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Prefeitura Municipal de Duque de Caxias

Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N0 _____ DE ____ DE NOVEMBRO DE 2004

PARCELAMENTO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS

ESTABELECE condições do parcelamento do solo para o


Município de Duque de Caxias, e dá outras providências.

A Câmara Municipal de Duque De Caxias, por seus representantes legais, aprovou e eu, Prefeito do Município
de Duque de Caxias, sanciono a presente Lei:

ÍNDICE

CAPÍTULO I CAPÍTULO XI
Disposições Gerais e Conceituação............Art. 10 a 30 Da Doação de Áreas....................................... Art 36 e 37
CAPÍTULO II CAPÍTULO XII
Do Loteamento...........................................Art 40 a 12 Licenciamento do Parcelamento
Seção I
CAPÍTULO III
Do Desmembramento e Remembramento.......Art 38 a 47
Da Vila.............................................................. Art 13
Seção II
CAPÍTULO IV Do Loteamento e Abertura de Logradouros....Art 48 a 50
Do Condomínio......................................... Art 14 a 16 Seção III
Inscrição................................................................. Art 51
CAPÍTULO V
Seção IV
Da Construção.................................................. Art 17
Prazo.......................................................…......Art 52 a
CAPÍTULO VI 57
Dos Lotes.................................................. Art 18 e 19 Seção V
Execução das obras..........................................Art 18 a 61
CAPÍTULO VII
Seção VI
Da Abertura de Logradouros......................Art 20 a 26
Das Penalidades............................................. Art 62 a 69
CAPÍTULO VIII Seção VII
Dos Passeios Públicos................................ Art 27 a 31 Dos Embargos................................................ Art 70 a 76
.

CAPÍTULO IX CAPÍTULO XIII


Da Arborização.................................................. Art 32 Disposições Finais.......................................... Art 77 e 79
Anexo 01 - Multas
CAPÍTULO X Anexo 02 - Glossário
Da Numeração dos Lotes ou Edificações........Art 33 a 35

DO PARCELAMENTO DO SOLO
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS E CONCEITUAÇÃO

Art. 1 - Fica instituído a Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias, a qual estabelece
normas para elaboração de projetos e implantação de loteamentos, desmembramentos, remembramentos, vilas e
condomínios em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais.
Parágrafo 10 - Todos os projetos deverão estar de acordo com esta Lei, com a legislação vigente sobre o Uso e
Ocupação do Solo e sobre Edificações, bem como com as diretrizes contidas no Plano Diretor do Município de
conformidade com § 10 do artigo 182 da Constituição Federal de 1988.
Parágrafo 20 - O parcelamento em Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) deverá ser regulamentado por
legislação específica, conforme as estratégias e diretrizes do Plano Diretor.

Art. 2 - É terminantemente proibida a execução de arruamento, abertura de logradouros, caminhos ou estradas,


de loteamentos, remembramentos, vilas e condomínios, sem o prévio exame dos órgãos técnicos municipais e
sem licença da Prefeitura, sob as penas da Lei.
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
Parágrafo 1º - Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com abertura
de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.
Parágrafo 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento modificação ou ampliação dos já existentes.
Parágrafo 3º - Considera-se remembramento o reagrupamento de lotes contíguos para constituição de
unidades maiores.
Parágrafo 4º - Considera-se vila os grupamentos de edificações residenciais com unidades isoladas, justapostas
ou superpostas, com no máximo 3 (três) pavimentos de qualquer natureza e 11m (onze metros) de altura,
dotadas de acessos independentes através de área comum descoberta.
Parágrafo 5º - Considera-se condomínio o terreno em que se levantam uma edificação ou um conjunto de
edificações, assim como suas instalações, fundações, paredes e áreas externas, coberturas de áreas internas e
externas, de ventilação, e tudo o mais que sirva a qualquer dependência de uso comum dos proprietários ou
titulares de direito à aquisição de unidades neste terreno sendo insuscetíveis de divisão. Serão também
insuscetíveis de utilização exclusiva de qualquer condômino. 1
Parágrafo 6º- Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe.
Parágrafo 7º - Considera-se quadra ou quarteirão a área de terreno delimitada por novas vias de circulação
ou por logradouros públicos, subdividida ou não em lotes para construção;
Parágrafo 8º - Considera-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas
pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica
pública e domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou não.
Parágrafo 9º - A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas Áreas de Especial Interesse Social
(AEIS) consistirá, no mínimo, de:
I- vias de circulação;
II- escoamento das águas pluviais;
III- rede para o abastecimento de água potável; e
IV- soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.
Parágrafo 10 - Considera-se RN (referência de nível) a cota de altitude oficial adotada pelo Município, em
relação ao nível do mar.

CAPITULO II
DO LOTEAMENTO

Art. 3º- A aprovação de loteamento, desmembrado ou remembramento, vila e condomínio, deverá ser requerida
à Prefeitura pelo proprietário do imóvel ou procurador, legalmente constituído, preliminarmente, com os
seguintes elementos:
I- Croquis do terreno a ser loteado, com a denominação, situação, limites, área e todos os demais
elementos que identifiquem e caracterizem perfeitamente o imóvel;
II- Título de propriedade com certidão atualizada fornecida pelo Registro de Imóveis;
III- Comprovação da quitação do pagamento do imposto municipal;
IV- Prova do recolhimento aos cofres municipais da taxa de Portaria, a ser arbitrada pela autoridade
competente municipal, para o comparecimento, ao local do loteamento, desmembrado, remembramento,
vila ou condomínio, de um técnico para examinar a situação do terreno emitindo parecer no processo.
Parágrafo 1º- A partir dos documentos entregues, a Prefeitura deverá num prazo de 07 (sete) dias úteis,
fornecer ao interessado as informações necessárias através do CI (Certificado de Informações), contendo as
exigências e as características do terreno conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo e demais legislações
concernentes.
Parágrafo 2º- Com as devidas informações, deverá o interessado desenvolver o projeto num prazo de 120
(cento e vinte) dias úteis, findo o qual, o CI perde a validade.

Art. 4º - Julgado satisfatórios os documentos previstos no artigo anterior, depois de aprovados pelo Prefeito os
estudos iniciais, deverá o interessado, para dar continuidade ao projeto, orientando-se pelo CI, apresentá-lo em 3
(três) vias, assinadas pelo proprietário ou seu representante legal e por profissional devidamente habilitado pelo
CREA.
Parágrafo 1º- Os desenhos conterão pelo menos:
1
Lei Federal N0 4.591 de 16 de dezembro de 1964
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Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
I- planta topográfica na escala de 1/1.000 (hum por mil) contendo: curvas de nível de metro em metro,
cursos d’água, vegetação e construções e logradouros existentes;
II- a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;
III- o sistema de vias com a respectiva hierarquia;
IV- as dimensões lineares e angulares ou projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos
centrais das vias;
V- os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças;
VI- a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias
projetadas;
VII- a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais;
VIII- indicação em planta de todas as áreas destinadas à Prefeitura.
Parágrafo 2º - O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos:
I- a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e a fixação da zona ou zonas de uso
predominante;
II- as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções,
além daquelas constantes das diretrizes fixadas;
III- a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato de registro do loteamento;
IV- a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública,
já existentes no loteamento e adjacências.
Parágrafo 3º - Consideram-se urbanos os equipamentos públicos de abastecimento de água, serviços de
esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado.
Parágrafo 4º - Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e
similares.
Parágrafo 5º - Caso se constate, a qualquer tempo, que a certidão da matrícula apresentada como atual não tem
mais correspondência com os registros e averbações cartorárias do tempo da sua apresentação, além das
conseqüências penais cabíveis, serão consideradas insubsistentes tanto as diretrizes expedidas anteriormente,
quanto as aprovações conseqüentes.
Parágrafo 6º – O nivelamento exigido deverá tomar por base o RN oficial.

Art. 5º - Nos projetos em desacordo com esta Lei e ainda não aceitos pela Prefeitura, deverá o interessado, num
prazo de 90 (noventa) dias adaptar o projeto às suas exigências, sob pena de cancelamento da licença para
execução do plano de obras, reservando-se ao interessado o direito de apresentar novo projeto, de acordo com a
legislação vigente.

Art. 6º - Organizado o projeto, de acordo com as exigências desta Lei será encaminhado, se julgado necessário
às autoridades militares, sanitárias e outras para a devida aprovação no próprio projeto.

Art. 7º - Satisfeitas as exigências do artigo anterior, o interessado apresentara o projeto definitivo a Prefeitura e,
se aprovado, assinará termo de acordo, no qual se obrigará a:
I- transferir, mediante escritura pública de doação, sem qualquer ônus para o Município, a propriedade das
áreas mencionadas no item VIII do § 1do artigo 4º desta Lei;
II- executar, à própria custa, no prazo fixado pela Prefeitura, a abertura das vias de circulação e praças, a
colocação de guias e sarjetas e a rede de escoamento de águas pluviais;
III- facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura, na execução das obras e serviços;
IV- não outorgar qualquer escritura definitiva de lote, antes de concluídas e aceitas pela Prefeitura as obras
previstas no item II, e de cumpridas as demais obrigações impostas por esta Lei, ou assumidas no
“Termo de Compromisso“;
V- mencionar nas escrituras definitivas, ou nos compromissos de compra e venda de lote, as condições de
que os mesmos só poderão receber construções depois de executadas as obras previstas no artigo 40
desta Lei, salvo as que, a juízo da Prefeitura, forem julgadas indispensáveis à vigência do terreno e a
guarda de materiais;
VI- fazer constar das escrituras definitivas ou dos compromissos compra e venda de lotes as obrigações pela
execução dos serviços e obras a cargo do vendedor com a responsabilidade solidária dos adquirentes ou
com emissários compradores, na proporção da área de seus lotes;
VII- pagar os custos das obras e serviços com os acréscimos legais, executados pela Prefeitura quando esta
julgar do interesse público, soberana de inscrição do débito na dívida ativa para cobrança executiva.
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Parágrafo Único - Todas as obras relacionadas nos artigos 4º, 7º e 11º, bem como quaisquer benfeitorias
efetuadas pelo interessado nas áreas doadas, passarão a fazer parte integrante do patrimônio do Município, sem
qualquer indenização, uma vez concluídas e declaradas de acordo, após vistoria regular.

Art. 8º - Pagos os emolumentos devidos, e assinado o termo a que se referi o artigo 7º desta Lei, será exigida
pela Prefeitura o Alvará de Loteamento, revogável se não forem executadas as obras no prazo a que se refere o
item II do artigo 7º, sem direito do interessado à indenização ou direito a reclamação.

Art. 9º - Após a realização integral dos trabalhos técnicos exigidos nos artigos 4º e 7º, deverá o interessado
apresentar uma planta retificada do loteamento, desmembramento, remembramento, vila ou condomínio que
será considerada a oficial, para todos os efeitos de Lei.

Art. 10 – As vias de circulação e áreas de recreação, abertas mediante alvará só serão aceitas e declaradas aptas
a receber construção depois de vistoriadas pela Prefeitura, que fornecerá certidão a respeito.

Art. 11 - Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, vila ou condomínio, o loteador deverá


submetê-lo ao registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação,
acompanhado dos seguintes documentos:
I- título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula, ressalvado o disposto nos § 4º e 5º deste
artigo;
II- histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vinte) anos, acompanhados
dos respectivos comprovantes;
III- certidões negativas;
a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel;
b) de ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 (dez) anos;
c) de ações penais com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração Pública;
IV – certidões;
a) dos cartórios de protestos de títulos, em nome do loteador, pelo período de 10 (dez) anos;
b) de ações pessoais relativas ao loteador, pelo período de 10 (dez) anos;
c) de ônus reais relativos ao imóvel;
d) de ações penais contra o loteador, pelo período de 10 (dez) anos;
V- cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação pela Prefeitura
Municipal ou pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas por Legislação Municipal, que
incluirão, no mínimo, a execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e
logradouros e das obras de escoamento das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a
duração máxima de 4 (quatro anos), acompanhada de competente instrumento de garantia para a
execução das obras.
VI- exemplar do contrato padrão de promessa de venda, ou de cessão ou de promessa de cessão, do qual
constarão obrigatoriamente as indicações previstas no art. 26 desta Lei;
VII- declaração do cônjuge do requerente de que consente no registro do loteamento.
Parágrafo 1º - Os períodos referidos no inciso III, alínea “b”, e no inciso IV, alíneas “a”, “b” e “d”, tomarão
por base a data do pedido de registro do loteamento, devendo todas elas serem extraídas em nome daqueles que,
nos mencionados, tenham sido titulares de direitos reais sobre o imóvel.
Parágrafo 2º - A existência de protestos, de ações pessoais ou de ações penais, exceto as referentes a crime
contra o patrimônio e contra a administração, não impedirá o registro do loteamento se o requerente comprovar
que esses protestos ou ações não poderão prejudicar os adquirentes dos lotes. Se o Oficial do Registro de
Imóveis julgar insuficiente a comprovação feita, suscitará a dúvida perante o juiz competente.
Parágrafo 3º - A declaração a que se refere o inciso VII deste artigo não dispensará o consentimento do
declarante para os atos de alienação ou promessa de alienação de lotes, ou de direitos a eles relativos, que
venham a ser praticados pelo seu cônjuge.
Parágrafo 4º - O título de propriedade será dispensado quando se tratar de parcelamento popular, destinado às
classes de menor renda, em imóvel declarado de utilidade pública, com processo de desapropriação judicial em
curso e emissão provisória na posse, desde que promovido pela União, Estados, Municípios ou suas entidades
delegadas, autorizadas por Lei, a implantar projetos de habitação de interesse social.
Parágrafo 5º - No caso de que trata o § 4º, o pedido de registro do parcelamento, além dos documentos
mencionados nos incisos V e VI deste artigo, será instruído com cópias autenticadas da decisão que tenha
concedido a emissão provisória na posse, do decreto de desapropriação, do comprovante de sua publicação na
imprensa oficial e quando formulado por entidades delegadas, da Lei de criação e de seus atos constitutivos.
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Parágrafo 6º- A Prefeitura só expedirá o alvará para construir, demolir, reconstruir, reformar, ou ampliar áreas
construídas nos terrenos, obras que tenham sido vistoriadas e aceitas.

CAPITULO III
DA VILA

Art. 12 - São permitidas vilas, observadas as seguintes condições:


I- cada edificação podará ter no máximo duas unidades superpostas, obedecido ao disposto no §40 do
artigo 20;
II- os afastamentos mínimos laterais e de fundos, bem como os prismas de iluminação terão dimensões de:
1. 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) para as edificações até 7,5m (sete metros e cinqüenta
centímetros) de altura;
2. 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) para as edificações com altura de 7,5m (sete metros e
cinqüenta centímetros), inclusive, até 11m (onze metros);
III- na via interior para veículos, não será exigido passeio e a largura atenderá ao disposto no seguinte
quadro:
Largura das Vias Interiores 2
0
N de unidades servidas pela via interior Largura da via interior (metro)
Até 3 unidades 3,00
De 4 até 12 unidades 4,00
Acima de 12 unidades 6,00
IV- a extensão máxima da via interior para veículos, sempre considerando o seu inicio no alinhamento do
logradouro, não poderá exceder a 80m (oitenta metros);
V- cada unidade manterá acesso por área comum, garantindo-se um mínimo de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) de largura;
VI- cada edificação poderá distar no máximo 30m (trinta metros) do acesso de veículos, seja da via interna
ou do logradouro público;
VII- a área de estacionamento poderá ser centralizada ou distribuída em áreas destinadas a atender a uma ou
mais edificações , cujas vagas deverão estar demarcadas no projeto;
VIII- são permitidas edificações constituídas apenas por dependências de uso comum e exclusivas dos
grupamentos, obedecidas as seguintes condições:
1. as dependências somente poderão destinar-se a recreação, creche e administração;
2. as dependências serão incluídas na Área Total Construída (ATC);
IX- na vila será admitida loja desde que esta tenha acesso direto por uma via coletora;
X- serão permitidos elementos construtivos divisórios (muros e muretas) que limitem áreas suscetíveis de
utilização comum do grupamento, formando lotes autônomos, apenas quando constituam limites de
prismas de ventilação e iluminação, vedado seu prolongamento até as vias de acesso.
Parágrafo Único – Só será permitida uma via interior por vila.

CAPITULO IV
DO CONDOMÍNIO

Art. 13 - São permitidos condomínios, observadas as seguintes condições:


I- cada condomínio podará ser formado por uma edificação ou um com junto de edificações, só de casas,
só de prédios multifamiliares, ou com casa e prédios;
II- os índices urbanísticos de ocupação do solo das edificações do condomínio serão reguladas pela Lei de
Uso e Ocupação do Solo, conforme a localização do condomínio;
III- nas vias interiores, será exigido passeio e a largura atenderá ao disposto na Lei de Uso e Ocupação do
Solo;
IV- as vias interiores obedecerão a uma hierarquização viária integrada ao sistema viário público do
entorno;
V- o condomínio deverá ter seu acesso principal por uma via coletora ou arterial;
VI- cada edificação poderá distar no máximo 30m (trinta metros) do acesso de veículos da via de circulação
do condomínio;

2
Não serão computadas as edificações que tenham frente para logradouro público, tenham acesso direto pelo mesmo a
distem até 20 m (vinte metros) deste logradouro.
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VII- o número de vagas para estacionamento das edificações será regulado pela Lei de Uso e Ocupação do
Solo;
VIII- são permitidas edificações constituídas apenas por dependências de uso comum e exclusivas dos
grupamentos, obedecidas as seguintes condições:
1. as dependências somente poderão destinar-se a recreação, serviços e administração;
2. as dependências serão incluídas na Área Total Construída (ATC);
IX- quando o parcelamento das quadras resultantes do arruamento do condomínio for feito em lotes estes
obedecerão as dimensões mínimas determinadas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo;
X- quando a ocupação das quadras resultantes do arruamento do condomínio não forem feitas em lotes e
sim sob a forma de fração ideal de terreno, esta fração será igual ou superior a dimensão do lote mínimo
definida pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o local, excluindo-se as áreas destinadas as vias de
circulação.

Art. 14 - Nos condomínios caracterizados por um conjunto de edificações, com mais de 10 unidades
residenciais (casas ou apartamentos), será obrigatória a existência de área de recreação na proporção de 5m 2
(cinco metros quadrados) por unidade residencial.
Parágrafo Único. A área de recreação poderá ser centralizada ou distribuída em áreas destinadas a atender a
uma ou mais edificações, não podendo essas áreas parciais ser inferiores a 50 m 2.

Art. 15 – As vias de circulação dos condomínios deverão obedecer à classificação e às dimensões mínimas
estabelecidas nos artigos 19 e 22.

CAPITULO V
DA CONSTRUÇÃO

Art. 16 - As obras, a que refere o artigo 4º para melhoramento de loteamentos ou desmembramentos existentes,
serão feitas as expensas do interessado e obedecerão ao seguinte, depois de devidamente licenciada sua
construção:
A) Para as zonas urbanas:
1. Movimentos de terra necessários ao preenchimento dos perfis aprovados;
2. Rede distribuidora de água potável;
3. Implantação de fossas sépticas, filtros e sumidouros para a coleta dos esgotos sanitários de acordo com
as normas da ABNT;
4. Sarjetas, caixas coletoras e condutores para águas pluviais;
5. Drenagem subterrânea, quando determináveis pela Prefeitura;
6. Meios – fios em granito, gneiss ou concreto, conforme modelo oficialmente aprovado pela Prefeitura;
7. Pavimentação das caixas de rolamento das ruas locais de maior movimento e das vias coletoras devendo
essa pavimentação obedecer as especificações complementares a serem indicadas pela Prefeitura;
8. Pavimentação dos passeios obedecendo as especificações da Prefeitura;
9. Arborização dos logradouros conforme artigo 31.
Parágrafo 1º - Os serviços de água potável serão ligados às adutoras, inteiramente às custas dos interessados,
desde que a distância não exceda a 500m (quinhentos metros). Caso não existam ainda adutoras, o afastamento,
as extremidades da rede ficarão contidas em caixa de inspeção obturadas e prontas para conexão no momento
oportuno.
Parágrafo 2º - A implantação de uma rede coletora de esgoto sanitário, poderá ser exigida, caso exista rede
tronco dentro de um raio de ação de 500m (quinhentos metros). A rede e as ligações entre essas redes, corre por
conta dos interessados;
Parágrafo 3º - A Prefeitura poderá fazer outras exigências legais ou dispensar as previstas nos artigos
anteriores para tornar o loteamento ou o desmembramento em melhores condições ambientais e melhor
qualidade de vida.
B) Para a zona rural
1. Movimentos de terra necessários ao preenchimento dos perfis aprovados;
2. Abaulamento da secção transversal das ruas, afim de permitir fácil escoamento das águas pluviais;
3. Implantação de fossas sépticas, filtros e sumidouros para a coleta dos esgotos sanitários de acordo com
as normas da ABNT;
4. Colocação de marcos de pedra de forma prismática triangular em cada alinhamento de quadra, a fim
de garantir em qualquer tempo o limite do logradouro público.
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Parágrafo Único - A Prefeitura poderá, ouvido dos órgãos técnicos da municipalidade, aumentar ou diminuir as
exigências acima enumeradas, conforme interesse do bem público.

CAPITULO VI
DOS LOTES

Art. 17 - Nos terrenos, situados nas áreas urbanas e de expansão urbana, os lotes deverão ser apresentados da
seguinte forma:
I – Lotes situados em Áreas de Especial Interesse Social (AEIS): testada mínima de 8m (oito metros) e
área mínima de 128 m2 (cento e vinte e oito metros quadrados);
II –Lotes residenciais unifamiliares ou de uso exclusivo: testada mínima de 10m (dez metros) e área
mínima de 300m2 (trezentos e sessenta metros quadrados);
III –Lotes residenciais multifamiliares ou de uso misto: testada mínima de 15m (quinze metros) e área
mínima de 450m2 (quatrocentos e cinqüenta metros quadrados);
IV –Lotes industriais: testada mínima de 20m (vinte metros) e área mínima de 1.000m (mil metros
quadrados).

Art. 18 - Nos loteamentos da zona rural, os lotes deverão apresentar testada mínima de 50m (cinqüenta metros)
e área mínima de 20.000m2 (vinte mil metros quadrados).

CAPITULO VII
DA ABERTURA DE LOGRADOUROS

Art. 19 - Considera-se sistema viário, o conjunto de logradouros e demais vias de circulação existentes no
Município e que devem se classificar de acordo com as seguintes características:
a) Via troncal é aquela que passa pelo município interligando outros municípios e sendo acessada
pelas vias arteriais do município;
b) Via arterial é aquela que promove a circulação geral do município, interligando os principais pontos
da cidade e servindo de passagem principal pelo território do município;
c) Via coletora é aquela que canaliza o tráfego local para as vias arteriais;
d) Via local é aquela que promove o acesso aos lotes das zonas de uso predominante residenciais;
e) Via especial é aquela que, por suas características, promove o acesso interno de pequenos
agrupamentos residenciais ou áreas de comercio, ruas de pedestres, travessas, ruas sem saída ou ruas
internas e demais acessos pequenos.
Parágrafo Único – As vias do tipo troncal, arterial e coletora, existentes no Município,devem estar definidas no
Plano Diretor e na Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 20 - Fica obrigatoriamente subordinada aos interesses do Município a abertura de logradouros, em qualquer
parte de seu território, feita por iniciativa particular, através de projeto de arruamento, sejam quais forem as
zonas de sua localização, os quais deverão obedecer as dimensões conforme o artigo 22 desta lei.
Parágrafo Único – Os projetos de abertura de logradouros e seus detalhes poderão ser aceitos ou recusados
tendo em vista as diretrizes estabelecidas pela Prefeitura, podendo ser imposta, pelo órgão municipal
competente, exigências no sentido de corrigir as deficiências dos arruamentos projetados.

Art. 21 - Os projetos de abertura de logradouros de iniciativa particular, deverão ser organizados de maneira a
não atingirem nem comprometerem propriedades de terceiros, de particulares ou de entidades governamentais,
não podendo dos mesmos projetos resultar qualquer ônus para o Município.

Art. 22 - Os logradouros deverão obedecer às seguintes dimensões mínimas, no que se refere à largura da caixa
de rolamento:
a) 20m (vinte metros) de largura e 14m (quatorze metros) de caixa de rolamento nas vias arteriais,
conforme figura 01;
b) 17m (dezessete metros) de largura e 11m (onze metros) de caixa de rolamento nas vias coletora
conforme figura 02;
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Figura 01 Figura 02

c) 12 m (doze metros) de largura e 6 m (seis metros) de caixa de rolamento nas vias locais conforme figura
03;

Figura 03

Parágrafo 1º - Serão permitidas travessas de 6m (seis metros) de largura e 3m (três metros) de caixa de
rolamento, numa extensão máxima de 50m (cinqüenta metros).
Parágrafo 2º - As calçadas não poderão ser inferiores a 3m (três metros).
Parágrafo 3º - As quadras deverão ter, em média, extensão de 200m (duzentos metros) , a não ser em caso
especiais, como composição obrigatória com logradouros públicos existentes, seus prolongamentos e em
terrenos de declividade acentuada.
Parágrafo 4º - Nos logradouros a serem abertos, serão permitidos meios-fios de concreto e, nos casos em que a
pavimentação possua revestimento asfáltico, deverão ser dotados de sarjetas ou linhas de água.
Parágrafo 5º- Nas vias troncais a largura mínima deverá ser especificada no projeto de acordo com o grau de
importância da via, de acordo com os órgãos Estaduais e Federais competentes.

Art. 23 – As “ruas sem saída”, que pelas condições topográficas ou do projeto do parcelamento ou grupamento
exigirem a sua terminação sem conexão direta com outros logradouros, poderão adotar qualquer dos seguintes
tipos de terminação, onde A é a largura da caixa de rolamento e B, C, D, E, R 1 e R2 assumirão os valores
indicados na tabela que integra este artigo:
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A B C D E R1 R2
>6m A 3A 1,5A 2,5A A 3m
=6m 6m 18m 9m 15m 6m 3m
<6m 6m 12m+A 9m 9m+A 6m 3m

Parágrafo 1o - O perímetro do logradouro deverá ser contornado por passeios com a largura mínima de 2m
(dois metros).
Parágrafo 2o - A concordância dos meios-fios das vias interiores, com os meios-fios existentes dos logradouros
existentes será feita por curva de raio mínimo de 5 m (cinco metros).

Art. 24 - A rampa máxima dos logradouros será de 6% (seis por cento), admitindo-se, entretanto, e
excepcionalmente, para pequenos trechos de extensão nunca superior a 100m (cem metros), rampas de até 8%
(oito por cento) .
Parágrafo Único - Os logradouros situados em regiões acidentadas poderão ter rampas, até 15% (quinze por
cento), em trecho não superiores a cem 50m (cinqüenta metros).

Art. 25 - Os interessados na abertura de novos logradouros deverão realizar a sua custa, sem qualquer ônus para
o município, todas as obras de terraplanagem, pavimentação, meios-fios, arborização, pontes, pontilhões,
galerias, linhas adutoras, troncos alimentares e distribuidores, redes de escoamentos, muralhas e quaisquer
outras obras que venham a ser necessárias para a contenção de talude e estabilidade de encostas, tudo de acordo
com os respectivos projeto visados.
Parágrafo Único - As obras de estabilização, consolidação e proteção dos taludes, assim como aquelas obras
necessárias ao perfeito escoamento das águas, são obrigatórias em todo o Município, sem qualquer exceção.

CAPITULO VIII
DOS PASSEIOS PÚBLICOS

Art. 26 - Os proprietários dos terrenos situados em logradouros dotados de meio-fio são obrigados a construir o
passeio em toda a extensão da testada, quando da construção da edificação ou se a rua já possuir mais de 3 (três)
edificações, obedecendo ao tipo, desenho, largura, declividade e demais especificações aprovadas para o
logradouro.
Parágrafo 1º - É obrigatório pelos proprietários manter os passeios em perfeito estado de conservação,
empregando nos consertos os mesmos materiais previstos para o logradouro.
Parágrafo 2º - Também é obrigatória, por parte dos proprietários, a conservação dos gramados dos ajardinados,
nos trechos correspondentes à testada de seus imóveis.
Parágrafo 3º - Os passeios à frente de terrenos, onde estejam sendo executadas edificações ou construções,
devem ser mantidos, como os demais em bom estado de conservação, tolerando-se que os reparos necessários
sejam executados com revestimentos diferentes, tão logo, porém, seja terminada a obra, todo o passeio deverá
ser reconstruído, de acordo com o exigido para o local.

Art. 27 - O proprietário de imóvel é obrigado a reparar, ou pavimentar o passeio, quando necessário, em virtude
de modificações impostas pelo Município, salvo quando ele o tenha construído a menos de um ano.

Art. 28 - A Prefeitura somente receberá, para oportuna entrega ao domínio público e respectiva denominação,
as vias de circulação e logradouros, que se encontrarem nas condições previstas nesta Lei.

Art. 29 - Não caberá à Prefeitura qualquer responsabilidade pela diferença de medida dos lotes ou quadras que o
interessado venha a encontrar, em relação às medidas dos loteamentos aprovados.

Art. 30 - Nos loteamentos em cuja periferia não existir uma zona de comércio de bairro num raio máximo de
400m (quatrocentos metros) deverão prever núcleos de comércio local na proporção mínima de 1 (um) lote
comercial para cada 25 (vinte e cinco) lotes residenciais.

CAPITULO IX
DA ARBORIZAÇÃO
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
Art. 31 – Na execução de loteamento, vila ou condomínio é obrigatório o plantio de mudas de árvores, em
número mínimo correspondente a uma muda para cada 150m 2 (cento e cinqüenta metros quadrados) ou fração
da área total destinada ao projeto.
Parágrafo 1º - É obrigatória a arborização das áreas destinadas a praças, jardins e recreação, bem como dos
passeios com largura superior a 2m.
Parágrafo 2º - As mudas de árvores a que se refere este artigo devem ter pelo menos 1m (hum metros) de
altura, dando-se preferência às espécies florestais nativas.
Parágrafo 3º - A arborização dos logradouros, será feita com árvores espaçadas no máximo 10 (dez) metros,
sendo obrigatória a colocação de tutor, gola ou qualquer outro mobiliário urbano padronizado para este fim, a
fim de proteger a muda.
Parágrafo 4º - O projeto de arborização descriminará o número de mudas de árvores a serem plantadas nos
passeios, nas praças, nos jardins e em outras áreas adequadas e definirá uma área de reserva para arborização
com o mínimo de 25m 2 (vinte e cinco metros quadrados) para cada árvore necessária ao complemento do
número de mudas determinado por este artigo.

CAPITULO X
DA NUMERAÇÃO DOS LOTES OU EDIFICAÇÕES

Art. 32 - Todos os lotes ou edificações existentes ou que vierem a ser implantados ou construídos no Município
de Duque de Caxias serão, obrigatoriamente, numerados para fins cadastrais, de acordo com as disposições
constantes dos seguintes parágrafos deste artigo.
Parágrafo 1º - A numeração dos lotes e edificações existentes ou que vierem a ser implantados ou construídos
bem como a numeração de unidades autônomas em uma mesma edificação ou em um mesmo terreno, só
poderão ser oficializados pelo órgão municipal competente .
Parágrafo 2º - É obrigatória a colocação de placa de numeração em lugar visível, no muro de alinhamento, na
fachada, ou em qualquer parte entre o muro de alinhamento e a fachada, para caracterização da existência física
da edificação no logradouro, não podendo ser colocada em ponto que diste mais de 2,5m (dois metros e meio)
acima do nível da soleira do alinhamento, nem a uma distância superior a 10m (dez metros) em relação ao
alinhamento.

Art. 33 - A partir da data de início da vigência desta Lei, às edificações e aos terrenos localizados em novos
logradouros, ou em logradouros que ainda não tenham sido oficialmente numerados, serão distribuídos os
números, que correspondem a distância, em metros, entre o início do logradouro e o centro da testada
respectiva, com aproximação de 1m (hum metro). Essa distância será medida, para os imóveis de cada lado do
logradouro, a partir da interseção deste com o alinhamento do logradouro de origem. Para os imóveis situados à
direita de quem percorrer o logradouro do inicio ao fim, serão distribuídos os números pares, e para os imóveis
do lado esquerdo, os números ímpares. Nas praças e largos, orienta-se o seu maior eixo e toma-se, para inicio, a
extremidade deste eixo, mais próxima da rua principal de penetração.
Parágrafo 1º - As edificações numeradas, de acordo com este sistema, a partir da data de inicio de vigência
desta Lei, conforme a respectiva situação, terão sua numeração revista reservando-se para cada número a testada
de 5m (cinco metros) e observada a numeração existente. O órgão municipal competente providenciará, no
entanto, para que seja feita com a possível urgência a revisão da numeração antiga, obedecendo nessa revisão ao
que determina este artigo.
Parágrafo 2º - Quando em um mesmo edifício houver mais de uma unidade autônoma (apartamentos,
escritórios, etc.) e quando em um mesmo terreno houver mais de uma casa destinada a ocupação independente,
cada um destes elementos devera receber numeração própria, distribuída pelo órgão municipal competente, com
referência, sempre, à numeração do acesso pelo logradouro público.
Parágrafo 3º - Para todas as unidades autônomas (apartamentos, escritórios, etc.) de uma mesma edificação, de
um pavimento, e para várias casas residenciais que existam em um mesmo terreno, a numeração será distribuída
segundo a ordem natural dos números.
Parágrafo 4º - As lojas receberão sempre numeração própria, essa numeração será a do próprio edifício,
seguida de uma letra maiúscula para cada unidade independente, sendo as letras distribuídas na ordem natural
do alfabeto. Havendo lojas com acesso por logradouros diferentes daqueles pelo qual o prédio tenha sido
numerado, poderão elas ser distinguidas do mesmo modo, com o número, porém, que couber ao edifício no
logradouro pelo qual tiverem acesso (numeração suplementar da edificação).
Parágrafo 5º - Quando um edifício ou terreno, além de sua entrada principal, tiver entrada por outro, ou outros
logradouros, o proprietário, mediante requerimento, poderá obter a designação da numeração suplementar
relativa à posição do imóvel em cada um desses logradouros.
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Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
Parágrafo 6º - O órgão municipal competente procederá à revisão da numeração dos imóveis que não estejam
numerados de acordo com o que dispõe este artigo e bem assim a daqueles que futuramente, como conseqüência
da alteração do início do logradouro ou por qualquer outro motivo, apresentam tal necessidade.
Parágrafo 7º - É proibida a colocação, em um imóvel, de placa de numeração indicando número que não tenha
sido oficialmente distribuído pelo órgão municipal competente ou contendo qualquer alteração na numeração
oficial.
Parágrafo 8º - 0 Município intimará os proprietários dos imóveis encontrados sem placa de numeração oficial,
com essa placa em estado precário, ou com placa contendo numeração em desacordo com a que tiver sido
oficialmente distribuída para providenciarem o que for necessário.

Art. 34 - 0 órgão municipal competente quando proceder à revisão da numeração de um logradouro, promoverá
a feitura de expedientes internos que possibilitarão a publicação, no "Diário Oficial“, de extratos dos mesmos,
para conhecimento do público e com a finalidade de informar que número da antiga numeração, corresponde ao
novo número designado.

CAPITULO XI
DA DOAÇÃO DE ÁREAS

Art. 35 – Nos projetos de loteamento pertencentes ao mesmo proprietário , deverá ser doada a Prefeitura, alem
das áreas dos logradouros mais 15% (quinze por cento) da área total, assim distribuídos:
a) 5% (cinco por cento) destinados para a implantação de equipamentos comunitários e
b) 10% (dez por cento) para a implantação de áreas recreacionais ou outros espaços livres.
Parágrafo 1º - Essas áreas deverão estar descritas na certidão do loteamento para fins de inscrição no Registro
Geral de Imóveis.
Parágrafo 2º - As áreas dos logradouros projetados e áreas “non-aedicandi” não podem ser incluídas na citada
percentagem de 15% (quinze por cento);
Parágrafo 3º - O Município reserva-se o direito de recusar as áreas reservadas pelo requerimento aos fins
previstos neste artigo, escolhendo outras.
Parágrafo 4º - Caso seja efetuado desmembramento de área superior a 20.000m² (vinte mil metros quadrado),
sendo loteada área inferior a 20.000m² (vinte mil metros quadrados) oriunda do referido desmembramento, os
lotes desmembrados ficarão também onerados de 15% (quinze por cento), sobre o total do terreno, para doação
à Prefeitura, quando for feito o loteamento da área.

Art. 36 - Será exigida, antes da aceitação final das obras dos logradouros do loteamento, a construção de escolas
– padrão, de acordo com o projeto fornecido pela Prefeitura, e obedecidas as seguintes determinações:
I – loteamento com menos de 1.000 (mil) lotes – isento;
II – loteamento com 1.000 (mil) ou mais lotes e menos de 2.000 (dois mil) lotes – uma escola padrão
determinado pelo órgão municipal competente;
III – loteamento com 2.000 (dois mil) lotes ou mais – uma escola padrão para cada 2.000 (dois mil)
lotes e mais uma escola padrão, para cada fração deste parâmetro que exceder os 2.000 (dois mil) lotes iniciais.
Parágrafo 1º - A hipótese da isenção de construção de escola não exclui a obrigatoriedade de cessão gratuita ao
Município, da porcentagem exigida pelo artigo 35, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte.
Parágrafo 2º - A área obtida de acordo com parágrafo anterior, quando inferior a 1.500m2 (hum mil e
quinhentos metros quadrados), será complementada por parte da área exigida pelo artigo 35 de modo a atingir
este limite.
Parágrafo 3º - A área destinada à construção de escolas deverá ter ainda as seguintes características:
a) – Aclividade ou declividade inferior a 10% (dez por cento) , em pelo menos 50% (cinqüenta por
cento) da área total;
b) – Forma retangular, com testada mínima, para logradouro público, correspondendo a 25m (vinte
e cinco metros) para cada escola padrão.
c) – Não ser atravessada por cursos de águas, valas, córregos, riachos, etc.
Parágrafo 4º - Na aprovação do projeto deverá ficar consignada, na área destinada à escola, a obrigação da
construção e doação da mesma, condição indispensável à aceitação final das obras dos logradouros, admitida a
aceitação parcial corresponde a, no máximo 50% (cinqüenta por cento) dos lotes com frente para os logradouros
projetados, antes do cumprimento da exigência da construção e doação da escola.
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CAPITULO XII
LICENCIAMENTO DO PARCELAMENTO URBANO
SEÇÃO I
DO DESMEMBRAMENTO E REMEMBRAMENTO

Art. 37 - 0 pedido de licença para desmembramento ou remembramento será feito por requerimento
acompanhado dos seguintes documentos:
a) título de propriedade, transcrito no Registro Geral de Imóveis, da área ou áreas a desmembrar ou
remembrar;
b) o projeto.

Art. 38 - Examinada e aceita a documentação e atendidas as exigências que se fizerem necessárias, a licença
será concedida, sendo fornecida certidão para competente averbação no Registro Geral de Imóveis, junto com
uma cópia visada do projeto.
Parágrafo Único - Somente após a averbação dos novos lotes no Registro Geral de Imóveis, o Município
poderá conceder licença para construção ou edificação nos mesmos.

Art. 39 – A licença, para a execução das obras, somente será concedida após a aprovação dos projetos de
arruamento e de “grade“, drenagem pluvial e inscrição no Registro Geral de Imóveis da Certidão do Loteamento
e do Termo de Obrigações, onde constará a vinculação de lotes para garantia da execução das obras, devendo o
interessado apresentar ao órgão municipal competente o cronograma de obras.
Parágrafo Único – Os projetos de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário serão aprovados
pelos órgãos municipais competentes, devendo ser apresentado posteriormente ao órgão municipal encarregado
de fiscalizar o conjunto das obras de arruamento, loteamento e saneamento.

Art. 40 - O não cumprimento das obrigações sujeitará o loteador às combinações legais cabíveis, inclusive
multas e ações judiciais a serem propostas pela Prefeitura, a qual poderá promover, se lhe convier, a
incorporação definitiva, ao seu patrimônio, dos lotes vinculados.

Art. 41 - A licença para construção de edificações nos lotes poderá ser expedida paralelamente à execução das
obras dos logradouros, desde que requerida pelo proprietário e deferida pela Prefeitura.
Parágrafo Único - Os “habite-se“ das construções ficam condicionados à conclusão das obras dos logradouros,
onde as mesmas se localizam.

Art. 42 - Em se tratando de desmembramento ou loteamento que houver sido licenciado pela Prefeitura
Municipal, deverá o interessado para a mesma preencher o impresso da inscrição adotado pela Municipalidade,
fazendo-o acompanhá-lo por uma planta completa, em escala, e que permita a anotação dos desdobramentos,
designando ainda o valor da aquisição, logradouro, as quadras e os lotes, a área total, as áreas cedidas ao
patrimônio municipal, as áreas compromissadas e as áreas alienadas.

Art. 43 - Os responsáveis por desmembramentos ou loteamentos ficam obrigados a fornecer, no mês de Janeiro
de cada ano, ao Órgão Fazendário competente da Prefeitura, relação dos lotes que, no ano anterior, tenham sido
alienados definitivamente ou mediante compromisso de compra e venda, mencionando o nome do comprador e
o endereço, os números das quadras e do valor do contrato de venda, a fim de ser feita a anotação no Cadastro
Imobiliário Municipal.

Art. 44 – Deverão ser obrigatoriamente comunicadas à Prefeitura, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, todas
as ocorrências verificadas com relação ao imóvel, que possam afetar as bases de cálculo do lançamento dos
tributos municipais.
Parágrafo 1º - A comunicação a que se refere esse artigo, devidamente processada e informada servirá de base
à alteração respectiva na ficha de inscrição, no Cadastro Municipal.
Parágrafo 2º - A falta desta comunicação sujeitará ao infrator a uma multa correspondente a X? UFIRs.

Art. 45 - A taxa de licença no valor de 25% da UFIR sobre cada lote, para execução de arruamento de terrenos
particulares é exigível pela permissão outorgada pela Prefeitura, e mediante prévia aprovação dos respectivos
planos ou projetos, para arruamento ou parcelamento de terrenos particulares, segundo a Lei de Uso e Ocupação
do Solo do Município.
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
Art. 46 - A licença concedida constará de Alvará no qual se mencionarão as obrigações do loteador ou
proprietário com referência a todas as obras de terraplanagem e urbanização.

SEÇÃO II
DO LOTEAMENTO E ABERTURA DE LOGRADOUROS

Art. 47 - 0 pedido de licença para aprovação do projeto para abertura de logradouro e loteamento de terrenos
será feito por meio de requerimento acompanhado dos seguintes documentos:
a) título de propriedade, transcrito no Registro Geral de Imóveis, dos terrenos a serem arruados e
loteados;
b) certidão negativa de ônus reais;
c) declaração expressa do credor hipotecário, se existente, passada em cartório, autorizando o arruamento
ou loteamento;
d) declaração de possibilidade de abastecimento de água potável fornecida pela concessionária;
e) cópia do projeto, aprovado pelos órgãos competentes, de "grade" e esgotamento pluvial.

Art. 48 - 0 projeto, apresentado em uma única tela, acompanhado de 3(três) copias, constará de:
a) planta geral, de localização, esquemática, que compreenda a região onde o terreno estiver localizado e
os logradouros públicos vizinhos reconhecidos, com a configuração daquele em sua posição exata e as
respectivas confrontações;
b) plano geral do arruamento e do loteamento completo, no qual deverão ser figurados os logradouros e
praças a serem abertos e os limítrofes existentes, assim conto todas as áreas “non-aedificandi”, ou de
reserva, qualquer que seja sua natureza, e os lotes vinculados e áreas a serem doadas para implantação
futura de serviços públicos.
Parágrafo 1º - A tela em que forem desenhados os projetos de arruamento e loteamento conterá, num quadro
situado embaixo e à direita, os seguintes, dizeres, escritos, a nanquim, bem legíveis, aos quais, os proprietários
aporão “de acordo“.
“Desde a data da inscrição deste loteamento no Registro Geral de Imóveis, passarão a
integrar o domínio do Município do Rio de Janeiro as áreas destinadas a ruas, praças,
jardins e recreação, bem como as destinadas a edifícios públicos e outros
equipamentos urbanos. Não será passada certidão dos lotes pelas repartições do
Município, não serão processadas guias de transmissão das vendas dos mesmos, nem
será dado o “habite-se“ das construções respectivas, antes da execução e aceitação
definitiva das obras do arruamento figurado neste projeto. Outrossim, ficam
vinculados os seguintes lotes que não poderão ser vendidos antes dessa aceitação”. 3
Parágrafo 2º - Serão vinculados, no mínimo, 20% do número total de lotes projetados com frente para os
logradouros a serem abertos, para garantia de execução das obras, sempre que possível em área continua.

Art. 49 – Os projetos em desacordo com esta Lei, não aprovados pela Prefeitura, terão um prazo de 90
(noventas) dias para serem adaptados às novas exigências requeridas sob pena de cancelamento da licença para
execução das obras, reservando-se ao interessado o direito de apresentar novo projeto de acordo com a
legislação vigente.

SEÇÃO III
INSCRIÇÃO

Art. 50 - Após a aprovação do projeto de arruamento e loteamento, será fornecida uma Certidão do Projeto,
junto com uma cópia visada do projeto, para competente inscrição no Registro Geral de Imóveis, que deverá ser
feito pelo requerente e às suas custas, devendo nela constar, obrigatoriamente, o seguinte:
a) descrição das áreas destinadas a logradouros (ruas, avenidas, praças, jardins, parques e recuos), bem
como as destinadas a edifícios públicos e outros equipamentos urbanos; doação das demais áreas
indicadas no projeto como as destinadas a outros usos pelo município, quando for o caso;
b) indicação de todos os gravames que recaírem sobre os lotes e a obrigação, por parte do requerente,
de fazê-los constar dos documentos de transmissão de propriedade, bem como para as áreas “non-
aedificandi“, espaços livres e áreas de servidão;
c) quaisquer outras indicações pertinentes ao ato, cuja especificação seja julgada necessária;

3
Decreto-lei Federal Nº 271, de 28/2/1967
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
d) a proibição de venda, promessa de venda, ou cessão de direitos dos lotes constantes do projeto
aprovado e nele descritos declarado que não serão fornecidas certidões dos lotes pelas repartições do
Município, não serão processadas guias de transmissão, nem será dado o “habite-se” das construções
respectivas, antes da execução e aceitação definitiva das obras de arruamento figurado no Projeto;
e) indicação de todos os lotes vinculados como garantia da execução das obras;
f) a validade da certidão para fins também de inscrição no Registro Geral de Imóveis do Memorial de
Incorporação, exigido pela Lei Federal nº 491, de 16 de dezembro de 1964, desde que provada a
concessão de financiamento para as obras, com declaração fornecida pela Caixa Econômica Federal,
ou de seus agentes do sistema financeiro.
Parágrafo Único - A Certidão somente será concedida após a prova de efetivação da investidura, quando
houver.
SEÇÃO IV
PRAZO

Art. 51 - 0 prazo a ser inicialmente fixado para execução das obras de urbanização de loteamento não excederá
a 60 (sessenta) meses.
Parágrafo 1º - Quando o prazo inicial for inferior ao limite máximo acima referido, admitir -se-ão prorrogações
até aquele limite.
Parágrafo 2º - Por despacho do Secretario Municipal de Urbanismo e Obras, dar-se-á suspensão do prazo
inicial ou prorrogação:
1 - “ex oficio” quando o interesse público o justificar;
2 - desde que o requeira o loteador, justificando e comprovando a necessidade de paralisação das obras.

Art. 52 - Esgotado o período máximo de sessenta meses, sem que a execução das obras a que se obrigou o
loteador esteja completa, o Secretário de Município de Urbanismo e Obras, se entender que o interesse público o
justifica, poderá conceder novos prazos, igualmente sujeitos às condições previstas no artigo 44 e seus
parágrafos.
Parágrafo 1º - Na hipótese prevista neste artigo, a administração, sempre que não o impeçam circunstâncias
materiais peculiares a cada caso, deverá:
1 - impor todas as novas condições previstas na legislação vigente, sempre que possível;
2 - vincular à prorrogação, o cronograma dos serviços a serem executados, individualizando os logradouros a
serem aceitos por períodos semestrais.
Parágrafo 2º - A não-conclusão das obras previstas no cronograma dos serviços, por períodos semestrais,
importará na aplicação da multa diária de 5 (cinco) UFIRs, vigente desde o último dia do prazo do período até a
data do despacho que conceda a aceitação.

Art. 53 - A transferência a terceiros, das obrigações assumidas pelo loteador dependerá da concordância
expressa do Município, podendo a administração, por motivos justificados, negar a sua concordância.

Art. 54 - Verificada a não execução das obras de urbanização, deverá o processo, instruído com o orçamento
das obras faltantes, ser encaminhado à Procuradoria Geral do Município, para a propositura da competente ação
judicial.

Art. 55 - As obras e instalações vinculadas ao serviço de abastecimento de água, bem como cessão a título
gratuito dos bens necessários ao mesmo, deverão ser objeto de instrumento especial a ser firmado com a
Concessionária.

Art. 56 - Ficam transferidos à Concessionária, todos os direitos atribuídos ao Município na parte concernente ao
serviço de abastecimento de água, relativo às obrigações assumidas perante aquele, por quaisquer interessados
em processo de loteamento e arruamento.
Parágrafo Único – Caberá à Concessionária, promover as medidas administrativas ou judiciais necessárias para
exigir o cumprimento das obrigações de que trata este artigo.

SEÇÃO V
EXECUÇÃO DAS OBRAS

Art. 57 - A licença para a execução das obras será concedida após a aprovação dos projetos de arruamento e
loteamento e de “grade” e drenagem, e inscrição no Registro Geral de Imóveis da Certidão do Loteamento
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
referida no artigo 44 e do Termo de Vinculação referido no § 2º do artigo 43, devendo o interessado apresentar
ao órgão estadual competente o cronograma das obras.

Art. 58 - As obras, conforme o seu andamento, poderão ser aceitas parcialmente, desde que os trechos
submetidos a essa aceitação estejam totalmente concluídos e com acesso por outro logradouro já aceito ou
reconhecido pelo Município, mantendo vinculados sempre, pelo menos, 20% do número de lotes a urbanizar,
liberados os demais.

Art. 59 - 0 não-cumprimento das obrigações sujeitará o loteador às combinações legais cabíveis, inclusive
multas e ações judiciais, a serem propostas pelo Município, o qual poderá promover, se lhe convier, a
incorporação definitiva, ao seu patrimônio, dos lotes vinculados.

Art. 60 - A licença para a construção de edificações nos lotes poderá ser expedida paralelamente à execução das
obras dos logradouros desde que requerida pelo proprietário, caso integre o plano habitacional, através de
financiamentos concedidos pelos agentes do sistema financeiro.
Parágrafo 1º - 0 órgão municipal competente, antes de expedir o alvará de licença para a construção, anexará
ao processo declaração, apresentada pelo proprietário, fornecida pelos agentes do sistema financeiro, indicando
a tramitação de processo de financiamento para a construção solicitada.
Parágrafo 2º - Os “habite-ses” das construções ficam condicionados à aceitação das obras dos logradouros
onde se localizam, independentemente de ato oficial de reconhecimento do logradouro.

SEÇÃO VI
DAS PENALIDADES

Art. 61 – A Prefeitura assiste o direito de, em qualquer tempo, exercer função fiscalizadora, no sentido de
verificar da obediência aos preceitos da presente Lei.
Parágrafo 1º - Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as formalidades legais,
inspecionar bens e documentos de qualquer espécie, que relacionados com a legislação específica.
Parágrafo 2º - O desrespeito ou desacato a funcionários no exercício de suas funções, ou empecilho oposto à
inspeção a que se refere o parágrafo anterior, sujeitará o infrator não só às multas previstas neste regulamento,
como também à autuação pela autoridade policial.

Art. 62 - 0 loteador em atraso de pagamento dos emolumentos e taxas, por mais de 60 (sessenta) dias, ficará
sujeito à multa de 10 (dez) UFIRs, aplicar-se-á a multa, mensalmente, no caso de persistir o atraso.
Parágrafo Único - 0 pagamento das taxas e emolumentos correspondentes à fiscalização das obras de
urbanização, será devido a partir de 30 (trinta) dias da data da aprovação do projeto, independente do não início
das mesmas e por período mínimo de 6 (seis) meses.

Art. 63 - Em decorrência de transgressão da presente Lei e sua regulamentação, será lavrado auto de infração,
pelo funcionário que a houver constatado, independente de testemunhas.
Parágrafo Único – O auto de infração será lavrado de acordo com o modelo aprovado pelo Prefeito, com as
devidas instruções administrativas.

Art. 64 - As infrações da presente Lei darão ensejo à cassação do Alvará, a embargo administrativo da obra e a
aplicação de multas fixadas pela Prefeitura.

Art. 65 - Pelas infrações dos dispositivos da presente Lei, serão aplicadas ao responsável técnico ou a
proprietário, as penalidades previstas no Anexo 01.

Art. 66 - Os infratores das disposições desta Lei para as quais não haja determinação especial ficarão sujeitos a
aplicação de multas de 25 a 30 UFIRs.

Art. 67 - Nos casos de reincidência, os infratores ficarão sujeitos a multas em dobro, aplicadas
progressivamente até o cumprimento das posturas, cabendo a Prefeitura o direito de suspensão das multas
quando, a critério da mesma iniciar ação judicial, para ressarcimento dos prejuízos ocasionados pelo não
cumprimento da legislação vigente.
Prefeitura Municipal de Duque de Caxias
Lei de Parcelamento do Solo do Município de Duque de Caxias
Art. 68 - As notificações de multas, além de expedidas aos responsáveis, ou os propostos, serão fixadas em
portaria no quadro de aviso do órgão municipal competente.

SEÇÃO VII
DOS EMBARGOS

Art. 69 - Os embargos e as interdições serão efetivadas pelo órgão municipal competente, em processo
devidamente despachado.
Parágrafo 1º - Salvo nos casos de ameaça à segurança pública, o embargo ou a interdição deverão ser sempre
precedidos da autuação cabível.
Parágrafo 2º - Os órgãos interessados na efetivação de embargos e interdições solicitarão a providência,
diretamente ao órgão municipal competente, por ofício ou processo já existente.
Parágrafo 3º - Da solicitação deverão constar, especialmente, todos os elementos justificativos da medida a ser
efetivada e a referência à autuação já recebida.
Parágrafo 4º - Recebida a solicitação referida no § 2º, o órgão municipal competente, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas, acusará o recebimento e informará sobre as providências que tiver tomado.
Parágrafo 5º - Quando, por constatação do órgão municipal competente, se verificar que haja perigo para a
saúde, ou para a segurança do público ou do próprio pessoal empregado nos diversos serviços, ou ainda para a
segurança de estabilidade ou a resistência das obras em execução e dos terrenos o embargo ou a interdição são
aplicáveis, de um modo geral, em todos os casos de execução de obras, qualquer que seja o fim, a espécie ou o
local.

Art. 70 - São passíveis, ainda, de embargo as obras licenciadas, de qualquer natureza, em que não estiver sendo
obedecido o projeto visado, respeitado o alinhamento ou o nivelamento, cumprida qualquer das prescrições do
alvará de licença e ainda quando a construção estiver sendo feita de maneira irregular ou com o emprego de
materiais inadequados, de que possa resultar prejuízo para a segurança da construção.

Art. 71- O embargo poderá ser feito em todos os casos em que se verificar a falta de obediência a limites, a
restrições ou a condições determinados em licenciamentos ou estabelecidos nas licenças.

Art. 72 - O embargo ou a interdição em conseqüência de falta de licença, ou de certificados de funcionamento e


garantia deverão ser feitos pelo órgão municipal competente, independentemente de solicitação de qualquer
outro órgão.

Art. 73 - O embargo em conseqüência de falhas ou erros técnicos, ou em conseqüência de discordância com o


projeto visado, diferença de alinhamento ou nivelamento, ou de obediência a prescrições de ordem técnica do
alvará ou da licença, deverá ser feito depois da necessária constatação por parte do órgão municipal competente.

Art. 74 - Após a lavratura de um auto de infração, serão expedidos, quando couber, editais de embargo, ou da
interdição, podendo solicitar o auxilio de força pública, quando necessário, para fazê-lo respeitar.

Art. 75 - O levantamento de embargo só poderá ser autorizado depois de provado o pagamento da legalização.
Parágrafo Único – Se a obra, ou o funcionamento não forem legalizáveis, o levantamento de embargo só
poderá ser concedido depois da delimitação, do desmonte ou a retirada de tudo que tiver sido executado em
desacordo com a Lei.
CAPÍTULO XIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 76 - As condições de parcelamento do solo que não estiverem expressamente reguladas pela presente Lei
deverão ser analisadas pelos órgãos municipais competentes e pelo Conselho da Cidade.

Art. 77 - São parte integrante desta Lei:


I- ANEXO 01 – Multas
II- ANEXO 02 –Glossário

Art. 78 - A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário

Duque de Caxias,___de ____________de ______

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