo fim está dispensado de juntar os docu- do prédio, o pedido de informação prévia inclui a iden-
mentos utilizados no pedido anterior que se mantenham tificação daquele bem como dos titulares de qualquer
válidos e adequados. outro direito real sobre o prédio, através de certidão
9 — O presidente da câmara municipal pode delegar emitida pela conservatória do registo predial.
nos vereadores com faculdade de subdelegação ou nos 4 — No caso previsto no número anterior, a câmara
dirigentes dos serviços municipais as competências refe- municipal deve notificar o proprietário e os demais titu-
ridas nos n.os 1 a 4 e 7. lares de qualquer outro direito real sobre o prédio da
abertura do procedimento.
Artigo 12.o
Publicidade do pedido
Artigo 15.o
O pedido de licenciamento ou autorização de ope- Consultas no âmbito do procedimento de informação prévia
ração urbanística deve ser publicitado pelo requerente
sob a forma de aviso, segundo modelo aprovado por No âmbito do procedimento de informação prévia
portaria do Ministro do Ambiente e do Ordenamento há lugar a consulta, nos termos do disposto no
do Território, a colocar no local de execução daquela artigo 19.o, às entidades cujos pareceres, autorizações
de forma visível da via pública, no prazo de 15 dias ou aprovações condicionem, nos termos da lei, a infor-
a contar da apresentação do requerimento inicial. mação a prestar, sempre que tal consulta deva ser pro-
movida num eventual pedido de licenciamento da pre-
Artigo 13.o tensão em causa.
Suspensão do procedimento Artigo 16.o
Nas áreas a abranger por novas regras urbanísticas Deliberação
constantes de plano municipal ou especial de ordena- 1 — A câmara municipal delibera sobre o pedido de
mento do território ou sua revisão, os procedimentos informação prévia no prazo de 20 dias ou, no caso pre-
de informação prévia, de licenciamento ou de autori- visto no n.o 2 do artigo 14.o, no prazo de 30 dias, contados
zação ficam suspensos a partir da data fixada para o a partir:
início do período de discussão pública e até à data da
entrada em vigor daquele instrumento, aplicando-se o a) Da data da recepção do pedido ou dos elemen-
disposto no artigo 117.o do regime jurídico dos instru- tos solicitados nos termos do n.o 4 do artigo 11.o;
mentos de gestão territorial. ou
b) Da data da recepção do último dos pareceres,
autorizações ou aprovações emitidos pelas enti-
SUBSECÇÃO II dades exteriores ao município, quando tenha
Informação prévia havido lugar a consultas; ou ainda
c) Do termo do prazo para a recepção dos pare-
Artigo 14.o ceres, autorizações ou aprovações, sempre que
Pedido de informação prévia
alguma das entidades consultadas não se pro-
nuncie até essa data.
1 — Qualquer interessado pode pedir à câmara muni-
cipal, a título prévio, informação sobre a viabilidade 2 — Os pareceres, autorizações ou aprovações emi-
de realizar determinada operação urbanística e respec- tidos pelas entidades exteriores ao município são obri-
tivos condicionamentos legais ou regulamentares, gatoriamente notificados ao requerente juntamente com
nomeadamente relativos a infra-estruturas, servidões a informação prévia aprovada pela câmara municipal,
administrativas e restrições de utilidade pública, índices dela fazendo parte integrante.
urbanísticos, cérceas, afastamentos e demais condicio- 3 — A câmara municipal indica sempre, na informa-
nantes aplicáveis à pretensão. ção aprovada, o procedimento de controlo prévio a que
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se encontra sujeita a realização da operação urbanística cipal, não haja decorrido mais de um ano desde a emis-
projectada, de acordo com o disposto na secção I do são dos pareceres, autorizações ou aprovações emitidos
capítulo II do presente diploma. e não se tenha verificado alteração dos pressupostos
4 — No caso de a informação ser desfavorável, dela de facto ou de direito em que os mesmos se basearam.
deve constar a indicação dos termos em que a mesma, 3 — Para os efeitos do número anterior, caso qual-
sempre que possível, pode ser revista por forma a serem quer das entidades consultadas não se haja pronunciado
cumpridas as prescrições urbanísticas aplicáveis, desig- dentro do prazo referido no n.o 8, o requerimento inicial
nadamente as constantes de plano municipal de orde- pode ser instruído com prova da solicitação das consultas
namento do território ou de operação de loteamento. e declaração do requerente de que os mesmos não foram
emitidos dentro daquele prazo.
4 — O presidente da câmara municipal promove as
Artigo 17.o
consultas a que haja lugar em simultâneo, no prazo de
Efeitos 10 dias a contar da data do requerimento inicial ou
da data da entrega dos elementos solicitados nos termos
1 — O conteúdo da informação prévia aprovada vin-
do n.o 4 do artigo 11.o
cula as entidades competentes na decisão sobre um even-
5 — No prazo máximo de 10 dias a contar da data
tual pedido de licenciamento ou autorização da ope-
de recepção do processo, as entidades consultadas
ração urbanística a que respeita, desde que tal pedido
podem solicitar, por uma única vez, a apresentação de
seja apresentado no prazo de um ano a contar da data
outros elementos que considerem indispensáveis à apre-
da notificação da mesma ao requerente.
ciação do pedido, dando desse facto conhecimento à
2 — Nos casos abrangidos pelo número anterior, é
câmara municipal.
dispensada no procedimento de licenciamento a con-
6 — No termo do prazo fixado no n.o 4, o interessado
sulta às entidades exteriores ao município em matéria
pode solicitar a passagem de certidão da promoção das
sobre a qual se tenham pronunciado no âmbito do
consultas devidas, a qual será emitida pela câmara muni-
pedido de informação prévia, desde que esta tenha sido
cipal no prazo de oito dias.
favorável e o pedido de licenciamento com ela se
7 — Se a certidão for negativa, o interessado pode
conforme.
promover directamente as consultas que não hajam sido
3 — Quando a informação prévia favorável respeite
realizadas ou pedir ao tribunal administrativo que intime
a pedido formulado nos termos do n.o 2 do artigo 14.o
a câmara municipal a fazê-lo, nos termos do artigo 112.o
e tenha carácter vinculativo nos termos do n.o 1 do pre-
do presente diploma.
sente artigo, é reduzido para metade o prazo para a
8 — O parecer, autorização ou aprovação das enti-
decisão sobre o pedido de licenciamento ou autorização.
dades consultadas deve ser recebido pelo presidente da
4 — Não se suspende o procedimento de licencia-
câmara municipal ou pelo requerente, consoante quem
mento ou autorização nos termos do artigo 13.o sempre
houver promovido a consulta, no prazo de 20 dias ou
que o pedido tenha sido instruído com informação prévia
do estabelecido na legislação aplicável a contar da data
favorável de carácter vinculativo, nos termos do n.o 1
da recepção do processo ou dos elementos a que se
do presente artigo.
refere o n.o 5.
9 — Considera-se haver concordância daquelas enti-
SUBSECÇÃO III dades com a pretensão formulada se os respectivos pare-
ceres, autorizações ou aprovações não forem recebidos
Licença dentro do prazo fixado no número anterior, sem prejuízo
do disposto em legislação específica.
Artigo 18.o 10 — As entidades exteriores ao município devem
Âmbito pronunciar-se exclusivamente no âmbito das suas atri-
buições e competências.
1 — Obedece ao procedimento regulado na presente 11 — Os pareceres das entidades exteriores ao muni-
subsecção a apreciação dos pedidos relativos às ope- cípio só têm carácter vinculativo quando tal resulte da
rações urbanísticas previstas no n.o 2 do artigo 4.o lei, desde que se fundamentem em condicionamentos
2 — No âmbito do procedimento de licenciamento legais ou regulamentares e sejam recebidos dentro do
há lugar a consulta às entidades que, nos termos da prazo fixado no n.o 8, sem prejuízo do disposto em legis-
lei, devam emitir parecer, autorização ou aprovação lação específica.
sobre o pedido, excepto nos casos previstos no n.o 2 12 — O presidente da câmara municipal pode delegar
do artigo 17.o nos vereadores ou nos dirigentes dos serviços municipais
Artigo 19.o as competências referidas nos n.os 1 e 4.
Consultas a entidades exteriores ao município
Artigo 20.o
1 — Compete ao presidente da câmara municipal pro- Apreciação dos projectos de obras de edificação
mover a consulta às entidades que, nos termos da lei,
devam emitir parecer, autorização ou aprovação rela- 1 — A apreciação do projecto de arquitectura, no caso
tivamente às operações urbanísticas sujeitas a licen- de pedido de licenciamento relativo a obras previstas
ciamento. nas alíneas c) e d) do n.o 2 do artigo 4.o, incide sobre
2 — O interessado pode solicitar previamente os pare- a sua conformidade com planos municipais de orde-
ceres, autorizações ou aprovações legalmente exigidos namento no território, planos especiais de ordenamento
junto das entidades competentes, entregando-os com do território, medidas preventivas, área de desenvol-
o requerimento inicial do pedido de licenciamento, caso vimento urbano prioritário, área de construção priori-
em que não há lugar a nova consulta desde que, até tária, servidões administrativas, restrições de utilidade
à data da apresentação de tal pedido na câmara muni- pública e quaisquer outras normas legais e regulamen-
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tares relativas ao aspecto exterior e a inserção urbana cáveis, bem como sobre o uso e a integração urbana
e paisagística das edificações, bem como sobre o uso e paisagística.
proposto.
2 — Para os efeitos do número anterior, a apreciação Artigo 22.o
da inserção urbana das edificações é efectuada na pers- Discussão pública
pectiva formal e funcional, tendo em atenção o edificado
existente, bem como o espaço público envolvente e as 1 — A aprovação pela câmara municipal do pedido
infra-estruturas existentes e previstas. de licenciamento de operação de loteamento é prece-
3 — A câmara municipal delibera sobre o projecto dida de um período de discussão pública a efectuar nos
de arquitectura no prazo de 30 dias contado a partir: termos do disposto no artigo 77.o do Decreto-Lei
a) Da data da recepção do pedido ou dos elemen- n.o 380/99, de 22 de Setembro, sem prejuízo do disposto
tos solicitados nos termos do n.o 4 do artigo 11.o; nos números seguintes.
ou 2 — Mediante regulamento municipal podem ser dis-
b) Da data da recepção do último dos pareceres, pensadas de discussão pública as operações de lotea-
autorizações ou aprovações emitidos pelas enti- mento que não excedam nenhum dos seguintes limites:
dades exteriores ao município, quando tenha a) 4 ha;
havido lugar a consultas; ou ainda
b) 100 fogos;
c) Do termo do prazo para a recepção dos pare-
ceres, autorizações ou aprovações, sempre que c) 10 % da população do aglomerado urbano em
alguma das entidades consultadas não se pro- que se insere a pretensão.
nuncie até essa data.
3 — A discussão pública é anunciada com uma ante-
4 — O interessado deve requerer a aprovação dos cedência mínima de 8 dias a contar da data da recepção
projectos das especialidades necessários à execução da do último dos pareceres, autorizações ou aprovações
obra no prazo de seis meses a contar da notificação emitidos pelas entidades exteriores ao município ou do
do acto que aprovou o projecto de arquitectura, caso termo do prazo para a sua emissão não podendo a sua
não tenha apresentado tais projectos com o requeri- duração ser inferior a 15 dias.
mento inicial. 4 — A discussão pública tem por objecto o projecto
5 — O presidente da câmara poderá prorrogar o de loteamento, que deve ser acompanhado da infor-
prazo referido no número anterior, por uma só vez e mação técnica elaborada pelos serviços municipais, bem
por período não superior a três meses, mediante reque- como dos pareceres, autorizações ou aprovações emi-
rimento fundamentado apresentado antes do respectivo tidos pelas entidades exteriores ao município.
termo. 5 — Os planos municipais de ordenamento do ter-
6 — A falta de apresentação dos projectos das espe- ritório podem sujeitar a prévia discussão pública o licen-
cialidades no prazo estabelecido no n.o 4, ou naquele ciamento de operações urbanísticas de significativa rele-
que resultar da prorrogação concedida nos termos do vância urbanística.
n.o 5, implica a caducidade do acto que aprovou o pro- Artigo 23.o
jecto de arquitectura e o arquivamento oficioso do pro-
cesso de licenciamento. Deliberação final
7 — Há lugar a consulta às entidades que, nos termos 1 — A câmara municipal delibera sobre o pedido de
da lei, devam emitir parecer, autorização ou aprovação licenciamento:
sobre os projectos das especialidades, a qual deve ser
promovida no prazo de 10 dias a contar da apresentação a) No prazo de 45 dias, no caso de operação de
dos mesmos, ou da data da aprovação do projecto de loteamento;
arquitectura, se o interessado os tiver entregue junta- b) No prazo de 30 dias, no caso de obras de
mente com o requerimento inicial. urbanização;
8 — As declarações de responsabilidade dos autores c) No prazo de 45 dias, no caso de obras previstas
dos projectos das especialidades que estejam inscritos nas alíneas c) e d) do n.o 2 do artigo 4.o;
em associação pública constituem garantia bastante do d) No prazo de 30 dias, no caso de alteração da
cumprimento das normas legais e regulamentares apli- utilização de edifício ou de sua fracção.
cáveis aos projectos, excluindo a sua apreciação prévia
pelos serviços municipais, salvo quando as declarações 2 — O prazo previsto na alínea a) do número anterior
sejam formuladas nos termos do n.o 5 do artigo 10.o conta-se, a partir do termo do período de discussão
pública ou, quando não haja lugar à sua realização, nos
termos previstos no n.o 3.
Artigo 21.o 3 — Os prazos previstos nas alíneas b) e d) do n.o 1
Apreciação dos projectos de loteamento, de obras de urbanização contam-se a partir:
e trabalhos de remodelação de terrenos
a) Da data da recepção do pedido ou dos elemen-
A apreciação dos projectos de loteamento, de obras tos solicitados nos termos do n.o 4 do artigo 11.o;
de urbanização e dos trabalhos de remodelação de ter- b) Da data da recepção do último dos pareceres,
renos pela câmara municipal incide sobre a sua con- autorizações ou aprovações emitidos pelas enti-
formidade com planos municipais de ordenamento do dades exteriores ao município, quando tenha
território, planos especiais de ordenamento do territó- havido lugar a consultas; ou ainda
rio, medidas preventivas, área de desenvolvimento c) Do termo do prazo para a recepção dos pare-
urbano prioritário, área de construção prioritária, ser- ceres, autorizações ou aprovações, sempre que
vidões administrativas, restrições de utilidade pública alguma das entidades consultadas não se pro-
e quaisquer outras normas legais e regulamentares apli- nuncie até essa data.
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3313
4 — Se o prédio a lotear já estiver servido pelas infra- c) Manutenção dos equipamentos de recreio e
-estruturas a que se refere a alínea h) do artigo 2.o lazer;
ou não se justificar a localização de qualquer equipa- d) Vigilância da área, por forma a evitar a sua
mento ou espaço verde públicos no referido prédio, ou degradação.
ainda nos casos referidos no n.o 4 do artigo anterior,
não há lugar a qualquer cedência para esses fins, ficando, 3 — Os contratos de concessão devem ser celebrados
no entanto, o proprietário obrigado ao pagamento de sempre que se pretenda realizar investimentos em equi-
uma compensação ao município, em numerário ou em pamentos de utilização colectiva ou em instalações fixas
espécie, nos termos definidos em regulamento muni- e não desmontáveis em espaços verdes, ou a manutenção
cipal. de infra-estruturas.
Artigo 45.o Artigo 47.o
Reversão
Contrato de concessão
1 — O cedente tem o direito de reversão sobre as
1 — Os princípios a que devem subordinar-se os con-
parcelas cedidas nos termos do artigo anterior sempre
tratos administrativos de concessão do domínio muni-
que estas sejam afectas a fins diversos daqueles para
que hajam sido cedidas. cipal a que se refere o artigo anterior são estabelecidos
2 — Ao exercício do direito de reversão previsto no em decreto-lei, no qual se fixam as regras a observarem
número anterior aplica-se, com as necessárias adapta- matéria de prazo de vigência, conteúdo do direito de
ções, o disposto no Código das Expropriações. uso privativo, obrigações do concessionário e do muni-
3 — Em alternativa ao exercício do direito referido cípio em matéria de realização de obras, prestação de
no n.o 1 ou no caso do n.o 9, o cedente pode exigir serviços e manutenção de infra-estruturas, garantias a
ao município uma indemnização, a determinar nos ter- prestar e modos e termos do sequestro e rescisão.
mos estabelecidos no Código das Expropriações com 2 — A utilização das áreas concedidas nos termos do
referência ao fim a que se encontre afecta a parcela, número anterior e a execução dos contratos respectivos
calculada à data em que pudesse haver lugar à reversão. estão sujeitas a fiscalização da câmara municipal, nos
4 — As parcelas que, nos termos do n.o 1, tenham termos a estabelecer no decreto-lei aí referido.
revertido para o cedente ficam sujeitas às mesmas fina- 3 — Os contratos referidos no número anterior não
lidades a que deveriam estar afectas aquando da cedên- podem, sob pena de nulidade das cláusulas respectivas,
cia, salvo quando se trate de parcela a afectar a equi- proibir o acesso e utilização do espaço concessionado
pamento de utilização colectiva, devendo nesse caso ser por parte do público, sem prejuízo das limitações a tais
afecta a espaço verde, procedendo-se ainda ao aver- acesso e utilização que sejam admitidas no decreto-lei
bamento desse facto no respectivo alvará. referido no n.o 1.
5 — Os direitos referidos nos n.os 1 a 3 podem ser
Artigo 48.o
exercidos pelos proprietários de, pelo menos, um terço
dos lotes constituídos em consequência da operação de Execução de instrumentos de planeamento territorial
loteamento. e outros instrumentos urbanísticos
6 — Havendo imóveis construídos na parcela rever- 1 — As condições da licença ou autorização de ope-
tida, o tribunal pode ordenar a sua demolição, a reque- ração de loteamento podem ser alteradas por iniciativa
rimento do cedente, nos termos estabelecidos nos arti- da câmara municipal, desde que tal alteração se mostre
gos 86.o e seguintes do Decreto-Lei n.o 267/85, de 16
necessária à execução de plano municipal de ordena-
de Julho.
7 — O município é responsável pelos prejuízos cau- mento do território, plano especial de ordenamento do
sados aos proprietários dos imóveis referidos no número território, área de desenvolvimento urbano prioritário,
anterior, nos termos estabelecidos no Decreto-Lei área de construção prioritária ou área crítica de recu-
n.o 48 051, de 21 de Novembro de 1967, em matéria peração e reconversão urbanística.
de actos ilícitos. 2 — A deliberação da câmara municipal que deter-
8 — À demolição prevista no n.o 6 é aplicável o dis- mine as alterações referidas no número anterior é devi-
posto nos artigos 52.o e seguintes do Decreto-Lei damente fundamentada e implica a emissão de novo
n.o 794/76, de 5 de Novembro. alvará, e a publicação e submissão a registo deste, a
9 — O direito de reversão previsto no n.o 1 não pode expensas do município.
ser exercido quando os fins das parcelas cedidas sejam 3 — A deliberação referida no número anterior é pre-
alterados ao abrigo do disposto no n.o 1 do artigo 48.o cedida da audiência prévia do titular do alvará e demais
interessados, que dispõem do prazo de 30 dias para
se pronunciarem sobre o projecto de decisão.
Artigo 46.o
4 — A pessoa colectiva que aprovar os instrumentos
Gestão das infra-estruturas e dos espaços verdes referidos no n.o 1 que determinem directa ou indirec-
e de utilização colectiva tamente os danos causados ao titular do alvará e demais
1 — A gestão das infra-estruturas e dos espaços ver- interessados, em virtude do exercício da faculdade pre-
des e de utilização colectiva pode ser confiada a mora- vista no n.o 1, é responsável pelos mesmos nos termos
dores ou a grupos de moradores das zonas loteadas estabelecidos no Decreto-Lei n.o 48 051, de 21 de
e urbanizadas, mediante a celebração com o município Novembro de 1967, em matéria de responsabilidade por
de acordos de cooperação ou de contratos de concessão actos lícitos.
do domínio municipal. Artigo 49.o
2 — Os acordos de cooperação podem incidir, nomea-
damente, sobre os seguintes aspectos: Negócios jurídicos
sado, por uma única vez e por período não superior 3 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio-
a metade do prazo inicial, salvo o disposto nos números res, a lei pode impor condições específicas para o exer-
seguintes. cício de certas actividades em edificações já afectas a
5 — Quando a obra se encontre em fase de acaba- tais actividades ao abrigo do direito anterior, bem como
mentos, pode ainda o presidente da câmara municipal, condicionar a concessão da licença ou autorização para
a requerimento fundamentado do interessado, conceder a execução das obras referidas no n.o 2 à realização
nova prorrogação, mediante o pagamento de um adi- dos trabalhos acessórios que se mostrem necessários
cional à taxa referida no n.o 1 do artigo 116.o, de mon- para a melhoria das condições de segurança e salubri-
tante a fixar em regulamento municipal. dade da edificação.
6 — O prazo estabelecido nos termos dos números Artigo 61.o
anteriores pode ainda ser prorrogado em consequência
da alteração da licença ou autorização. Identificação dos técnicos responsáveis
7 — A prorrogação do prazo nos termos referidos nos O titular da licença ou autorização de construção fica
números anteriores não dá lugar à emissão de novo obrigado a afixar uma placa em material imperecível
alvará, devendo ser averbada no alvará em vigor. no exterior da edificação, ou a gravar num dos seus
8 — No caso previsto no artigo 113.o, o prazo para elementos exteriores, com a identificação dos técnicos
a conclusão da obra é aquele que for proposto pelo autores do respectivo projecto de arquitectura e do
requerente. director técnico da obra.
Artigo 59.o
Execução por fases SUBSECÇÃO IV
1 — O requerente pode optar pela execução faseada Utilização de edifícios ou suas fracções
da obra, devendo para o efeito, em caso de operação
urbanística sujeita a licenciamento, identificar no pro- Artigo 62.o
jecto de arquitectura os trabalhos incluídos em cada Âmbito
uma das fases e indicar os prazos, a contar da data
de aprovação daquele projecto, em que se propõe reque- 1 — A licença de alteração da utilização prevista na
rer a aprovação dos projectos de especialidades relativos alínea e) do n.o 2 do artigo 4.o destina-se a verificar
a cada uma dessas fases, podendo a câmara municipal a conformidade do uso previsto com as normas legais
fixar diferentes prazos por motivo de interesse público e regulamentares que lhe são aplicáveis e a idoneidade
devidamente fundamentado. do edifício ou sua fracção autónoma para o fim a que
2 — Cada fase deve corresponder a uma parte da edi- se destina.
ficação passível de utilização autónoma. 2 — A autorização de utilização prevista na alínea f)
3 — Nos casos referidos no n.o 1, o requerimento refe- do n.o 3 do artigo 4.o destina-se a verificar a confor-
rido no n.o 4 do artigo 20.o deverá identificar a fase midade da obra concluída com o projecto aprovado e
da obra a que se reporta. com as condições do licenciamento ou autorização.
4 — A falta de apresentação do requerimento refe- 3 — Quando não haja lugar à realização de obras ou
rido no número anterior dentro dos prazos previstos nos casos previstos no artigo 6.o, a autorização de uti-
no n.o 1 implica a caducidade do acto de aprovação lização referida no número anterior destina-se a verificar
do projecto de arquitectura e o arquivamento oficioso a conformidade do uso previsto com as normas legais
do processo. e regulamentares aplicáveis e a idoneidade do edifício
5 — Quando se trate de operação urbanística sujeita ou sua fracção autónoma para o fim pretendido.
a autorização, o requerente identificará, no projecto de
arquitectura, as fases em que pretende proceder à exe- Artigo 63.o
cução da obra e o prazo para início de cada uma delas,
Instrução do pedido
podendo optar por juntar apenas os projectos de espe-
cialidades referentes à fase que se propõe executar ini- 1 — O requerimento de licença ou autorização de uti-
cialmente, juntando nesse caso os projectos relativos lização deve ser instruído com termo de responsabi-
às fases subsequentes com o requerimento de emissão lidade subscrito pelo responsável pela direcção técnica
do alvará da fase respectiva. da obra, na qual aquele deve declarar que a obra foi
6 — Admitida a execução por fases, o alvará abrange executada de acordo com o projecto aprovado e com
apenas a primeira fase das obras, implicando cada fase as condições da licença e ou autorização e, se for caso
subsequente um aditamento ao alvará. disso, se as alterações efectuadas ao projecto estão em
conformidade com as normas legais e regulamentares
Artigo 60.o que lhe são aplicáveis.
2 — Se o responsável pela direcção técnica da obra
Edificações existentes não estiver legalmente habilitado para subscrever pro-
1 — As edificações construídas ao abrigo do direito jectos de arquitectura, o termo de responsabilidade deve
anterior e as utilizações respectivas não são afectadas ser igualmente apresentado pelo técnico autor do pro-
por normas legais e regulamentares supervenientes. jecto ou por quem, estando mandatado para o efeito
2 — A concessão de licença ou autorização para a pelo dono da obra, tenha a habilitação legalmente exi-
realização de obras de reconstrução ou de alteração gida para o efeito.
das edificações não pode ser recusada com fundamento Artigo 64.o
em normas legais ou regulamentares supervenientes à Vistoria
construção originária, desde que tais obras não originem
ou agravem desconformidade com as normas em vigor, 1 — A concessão da licença ou autorização de uti-
ou tenham como resultado a melhoria das condições lização não depende de prévia vistoria municipal, salvo
de segurança e de salubridade da edificação. o disposto no número seguinte.
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3321
2 — O presidente da câmara municipal pode deter- mas legais e regulamentares aplicáveis em vigor à data
minar a realização de vistoria, no prazo de 15 dias a da sua prática, sem prejuízo do disposto no artigo 60.o
contar da entrega do requerimento referido no artigo
anterior, se a obra não tiver sido inspeccionada ou vis-
toriada no decurso da sua execução ou se dos elementos Artigo 68.o
constantes do processo ou do livro de obra resultarem Nulidades
indícios de que a mesma foi executada em desconfor-
midade com o respectivo projecto e condições da licença, São nulas as licenças ou autorizações previstas no
ou com as normas legais e regulamentares que lhe são presente diploma que:
aplicáveis. a) Violem o disposto em plano municipal de orde-
Artigo 65.o namento do território, plano especial de orde-
namento do território, medidas preventivas ou
Realização da vistoria licença ou autorização de loteamento em vigor;
1 — A vistoria realiza-se no prazo de 30 dias a contar b) Violem o disposto no n.o 2 do artigo 37.o;
da data de entrega do requerimento a que se refere c) Não tenham sido precedidas de consulta das
o n.o 1 do artigo 63.o, sempre que possível em data entidades cujos pareceres, autorizações ou apro-
a acordar com o requerente. vações sejam legalmente exigíveis, bem como
2 — A vistoria é efectuada por uma comissão com- quando não estejam em conformidade com
posta, no mínimo, por três técnicos, a designar pela esses pareceres, autorizações ou aprovações.
câmara municipal, dos quais pelo menos dois devem
ter formação e habilitação legal para assinar projectos Artigo 69.o
correspondentes à obra objecto de vistoria.
3 — A data da realização da vistoria é notificada pela Participação e recurso contencioso
câmara municipal às entidades que a ela devem com- 1 — Os factos geradores das nulidades previstas no
parecer nos termos da legislação específica, bem como artigo anterior e quaisquer outros factos de que possa
ao requerente da licença de utilização que pode fazer-se resultar a invalidade dos actos administrativos previstos
acompanhar dos autores dos projectos e pelo técnico no presente diploma devem ser participados, por quem
responsável pela direcção técnica da obra, que parti- deles tenha conhecimento, ao Ministério Público, para
cipam, sem direito a voto, na vistoria. efeitos de interposição do competente recurso conten-
4 — As conclusões da vistoria são obrigatoriamente cioso e respectivos meios processuais acessórios.
seguidas na decisão sobre o pedido de licenciamento 2 — Quando tenha por objecto actos de licencia-
ou autorização de utilização. mento ou autorização com fundamento em qualquer
5 — No caso de obras de alteração decorrentes da das nulidades previstas no artigo anterior, a citação ao
vistoria, a emissão do alvará depende da verificação da titular da licença ou da autorização para contestar o
sua adequada realização, através de nova vistoria. recurso referido no n.o 1 tem os efeitos previstos no
artigo 103.o para o embargo, sem prejuízo do disposto
Artigo 66.o no número seguinte.
3 — O tribunal pode, oficiosamente ou a requeri-
Propriedade horizontal
mento dos interessados, autorizar o prosseguimento dos
1 — No caso de edifícios constituídos em regime de trabalhos caso do recurso resultem indícios de ilega-
propriedade horizontal, a licença ou autorização de uti- lidade da sua interposição ou da sua improcedência,
lização pode ter por objecto o edifício na sua totalidade devendo o juiz decidir esta questão, quando a ela houver
ou cada uma das suas fracções autónomas. lugar, no prazo de 10 dias.
2 — A licença ou autorização de utilização só pode
ser concedida autonomamente para uma ou mais frac-
Artigo 70.o
ções autónomas quando as partes comuns dos edifícios
em que se integram estejam também em condições de Responsabilidade civil da Administração
serem utilizadas.
1 — O município responde civilmente pelos prejuízos
3 — Caso o interessado não tenha ainda requerido
causados em caso de revogação, anulação ou declaração
a certificação pela câmara municipal de que o edifício de nulidade de licenças ou autorizações sempre que a
satisfaz os requisitos legais para a sua constituição em causa da revogação, anulação ou declaração de nulidade
regime de propriedade horizontal, tal pedido pode inte- resulte de uma conduta ilícita dos titulares dos seus
grar o requerimento de licença ou autorização de órgãos ou dos seus funcionários e agentes.
utilização. 2 — Os titulares dos órgãos do município e os seus
SECÇÃO IV funcionários e agentes respondem solidariamente com
aquele quando tenham dolosamente dado causa à ile-
Validade e eficácia dos actos de licenciamento ou autorização galidade que fundamenta a revogação, anulação ou
declaração de nulidade.
SUBSECÇÃO I
3 — Quando a ilegalidade que fundamenta a revo-
Validade gação, anulação ou declaração de nulidade resulte de
parecer vinculativo, autorização ou aprovação legal-
Artigo 67.o mente exigível, a entidade que o emitiu responde soli-
Requisitos
dariamente com o município, que tem sobre aquela
direito de regresso.
A validade das licenças ou autorizações das operações 4 — O disposto no presente artigo em matéria de
urbanísticas depende da sua conformidade com as nor- responsabilidade solidária não prejudica o direito de
3322 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 129 — 4 de Junho de 2001
regresso que ao caso couber, nos termos gerais de 6 — Os prazos a que se referem os números anteriores
direito. contam-se de acordo com o disposto no artigo 279.o
do Código Civil.
SUBSECÇÃO II
7 — Tratando-se de licença para a realização de ope-
Caducidade e revogação da licença ou autorização ração de loteamento ou de obras de urbanização, a cadu-
cidade pelos motivos previstos nos n.os 3 e 4 não produz
Artigo 71.o efeitos relativamente aos lotes para os quais já haja sido
Caducidade aprovado pedido de licenciamento ou de autorização
das obras de edificação neles previstas.
1 — A licença ou autorização para a realização de
operação de loteamento caduca se: Artigo 72.o
a) Não for requerida a autorização para a reali- Renovação
zação das respectivas obras de urbanização no
prazo de um ano a contar da notificação do 1 — O titular da licença ou autorização que haja cadu-
acto de licenciamento ou de autorização; ou se cado pode requerer nova licença ou autorização.
b) Não for requerido o alvará único a que se refere 2 — No caso referido no número anterior, poderão
o n.o 3 do artigo 76.o no prazo de um ano a ser utilizados no novo processo os pareceres, autori-
contar da notificação do acto de autorização zações e aprovações que instruíram o processo anterior,
das respectivas obras de urbanização. desde que o novo requerimento seja apresentado no
prazo de 18 meses a contar da data da caducidade da
2 — A licença ou autorização para a realização de licença ou autorização anterior e os mesmos sejam con-
operação de loteamento que não exija a realização de firmados pelas entidades que os emitiram.
obras de urbanização, bem como a licença para a rea- 3 — Os pedidos das confirmações previstas no
lização das operações urbanísticas previstas nas alíneas número anterior devem ser decididos no prazo de 15 dias
b) a d) do n.o 2 e nas alíneas b) a e) e g) do n.o 3 a contar da data em que sejam solicitados, consideran-
do artigo 4.o caduca se, no prazo de um ano a contar do-se confirmados tais pareceres, autorizações ou apro-
da notificação do acto de licenciamento ou autorização, vações se a entidade competente não se pronunciar den-
não for requerida a emissão do respectivo alvará. tro deste prazo.
3 — Para além das situações previstas no número Artigo 73.o
anterior, a licença ou autorização para a realização das
operações urbanísticas referidas no número anterior, Revogação
bem como a licença ou a autorização para a realização 1 — Sem prejuízo do que se dispõe no número
de operação de loteamento que exija a realização de seguinte, a licença ou autorização só pode ser revogada
obras de urbanização, caduca ainda: nos termos estabelecidos na lei para os actos consti-
a) Se as obras não forem iniciadas no prazo de tutivos de direitos.
nove meses a contar da data de emissão do 2 — Nos casos a que se refere o n.o 2 do artigo 105.o
alvará ou, nos casos previstos no artigo 113.o, a licença ou autorização pode ser revogada pela câmara
da data do pagamento das taxas, do seu depósito municipal decorrido o prazo de seis meses a contar do
ou da garantia do seu pagamento; termo do prazo estabelecido de acordo com o n.o 1
b) Se as obras estiverem suspensas por período do mesmo artigo.
superior a seis meses, salvo se a suspensão SUBSECÇÃO III
decorrer de facto não imputável ao titular da
licença ou autorização; Alvará de licença ou autorização
c) Se as obras estiverem abandonadas por período
superior a seis meses; Artigo 74.o
d) Se as obras não forem concluídas no prazo Título
fixado na licença ou na autorização ou suas pror-
rogações, contado a partir da data de emissão 1 — O licenciamento ou autorização das operações
do alvará; urbanísticas é titulado por alvará.
e) Se o titular da licença ou autorização for decla- 2 — A emissão do alvará é condição de eficácia da
rado falido ou insolvente. licença ou autorização e depende do pagamento das
taxas devidas pelo requerente.
4 — Para os efeitos do disposto na alínea c) do
número anterior, presumem-se abandonadas as obras Artigo 75.o
ou trabalhos sempre que:
Competência
a) Se encontrem suspensos sem motivo justificativo
registado no respectivo livro de obra; Compete ao presidente da câmara municipal emitir
b) Decorram na ausência do técnico responsável o alvará de licença ou autorização para a realização
pela respectiva execução; das operações urbanísticas, podendo delegar esta com-
c) Se desconheça o paradeiro do titular da res- petência nos vereadores com faculdade de subdelegação,
pectiva licença, sem que este haja indicado à ou nos dirigentes dos serviços municipais.
câmara municipal procurador bastante que o
represente. Artigo 76.o
Requerimento
5 — A caducidade prevista na alínea d) do n.o 3 é
declarada pela câmara municipal, com audiência prévia 1 — O interessado deve, no prazo de um ano a contar
do interessado. da data da notificação do acto de licenciamento ou auto-
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3323
rização, requerer a emissão do respectivo alvará, apre- alíneas b) a g) e l) do artigo 2.o deve conter, nos termos
sentando para o efeito os elementos previstos em por- da licença ou autorização, os seguintes elementos, con-
taria aprovada pelo Ministro do Ambiente e do Orde- soante sejam aplicáveis:
namento do Território.
2 — Pode ainda o presidente da câmara municipal, a) Identificação do titular da licença ou auto-
a requerimento fundamentado do interessado, conceder rização;
prorrogação, por uma única vez, do prazo previsto no b) Identificação do lote ou do prédio onde se rea-
número anterior. lizam as obras ou trabalhos;
3 — No caso de operação de loteamento que exija c) Identificação dos actos dos órgãos municipais
a realização de obras de urbanização é emitido um único relativos ao licenciamento ou autorização das
alvará, que deve ser requerido no prazo de um ano obras ou trabalhos;
a contar da notificação do acto de autorização das obras d) Enquadramento das obras em operação de
de urbanização. loteamento ou plano municipal de ordenamento
4 — O alvará é emitido no prazo de 30 dias a contar do território em vigor, no caso das obras pre-
da apresentação do requerimento previsto nos números vistas nas alíneas b), c) e e) do artigo 2.o;
anteriores, ou da recepção dos elementos a que se refere e) Os condicionamentos a que fica sujeita a licença
o n.o 4 do artigo 11.o, desde que se mostrem pagas ou autorização;
as taxas devidas. f) As cérceas e o número de pisos acima e abaixo
5 — O requerimento de emissão de alvará só pode da cota de soleira;
ser indeferido com fundamento na caducidade, suspen- g) A área de construção e a volumetria dos
são, revogação, anulação ou declaração de nulidade da edifícios;
licença ou autorização ou na falta de pagamento das h) O uso a que se destinam as edificações;
taxas referidas no número anterior. i) O prazo de validade da licença ou autorização,
6 — O alvará obedece a um modelo tipo a estabelecer o qual corresponde ao prazo para a conclusão
por portaria aprovada pelo Ministro do Ambiente e do das obras ou trabalhos.
Ordenamento do Território.
5 — O alvará de licença ou autorização relativo à uti-
o lização de edifício ou de sua fracção deve conter, nos
Artigo 77. termos da licença ou autorização, a especificação dos
Especificações seguintes elementos:
1 — O alvará de licença ou autorização de operação a) Identificação do titular da licença ou auto-
de loteamento ou de obras de urbanização deve conter, rização;
nos termos da licença ou autorização, a especificação b) Identificação do edifício ou fracção autónoma;
dos seguintes elementos, consoante forem aplicáveis: c) O uso a que se destina o edifício ou fracção
autónoma.
a) Identificação do titular do alvará;
b) Identificação do prédio objecto da operação de
loteamento ou das obras de urbanização; 6 — O alvará de licença ou autorização a que se refere
c) Identificação dos actos dos órgãos municipais o número anterior deve ainda mencionar, quando for
relativos ao licenciamento ou autorização da caso disso, que o edifício a que respeita preenche os
operação de loteamento e das obras de urba- requisitos legais para a constituição da propriedade
nização; horizontal.
d) Enquadramento da operação urbanística em 7 — No caso de substituição do titular de alvará de
plano municipal de ordenamento do território licença ou autorização, o substituto deve disso fazer
em vigor bem como na respectiva unidade de prova junto do presidente da câmara para que este pro-
execução, se a houver; ceda ao respectivo averbamento no prazo de 15 dias
e) Número de lotes e indicação da área, locali- a contar da data da substituição.
zação, finalidade, área de implantação, área de
construção, número de pisos e número de fogos Artigo 78.o
de cada um dos lotes, com especificação dos
fogos destinados a habitações a custos contro- Publicidade
lados, quando previstos; 1 — O titular do alvará deve promover, no prazo de
f) Cedências obrigatórias, sua finalidade e espe- 10 dias após a emissão do alvará, a afixação no prédio
cificação das parcelas a integrar no domínio objecto de qualquer operação urbanística de um aviso,
municipal; bem visível do exterior, que deve aí permanecer até
g) Prazo para a conclusão das obras de urba- à conclusão das obras.
nização; 2 — A emissão do alvará de licença ou autorização
h) Montante da caução prestada e identificação do de loteamento deve ainda ser publicitada pela câmara
respectivo título. municipal, no prazo estabelecido no n.o 1, através de:
2 — O alvará a que se refere o número anterior deve a) Publicação de aviso em boletim municipal ou,
conter, em anexo, as plantas representativas dos ele- quando este não exista, através de edital a afixar
mentos referidos nas alíneas e) e f). nos paços do concelho e nas sedes das juntas
3 — As especificações do alvará a que se refere o de freguesia abrangidas;
n.o 1 vinculam a câmara municipal, o proprietário do b) Publicação de aviso num jornal de âmbito local,
prédio, bem como os adquirentes dos lotes. quando o número de lotes seja inferior a 20,
4 — O alvará de licença ou autorização para a rea- ou num jornal de âmbito nacional, nos restantes
lização das operações urbanísticas a que se referem as casos.
3324 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 129 — 4 de Junho de 2001
3 — Compete ao Ministro do Ambiente e do Orde- termos do disposto no n.o 2 do artigo 14.o, pode o pre-
namento do Território aprovar, por portaria, os modelos sidente da câmara municipal, a pedido do interessado,
dos avisos referidos nos números anteriores. permitir a execução de trabalhos de demolição ou de
4 — Os editais e os avisos previstos nos números ante- escavação e contenção periférica até à profundidade do
riores devem mencionar, consoante os casos, as espe- piso de menor cota, logo após o saneamento referido
cificações previstas nas alíneas a) a g) do n.o 1 e a) no artigo 11.o, desde que seja prestada caução para repo-
a c) e f) a i) do n.o 4 do artigo 77.o sição do terreno nas condições em que se encontrava
antes do início dos trabalhos.
Artigo 79.o 2 — Nas obras sujeitas a licença nos termos do pre-
sente diploma, a decisão referida no número anterior
Cassação pode ser proferida em qualquer momento após a apro-
1 — O alvará é cassado pelo presidente da câmara vação do projecto de arquitectura.
municipal quando caduque a licença ou autorização por 3 — Para os efeitos dos números anteriores, o reque-
ele titulada ou quando esta seja revogada, anulada ou rente deve apresentar, consoante os casos, o plano de
declarada nula. demolições, o projecto de estabilidade ou o projecto
2 — A cassação do alvará de loteamento é comuni- de escavação e contenção periférica até à data da apre-
cada pelo presidente da câmara municipal à conserva- sentação do pedido referido no mesmo número.
tória do registo predial competente, para efeitos de ano- 4 — O presidente da câmara decide sobre o pedido
tação à descrição e de cancelamento do registo do alvará. previsto no n.o 1 no prazo de 15 dias a contar da data
3 — Com a comunicação referida no número anterior, da sua apresentação.
o presidente da câmara municipal dá igualmente conhe- 5 — É título bastante para a execução dos trabalhos
cimento à conservatória dos lotes que se encontrem na de demolição, escavação ou contenção periférica a noti-
situação referida no n.o 7 do artigo 71.o, requerendo ficação do deferimento do respectivo pedido, que o
a esta o cancelamento parcial do alvará nos termos da requerente, a partir do início da execução dos trabalhos
alínea f) do n.o 2 do artigo 101.o do Código do Registo por ela abrangidos, deverá guardar no local da obra.
Predial e indicando as descrições a manter.
4 — O alvará cassado é apreendido pela câmara muni- Artigo 82.o
cipal, na sequência de notificação ao respectivo titular. Ligação às redes públicas
que não correspondam a obras que estivessem sujeitas c) Quaisquer outros elementos que o requerente
a prévio licenciamento ou autorização administrativa. entenda necessários para o conhecimento do
3 — As alterações em obra ao projecto inicialmente pedido.
aprovado que envolvam a realização de obras de amplia-
ção ou de alterações à implantação das edificações estão 3 — Antes de decidir, o tribunal notifica a câmara
sujeitas ao procedimento previsto nos artigos 27.o ou municipal e o titular do alvará para responderem no
33.o, consoante os casos. prazo de 30 dias e ordena a realização das diligências
que entenda úteis para o conhecimento do pedido,
nomeadamente a inspecção judicial do local.
Artigo 84.o 4 — Se deferir o pedido, o tribunal fixa especifica-
Execução das obras pela câmara municipal damente as obras a realizar e o respectivo orçamento
e determina que a caução a que se refere o artigo 54.o
1 — Sem prejuízo do disposto no presente diploma fique à sua ordem, a fim de responder pelas despesas
em matéria de suspensão e caducidade das licenças ou com as obras até ao limite do orçamento.
autorizações ou de cassação dos respectivos alvarás, a 5 — Na falta ou insuficiência da caução, o tribunal
câmara municipal, para salvaguarda da qualidade do determina que os custos sejam suportados pelo muni-
meio urbano e do meio ambiente, da segurança das cípio, sem prejuízo do direito de regresso deste sobre
edificações e do público em geral ou, no caso de obras o titular do alvará.
de urbanização, também para protecção de interesses 6 — O processo a que se referem os números ante-
de terceiros adquirentes de lotes, pode promover a rea- riores é urgente e isento de custas.
lização das obras por conta do titular do alvará quando, 7 — Da sentença cabe recurso nos termos gerais.
por causa que seja imputável a este último: 8 — Compete ao tribunal judicial da comarca onde
a) Não tiverem sido iniciadas no prazo de um ano se localiza o prédio no qual se devem realizar as obras
a contar da data da emissão do alvará; de urbanização conhecer dos pedidos previstos no pre-
b) Permanecerem interrompidas por mais de um sente artigo.
ano; 9 — A câmara municipal emite oficiosamente novo
c) Não tiverem sido concluídas no prazo fixado alvará, competindo ao seu presidente dar conhecimento
ou suas prorrogações, nos casos em que a das respectivas deliberações à direcção regional do
câmara municipal tenha declarado a caduci- ambiente e do ordenamento do território e ao conser-
dade; vador do registo predial, quando:
d) Não hajam sido efectuadas as correcções ou a) Tenha havido recepção provisória das obras; ou
alterações que hajam sido intimadas nos termos b) Seja integralmente reembolsada das despesas
do artigo 105.o efectuadas, caso se verifique a situação prevista
no n.o 5.
2 — A execução das obras referidas no número ante-
SECÇÃO III
rior e o pagamento das despesas suportadas com as
mesmas efectuam-se nos termos dos artigos 107.o e 108.o Conclusão e recepção dos trabalhos
3 — A câmara municipal pode ainda accionar as cau-
ções referidas nos artigos 25.o e 54.o Artigo 86.o
4 — Logo que se mostre reembolsada das despesas Limpeza da área e reparação de estragos
efectuadas nos termos do presente artigo, a câmara
municipal procede ao levantamento do embargo que 1 — Concluída a obra, o dono da mesma é obrigado
possa ter sido decretado ou, quando se trate de obras a proceder ao levantamento do estaleiro e à limpeza
de urbanização, emite oficiosamente novo alvará, com- da área, removendo os materiais, entulhos e demais
petindo ao presidente da câmara dar conhecimento das detritos que se hajam acumulado no decorrer da exe-
respectivas deliberações, quando seja caso disso, à direc- cução dos trabalhos, bem como à reparação de quaisquer
ção regional do ambiente e do ordenamento do território estragos ou deteriorações que tenha causado em infra-
e ao conservador do registo predial. -estruturas públicas.
2 — O cumprimento do disposto no número anterior
é condição de emissão do alvará de licença ou auto-
Artigo 85.o rização de utilização ou da recepção provisória das obras
Execução das obras de urbanização por terceiro de urbanização, salvo quando seja prestada, em prazo
a fixar pela câmara municipal, caução para garantia da
1 — Qualquer adquirente dos lotes, de edifícios cons- execução das reparações referidas no mesmo número.
truídos nos lotes ou de fracções autónomas dos mesmos
tem legitimidade para requerer a autorização judicial
para promover directamente a execução das obras de Artigo 87.o
urbanização quando, verificando-se as situações previs- Recepção provisória e definitiva das obras de urbanização
tas no n.o 1 do artigo anterior, a câmara municipal não
tenha promovido a sua execução. 1 — É da competência da câmara municipal deliberar
2 — O requerimento é instruído com os seguintes sobre a recepção provisória e definitiva das obras de
elementos: urbanização após a sua conclusão e o decurso do prazo
de garantia, respectivamente, mediante requerimento
a) Cópia do alvará; do interessado.
b) Orçamento, a preços correntes do mercado, 2 — A recepção é precedida de vistoria, a realizar
relativo à execução das obras de urbanização por uma comissão da qual fazem parte o interessado
em conformidade com os projectos aprovados ou um seu representante e, pelo menos, dois represen-
e condições fixadas no licenciamento; tantes da câmara municipal.
3326 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 129 — 4 de Junho de 2001
3 — À recepção provisória e definitiva, bem como 2 — Do acto que determinar a realização da vistoria
às respectivas vistorias, é aplicável, com as necessárias e respectivos fundamentos é notificado o proprietário
adaptações, o regime aplicável à recepção provisória do imóvel, mediante carta registada expedida com, pelo
e definitiva das empreitadas de obras públicas. menos, sete dias de antecedência.
4 — Em caso de deficiência das obras de urbanização, 3 — Até à véspera da vistoria, o proprietário pode
como tal assinaladas no auto de vistoria, se o titular indicar um perito para intervir na realização da vistoria
das obras de urbanização não reclamar ou vir indeferida e formular quesitos a que deverão responder os técnicos
a sua reclamação e não proceder à sua correcção no nomeados.
prazo para o efeito fixado, a câmara municipal procede 4 — Da vistoria é imediatamente lavrado auto, do
em conformidade com o disposto no artigo 84.o qual consta obrigatoriamente a identificação do imóvel,
5 — O prazo de garantia das obras de urbanização a descrição do estado do mesmo e as obras preconizadas
é de cinco anos. e, bem assim, as respostas aos quesitos que sejam for-
Artigo 88.o muladas pelo proprietário.
5 — O auto referido no número anterior é assinado
Obras inacabadas por todos os técnicos e pelo perito que hajam participado
na vistoria e, se algum deles não quiser ou não puder
1 — Quando as obras já tenham atingido um estado assiná-lo, faz-se menção desse facto.
avançado de execução mas a licença ou autorização haja 6 — Quando o proprietário não indique perito até
caducado por motivo de falência ou insolvência do seu à data referida no número anterior, a vistoria é realizada
titular, pode qualquer terceiro, que tenha adquirido, em sem a presença deste, sem prejuízo de, em eventual
relação ao prédio em questão, a legitimidade prevista
impugnação administrativa ou contenciosa da delibe-
no n.o 1 do artigo 9.o, requerer a concessão de uma
ração em causa, o proprietário poder alegar factos não
licença especial para a sua conclusão.
constantes do auto de vistoria, quando prove que não
2 — A concessão da licença especial referida no
foi regularmente notificado nos termos do n.o 2.
número anterior segue o procedimento previsto nos arti-
gos 27.o ou 33.o, consoante se trate de obras sujeitas 7 — As formalidades previstas no presente artigo
a licença ou autorização, aplicando-se o disposto no podem ser preteridas quando exista risco iminente de
artigo 60.o desmoronamento ou grave perigo para a saúde pública,
3 — Independentemente dos motivos que tenham nos termos previstos na lei para o estado de necessidade.
determinado a caducidade da licença ou da autorização,
a licença referida no n.o 1 pode também ser concedida Artigo 91.o
quando a câmara municipal reconheça o interesse na
conclusão da obra e não se mostre aconselhável a demo- Obras coercivas
lição da mesma, por razões ambientais, urbanísticas, téc-
nicas ou económicas. 1 — Quando o proprietário não iniciar as obras que
lhe sejam determinadas nos termos do artigo 89.o ou
não as concluir dentro dos prazos que para o efeito
SECÇÃO IV lhe forem fixados, pode a câmara municipal tomar posse
administrativa do imóvel para lhes dar execução ime-
Utilização e conservação do edificado diata.
2 — À execução coerciva das obras referidas no
Artigo 89.o número anterior aplica-se, com as devidas adaptações,
o disposto nos artigos 107.o e 108.o
Dever de conservação
cíficas de construção, bem como das disposições 6 — As contra-ordenações previstas nas alíneas i) a
legais e regulamentares aplicáveis ao projecto; n) e p) do n.o 1 são puníveis com coima graduada de
f) Falsas declarações do director técnico da obra 50 000$ até ao máximo de 10 000 000$, ou até
ou de quem esteja mandatado para esse efeito 20 000 000$, no caso de pessoa colectiva.
pelo dono da obra no termo de responsabili- 7 — A contra-ordenação prevista nas alíneas o), q)
dade, relativamente à conformidade da obra e r) do n.o 1 é punível com coima graduada de 20 000$
com o projecto aprovado e com as condições até ao máximo de 500 000$, no caso de pessoa singular,
da licença e ou autorização, bem como relativas ou até 2 000 000$, no caso de pessoa colectiva.
à conformidade das alterações efectuadas ao 8 — Quando as contra-ordenações referidas no n.o 1
projecto com as normas legais e regulamentares sejam praticadas em relação a operações urbanísticas
aplicáveis; que hajam sido objecto de autorização administrativa
g) A subscrição de projecto da autoria de quem, nos termos do presente diploma, os montantes máximos
por razões de ordem técnica, legal ou disciplinar, das coimas referidos nos n.os 3 a 5 anteriores são agra-
se encontre inibido de o elaborar; vados em 10 000 000$ e os das coimas referidas nos n.os 6
h) O prosseguimento de obras cujo embargo tenha e 7 em 5 000 000$.
sido legitimamente ordenado; 9 — A tentativa e a negligência são puníveis.
i) A não afixação ou a afixação de forma não visí- 10 — A competência para determinar a instauração
vel do exterior do prédio, durante o decurso dos processos de contra-ordenação, para designar o ins-
do procedimento de licenciamento ou autori- trutor e para aplicar as coimas pertence ao presidente
zação, do aviso que publicita o pedido de licen- da câmara municipal, podendo ser delegada em qual-
ciamento ou autorização; quer dos seus membros.
j) A não afixação ou a afixação de forma não visí- 11 — O produto da aplicação das coimas referidas
vel do exterior do prédio, até à conclusão da no presente artigo reverte para o município, inclusive
obra, do aviso que publicita o alvará; quando as mesmas sejam cobradas em juízo.
l) A falta do livro de obra no local onde se realizam
as obras;
m) A falta dos registos do estado de execução das Artigo 99.o
obras no livro de obra; Sanções acessórias
n) A não remoção dos entulhos e demais detritos
resultantes da obra nos termos do artigo 86.o; 1 — As contra-ordenações previstas no n.o 1 do artigo
o) A ausência de requerimento a solicitar à câmara anterior podem ainda determinar, quando a gravidade
municipal o averbamento de substituição do da infracção o justifique, a aplicação das seguintes san-
requerente, do autor do projecto ou director ções acessórias:
técnico da obra, bem como do titular de alvará
a) A apreensão dos objectos pertencentes ao agente
de licença ou autorização;
p) A ausência do número de alvará de loteamento que tenham sido utilizados como instrumento
nos anúncios ou em quaisquer outras formas na prática da infracção;
de publicidade à alienação dos lotes de terreno, b) A interdição do exercício no município, até ao
de edifícios ou fracções autónomas nele cons- máximo de dois anos, da profissão ou actividade
truídos; conexas com a infracção praticada;
q) A não comunicação à câmara municipal e ao c) A privação do direito a subsídios outorgados
Instituto Português de Cartografia e Cadastro por entidades ou serviços públicos.
dos negócios jurídicos de que resulte o frac-
cionamento ou a divisão de prédios rústicos no 2 — As sanções previstas no n.o 1, bem como as pre-
prazo de 20 dias a contar da data de celebração; vistas no artigo anterior, quando aplicadas a industriais
r) A realização de operações urbanísticas sujeitas de construção civil, são comunicadas ao Instituto de
a comunicação prévia sem que esta haja sido Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imo-
efectuada; biliário.
s) A não conclusão das operações urbanísticas 3 — As sanções aplicadas ao abrigo do disposto nas
referidas nos n.os 2 e 3 do artigo 89.o nos prazos alíneas e), f) e g) do n.o 1 do artigo anterior aos autores,
fixados para o efeito. responsáveis pela direcção técnica da obra ou a quem
subscreva o termo de responsabilidade previsto no
2 — A contra-ordenação prevista na alínea a) do artigo 63.o, são comunicadas à respectiva ordem ou asso-
número anterior é punível com coima graduada de ciação profissional, quando exista.
100 000$ até ao máximo de 40 000 000$, no caso de pes-
soa singular, ou até 90 000 000$, no caso de pessoa Artigo 100.o
colectiva. Responsabilidade criminal
3 — A contra-ordenação prevista na alínea b) do n.o 1
é punível com coima graduada de 50 000$ até ao máximo 1 — O desrespeito dos actos administrativos que
de 40 000 000$, no caso de pessoa singular, ou até determinem qualquer das medidas de tutela da lega-
90 000 000$, no caso de pessoa colectiva. lidade urbanística previstas no presente diploma cons-
4 — A contra-ordenação prevista nas alíneas c) d) titui crime de desobediência, nos termos do artigo 348.o
e s) do n.o 1 é punível com coima graduada de 100 000$ do Código Penal.
até ao máximo de 20 000 000$, no caso de pessoa sin- 2 — As falsas declarações ou informações prestadas
gular, ou até 50 000 000$, no caso de pessoa colectiva. pelos responsáveis referidos nas alíneas e) e f) do n.o 1
5 — As contra-ordenações previstas nas alíneas e) a do artigo 98.o nos termos de responsabilidade ou no
h) do n.o 1 são puníveis com coima graduada de 100 000$ livro de obra integram o crime de falsificação de docu-
até ao máximo de 40 000 000$. mentos, nos termos do artigo 256.o do Código Penal.
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3329
ou parcial da obra ou a reposição do terreno nas con- públicas de classe e categoria adequadas à natureza e
dições em que se encontrava antes da data de início valor das obras.
das obras ou trabalhos, fixando um prazo para o efeito. Artigo 108.o
2 — A demolição pode ser evitada se a obra for sus-
ceptível de ser licenciada ou autorizada ou se for possível Despesas realizadas com a execução coerciva
assegurar a sua conformidade com as disposições legais 1 — As quantias relativas às despesas realizadas nos
e regulamentares que lhe são aplicáveis mediante a rea- termos do artigo anterior, incluindo quaisquer indem-
lização de trabalhos de correcção ou de alteração. nizações ou sanções pecuniárias que a Administração
3 — A ordem de demolição ou de reposição a que tenha de suportar para o efeito, são de conta do
se refere o n.o 1 é antecedida de audição do interessado, infractor.
que dispõe de 15 dias a contar da data da sua notificação 2 — Quando aquelas quantias não forem pagas volun-
para se pronunciar sobre o conteúdo da mesma. tariamente no prazo de 20 dias a contar da notificação
4 — Decorrido o prazo referido no n.o 1 sem que para o efeito, são cobradas judicialmente em processo
a ordem de demolição da obra ou de reposição do ter- de execução fiscal, servindo de título executivo certidão,
reno se mostre cumprida, o presidente da câmara muni- passada pelos serviços competentes, comprovativa das
cipal determina a demolição da obra ou a reposição despesas efectuadas, podendo ainda a câmara aceitar,
do terreno por conta do infractor. para extinção da dívida, dação em cumprimento ou em
função do cumprimento nos termos da lei.
Artigo 107.o 3 — O crédito referido no n.o 1 goza de privilégio
imobiliário sobre o lote ou terrenos onde se situa a
Posse administrativa e execução coerciva edificação, graduado a seguir aos créditos referidos na
alínea b) do artigo 748.o do Código Civil.
1 — Sem prejuízo da responsabilidade criminal, em
caso de incumprimento de qualquer das medidas de
tutela da legalidade urbanística previstas nos artigos Artigo 109.o
anteriores o presidente da câmara pode determinar a Cessação da utilização
posse administrativa do imóvel onde está a ser realizada
1 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 e 2 do
a obra, por forma a permitir a execução coerciva de
artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 281/99, de 26 de Julho,
tais medidas.
o presidente da câmara municipal é competente para
2 — O acto administrativo que tiver determinado a
ordenar e fixar prazo para a cessação da utilização de
posse administrativa é notificado ao dono da obra e
edifícios ou de suas fracções autónomas quando sejam
aos demais titulares de direitos reais sobre o imóvel
ocupados sem a necessária licença ou autorização de
por carta registada com aviso de recepção.
utilização ou quando estejam a ser afectos a fim diverso
3 — A posse administrativa é realizada pelos funcio-
do previsto no respectivo alvará.
nários municipais responsáveis pela fiscalização de
2 — Quando os ocupantes dos edifícios ou suas frac-
obras, mediante a elaboração de um auto onde, para
ções não cessem a utilização indevida no prazo fixado,
além de se identificar o acto referido no número ante-
pode a câmara municipal determinar o despejo admi-
rior, é especificado o estado em que se encontra o ter-
nistrativo, aplicando-se, com as devidas adaptações, o
reno, a obra e as demais construções existentes no local,
disposto no artigo 92.o
bem como os equipamentos que ali se encontrarem.
3 — O despejo determinado nos termos do número
4 — Tratando-se da execução coerciva de uma ordem anterior deve ser sobrestado quando, tratando-se de edi-
de embargo, os funcionários municipais responsáveis fício ou sua fracção que estejam a ser utilizados para
pela fiscalização de obras procedem à selagem do esta- habitação, o ocupante mostre, por atestado médico, que
leiro da obra e dos respectivos equipamentos. a execução do mesmo põe em risco de vida, por razão
5 — Em casos devidamente justificados, o presidente de doença aguda, a pessoa que se encontre no local.
da câmara pode autorizar a transferência ou a retirada 4 — Na situação referida no número anterior, o des-
dos equipamentos do local de realização da obra, por pejo não pode prosseguir enquanto a câmara municipal
sua iniciativa ou a requerimento do dono da obra ou não providencie pelo realojamento da pessoa em ques-
do seu empreiteiro. tão, a expensas do responsável pela utilização indevida,
6 — O dono da obra ou o seu empreiteiro devem nos termos do artigo 108.o
ser notificados sempre que os equipamentos sejam depo-
sitados noutro local.
7 — A posse administrativa do terreno e dos equi- CAPÍTULO IV
pamentos mantém-se pelo período necessário à execu-
ção coerciva da respectiva medida de tutela da lega- Garantias dos particulares
lidade urbanística, caducando no termo do prazo fixado
para a mesma. Artigo 110.o
8 — Tratando-se de execução coerciva de uma ordem Direito à informação
de demolição ou de trabalhos de correcção ou alteração
de obras, estas devem ser executadas no mesmo prazo 1 — Qualquer interessado tem o direito de ser infor-
mado pela respectiva câmara municipal:
que havia sido concedido para o efeito ao seu desti-
natário, contando-se aquele prazo a partir da data de a) Sobre os instrumentos de desenvolvimento e
início da posse administrativa. planeamento territorial em vigor para determi-
9 — A execução a que se refere o número anterior nada área do município, bem como das demais
pode ser feita por administração directa ou em regime condições gerais a que devem obedecer as ope-
de empreitada por ajuste directo, mediante consulta a rações urbanísticas a que se refere o presente
três empresas titulares de alvará de empreiteiro de obras diploma;
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3331
b) Sobre o estado e andamento dos processos que 4 — Junta a resposta ou decorrido o respectivo prazo,
lhes digam directamente respeito, com especi- o processo vai com vista ao Ministério Público, por dois
ficação dos actos já praticados e do respectivo dias, e seguidamente é concluso ao juiz, para decidir
conteúdo, e daqueles que ainda devam sê-lo, no prazo de cinco dias.
bem como dos prazos aplicáveis a estes últimos. 5 — Se não houver fundamento de rejeição, o reque-
rimento só será indeferido quando a autoridade reque-
2 — As informações previstas no número anterior rida faça prova da prática do acto devido até ao termo
devem ser prestadas independentemente de despacho do prazo fixado para a resposta.
e no prazo de 15 dias. 6 — Na decisão, o juiz fixa prazo, não superior a
3 — Os interessados têm o direito de consultar os 31 dias, para que a autoridade requerida pratique o
processos que lhes digam directamente respeito, e de acto devido.
obter as certidões ou reproduções autenticadas dos 7 — Ao pedido de intimação é aplicável, com as
documentos que os integram, mediante o pagamento necessárias adaptações, o disposto no artigo 6.o, nos
das importâncias que forem devidas. n.os 3 e 4 do artigo 88.o e nos artigos 115.o e 120.o
4 — O acesso aos processos e a passagem de certidões do Decreto-Lei n.o 267/85, de 16 de Julho.
deve ser requerido por escrito e é facultado indepen- 8 — O recurso da decisão tem efeito meramente
dentemente de despacho e no prazo de 10 dias a contar devolutivo.
da data da apresentação do respectivo requerimento. 9 — Decorrido o prazo fixado pelo tribunal sem que
5 — A câmara municipal fixa, no mínimo, um dia por se mostre praticado o acto devido, o interessado pode
semana para que os serviços municipais competentes prevalecer-se do disposto no artigo 113.o, com excepção
estejam especificadamente à disposição dos cidadãos do disposto no número seguinte.
para a apresentação de eventuais pedidos de esclare- 10 — Na situação prevista no número anterior, tra-
cimento ou de informação ou reclamações. tando-se de aprovação do projecto de arquitectura, o
6 — Os direitos referidos nos n.os 1 e 3 são extensivos interessado pode juntar os projectos de especialidade
a quaisquer pessoas que provem ter interesse legítimo ou, caso já o tenha feito no requerimento inicial, inicia-se
no conhecimento dos elementos que pretendem e ainda, a contagem do prazo previsto na alínea c) do n.o 1 do
para defesa de interesses difusos definidos na lei, quais- artigo 23.o
quer cidadãos no gozo dos seus direitos civis e políticos Artigo 113.o
e as associações e fundações defensoras de tais inte-
Deferimento tácito
resses.
Artigo 111.o 1 — Nas situações referidas na alínea b) do
artigo 111.o e no n.o 9 do artigo anterior, o interessado
Silêncio da Administração pode iniciar e prosseguir a execução dos trabalhos de
acordo com o requerimento apresentado nos termos do
Decorridos os prazos fixados para a prática de qual- n.o 4 do artigo 9.o, ou dar de imediato utilização à obra.
quer acto especialmente regulado no presente diploma 2 — O início dos trabalhos ou da utilização depende
sem que o mesmo se mostre praticado, observa-se o do prévio pagamento das taxas que se mostrem devidas
seguinte: nos termos do presente diploma.
a) Tratando-se de acto que devesse ser praticado 3 — Quando a câmara municipal se recuse a liquidar
por qualquer órgão municipal no âmbito do pro- ou a receber as taxas devidas, o interessado pode pro-
cedimento de licenciamento, o interessado pode ceder ao depósito do respectivo montante em instituição
recorrer ao processo regulado no artigo 112.o; de crédito à ordem da câmara municipal, ou, quando
b) Tratando-se de acto que devesse ser praticado não esteja efectuada a liquidação, provar que se encon-
no âmbito do procedimento de autorização, con- tra garantido o seu pagamento mediante caução, por
sidera-se tacitamente deferida a pretensão for- qualquer meio em direito admitido, por montante cal-
mulada, com as consequências referidas no culado nos termos do regulamento referido no artigo 3.o
artigo 113.o; 4 — Para os efeitos previstos no número anterior,
c) Tratando-se de qualquer outro acto, conside- deve ser afixado nos serviços de tesouraria da câmara
ra-se tacitamente deferida a pretensão, com as municipal o número e a instituição bancária em que
consequências gerais. a mesma tenha conta e onde seja possível efectuar o
depósito, bem como a indicação do regulamento muni-
cipal no qual se encontram previstas as taxas a que se
Artigo 112.o refere o n.o 2.
Intimação judicial para a prática de acto legalmente devido 5 — Caso a câmara municipal não efectue a liqui-
dação da taxa devida nem dê cumprimento ao disposto
1 — No caso previsto na alínea a) do artigo 111.o, no número anterior, o interessado pode iniciar os tra-
pode o interessado pedir ao tribunal administrativo de balhos ou dar de imediato utilização à obra, dando desse
círculo da área da sede da autoridade requerida a inti- facto conhecimento à câmara municipal e requerendo
mação da autoridade competente para proceder à prá- ao tribunal administrativo de círculo da área da sede
tica do acto que se mostre devido. da autarquia que intime esta a emitir o alvará de licença
2 — O requerimento de intimação deve ser apresen- ou autorização de utilização.
tado em duplicado e instruído com cópia do requeri- 6 — Ao pedido de intimação referido no número
mento para a prática do acto devido. anterior aplica-se o disposto no n.o 7 do artigo anterior.
3 — A secretaria, logo que registe a entrada do reque- 7 — A certidão da sentença transitada em julgado
rimento, expede por via postal notificação à autoridade que haja intimado à emissão do alvará de licença ou
requerida, acompanhada do duplicado, para responder autorização de utilização substitui, para todos os efeitos
no prazo de 14 dias. legais, o alvará não emitido.
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8 — Nas situações referidas no presente artigo, a obra mentação do cálculo das taxas previstas, tendo em conta,
não pode ser embargada por qualquer autoridade admi- designadamente, os seguintes elementos:
nistrativa com fundamento na falta de licença ou
a) Programa plurianual de investimentos munici-
autorização.
pais na execução, manutenção e reforço das
Artigo 114.o infra-estruturas gerais, que pode ser definido
por áreas geográficas diferenciadas;
Impugnação administrativa b) Diferenciação das taxas aplicáveis em função
dos usos e tipologias das edificações e, even-
1 — Os pareceres expressos que sejam emitidos por
tualmente, da respectiva localização e corres-
órgãos da administração central no âmbito dos proce-
pondentes infra-estruturas locais.
dimentos regulados no presente diploma podem ser
objecto de impugnação administrativa autónoma.
2 — A impugnação administrativa de quaisquer actos Artigo 117.o
praticados ou pareceres emitidos nos termos do presente Liquidação das taxas
diploma deve ser decidida no prazo de 30 dias, findo
o qual se considera deferida. 1 — O presidente da câmara municipal, com o defe-
rimento do pedido de licenciamento ou de autorização,
procede à liquidação das taxas, em conformidade com
Artigo 115.o o regulamento aprovado pela assembleia municipal.
Recurso contencioso 2 — O pagamento das taxas referidas nos n.os 2 a 4
do artigo anterior pode, por deliberação da câmara
1 — O recurso contencioso dos actos previstos no municipal, com faculdade de delegação no presidente
artigo 106.o tem efeito suspensivo. e de subdelegação deste nos vereadores ou nos diri-
2 — Com a citação da petição de recurso, a auto- gentes dos serviços municipais, ser fraccionado até ao
ridade administrativa tem o dever de impedir, com termo do prazo de execução fixado no alvará, desde
urgência, o início ou a prossecução da execução do acto que seja prestada caução nos termos do artigo 54.o
recorrido. 3 — Da liquidação das taxas cabe reclamação graciosa
3 — A todo o tempo e até à decisão em 1.a instância, ou impugnação judicial, nos termos e com os efeitos
o juiz pode conceder o efeito meramente devolutivo previstos no Código de Processo Tributário.
ao recurso, oficiosamente ou a requerimento do recor- 4 — A exigência, pela câmara municipal ou por qual-
rido ou do Ministério Público, caso do mesmo resultem quer dos seus membros, de mais-valias não previstas
indícios da ilegalidade da sua interposição ou da sua na lei ou de quaisquer contrapartidas, compensações
improcedência. ou donativos confere ao titular da licença ou autorização
4 — Da decisão referida no número anterior cabe para a realização de operação urbanística, quando dê
recurso com efeito meramente devolutivo, que sobe ime- cumprimento àquelas exigências, o direito a reaver as
diatamente, em separado. quantias indevidamente pagas ou, nos casos em que as
contrapartidas, compensações ou donativos sejam rea-
lizados em espécie, o direito à respectiva devolução e
CAPÍTULO V à indemnização a que houver lugar.
5 — Nos casos de autoliquidação previstos no pre-
Taxas inerentes às operações urbanísticas sente diploma, as câmaras municipais devem obrigato-
riamente disponibilizar os regulamentos e demais ele-
Artigo 116.o mentos necessários à sua efectivação, podendo os reque-
rentes usar do expediente previsto no n.o 3 do
Taxa pela realização, manutenção e reforço artigo 113.o
de infra-estruturas urbanísticas
CAPÍTULO VI
1 — A emissão dos alvarás de licença e autorização
previstos no presente diploma está sujeita ao pagamento Disposições finais e transitórias
das taxas a que se refere a alínea b) do artigo 19.o da
Lei n.o 42/98, de 6 de Agosto. Artigo 118.o
2 — A emissão do alvará de licença ou autorização Conflitos decorrentes da aplicação dos regulamentos municipais
de loteamento e de obras de urbanização está sujeita
ao pagamento da taxa referida na alínea a) do artigo 19.o 1 — Para a resolução de conflitos na aplicação dos
da Lei n.o 42/98, de 6 de Agosto. regulamentos municipais previstos no artigo 3.o podem
3 — A emissão do alvará de licença ou autorização os interessados requerer a intervenção de uma comissão
de obras de construção ou ampliação em área não abran- arbitral.
gida por operação de loteamento ou alvará de obras 2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 5, a comissão
de urbanização está igualmente sujeita ao pagamento arbitral é constituída por um representante da câmara
da taxa referida no número anterior. municipal, um representante do interessado e um téc-
4 — A emissão do alvará de licença parcial a que nico designado por cooptação, especialista na matéria
se refere o n.o 5 do artigo 23.o está também sujeita sobre que incide o litígio, o qual preside.
ao pagamento da taxa referida no n.o 1, não havendo 3 — Na falta de acordo, o técnico é designado pelo
lugar à liquidação da mesma aquando da emissão do presidente do tribunal administrativo de círculo com-
alvará definitivo. petente na circunscrição administrativa do município.
5 — Os projectos de regulamento municipal da taxa 4 — À constituição e funcionamento das comissões
pela realização, manutenção e reforço de infra-estru- arbitrais aplica-se o disposto na lei sobre a arbitragem
turas urbanísticas devem ser acompanhados da funda- voluntária.
N.o 129 — 4 de Junho de 2001 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3333
5 — As associações públicas de natureza profissional de informação mútua sobre processos relativos a ope-
e as associações empresariais do sector da construção rações urbanísticas, o qual deve ser cumprido mediante
civil podem promover a criação de centros de arbitragem comunicação a enviar no prazo de 20 dias a contar da
institucionalizada para a realização de arbitragens no data de recepção do respectivo pedido.
âmbito das matérias previstas neste artigo, nos termos 2 — Não sendo prestada a informação prevista no
da lei. número anterior, as entidades que a tiverem solicitado
Artigo 119.o podem recorrer ao processo de intimação regulado nos
artigos 82.o e seguintes do Decreto-Lei n.o 267/85, de
Relação dos instrumentos de gestão territorial e das servidões
administrativas e restrições de utilidade pública 16 de Julho.
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