associados à sua localização. Localiza-se a latitudes médias, entre a zona de excesso energético (até aos 40 graus norte e sul) e a zona défice (acima dos 40 graus norte e sul). A sua latitude faz com que os raios solares atinjam a superfície terrestre com uma menor obliquidade, passando por uma camada menos espessa da atmosfera, existindo uma diminuição dos processos de absorção, difusão e reflexão. Os raios luminosos vão atingir uma menor área, havendo um melhor aproveitamento energético. Os valores de insolação mais elevados localizam-se no sul de Portugal, principalmente no Vale do Guadiana e no Litoral, daí ter um elevado potencial fotovoltaico. Outros fatores como a proximidade ao mar, a disposição das vertentes e a altitude, são muito importantes aquando da instalação de painéis fotovoltaicos, para que o seu aproveitamento energético seja compensado. Nas regiões próximas dos oceanos, devido à nebulosidade provocada pelo vapor de água, os níveis de insolação são mais baixos. As vertentes quando estão viradas para sul (vertentes soalheiras), como estão voltadas para latitudes mais baixas, a inclinação dos raios solares vai ser menor, havendo um melhor aproveitamento de energia do que se fosse uma vertente umbria voltada para norte. A grandes altitudes a insolação apresenta valores reduzidos, pois formam-se muitas nuvens, sendo que a temperatura diminuiu 6⁰C a cada 100 metros. Deste modo, é necessário ter se em conta vários fatores, como a latitude, a altitude, a orientação das vertentes e a aproximação ao oceano durante a instalação de painéis fotovoltaicos. Portugal, deveria apostar na produção de energia através de painéis fotovoltaicos, não apenas porque pode, mas porque se encontra dependente face ao exterior devido à exportação de combustíveis fósseis, apesar de diferenciar nas fontes e nos recursos. Se utilizássemos energia solar, Portugal equilibraria a balança comercial, pois poderia parar de importar recursos não renováveis com tanta frequência e ao invés, exportava a sua própria energia, pois o sol é um recurso endógeno. Além disto, o sol é uma fonte de energia renovável que diminui as emissões de gases de efeito de estufa, contribuindo para a descarbonização da atmosfera. As principais desvantagens da aposta no aproveitamento da energia solar, são o elevado custo, que não é compensado em meses de inverno, tendo que se utilizar uma outra fonte alternativa, como a hídrica e o facto de serem instalados nas áreas menos urbanizadas pois é onde há espaço, não sendo possível a alimentação de grandes centros urbanos e unicamente de áreas rurais envolventes (do painel) que normalmente abrangem zonas com pouco agregado populacional. Nesta notícia é nos apresentada uma possibilidade de como a população poderá aproveitar a energia solar de maneira não muito dispendiosa em qualquer sítio habitacional, quer seja num apartamento com varanda ou numa vivenda. A instalação de painéis solares na varanda é uma boa alternativa, se tivermos em conta a área da varanda e a potencia deste mesmo. Obviamente que um único painel não vai garantir o aproveitamento total da radiação solar, tendo que se recorrer a outro recurso, como por exemplo o gás natural, mas de qualquer modo, reduz a utilização de combustíveis fosseis e contribuiu para um mundo mais sustentável, o que é sempre vantajoso. Concluindo, Portugal com os elevados níveis de insolação devia apostar no aproveitamento da radiação solar como fonte de energia, mas cabe também à população ter a responsabilidade de tentar contribuir, como por exemplo, a instalação de painéis solares na varanda, que mesmo não sendo suficiente para a autossuficiência energética, contribui para o combate das alterações climáticas e da redução da dependência de Portugal.