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telhados/20220227/6207e8c50cf21847f0aaa1b6

Portugal apresenta elevados níveis de insolação,


associados à sua localização. Localiza-se a
latitudes médias, entre a zona de excesso
energético (até aos 40 graus norte e sul) e a zona
défice (acima dos 40 graus norte e sul). A sua
latitude faz com que os raios solares atinjam a
superfície terrestre com uma menor obliquidade,
passando por uma camada menos espessa da
atmosfera, existindo uma diminuição dos processos de absorção, difusão e reflexão. Os raios
luminosos vão atingir uma menor área, havendo um melhor aproveitamento energético. Os
valores de insolação mais elevados localizam-se no sul de Portugal, principalmente no Vale do
Guadiana e no Litoral, daí ter um elevado potencial fotovoltaico. Outros fatores como a
proximidade ao mar, a disposição das vertentes e a altitude, são muito importantes aquando da
instalação de painéis fotovoltaicos, para que o seu aproveitamento energético seja compensado.
Nas regiões próximas dos oceanos, devido à nebulosidade provocada pelo vapor de água, os
níveis de insolação são mais baixos. As vertentes quando estão viradas para sul (vertentes
soalheiras), como estão voltadas para latitudes mais baixas, a inclinação dos raios solares vai ser
menor, havendo um melhor aproveitamento de energia do que se fosse uma vertente umbria
voltada para norte. A grandes altitudes a insolação apresenta valores reduzidos, pois formam-se
muitas nuvens, sendo que a temperatura diminuiu 6⁰C a cada 100 metros. Deste modo, é
necessário ter se em conta vários fatores, como a latitude, a altitude, a orientação das vertentes e
a aproximação ao oceano durante a instalação de painéis fotovoltaicos.
Portugal, deveria apostar na produção de energia através de painéis fotovoltaicos, não apenas
porque pode, mas porque se encontra dependente face ao exterior devido à exportação de
combustíveis fósseis, apesar de diferenciar nas fontes e nos recursos. Se utilizássemos energia
solar, Portugal equilibraria a balança comercial, pois poderia parar de importar recursos não
renováveis com tanta frequência e ao invés, exportava a sua própria energia, pois o sol é um
recurso endógeno. Além disto, o sol é uma fonte de energia renovável que diminui as emissões
de gases de efeito de estufa, contribuindo para a descarbonização da atmosfera.
As principais desvantagens da aposta no aproveitamento da energia solar, são o elevado custo,
que não é compensado em meses de inverno, tendo que se utilizar uma outra fonte alternativa,
como a hídrica e o facto de serem instalados nas áreas menos urbanizadas pois é onde há espaço,
não sendo possível a alimentação de grandes centros urbanos e unicamente de áreas rurais
envolventes (do painel) que normalmente abrangem zonas com pouco agregado populacional.
Nesta notícia é nos apresentada uma possibilidade de como a população poderá aproveitar a
energia solar de maneira não muito dispendiosa em qualquer sítio habitacional, quer seja num
apartamento com varanda ou numa vivenda. A instalação de painéis solares na varanda é uma
boa alternativa, se tivermos em conta a área da varanda e a potencia deste mesmo. Obviamente
que um único painel não vai garantir o aproveitamento total da radiação solar, tendo que se
recorrer a outro recurso, como por exemplo o gás natural, mas de qualquer modo, reduz a
utilização de combustíveis fosseis e contribuiu para um mundo mais sustentável, o que é sempre
vantajoso.
Concluindo, Portugal com os elevados níveis de insolação devia apostar no aproveitamento da
radiação solar como fonte de energia, mas cabe também à população ter a responsabilidade de
tentar contribuir, como por exemplo, a instalação de painéis solares na varanda, que mesmo não
sendo suficiente para a autossuficiência energética, contribui para o combate das alterações
climáticas e da redução da dependência de Portugal.

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